"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO IX - N. 103 * Campo Grande/MS * Agosto de 2014.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


Quando queira levar o seu afeto ao amigo que há tempo não visita, leva pelos menos um pouco de alegria e esperança. Áulus/Otacir Amaral Nunes

 

 

PEQUENOS GESTOS

Às vezes pequenos gestos podem abrir janelas que permitirão que veja muito além do pequeno mundo em que vive e também uma atitude equivocada pode suscitar abismos entre as pessoas e criando-lhes sérios aborrecimentos. Pense nisso e aja com prudência.

Com uma palavra ou gesto pode ser criar antipatias que vão perdurar por muito tempo, um pouco de delicadeza, respeito, paciência, urbanidade podem fazer um enorme bem na vida de qualquer um. O mundo pode ser maravilhoso depende o ponto de vista que o considere.

Um gesto de boas maneiras pode abrir caminhos que darão alegria e felicidade às pessoas e pode ser um incentivo para que continuem a lutar e atravessem com otimismo os momentos difíceis, pois que apesar de tudo, o Sol continue brilhando lá fora. O mundo pode não estar tão ruim como se supõe, mesmo porque de outro lado da rua há pessoas que fazem a diferença por onde passam.

Um muito obrigado. Por favor. Um aceno de mão. Uma palavra carinhosa. Paciência no trânsito. A preferência as pessoas com problemas de locomoção é um dever. São pequenos gestos que ajudam a convivência em sociedade. Valha-se sempre desses recursos em sua vida diária.

Ao acordar primeiro gesto: agradeça a vida. Uma prece de gratidão pelos acontecimentos felizes. Mas também não se deixe levar pelo pessimismo por algo que não ocorreu na forma que esperava.

Seja constante em suas afeições. Amigo como fala o poeta: “é algo para se guardar no lado esquerdo do peito”. Devote respeito às pessoas idosas, elas já atravessaram momentos difíceis de suportar nesta existência, mesmo porque um dia chegará nestas mesmas condições. Hoje goza de energia e saúde, mas um dia deverá contar com o concurso alheio, por isso plante hoje, para que tenha o direito de colher amanhã.

Não espere que o seu sonho dependa somente de Deus, mas se ajude muito para que consiga alcançar os seus grandes objetivos.

Do ponto de vista espiritual a vida é maravilhosa, ainda que deva viver sob o Sol forte do sofrimento, porque é a tábua lançada no mar da vida para que os náufragos possam salvar-se das tempestades bravias, que na verdade são as respostas por conta exclusivas de suas atitudes insensatas de ontem, e hoje é oferecida a cada um essa oportunidade de se reerguer diante de si mesmo.

Não se deixe levar por facilidades que não tem apoio no trabalho, porque o trabalho é a única coisa de real que existe ao longo do percurso, por isso a Doutrina Libertadora deixou como lema: “fora da caridade não há salvação”, porque a caridade é o amor em ação, assim que não espere milagres, porque eles não existem, mas pratique a caridade com largueza de coração, que certamente cumprirá o seu grande destino.

Trate as crianças com carinho, mas com disciplina e responsabilidade, porque as grandes questões que assolam a sociedade hoje começam no lar, quando os pais estão mais interessados em outros valores do que educar corretamente os seus filhos, depois colhem os resultados amargos e muitos lamentam, mas sem razão, porque deixaram que a planta mais preciosa crescesse sem disciplina, agora depois que se tornou adulta não a corrigirá jamais.

Não procure ocultar as dificuldades dos seus filhos, mas os convide para ajudá-los a resolvê-las. Criando o senso de responsabilidade, e também não seja tão piegas que oculte as suas travessuras, pois desde cedo devem aprender os seus limites e o respeito ao direito dos outros para que não dia de sua vida adulta saiba conviver com as dificuldades sem culpar os outros.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

 

O RICO E LÁZARO

Lucas, (16.19).

A parábola do homem rico é muito significativa, representa o homem do mundo em que nada lhe falta. Veste-se de púrpura e de linho finíssimo e se regala esplendidamente diante de uma mesa farta. Cioso de sua suposta importância julga-se no direito de não se importar com ninguém, mas exigir os primeiros lugares nos banquetes do mundo.

De outro lado está o mendigo coberto de úlceras e tudo lhe falta, ali recostado numa parede cobrindo a sua nudez com andrajos e deseja somente alimentar-se das migalhas que caem da mesa do rico para saciar a sua fome, mais ainda, sente sede de afeto, de justiça, mas ninguém lhe dá nada.

Esta é a situação de muitos personagens em muitos lugares, pois aqueles que teoricamente são mais ricos e de nada se privam, regalam-se esplendidamente, mas recusam-se abrir mão de pequena parte de seus recursos para socorrer aqueles que nada têm, com isso negam remédio aos infelizes para minorar os seus sofrimentos atrozes.

Infelizmente não sabem que dos seus supostos valores só os têm a posse transitória, mas por si mesmo nada tem. Se de repente forem destituídos desses valores que estão presentemente sob a sua custódia, talvez percebam que são mais pobres que os demais. Mas se tivesse os recursos bem aplicados render-lhe-iam enormes lucros em valores imperecíveis nos céus.

Todavia, a maioria dessas pessoas prefere conservar imensas parcelas de recursos sem proveito, não se sabe para quê? Talvez para satisfazer o seu egoísmo exacerbado. Não permitindo que nada saia de suas mãos para socorrer aqueles casos extremos de necessidade, com isso, por sua vontade, estarão também interditando que chegue até as suas mãos os recursos no dia de sua maior crise de sofrimento, e mesmo porque estão tão preocupados em cuidar dos ditos valores que não tem tempo para se ocupar do principal, ou seja, a sua alma.

Lá fora, no entanto, os necessitados de tudo estão ao relento à espera deles para que os ampare, tal como aquele personagem da parábola que tem nome de Lázaro, mas esses afortunados estavam preocupados com outros interesses. Os valores materiais e as seduções do poder os mantem magnetizados.

Mas a vida passa tão depressa com o seu cortejo de dores e ilusões e nesse ponto se nivelam o rico e o mendigo, Não haverá nenhuma diferença diante da morte de um e de outro, mas a avaliação será diferente. Um da vida só recolheu as facilidades e o outro as misérias.

Porque tudo procede de Deus a beneficio de todos. A riqueza para que dela façam bom uso, como aquela fonte benfazeja que leva reconforto por onde passa, assim que repassando uma pequena parcela aqueles que têm menos ou nada tem, procede como aquele homem sábio que semeou na terra fértil e colheu abundantes frutos, mostra-se solidário com o próximo e favorecendo outros para que possam diminuir as misérias mútuas, isto é, o rico para que se desapegue de valores que tem a posse precária, ao pobre para compreender que Deus se serve dos outros para socorrê-lo.

Assim que o rico não se entregue de corpo e alma a cuidar dos valores transitórios. E o pobre olhe o mundo sem revolta. Porque a maior vitória é doar-se com alegria para que o outro receba com gratidão os recursos das mãos abençoadas que o servem.

No entanto o rico muitas vezes não percebe onde está o seu interesse maior e vive os momentos de sua suposta glória, sem compreender direito que terá prestar contas dos talentos que recebera, logo na prestação de contas não se lhe perguntará quanto tinha em sua conta bancária, mas se lhe perguntará o que traz em sua bagagem.

Como aplicou os recursos que foram colocados em suas mãos, se porventura socorreu o próximo em suas aflições, se teve compaixão dos que sofrem e padecem. Ainda se foi bom pai, bom marido, bom filho, bom amigo, bom cristão. Quanto aos valores materiais são do mundo e lá permanecerão, aliás, passarão para outras mãos, talvez mais previdentes e sensatas que façam uso para amparar aqueles que mais sofrem.

De outro lado, num canto está o mendigo que pacientemente esperou por amparo dos mais abastados, mas esses com eles não se importaram, porque os valores do mundo os absorviam de tal maneira que qualquer gesto de fraternidade se tornara impossível, no entanto ele vivera intensamente os seus momentos de angústia e desconforto, quando pode analisar com muito vagar os sucessos passados, e diante de suas dores eram tão reais e naturalmente teve bastante tempo para fazer uma avaliação mais justa de sua vida,

Um dia chega o fim da estrada para ambos.

O rico num dia de grande festa que comemorava uma grande conquista no campo material em que os holofotes do mundo estavam voltados para a sua pessoa, em que todos se regalavam esplendidamente, de repente é acometido por um enfarto fulminante em plena festa, todos se solidarizam com aquela situação, depois cada um vai para sua casa, para os seus negócios e dele também se esquecem.

O homem rico segue só o caminho que escolheu e desde que abre os olhos e se reconhece que não pertence mais ao mundo dos vivos, começa os seus tormentos, porque os outros já ocuparam o seu lugar no mundo, que tão avidamente procurou por toda a sua vida.

Os seus herdeiros um caso a parte, já brigam nos tribunais por conta de sua herança, e para o mal de seus pecados ainda maldizem o seu nome. Ele sofre em meio aos tormentos que ele próprio criou com sua atitude equivocada de viver, criando um inferno particular que lhe servirá de terapia intensiva para drenar para os charcos abissais do mundo inferior os seus desequilíbrios emotivos, talvez por muito tempo ainda, prove o gosto amargo das desilusões, do abandono, dos lamentos sem respostas, onde terá tempo de reavaliar cada ato que praticara ferindo pessoas e interesses legítimos dos outros.

O mendigo no outro lado da cidade, devido aos sofrimentos que vivera não percebe o limite entre a vida e a morte, pois que sofrera tanto na vida e que dela só recolhera sofrimento ao longo da estrada, mas naquele instante como se libertasse dos apegos indesejáveis, trocara os seus andrajos por roupas limpas e alvas, sim naquela noite derradeira, percebeu com grande

que cada cicatriz do seu corpo cansado brilhava como se fosse troféus pelos obstáculos superados, de maneira que lecionara a si mesmo lições verdadeiras: aceitação, perdão, gratidão.

Mas especialmente agradecia pelo tesouro da vida lhe proporcionou através do sofrimento os recursos mais valiosos, de maneira que conseguiu libertar-se dos desatinos que vivera em outras experiências mal vividas, e com isso o sofrimento passou a ser como uma avultada ajuda para dizer adeus às ilusões do mundo transitório e com a vantagem de não ter tempo sequer para fazer o mal.

Agora já divisa no horizonte um novo alvorecer, como se as portas se abrissem e sente a claridade de um novo dia, e o mendigo placidamente caminha por uma estrada luminosa que o levará ao portal onde haverá paz e alegria e após prova bem suportada e levada até as suas ultimas conseqüências. Áulus.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS

 

 

NA EDIFICAÇÃO DA FÉ

Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, naquilo que é belo e de superior dentro da vida.

Para alcançar, porem, a divina construção, não nos bastam os primores intelectuais, a eloquência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência.

Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da miséria e da morte.

Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrines de palavras brilhantes e vazias.

Muitos adoradores da Divindade, frequentemente mergulham-se na preguiça a pretexto de cultuar a Glória Celeste.

Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior.

Amemos o trabalho que a Eterna Sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.

Para penetrar os segredos da estatuária, o escultor repete os golpes do buril milhares de vezes.

Para produzir o vazo de que se orgulhará em missão bem cumprida, o oleiro demora-se infinitamente ao contato da argila.

Para expor as peças com que enriquecerá o conforto humano, o carpinteiro, de mil modos, recapitulará, o aprimoramento do tronco bruto.

Não te queixes se a fé ainda te não coroa a razão.

Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações; à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para alvo de teu destino...

Aprende a repetir para que te aperfeiçoes...

Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam.

Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-te-á com a nossa flama singela.

A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força.

Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com Ele e sofrendo felizes em seu roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo, cada vez mais, em Seu Nome, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz...

É que o trabalho de comunhão com o Mestre terá realizado em nós a sua obra gloriosa, e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração.

 

Emmanuel
Do livro “Servidores no Além”, de Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

VINTE E DOIS ANOS!

 

Nós somos os primeiros que nos acostumamos como aos demais a viver em meio da luz, e não apreciamos como deveríamos o imenso bem que nos tem proporcionado o conhecimento do Espiritismo, e que proporciona aos demais, necessitamos ver de bem perto algum grande infortúnio para apreciar todo o horror que há na sombra, e toda a felicidade que há na luz.

Ontem tivemos a ocasião de bendizer o Espiritismo, porque estivemos conversando com um ser profundamente infeliz; é um jovem de vinte e seis anos de idade e que sofre há vinte e dois anos de uma dolorosa enfermidade. É um espírito amante do progresso, racionalista por excelência, em seus olhos irradia o fogo da juventude, porém em sua face pensadora se vêm rugas prematuras. A expressão de seu semblante é doce e amarga ao mesmo tempo: no seu sorriso triste, se observa que é um homem que pensa, que sente, que sonha; por conseguinte seu estado de prostração deve fazê-lo sofrer muito, porque há espírito que a escassez de sua inteligência diminui o sofrimento, porque vive sem aspiração; em muitos seres a resignação é uma virtude, é um costume adquirido sem violência, há homens humildes que padecem, mas que inclinam a cabeça dizendo: Deus o quer, e ante esse místico de ilógico questionamento, cruzam os braços e se entregam à inanição sem luta, sem contrariedade: ao contrário há outros indivíduos como sucede ao jovem que nos ocupamos, que não se conforma em sofrer lentamente, querem saber a causa da sua sorte e assim é que sua vida tem um fundo muito sombrio. Um homem pensador dominado por uma enfermidade é profundamente infeliz; e nosso amigo o era. Nasceu forte e robusto, e aos quatro anos de idade neste mundo, começou a sofrer com um tumor num dos seus quadris, a qual teve tão numerosa descendência que já se passou vinte e dois anos e suas raízes sempre retornam abrindo até onze bocas em torno do tumor primitivo, e como é natural, nosso amigo tem ficado coxo e todo seu ser está meio torcido por uma dolorosa contração, ademais está bastante surdo, e sua enfermidade é crônica. Tem períodos tão horríveis, que em certas ocasiões aumenta a dor de suas chagas, até a ponto de ficar prostrado em seu leito e tem que permanecer longas temporadas, somente recostado de um lado sem poder mudar de posição; temporadas que duram às vezes dois anos, ano e meio, dois meses, um mês, quinze dias, e em estado normal, quando pode andar e dedicar-se ao seu trabalho que é alfaiate, o infeliz tem que fazer curativos até duas vezes por dia, e quando suas chagas fecham, ele mesmo tem que as abrir para que cessem suas agudíssimas dores.

Pobre jovem! Tão inteligente! Tão afetuoso! Tem que viver encerrado dentro de si mesmo, para ele está negado a ternura de uma esposa, as carícias de pequerruchos que subiriam por suas pernas e lhe digam. Papai!...Para ele não há nada mais que isolamento; o monge do infortúnio teve que aceitar a solidão íntima sem esperança de sorrir, para ele não há mais que o túmulo, só nela crê logicamente, onde deixará de sofrer.

O único consolo que se há concedido a esse infeliz é ter uma mãe amorosa que lhe cuida com a mais terna solicitude, e prodigaliza esses benfazejos cuidados que tanto consolam o enfermo. A pobre mulher é muito boa cristã e cumpre fielmente todas as práticas da religião romana, e há pregado a seu filho quando tem podido, e recomendado sempre a este e a outro santo para obter proteção Divina, mas amigo dizia a sua mãe:

Não entendo como é esse seu Deus, mamãe! Que pecado tenho cometido para receber um castigo tão horrível? Cai doente quando tinha quatro anos de idade. Que arma homicida havia levantado contra o meu próximo? Que calúnia havia proferido meus lábios? Que plano infernal havia urdido em minha mente? Que guerra de extermínio havia provocado? Todo efeito tem uma causa, minha enfermidade não tem. Eu tenho irmãos que estiveram no mesmo claustro materno que eu estive e eles estão bem e sadios, no entanto meu corpo é um depósito de podridão. É um mal hereditário? Não; meu pai é um homem robusto e a senhora desfruta de saúde. Por que eu hei de ser o desgraçado Jó desta família?

- Porque Deus quer provar sua paciência, dizia-lhe a mãe.

- Isso é um absurdo, mamãe; se Deus tudo vê, se Deus tudo sabe, se Ele tem conhecimento do futuro; compreenderá desde o momento que criou seus filhos o que estes podem sofrer. Senhora seria capaz de martirizar-me para ver até onde chegava o meu sofrimento?

- Nunca. Filho de minha alma, para pagar um minuto de pena eu carregaria muito feliz um século de dores.

- Então, você é melhor que Deus.

- Cale-se menino, não diga blasfêmias, só Deus é o conjunto de todas as perfeições.

Pois por que não ameniza os meus tormentos, mamãe, como pode, a senhora, sendo uma pobre mulher sofrer feliz o mal que me atinge? Não pode ser assim, Senhora, Deus não existe, se existisse, eu não estaria sofrendo tão horrivelmente; não me venha a Senhora com santos e ladainhas: nascemos não sei por quê, vivemos por um mistério, morremos porque as forças se esgotam; Quando se gastarão as minhas?... E nestas dissertações passava nosso amigo em sua triste vida. Assim ainda viveu dezoito anos. Um velhinho lhe deu um pequeno livro intitulado. O que é o Espiritismo ? Dizendo-lhe. Lê isto menino se quiser renascer. O pobre enfermo devorou aquelas páginas brilhantes, e em seus admiráveis diálogos, sua alma faminta de justiça pode saciar-se com o rico alimento do esclarecimento, amadurecida pelo sal da razão, e desde aquele dia não vê senão como um grande trabalho a ser devolvido em favor do próximo, freqüenta as sessões espíritas e escuta ansioso as comunicações dos espíritos, lê os periódicos espíritas escuta e faz mais ainda, propaga a boa nova com suas palavras, com suas boas ações, com sua resignação. Melhor já não diz que Deus não existe, hoje exclama com íntima satisfação: Deus é grande! Deus é misericordioso! Porque cria e não destrói! Eu espero! Eu creio! Eu amo a luz! Eu renasci! Eu devo a minha mãe a vida do corpo, mas devo a Deus a vida da alma! Bendito seja!...

Não sou uma vítima do capricho da sorte, não sirvo de experimento para um deus terrível. Sou o que havia querido ser, pago o que devo, empreguei mal meu tempo, semeei ventos e recolho tempestades; mas deixarei meu horrível envoltório, meu espírito se verá livre destes membros corroídos pela putrefação: E serei jovem! Belo! Pleno de virtudes! Amarei uma mulher! Constituirei uma família! Serei grande! Serei um gênio! Viverei, porque até agora não vivi!

Não sou um deserdado! Tenho minha herança, tendo minha parte no banquete da vida! E no olhar de nosso amigo irradia algo divino, algo que não se pode descrever nem copiar. Como disse um sábio, poder-se-á retratar uns olhos, mas jamais se traduzirá o brilho de fogo de um olhar.

Quando nós escutamos seu relato, quando multiplicamos nossas perguntas, e o vemos tão resignado, tão racionalmente convencido de que ele muito paga, muito deve, então concluímos: que consolo tão grande veio difundir o Espiritismo! Disse o sábio, que Deus está sentado ao lado do mundo, tendo em sua mão uma catarata do rio da vida; o Espiritismo também tem em seus princípios fundamentais, a catarata do rio da esperança; a fonte do progresso eterno, o caudal inesgotável da razão, o grandioso oceano da verdade.

Nosso amigo que vive sem viver, dominado por uma dor continua, que nem um momento de sua vida se vê livre de sua dolorosa mortificação, e que de tudo duvidava, que esperava a morte, o caos, o nada como a única felicidade possível, que destruir o seu ser e aniquilar o seu eu, era somente a ilusão que acariciava sua mente. E num momento renascer, viver, sonhar, pressentir, esperar, crer e amar aquela mesma dor que o tortura, compreendendo que em certos planetas, como disse alguém, “o sofrimento é o agente da mancha do mundo”, esta metamorfose é tão grande, sua importância é tão transcendental. Dormir numa tumba e despertar no infinito, esta transição da morte à vida somente pode ter o Espiritismo, as vozes daqueles que partiram para outra dimensão da existência, que dizem ao desventurado: Levanta e anda! Tua é a criação com seus mundos de luz, com sua eterna luta e seu eterno progresso.

Confia! Espera! Ama! Perdoa! Trabalha! Vive! Porque seu destino é viver eternamente. Oh! Bendita seja a hora que o Espiritismo veio abolir a escravidão dos cegos, dos inválidos, dos órfãos, dos mártires do infortúnio que na fogueira da dor sucumbem.

Nosso pobre amigo que levou vinte e dois anos de sofrimento. Quanto o deve ao estudo do Espiritismo.

E os outros que riem, os que nos chamam de loucos, os que crêem que deliramos, se algumas vezes o sofrimento se fizer mais forte, se as amarguradas de suas expiações os fazem cair sob o peso da cruz: Acordem para o Espiritismo, estudem suas obras, busquem seus fenômenos, e encontrarão o que há encontrado o nosso amigo, a causa do seu sofrimento.

Uma razão suprema! Uma verdade Divina! Um Deus imutável e eterno! Um futuro de glória! Um progresso indefinido! Uma irradiação da vida! Uma vida em toda sua grandeza desenvolvida ao infinito, os caudais de sua eterna luz! Salve! Verdade augusta! Salve vida sem termo! Quão grande é Deus! Feliz o homem que na Terra vislumbra o reflexo da esplendida aurora do porvir.

 

Texto original de Amália Domingo Soler (La Luz de la Verdad)
Tradução livre: Otacir Amaral Nunes

 

 

COMO O ESPIRITISMO VÊ O DOGMA DA TRINDADE?

R.: A concepção da Trindade está em contradição formal com as opiniões dos apóstolos e com as palavras de Jesus, que com freqüência se designava Filho do homem , raramente se chamava Filho de Deus , e nunca se declarou Deus. Pedro entendia que Jesus era “o Cristo”, isto é, enviado de Deus, e assim se referiu ao Mestre: “Jesus Nazareno foi um varão , aprovado por Deus entre vós, com virtudes e prodígios e sinais que Deus obrou por ele no meio de vós”. Lucas considerava-o um profeta e Paulo dizia, enfático: “Só há um Deus e um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus-Cristo, homem”. (Cristianismo e Espiritismo, cap. VI, pp. 73 a 83.)  

 

RECLAMAÇÃO

Paz! quem não a deseja? Com certeza quem não a deseja são aquelas pessoas que querem e fazem a guerra, seja entre as nações, entre os povos, entre as populações entre as famílias, entre si e não pensam que a vida na Terra poderia ser bem melhor e sem ódios, se não houvesse tanta reclamação.

E por que reclamamos tanto? É bem provável que a base de nossas reclamações seja o nosso desagrado pela maneira que as coisas são feitas pelos outros, que esquecemos tratar-se de nossos irmãos. Fazem do seu jeito, e se por mero acaso esse jeito não coincide com nossos desejos, com nosso jeito de querermos que se faça, ou não seja como nosso pedido, entendendo-se nosso pedido como nossas exigências, que por si só tornam-se um perigo.

Nossas exigências tornam-se perigosas, pois os pequenos atritos vão se transformando em grandes e então nossas atitudes vão crescendo, por conta de nosso orgulho e vaidade feridos, partindo de um simples desagrado, para um aborrecimento mais forte, depois se transformando numa agressividade, com nossos ânimos acirrados, nossa ignorância exaltada e com o ódio instalando-se em nossos corações e que nos leva ao desentendimento pleno, à briga até mesmo corpórea, inclusive com pessoas do nosso círculo familiar e que dizemos amar.

É claro que podemos, e até devemos, reclamar nossos direitos, porém, dentro da civilidade, sem inconformismo ou revolta, sem violência e sem agressividade, que nunca satisfaz, não nos permitindo perturbar a paz e a tranquilidade de quem quer que seja, e lembrando o grande ensinamento de Jesus para fazermos aos outros o que gostaríamos que fizessem para nós.

O Espírito Sheila, muito conhecida no meio espírita, aponta como primeiro sinal de obsessão a reclamação de cansaço, e não podemos esquecer que estamos cercados de espíritos que ainda, por ignorância, insistem em prejudicar-nos incitando reações descabidas de nossa parte, pelo simples desejo de atrapalhar nossa evolução, mantendo-nos no mesmo nível em que eles se encontram.

Diz a benfeitora Joanna de Ângelis que Jesus veio à Terra para viver e ensinar o amor, nada devendo às leis de Deus e partiu, num madeiro infame, sob tortura, apupos, malquerenças, para nos ensinar a não nos revoltarmos nem reclamarmos ante as vicissitudes e fatos dolorosos nesta Terra, e podemos dizer que tudo isso, sem ressumar, sem transparecer um único sinal de reclamação...

Uma boa solução para o problema da reclamação encontramos em Emmanuel que recomenda nem acusações, nem críticas, nem lamentos, mas trabalho com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem, e o bondoso Espírito

Miramez assevera que “Acompanhar o Cristo é lenho pesado no calvário da vida. Isso é para o destemido que somente visualiza em seus caminhos o amor.”

 

Crispim.
Referências Bibliográficas: - Alerta. Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis
- Saúde. João Nunes Maia/Miramez.
- Segue-me. Francisco Cândido Xavier/Emmanuel

 

 

CONSTRUÇÃO INTERIOR

Em cada um de nós brilha uma luz que se estende por toda parte, direcionando nossos impulsos para a realização maior.

E a cada criatura Deus deu a oportunidade da construção, modificando o alicerce da alma, enquanto o projeto divino qualifica o toque mágico da fé, edificando cada dimensão no quadro mental, entre os pensamentos mais voltados para a caridade.

Não se maltrata dessa forma uma criatura, pelo simples fato, de tê-la encontrada em pecado... A oportunidade de perdão melhora a nossa condição psíquica, melhorando o nosso comportamento.

Mesmo que encontremos em nosso espaço conquistado, obstáculos difíceis de suportar recordemos que apesar de tudo existem caminho que nos direcionam para outros lugares, condicionando a nossa permanência nos estudos da reflexão planejada, o que muitos nos qualifica como benfeitores...

Ilustrando o recomeço da vida como ponto de partida, no acerto de nossas pendências espirituais.

Em cada criatura, essa luz brilha de acordo com o seu merecimento, mas não nos esqueçamos que também somos os responsáveis pela primavera, facilitando a beleza da transformação.

Em nenhum momento podemos estar desinformados das coisas espirituais porque nascemos assim. Espíritos iluminados, que encontram em si próprio a mensagem do Pai, organizando nossos pensamentos para a primeira obra prima que conquistamos ao longo do caminho: a base sólida do convencimento de que estamos construindo o nosso futuro.

Somos ainda mais do que o firmamento.

Somos todos filhos de Deus.

Antônio Carlos do Vale
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 17/02/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

 

 

 

DISCIPLINA

Não nos repugne o verbo obedecer.

Tudo o que constitui progresso e aperfeiçoamento guarda a ordem por base.

Não olvides que a disciplina principia no Céu.

As mais sublimes constelações atendem às leis de equilíbrio e movimento.

O Sol que nos sustenta a vida no mundo repete operações de ritmo, há numerosos milênios.

A Lua que clareava o caminho das mais remotas civilizações da Índia e do Egito efetua, ainda hoje, as mesmas tarefas, diante da Humanidade.

No campo da Natureza, a disciplina é alicerce de toda bênção.

Obedece ao solo.

Obedece a árvore.

Obedece a fonte.

Qualquer construção obedece ao plano do arquiteto que a idealiza.

E, no aconchego do lar, obedecem o piso anônimo, o vaso amigo e o pão que enriquece a mesa.

Na experiência física, a saúde é obra da disciplina celular.

Quando as unidades microscópicas da colméia orgânica se desarvoram, rebeladas, encontramos os tormentos da enfermidade ou as sombras da morte.

Chamados a servir aos nossos semelhantes no Espiritismo Cristão, em favor de nós mesmos, saibamos cultivar a liberdade de obedecer para o bem, aprendendo e ajudando sempre.

Jamais nos esqueçamos de que Jesus se fez o Mestre Divino e o Soberano das Almas, não somente porque tenha vindo ao mundo, consagrado pelos cânticos das Legiões Celestes, mas também por haver transformado a própria vida, em Seu Apostolado de Amor, num cântico de humildade, obedecendo constantemente a Vontade de Deus.

 

Scheilla.
Do livro “Taça de Luz”, de Francisco Cândido Xavier.

 

 

AFASTE-SE DO DESÂNIMO

 

Paciência a ordem é seguir o caminho traçado por Deus para nossa peregrinação.

Com fé ardente recolher os ensinamentos preciosos que cada ocorrência nos visita.

Não acolha o  desânimo porque ele fatalmente te levará a adoecer.

Não abrigue a reclamação porque a dor e a infelicidade te vestirão a mente gerando mais dor e solidão.

Não acoberte a ira porque a revolta é veneno a diminuir o tempo precioso na conquista de maviosos talentos.

Não amaldiçoe, está tudo certo e esta atitude te  impedirá de raciocinar para ver-se livre da perturbação e da desdita.

Não rumine o erro, o equívoco; procure refletir, tirar lições belas do fato e perdoando-te siga em frente e acertará porque tudo contribui para isto.

Busque amigo querido banhar-se na luz preciosa da prece buscando coragem e força para prosseguir feliz no caminho.

Nada maldigas, não descreias, eleve o pensamento a Deus e Ele haverá de dirigir-te bênçãos incalculáveis.

Não seja precipitado, espere e deixe a paciência envolver-te a mente, o coração, para que tuas ações sejam firmes e operantes, nobres e fraternas.

Esquece o erro, todos nós erramos, afinal ainda estamos em  degraus de pouca evolução, mas com prudência e sabedoria avançaremos porque estamos fatalmente assinalados,  marcados para o progresso alcançar e nova criatura ser.

Todas as belas Almas passaram pelos mais diferentes degraus da evolução, adquiriram experiências, amadureceram e banharam-se em luz, fruto do esforço, da dedicação, da perseverança, da renúncia, da fé e do Amor.

Assim será contigo e com todos nós. Portanto afaste o desânimo e seja forte na fé. Vencerás,

Deus é por nós.

Cesfa
Campo Grande/MS, 27/11/2013.

 

 

REFLEXÃO ESPÍRITA

Recordemos algumas das grandes palavras legendas da Espiritualidade Superior, no campo da vida, junto aos complementos que lhe são necessários:

Oração e serviço;

ensino e exemplo;

amor e construção;

verdade e auxilio;

fé e esclarecimento;

paz e trabalho;

cultura e préstimo;

estudo e discernimento;

entusiasmo e equilíbrio;

confiança e diligência;

renovação e melhoria;

advertência e compreensão;

tempo e proveito;

vigilância e caridade.

Reflitamos no assunto, porque, se a Doutrina Espírita nos induz à convicção na imortalidade, semelhante convicção vale pouco sem ação que lhe dê coerência.

Albino Teixeira
Do Livro “Caminho Espírita,” do médium: Francisco Cândido Xavier.

 

MISSÃO DO ESPIRITISMO

A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes.

Cristo acolheu a revelação de Moisés.

A Doutrina dos Espíritos apóia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos.

Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento.

O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus.

O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos.

Há milênios, a mente humana gravita em derredor de patrimônios efêmeros, quais sejam os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie.

Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças.

Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência em limitações aflitivas e dolorosas.

Com a morte do corpo, não atinge a liberação.

Além-túmulo, prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou no caminho, escravizada a interesses inconfessáveis.

Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas a lhe dobrarem os ombros.

A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne, constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes que constrangem a alma ao passo vacilante, de atenção voltada para as experiências inferiores.

A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução.

Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem de fraternidade e alegria, comunhão e entendimento, abrangendo as leis mais simples da vida.

Aparece-nos, então, Jesus, em maior extensão de sua glória.

Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e lágrimas e sim na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa-vontade e o júbilo de viver.

Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se na manjedoura, irmanando-se com todos na praça pública e amparando os malfeitores, na cruz, à extrema hora, de passagem para a divina ressurreição.

O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida.

O Espaço Infinito, pátria universal das constelações e dos mundos, é, sem dúvida, o clima natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos, devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso trabalho mais imediato e mais digno.

Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio Céu.

Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno, e, servindo incessantemente com a nossa fé à vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

Emmanuel
Do livro “Roteiro”, de Francisco Cândido Xavier.

 

 

TUDO CERTO

Não se diga sem orientação na tarefa do bem.

Movimentando providências inúmeras, as Leis da Vida nos situam a todos, em cada instante, na linha certa para a edificação do Reino de Deus.

É assim que você permanece com exatidão:

- no dia certo;

- no caminho certo;

- no lugar certo;

- no momento certo;

- no compromisso certo;

- no trabalho certo;

- na experiência certa;

- na posição certa;

- na circunstância certa;

- com a pessoa certa;

- com os recursos certos.

No que respeita à Sabedoria Divina, tudo está certo para que venhamos a realizar o melhor, amando e perdoando, aprendendo e servindo.

A ação, porém, é nossa.

Desse modo, sentir errado, pensar errado, decidir errado ou fazer errado constituem problemas que correm por nossa conta.

 

Scheilla
Do livro “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier.

 

 

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ANO IX - Nº 103– Campo Grande/MS -agosto de 2014..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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