Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 |
A verdadeira liberdade que sonha começa naquele exato momento que aceita as pessoas como elas são. Áulus/Otacir Amaral Nunes |
O ENIGMA A vida oferece enormes possibilidades a todos, mas cada um age como julga melhor, porque possui o livre-arbítrio, que é o recurso que o homem se serve para atuar no mundo de acordo com os seus interesses ou suas convicções. Assim o futuro é uma construção individual que levará a marca de sua personalidade, no bem ou no mal, de maneira que cada um se expressará de acordo com os seus sentimentos e com os recursos que tenha, mesmo porque ele será o único herdeiro de suas próprias obras, isto é, do balanceamento de suas ações entre suas virtudes e seus defeitos, resultando, portanto o seu patrimônio espiritual. Conta-se que numa cidade do interior de um grande país vivia um grande sábio, o qual toda a comunidade o tratava com grande respeito e deferência, pelo seu saber, caráter humanitário de suas ações e um acendrado amor ao próximo, assim que esse nobre homem era reverenciado por toda a parte. No entanto, como há essas pessoas bondosas e justas, também há outras que parecem já guarda essa maldade inata, também havia um homem que não se conformava com a fama justa do daquele homem, e procurou uma estratégia para desmoralizá-lo diante daquela comunidade. Assim que conseguiu uma entrevista com o sábio que era feito ao ar livre em frente à residência em que o sábio morava, chegando a sua vez, esse homem de mau caráter, se apresentou e com as suas mãos fechadas, dirigiu-se ao sábio num sorriso irônico: - Bom dia nobre sábio! - Bom dia nobre homem que a paz esteja em seu coração. - Nobre sábio! Sabemos de sua fama que corre por toda região, diga-se de passagem, muito justa, mas hoje devido a dúvidas de foro intimo venho propor-lhe uma questão muito importante para mim. - O Senhor seria capaz de me responder o que tenho numa destas mãos? No primeiro momento se arrasta no solo, depois passa por um profundo sono e um dia desperta, voa tão leve como e pousa em qualquer parte, mas não é um pássaro; vive pouco, mas é livre; colorida como as flores, mas não pertence ao reino vegetal; pousa sempre em grupo, mas pode voar sozinha também. - O sábio pensou um pouco procurando compreender o que se passava no interior daquele homem, porém era notória a sua arrogância e a maneira deselegante como se comportava, porém o sábio olhando-lhe nos olhos, disse: - Uma borboleta! - Muito bem grande homem, é exatamente uma borboleta. - Agora a segunda questão: Ela está viva ou morta! - Mas um momento de introspecção, quando muitas coisas passaram por sua cabeça habituada com as astúcias e maldades dos homens, compreendeu rapidamente a intenção dele fugindo a qualquer expectativa desse homem mal intencionado. Pensou rápido, se respondesse que morta ele a soltaria, se viva, ele a esmagaria de maneira que o sábio não teria recursos, porém respondeu-lhe: depende unicamente de você. Aquele homem sentindo desmascarado, num gesto todo seu, carregado de contrariedade esmagou o inseto e atirou-o morto no chão e saiu. Nas entrelinhas pode se retirar também uma lição valiosa, pois que diante da consciência a decisão é individual e frente de todas as circunstâncias da vida pode agir na luz ou na sombra, de cuja ação irá recolher o resultado. Sabendo que o futuro melhor só depende da maneira de como age, por uma lei sábia e justa também colherá de conformidade com que haja plantado. Assim aquele que tem na Doutrina Espírita uma norma de conduta para mente e para o coração, com conhecimento de causa, desde já, poderá fazer a melhor escolha e também dependerá da decisão de cada um. Pense nisso e aja sempre no bem. Áulus
“AQUI SE FAZ E AQUI SE PAGA” Aquela senhora pensava naquela noite sobre alguém que batera a sua porta pela manhã: aquele homem aparentava trinta anos de idade, enfermo, com dificuldade de respirar, pele escura algumas manchas brancas num dos braços, com deficiência física e já com feridas nas pernas, que pareciam que estava permanentemente sangrando. A impressão que se tinha é que da vida já colhera todos os reveses, todas as dores, mas naquela altura tentava de alguma forma sobreviver num mar de dificuldades. Entregou-lhe um pão, ainda ficou por algum tempo olhando, pois que ele caminhava lentamente até que desapareceu na esquina próxima. .Depois, pensativa se voltou para o interior da casa, mas aquele quadro de misérias a impressionara vivamente, especialmente porque ouviu a sua voz trêmula, dizendo: “pelo amor de Deus me dê um pedaço de pão, hoje ninguém me deu nada para eu comer”. Mais tarde, saindo à rua ainda o viu recostado numa casa abandonada, parece que perdido em seus pensamentos, olhando fixamente para o chão como se procurasse algo, ou talvez se recordando de algum fato do passado. Embora fosse uma pessoa muito ocupada, com grave responsabilidade com a família, no entanto aquela imagem parece que ficou gravada na sua mente. Enquanto fazia os seus afazeres domésticos, ficava pensando: O que teria feito aquele homem para ficar naquela condição? Pois que já nascera com sérias deficiências físicas, porque coube a ele reunir nesse corpo enfermo todas as misérias e, ao que parece sequer tinha família. Naquela noite ainda impressionada, depois de muito pensar naquela cena vista pela manhã, não chegou a uma conclusão. No entanto, quase de madrugada, sonhou que viu aquele homem em outros trajes, porém este era um homem poderoso, dono de extensa área de terra em que se plantava café, de onde auferia enormes lucros com a comercialização, mas extremamente rigoroso com os seus escravos, forte e alto, de descendência portuguesa, tratava aqueles míseros escravos de maneira dura e cruel, exigia daqueles pobres homens e mulheres mais que podiam dar, e orgulhosamente dizia que ninguém o enganava. Quaisquer deslizes daqueles infelizes eram duramente castigados para servir de exemplo. Mais adiante uma cena que lhe chamou atenção e fixou-se na figura de uma mãe que relatava a outra a sua história, que era também escrava, que contava os horrores que sofrera o seu filho no tronco por algo que não cometera, por conta disso vindo mais tarde a morrer em conseqüências das sequelas das torturas que sofrera. Aquela mãe contava entre lágrimas o quanto havia sofrido o seu filho nas mãos daquele homem cruel e desumano. Depois concluiu ainda chorando convulsivamente: Será que Deus não vê as maldades desse homem? A mulher mais idosa disse-lhe: minha filha, embora compreenda as suas dores, porque também já sofri algo parecido, mas mesmo assim, confia em Deus e continue rezando por seu filho, talvez pareça que não haja justiça, mas chegará o dia chegará para ele que tem judiado tanto da nossa gente, também vai pagar tudo. Meu pai já dizia: paciência, minha filha, “aqui se faz, aqui se paga”, é melhor sofrer uma injustiça do que fazer mal. Por momento a sua mente ainda esteve fixada naquelas duas senhoras que se apoiavam mutuamente para suportar a dor, porque aquela que aconselhava já havia passado por duras provações. Depois aquela imagem foi se dissipando lentamente de sua visão e ela acordou vivamente impressionado com a cena que presenciara, pois que parece que lhe dava uma resposta contundente sobre o que pensava, parecia clara que a presente existência era o resultado do mal que fizera ontem, sendo desta feita o algoz de si mesmo. Agora em vez de envergar o traje da prepotência, veste-se da miséria e da dor; antes se orgulhava de sua cor branca, de sua sabedoria, hoje sua pele é negra e ninguém lhe dá a mínima importância; onde como aquele que negava alimento aos infelizes, hoje é o que implora um pedaço de pão, como aqueles a quem prejudicara no passado. Antes exigia tudo dos outros, tanto o que podiam e até o que não podiam, hoje vive implorando a caridade alheia. Muitas vezes ouve de pessoas menos avisadas que dele escarnecem, “mas porque não vai pedir noutro lugar esse miserável”, não obstante a sua dor física, mas sente na acústica de sua alma todo o desprezo que lhe devotam, apesar de todas as suas misérias, mas era essa a maneira que tratava aos outros, valendo-se sua influência junto às autoridades que faziam vistas grossas as suas maldades. Porém ainda resta muito trecho para caminhar, porque a dívida que contraíra fora enorme, e somente em inúmeras existências é que poderá ressarcir todo o mal que praticara, é claro que somente se persistir no bom caminho, é que conseguirá quitá-las, assim que é válida a frase que ouvira muitas vezes: “Aqui se faz, aqui se paga”, representando a lei da justiça, mostrando que diante da lei do Pai ninguém fica impune, embora possa se iludir imaginando até que conseguirá ludibriar a justiça divina, mas a verdade que a justiça baterá a sua porta cobrando a dívida contraída, se porventura tivesse consciência do rigor da lei, jamais faria qualquer mal a alguém por motivo nenhum. Todavia é bom lembrar que aquele que persistir no caminho do bem apesar de todas as dificuldades também esse receberá centuplicado, conforme afirma o próprio Jesus, quando de sua caminhada gloriosa por este mundo. Áulus
CASOS DE CEGUEIRA, CÂNCER, MUDEZ E PARALISIA NAS CRIANÇAS
Chico continua sobre os suicidas: - “Mas o problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra, pedimos para assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Assim: 1. Se a bala atravessou o centro da fala, naturalmente vamos retomar ao corpo físico em condições de mudez. 2. Se atravessa o centro da visão, vamos renascer com processo de cegueira. 3. Se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o equilíbrio de nossas estruturas espirituais, vamos voltar com determinadas moléstias que afetam o nosso equilíbrio. 4. Quando nos envenenamos, quando envenenamos as nossas vísceras, somos candidatos, quando voltamos à Terra, ao câncer nos primeiros dias de infância, ao problema de fluidos comburentes que criam desequilíbrio no campo celular. Muitas vezes encontramos numa criança recentemente nascida um processo canceroso que nós não sabemos justificar, senão pela reencarnação, porque o espírito traz consigo aquela angústia, aquele desequilíbrio que se instala dentro de si próprio. 5. Pelo enforcamento, nós trazemos determinados problemas de coluna e caímos logo nos processos de paraplegia. “Somos crianças ligadas, parafusadas ao leito durante determinado tempo, em luta de auto corrigenda, de autopunição, de reestruturação de peças de nosso corpo espiritual.” Do livro “A Terra e o Semeador”, de Francisco Cândido Xavier.
PODIA SER PIOR O médium Filgueiras era espírita de grande serenidade. Certa feita, um amigo, que ele não via desde muito, visita-lhe a casa e, depois das saudações habituais, dá notícias do próprio pessimismo. Declara-se ausente de toda atividade doutrinária. Continua espírita de convicção, mas afastou-se do trabalho mediúnico, da leitura, das sessões, das preces... Inquirido por Filgueiras, começou a explicar-se: – Imagine você que minha infelicidade começou quando o meu sócio conseguiu furtar-me quase tudo o que eu possuía. Foi terrível desastre... – Mas podia ser pior! – falou Filgueiras, preenchendo a pausa da conversação. – Em seguida, estabeleci-me com pequena loja; no entanto, meu único empregado ateou fogo a tudo, após roubar-me... – Podia ser pior... – atalhou Filgueiras. – O azar não ficou aí, pois, quando me viu sem qualquer recurso, a companheira me abandonou, buscando aventuras inconfessáveis... – Podia ser pior... – Depois disso, minha única filha, aquela que ainda se mantinha ao meu lado, ouviu as insinuações de um homem que a seduziu, desprezando-me com amargas palavras... – Podia ser pior... – Por fim, meu irmão, a única pessoa que ainda me dispensava proteção e carinho, foi assassinado por um salteador que escapou à cadeia. – Mas podia ser pior... – acentuou Filgueiras, calmo. O outro sorriu, mal-humorado, e objetou : – Ora essa! Que podia ser pior? Dois ladrões me acabam com os negócios, dois malandros me acabam com a família e um assassino me acaba com o único irmão... Que podia ser pior, Filgueiras? O prestimoso médium abanou a cabeça e respondeu calmamente: – Podia ser pior, sim, meu amigo! - Podia ser você o autor de tantos crimes; entretanto, cá está conversando comigo, de consciência purificada e mãos limpas. Sofrer dos outros é, de algum modo, trilhar o caminho em que Jesus transitou, mas fazer sofrer os outros é outra coisa... O amigo silenciou e, ao despedir-se, rogou a Filgueiras o benefício de um passe.
Hilário Silva
Das migalhas que acumulei quero deixar o testamento: Das pequenas vitórias que obtive foram a custas de muito esforço e muito sacrifício; As derrotas que suportei, porque não consultei o coração; Dos venenos que provei - a inveja e a traição; Dos males que me provocaram quedas espetaculares - o egoísmo e o orgulho; Das formas de agir que mais me revoltaram - a traição e a falsidade, Poucos sonhos eu realizei; Das vantagens que a vida ofereceu - muitas; do aproveitamento - muito pouco; das grandes metas quase nada realizei, mas pelo menos me consola por ter dito sempre “presente” nada mais. Ver-nos-emos. Num dia qualquer. Numa cidade qualquer. Num mundo qualquer. Adeus: Anônimo.
AS DROGAS E SUAS IMPLICAÇÕES ESPIRITUAIS I – Introdução Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado e, cada vez mais crescente, das drogas por parte não só dos adultos, mas, também, dos jovens e lamentavelmente até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades. A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão: “Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos”. Diante de tal flagelo e de suas terríveis consequências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça. O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas. Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, entender e atender aos apelos velados que estes amigos espirituais nos enviam com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal. II – A ação das drogas no perispírito Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o cérebro, e as células, principalmente as neuroniais. Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz (pág. 221 – Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito. Comparando as informações destas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona em relação a este, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa. Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força. III – A ação dos Espíritos inferiores junto ao viciado Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das consequências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores. Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que irá variar, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente para saciar sua necessidade, valendo-se para tal recurso, ou da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida. Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de este ter suas funções alteradas, com consequente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daqueles, deixando o viciado enfermiço, triste, grosseiro, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”. IV – Contribuição do Centro Espírita no trabalho antidrogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais As Casas Espíritas, como Pronto-Socorros espirituais, muito podem contribuir com os Espíritos Superiores no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida. Com certeza, esta contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da instituição ensejassem: a) Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não o tenha implantado. b) Estimular seus frequentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Estas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou dar o primeiro passo nesse sentido. c) Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmo as desencarnadas. d) No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima. e) Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares. V – Conclusão Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradores de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar esta realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação deste terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos neste campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida. Xerxes Pessoa de Luna
TESTEMUNHO DOMÉSTICO
"Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé". (Paulo, Gálatas 6:10). Decerto que o apóstolo Paulo, em nos recomendando carinho especial para com a família da nossa fé, mantinha em vista a obrigação inarredável da assistência imediata aos que convivem conosco. Se não formos úteis e compreensivos, afáveis e devotados, junto de alguns companheiros, como testemunhar a vivência das lições de Jesus, diante da Humanidade? Admitimos, porém, à luz da Doutrina Espírita, que o aviso apostólico se reveste de significação mais profunda. É que, entre os nossos domésticos, estão particularmente os laços de existências passadas, muitos deles reclamando reajuste e limpeza. Na equipe dos familiares do dia-a-dia formam, comumente, aqueles espíritos que, por força de nossos compromissos do pretérito, nos fiscalizam, criticam, advertem e experimentam. Sempre fácil dar boa impressão a quem não prive intimamente conosco. Num gesto ou numa frase, arrancamos, de improviso, o aplauso ou a admiração de quantos nos encontram exclusivamente na paisagem escovada dos atos sociais. Diante dos amigos que se despedem de nós, depois de uma solenidade ou de qualquer encontro formal, nada difícil cairmos desastradamente sob a hipnose da lisonja, com que se pretende exagerar as nossas virtudes de superfície. Examinemos, contudo, as nossas conquistas morais, demonstrando-as perante aqueles que nos conhecem os pontos fracos. Não nos iludamos. Façamos o bem a todos, mas provemos a nós mesmos, se já somos bons, fazendo o bem, a cavaleiro de todos os embaraços, diante daqueles que diariamente nos acompanham a vida, policiando o nosso comportamento entre o bem e o mal. Emmanuel.
PROVAÇÃO Complementando-nos as tarefas, na noite de 2 de dezembro de 1954 fomos surpreendidos com a presença do Irmão Mozart, desencarnado há tempos, e que, através do médium, nos relatou sua triste história. Foi pessoalmente conhecido de alguns dos nossos companheiros de agremiação e seu comunicado faz-nos lembrar as palavras do Divino Mestre: — “Muito se pedirá de quem muito recebeu.” Meus irmãos. Sou um mendigo de consolação, batendo-vos à porta. Lembro-me da seara espírita com a tortura do exilado, chorando o paraíso perdido, e recordo a mediunidade com a aflição do lavrador, carregado de remorsos por haver sentenciado a enxada que lhe era própria ao desvalimento e à ferrugem. Noutro tempo, partilhei o pão que vos nutre a mesa, no entanto, envenenei-o com a lama da vaidade e sofro as consequências. Benfeitores espirituais auxiliaram-me na obtenção das preciosas oportunidades que desfrutei em minha última existência na Terra, contudo, apesar de desligado agora do veículo físico, ainda não consegui amealhar suficiente luz para reaver o caminho de retorno a eles. Tenho os horizontes mentais sob o fumo do incêndio que ateei no meu próprio destino. Amparado por recursos da Vida Superior, sob a flama de ardente entusiasmo, comecei a missão da cura... Utilizando a prece, via fluir por meus dedos a energia radiante e restauradora, extasiando-me ante as feridas que se fechavam, ante as dores que desapareciam e ante os membros semimortos que readquiriam movimento. Com o trabalho veio o êxito e com o êxito chegaram as considerações públicas e os caprichos individuais satisfeitos que me fizeram estremecer... Não consegui suportar a coroa de responsabilidade que me ornava a cabeça, resvalando na perturbação e na inconsciência. Asseverando-me espiritualista, recolhi do Espiritismo e do Esoterismo conhecimentos e princípios que me favoreceram a extensão da influência pessoal. Cego para as lições claras da vida e surdo aos apelos de ordem moral, intentei dominar as mentes alheias e explorá-las a meu bel-prazer. Manejando a força magnética, encastelei-me no poder oculto... Tarde, porém, reconheci que o poder oculto, sem o poder do reto pensamento, é tão perigoso para a alma quanto o dinheiro mal conduzido ou a ciência mal aplicada, que esbarram, invariavelmente, na extravagância ou no arrependimento, na loucura ou na morte. Em minha insensatez, acreditando-me dono da luz, pretendi substituir os Instrutores Espirituais que se expressavam por intermédio de minhas mãos, entretanto, ai de mim!... A candeia sem combustível confunde-se com as trevas... E eu que desejava escravizar, acabei escravizado, que sonhava honrarias, adquiria a vergonha, que me propunha deter a fortuna, terminei possuído pela indigência, que admitia vencer, vi-me derrotado, em pavorosa humilhação... E, atravessando a grande fronteira, sou ainda um enfermo em dolorosa experiência. É por isso que, em me reconfortando ao contacto de vossa casa simples e de vossas orações sinceras, deixo-vos, com o meu reconhecimento, os meus pobres apelos: — Espiritualistas, Espiritistas e Esoteristas, orai e vigiai! Não vos interesseis simplesmente por vosso bem-estar, olvidando o bem-estar dos outros!... Não fujais ao trabalho. Não vos furteis ao estudo. Não olvideis a simplicidade! Não eviteis a luz!... E, sobretudo, para que aflitivas surpresas não vos povoem a estrada futura, tende por norma, além dos apontamentos, avisos e diretrizes dos orientadores que se responsabilizam por nossos campos de atividade, o roteiro do Mestre dos mestres, que nos ensinou para a conquista real da felicidade o extremo sacrifício a favor do próximo e que nos legou a cruz da renunciação, como sublime talismã, capaz de garantir-nos a vitória na vida eterna!... Mozart
PRECE Senhor Jesus: Disseste-nos, um dia: “busca e acharás”. Não te rogamos, assim, tão-só para que nos guies a procura dos valores reais da vida. Pedimos ainda mais. Quando estivermos na posse das concessões que esperamos, não nos deixes marginalizados nos adornos da virtude vazia, nem nos permitas caminhar sob os enganos da auto-suficiência. Auxilia-nos a respeitar as bênçãos de Deus e a convertê-las em atividade e serviço na edificação do teu Reino de Amor, hoje e sempre. André Luiz
"A existência terrestre pode ser comparada a uma laboriosa viagem. O corpo é a embarcação, o pensamento é a força, a língua é o leme". (Emmanuel /F.C.Xavier - Livro: O Espírito da Verdade)
LEMBRETE IMPORTANTE: Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com , onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado. Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece. Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com .
DE QUE FORMA O ESPIRITISMO VÊ JESUS? R.: Jesus é, de todos os filhos dos homens, o mais digno de admiração. Divino missionário, nele vemos o homem que ascendeu à eminência final da evolução. Governador espiritual deste planeta, veio, com seu sacrifício, encarreirá-lo para a senda do bem, e é sob a sua direção que se opera a nova revelação. Pedro entendia que Jesus era “O Cristo”, isto é, enviado de Deus (Marcos, VIII, 29) e assim se referiu ao mestre: “Jesus Nazareno foi um varão , aprovado por Deus entre vós, com virtudes e prodígios e sinais que Deus obrou por ele no meio de vós” (atos, II, 22). Lucas considerava-o um profeta (Lucas, XXIV, 19). Paulo dizia, enfático: “só há um Deus e um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo, homem” (I Timóteo, II, 5). Do Livro “Cristianismo e Espiritismo”, de Léon Denis.
FELICIDADE Para um grande compositor sambista brasileiro em seu primeiro sucesso nacional, a felicidade foi passar no vestibular, apesar de ter encontrado muitas dificuldades para concluir o curso escolhido. Já para tantas outras pessoas a felicidade é o bom emprego, a casa própria, o carro novo, a família, as férias, o carnaval, o futebol... e é claro que tal felicidade, assentada em bases materiais, não se sustenta continuamente, sendo sempre quebrada por um motivo ou outro, por uma causa fortuita que foge ao controle. Será então que a felicidade não existe? Existir, existe, porém, precisamos compreender que a felicidade real não está disponível para nós neste mundo de provas e expiações, que nos oferece uma felicidade relativa e intermitente, com uma duração maior se for assentada com base no nosso próximo; ao fazermos o bem a ele, estaremos nos aproximando dela. Existem mundos inferiores ao nosso, material e espiritualmente, como também, e em maior número, mundos superiores, habitados por Espíritos que já superaram o egoísmo, o orgulho e todas as mazelas que nos tiram a felicidade. A reencarnação nesses mundos é uma recompensa, porque lá os Espíritos não mais sofrem os males e as vicissitudes por que passamos, pois reinam a fraternidade, a igualdade e a liberdade porque o egoísmo e o orgulho foram banidos há muito tempo, e o amor impera. Os Espíritos buscam a felicidade plena e eterna com o progresso gradual, alcançando-a quando atingem a perfeição, não mais necessitando fazer uso da reencarnação para seu crescimento espiritual, e encontram também a felicidade plena nas tarefas recebidas para a transmissão e execução das vontades do Criador. .Essa felicidade está longe de ser contemplativa, tampouco traz fadiga, haja vista que os Espíritos contemplam Deus, como já havia asseverado Jesus quando disse que seus anjos veem a face de Deus todos os dias, mas essa contemplação é para Dele receber ordens a serem cumpridas para a manutenção da harmonia universal e não para uma ociosidade improdutiva. Para esses espíritos bem-aventurados a maior felicidade consiste no gozo das maravilhas da criação e não têm sofrimentos físicos nem morais e vivem sem perturbação de qualquer espécie. Enquanto essa perfeição não chega, podemos ir assentando tijolo por tijolo na construção de nossa felicidade, praticando a caridade material e espiritual aumentando nossa tolerância, exercitando a paciência, perdoando as ofensas, orando por aqueles que nos perseguem e caluniam, honrando nossos pais e seguindo todos os outros conselhos e ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo, que é Ele mesmo o caminho, a verdade e a vida e que guarda a chave da felicidade.
Crispim.
PROSPERIDADE
Prosperidade na Terra quer dizer fortuna, felicidade. Grande parte das criaturas, almejando-lhe a posse, pleiteia relevo, autoridade, domínio... Gastam-se largos patrimônios da existência para conquistar-lhe o prestígio e não falta quem surja no prélio estudando as forças ocultas para incorporar-lhe o bafejo. Milhões dos homens de hoje vivem à cata de ouro e predominância, com o mesmo empenho com que antigamente, em aprendizados mais simples, se entregavam aos misteres primitivos de caça e pesca. E que, na procura desse ou daquele valor da vida, mobilizamos a energia mental, constituída à base de nossas emoções e desejos. O espelho do coração, constantemente focado no rumo dos objetos e situações que buscamos, traz-nos à rota os elementos que nos ocupam a alma. Não esqueçamos, todavia, que, na laboriosa jornada para a Glória Divina, nos confundimos sempre com aquilo que nos possui a atenção, demorando-nos nesse ou naquele setor de luta, conforme a extensão e duração de nossos propósitos. Como no filme cinematográfico, em que a história narrada é feita pelos quadros que se sucedem, ininterruptos, a experiência que nos é peculiar, nessa ou naquela fase da vida, constitui-se dos reflexos repetidos de nossos sentimentos, gerando idéiascontínuas que acabam plasmando os temas de nossa luta, aos quais se nos associa a mente, identificando-se, de modo quase absoluto, com as criações dela mesma, à maneira da tartaruga que na carapaça, formada por ela própria, se isola e refugia. Em razão disso, o conceito de prosperidade no mundo é sempre discutível, porquanto nem todos sabem possuir, elevar-se ou comandar com proveito para os sagrados objetivos da Criação. Muita gente, pela reflexão mental incessante em torno dos recursos amoedados, progride em títulos materiais; entretanto, se os não convertem em fatores de enriquecimento geral, cava abismos dourados nos quais se submerge, gastando longo tempo para libertar-se do azinhavre da usura. Legiões de pessoas no século ferem o solo da vida, com anseios repetidos de saliência individual, e adquirem vasto renome na ciência e na religião, nas letras e nas artes; contudo, se não movimentam as suas conquistas no amparo e na educação dos companheiros da senda humana, quase sempre, muito embora fulgurem nas galerias da genialidade, sofrem o retornodas ondas mentais de extravagância que emitem, caindo em perigosos labirintos de purgação. Há, por isso, muita prosperidade aparente, mais deplorável que a miséria material em si mesma, porque a mesa vazia e o fogão sem lume podem ser caminhos de louvável reparação, enquanto o banquete opíparo e a bolsa farta, em muitas ocasiões, apenas significam avenidas de licença que correm para o despenhadeiro da culpa, de onde só conseguiremos sair ao preço de longos estágios na perturbação e na sombra. Muitos religiosos perguntam por que motivo protegeria Deus o progresso material dos ímpios. Em verdade, porém, semelhante fortuna não existe, de vez que a prosperidade, ausente da reta conduta, não passa de apropriação indébita e é como roupa brilhante cobrindo chagas ocultas, que exigem a formação de reflexos contrários aos enganos que as originaram, a fim de que a prosperidade legítima, a expressar-se em serviço e cultura, amor e retidão, confira ao espírito o reflexo dominante da luz. Emmanuel
OBEDIÊNCIA E RETIDÃO
Obedecer as Leis de Deus é andar com alegria estampada no rosto. É andar com o sorriso de felicidade. É andar livre, confiante que Ele está sorrindo e concordando com o nosso gesto. É ter a convicção que o vento amigo nos ajuda na subida difícil e na corrida que às vezes carecemos dar acelerando mais o passo para cumprir com dignidade o nosso programa traçado. É ter simplicidade como aliada e ela nos faz aceitos e respeitados por todos, mesmo que às vezes não nos damos conta do fato. É ter alma de criança mesmo sendo adultos por fora, porque a criança simboliza a pureza que precisamos adquirir na luta do dia a dia. É ter Deus e com Ele falar sem emitir sons, é ouvi-Lo com a Alma feliz e robusta. É aceitar com coragem, resignação e abençoar mesmo todos os reveses que passamos, porque todos estão contribuindo para o nosso amadurecimento. Vivam com harmonia e para tanto é necessário estar acordes com a Lei. Felizes serão cumprindo-as, respeitando-as. Sairemos deste palco atual bem melhor, mais amadurecidos e com o Cristo bem consolidado em nossos corações. Simplicidade é harmonia, é paz e alegria, é conquista das mais fantásticas. Pensamento reto, atitudes cristãs conquistando a simpatia dos elevados Espíritos que endossaram nossa atual jornada. Como é bom obedecer! Reto e nobres sempre devemos ser. Muita Paz. Cesfa
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ANO IXI - Nº 102 – Campo Grande/MS –julho de 2014.. |