"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO X - N. 117 * Campo Grande/MS * Outubro de 2015.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


Um só impulso do seu coração de amor dirigido ao próximo pode abrir um caminho luminoso para os seus pés, dependerá da intensidade de que o faça. Otacir Amaral Nunes

 
 

 

FOGO QUE NÃO SE EXTINGUE

Muitos partem dessa ideia emblemática de Jesus quando ameaça os culpados com “o fogo que não se extingue”, que traduziram equivocadamente por penas eternas, porém o próprio espírito da Doutrina Cristã as desmente.

O ato de considerar as penas eternas, além de ser um pensamento blasfematório contra o Criador, distorce profundamente a base do Cristianismo, porque elas são incompatíveis com o próprio Evangelho de Jesus – que é o supremo Testamento de Deus aos seus filhos amados -, pois que a mensagem proposta nesse Código Divino estabelece que o amor tem supremacia sobre os demais sentimentos. Amar a Deus e ao próximo, se resume toda a lei.

Como conciliar as pernas eternas com o senso prático de todos os ensinamentos propostos pelo Divino Mensageiro de Deus – Jesus Cristo -; se de um lado, estabelece, como a base para todos aqueles que acatam os seus ensinamentos:

‘ - Perdoar setenta vezes sete vezes as ofensas.

- Se alguém lhe bater na sua face direita, apresenta-lhe também a outra.

- Se alguém quiser demandar a sua túnica, ofereça também a capa.

- Se alguém quiser que ande uma milha, ande duas.

- Ame os seus inimigos;

- Faça o bem aos que lhes tem ódio;

- Ore pelos que lhes persigam e caluniam.

Por que exigirá tanto de criaturas tão frágeis, mas severo demais seria Ele, sendo Deus?

Agora por ofensas de uma vida mais que transitório o Pai Generoso o Bom condena os seus filhos amados a penas eternas, por faltas que na maioria absoluta foram cometidas por ignorância ou por desequilíbrios emotivos.

Se a justiça nas leis de Deus é uma realidade insofismável, as penas deveriam durar enquanto subsistir a culpa, se o delito fora durante uma vida transitória aqui na face do globo, as penas não poderia durar para sempre, caso contrario seria uma injustiça o que é incompatível com um pai Bom e Justo.

Essa ideia que corre mundo tem criado um inconveniente muito grave, pois que muitas pessoas impressionadas por essa ideia, depois que desencarnam ficam esperando sempre o pior, porque sempre se comete alguns erros, aliás, que é próprio de um planeta de provas e expiações.

É claro que na casa do Pai existe ordem, mas considerar as penas eternas depois desta vida será um do grande erro. Ai daqueles que passam essas ideias equivocadas por interesse, criando, inclusive caso de consciência em muitas pessoas incautas e gerando em muitos espíritos enormes sofrimentos.

Mas aqueles que se obstinam em cultivar esse absurdo, pois que representa uma blasfêmia contra o Criador, o próprio João Evangelista declara que “Deus é amor”, como também Pai, que assim mesmo condena os filhos amados a “penas eternas” e sem remédio?

De outro lado, Deus sendo onisciente ao criar cada criatura saberia o destino de cada uma, e em sabendo que este filho amado se perderia, assim mesmo o criaria? Nesse caso, ele não seria mais amor, nem Deus.

A lógica demonstra que a pena teria curso enquanto a culpa subsistir, como “o fogo que não se extingue”, enquanto a rebeldia à lei de Deus perdurar, assim que o inferno mental existirá até quando a justiça seja satisfeita.

Assim que ilumine suas mentes com as palavras consoladoras de Jesus que somente a “verdade nos libertará” e que somente o amor ao próximo concede a alforria para uma vida mais venturosa. . Se algo for ainda difícil de entender, ame ao próximo de todo o seu coração, de toda a sua alma, com isso em qualquer condição que se apresente, terá respaldo da vida superior em qualquer lugar.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS.

 

AMARGA EXPERIÊNCIA

A história de Ernesto é igual a tantas outras, começou a beber por brincadeira entre amigos, mas a verdade que foi malfada cachaça que acabou moralmente com ele e sua família.

Tantas vezes os familiares queridos imploraram para que ele deixasse a tal bebida. No fundo era uma pessoa boníssima, gostariam que ele assumisse um compromisso mais sério junto a família. Muitas vezes haviam se alegrado pelas disposições favoráveis que tinha demonstrado em abandonar o vício.

Porém de outro lado, as decepções tinham sido enormes também, quando supunha que ele já havia abandonado o vício que lhe destruía a vida e se transformava num pesadelo para todas as pessoas que o cercavam. Apesar dos apelos de todos continuava criando problemas e mergulhava mais no abismo que eles pensavam que tivesse superado. Ocorria justamente o contrário, interna-se novamente no vicio que arruinava sua saúde física e a sua moral, ninguém acreditava mais nele.

Outras vezes tinha rogado para que o ajudassem a se libertar do vício que estava literalmente matando-o e destruindo as melhores esperanças, sempre encontrou acolhida daquelas pessoas que tinham lutado para que ele, por fim abandonasse o vício da bebida.

Todavia parecia cego e surdo ao mal que estava causando a si mesmo e indiretamente a todos aqueles que viviam ao seu derredor e lhes queriam bem.

Em diversos momentos tinham buscado uma maneira para que ele saísse desse cipoal de contradição, prometia uma coisa de dia para negá-lo à noite, como agia desmentia tudo que afirmava. É verdade que todos tinham para com ele uma paciência enorme, mas não estava sendo capazes de suportar mais as suas indisciplinas e falta de vontade ativa para se libertar desse vício nefasto. Muitas vezes tinham se permitido abandonarem seu caso, mas depois voltavam atrás por ser uma pessoa muito querida aos seus corações.

De fato quando estava sem a influência de alcoólicos era uma pessoa educada e prestativa, mas quando ingeria qualquer bebida alcoólica se tornava inconveniente para todos aqueles que encontravam, e pior ainda para ele, porque se abandonava a falta de higiene pessoal, crescia a barba e o cabelo, deixava de se alimentar, ou se alimentava de maneira insuficiente, sua saúde piorava, e começava outro martírio para a família, até que chegava a raia da mendicância e outra vez a família acolhia, prestava os socorros necessários e pensavam que daquela vez fosse tomar uma atitude, mas quando se recuperava, não faltava um comparsa que o chamava e dali a alguns dias já estava novamente mergulhado no vício e junto às más companhias, novamente repetia-se o mesmo processo, perdia o senso do certo e errado, às vezes o encontravam caído na rua e levavam para casa numa situação deplorável, para se repetir a mesma história mais tarde.

É claro que naqueles momentos de lucidez reconhecia o apoio da família, mas ele não se dispunha a caminhar, aliás, diante dos comparsas não tinha forças para recusar e esquecer o vício, e continuava já por anos essa situação...

Diante daquela situação e pedido daqueles que o amam, a espiritualidade tomou uma medida extrema, provocando-lhe uma enfermidade grave que o manteria na cama por muitos dias, mas recuperando-se na primeira oportunidade inventa tomar um gole, provoca um vomitório sem fim, confessava que tinha a impressão que iria morrer, mas não esquecia as antigas companhias. Agora surgia o freio, só colocar bebida na boca fica muito pálido e chega a desmaiar, sentia-se mal, os ditos amigos e dizem entre si: o fulano de tal não é mais companheiro, é certo que morrerá logo, já naquele estado não pode sequer andar direito, ele acaba morrendo e cria um problema para nós. Afastaram-se dele, na realidade foi a melhor coisa de sua vida.

Sentia-se muito fraco e tinha dificuldades de andar, talvez pela falta de alimentação que quando ingeria bebidas. Nesses dias que ficava em casa muito meditou em sua vida atribulada, como não bastasse estragou a saúde, ainda perdeu a família, pois que mulher e filhos se mudaram para outra cidade, talvez por vergonha de vê-lo daquele jeito, e não suportar o sofrimento e necessidade para o lar. Arranjaram emprego numa casa de uma família e mudaram-se de vez, ficando somente a sua abnegada irmã que o sustentava.

Sentia-se velho, apesar de haver completado recentemente cinquenta anos de idade apenas, mas o castigo que impôs ao seu corpo foi demais de severo.

Agora nos momentos de reflexão lembra-se com saudade do passado já distante, que teve uma oportunidade de ouro na vida. Era jovem, tinha saúde, mulher e filhos sadios, o carinho da família, mas depois que caiu naquele vicio desenfreado acabou tudo. Os pais não suportaram e morreram de desgosto ao vê-lo daquele jeito, sendo dominado pelo vicio. Agora de dá conta do malefício que fez a si mesmo e aos outros.

Nos momentos de folga conta aos sobrinhos sua vida e enfatiza a necessidade de nunca ingerirem bebidas alcoólicas, muitas vezes ao relatar episódio de sua vida de viciado, correm grossas lágrimas de seus olhos, talvez seja o exemplo do que não deve ninguém seguir, dizia. É lamentável que aqueles que aí estão mergulhados no vício não entendem o mal que lhe causa e leva a pessoa a se destruir, muitas perdem a vida mesmo. Qualquer vício sempre é algo que deve ser evitado.

Ao final da vida começou a frequentar um centro espírita que havia perto de sua casa, aprendendo muitas coisas admiráveis e dizia ele para os seus sobrinhos e alguns vizinhos.

O pior que com o vicio não se brinca ele destrói a vida de qualquer um, agora aprendi mais uma, já sei que quando voltar pela reencarnação, certamente que voltarei já com problema no estômago, nas vias respiratórias e uma série de enfermidades que não posso prever, mas é certo que carregarei para a outra vida esses problemas que criei.

Se soubesse o que agora já sei, nunca teria caído nesse terrível erro, pois que destruí minha vida e ainda voltarei na outra, com problemas.

As crianças ouviam admiradas e gostavam quando ele começa a contar a história de sua vida, contava que tivera família, mas com ela não se importava, passavam necessidades e não aguentaram mais a miséria, até que resolveram mudar daquela cidade e trabalhar para viver, porque ele vivia no botequim.

Disse aos seus sobrinhos um dia; Hoje ouvia no centro uma frase muito importante: “A cada um de acordo com as suas obras é um lição plena, no bem e no mal”.

Anônimo
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

QUEREMOS FALAR COM VOCÊ...

Hoje, o que mais se ouve são os defensores do aborto gritarem em prol da liberdade da mulher, e esta, dizendo-se dona de seu corpo, levanta bandeiras a favor do extermínio dos próprios filhos. E a sociedade, violentada a cada instante pela chamada liberdade, vai colhendo os frutos da dor e do desespero e semeando as maiores vítimas entre crianças e os jovens. Este, querendo imitar os adultos, julgam que a liberdade é libertinagem, que vemos hoje? Crianças praticando o sexo livre e uma juventude desesperada, porque a Lei da Reprodução é implacável.

Quem usa a sexualidade tem de conhecer o seu mecanismo, para que o ato em si não gere futuros compromissos. Essa falta de conscientização é que está levando o homem ao frio e cruel assassinato do aborto. Mata-se por ignorância, julgando-se que não existe vida em um embrião.

Preocupados com o índice assustador do sexo sem responsabilidade, resolvemos convidar a sociedade a se conscientizar de que a violência que hoje se pratica na Terra é culpa de todos nós que, nos julgamos isentos dela. Não percebemos que entre o aconchego de nossos lares, crianças estão entrando na puberdade precoce dado aos estímulos dos veículos de comunicação.

É que na fase normal da puberdade as crianças precisam de orientação dos pais, pois é delicada essa fase, cabendo ao pai orientar o filho sobre a responsabilidade do sexo e à mãe levar até a filha o conhecimento de seu corpo, não a deixando órfã quando ela tanto precisa de atenção e carinho. A menina, principalmente, tem de valorizar o seu corpo, não que ele lhe pertença, mas é que outras vidas dele necessitarão e se ela iniciar muito jovem na problemática do corpo, sofrerá graves conflitos, difíceis de serem curados.

Uma jovem, se não estiver emancipada e preparada para ser mãe, cometerá certamente o crime denominado aborto. Cabe aos pais fazer com que seus botões desabrochem em flores no momento preciso. Nada mais entristece uma família do que presenciar o fracasso de um de seus filhos. E uma mulher que pratica esse tipo de assassinato não pode ser feliz, pois o seu organismo vai cobrar do seu “eu”algo que seu corpo deixou de desenvolver.

Devemos ensinar aos nossos filhos as legítimas concepções do sexo, de conformidade com a idade de cada um. É na puberdade que precisamos ajudá-los a se livrarem de deformações e dos desvios de caráter. É um momento delicado, quando as tendências estão a aflorar.

Mas se pais evangelizados e íntegros souberem servir-se de métodos concretos e esclarecidos na apresentação de reais valores, seus filhos jamais praticarão a violência. Saberão respeitar a vida e quem respeita a vida não transgride as leis da sociedade e a Lei de Deus, e nela está escrito: “Não matarás”. Se tivemos o direito a vida, por que negar esta oportunidade de viver ao próximo?

Francisca Thereza
Mensagem recebida pelo médium Irene Pacheco.

HUMILDADE

Certa fez Chico perguntou ao espírito de Emmanuel onde é que estava a humildade.

Eis a resposta:

A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa e lança um véu de esperança no semelhante que carrega consigo esse ou aquele complexo de culpa, de vez que todos nós, os espíritos encarnados na Terra, sem exceção, sempre trazemos, voluntariamente ou não, a viva lembrança de faltas que se ocultam em nossos melhores sentimentos.

Do livro “Kardec Prossegue”, de Adelino da Silveira

 

CARTA AO SR. ALLAN KARDEC 

A Doutrina Espírita

Faz pouco tempo publicou o editor Dentu uma obra deveras notável; diríamos mesmo muito curiosa, se não houvesse coisas às quais repugna qualquer classificação banal.

O Livro dos Espíritos, do Sr. Allan Kardec, é uma página nova de próprio grande livro do infinito e, estamos persuadidos, uma marca será posta nesta página. Seria lamentável que pensassem estarmos aqui a fazer reclame bibliográfico: se tal pudesse admitir, preferiríamos quebrar a pena. Não conhecemos absolutamente o autor mas proclamamos bem alto que gostaríamos de o conhecer. Quem escreveu aquela introdução que abre o Livro dos Espíritos deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres.

Aliás, para que não se ponha em dúvida a nossa boa-fé e nos acusem de partidarismo, diremos com toda a sinceridade que jamais fizemos um estudo aprofundado das questões sobrenaturais. Apenas, se os fatos produzidos nos causaram admiração, pelos menos não nos levaram a dar de ombros. Muitas vezes nos interrogávamos e, durante muito tempo, antes de ter ouvido falar em médiuns, a respeito do que se passava nas regiões que se convencionou chamar o Alto. Há tempo chegamos mesmo a esboçar uma teoria sobre os mundos invisíveis, guardando-a ciosamente para nós e nos sentimos muito felizes porque a encontramos, quase por inteiro, no livro do Sr. Allan Kardec.

A todos os deserdados da Terra, a todos quantos marcham e que, nas suas quedas, regam as lágrimas o pó da estrada, diremos: Lede o Livro dos Espíritos; ele vos tornará mais fortes. Também aos felizes, aos que pelo caminho só encontram as aclamações e os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o e ele vos tornará melhores.

O corpo da obra, fiz o Sr. Allan Kardec, deve ser atribuído inteiramente aos Espíritos que o ditaram. Está admiravelmente dividido no sistema de perguntas e respostas. Por vezes estas últimas são sublimes, o que não nos surpreende. Mas não foi necessário um grande mérito a quem as souber provocar?

Desafiamos os mais incrédulos a rir quando lerem esse livro em silêncio e na solidão. Todos honrarão aquele que lhe escreveu o prefácio.

A Doutrina se resume em duas palavras. Não façais aos outros o que não quereis que vos façam. Lamentamos que o Sr. Allan Kardec não tivesse acrescentado: e fazei aos outros como quereríeis que vos fizessem. Aliás, o livro o diz claramente, sem o que a doutrina não seria completa. Não basta não fazer o mal: é preciso ainda que se faça o bem. Se fores apenas homem de bem, só terás cumprido a metade do dever. Somos um átomo imperceptível desta grande máquina chamada mundo, na qual nada é inútil. Não nos digam que é possível ser útil sem fazer o bem: seríamos forçados a responder por um volume.

Lendo as admiráveis respostas dos Espíritos na obra do Sr. Allan Kardec, dissemos a nós mesmo que havia um belo livro a escrever. Logo verificamos, entretanto, o nosso engano: o livro já está escrito. Procurando completá-lo, apenas o estragaríamos.

O senhor é homem de estudo e tem aquela boa-fé que apenas necessita instruir-se? Então leio o Livro Primeiro sobre a doutrina espírita.

Está na classe das criaturas que apenas se ocupam consigo mesmas e que, como se costuma dizer, fazem os seus negócios muito tranquilamente e nada enxergam além dos próprios interesses? Leia as Leis Morais.

A desgraça o persegue encarniçadamente e a dúvida o tortura por vezes no seu abraço gelado? Estude o terceiro livro: Esperanças e Consolações.

Todos quantos aninham pensamentos nobres no coração e acreditam no bem, leiam o livro, da primeira à última página.

Bordéus, 25 de outubro de 1857
(a) G. Du Chalard

 

AS MULHERES TÊM ALMA?

Calma pessoal, não é necessário crucificar-me por isso, porque não fui eu que fiz esta pergunta. Quem a fez foi o próprio Allan Kardec, num tempo em que os direitos da mulher ainda engatinhavam... e muitos países do Oriente a consideravam, naquela época, e alguns,até hoje,ainda a consideram como um instrumento de prazer do homem.

Vem daquele tempo e mesmo de antes dele o preconceito de inferioridade da mulher; preconceito que o progresso natural fez diminuir contra o “sexo frágil”, mas ele ainda persiste e deve contar com o esforço de todos, homens e mulheres, para eliminá-lo de vez da face da Terra, assumindo inclusive a igualdade de posição social como um direito natural e imprescritível e não como uma concessão dada pelo homem.

Em resposta a essa importante questão o próprio codificador da Doutrina Espírita tece um enorme arrazoado em defesa da igualdade entre os sexos, mais precisamente entre as almas do homem e da mulher, que foram criadas por Deus igualmente e sem sexo, coisa que existe apenas na vida material, para a reprodução dos seres, pois a Divindade criou só um tipo de alma, que é o ser imortal, sobrevivente à morte do corpo físico e inseparável do seu corpo espiritual.

Hoje a dúvida sobre a existência da alma da mulher é algo ridículo, que não tem mais lugar nas mentes que conquistaram o progresso que trouxe o desenvolvimento da urbanidade, o abrandamento dos costumes e um maior sentimento de justiça.

Caberia ao Espiritismo, doutrina por demais avançada, resolver definitivamente esse problema pelas incontáveis observações dos fatos realizadas por milhares de pessoas, pelas revelações de além-túmulo, pelo estudo do estado das almas depois da morte, constatando que as almas ou os Espíritos não têm sexo e que as afeições que os unem não são materiais, mas fundadas em simpatias reais e por isso, mais duráveis.

As almas ao se reencarnarem vão progredindo intelectual e moralmente, concorrendo também para o progresso material do globo que habitam, vindo a cada reencarnação com os conhecimentos adquiridos em vidas anteriores e novas ideias, efetivando o progresso por onde passarem. Sendo assim, os Espíritos avançados de hoje são os mesmos Espíritos atrasados de ontem e os Espíritos do futuro serão os mesmos de hoje, porém, mais avançados. É da lei.

Os Espíritos progridem pelos trabalhos que realizam e pelas provações por que passam e devendo aprender de tudo, vivem as diversas posições para adquirir os conhecimentos que lhes faltam, passando por diversos gêneros de provas. Por isso experimentam a pobreza, a riqueza, o mando, a submissão, o senhorio, a servidão. E já que têm que vivenciar em todas as áreas do conhecimento, também renascem homens ou mulheres para aprenderem tudo de cada sexo.

É então da natureza o princípio da igualdade que torna o grande, pequeno e o pequeno, grande, o masculino, feminino, o feminino masculino a cada tempo, decorrendo desse princípio a fraternidade , pois, um se torna o outro, de tal forma que um desconhecido sofredor pode ser um ente querido de outrora, e aquele que foi homem, poderá renascer mulher para realizar os deveres de cada sexo e sofrer as provas específicas de cada posição.

A desigualdade entre homem e mulher só existe, temporariamente, no grau de desenvolvimento e a diferença sexual é apenas na matéria, pois Deus realmente criou um único tipo de alma que experimenta quando encarnada, os dois sexos.

Fez Deus a mulher mais fraca fisicamente que o homem porque seus deveres são completamente diferentes e seriam incompatíveis com a rudeza masculina, sendo a delicadeza das formas e sensações, características apropriadas à maternidade.

Vivendo muito tempo reencarnando num mesmo sexo, o espírito, depois da morte, leva um bom período para se desmaterializar, pois essa influência da matéria orgânica não se dissolve imediatamente após a morte, vindo após determinado grau de evolução, de adiantamento e de desmaterialização.

Deus, pela sua justiça deu a todos o mesmo princípio, gerando a igualdade de criação, não favorecendo um em detrimento do outro.

E quanto à pergunta inicial, fico com o velho Erasmo Carlos ao elogiar a mulher numa linda canção, cantando: “... mulher, mulher, do barro em que você foi criada, me veio a inspiração, poder cantar você nesta canção... mulher, mulher, na escola em que você foi educada, jamais tirei um dez; sou forte, mas não chego a seus pés.”

Crispim.

Referência bibliográfica:

•  Revista Espírita. Ano Nono-1866. Allan Kardec.

 

CHICO XAVIER POR ELE MESMO

 

"Sei o que devo ser e ainda não sou, mas rendo graças a Deus por estar trabalhando, embora lentamente, por dentro de mim próprio, para chegar, um dia, a ser o que devo ser".

Livro " Kardec Prossegue" Adelino da Silveira.

 

SABEDORIA DE CHICO XAVIER

“A mediunidade nunca me isentou de meus problemas pessoais, mediunidade não é condição de santidade... Sempre tive os meus problemas – estou cheio deles! – como qualquer pessoa... Não tenho privilégios. Eu me sentiria envergonhado, se a mediunidade me concedesse uma situação especial. Como é que eu deveria estar diante daqueles que sempre me procuram? Como dizer a eles algumas palavras, desconhecendo, em mim mesmo, o drama que estão vivenciando?! Nunca vi privilégios na mediunidade, pelos menos, comigo não! E não seria capaz de entender um médium que, justamente por ser médium, fosse poupado de suas provas. Quando eu mais apanhava, é que eu mais produzia. A coisa apertava para o meu lado, Emmanuel aparecia e me mandava pegar lápis e papel”.

Carlos A Baccelli
Do livro “Evangelho de Chico Xavier” .

 

A PROIBIÇÃO DE MOISÉS

Conta-se que, no deserto, ao tempo de Moisés, Grandes Sábios da Espiritualidade estudaram os recursos de fornecer ao mundo novo roteiro de revelações. Com semelhante empreendimento, os homens poderiam excursionar aos domínios da morte, aprendendo, pouco a pouco, a se aprimorarem, de acordo com a Lei Divina. Concretizado o projeto, cujas particularidades eram privativas das autoridades superiores, intercâmbio natural se faria entre os vivos do Planeta e os vivos do Além, religando-se a Terra, gradativamente, ao paraíso perdido, pelo reajustamento espiritual de seus filhos.

Informado quanto à iniciativa, o grande legislador dos hebreus passou a colaborar com os instrutores desencarnados, na execução da experiência.

Organizaram-se os primórdios do serviço.

Necessitavam, para começar, de um organismo feminino, suficientemente passivo, que atendesse na qualidade de medianeiro, entre os dois mundos. Ouviria ela os Espíritos desencarnados e encarnados, com a serenidade precisa, colocada num campo de vibrações delicadas, entre ambas as esferas, iniciando-se, dessa forma, o arrojado experimento.

O assunto era novo e interessaria a milhões de seres. Em razão disso, a mulher instrumento exibiria trajes despistadores para não provocar obsessões afetivas. Não se lhe identificaria a condição pelas vestes. Envergaria túnica de homem e não seria conhecida nem pela feminilidade interior, nem pela masculinidade aparente. Seria o oráculo, destinado a abrir novos caminhos à mente do povo escolhido.

Os hebreus teriam direito de indagar com nobreza e valer-se do serviço em necessidades importantes, numa cota de vinte por cento das atividades, reservando-se os demais oitenta por cento de possibilidades da tarefa ao plano espiritual, a beneficio coletivo. Quanto o oráculo, manter-se-ia em posição de serviço desinteressado a todos, sem grandes laços no coração para não comprometer a obra e cultivando o trabalho comum do pão de cada dia pelo suor digno, de modo a não perecer orquídea dos mortos ou sanguessuga dos vivos.

Encontrada a pitonisa, que se submeteu às condições estabelecidas, encetou-se o trabalho.

Moisés rejubilava-se. Quem sabe? Talvez a iniciativa viesse melhorar o espírito geral. O povo necessitava iluminação pelos dons celestes. Tentava explicar diariamente as obrigações da alma para com o Deus Único; entretanto, encontrava somente dureza e ingratidão. A intervenção pública da Esfera Maior provavelmente lançaria imensa luz sobre o Decálogo. Os mandamentos divinos, certo, seriam interpretados com a beleza sublime de que se revestiam. E o testamento do Céu seria glorificado.

Inaugurou-se o serviço com grandes esperanças.

As primeiras semanas foram de ação ambientadora, que se consumou, aliás, com a rapidez do relâmpago.

Quando o povo reconheceu que os mortos se comunicavam efetivamente e que aquela organização se constituía de bálsamo e verdade, o ministério assumiu características inquietantes.

Judeus de todas as tribos afluíram de todos os lados. Do deserto em que se achavam, partiram mensageiros para as regiões circunvizinhas, espalhando a notícia. Descendentes de Abraão em Mara e Socoth, Horma e Hesebon foram cientificados. Remanescentes de Israel, no Egito e na Caldéia, receberam informes. E, em breve, rodeava-se o oráculo de impulsiva multidão.

Moisés, que se alegrara a princípio, tremeu de receio.

A pitonisa, que se dedicara ao experimento com sincero otimismo, viu-se, de um instante para outro, qual frágil barquinho no dorso de vagas enfurecidas. Sustentada por um fio do plano espiritual que, a custo, lhe evitava completa imersão nos estranhos recôncavos do abismo, resistiu, corajosa, nos primeiros tempos, e a missão prosseguiu, se bem que anormalmente.

O povo, ao qual se destinavam as bênçãos do intercâmbio com a esfera superior, não compreendeu o serviço instituído. Ninguém desejava elucidações referentes aos mandamentos divinos. Não desejava informar-se quanto à natureza da luz que visitara o Sinai e muito menos aceitava diretrizes edificantes para que, mais tarde, atingisse mais altos círculos da vida. Queria gozar a hora presente, assenhorear-se de patrimônios dos vizinhos, ganhar guerras com o estrangeiro, armazenar trigo e vinho, pilhar terrenos devolutos, conquistar rebanhos indefesos, construir carros de triunfos sanguinolentos. Para isso, o oráculo, ao invés de ouvir a Espiritualidade superior que o sustentava na difícil empresa, passou a receber milhares de consultas sobre os mais rasteiros interesses da vida material. Cruelmente enganados pelas próprias ilusões, homens e mulheres de Israel cobriam-no de glórias exteriores; transportavam-no, de um lugar a outro, sobra manifestações festivas e impunham-lhe destaque singular nos galarins da fama.

E a tarefa prosseguiu.

Abnegados orientadores da vida mais alta acompanhavam a missão sempre dispostos a beneficiar; todavia, nunca chegaram a dez por cento das realizações elevadas que lhes competiam.

O povo apenas procurava fugir à execução dos Desígnios do Pai Supremo. Não pretendia ouvir as vozes do Alto e sim fazer vozerio e tumulto embaixo. De modo algum, desejava elevar a Terra à luz do Reino Celeste e sim converter o Reino Divino em escuro subúrbio das paixões terrestres. Em face dos benfeitores que vinha atendê-lo, solicitamente, intentava somente alijar dificuldades benéficas, resolver questões profundamente inferiores do drama evolutivo, com plena obtenção de favores baratos e elixires da juventude. Ninguém procurava trabalho, iluminação, elevação, conhecimento, aperfeiçoamento ou melhoria própria. Em vista disso, o oráculo era muito mais pomo de discórdia terrestre que elemento de construtividade espiritual. Vivia como um terreno litigioso, provocando malquerenças e desentendimentos sem-fim.

Tantas lutas estéreis foram acesas, que os Missionários de Cima deliberaram interromper a experimentação. A turba era demasiado infantil para receber a revelação que não chegava nem mesmo a vislumbrar. No auge da tempestade que se fazia cada vez mais intensa para a opinião israelita, cortaram o fio de ligação e o oráculo desapareceu no torvelinho.

Acirrou-se a tormenta. Azedaram-se os debates. Surgiram deploráveis semeaduras de ódio, desânimo e desesperação.

O grande legislador, apavorado com as atitudes de sua gente, escreveu então as célebres palavras do capítulo XVIII, do Deuteronômio, situando a consulta aos mortos entre os assuntos abomináveis.

E a proibição perdurou, oficialmente, no mundo. Por mais de mil anos, até que o Cristo, em pessoa, a abolisse, no cume do Tabor, conversando com o Espírito do próprio Moisés, perante os discípulos espantados.

Irmão X
Do livro “Pontos e Contos” de Francisco C. Xavier. Edit. FEB.

 

TEUS FILHOS

Se conflitos inquietantes te envenenam a alma, obstando-te a harmonia conjugal, as leis da vida não te impedem a separação do companheiro ou da companheira, com quem a convivência se te fez impraticável, embora, com isso, estejas debitando ao futuro a solução de graves compromissos em tua vida de espírito... Entretanto, pensa nos filhos. Almas queridas que viajaram das estâncias do passado, pelas vias da reencarnação, desembarcaram no presente, através dos teus braços, suplicando-te auxílio e renovação.

Quem são eles? Habitualmente, são aqueles mesmos companheiros de alegria e sofrimento, culpa e resgate, nas existências passadas, em cujo clima resvalaste em problemas difíceis de resolver. Ontem, associados de trabalho e ideal, são hoje os continuadores de tua ação ou intérpretes de tuas obras.

Quase sempre, renascemos na Terra à maneira das vergôtaneas de uma raiz, e, em nosso caso, a raiz é o conjunto de débitos e aspirações em que se nos desdobram os dias terrestres, objetivando nossa ascensão espiritual.

Os filhos não te pedem apenas dinheiro ou reconforto no plano físico. Solicitam-te igualmente assistência e rumo, apoio e orientação.

Se te uniste com alguém no tálamo doméstico, semelhante comunhão encerra também todos aqueles na condição de herdeiros de teu nome, a te rogarem proteção e entendimento, a fim de que não lhes faleçam o Dom de servir e a alegria de viver.

Em verdade, repetimos, as leis da vida não te impedem o divórcio, porque situações calamitosas existem no mundo nas quais a alma encarnada se vê sob a ameaça de naufrágio nas pesadas correntes do suicídio ou da criminalidade e o Senhor não faz a apologia da violência. Apesar disso, considera a extensão dos teus compromissos, porquanto não te reunirias com alguém no âmago do recinto caseiro para a criação da família ou para a sustentação de tarefas específicas, sem razões justas nos princípios de causa e efeito, evolução e aperfeiçoamento.

Sejam, pois, quais forem às circunstâncias constrangedoras que te afligem no lar, reflete, acima de tudo, em teus filhos, que precisam de ti. A tua união necessita hoje de tua benção, se buscas esquecer-te a fim de abençoá-los. Amanhã também te abençoarão.

Emmanuel
Do livro “Vida em Vida” de Francisco C. Xavier.

 

QUANDO COMPREENDERES

Quando compreenderes que deves a ti mesmo a conquista da paz, nada mais te deterá os passos na senda do bem.

Quando compreenderes que és o artífice de tua felicidade, nada mais conseguirá impedir-te de trabalhar do ela.

Quando compreenderes que tua alegria depende exclusivamente de ti, nada mais te induzirá ao desalento.

Quando compreenderes que a tua vida é o resultado de tuas atitudes, nada mais te desviará do cumprimento do dever.

Quando compreenderes, enfim, que a colheita de hoje corresponde exatamente à semeadura de ontem, nada mais lamentarás a não ser a tua própria falta de discernimento no instante de escolher a semente que, deliberadamente, lançastes ao solo da vida.

André Luiz
Do livro “Páginas de Fé” de Carlos A Bacelli

 

VAIDADE E ORGULHO PREJUDICAM

Entrevista com Chico Xavier

Flama Espírita – Diga-nos o que deve fazer, dentro de suas capacidades, um médium, a fim de poder ser completo e útil para o Plano Espiritual?

Chico Xavier – Devotamento ao bem do próximo, sem a preocupação de vantagens pessoais, eis o primeiro para que o medianeiro se torne sempre mais útil ao plano espiritual. Em seguida, quanto mais o médium se aprimore, através do estudo e do dever nobremente cumprido, mais valioso se torna para a execução de tarefas com os instrutores da Vida Maior. (6/90)

Flama Espírita – O que é que pode ser mais prejudicial ao médium?

Chico Xavier - O egoísmo que se fantasia de vaidade e orgulho, quando o medianeiro procura irrefletidamente antepor-se aos Mentores Espirituais que se valem dele. Ou o mesmo egoísmo, quando se veste de ociosidade ou de escrúpulo negativo, para fugir à prestação de serviço ao próximo.

Flama Espírita – Como encarar as diversas demonstrações mediúnicas existentes e praticadas fora da Doutrina Espírita?

Chico Xavier - Os fenômenos medianímicos existiram em todos os tempos e em todos os distritos da atividade humana e continuam a existir. Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo, esclarecendo mediunidade e médiuns, para que as ocorrências mediúnicas edifiquem elevação e proveito em auxílio da Humanidade.

Flama Espírita – Existe a tentação? Qual é? Qual a sua causa?

Chico Xavier – A tentação, no fundo, é a projeção de tendências infelizes que ainda trazemos. Semelhante projeção, em se exteriorizando, em forma de pensamentos materializados, atraem sobre nós aquelas mentes, encarnadas ou desencarnadas, que se nos harmonizam com o modo de ser. Entendo que a tentação nasce de nós. Recordemos que um pacote de outro não tenta um coelho, induzindo, muitas vezes, um homem às piores sugestões, enquanto que um pé de couve deixa um homem impassível, levando um colho ao impulso de aproximação indébita.

Flama Espírita – Qual a razão de algumas pessoas possuírem dons mediúnicos na Terra, desde o berço, enquanto outras, após muito trabalho, é que conseguem conquistar algum desses valores?

Chico Xavier – Quando se trata de mediunidade em ação na cultura e no progresso espiritual, a bagagem de recursos do medianeiro emerge das suas próprias aquisições de espírito, efetuadas em existências pretéritas, outorgando-lhe a possibilidade de colaborar com mais eficiência ao lado de quantos pugnam, no Além, pelo aperfeiçoamento e felicidade da comunidade humana.

GLN – Observa-se em tarefas de desobsessão um excessivo número de casos para serem atendidos, tendo em vista a extensão do sofrimento em torno. Acontece, porém, que o número de médiuns disponíveis ao serviço é restrito. Razoável, portanto, consideramos a impossibilidade destes poucos médiuns em serviço atenderem a todos os casos que se apresentem. Como estabelecer, então, um limite à passividade dos médiuns?

Chico Xavier - Os instrutores espirituais dedicados à tarefa da desobsessão nos informam que a disciplina deverá sempre presidir qualquer esforço de elevação. Por isso mesmo recomendam eles que o médium psicofônico, também chamado de incorporação, dedicado à enfermagem espiritual desobsessiva, não deverá exaurir-se em inúmeras e ininterruptas passividades dentro de uma reunião. Assim, o limite máximo de duas passividades de espíritos sofredores, por reunião, deverá ser respeitadas, em benefício de todos.

GLN- Muitos candidatos à mediunidade nos aparecem, confessando, no entanto, sua predileção pelo vício de fumar. O que fazer nesses casos?

Ponderam os Mentores da Vida Maior que o vício de utilização do fumo cotidianamente é considerado dos menores vícios da personalidade humana. Não obstante, qualquer candidato à mediunidade cristã deverá esforçar-se diariamente por superar suas próprias inibições, consciente de que o quadro de serviços redentores a que se candidata exigir-lhe-á renúncias e abnegações incessantes em favor do próximo. Dentro desse particular é que os Amigos Espirituais nos dizem que principalmente nas tarefas de auxílio desobsessivo e nas tarefas de alívio aos doentes, é totalmente desaconselhável o hábito de fumar.

Assim sendo, os médiuns psicofônicos, os passistas e os de efeitos físicos fazem muito bem quando abandonam o cigarro.

Marlene E. S. Nobre
Do livro “Lições de Sabedoria”.

 

Façamos da oração a nossa escada de intercâmbio com o Céu, socorramos a enfermidade e aliviemos o desespero, repartamos o pão e o remédio com os famintos e doentes, ergamos teto acolhedor aos que vagueiam sem rumo e consolemos a dor que nos aparece de mil modos, cada dia, nas sendas do mundo, mas não nos esqueçamos de que Jesus, acima de tudo, é o nosso Divino Mestre e de que o Cristianismo é serviço de educação.

João Bosco
Do livro “Mentores e Seareiros” de Francisco C. Xavier

 

 

 

ANO X - Nº 117– Campo Grande/MS - Outubro de 2015..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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