Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 |
Nada se perde quando se investe em educar os sentimentos, porque hoje é mais um questão de amor do que ciência para viver uma ida plena. Áulus/Otacir Amaral Nunes |
SEMPRE EM MEU CORAÇÃO ... Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou. O fio não foi cortado. Por que eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho... Santo Agostinho. O primeiro sentimento é de gratidão por sua presença carinhosa ao deixar aqui a sua homenagem àquele que tanto ama, como julgue melhor: através de uma flor, uma prece, um gesto de carinho. É um lenitivo à alma saudosa daquele que muito lhe quer bem. Porque é certo que as folhas caem naturalmente das árvores na época própria e outras são arrancadas pelos vendavais, porém, umas e outras obedeceram a uma ordem suprema de um Pai Amoroso, Justo e Misericordioso, visando ao bem de todos, ainda que de pronto não se possa compreender. Se porventura isso ocorreu, não se entristeça, mas confie em Deus. No calendário do infinito do tempo uns correm para chegar e outros para voltar; talvez em face de alguém que já esteja de volta ao grande lar, pense que é o fim, mas é um processo natural da vida, por isso, essa ausência não comporta tanta tristeza, apenas mais compreensão, porque assim viverá melhor, embora exista sempre uma enorme saudade, mas por enquanto é necessário conviver com ela. Eu estou aprendendo a conviver com essa situação, trabalhando dentro de mim para converter essa angústia da ausência em amor aos outros, porque vim a compreender que não era somente eu que sofria e que havia muitas dores e lágrimas por toda a parte, que a vida sempre leciona lições verdadeiras, mas para a minha felicidade descobri que a dor se tornava bem menor quando procurava servir aos outros que sofrem mais ainda; a dor da separação, a saudade, a ausência, parecem menores. A verdade é que a primavera volta outra vez reflorindo os campos; o Sol renova as esperanças depois de noites escuras, no entanto, o amor permanece sempre igual no coração daquele que ama. Nada perde de sua magnitude só porque está "no outro lado do caminho”, somente há um tênue véu; por certo que pode ouvir até o pulsar do seu coração, mas por leis naturais ainda não pode perceber. Mas também peço que ore sempre por mim, porque esse apelo em meu favor pode me tornar melhor, pois que para o amor não existem essas barreiras criadas pela imaginação, mas “o amor tudo pode, tudo vence, tudo suporta, tudo crê, tudo espera” e é capaz de realizar maravilhas em nossa mente e em nosso coração. Hoje posso avaliar com segurança o quanto o amor é importante; por isso, faça alguma coisa em favor do próximo, especialmente àqueles que não têm com que lhe retribuir, pois que isto será seu maior triunfo e a sua maior conquista com vista a um mundo mais venturoso depois desses breves dias vividos neste planeta abençoado. Nunca pense que por estar longe dos seus olhos, estarei longe do seu coração; muito pelo contrário; sempre que posso estou ao seu lado e ao lado dos familiares queridos, buscando de alguma forma ajudá-los a atravessar esses momentos de dor, ainda que pense que tudo esteja sob o domínio do mal, guarde absoluta certeza que tudo está nas mãos de Deus. Não fique triste, mas sorria para a vida, mesmo porque ela sempre continuará além mesmo de nossas expectativas, porque o próprio Cristo de Deus trouxe essa certeza quando voltou da mansão celeste em corpo espiritual e se apresentou aos seus discípulos diversas vezes, conforme está imortalizado em caracteres indeléveis no Evangelho, para deixar claro que a vida continua. Um beijo carinhoso no coração de todos. Fiquem com Deus. Áulus
O HOMEM QUE CONTAVA HISTÓRIAS No interior de um grande país, vivia um homem com graves problemas, mas ainda assim buscava de alguma forma ser útil ao mundo em que vivia, mas devido as suas supostas deficiências tanto físicas com intelectuais não conseguia realizar os sonhos que acalentava em seu coração generoso. Era uma pessoa triste, porque via os outros se locomoverem com desenvoltura e apreendiam com grandes facilidades os que lhes ensinavam. Mas ele desde a escola em que frequentara por breve período, sempre sentia uma enorme dificuldade em aprender algo. Às vezes se dispunha a ajudar alguém em suas atividades rotineiras para ver se conseguia acompanhá-lo, ou pelo menos ajudá-lo de alguma forma, mas não conseguia. Sempre se julgava sem habilidade. Essa facilidade que parece que a natureza lhe negara, causava-lhe sérios aborrecimentos. A verdade que sempre vivia infeliz. Relutava em aceitar essa situação e viver a margem do mundo, pensava às vezes será que Deus dele se esquecera. Porém um dia soube de um homem que contava histórias maravilhosas sobre muitos assuntos, inclusive, muitas pessoas visitavam esse lugar para ouvir o sábio narrador, pois que sempre continha uma lição preciosa de vida. Não se conteve mais e um dia, mas exatamente naqueles dias em que atingira o auge o seu sentido de menos valia, embora em toda a parte rescendesse o perfume das flores da primavera, talvez um recurso da natureza tentando reanimá-lo, mas ele não tinha olhos para essas belezas. Resolveu ir à região indicada. Juntou num pequeno saco os seus poucos pertences e colocou o pé na estrada. Não era muito distante, chegou numa sexta-feira à tardinha, pois que no sábado aquele homem sábio estava à disposição para passar através de suas histórias alguma experiência aquela multidão ansiosa. Aproximando daquele lugar, avistou-o já a posto num pequeno estrado de madeira para que todos o vissem Era um homem já de idade avançada, mas demonstrava um entusiasmo de jovem, com olhar penetrante, porém respeitoso, parece que podia ver além das aparências físicas. A impressão que se tinha é que podia ler nas entrelinhas os anseios das pessoas. Chegando mais perto se colocou num ângulo entre os demais, de maneira que pudesse ouvir bem tudo que ele dissesse. Depois de alguns minutos de ansiosa expectativa, o sábio agradeceu comovidamente à presença de todos, afirmando que naquele dia estava muito feliz, pois que completava oitenta anos de idade. - Disse: Perdoem-me! Hoje vou contar a história de minha vida, que mantive em segredo, por ser tão simples, embora sempre contassem a vida inteira histórias dos outros verdadeiros exemplos para serem seguidos, além do maior deles, Jesus Cristo, porque na realidade não sou exemplo para ninguém. Mas uma pequena história que ouvi no dia de minha maior crise existencial e mudou radicalmente a minha vida. Naquele tempo essa cidade era apenas pouso de tropeiros que aqui pernoitava, quando conduziam boiadas para outras regiões do país. Um desses que contavam “causos” para passar aquelas noites intermináveis. Era um homem também já bem velhinho, contou a seguinte: que em determinado lugar lá para as bandas de Portugal, havia somente burros que serviam para montaria e para todas as atividades daquele reino. Nasceu um burrinho, mas numa briga dos burros mais velhos pisaram nele quebraram-lhe uma das patas, sendo desprezado, porque fora julgado sem utilidade. Não servia para montaria, nem para carregar cargas. No entanto, aquele animal rejeitado e separado de sua mãe, fora criado por um homem muito simples e dele cuidava com carinho. Naquela região houve uma guerra contra os mouros - que eram considerados hereges - e durou muitos anos e foram deslocados para frente da batalha os animais fortes e resistentes, só sobrando aquele burro manco, que aquele pobre homem o criara pacientemente. Passou-se um tempo, porém o rei necessitando mandar urgente mensagem aos seus generais com a notícia que a guerra havia chegado ao fim. Mas não havia um único animal para que levasse o enviado do rei com uma mensagem de esperança e trouxesse paz aqueles homens e podiam voltar para os seus lares. Não havendo alternativa, o rei mandou buscar o burro manco para levar o mensageiro do rei com a notícia. Assim que numa manhã. Eis que parte o estafeta do rei com a mensagem. A multidão ficou olhando ainda por algum tempo até o mensageiro que seguia naquele burro manco desaparecer na linha do horizonte. Depois de muitos dias lá chegou o enviado do rei, mas a entrada ele fora barrado pelos oficiais. Dava ciência que tinha uma importante notícia do rei destinada ao general que comandava aquele regimento. Mas como podia ser verdade que o rei mandasse um mensageiro montado num burro manco? A princípio duvidaram, pois que seria aquele homem um impostor? Por se apresentar de maneira tão insólita aos oficiais superiores daquela guarnição militar, no entanto, por dever de oficio, o tal homem foi levado à presença do comandante, que de fato reconheceu o brasão real, portanto era uma mensagem autêntica e realmente podiam voltar para casa, pois que a guerra havia terminado. Compreenderam todos que aquele animal com tantos defeitos, mas justamente ele trouxe alegria aqueles soldados saudosos de seus lares, pois que podiam deixar para trás aquela região de sofrimento. Nesse dia de maior dificuldade, também recebi a maior oportunidade de minha vida, pois que como também tenho este defeito no pé, que o mantenho oculto para que as pessoas não se preocupem comigo. Esse foi o dia mais importante de minha vida. A verdade que ao me retirar dali chorei amargamente, porque compreendia que podia também ser como aquele burro manco e ser útil e levar alguma mensagem do grande rei, apesar de ser tão pequenino como era, compreendia que não podia invocar esses argumentos negativos para me negar de ser útil, de ser o burro manco, mas ser útil, afinal, é isso somente que interessava. Finalizou... Depois de muitos aplausos agradeceu as manifestações de carinho. Levantou a voz e disse. E a história de hoje será do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, mais exatamente aquela parábola de que fala da “Dracma Perdida ”. E leu pausadamente : Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma, não acende a candeia não varre a casa e não a procura diligentemente até achá-la? “Quando a tiver achado, reúne as suas amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.» ( Lucas 15:8-10 ). Aquele homem que ali chegara triste e sem razão para viver compreendeu finalmente que não era o único a passar por provações. A verdade que o Senhor não o esquecera, mas necessitava que ele fosse diligente como a mulher que havia perdido a dracma. Não deixou de procurar e nem ter esperanças. Aquele homem que contava histórias maravilhosas, mas com grave deficiência no corpo fisico, nem por isso se deixou abater. Aquele exemplo era instigante e podia realmente fazer alguma coisa, bastava que tivesse mais confiança e persistência para dar a sua contribuição para um mundo mais feliz e ser também muito feliz, talvez fosse o que faltava para vencer o pessimismo que carregara por tanto tempo e que o fizera sofrer. Áulus ENTREVISTAS Os Suicidas Pergunta – Na sua vida mediúnica, Chico Xavier, conheceu amigos suicidas reencarnados? Resposta – Alguns. Tendo começado a tarefa mediúnica em 1927, há quase 41 anos, tive tempo suficiente para observar alguns casos e posso dizer que todos aqueles que vi reencarnados, depois do atentado contra eles mesmos, traziam consigo os sinais, os reflexos da leviandade que haviam perpetrado. Contudo, devemos respeitar os suicidas como criaturas extremamente sofredoras que, muitas vezes, perderam o controle das próprias emoções, raiando para o desrespeito a si próprios. Os resultados do suicídio acabam sempre impressos naqueles que a perpetram; desse modo, a dois companheiros que se suicidaram com bala no ouvido – e que revi, no espaço, depois de 10 anos – vi-os reencarnados na condição de crianças retardadas num estado de extrema idiotia. Outro companheiro que se suicidou, com o veneno, renasceu como uma criança que trazia já o câncer na garganta, tendo desencarnado pouco tempo depois. Os espíritos me explicaram que muitas vezes, o suicida, em se reencarnando como que destrói os tecidos do novo corpo; a desencarnação, ou a morte propriamente considerada, ocorre logo depois do nascimento ou algum tempo depois. Aí, então, o espírito estará em condições de aprender quanto vale a vida; deseja viver, mas não consegue, conseguindo, enfim, depois de grande esforço.
Suicídio e Sofrimento Pergunta – Aproveitando a oportunidade de seu profundo conhecimento da matéria. Nós perguntamos: os espíritos acham que os sofrimentos do suicidas decorrem de um castigo de Deus? Resposta – Não. Não decorrem de um castigo de Deus, porque Deus é a Misericórdia Infinita, a Justiça Perfeita. Emmanuel sempre me explica e outros amigos espirituais, lecionando sobre o assunto, também explicam, que, quando atentamos contra o nosso corpo, na Terra, ferimos as estruturas do nosso corpo espiritual. Infligimos a nós mesmos essas punições. Se malbaratamos o crânio com um tiro, estamos destruindo determinados recursos do nosso cérebro espiritual; se nos envenenamos, perturbamos determinados centros de nossa alma; se nos projetamos de grande altura, estamos, também, perturbando os ligamentos, as estruturas, as conexões de nosso corpo espiritual e permanecemos no além com os resultado do suicídio para depois, ao reencarnarmos na Terra, trazermos as conseqüências em nosso próprio corpo. Emmanuel
A FAMÍLIA E AS DROGAS Origem dos agrupamentos familiares A família é uma instituição divina. Sob supervisão de Espíritos moralmente elevados, formam-se, ainda no plano espiritual, os agrupamentos familiares. Para a elaboração das coordenadas da futura família terrestre, aqueles protetores espirituais, quase sempre, convocam os Espíritos que irão compô-la, a breve tempo de reencarnação. Embora uma que outra família tenha a união com base em laços de amor, visando à realização terrena de tarefas missionárias, a benefício da Humanidade, na maioria as uniões familiares se dão por fortes elos de ódio, justamente para que tais elos se dissipem. Geralmente, na família estão parentes da segunda vertente. Eis o que a respeito leciona o Espírito Emmanuel, na questão 175 de O Consolador (Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ): "Purificadas as afeições, acima dos laços do sangue, o sagrado instituto da família se perpetua no Infinito, através dos laços imperecíveis do Espírito." Dessa forma, o consórcio familiar resulta de acordos realizados ainda na Espiritualidade, não raro sob supervisão de mentores, nada obstando que exista também aquele cujo compromisso é assumido pelo livre-arbítrio dos que irão vivenciá-lo. (1) Amor ou ódio entre familiares A questão 939 de O Livro dos Espíritos comenta o caso das uniões que começam com amor e terminam em ódio. Kardec sugere a existência de dois tipos de afeições: as do corpo e as do espírito. As primeiras acabam em desilusão. As segundas, perpetuam-se. Ainda Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo XIV, registra que os laços de sangue não estabelecem, necessariamente, os laços do Espírito: se numa família encarnam Espíritos simpáticos, quase sempre, o contrário pode ocorrer e aí, somente o Espiritismo poderá iluminar essa complicada questão, através dos postulados da reencarnação (vidas sucessivas). Emmanuel, em Vida e Sexo, capítulo 13 (Ed. FEB), alerta para o cuidado que dois seres que se uniram devem ter quando entre eles surge alguém: quase sempre é o passado retornando... E no capítulo 15, falando sobre “Desvinculações", reflete que quando dois seres que se amam cometem enganos e erros, em vidas futuras podem voltar na posição de pais e filhos e é aí que, no enternecimento do lar, a ternura vivenciada asserenará tais almas e purificará esse amor. Não é raro verificar-se nos lares que os pequeninos, com amnésia natural da infância, logo demonstram inclinações descontroladas, pelo pai ou pela mãe – meninos, pela mãe; meninas, pelo pai. Esses reencontros não acontecem em todos os lares, adverte aquele Instrutor Espiritual, mas onde surgem caracterizam sempre uma oportunidade de desvinculação. Interessante registrar que Sigmund Freud (1856-1939), o "Pai da Psicanálise", analisando tais ocorrências (vinculações entre filhos e pais), estabeleceu o chamado Complexo de Édipo (maior atração do filho pela mãe, do que pelo pai). Curioso que Freud nada registrasse sobre a recíproca: meninas que demonstram maior apego ao pai. Disso incumbiu-se Carl Gustav Jung (1875-1961), aluno de Freud, que interpôs o Complexo de Electra ao de Édipo, referindo-se mais a mulheres que, sentindo a perda de uma relação infantil com o pai, não conseguem preencher o vazio emocional deixado por essa perda, passando a isolar-se e a ter dificuldades nos relacionamentos amorosos. Ambos os notáveis cientistas, para tanto, socorreram-se da mitologia grega, mas deixaram descoloridos esses preciosos estudos ao deles excluir (por força do cientificismo oficial reinante?) os postulados da reencarnação - que conheciam -, cuja irretorquível lógica os explicita. No caso da desagregação familiar, atualmente de forma avassaladora, não se pode debilitá-lo apenas às injunções modernas (pais no trabalho, f1lhos criados por babás, programas televisivos inconvenientes, o "cativeiro" da Internet, etc.). Se em seu bojo a modernidade impõe desenfreado consumismo, com os filhos querendo ficar "na moda", para tanto obrigando os pais a trabalharem mais, a resultante será diminuição do tempo deles (os pais) junto à família. Não satisfeitas as exigências dos f1lhos, eles e os pais logo serão visitados por frustrações, angústias, estresse, tudo desembocando em perigosa depressão. Aí... Drogas - Por que alguém vai às drogas? R: Busca de novas sensações. Desconhecimento da finalidade da vida. Estimulante físico e mental (vestibulandos, motoristas, jogadores, artistas, atletas). - Por que a maioria dos viciados é jovem? R: Jovens são mais ávidos de "novidades" (no caso, por curiosidade). Por rebeldia. Busca de auto-afirmação, às vezes não encontrada no lar, onde se sentem rejeitados. - Qual o primeiro passo para o vício? O álcool? R: Sim. Em geral, é o álcool. Nas "festinhas familiares", comemorando-se o "primeiro aninho" do filho, quase sempre os pais molham a chupeta dele, na cerveja ou no uísque, para que "a criança não fique com vontade ... ". - Qual seria o segundo passo? O cigarro? R: O cigarro! Em 100% dos casos, por imitação. Ou dos pais, ou dos colegas, ou dos astros de filmes e televisão, etc. O tabagismo não se dá por curiosidade, mas sim é fruto de indução. - Então os filhos podem ir ao vício, a partir do exemplo dos pais? R: Certamente. Pai e mãe, tensos ou felizes, fumando e bebendo, em suas frustrações ou nos seus sucessos, não será de se espantarem quando o filho, ao crescer, fizer o mesmo, pois eles próprios foram os avalistas disso. Nunca se deve esquecer que o pai e a mãe são "os primeiros heróis" de toda criança, pela ascendência moral que Deus lhes confia na criação filial. - Há possibilidade de algum tóxico causar benefícios físicos? R: De um modo geral, por enquanto, raramente. A morfina, que na verdade se origina do ópio, é utilizada por pacientes em estado terminal, para aliviar-lhes dores atrozes, se for o caso; por outro lado, utilizada na busca de euforia, geralmente leva o viciado a desordens físicas e intelectuais, anulando-lhe vontade e moral. Estudos modernos tendem à utilização da maconha em pacientes com patologias cerebrais. Mas, por enquanto, essas são notas pequenas, ante tudo o que há na natureza, sempre com alguma finalidade. As plantas das quais são extraídas as drogas talvez se prestem a alguma finalidade específica medicinal, hoje ainda desconhecida. - Há sempre danos físicos resultantes da toxicomania? R: Sempre. E terríveis: cativeiro orgânico e moral (dependência) de difícil libertação. Decadência da saúde, até à morte. Verdadeiro "suicídio indireto”. (2) Aliás, drogas legais (álcool e cigarro), aliadas ou não às drogas ilegais (maconha, cocaína, crack, heroína), bem como às sintéticas (LSD, ecstasy, etc.) constituem um verdadeiro "kit suicídio", ao qual, via de regra, não faltam o sexo promíscuo e o crime. - Há danos espirituais? a. No Perispírito: Liberação do subconsciente, com lembranças distorcidas do passado; a fixação do vício resultará em danos nas estruturas sutis, pelo que, nas próximas reencarnações, a pessoa nascerá com problemas inatos. b.Vampirização: O Espírito André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade, cap. 15 (Ed. FEB), relata como, junto a fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelos pulmões que as expulsavam; outras, aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes. A propósito dessa informação de A. Luiz, vejamos O Livro dos Espíritos: Questão 459: Estamos constantemente sob influência espiritual; Questão 474: Subjugação de um Espírito sobre um encarnado, por sua fraqueza; Questão 475: Para afastar esse domínio: Vontade firme. Questão 492: Todos na Terra - do nascimento à morte - têm um Espírito Protetor (Anjo de Guarda). c. Destruição da defesa espiritual: Em Missionários da Luz, capítulo 17 (Ed. FEB), o Espírito A. Luiz proclama: "(...) o homem encarnado possui na aura um campo espiritual de defesa (...) qual couraça vibratória (...) espécie de carapaça fluídica." Na revista REFORMADOR (outubro de 1997), da FEB, há artigo sobre o tabagismo, expondo como essa tela se rompe, formando buracos, por onde penetram energias bastardas. De nossa parte, talvez nos seja lícito imaginar que o mesmo há de ocorrer com os demais vícios, ou ante a prática da crueldade, suicídio, aborto, hipocondria e na eutanásia. Eurípedes Kühl
TERCEIRA REVELAÇÃO “O simples fato de poder o homem comunicar-se com os seres do Mundo Espiritual traz conseqüências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção. O conhecimento de tal fato não pode deixar de acarretar, generalizando-se, profunda modificação nos costumes, caráter, hábitos, assim como nas crenças, que tão grande influência exercem sobre as relações sociais. É uma revolução completa a operar-se nas idéias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo nem a uma casta, visto que atinge, simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações”. Extraído do livro “ A Gênese ” Item 20, de Allan Kardec .
DEPOIS DA SEPARAÇÃOQueridos pais: Trazendo-lhes meu coração, como acontece em todos os dias, estou aqui reafirmando nossas preces habituais a Jesus. Se é possível misturar felicidade com saudade, sinto-me infinitamente feliz. Nosso amor venceu a morte. Nossa fé venceu a dor. Em verdade, qual acontece ao Papai, tenho lágrimas nos olhos, contudo lágrimas de alegria porque nos reencontramos no mundo vasto. A bênção Divina marcou as nossas esperanças e chegamos a essa bendita integração espiritual em que nos continuamos uns nos outros. Pouco a pouco, recupero as recordações de tudo que a vida relegou para trás. Nossos laços carinhosos de hoje são flores de abençoada luz que se farão frutos de progresso na Espiritualidade, em futuro próximo; mas, lá no fundo da linha vertical do destino por onde nos elevamos em busca de Deus, jazem as raízes do pretérito ditando as razões da nossa luta de agora. Não existe problema sem o começo necessário; não existe sofrimento cujas causas não se entrelacem a distância. Respeitemos a provação que nos separou e louvemo-la pelo tesouro de claridades sublimes que nos trouxe. Não fosse a noite e jamais saberíamos identificar a glória do dia. A morte pode ser a morte para muitos; mas para nós foi ressurreição numa era nova. Delas extraímos a riqueza de uma vida superior que naturalmente nos guia os impulsos de conhecimento ao encontro da Humanidade Maior. Graças a Deus tenho aprendido algo. A criança que conheceram sente-se, hoje, companheiro e amigo, devedor insolúvel nas estradas eternas. A bondade do Senhor, com o carinho que recebo de ambos, operou em mim o milagre de uma compreensão mais enobrecida. Somos associados de muitas empresas, batalhadores de muitos combates, irmãos de ideal e de alegria, de aflição e de luta em muitas jornadas na Terra... Quisera que as energias condensadas da carne, por instantes, fugissem à lei que as governa, a fim de revelar-lhes, assim como na luz de um relâmpago, os quadros imensos da retaguarda... Entretanto, as circunstâncias são a vontade justa do Senhor e devemos respeitá-las. Por muito se demorem na carne, separa-nos tão somente um breve hoje. Das sombras que abraçam o pó do mundo, emergimos cantando a felicidade de nossa inalterável comunhão. Até lá, porém, é imprescindível trabalhemos. Nossos dias de angústia e de perplexidade passaram, como passaram as primeiras horas de ansiedade em que as nossas notícias mútuas eram como que o único alimento capaz de saciar-nos a alma atormentada... Agora, temos um campo enorme à frente do coração. Campo de serviço que em suas mínimas particularidades nos requisita à plantação de novos destinos. Começa na família e espraia-se, infinito, no território das vidas diferentes que se ligam às nossas por misteriosos elos do espírito. Não se sintam sozinhos, não sofram, não lastimem... Estamos juntos hoje quanto ontem, à procura de nossas sublimes realizações. Compreendo as dificuldades que ainda interferem com os nossos desejos. Entretanto, rogo-lhes coragem. Doando nossas disponibilidades espirituais, ao tempo, através de nossa aplicação incessante com o bem, do tempo recebemos a quitação de nossos débitos, porque a Divina Providência nos entrega, por intermédio dele, os trabalhos que precisamos efetuar, a benefício de nossa própria felicidade.
Confiemos no Cristo para que o Cristo confie em nós. O sonho de solidariedade humana que nos vibra no peito não é uma luz que esteja nascendo, de improviso, no vaso de nossos sentimentos. Vem de longe, de muito longe... E, tão grande é a importância de que se reveste, que a dor veio ao nosso encontro, despertando-nos para a divina edificação. Saciedade no mundo é prejuízo de nossa alma. É por isso que Jesus preferiu o madeiro do sacrifício, com a incompreensão dos homens e com a sede de amor. Rejubilemo-nos no calvário de nossa paixão por maiores luzes. A subida é áspera para quem deseja o ar puro dos cimos. Continuemos caminhando sob a inspiração de nosso Divino Mestre. É tudo o que poderemos fazer de melhor. De nós mesmos, atentos à insegurança de nossas aquisições, nosso passo seria vacilante entre a luz e a sombra, entre o bem e o mal... Com Cristo, porém, cessam as dúvidas. O sacrifício de nossos desejos aos desígnios do Céu é a chave de nossa felicidade real. Mamãe, à vovó envio o meu pensamento muito carinhoso, com lembranças a todos de casa. Envolvendo-os assim, em meu coração e em meu carinho, beija-lhes as mãos entrelaçadas com as minhas, o filho saudoso e reconhecido que, em cada dia, lhes segue afetuosamente os passos. Carlos Augusto
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ANO IX - Nº 106– Campo Grande/MS -Novembro de 2014.. |