"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO X - N. 119 * Campo Grande/MS * Dezembro de 2015.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


De tudo será capaz de retirar lições proveitosas para a vida, quem pode imaginar que no charco mais imundo viceje o lírio mais perfumado? Ambrósio/Otacir Amaral Nunes

 

NATAL – SEMPRE JESUS

“Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi... João (15; 16).

O nascimento anunciado do Mensageiro Divino, de fato, se deu em Belém, na Palestina, numa manjedoura entre pastores anônimos e veio acender novas claridades em todos os corações.

Desde a formação da Terra, em tempo algum, houve tanta beleza e harmonia naquelas terras dadivosas. Nunca os trigais produziram tanto, nem os pomares deram tantos frutos, nem as flores se vestiram de tanta beleza e exalaram tanto perfume, pois que os emissários do alto que o antecederam, de tudo se encarregaram para que Ele encontrasse o ambiente propício a dar alento e esperança à Humanidade sofredora.

Cresceu como os meninos de sua época sob o olhar vigilante de Maria, sua mãe, e José, seu pai, num povoado simples.

Fez-se adulto. Cativou todos os corações.

Ao referir-se a si mesmo, sempre se denominava “O Filho do Homem”, mostrando a sua humildade e a naturalidade da própria vida.

Afirmavam os que O conheceram que nunca se vira alguém tão formoso, belo no olhar, no talhe, na grandeza de sua alma, onde se misturava na síntese perfeita: a beleza a simplicidade; a nobreza e a dignidade; o amor e a sabedoria. Diante de sua aparência magnânima, era impossível ficar indiferente. Amavam-no ou temiam-no.

Foi a personificação do amor, porque de suas palavras desprendiam suave aroma que enternecia todos os corações, num suave magnetismo de encanto e beleza.

Demonstrou completo desinteresse pelas honrarias, mas se empenhou em fazer o bem em toda a sua plenitude.

Enternecia os corações dos simples, das crianças, dos desamparados, dos reprovados nos testes da vida.

Usou a misericórdia e benevolência para com todos: Diante de seu magnetismo superior paralíticos andaram, cegos voltaram a ver, quase-mortos ressuscitaram, doentes de todos as matizes foram curados, atendendo ao apelo do Divino Mensageiro.

Sempre se revelou extraordinário conhecedor do coração humano, oferecendo recursos variados, a cada um de acordo com suas necessidades: para Maria Madalena, como para Judas; para Pedro, como para Paulo de Tarso, para o cobrador de impostos, como para o lunático; Dele, todos receberam apoio e incentivo para incorporar-se à nova compreensão da vida.

Dissera certa feita: “os são não necessitam de médicos, mas os doentes”, por isso, abraçou com infinito amor os infelizes, os desvalidos, homens e mulheres que caminhavam à margem da vida. Amou-os com imenso amor, porque via neles os outros filhos de Deus que mais necessitavam de carinho e afeto.

Chamava de bem-aventurados os que sofrem, porque até o sofrimento constitui terapia saneadora de nossos desatinos, mostrando, assim que até as lágrimas sempre nos lavam de alguma coisa.

Suas pregações eram de uma doçura e alegria indescritíveis, onde a consolação, a alegria e a suavidade se faziam presentes. Quando falava, o seu magnetismo se alojava em todos os corações, especialmente naqueles homens e mulheres de boa vontade, contudo os que perseveravam no mal, sentiam como um açoite em suas consciências enegrecidas, razão por que tramaram a sua morte.

Ao lavar os pés de seus discípulos, demonstrou a necessidade de se abaixar até o nível de quem sofre, para vencer o orgulho e o egoísmo, profundamente arraigados no coração do homem, assim: cada palavra, uma lição; cada gesto, um aprendizado.

Mostrou a vida futura como a principal meta a todos os homens perfeitamente integrados a sua mensagem consoladora e libertadora

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS.


DERRADEIRO DIA

            O anjo anunciou àquele homem que vivia trabalhando dia e noite, com objetivo de acumular muito dinheiro, que o seguinte seria o seu derradeiro dia como encarnado aqui neste mundo. Podia despedir-se de quem quisesse, fizesse alguma coisa que julgasse importante, porque já estava selada essa decisão, concluiu o anjo bom, com a voz plena de magnetismo e ternura.

Naturalmente que ele fora surpreendido por essa notícia terrível, aliás, ficara pálido de espanto, pensou logo: o que faria de mais importante naquele último dia de sua permanência no mundo material?

            Ele que tinha muitas posses ficou apavorado, mas o que faria ele com tão grande fortuna, que sofrera tanto para acumular? Agora, deixar tudo “sem mas, nem porém”, entrou em pânico.Reconhecera afinal que não poderia levar todos os valores que tinha em seu poder, aliás, não levaria nada, absolutamente nada.

Começou a gritar em altas vozes: mas como pode acontecer uma coisa dessas comigo? Justamente agora iria desfrutar os bens que acumulou; levou uma vida de sacrifício e de privações para ter uma velhice tranquila, mas de repente surge este imprevisto. Imaginou logo obter uma prorrogação e tentou convencer o anjo que lhe desse mais tempo, mas o anjo sereno lhe respondeu:

            - É verdade que quando criança esteve à beira da morte, porque seu corpo não oferecia condições de vingar, e por intercessão divina e por conta do pedido de sua querida mãezinha, conseguiu tornar-se vital e preparar-se para a vida.

            De outra feita dirigindo o seu carro de maneira inconsequente, provocando um acidente de grandes proporções, esteve à beira da morte outra vez, mas a providência divina agiu em seu favor, por conta de filhos pequeninos que estavam sob sua dependência e conseguiu recuperar a saúde.

            Uma vez diante daquela crise financeira que bateu a sua porta, com perspectiva de perder todos os recursos que começava a amealhar, mas amigos espirituais abnegados de longa data movimentaram recursos para que pudesse conservar os seus bens e aumentá-los ainda mais, no entanto, logo que saiu da crise financeira que o rondava, novamente voltou à invigilância.

De outra feita caiu e no auge da crise, que abalou seu mundo íntimo, rogou socorro à providência, que se conseguisse se erguer desta outra feita seria muito diferente, mas estenderia mãos generosas àqueles que o cercavam, mas logo esqueceu a promessa.

            Quando aquela enfermidade se instalara no seu organismo de maneira letal, aos prantos rogou aos céus que prorrogasse a sua permanência aqui neste plano, porque tinha necessidade de amparar os filhinhos na adolescência, novamente a providência acedeu, mas recuperando a saúde, logo se esqueceu e continuou como antes. Via os filhinhos raramente, porque estava preocupado demais com os seus negócios.

            Não tinha os outros comerciantes como amigos de profissão, mas como inimigos que sempre estavam querendo causar-lhe prejuízos e ficar com os seus clientes. Ainda naquele dia montava uma estratégia para passar para trás os seus concorrentes do comércio, criando enormes dificuldades para os que tinham menos recursos, para se tornar o único a dar as cartas da região.

            Numa última cartada disse ao anjo que apresentaria um projeto em que à semelhança do homem rico descrito no Evangelho, venderia todos os seus bens e daria aos pobres, como Jesus recomendara que fizesse.

Com essa estratégia imaginava sensibilizar o anjo protetor, aliás, tinha certeza que seria aceita, sem sombra de dúvida. Qual foi a sua decepção, quando o anjo lhe notificou sério, que das outras vezes prometera com a mesma sagacidade, mas esquecera os compromissos assumidos, agora, esgotaram-se todas as suas possibilidades.

Não deu mais tempo para fazer nada, final de jornada, muito sutil fora aquele leve toque; de repente já se vira em nova dimensão da existência. Momentos tumultuados, como se estivesse lutando contra a correnteza, vozes confusas e nada mais...

Percebeu momentos depois que estava num outro lugar, onde não sentia, nos semblantes carregados, qualquer sentimento de amizade, contrariamente ao que sempre ocorrera.  Para um homem rico, todas as portas se abriam. Sentiu que algo grave acontecera. Percebeu entre aquelas criaturas alguns que lesara, gostaria de não tê-los visto, depois foi levado a um lugar em que existiam homens e mulheres iguais a ele, gananciosos, astuciosos, tentando uns enganarem os outros.

            Um deles disse: ora, ora, aqui está o Raimundo, velho trapaceiro, mas que se julgava um santo. Nunca vi um homem tão sovina e desonesto quanto ele.

Sentiu-se mal de ser assim desmascarado publicamente, sem a menor consideração. Via-se desnudo diante daqueles olhares maliciosos que liam a sua trajetória como se lê um jornal. Estava envergonhado e sentia-se mal diante daqueles olhares que sondavam e devassavam o íntimo de sua alma.

- Outro a dizer: que grande salafrário esse tal de Raimundo!

Assim, que tarde começou a entender o quanto de mal fizera a si mesmo, porém imaginando que poderia iludir as Leis Divinas. Ficou segregado por longos anos naquele ambiente que criara em torno de si e por seu exagerado apego aos bens materiais.

Como menosprezara os outros, também agora ele era menosprezado. Não havia viva alma que dele se compadecesse. Era o inferno propalado pelas religiões tradicionais, onde se congregavam aqueles Espíritos afins, mas esse inferno era puramente mental, em que via em sua tela mental todas as suas maldades para adquirir valores.

Não se importava absolutamente com ninguém, o seu mundo era representado pelo dinheiro, que via grande quantidade continuamente, mas desta feita o dinheiro estava nas mãos dos outros; ele não passava de um pobre mendigo, sem direito a nada. Talvez muito pior do que aquele pintado por muitos que imaginam conhecer esse departamento do mundo além das fronteiras físicas. Enfim, cada um faz as suas escolhas.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS.

UM MINUTO COM CHICO XAVIER

Pouco tempo após ter-se mudado para Uberaba, Chico reiniciou suas tradicionais “Peregrinações”, levando às criaturas menos favorecidas, material e fisicamente, o conforto do Evangelho à luz do Espiritismo.

Em uma dessas casas morava um casal muito pobre que tinha um filho chamado Rafael. Rafael estava com 9 anos de idade, naquela época. Era paraplégico desde que nascera e, com o passar dos anos, também ficara cego.

Numa das últimas visitas de Chico a Rafael o mesmo lhe disse:

- Tio Chico, o senhor tem-me visitado sempre, sem que eu possa retribuir as suas visitas. “Mas, quando as estrelas brilharem outra vez para mim...”

E a conversa foi interrompida.

Dias após aquele encontro, Chico trabalhava em sua casa, à noite, quando viu entrar o Espírito de um belo rapaz que, traduzindo muita felicidade em seu semblante, foi logo dizendo.

- “As estrelas brilharam outra vez para mim e estou aqui, cumprindo a minha promessa...!”

Chico, recordando-se daquelas palavras, exclamou, com muita alegria: - “Meu Deus! É o Rafael...!”

O encontro foi muito rápido. O Espírito de Rafael logo desapareceu. No outro dia, pela manhã bem cedo, chegou até Chico a notícia de que Rafael havia desencarnado de madrugada.

Do livro “Um Minuto com Chico Xavier”, editora Didier.

 

NA LIÇÃO DE JESUS

 

Em matéria de oração, não olvides o ensinamento de Cristo em Seu divino intercâmbio com o Amor Ilimitado de Deus.

Na linha de todos os seus propósitos, há sempre o bem dos outros, com a bênção imediata do Céu, notando-se que o bem dele próprio estava sempre aparentemente esquecido.

Começa na Manjedoura, com extensas possibilidades de anunciar a própria vinda, através da Estrela Soberana que desperta reis e pastores para o fulgor de Sua presença, mas não consegue tocar os corações humanos que O relegam à intempérie na estrebaria.

Alcança sucesso espetacular na cura de leprosos e obsedados, cegos e paralíticos que se sentem restituídos à bênção da luz e do movimento, da esperança e do equilíbrio, contudo, não modifica o pensamento suspeitoso dos grandes sacerdotes do Seu tempo, com respeito a Si próprio.

Levanta Lázaro do túmulo de lodo para alegria do lar de Betânia, todavia, não soergue Judas do sepulcro de ilusão em que se lhe compromete o apostolado divino.

Plasma a admiração e a amizade no espírito de um Arimatéia, que O segue de longe, no entanto, não pode evitar a fraqueza de Simão que O acompanha de perto.

Retira dos ombros de seus contemporâneos o madeiro arrasador da loucura e da negação, da enfermidade e da morte, entretanto, não logra escapar ao martírio da cruz, em que Se confia ao sacrifício supremo.

Não te desmandes na exigência indiscriminada quanto te colocares em prece.

Apresente-te ao Criador, tal qual és, na certeza de que a Sua Infinita Sabedoria nos conhece as necessidades, ao passo que nunca sabemos em verdade, qual seja a substância real de n ossos desejos.

Atendamos ao bem dos outros e Deus proverá nosso próprio bem.

Foi talvez por isso mesmo que o Cristo, ensinando-nos a orar, em abordando o problema de nossas aspirações, declarou, resoluto, diante do Pai Altíssimo:

-Faça-se a vossa vontade, assim, na Terra como no Céu.

Emmanuel
Do livro “Relicário de Luz" de Francisco Cândido Xavier.

 

O CULTO CRISTÃO NO LAR

Povoara-se o firmamento de estrelas dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade.

- Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?

O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:

- Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.

Jesus sorriu e perguntou de novo:

E o oleiro? Que faz para atender a que se propõe?

- Certamente, Senhor – redargüiu o pescador, intrigado -, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.

O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:

- E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?

O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar.

- Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.

Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:

- Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legitima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem aperfeiçoar a madeira aos seus propósitos, como espera uma comunidade segura e tranqüila sem eu o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se n ao aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia entre as nações? Se nos não habituamos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante.

Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:

- Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para ao celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas sim no singelo domicílio dos pastores e dos animais.

Simão Pedro fitou o Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:

- Mestre, seja feito como desejas.

Então Jesus, convidando os familiares do Apóstolo à palestra edificante e à medicação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão do lar.

Néio Lúcio
Do livro “Jesus no Lar”, de Francisco Cândido Xavier, edição FEB.

 

 

O FIM DO MUNDO

É cíclica essa história do fim do mundo. Mais recentemente, na virada do século, tal ideia voltou a circular expressivamente, amedrontando e estimulando o fanatismo de muitos. Até mesmo entre os espíritas a ideia do fim do mundo viceja travestida de transição planetária para mundo de regeneração, com cataclismos e desastres de toda espécie,gerando a expulsão de todos os maus Espíritos para mundos inferiores onde cumprirão penas e ao mesmo tempo implementarão o progresso, pois têm maior aprendizado do que o dos Espíritos dos planetas em que aportarão e também deixarão de causar perturbações e confusões na Terra regenerada.

O fim do mundo virá, ou pode-se dizer que já está em curso, porém, não será o fim do mundo material e sim o fim do mundo moral, onde o preconceito, o orgulho, o egoísmo e o fanatismo serão reduzidos a pó.

Já se opera a grande emigração dos que ainda insistem em praticar o mal, alheios ao bem, porém, não pensemos que todos os maus serão transferidos para tais mundos, porque muitos se arrependerão e já no plano espiritual tomarão boas decisões e voltarão a se reencarnar neste abençoado planeta.

Na verdade só serão expulsos aqueles Espíritos bem rebeldes e revoltados contra Deus, tão atolados no orgulho e no egoísmo a ponto de não ouvirem os chamamentos do bem e da razão.

Não adianta procurarmos porque não haverá sinais precursores no céu, nem efeitos sobrenaturais e maravilhosos. É claro que alguns espíritos que aqui habitavam não mais renascerão cá, mas virão outros mais adiantados, de tal forma que as mudanças serão gradativas e as gerações irão se substituindo.

Com a nova geração desaparecerão da Terra o fanatismo e a incredulidade que tanto atrapalham os progressos moral e social. A evolução seguirá seu curso fazendo nosso globo subir na escala dos mundos; de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração e continuará a subida até os mundos ditosos onde quem a habitar, encarnado ou desencarnado, terá recebido uma recompensa.

As duas gerações, a que vai embora e a que chega, pensam e agem diferentemente, e pela moral, pela razão, pela disposição intuitiva, pela inteligência precoce, pelo sentimento inato, pela fé inata que esclarece e fortalece será fácil distinguir a qual pertence cada indivíduo.

A nova geração, a que erguerá o novo mundo, não será composta exclusivamente de Espíritos superiores, mas de Espíritos que já progrediram e estão aptos a aceitar as ideias progressistas.

Grande caridade é orarmos por esses Espíritos endurecidos que desconhecem Deus, pois a prece sincera, sentida, é capaz de tocá-los e leva-los ao arrependimento e assim procurarem a reabilitação, a regeneração, podendo reencarnar por aqui mesmo.

O Espiritismo é a luz que conduzirá à renovação, pela fé inabalável e esclarecida que promove, a qual derrotará a incredulidade e o fanatismo.

Crispim.
Referência bibliográfica:
•  Obras Póstumas. Allan Kardec.

 

SUSTENTAÇÃO

“Quando a página de “O Evangelho” no enseja meditar sobre a caridade. Emmanuel, aqui, conosco nesta tarde de sábado, nos pede dizer que a prática do bem, ao longo destes vinte séculos de Cristianismo, é que tem dado sustentáculo à fé... Devemos à caridade dos heróis anônimos do Cristianismo na solidariedade para com todos os sofredores, independente do credo religioso, condição social ou raça, o melhor testemunho quanto à eficácia do Evangelho de Jesus na união dos povos e na transformação da Humanidade.

 

O PASSE

 

Saia Jesus da cidade de Jericó, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão, quando um cego, de nome Bartimeu, começou a clamar em altas vozes.

- Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!

Algumas pessoas ordenaram-lhe que se calasse, mas o cego empolgado pelo desejo de ser beneficiado pelo generoso Rabi, insistia:

- Que queres que eu faça? – perguntou-lhe.

- Senhor, que eu veja.

Compadecendo-se, Jesus estendeu-lhe as mãos, tocando em seus olhos, dizendo:

- Vai em paz. A tua fé te salvou.

No mesmo instante o cego voltou e enxergar e, jubiloso, integrou-se no grupo que acompanhava o Messias.

Por isso, se nos limitamos a recebê-los, sem analisar mais profundamente as origens de nossos males, eles logo recrudescerão.

Saúde e equilíbrio não se sustentam em concessões gratuitas da divindade. São conquistas que todos devemos realizar com o esforço de renovação, tendo por motivo o Evangelho. Nele há tônicos infalíveis que operam prodígios de bem-estar quando deles fazemos uso. Todos os conhecemos sobejamente: a compreensão, a tolerância, a paciência, o perdão, a caridade, o amor, a misericórdia, a bondade...

Oportuno lembrar que frequentemente Jesus dispensava os beneficiários de suas curas, recomendando: “Vai e não peques mais para que não te suceda algo pior.”

 

Transfusão de Energias

Jesus curou o cego de Jericó aplicando-lhe o passe magnético, terapia que desenvolveu largamente durante seu apostolado, no que foi imitado pelos discípulos que, em seu nome, aliviaram males do corpo e da alma.

O Espiritismo revive o mesmo tratamento, em toda sua simplicidade, sem magia, sem mistério, sem ritualismo.

O companheiro que se coloca diante do paciente, impondo-lhe as mãos sobre a sua cabeça, é apenas alguém de boa vontade que concentra seus melhores sentimentos no propósito de favorecê-lo com uma transfusão de energias magnéticas, de dois tipos:

- O magnetismo humano, do próprio passista.

- O magnetismo espiritual, de benfeitores desencarnados que controlam todo o processo.

A aplicação do passe no Centro Espírita é mera especialização do ser humano. Todos nós poderemos doar magnetismo curador. Muitos o fazem, inconscientemente. Há múltiplos exemplos: a mãe que acalenta o filho inquieto ao seio; o médico à cabeceira do doente preocupado com sua recuperação; o religioso que ora por alguém; a benzedeira que atende à criança...

 

As Duas Condições Básicas

A eficiência do passe está associada a dois fatores.

O primeiro é a capacidade do passista. Como Jesus foi o modelo perfeito, fácil concluir que o melhor será aquele que mais se aproxime de sua orientação, desenvolvendo valores de serenidade, equilíbrio, dedicação e, sobretudo, amor pelo semelhante.

Embora os companheiros vinculados à tarefa estejam longe desse padrão, a Espiritualidade suprirá suas limitações, desde que não se acomodem às próprias fraquezas, cultivando empenho de renovação e desejo de servir.

O segundo fator, tão importante quanto à capacidade do passista, é a receptividade do paciente. Imaginemos uma transfusão sanguínea: o doar faz sua parte, mas no momento de injetar o sangue nas veias do doente, este retira a agulha nele introduzida, inviabilizando a transferência. O mesmo podemos dizer da transfusão de energia magnética, que para completar-se, exige empenho do beneficiado, no sentido de sincronizar com aquele que beneficia.

 

Aqui entra a fé.

- A tua fé te salvou – proclama Jesus, dirigindo-se a Bartimeu. Não se tratava de um prêmio à crença irrestrita, mas uma dramática demonstração de que é preciso confiar plenamente nos recursos mobilizados em nosso favor a fim de que possamos assimilá-los integralmente.

Complemento Indispensável

Outro ponto importante a considerar:

O passe é sempre uma terapia de superfície.

Pode amenizar os efeitos – doenças e perturbações – mas não atinge as causas profundas que se exprimem em nossa maneira de pensar, nas falhas de comportamento, nos vícios alimentados.

Por isso, se nos limitamos a recebê-los, sem analisar mais profundamente as origens de nossos males, eles logo recrudescerão.

Saúde e equilíbrio não se sustentam em concessões gratuitas da divindade. São conquistas que todos devemos realizar com o esforço da renovação, tendo por roteiro o Evangelho. Nele há tônicos infalíveis que operam prodígios de bem-estar quando deles fazemos uso. Todos os conhecemos sobejamente: a compreensão, a tolerância, a paciência, o perdão, a caridade, o amor, a misericórdia, a bondade.

Oportuno lembrar que frequentemente Jesus dispensava os beneficiários de suas curas, recomendando: “Vai e não peques mais para que não te suceda o pior.”

 

Importante Considerar

Há a questão do merecimento. Compromissos cármicos, decorrente de nossos desatinos do passado, geralmente não podem ser removidos. Nenhum passista, por mais eficiente; nenhuma fé por mais ardorosa, fará brotar uma perna em alguém que nasceu sem ela. Há determinados problemas físicos e psíquicos tão irremediáveis como a falta de um membro.

Mesmo assim, se cumprimos as disciplinas do passe – fé e empenho de renovação, Ele nos beneficiará muito, revitalizando nossa força e minimizando nossos males, para que enfrentemos o resgate do pretérito sem tormentos e sem atropelos, com o coração em paz.

Será algo semelhante a colocar abençoada almofada sobre os ombros, a fim de que se faça mais leve a cruz de nossa redenção.

 

Sugestões para o Dia do Passe

01 – Evite atritos, desentendimentos, irritações, agressividade. Coração conturbado é “veia difícil” na transfusão magnética.

02- alimente-se frugalmente, evitando o sono que advém quando sobrecarregamos o estômago. É imperioso acompanhar atentamente as palestras doutrinárias que precedem a transfusão magnética, nas quais colhemos preciosas orientações.

03- Observe a pontualidade, porquanto o passe é o complemento da ajuda que começamos a receber tão logo o dirigente da reunião pronuncia a prece de abertura. Paciente atrasado, terapia prejudicada.

04- enquanto espera sua vez, fuja de conversas vazias que não condizem com os objetivos da reunião. O folheto com mensagens espíritas, tradicionalmente distribuídos à entrada, é um convite para que nos disponhamos a meditar em torno de tema edificante, guardando valioso silencio.

05- Diante do companheiro que vai lhe aplicar o passe, eleve o pensamento em oração, consciente de que a ajuda maior virá do céu. Quando as preces contritas, refluem as bênçãos de Deus.

Richard Simonetti

 

QUO VADIS (AONDE VAIS?)

            Quando a perseguição aos cristãos recrudesceu com maior intensidade em Roma, no ano 64 d.C., em que centenas de homens, mulheres e crianças morreram nos circos para diversão popular, o apóstolo Pedro fora liberto da prisão e decidiu fugir para Grécia.

Já caminhava apressado pela Via Ápia (estrada que existe até os dias de hoje e quer dizer estrada ou Avenida da Abelha) dirigindo-se para o Porto de Ostia para empreender a viagem, quando ouviu nitidamente atrás de si uma voz que reconheceu de imediato ser de Jesus, disse-lhe em latim: Quo vadis? – (Aonde vais?), compreendeu que não podia fugir ao duro testemunho quando tantos outros adeptos da Boa Nova cantando Hosana morriam pela grande causa.
Compreendeu a gravidade da situação e retornou a Roma, onde foi preso e quando estava sendo levado para ser crucificado não se julgou digno de morrer da mesma forma que o Mestre; pediu então aos verdugos que o crucificassem de cabeça para baixo.

            Reflexão: na realidade quanta vez Jesus repete a mesma frase, lembrando o nosso compromisso de amar ao próximo: Aonde Vais? Mas, cegos pelos valores do mundo, pelas conveniências pessoais, pelo comodismo, por uma culposa indiferença, fugimos...

 Na verdade não queremos ter responsabilidade com ninguém, no entanto, isto será para nós a maior conquista. Amar é compromisso com a reta consciência, porém, queremos só as vantagens, mas nada se conquista sem luta e sem sacrifício.

Esperamos um céu azul depois desta vida, porem sem fazer por onde, talvez aliviar a dor do próximo, dar-lhe assistência em seus momentos de crises de sofrimento, mas passamos ao largo diante de todos os compromissos, como descrito na parábola do Bom Samaritano. Os incautos continuam a cair nas armadilhas, no entannto ninguém alcançará a felicidade plena sem ter exercido a humilde profissão da caridade neste mundo.

Assim, que milhares são iludidos, embora Jesus fosse sempre muito claro, que não pode haver felicidade sem merecimento, isto é, “amar ao próximo como a si mesmo”. Amar ao próximo é difícil, isso se compreende, mas é justamente isso que nos dará os meios de sermos felizes, caso contrário, ficaremos prisioneiros do orgulho e do egoísmo, mas um dia sentiremos na acústica da alma as palavras ditas ao apóstolo bem amado: Aonde Vais?

Sem amor e caridade  nunca se dará a completa libertação, até que compreendamos que a dor alheia é tão verdadeira quanto a nossa, então teremos uma nova visão e seremos finalmente solidários à dor do próximo. Com isso mudaremos o nosso destino diante dessas amargas conclusões.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS.

 

 

DEZ MANDAMENTOS PARA QUEM QUER VIVER EM PAZ COM O SEU ESTÕMAGO

 

Pacientes com problemas digestivos referem que suas queixas, como queimação na “boca do estômago”, azia e/ou má digestão, muitas vezes estão relacionadas com a alimentação e frequentemente se referem às sintomas que melhoram com uma “dietinha”. Comer é um ato prazeroso e deve ser preservado. Aqui vão algumas dicas úteis que podem ajudar.

•  Nunca tome nenhum medicamento sem orientação do seu médico.

- os remédios que existem hoje em dia são muito potentes contra os sintomas e podem “mascará-los”, retardando o diagnostico de doenças mais graves, como o próprio câncer. Cuidado com os remédios para dor, os antigripais e outros à base de ácido acetilsalicílico (Aspirina ou AAS), além dos antiflamatórios, principalmente aqueles conhecidos como não-especificos. Eles são uma das principais causas dos problemas digestivos.

2. Bom senso

- A principal regra é evitar aquilo que você sabe que lhe faz mal e dar preferência aos alimentos que não costumam produzir sintomas. Você não precisa passar fome para fazer uma dieta. Nem deve comer até estufar. O segredo é comer certo.

3 . Faça suas refeições (café, almoço e jantar)

- Nos horários corretos, em ambiente calmo, mastigando bem os alimentos. Não tenha pressa, pois, cá entre nós. 10 minutos a mais não vão fazer tanta diferença.

4. Não fique muito tempo em jejum .

- Se você sabe que vai ficar mais de quatro horas sem comer, faça um lanchinho leve. Uma frutinha à tarde sempre vai bem.

5. Deitar depois das refeições é a pior coisa que você pode fazer .

- Você deve guardar um intervalo de no mínimo 90 minutos entre a última refeição e o sono (isso vale também para a dormidinha depois do almoço).

6. Frutas, verduras e legumes .

- Preparados de maneira que você mais gostar, sempre fazem bem. Dê preferência a esses alimentos, em vez daqueles gordurosos ou muito condimentada (principalmente com excesso de alho, cebola, pimenta, etc.).

7. Leite

Alivia a queimação de alguns pacientes, mas, por conter muito cálcio e proteínas que estimulam a secreção acida do estômago, é recomendado apenas um copo, uma a duas vezes ao dia, preferencialmente no período diurno. Procure evitar aquele “leitinho antes de dormir”.

8. Cigarro, nem pensar.

- O fumo está relacionado a problemas que podem acontecer com o seu estômago, como por exemplo, retardar a cicatrização de úlcera, além de provocar azia.

9. Bebidas alcoólicas devem ser tomadas com moderação e nunca em jejum .

Dê uma forrada no estômago antes de qualquer bebida. Refrigerantes e gasosos também devem ser tomados com moderação, pois o gás distende as paredes do estômago, provocando aquela sensação de estufamento e estimulação também a secreção ácida.

10. Um cafezinho depois do almoço e um depois do jantar

Não causam problema. O que não pode é “tomar um dedinho de café o tempo todo.”

Altera Zeneca do Brasil

 

 

 

GENTILE: Chico Xavier, por que se diz que o Espírito, para evoluir, precisa se encarnar? No Mundo Espiritual, ele não evolui? Qual a diferença principal entre as duas faixas de evolução quanto ao aprendizado?

 

CHICO: não acreditamos estar de posse dos conhecimentos para respondermos a questões assim profundas, evolvendo decisões do Plano Superior. O que podemos concluir dos ensinamentos múltiplos dos Amigos Espirituais, é que durante a existência na Terra, enquanto somos favorecidos com a permanência no corpo, dispomos de maiores oportunidades para aprendizagem, educação ou reeducação, na aquisição das experiências de que necessitamos para a ascensão definitiva à Vida Maior.

O corpo, neste caso, funciona como sendo uniforme, num educandário.

Sabemos que o corpo, em si, obedece a leis estabelecidas em regime de igualdade para a criação dos demais corpos; cabe-nos, portanto, admitir que, uniformizados pelo padrão de vestuário físico, na escola da Terra, somos favorecidos com disciplinas que de momento não estimamos receber.

Aqui recordamos aqueles alunos dos colégios humanos que, na maioria, muitas vezes não se agradam das disciplinas com que não acolhidos nos estabelecimentos que os recebem, embora, mais tarde, venham a saber que o beneficio destas disciplinas, é e será sempre, incalculável para eles todos.

Internados no corpo terrestre é que somos instruídos a respeito da necessidade de mais ampla harmonização de nossa parte, uns com os outros, certamente porque, vivendo nas esferas espirituais próximas a Terra, com aqueles que são as criaturas absolutamente afinadas conosco, não percebemos de pronto as necessidades de aperfeiçoamento e progresso. Numa comunidade ideal, com vinte, quarenta ou dez pessoas raciocinando por uma faixa só, estamos tão felizes que corremos o risco de permanecer estaques em matéria de evolução por muito tempo.

Beneficiados com a reencarnação, o estacionamento é quebrado de modo natural, para que sintamos a sede de novos conhecimentos, fome de amor e ensejo de compreensão, de vez que não ignoramos que sede e fome são fatores que nos obrigam a trabalhar muito. Então, espiritualmente, semelhantes fatores na vida do Espírito estão vigorando para nos todos, com a função de nos estimularem ao burilamento e ao progresso.

 

 

A VIDA E O ABORTO

 

Entre os problemas que preocupam a sociedade brasileira está o aborto, que, de acordo com a Doutrina Espírita, põe em risco a estabilidade física, psíquica e espiritual daquele que o comete, bem como daqueles que o incentivam, favorecem ou apóiam.

Profissionais na área da saúde, familiares e principalmente a mãe, ao optarem pelo aborto, na busca de resolver “problemas” imediatos, estão infringindo princípios básicos das leis divinas.

 

A vida na Visão Espírita .

Desde a época de Moisés, com os Dez Mandamentos, que registram o “Não matarás” (item 5.o.), e da mensagem renovadora de Jesus, aprendemos a respeitar o direito de todos a vida. E com a Codificação Espírita, somos alertados no sentido de que a vida já existe do nascimento do corpo físico.

Sobre os direitos humanos, foi categórica a resposta dada pelos Espíritos, a Allan Kardec, na questão 880, da obra da Codificação citada acima:

P.: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

R.: “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

A vida no corpo da carne é, pois, a possibilidade mais sublime concedida pela sabedoria de Deus, construindo-se, na visão do Espiritismo, uma das etapas mais importantes para o ser espiritual, que é imortal, quando este se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas consequências. No entendimento da Doutrina Espírita a vida não é um mero agregado de células sob a influência de reações bioquímicas. A existência corpórea – desde o momento da concepção, com a formação da célula-ovo e as contínuas multiplicações celulares -, representa manifestação de vida.

Sobre isso, é fundamental o entendimento da questão 344 de O Livro dos Espíritos.

P.: “Em que momento a alma se une ao corpo?”

R.: “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando ate ao instante em que a criança vê a luz”.

As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vêm fortalecendo a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A Doutrina Espírita estabelece uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece s registros de que o ser é preexistente à concepção, bem como é sobrevivente à morte biológica.

 

A Vida e o Aborto na visão Espírita. Suplemento Reformador – Ano 125 – N. 1.141 – Agosto 2007.

 

 

 

 

 

ANO X - Nº 119– Campo Grande/MS - Dezembro de 2015..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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