"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO IX - N. 100 * Campo Grande/MS * maio de 2014.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


     Não crie expectativa na cabeça dos outros, especialmente se não tem condição de cumprir com o prometido. Áulus/Otacir Amaral Nunes


 

QUERIDA MÃE!...

É verdade que às vezes a gente vive sem muita noção da realidade, os valores do mundo dominam nossos anseios e a sede de ser feliz toma conta da nossa vida.

Eu queria viver em plenitude esta experiência aqui neste mundo, não fazia muito caso de pormenores, talvez uma secreta intuição do que haveria de ocorrer e já houvesse sido me revelado que minha permanência nesta escola do mundo seria muito breve, no entanto considerando que de acordo com as leis de Nosso Pai e Criador era importante para a minha evolução moral.

Às vezes as grandes dores são os elementos básicos para temperar o caráter de cada um, caso contrário ficaria iludido por muito tempo. E no Universo tudo caminha, evolui e se aperfeiçoa. Na vida do homem também é assim, aquele suposto mal, muitas vezes é o bem disfarçado, porque o mal em si não existe, o que ocorreu não foi um mal em si, mas correção de rumo para realizar melhor o objetivo.

Talvez esteja pensando que é dura demais essa realidade, mas longe dos olhos não quer dizer ausência, não creia a senhora que apesar de haver acontecido o que aconteceu e que fugiu a todas as medidas de prudência, todavia diante das leis de Deus não existe acaso, mas ordem, lei, uma disciplina misericordiosa e uma lei sublime e liberadora, e sempre auxilia a evolução das criaturas.

Estou ciente que não estava muito interessado em certos valores, lembro das dificuldades de meu relacionamento junto aos familiares tão queridos, porém hoje recebi a permissão para escrever-lhe anonimamente esta carta, para falar de alguns detalhes importantes.

Mesmo porque a grande verdade que a presença nesse mundo é sempre um simples estágio para resolver algumas questões que diz respeito à necessidade imperiosa de progredir, desvencilhando-se de muitas atitudes infelizes de outras caminhadas. E se existe alguma pendência nos arquivos de nossas vidas pregressas, é imperioso quitá-las, porque somente após resolver as questões pendentes é que se poderá ter acesso a um mundo mais feliz.

Diante dessas inúmeras possibilidades que existe, comigo não foi diferente, porque ninguém tem privilégios diante da lei magnânima e justa, em que cada um recebe na medida certa de uma rigorosa justiça, a fim de seja o artífice de seu destino e como já sabe, Jesus sendo o padrão daquilo que precisamos ser, pois que na sua mensagem estão todas as informações mais sensatas e corretas para mais completa felicidade.

Porque a rigor só podemos ser imortais como espíritos, daí porque a vida espiritual que sempre deve ter supremacia quando se está nesse campo abençoado de provas e expiações, onde o pai misericordioso nos concede a oportunidade de realizar a grande travessia para um porvir mais venturoso.

Assim que lute pelo bem, até onde o mal pareça predominar, não meça esforços para colocar mais amor ainda no seu coração generoso, porque um dia é certo que estarei a sua espera, sem lágrimas nos olhos, mas com a serena certeza que a vida continua, que a morte não existe, mas uma transição necessária de que se desperta de um sonho para a realidade vida espiritual.

Por isso lute sempre para manter o otimismo, otimismo daquele que sabe que as dificuldades do caminho, até essa saudade atroz, passarão como as brumas de manhã diante do Sol radioso.

Querida mãezinha beijo o seu coração generoso e um abraço muito forte nesse grande homem que é meu pai, do filho sempre reconhecido que traz um sentimento de profunda gratidão.

Anônimo
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

REENCARNAÇÃO DE ELIAS COMO JOÃO BATISTA

 

Breve Histórico sobre Elias.

Este profeta não escreveu nada sobre oração, não o vemos a passar longas horas em oração, mas o seu amor aos lugares solitários fez com que os habitasse e os enchesse de sentido com a sua presença, no silêncio e na solidão, saborear a presença de Deus; aí levou uma vida de eremita, mas também cruzou o caminho do rei Acabe e da rainha Jezabel, tendo-a vencido pelos poderes que disponha.

O profeta Elias viveu aproximadamente novecentos anos antes de Jesus, cuja existência está descrita no I Livro dos Reis, (17.1).

Sendo um profeta muito zeloso, defendeu sempre o Deus de Israel.

Naquela época reinava o rei Acabe que havia se casado com Jezabel, rainha de origem fenícia, cuja religião adorava o deus Baal. Elias ficou inconformado com aquela situação, valendo-se de artimanhas, lançou um desafio aos profetas de Baal .

Mandou vir dois bezerros e disse aos seus adversários: Escolham um dos animais para si e dividam-no em pedaços e ponham sobre a lenha, porém não lhe coloque fogo, por enquanto, que também farei o mesmo.

Assim que cada um preparou conforme o combinado. Elias, fez mais ainda, mandou colocar água sobre a lenha por três vezes de maneira que escorria pelos lados formando pequeno rego.

Tudo pronto Elias disse aos profetas de Baal.

Como vocês são em maior numero comecem primeiro. Agora invoquem o nome do seu deus e eu invocarei o nome do Senhor e quem responder por meio do fogo esse será Deus. E o povo respondeu, dizendo: É boa essa palavra.

Assim que os seguidores do deus Baal invocaram-lhe o nome em altos brados, por muitas horas, mas este nada lhes respondeu, ficando eles até a tarde, sem resultado nenhum. Então Elias chamou o povo e invocou o nome de Deus. “então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, ainda lambeu a água que estava no rego”.

Valendo-se dessa prova de força mandou matar degolados os profetas do deus Baal, em número de quatrocentos e cinquenta, junto ao ribeiro Quisom, além de que previu a morte de Jezabel, esposa do rei Acabe de maneira trágica. (I Reis 18.40).

Indicações da Nova Aliança.

O calendário do tempo continuou a sua marcha...

Porém, no século VII a.C. nasceram dois profetas que dão testemunhas que Elias precederia O Messias (Jesus Cristo), conforme descrito por Isaias.

Isaias (40.3): “A voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor: Endireitai no ermo a vereda a nosso Deus”.

Depois Malaquias (3.1): “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o senhor”.

Mais ainda, desta feita cita o nome de Elias (Ml. 4.5): “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor”.

Mais setecentos anos correram nessa marcha implacável do tempo...

No entanto, é de se crer que Elias tivesse outras encarnações nesse intervalo, talvez preparando para o grande compromisso de anteceder a presença de Jesus no mundo.

Reencarnação de João Batista

Breve Histórico

Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo, teria vivido segundo o historiador judeu Flávio Josefo na Judeia, (2 a.C. — 27 d.C.), Guerras dos Judeus.

Seu nome era João, apelidaram-no "Batista" pelo fato de pregar um batismo de penitência (Lucas 3:3).

Suas vestes de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos (fruto de planta da região) e mel silvestre, é conhecido como uma pessoa solitária, que vivia no deserto. O caminho desse homem estranho, e recluso, mas profeta de grande popularidade, cruzou com a da família real na época, a do rei Herodes Antipas, da Galiléia, na definição do profeta Isaias, “a voz que clama no deserto”.

Dão testemunhas de João Batista

Além do historiador judeu Flavio Josefo atestam a sua existência, os Evangelistas: (Mateus 3.1), (Marcos l:l), (Lucas 1:62), (João 1:6. e 3:28,30).

Confirmação de que Elias reencarna como o nome de João Batista.

Pelo próprio João Batista.

Um dia fariseus influentes mandaram alguns de seus seguidores perguntarem a João Batista.

Disseram-lhe pois: Quem és? Para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? (João 1.22).

Disse: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor”, como disse o profeta Isaias. (João 1:23).

Por Jesus.

Por que dizem os judeus, os escribas, que é necessário que Elias venha primeiro?

Respondeu Jesus: “Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito". (Marcos 9:13).

É verdade que Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. (Mateus 17:11). Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. (Mateus 17:12)

Os discípulos então compreenderam que era de João Batista que ele falara. (Mateus 17:13).

Implícita a Crença da reencarnação entre os Judeus.

"E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”. (Mateus 11.14).

“Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?" Eles responderam:

"Alguns dizem que é João o Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos profetas que ressuscitou". (Mateus 16,13-14).

Ora, se Jesus tivesse de ser um dos antigos profetas hebreus, teria de ter reencarnado porque o viram quando criança.

João Batista dá testemunho de Jesus

O evangelista João disse francamente a respeito dele: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). João teve ao mesmo tempo um nascimento notável e um caráter impecável.

“...no meio de vós está quem vós não conheceis, o qual vem após mim [Jesus era seis meses mais novo do que João], do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias” (João 1.26-27).

CONCLUSÃO:

Duas leis se apresentam na vida desse extraordinário espírito, muito claramente, conforme se explica:

I - Reencarnação:

Elias reencarna como João Batista

Não há muito a acrescentar visto que está claramente provado que Elias reencarna como João Batista, mostrando que ninguém pode fugir aos seus compromissos, assim que o homem é herdeiro de si mesmo.

Conforme dão testemunhos dois profetas do passado, Isaias e Malaquias, com provas contundentes:

1 –Isaias (40.3): “A voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor. Endireitai no ermo a vereda a nosso Deus”.

2 -Depois por Malaquias (3.1): “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o senhor”. Mais ainda, desta feita cita o nome de Elias. “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor” (4.5).

E Jesus o confirma com toda a sua autoridade moral.

1- Porque é este de quem está escrito: “Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho”. (Mateus 11.10).

2-Respondeu Jesus: “Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito". (Marcos 9.13).

3-E irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes a prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. (Lucas 1.17).

II – Lei de Causa e Efeito

Elias e João Batista.

Analogia de Personalidade.

Simples, reclusos, amavam a solidão, alimentavam-se de maneira frugal, vestiam-se de maneira muito rústica, eram impulsivos ao exortar as pessoas, como afrontavam os reis das duas épocas, numa se impôs; na outra, fora vitima de sua atitude temerária de agir.

Narrativa do Evangelho

"Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodías (Salomé) diante dele, e agradou a Herodes.". Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse; e ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. E mandou degolar João no cárcere. "E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe." (Mateus, capítulo 14, versículos 6 a 11)

Nota-se que Elias montou um Espetáculo para realizar os seus intentos, isto é, encontrar justificativa para mandar degolar os profetas do deus Baal e nessa outra feita, já como João Batista é a vítima.

Apesar de haver se passado novecentos anos, é de se crer que nesse intervalo tivera Elias outras encarnações para se preparar para esse grande compromisso, antecedendo o Divino Mestre.

Vimos a vida desse extraordinário apóstolo João Batista, que segundo o próprio Jesus “foi o maior profeta nascido de mulher”, porém devidos aos seus equívocos no passado, quando vivera como Elias, cometera erros graves, especialmente no que se refere aos tempos do rei Acabe, assim que Elias, valeu-se de artifício para mandar degolar os profetas de Baal, talvez na suposição de que eles não eram filhos amados do Pai, além de haver prejudicado a Jezabel esposa de Acabe, por isso ficou essa pendência para ser resolvida no futuro, como esta lei das reencarnações sucessivas repõe tudo no lugar, não necessitou o Pai e Criador condená-lo pela eternidade afora, mas esse Deus do qual fala o Evangelista João, “Deus é amor”, permitiu que ele retornasse em outro corpo para quitar-se diante das leis de Deus.

Note-se a analogia das circunstâncias: na ocasião em que era conhecido como Elias, enfrentou a rainha Jezabel, tendo-a vencido pelos poderes, matando os sacerdotes e suprimindo o culto ao deus Baal.

Na segunda ocasião, já como João Batista, enfrenta os reis novamente, com a sua natural impulsividade, novamente encontra um rei fraco em Herodes e o censura por haver se unido a cunhada, mas desta feita Jezabel de ontem, agora na condição de Herodias, pede a sua cabeça também, valendo-se de artifício que ele mesmo usara no passado quando vivera como Elias e Herodes manda decapitá-lo.

Áulus
Otacir Amaral Nune
Campo Grande/MS.

 

O CRISTÃO QUE VOLTOU

Conta-se que certo cristão de recuados tempos, após reconhecer a grandeza do Evangelho, tomou-se de profunda ansiedade pela completa integração com o Senhor. Ouvia, seguidos de paz celeste, as preleções dos missionários da Revelação Divina e, embora tropeçasse nos caminhos ásperos da Terra, permanecia em perene contemplação do Céu, repetindo:

Jamais serei como os outros homens, arruinados e falidos na fé! Oh! Meu Salvador, suspiro pela eterna união contigo!

De fato, conquanto não guardasse o fingimento do fariseu, em pronunciando semelhantes palavras, fixava as lutas e fraquezas do próximo, com indisfarçável horror.

Assombravam-no os conflitos humanos e as experiências alheias repercutiam-lhe na alma angustiosamente. Não seria razoável refugiar-se na oração e aguardar o encontro divino?

Figurava-se-lhe o mundo velho campo lodoso, ao qual era indispensável fugir.

Concentrado em si mesmo, adotou o isolamento como norma a seguir no trato com os semelhantes. Desligado de todos os interesses do trabalho humano, vivia em prece contínua, na expectativa de absoluta identificação com o Mestre. Se alguma pessoa lhe dirigia a palavra, respondia receoso, utilizando monossílabos apressados. Pesados tributos de sofrimento exigia a vida de bocas levianas e insensatas e, por isso, temia oferecer opiniões e pareceres. Nas assembleias de oração, quase nunca era visto em companhia de outrem. Desviara-se de tudo e de todos na sua sede de Jesus Cristo. À noite, sonhava com a sublime união e, durante o dia, consagrava-se a longos exercícios espirituais, absorvidos na preparação do dia glorioso.

Nem por isso, contudo, a vida deixada de acenar-lhe ao espírito, convidando-lhe o coração ao esforço ativo. No lar, no templo, na via pública, o mundo chamava-o a pronunciamento em setores diversos. Entretanto, mantinha-se inflexível. Detestava as uniões terrestres, desdenhava os laços afetivos que unem os seres e, zombava de todas as realizações planetárias e punha toda a sua esperança na rápida integração com o Salvador. Se encontrava companheiros cogitando de serviços políticos, recordava os tiranos e os exploradores da confiança pública, asseverando que semelhantes atividades constituíam um crime. À frente de obrigações administrativas, afirmava que a secura e a dureza caracterizam a atitude dos que dirigem as obras terrenas e, perante os servidores leais em ação, classificava-os à conta de bajuladores e escravos inúteis. Examinando a arte e a beleza, desfazia-se em acusações gratuitas, definindo-as por elemento de exaltação condenável da carne transitória e, observando-a ciência, menoscabava-lhe as edificações. Unir-se-ia a Jesus, - ponderava sempre – e jamais entraria em acordo com a existência no mundo.

Se companheiros abnegados lhe pediam colaboração em serviços terrestres, perguntava:

Para quê?

E acrescentava:

Os felizes são bastante endurecidos para se aproveitarem de meu concurso, e os infelizes bastante desesperados, merecendo, por isso mesmo, a purificação pela dor. Não perturbarei meu trabalho, seguirei ao encontro de meu Senhor. E de tal modo viveu apaixonado pela glória do encontro celeste que se retirou, um dia, do corpo, pela influência da morte, revestido de pureza singular. Na leveza das almas tranquilas, subiu, orgulhoso de sua vitória, para ter com o Senhor e com Ele identificar-se para sempre.

No esforço de ascensão, passou por velhos desiludidos, mães atormentadas, pois sofredores, jovens sem rumo e espíritos informados de todas sorte... Não lhes deu atenção, todavia. Suspirava por Cristo, pretendia-lhe a convivência para a eternidade.

Peregrinou dias e noites, procurando ansiosamente, até que, em dado instante, lhe surgiu aos olhos maravilhados um palácio deslumbrante. Luzes sublimes banhavam-no todo e, lá dentro harmonias celestes se fazem ouvir em deliciosa surdina.

O crente ajoelhou-se e chorou de júbilo intenso. Palpita-lhe descompassado o coração amante. Ia, enfim, concretizar o longo sonho.

Contudo, antes que se dispusesse a bater junto à portaria resplandecente, apareceu-lhe um anjo, diante do qual se prosterna, extasiado e feliz. Quis falar, mas não pôde. A emoção embargava-lhe a voz, todavia, o mensageiro afagou-lhe a fronte e exclamou compassivo:

Jesus compadeceu-se de ti e mandou-me ao teu encontro.

Estamos no Reino do Senhor? – inquiriu, afinal, o crente venturoso.

Sim, respondeu o emissário angélico, - temos à frente o início de vasta região bem-aventurada do Reino.

Posso entrar? – indagou o cristão contente.

O anjo fixou nele o olhar melancólico e informou.

Ainda não meu amigo.

E ante o interlocutor, profundamente decepcionado, continuou:

Realizaste a fiel adoração do Mestre, mas não executaste o trabalho do Pai. Teu coração em verdade palpitou pelo Cristo, entretanto, Jesus não se enfeita de admiradores apaixonados como as árvores que se adornam de orquídeas. Não pede cortejadores para a sua glória e sim espera que todos os seus aprendizes sejam também glorificados. Por isso, em sua passagem pela Terra nunca se afirmou proprietário do mundo ou doador das bênçãos. Antes, atendeu a todos os sublimes deveres do serviço comum e convidou os homens a cumprir os superiores desígnios do nosso Eterno Pai. Não deixou os discípulos diretos, aos quais chamou amigos, na qualidade de flores ornamentais de sua doutrina e sim na categoria de sal da Terra destinado à glorificação do gosto de viver. Estabelecera-se longa pausa que o mísero desencarnado não ousou interromper. O mensageiro, porém, acariciando-o, com bondade, observou ainda:

Volta, meu amigo, e completa a realização espiritual! Não procures Jesus como admirador apaixonado, mas inútil... Torna ao plano terrestre, luta, chora, sofre e ajuda no círculo dos outros homens! A dor conferir-te-á dons divinos, o trabalho abrir-te-á portas benditas de elevação, a experiência encher-te-á o caminho de infinita luz e a cooperação entregar-te-á tesouros de valor imortal! Não necessitarás, então, procurar o Senhor, como quem busca um ídolo, porque o Senhor te procurará como amigo fiel! Volta e não temas!

Nesse momento, algo aconteceu de inesperado e doloroso. Desapareceram o palácio, o anjo e a paisagem de luz... Estranha escuridão pesou no ambiente e, quando o pobre desencarnado tornou a sentir o beijo da luz nos olhos lacrimosos, encontrava-se, no mesmo lar modesto de onde havia saído, ansioso agora por retomar o trabalho da realização divina noutra forma carnal.

Irmão X
Do Livro “Coletâneas do Além”, do médium Francisco Cândido Xavier

 

CONTRARIA-TE

Aprendam a contrariar-te!

Renunciando, nós aprendemos a amar. 

Tema proposto na lição da noite: “Sede perfeitos como nosso Pai celestial o é”.

Somente nos contrariando conseguiremos esta façanha.

Queres possuir algo, acumular, consumir com sofreguidão? Contraria-te!

Vais agredir? Cala-te em oração.

Vais desferir um golpe? Para, medita, silencia.

Vais censurar alguém? Contraria-te, faça o contrário destacando uma virtude.

Desejas algo diferente na alimentação, no vestir? Contraria-te, aceita o que tem.

Alguém desfere contra ti impropérios?  Contraria-te, revolvendo a terra do coração com a pá da oração, do perdão.

Não permitas que ideias pagãs povoem o cérebro e aninhem-se no teu coração. Contraria-te!

Queres um copo de vinho? Pensa no teu delicado fígado e estômago. Contraria-te!

Mesa lauta? Contraria-te, alimenta-te com o necessário combatendo a glutonaria.

Queres mais um aparelho de roupa para encher o guarda-roupa? Contraria-te e pensa nos nus, nos pobres, nos desempregados.

Pensa inclusive que já possui bastante. Aprende a viver com o que já possui. Contraria-te!

Assim aprenderemos a desvencilharmo-nos da matéria e passaremos a viver mais o mais o mundo Espiritual.

Contraria-te! 

Assim, teremos bem mais: saúde, disposição, alguns anos a mais no corpo físico auxiliando...

Teremos bem mais calma, alegria, amparo e sintonia com mentes pacíficas e humanitárias.

Queres repousar um pouco mais? Contraria-te preferindo a companhia positiva de um livro, enriquecendo o cérebro vazio de conhecimento. Medita no poder da leitura edificante, amigo sincero e bom que deseja ser folheado por mãos que já operam no serviço do bem.

Queres um troco a mais? Medita naquele irmão da amargura que daria tudo para estar no nosso lugar, com tudo que temos e somos. Contraria-te!

Encharca-te na candura da gratidão e levanta os olhos para o Alto e agradece a Deus pelas conquistas, vitórias e concessão por tudo que nos cerca.

Contrariar-te é promover a legítima ascensão, transformar-se no homem novo.

Mas, para contrariar-se é preciso ter disciplina, vontade firme, consciência reta e certeza que Deus existe, e por esta razão tão grande, valerá a pena contrariar-se.

Muita paz.

Cesfa
Campo Grande/MS.

 

PENAS ETERNAS

A ideia das penas eternas remonta da mais alta antiguidade e provém da crença dos povos antigos que punham os infernos nas entranhas da Terra. Com a evolução, o homem adquiriu melhores noções da natureza da alma, compreendeu que um ser imaterial não poderia ser atingido pelo fogo material, ficando ainda o fogo como símbolo do mais cruel e danoso suplício para caracterizar os sofrimentos morais da alma.

Tais penas são incompatíveis com a infinita evolução, pois o Espírito é criado simples e ignorante do bem e do mal e usando a liberdade, o seu livre-arbítrio, vai crescendo em saber e virtudes até transformar sua natureza hominal em natureza angelical. O anjo, então, é o Espírito que veio das trevas e por seu esforço, depois de muito sofrimento, dedicação, muitas existências em que foi se depurando chegou à angelitude e se revestiu de luz.

Logo, os Espíritos são criados de uma única espécie e a crença em variadas criações, como a hominal e a angélica (anjos, arcanjos) não se sustenta, pois haveria preferência de Deus.

O Universo era concebido como esferas concêntricas com a Terra no centro, e nessas esferas que eram chamadas de céus foram colocadas as moradas dos justos. Os Bem-aventurados ficavam nos Campos Elíseos (Paraiso) – sinônimo de céu, por isso ainda dizemos: subir aos céus, descer ao inferno. 

Ensinam os Espíritos superiores que só o Bem é eterno, porque é a essência de Deus. O mal sempre terá um fim. Em consequência combatem a doutrina das penas eternas como contrária à ideia que Deus nos dá de sua justiça, sua bondade e de sua misericórdia.

Um Deus que tem seus atributos elevados ao infinito como a fonte inesgotável da bondade infinita, da justiça infinita, da misericórdia infinita, que ensina seus filhos a perdoar indefinidamente e amar até os inimigos, não poderia condenar seus filhos a sofrimentos eternos, por não se arrependerem antes da morte, pois se assim fizesse, não seria infinitamente bom. 

Deus também não poderia condenar irremissivelmente, por faltas cometidas por imperfeição de seus filhos, criados por Ele mesmo, pois assim não seria infinitamente justo e se Deus é Onisciente e Onipresente, saberia que alguns de seus filhos seriam condenados a sofrimentos eternos e se mesmo assim os criasse, também não seria infinitamente justo; tampouco poderia ouvir o clamor de seus filhos condenados para sempre a terríveis sofrimentos sem se sensibilizar, pois então não seria infinitamente misericordioso.

Com tantos atributos diminuídos, esse ser não seria Deus e sim uma criatura com todos os vícios humanos elevados a um grau infinito.

A alegação a favor das penas eternas de que a gravidade da falta é diretamente proporcional à importância da pessoa ofendida, que assim, uma ofensa dirigida a um ser infinito como Deus, seria também infinita, é um argumento falso, especioso, porque sendo o homem um ser finito, não poderia cometer uma ofensa infinita, de modo que a ofensa não guarda relação com a pessoa do ofendido, mas com a capacidade do ofensor.

Em nosso ordenamento jurídico brasileiro observa-se a inimputabilidade do delinquente por idade, por alienação mental, pela perturbação dos sentidos. Se não podemos imputar pena nesses casos, poderíamos em sã consciência imputar uma pena a uma criancinha de poucos anos por agravos ou injurias que nos fizesse? E poderia Deus nos imputar uma pena desproporcional, já que temos consciência que a diferença entre nós e uma criancinha é infinitamente menor que a diferença entre Deus, o Criador, o Ser Supremo e nós, insignificantes pessoas?

Na nossa sociedade já não se aceita prisão que não reforme, que não reeduque e não prepare o condenado para voltar a viver em sociedade; não se aceita a prisão perpétua, limitada a 30 anos; como então aceitar um inferno  perpétuo com fogo que calcina sem purificar, que queima e não consome, um suplício atroz que tortura sem regenerar?

 Jesus veio nos ensinar a amar e perdoar, e Deus, que é Pai, e que nos mandou o próprio filho, não iria perdoar? seria como se dissesse: “Faça o que Eu mando, mas não faça o que Eu faço!” 

O próprio Jesus foi pregar aos Espíritos em prisão (1ª Epístola Pedro – 3:19-20), que noutros tempos foram desobedientes, nos tempos de Noé, e disse:” Ide  malditos, para o fogo eterno.”, mas não disse: ”Ide e queimai eternamente.” O fogo poderia ser eterno, mas não implicaria que o condenado ali ficaria para todo o sempre.

Vejamos algumas citações bíblicas sobre a bondade, a justiça e a misericórdia de Deus:

Miquéas 7:18 - “... O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.”

Joel 2:32 - “E há de ser que  todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo...”

Mateus 6:14 - “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai Celestial perdoará vossas ofensas.” 

Isaias 55:7 -“Deixe o perverso o seu caminho, e volte-se para Deus, que é rico em perdoar.”

Jeremias 31:34 - “... Porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior, perdoarei as maldades de todos e não me lembrarei mais dos seus pecados.”

Tito, 2:11- “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo a salvação a todos os homens.”

Romanos, 10:13 “ Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” 11:32 -  “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para usar de misericórdia para com todos.”

1ª Epístola Timóteo 2:4 - “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade.”. 4:10  – “Porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo, salvador de todos os homens.” 

Mateus, 18:14 – “Não é da vontade de vosso Pai que nenhum destes pequeninos se perca.”

2ª Epístola Pedro, 3:9 – “Ele (o Senhor) é longânimo para convosco, não querendo que nenhum se perca, mas que todos cheguem ao arrependimento.”

Ora, o que Deus quer, fatalmente se realiza, porque Sua vontade é Suprema.

          Crispim.
Referências Bibliográficas:
* O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo. Allan Kardec;
* Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita. Allan Kardec;
* O Espiritismo e as Igrejas Reformadas. Jayme Andrade;
* Espiritismo, Estudos Filosóficos. Bezerra de Menezes;* Uma carta de Bezerra de Menezes. Bezerra de Menezes.

 

SALÁRIO DA ABNEGAÇÃO

Qualquer trabalhador exerce as suas atividades profissionais dentro de limites determinados que o fazem credor de salário específico. No entanto, se o profissional, em qualquer setor de atividade humana ultrapassa as fronteiras naturais das próprias obrigações, guarda merecimento superior, à importância do vencimento estabelecido.

Semelhante salário – extra; corresponde à abnegação.

As leis terrestres não recompensam o mérito extraordinário, por falta absoluta dos meios de aferição.

Assim, a abnegação do espírito encarnado, seja qual for o setor em que moureja, é paga pela Lei Divina que define o valor de cada ser no Plano Espiritual.

O trabalho comum, na Terra, é recompensado pela moeda a exprimir-se por honorários; o trabalho extra, no reino do espírito, é pago em recursos de ascensão para a alma.

O trabalho ordinário conduz o servidor ao domínio horizontal do meio em que vive; o trabalho extraordinário eleva-o, em sentido vertical, às Esferas Superiores.

Exemplificando, vemos o professor que apenas procura cumprir determinado plano de aulas, dedicando-se exclusivamente ao mister que lhe é próprio, dentro do limite mínimo de esforço e tempo, a receber a paga integral do serviço nos honorários que percebe. Todavia, aquele que transfigura o magistério em sacerdócio, ajudando aos discípulos, nos horários extraescolares, esmerando-se em estudos contínuos da matéria que leciona para superar o programa rotineiro, habilita-se a crédito extraordinário, de vez que demonstra rendimento superior ao exigido pelos próprios encargos. Semelhante educador receberá naturalmente o salário maior a que fez jus pela abnegação que revelou.

Quem pagará, entre os homens, o devotamente do coração feminino que se decide a recolher no próprio regaço os filhinhos alheios.

Qual instituto humano remunerará o desvelo da criatura generosa que apoia com desinteresse e carinho os companheiros em sofrimento?

Eis porque, contrapondo-se à orientação do esforço mínimo, a abnegação é sempre o esforço máximo, somente compensável pelos cofres da Bondade Divina.

Cumpre as obrigações que te cabem e granjearás vencimento justo na Terra.

Faze mais que o dever, pelo bem de todos, e, conforme as lições de Jesus, amontoarás tesouros nos Céus.

João Modesto
Do Livro “Ideal Espírita”, médium Francisco Cândido Xavier.

 

DO OUTRO LADO DO CAMINHO

A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Deem-me o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho... Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.

Santo Agostinho

 

A TAREFA DOS GUIAS ESPIRITUAIS

Os guias invisíveis do homem não poderão, de forma alguma, afastar as dificuldades materiais dos seus caminhos evolutivos sobre a face da Terra.

O Espaço está cheio de incógnitas para todos os Espíritos.

Se os encarnados sentem a existência de fluidos imponderáveis que ainda não podem compreender, os desencarnados estão marchando igualmente para a descoberta de outros segredos divinos que lhes preocupam a mente.

Quando falamos, portanto, da influência do Evangelho nas grandes questões sociológicas da atualidade, apontamos às criaturas o corpo de leis, pelas quais devem nortear as suas vidas no planeta. O chefe de determinados serviços recebe regulamentos necessários dos seus superiores, que ele deverá pôr em prática na administração. Nossas atividades são de colaborar com os nossos irmãos no domínio do conhecimento desses códigos de justiça e de amor, a cuja base viverá a legislação do futuro. Os Espíritos não voltariam à Terra apenas para dizerem, aos seus companheiros, das beatitudes eternas nos planos divinos da imensidade. Todos os homens conhecem a fatalidade da morte e sabem que é inevitável a sua futura mudança para a vida espiritual. Todas as criaturas estão, assim, fadadas a conhecer aquilo que já conhecemos. Nossa palavra é para que a Terra vibre conosco nos ideais sublimes da fraternidade e da redenção espiritual. Se falamos dos mundos felizes, é para que o planeta terreno seja igualmente venturoso. Se dizemos do amor que enche a vida inteira da Criação Infinita, é para que o homem aprenda também a amar a vida e os seus semelhantes. Se discorremos acerca das condições aperfeiçoadas da existência em planos redimidos do Universo, é para que a Terra ponha em prática essas mesmas condições. Os códigos aplicados, em outras esferas mais adiantadas, baseados na solidariedade universal, deverão, por sua vez, merecer ai a atenção e os estudos precisos.

O orbe terreno não está alheio ao concerto universal de todos os sóis e de todas as esferas que povoam o Ilimitado; parte integrante da infinita comunidade dos mundos, a Terra conhecerá as alegrias perfeitas da harmonia da vida. E a vida é sempre amor, luz, criação, movimento e poder.

Os desvios e os excessos dos homens é que fizeram do vosso planeta a mansão triste das sombras e dos contrastes.

Fluidos misteriosos ligam a Deus todas as belezas da sua criação perfeita e inimitável. Os homens terão, portanto, o seu quinhão de felicidade imorredoura, quando estiverem integrados na harmonia com o seu Criador.

Os sóis mais remotos e mais distantes se unem ao vosso orbe de sombras, através de fluidos poderosos e intangíveis. Há uma lei de amor que reúne todas as esferas, no seio do éter universal, como existe essa força ignorada, de ordem moral, mantendo a coesão dos membros sociais, nas coletividades humanas. A Terra é, pois, componente da sociedade dos mundos. Assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas coletividades, o vosso orbe tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior, no quadro universal.

Os homens, portanto, não devem permanecer embevecidos, diante das nossas descrições.

O essencial é meter mãos à obra, aperfeiçoando, cada qual, o seu próprio coração primeiramente, afinando-o com a lição de humildade e de amor do Evangelho, transformando em seguida os seus lares, as suas cidades e os seus países, a fim de que tudo na Terra respire a mesma felicidade e a mesma beleza dos orbes elevados, conforme as nossas narrativas do Infinito.

Emmanuel
Do Livro: “Emmanuel”, do médium Francisco Cândido Xavier

 

 

DESOBSESSÃO SEMPRE

Se você aspira receber, procure dar.

Se você deseja a estima alheia, proporcione apreço sincero aos semelhantes.

Se quer auxílio, auxilie.

Se aguarda compreensão, compreenda.

Se algum de nós observa a presença do mal por fora, vejamo-lo, por dentro, a fim de saber se não estamos em condições de estendê-lo.

Se esperas desculpas às próprias faltas, esqueça, - mas esqueçamos, de todo coração, - as faltas dos outros.

Se a irritação nos destempera, silenciemos a palavra, até que passe a tormenta da ira.

Se você não aprecia respostas desagradáveis, não faça perguntas irreverentes.

Se sonha elevar-se, eleve também os companheiros.

Se dispõe de tempo a perder, ganhe tempo no trabalho ou no estudo.

Desobsedar-se alguém, na essência, será libertar-se da sombra e ninguém se livra da sombra sem fazer luz.

André Luiz
Do Livro “Paz e Renovação”, de Francisco Cândido Xavier.

 

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ANO IX - Nº 100 – Campo Grande/MS – maio de 2014.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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