Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 |
Aprenda que regra mais simples para ser feliz, consiste em praticar o bem e evitar o mal sempre. Aulus/Otacir Amaral Nunes |
SUICIDIO – UM PASSO PARA O ABISMO
Este tema é da maior relevância, porque é considerado uma das faltas mais graves ao lado do infanticídio, segundo a Doutrina Espírita, porque implica a destruição da própria vida, sem apreço ao seu corpo espiritual que também sofrerá as conseqüências dessa violência, e mais tarde refletirá também no próprio corpo físico em outra encarnação, com sequelas gravíssima, como também desconsideram aqueles que lhes orientam os destinos, pois que sua existência fora minuciosamente preparada pelos abnegados trabalhadores da vida espiritual para que tivesse pleno êxito
Em se sabendo que todos renascem com um belo projeto de vida. Levando em consideração as suas conquistas, suas necessidades e seus desatinos em outras vidas, onde feriu o próximo de maneira cruel, mas em muitos casos feriu a si mesmo, neste último, apresentando-se como reincidentes nesse nefasto gesto do suicídio.
Mais ainda a Providência Divina agindo em favor de todos, a fim de que pudessem vencer os seus grandes desafios, pois que nos intervalos das encarnações, puderam fazer a escolha com conhecimento de causa. Como também sabem com absoluta certeza quais serão as grandes questões que estarão em pauta, no entanto, o próprio interessado muitas vezes se interpõe destruindo o precioso projeto que o guindaria a uma posição muito melhor do que estava antes de renascer.
Simplesmente porque não desejando enfrentar as suas realidades mais transcendentes num gesto de insubordinação às leis divinas, deseja evadir-se da vida através do suicídio. Agravando em muito os seus débitos e ferindo gravemente o seu corpo espiritual, que certamente por muito tempo guardará profundas cicatrizes desse ato impensado, até que venha emergir dele mesmo a solução, mas nunca sem cruéis sofrimentos.
Se aqueles que se entregam a esse desvario previamente soubessem o mal que causariam a si mesmo, muitos estimariam renascer sem os órgãos que lhes pudessem facilitar esse gesto de tão graves conseqüências, porque ele mesmo saberá a causa de seu maior infortúnio acompanhado de dores superlativas de longa duração.
Pelas experiências de outros que se entregaram a esse gesto insano, pode-se fazer um minucioso estudo a fim de que todos pudessem perceber, sendo previamente informado dos sofrimentos que os aguardam, preferia com certeza os piores sofrimentos aqui no mundo. Visto que é infinitamente melhor sofrer neste campo de provas, do que sentir o drama dia e noite a que se voluntariamente se envolvera.
Por isso aconteça o que acontecer, ainda que enumere os fatos mais graves e comprometedores aqui no mundo, como o mais cruel sofrimento nunca mesmo chegará ao grau de sofrimento que representa o suicídio na vida de qualquer um. Porque é algo que foge a imaginação tal o quadro terrível em que viverá esse companheiro infeliz que se deixou envolver nas malhas do mal e cometeu esse ato condenável pela lei divina.
Lembre-se, por fim, que por mais grave e difícil que seja o problema ou situação que esteja enfrentando, existe solução. Às vezes o próprio problema é a solução, para que não se envolva ainda em tramas mais complicados do que daquele que já está vivendo. Assim que aceite a vida como ela é, com bastante otimismo, como aquele que tem absoluta certeza que para tudo existe uma solução justa e com certeza a encontrará, basta a paciência, fé e a confiança em Deus.
Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS
DIANTE DA VIDA
As dúvidas dos primeiros momentos transformaram-se em certezas depois de um longo trecho percorrido da estrada em perspectiva.
A experiência conta muito em qualquer tarefa. Quando se olha para traz e percebe obstáculos que num primeiro momento pareciam impossíveis de superar, pode-se perceber que a luta valeu a pena.
Se não executasse as tarefas pequeninas. O tempo da mesma forma teria passado e seria um dos tantos que estariam à margem da estrada sem perceber que a contagem regressiva já havia começado e está mais perto do fim da jornada do que imagina.
É o tempo que corre implacável e quem não o aproveita, certamente pode se arrepender muito mais tarde, mas já sem remédio.
Quando se propõe a realizar um projeto visando o bem do próximo, não deve o interessado, com desânimo, olhar para trás, mesmo porque não pode desanimar. Pois quem desiste perde duplamente, pois que já tivera o ensejo de lutar o bom combate em favor dos que sofrem e porque a vida passou da mesma forma, mas não conseguira avançar por falta de alguns detalhes mínimos.
Isto é extremamente complicado, pois mais tarde poderá debruçar-se sobre o que deveria ter feito e não o fez, mas já sem possibilidade de retomar o ponto de partida.
Quando se constrói alguma coisa para o bem comum, sente-se uma satisfação intima muito justa. Não importa que ninguém no mundo reconheça, mas vale o que sua consciência registre nesse momento de jubilo interior. Porque mais tarde compreenderá que o bem realizado é o maior investimento que fizera durante toda a sua vida.
Naturalmente que nem sempre ajudará a todos, isto é lógico, mas importa que faça alguma coisa pelo bem do próximo. Não buscará reconhecimento de ninguém, porque não está neste mundo em buscas desses valores, mas do patrimônio permanente que são os valores do espírito e se adquire pelo trabalho que desenvolve em favor dos outros mais necessitados.
E pode assumir esse honroso encargo de socorrer o próximo, porque o Pai passou-lhe esse honroso encargo para os conduzisse até um porto seguro. Isto nunca pode perder de vista. Não importa até que muitos julguem por crédulo demais, não importa. É melhor que faça o bem até quando passe por ingênuo, do que imaginar-se muito clarividente e não fazer nada, passar por este mundo, no dizer do poeta “em brancas nuvens”.
Por isso siga em frente, ainda que aqueles que o cerquem não o compreendam e digam até o que faz em favor do próximo não tem valor algum. Oferecer um prato de sopa a quem tem fome não resolve nada, mas incentiva a mendicância; o pão que reparte, só resolve o problema de um minuto e perde tempo com pessoas que não querem trabalhar.
E mais, as orações que profere em favor dos que se ausentaram da vida pela visitação da morte são feita em vão, porque já tiveram os seus destinos traçados, a esses nem é facultada a esperança de receber o carinho dos que ficaram com os corações encharcados de lágrimas.
E continuam, quando visitasse aquele velhinho enfermo que não reconhece mais os próprios familiares, muito menos os que o visitam, dizendo que perde tempo. Quando visitas as cadeias onde estão encarcerados muitos facínoras que promovem verdadeiro terror entre as famílias inocentes e respeitáveis, dizendo que enlouquecera de vez, pois aqueles que ali estão bem mereciam morrer trancafiados naqueles antros infectos, no mais profundo desprezo.
No entanto, quando todos estes sistematicamente julgadores proferem os seus veredictos sobre a sua conduta, não lhes responderá, por enquanto, pois que não terão condição de compreender, porém quando virem seus entes queridos nestas condições haverão de mudar de ideia, saberão a resposta dos seus argumentos implacáveis.
Não importa se o prato de sopa que ofereceu aquela criatura anônima que sequer sabe de onde veio, mas importa é que se disponha a auxiliar antes de qualquer inquérito sobre a sua conduta.
Aquele mendigo que bateu a sua porta a quem estendeu a mão para oferecer um pedaço de pão, por um momento saciar a fome, mesmo que não saiba a sua procedência, nem quanto defeito carrega sobre as costas. Simplesmente o auxilia e ele seguirá o seu caminho, com o coração cheio de esperança, julgando que o mundo não é tão ruim como supunha.
Aquela visita que fizera aquele irmão senil, que nem sequer pode perceber a sua presença ali com os olhos físicos. Não perdeu o seu tempo precioso, porque pelos fios invisíveis do pensamento pode levar a sua solidariedade àquele que sofre e o espírito dele registrou sua visita amistosa.
Por fim, apesar de todos os julgamentos que fizerem sobre a sua presença ali naquela casa de correção, junto aquele enfermo da alma que está atrás das grades e dirigindo-lhes algumas palavras de incentivo para que mude a sua conduta. Talvez ninguém registre no psiquismo atormentado daquele irmão infeliz um pouco de reconforto, ou até recrimine pelo mal que tenha feito, mas pode por aquela atitude amistosa esquecer muitos de seus projetos criminosos que poderia lançar, inclusive sobre o seu próprio lar.
Enfim, há julgamento dos homens e o julgamento de Deus, entre esses dois fique com o de Deus, que um dia inesquecível para toda a Humanidade enviou a Jesus para esclarecer as criaturas quanto ao seu destino imortal, e afirmou através de um dos seus mais eminentes discípulos: “não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma”.
Assim prossiga na tarefa de auxiliar aos semelhantes, com ou sem a aprovação dos homens, porque a aprovação de Deus é que vale, mais ainda não só aprovou, mas mandou dizer por Jesus para “amar o próximo”. Por este motivo precisa se esforçar ao máximo para ser uma criatura perfeitamente integrada ao trabalho libertador de Jesus e já pode discernir o que realmente é bom para si mesmo, pois que pela própria lógica pode bem avaliar o quanto é importante servir.
Se assim não fora como aferir os valores que se conquistou aqui, sem a ação e sem o trabalho, o propósito firme e constante de fazer alguma coisa nada vale? Que valeria afinal.
Por maiores que sejam as tempestades, continue a sua tarefa com todo o empenho para melhorar o seu desempenho diante da vida, porque somente assim conseguirá dar alguns passos além. Por isso não se perturbe, nem desanime de lutar pelo ideal que escolheu.
Vá em frente com muito entusiasmo e fé, procure construir diante de si uma fortaleza de amor, porque somente assim conseguirá atravessar o cipoal das contradições humanas, sem se emaranhar neles.
Siga em frente, com a certeza de que fazendo o bem por onde passe, carregando a cruz sem reclamar, plantando uma árvore frutífera para saciar o viajor faminto em cada ponto que pernoite. Por certo estará contribuindo para um mundo melhor que todos sonham, além de que trabalhe mais pela sua transformação interior.
Estes fundamentos estão perfeitamente definidos no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, bem difícil será a tarefa de “salvar-se”, segundo o que dizem por aí. Visto que na Parábola do Bom Samaritano Jesus deixou bem claro, dando especial destaque ao samaritano piedoso em detrimento ao sacerdote e ao levita que teoricamente deveriam saber a lei de Deus e praticá-la em espírito e verdade, porém se esquivaram por uma culposa indiferença.
Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande//MS
A PRECE É ÚTIL NO DESPRENDIMENTO DA ALMA
O desprendimento da alma, uma vez morto o corpo físico, começa pelas extremidades e vai-se completando na medida em que são desligados os laços fluídicos que a prendem ao veículo carnal.
No livro “Obreiros da Vida Eterna”, cap. XIII, o instrutor Jerônimo informa que há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como se das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentidos e desejos, sediada no tórax, e o centro mental, situado no cérebro. Essa foi a ordem em que ele atuou para facilitar o desprendimento de Dimas, descrito no referido livro.
A prece auxilia bastante o desprendimento do Espírito. Allan Kardec relata no livro “O Céu e o Inferno”, o caso Augusto Michel, ocorrido em 1863, o qual pediu a um médium fosse até o cemitério orar no seu túmulo. O Espírito de Augusto Michel suplicou tanto, que o médium atendeu e no próprio cemitério ouviu o agradecimento de Michel, que se disse aliviado na constrição que antes o fazia preso ao corpo. Ao comentar o caso, Allan Kardec indaga se o costume quase geral de orarmos ao pé dos defuntos não a proviria da intuição inconsciente que se tem desse efeito.
Thiago Bernardes.
Extraído do Jornal o Imortal dezembro/05
LEMBRETE: MUITO IMPORTANTE.
A leitura das obras básicas da Doutrina Espírita é fundamental para todo aquele que compreendeu a importância desses ensinamentos para uma vida mais promissora.
O Livro dos Espíritos
Contém a Filosofia Espírita, na forma dialogada da Filosofia Clássica.
- Princípios básicos do Espiritismo.
O Que é o Espiritismo
Expõe a natureza do Espiritismo e a definição de seus pontos principais.
O Evangelho Segundo O Espiritismo
Interpretação dos Ensinos Morais de Jesus.
O Livro dos Médiuns
Parte prática ou experimental da Doutrina. Roteiro seguro para médiuns e dirigentes de reuniões mediúnicas.
O Céu e o Inferno
Trata da situação da alma durante e após o fenômeno chamado morte.
A Gênese
Analisa a origem da Terra e os fatos extraordinários contidos no Evangelho.
Obras Póstumas
Reúne importantes registros deixados por Allan Kardec.
JESUS E KARDEC
Ante a Revelação Divina, assevera Jesus...
–“Eu não vim destruir a Lei.”
E reafirma Allan Kardec:
– “Também o Espiritismo diz: – não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”
Perante a grandeza da vida, exclama o Divino Mestre:
– “Há muitas moradas na casa de meu Pai.”
E Allan Kardec acentua:
– “A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, que neles reencarnam, moradas correspondentes ao adiantamento que lhes é próprio.”
Exalçando a lei de amor que rege o destino de todas as criaturas, advertiu-nos o Senhor:
– “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
E Allan Kardec proclama:
– “Fora da caridade não há salvação.”
Destacando a necessidade de progresso para o conhecimento e para a virtude, recomenda o Cristo:
– “Não oculteis a candeia sob o alqueire.”
E Allan Kardec acrescenta:
– “Para ser proveitosa, tem a fé que ser ativa; não deve entorpecer-se.”
Encarecendo o imperativo do esforço próprio, sentencia o Senhor:
– “Buscai e achareis.”
E Allan Kardec dispõe:
– “Ajuda a ti mesmo que o Céu te ajudará.”
Salientando o impositivo da educação, disse o Excelso Orientador:
– “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial.”
E Allan Kardec adiciona:
– “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações infelizes.”
Enaltecendo o espírito de serviço, notificou o Eterno Amigo:
– “Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também.”
E Allan Kardec confirma:
– “Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho corpóreo, seus membros ter-se-iam atrofiado, e, se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal.”
Louvando a responsabilidade, ponderou o Senhor:
– “Muito se pedirá a quem muito recebeu.”
E Allan Kardec conclui:
– “Aos espíritas muito será pedido, porque muito hão recebido.”
Exaltando a filosofia da evolução, através das existências numerosas que nos aperfeiçoam o ser, na reencarnação necessária, esclarece o Instrutor Sublime:
– “Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo.”
E Allan Kardec conclama:
– “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”
Consagrando a elevada missão da verdadeira ciência, avisa o Mestre dos mestres:
– “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”
E Allan Kardec enuncia:
– “Fé inabalável só o é aquela que pode encarar a razão face a face.”
Tão extremamente identificado com o Mestre Divino surge o Apóstolo da Codificação, que os augustos mensageiros, que lhe supervisionaram a obra, foram positivos nesta síntese que recolhemos da Resposta à Pergunta número 627, em O Livro dos Espíritos: – “Estamos incumbidos de preparar o Reino do Bem que Jesus anunciou.”
Eis porque, ante o primeiro centenário das páginas basilares da Codificação, saudamos no Espiritismo – Chama da Fé Viva a resplender sobre o combustível da Filosofia e da Ciência – o Cristianismo Restaurado ou a Religião do Amor e da Sabedoria, que, partindo do Espírito Excelso de Nosso Senhor Jesus - Cristo, encontrou em Allan Kardec o seu fiel refletor para a libertação e ascensão da Humanidade inteira.
Emmanuel
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.)
Fonte: Reformador, da FEB, de abril de 1957. IER
A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estilete de violência para não aprofundares as lacerações. Joanna de Ângelis/ Divaldo Pereira Franco.
DOENÇAS E CORPO ESPIRITUAL
GENTILE: Dr. Elias Barbosa, as doenças antes de aparecerem no corpo físico se manifestam no corpo espiritual? Terão, acaso, origem nos mecanismos da mente?
DR. ALIAS : Não temos dúvida de que antes de aparecer no corpo físico, que se constitui uma veste do espírito, a doença se manifeste na mente. Isto é compreensível se analisarmos o indivíduo, por exemplo, que se desencarna numa situação de violência, ingerindo, suponhamos substância cáustica.
Depois de atravessar períodos de sofrimento nas regiões purgatoriais da Espiritualidade, por tempo mais ou menos longo, quando retorne à Terra, é natural que ele traga a região comprometida do trato digestivo com alterações funcionais ou muitas vezes anatômicas, porque houve lesão do corpo físico que ele deixou na Terra em circunstâncias drásticas, com repercussão no corpo espiritual.
Por exemplo, se ele ingeriu um metal pesado, cuja eliminação se faz principalmente por via renal, é claro que ele deverá renascer, com órgãos comprometidos, apresentarão muitas vezes alterações embrionárias, acarretando a esse espírito reencarnado sofrimento e dificuldade.
E, de um modo geral, no que se refere às doenças mentais, ou indivíduos portadores de complexos de culpa muito intensos, no Mundo Espiritual, reencarnam em situações por vezes deploráveis, tentando fugir à realidade ou tornando-se psicóticos. Essa situação de pânico se instalou na vida dele em decorrência da pratica de autodestruição ou do mal, contra quem quer que seja. E, ainda, se verificarmos todos os tipos de enfermidades, concluiremos que para a doença se instalar, é evidente que terá de ser primariamente no espírito.
E, a propósito, queremos nos lembrar que de um livro de Carl Gustav Jung, intitulado “Psicologia e Religião”.
Nesse livro, Jung considera que num individuo portador de qualquer processo blastomatoso, semelhante processo não pode estar localizado somente no corpo. E acrescenta que no individuo deverá existir um corpo espiritual e na tessitura desse corpo deverá existir também esse tumor, primariamente. Julga o notável psicanalista que para existir o tumor no corpo físico, deverá também existir na tessitura do corpo espiritual.
Em Doutrina Espírita , esta é a realidade que os Espíritos Amigos nos informam.
O problema das doenças decorre da gravidade da culpa. Quer dizer, conforme a gravidade da prática do mal, será o tipo de doença.
A doença surge na Terra, a beneficio da própria pessoa, às vezes para salva-la de certas situações em que ela cairia, conforme caiu em inúmeras existências anteriores.
O indivíduo nasce com determinada doença, como medida curativa do espírito.
A criatura, acostumada, durante existências e existências, a roubar, a lançar mão do alheio, poderá em certa existência pedir para nascer sem mãos, a fim de que e aprenda a não roubar. Antes de nascer sem as mãos, possivelmente haja passado por muitas existências sofrendo do que nós chamamos cleptomania.
Vejamos uma outra possibilidade, qual acontece naquele caso descrito em “Memórias de um Suicida”, em que um companheiro havia subtraído a vida da esposa; os complexos de culpa foram tão intensos, que a mão se lhe foi ressecando no Plano Espiritual, e quando renasceu na Terra, trazia consigo a lesão conseqüente.
Do livro “A Terra e o Semeador”, de Francisco C. Xavier.
CONCEITO DE SALVAÇÃO
“... Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” – Paulo. (II Coríntios, 6:2.)
Salvar, em sinonímia correta, não é divinizar, projetar no céu, conferir santidade a alguém através de magia sublimatória ou fornecer passaporte para a intimidade com Deus.
Salvar, em legitima significação, é “livrar de ruína ou perigo”, “conservar”, “defender”, “abrigar” e nenhum desses termos exime a pessoa da responsabilidade de se condizer e melhorar-se.
Navio salvo de risco eminente não está exonerado da viagem, na qual enfrentará naturalmente perigos novos, e doente salvo da morte não se fora ao imperativo de continuar nas tarefas da existência, sobrepujando percalços e tentações.
O Evangelho não deixa dúvida quanto a isso. Pedro, salvo da indecisão, é impelido a sustentar-se em trabalho até a senectude das forças físicas. Paulo, salvo da crueldade, é constrangido a esforço máximo, na própria renovação, até o último sacrifício.
Se experimentar no coração chamado à verdade pela Doutrina Espírita, compreendamos que a salvação terá efetivamente chegado até nós. Não aquela que pretende investir-nos, ingenuamente, n a posse de títulos angélicos, quando somos criaturas humanas, com necessidade de aprender, evoluir, acertar e retificar-nos, mas sim a salvação no verdadeiro sentido, isto é, como auxílio do Alto para que estejamos no conhecimento de nossas obrigações, diante da Lei, dispostos a esposá-las e cumpri-las.
Sobretudo, não nos detenhamos em frases choramingueiras, perdendo mais tempo sobre o tempo perdido. Reconheçamos com o apóstolo que “o tempo sobremodo oportuno” para a salvação ou, melhor, para a corrigenda de nossos erros e aproveitamento da nossa vida, chama-se agora.
Emmanuel
Do livro “Palavras da Vida Eterna”, de Francisco Cândido Xavier, editado CEC.
Aquela jovem senhora está tão preocupada com a modista que não tinha olhos para mais nada. Uma voz secreta disse-lhe: o que é mais importante o vestido com que deseja brilhar nos salões do mundo. Já pensou que de repente pode já não ter mais esse corpo para que o vista. Áulus.
PROGRESSO NAS PRIMEIRAS ENCARNAÇÕES
Muito já se inquiriu como seriam as primeiras encarnações do Espírito em corpo humano, época em que o ser criado simples e ignorante das Leis magnânimas de Deus recebe o livre-arbítrio e a razão e então passa a ser responsável pelos seus atos, pelo futuro de sua evolução.
Passaria ele abruptamente a ter tamanha responsabilidade, tendo saído há pouco da animalidade? Teria recebido imediatamente a consciência de seu estado? De sua alma? Aprenderia de súbito a escolha do caminho do bem, ou do mal?
A Doutrina Espírita nos informa que a Terra não é o local das primeiras encarnações, que se dá em mundos primitivos, podendo sim ocorrer por aqui, mas seria então exceção em vez de regra.
A encarnação do princípio inteligente no corpo do Homem, depois de percorrer inúmeras existências nos reinos mineral, vegetal e animal, no período que precede ao da Humanidade, ocorre depois que tal princípio, já individualizado, recebe uma transformação, uma elaboração que o torna Espírito e o coloca acima da que existe no animal.
Nessa fase iniciam-se a sua conscientização, a sua capacidade de distinção do bem e do mal e a sua responsabilidade pelos seus atos, mas essa responsabilidade vai crescendo de acordo com o desenvolvimento do próprio livre-arbítrio. O progresso então, só lentamente ocorre, pois depende do aparecimento da vontade que vai impulsioná-lo a adquirir, também lentamente, (centenas de encarnações) a perfeita consciência de si mesmo.
Dizem os benfeitores da Humanidade na Revista Espírita de 1864: “Durante longos períodos, a alma encarnada é submetida à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa a séria responsabilidade .”.
A reencarnação, de acordo com o ensinamento dos Espíritos que ditaram a glamorosa doutrina baseia-se na evolução da natureza e na progressão do Homem, dentro da sua espécie, no plano físico e na justiça distributiva de Deus no plano espiritual ou moral.
O Homem vive sua vida material com seu corpo animal e a vida espiritual com seu Espírito, centelha divina que lhe dá o senso moral e o crescimento intelectual destinando-o à perfeição, perfeição esta que Jesus pediu que alcançássemos quando disse: “sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito”.
Crispim.
Referências bibliográficas:
O Livro dos Espíritos. Allan Kardec.
A Revista Espírita de 1864. Allan Kardec.
O ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA
Na questão 358, de O livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga sobre o assunto, obtendo uma orientação esclarecedora dos Espíritos superiores.
P.: “Constituirá crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?”
R.: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.
A reencarnação, para o Espiritismo, apresenta, como eixo fundamental, a oportunidade que tem o Espírito de viver múltiplas existências, enriquecendo-se na utilização sublimes que trilha pela senda evolutiva. É a demonstração da justiça divina, permitindo ao homem corrigir os erros cometidos nas vidas pretéritas. Tal realidade possibilita a compreensão da vida e do homem em toda a sua amplitude, hoje objeto de estudo de várias disciplinas do conhecimento humano, realçando, por meio de evidências científicas, a síntese filosófica da Doutrina dos Espíritos: “nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei”.
Na área da Medicina, vem-se tornando cada vez mais comum a realização de procedimentos na tentativa de salvar a vida do feto e da gestante. Essas circunstâncias, todavia, apresentam-se como situações de provas e resgates para pais e filhos, que experimentam a dor educativa em situação limite. A respeito do assunto, h á a orientação genérica da Doutrina sobre a prioridade de salvar-se avida da mãe em casos de risco da vida durante a gravidez.
Com o avanço da Ciência médica e o progresso nos campos da Genética, da Farmacologia e da Biologia molecular, dificilmente haverá necessidade de se sacrificar a vida do filho para preservar a da mãe. A vida da mãe continua a ser prioridade, mas é importante recordar que não se deve permitir o abortamento de forma açodada e sem as devidas constatações, u ma vez que os recursos tecnológicos de hoje, na maior parte das vezes, permitem salvar, ao mesmo tempo, a vida da mãe e a da criança.
Do Boletim Mensal do Centro Espírita “Amor e Caridade”. Jul/05
SUPERCULTURA E CALAMIDADES MORAIS
“Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?” Jesus. (Lucas, 12-20).
Não basta ajuntar valores materiais para a garantia da felicidade.
A supercultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos, em todos os reinos da Natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da astronáutica. No entanto, entre os povos mais adiantados do planeta, avançam duas calamidades morais do materialismo, corrompendo-lhes as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente, a angústia e a obsessão.
É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas. Para suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa, precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.
Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec, no item 14, do Capítulo V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, sob a epígrafe “O Suicídio e a Loucura”: “A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade, que e o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se devem à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão os quais, se não fora isso, o conturbariam”.
Espíritas, amigos! Atendamos à caridade que suprime a penúria do corpo, mas não menosprezemos o socorro às necessidades da alma! Divulguemos a luz da Doutrina Espírita! Auxiliemos o próximo a discernir e pensar.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier.
MENSAGEM DE ANDRÉ LUIZ
A vida não cessa. A vida é fonte eterna, e a morte é o jogo escuro das ilusões.
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o oceano eterno da sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constituí operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Ó caminhos das almas, misteriosos caminho do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da vida eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe e detalhe, no longo processo de aperfeiçoamento espiritual!...
Seria extremamente infantil a crença de que o simples “baixar do pano” resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo – uma veste.
Um século – um dia.
Um serviço – uma experiência.
Um triunfo – uma expressão.
Uma morte – um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! Por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira – ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.
Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.
Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Manifestamo-nos, junto a vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que “o espírito sopra onde quer”.
E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santuário do coração.
Que o Senhor nos abençoe
André Luiz
Do livro “Nosso Lar”, de Francisco Cândido Xavier.
JESUS E REENCARNAÇÃO
Não fosse Jesus reencarnacionista e toda Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de segurança, por faltar-lhe a justiça na sua mais alta expressão propiciando ao infrator a oportunidade reeducativa, com o consequente crescimento para a liberdade a que aspira.
O amor por Ele ensinado, se não tivesse como apoio a bênção do renascimento corporal ensejando recomeço e reparação, teria um caráter de transitória preferência emocional, com a seleção dos eleitos e felizes em detrimento dos antipáticos e desditosos.
Com o apoio na doutrina dos renascimentos físicos, Ele identificava de imediato quais os necessitados que estavam em condições de recuperar a saúde ou não, tendo em consideração os fatores que os condiziam ao sofrimento. E por isso mesmo, nem todos aqueles que lhe buscavam a ajuda logravam-na ou recuperavam-se.
Porque sabia ser enfermo o Espírito, e não corpo, sempre se dirigia preferencialmente à individualidade, e não à personalidade de que se revestia cada homem.
Sabendo acerca da fragilidade humana, emulava à fortaleza moral, fiel à lei de causa e efeito vigente no mundo.
Não apenas no diálogo mantido com Nicodemos vibrou a Sua declaração quanto à “necessidade de nascer de novo”. Ele se repete de forma variada, outras vezes, confirmando o processo das sucessivas experiências carnais, método misericordioso do amor de Deus par ao benefício de todos os Espíritos.
Nenhuma surpresa causara aos Seus discípulos a resposta a respeito de Elias que já viera, assim como a indagação em torno de quem Ele seria, segundo a opinião do povo, em razão de ser crença, quase generalizada à época e pluralidade dos renascimentos.
Joanna de Ângelis
Do livro “Jesus e Atualidade”, de Divaldo Pereira Franco, edição LEAL.
DEPRESSÕES
Se trazes o espírito agoniado por sensações depressivas, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar.
Se alguém te ofendeu, desculpa.
Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude.
Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres.
Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar.
Trabalho é lei do Universo.
Disciplina é alicerce da educação.
Circunstâncias constrangedoras assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima.
Incompreensões com relação a caminho e decisões que se adotem são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização impossível.
Separações e renovações representam imperativos inevitáveis de progresso espiritual.
Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos marcam toda criatura que aspire a elevar-se.
Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã;
Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com a estagnação.
Compreendendo a realidade de toda pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e, abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente.
Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
O ESPIRITISMO É PARA O POVO
“É preciso que nós, os espíritas, compreendamos que nos podemos nos distanciar do povo, porque o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. É indispensável que estudemos a Doutrina Espírita junto com as massas, que amemos todos os companheiros, mas sobretudo, aos mais humildes social e intelectualmente falando e deles nos aproximemos com real espírito de compreensão e fraternidade. É preciso fugir da elitização que ameaça o movimento espírita”.
Indagando sobre os responsáveis por isso, afirmou:
- “Não, o problema não é de direção ou administração em si, pois precisamos administrar a nos mesmos, mas a maneira como a conduzem, isto é, a falta de aproximação com irmãos socialmente menos favorecidos, que equivale à ausência de amor, presente no excesso de rigorismo, de suposta pureza doutrinária, de formalismo por parte daqueles que são responsáveis plás nossas instituições: é a preocupação excessiva com a parte material das instituições.
Chico Xavier
(entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda)
Do livro “Chico, de Francisco” de Adelino da Silveira, Edição: Cultura Espírita União.
ANO XI - Nº 121– Campo Grande/MS - Fevereiro de 2016.. |