A EPOPÉIA DO NATAL
Por certo que muito já se falou dessa epopéia sublime do nascimento de Jesus no mundo, como um marco de extraordinário alcance moral. Isso é verdade. Mas acima de tudo porque apresentou a face definitiva de um Pai generoso e bom de onde tudo procede, além disso, mostrou que a maneira mais fácil de aproximar-se Dele é amando ao próximo.
O amor incondicional ao próximo ressalta em todos os seus ensinamentos, justamente o que mais necessitam para a própria felicidade.
Realmente foi um dia inesquecível na História, agora não adiante Ele haver se apresentado ao mundo trazendo a Doutrina mais avançada do Pai se esses fundamentos não são observados pelos seus ditos seguidores.
Na realidade o que se vê hoje em dia que tão poucos esforços se façam para que o reino de Deus chegue até o coração das pessoas. De outro lado o próximo que mandou amar como a si mesmo, morre nas favelas, nos campos, nos hospitais por falta de assistência.
De outro lado os ditos seguidores bem confortados estão nos templos religiosos ricamente adornados cantando louvores, . Preferem cânticos de louvores a Deus na expectativa de infantil de agradá-lo, ao invés de prestar auxilio aos que sofrem e padecem, pode até cantar a Deus, mas não se esqueça do próximo que sofre se pelo menos nesse Natal, lembre-se ele.
Mas faça mais, por conta do Espírito de Natal ofereça o seu pequeno óbolo, reserve um minuto de conforto ofereça alguma coisa ao próximo carente que pode até ser o parente mais necessitado, mas faça alguma coisa antes que seja tarde demais.
Naturalmente que o Espírito de Natal é grandioso, mas aproveite esse momento de alegria faça alguma coisa em favor do próximo, porque isso lhe será levado em conta, porque tudo que faça de maneira desinteressada de recompensa em favor do próximo fará em favor de sua própria paz.
Por isso, a grande oportunidade de incentivar aquele companheiro de jornada para que caminhe. Dê um passo à frente e procure dissipar aquela nuvem escura de ressentimento que subsiste no seu coração, por certo se não avançar um pouco nesse sentido, pode esse quisto transformar-se-á em enfermidade para o corpo físico.
Logo sem demora procure fazer alguma coisa. Nos tempos de Jesus por ocasião da páscoa soltavam algum criminoso, mas neste Natal solte de seu coração algum mal entendido. Não cultive esse mal contagioso contra a sua paz.
Por certo que Jesus que veio libertar o homem da ignorância, porque o homem não é essencialmente mau, mas está mau por ignorância, esquecido que amor é uma força libertadora.
Ademais, é um momento de recomeçar ou começar um novo projeto de vida em que o reino de Deus viva no seu coração. Sem esse sentimento esse projeto não será possível. Reflita que está neste mundo em trânsito e se não fizer algo em seu beneficio, sem dúvida que voltará ao antigo lar na mesma condição em que chegou. Diante das leis da vida não se consegue nada sem luta e sem sacrifício.
Com este espírito de Natal reinicie um novo projeto com mais ênfase e determinação, onde o amor e a caridade sejam a base desse novo alvorecer em sua vida. Vitalize os seus sentimentos pela prática do bem, porque a colheita futura dependerá do labor atual.
Por certo que há muito coisa a fazer, logo não negligencie o tempo e cumpra o mais sagrado dever de amar ao próximo que continua sendo à base de sua felicidade, pois sem o próximo não se caminha, ele é a força que o impulsionará para um mundo mais feliz.
Não deixe que a vida passe sem proveito. A luz foi feita para todos, infelizmente bem poucos a aproveitam, Jesus de todas as formas chama todos para segui-lo, mas bem poucos se propõem a essa senda libertadora, como aquele homem muito rico que se recusou dispor de seus bens para seguir após Jesus.
Áulus
Otacir Amaral Nunes.
Campo Grande/MS.
O SONHO DE JERÔNIMO
"E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mateus, 28,20).
Embora não pertencesse aos discípulos de Jesus, Jerônimo conheceu a Doutrina Libertadora logo após a tragédia do Calvário e tão intensamente se dedicou a grande causa que estabeleceu uma meta para a sua caminhada evolutiva, isto é, de chegar um dia até perto de Jesus.
Instruiu-se por muitos anos com os seus seguidores de uma pequena comunidade, e por esses fatos do destino estava na cidade dos césares no ano 64, d. C, quando houve a primeira grande perseguição ao Cristianismo nascente. Vindo a participar de uma prova de fogo, quando morreu na primeira leva de cristãos no circo Maximus de Roma.
Todavia, por conta desse propósito longamente acalentado em seu coração generoso, viveu experiências dolorosas em sucessivas encarnações para se qualificar e finalmente chegar até perto Jesus. Na realidade, viveu no trabalho duríssimo de renúncias em favor da grande causa que Jesus propôs ao mundo, de amar ao próximo como a si mesmo.
Assim por muitos séculos pervagou por diversas estradas, muitas vezes mediante provas de difícil travessia em que sorveu do remédio amargo da ingratidão, do abandono, da traição, para se ajustar ao programa proposto por Jesus. Contudo até que depois de sua última prova fora notificado pelo seu instrutor que finalmente poderia se aproximar de Jesus e com isso alcançar o tão sonhado laurel de toda a sua vida.
Assim que no dia designado para começar a ascensão acalentada por muito tempo, sua alegria era enorme, todavia, contrariando as suas expectativas, de longe avistou o Divino Mensageiro de Deus descendo as regiões mais conturbadas e infelizes da Terra, onde reina o sofrimento em suas maiores expressões de misérias morais.
Percebeu num relance o que Jesus afirmou que estará conosco até a consumação dos séculos, logo não estaria Ele nos domínios resplandecentes da vida superior, ignorando os sofrimentos de seus tutelados nas regiões mais obscuras deste mundo de provas e expiações.
Depois relembrou as palavras: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Mas, não quis dizer com isso que andaria por ninguém, mas indicou o caminho a seguir para que cada um andasse com os próprios pés e construíssem com base no que Ele ensinou um futuro promissor.
Assim, finalmente compreendeu que Jesus não está nas alturas inacessíveis ao homem comum, mas junto aqueles que sofrem e padecem, pois amar ao próximo é a grande meta de todo o homem perfeitamente integrado ao espírito do Cristianismo.
Por certo que depende de cada um avançar ou estacionar ao longo do caminho. Mas o exemplo de Jerônimo pode ser uma alavanca para um futuro melhor. Ninguém viverá a mensagem de Jesus se não houver amado muito no mundo, até mesmo ao sacrifício.
Logo, o próximo assume um papel capital importância na vida de qualquer um, chega-se a dizer que ele é o maior benfeitor nesta experiência no mundo, porque em qualquer situação que se encontre, sempre oferece ensejo que possa avançar senda do progresso, mediante o amor e a caridade. Mais ainda, pelas mãos do próximo será levado às etapas sucessivas da evolução, esse alguém anônimo que sempre ajudou e o ajudará a caminhar aqueles homens e mulheres afortunados de entendimento.
O próximo em qualquer situação pode ser aquele que vive no seu lar, ou fora dele, na favela, no campo, em toda a parte, porque, em suma, o próximo assume a condição de seu defensor, o advogado para superar as situações mais dolorosas de sua caminhada. Por isso é imperioso que o ame de todo o seu coração.
Dizem os espíritos superiores que Jerônimo vive até hoje nas situações aflitivas do umbral socorrendo os aflitos de toda a natureza, porque lá finalmente descobriu onde se encontrava Jesus, e onde é o lugar daquele que compreendeu o seu sagrado dever de cristão.
Assim que aproveite o ensejo de amar ao próximo como a si mesmo como a maior promoção neste mundo.
Por oportuno é bom lembrar-se de Chico Xavier que nos derradeiras reuniões devido as suas fraquezas orgânicas não conseguia maior segurar o lápis para psicografar.
Todavia, em determinado momento, o espírito de Emmanuel se apossa de suas faculdades mediúnicas e aquele corpo combalido, de repente, fica ereto e começa a falar. Aliás, por inspiração superior, talvez a única vez que falou por mais de trinta minutos, porque se valia da linguagem de maneira tão sintética que não necessitava de muitos rodeios para se expressar.
E disse entre outras coisas de maior relevância que: “Jesus ouve até o chorar de uma criança”, portanto, ninguém se julgue destituído do amor misericordioso desse espírito santificado, especialmente naqueles momentos de suas maiores crises de sofrimento, lembre-se que Ele estará conosco até a consumação dos séculos.
Áulus
Otacir Amaral Nunes.
Campo Grande/MS.
MILAGRES
O nascimento da Terra foi milagre ou criação de Deus? Para Moisés foi um grande milagre que se deu em sete dias conforme versículo 5 do capítulo 1º da Gênesis: “Ele deu à luz o nome de dia e às trevas o nome de noite; e da tarde e da manhã se fez o primeiro dia.”.
Essa crença foi aceita por todos os povos daquela época e foi uma verdade considerada também pela religião dominante, até que surgiu uma ciência conhecida por Geologia, que demonstrou que as camadas sólidas foram se formando no correr dos milênios. Por não ser instantânea, deixou de ser a criação uma maravilha?
É, mas as pessoas gostam de se deixar levar pelo fantástico, pelo miraculoso e mesmo com a ciência demonstrando tal impossibilidade, preferem acreditar no milagre, que no seu significado primitivo era uma coisa admirável, surpreendente, extraordinária.
Com o passar do tempo esse sentido foi se alterando e passou a ser para os estudiosos, um ato do poder divino contrário às leis da Natureza; para o povo passou a ser um fato extranatural e para os Teólogos o milagre se transformou em uma derrogação, uma negação das leis da Natureza, que Deus usa para demonstrar seu poder.
Uma característica básica de um milagre é ser inexplicável e isso faz com que o milagre, se tiver alguma explicação, deixa de ser milagre com a Igreja só dando valor ao milagre que seja sobrenatural e que não se pode explicar.
E Deus, será que Deus faz milagres? É claro que Deus pode fazer qualquer coisa, mas a troco de que ele mesmo derrogaria suas leis? Seria para mostrar mais ainda seu poder? Mas seu poder já não está demonstrado na maravilhosa criação do Universo?
Precisamos lembrar que Deus tem seus atributos elevados ao infinito, inclusive sua sabedoria, provinda da Sua inteligência suprema e assim, como admitir que a inteligência suprema pode fazer alguma coisa inútil, derrogando suas leis feitas por Ele mesmo?
E o Espiritismo como vê os milagres? O Espiritismo vem explicar que tais fenômenos, dito milagrosos, são efeitos produzidos pelos filhos de Deus, os Espíritos, que sobrevivem à morte do corpo físico e fazem parte da criação do Todo Poderoso, não sendo, portanto, sobrenaturais e sim, muito naturais, como todo o Universo que abriga todos os seus filhos, pois “há muitas moradas na casa do Pai” conforme ensinou nosso Senhor Jesus Cristo.
Referência Bibliográfica: A Gênese. Allan Kardec. Crispim.
OS QUINHENTOS DA GALILÉIA
Depois do Calvário, verificadas as primeiras manifestações de Jesus no cenáculo singelo de Jerusalém, apossara-se de todos os amigos sinceros do Messias uma saudade imensa de sua palavra e de seu convívio. A maioria deles se apegava aos discípulos, como querendo reter as últimas expressões de sua mensagem carinhosa e imortal.
O ambiente era um repositório vasto de adoráveis recordações. Os que eram agraciados com as visões do Mestre se sentiam transbordantes das mais puras alegrias. Os companheiros inseparáveis e íntimos se entretinham em longos comentários sobre as suas reminiscências inapagáveis.
Foi quando Simão Pedro e alguns outros salientaram a necessidade do regresso a Cafarnaum, para os labores indispensáveis da vida.
Em breves dias, as velhas redes mergulhavam de novo no Tiberíades, por entre as cantigas rústicas dos pescadores.
Cada onda mais larga e cada detalhe do serviço sugeriam recordações sempre vivas no tempo. As refeições ao ar livre lembravam o contentamento de Jesus ao partir o pão; o trabalho, quando mais intenso, como que avivava a sua recomendação de bom ânimo; a noite silenciosa reclamava a sua bênção amiga.
Embebidos na poesia da Natureza, os apóstolos organizavam os mais elevados projetos, com relação ao futuro do Evangelho. A residência modesta de Cefas, obedecendo às tradições dos primitivos ensinamentos, continuava a ser o parlamento amistoso, onde cada um expunha os seus princípios e as suas confidências mais recônditas. Mas, ao pé do monte onde o Cristo se fizera ouvir algumas vezes, exaltando as belezas do Reino de Deus e da sua justiça, reuniam-se invariavelmente todos os antigos seguidores mais fiéis, que se haviam habituado ao doce alimento de sua palavra inesquecível. Os discípulos não eram estranhos a essas rememorações carinhosas e, ao cair da tarde, acompanhavam a pequena corrente popular pela via das recordações afetuosas.
Falava-se vagamente de que o Mestre voltaria ao monte para despedir-se. Alguns dos apóstolos aludiam às visões em que o Senhor prometia fazer de novo ouvida a sua palavra num dos lugares prediletos das suas pregações de outros tempos.
Numa tarde de azul profundo, a reduzida comunidade de amigos do Messias, ao lado da pequena multidão, reuniu-se em preces, no sítio solitário. João havia comentado as promessas do Evangelho, enquanto na encosta se amontoava a assembleia dos fiéis seguidores do Mestre. Viam-se, ali, algumas centenas de rostos embevecidos e ansiosos. Eram romanos de mistura com judeus desconhecidos, mulheres humildes conduzindo os filhos pobres e descalços, velhos respeitáveis, cujos cabelos alvejavam da neve dos repetidos invernos da vida.
*
Nesse dia, como que a antiga atmosfera se fazia sentir mais fortemente. Por instinto, todos tinham a impressão de que o Mestre voltaria a ensinar as bem-aventuranças celestiais. Os ventos recendiam suave perfume, trazendo as harmonias do lago próximo. Do céu muito azul, como em festa para receber a claridade das primeiras estrelas, parecia descer uma tranquilidade imensa que envolvia todas as coisas. Foi nesse instante, de indizível grandiosidade, que a figura do Cristo assomou no cume iluminado pelos derradeiros raios do Sol.
Era Ele.
Seu sorriso desabrochava tão meigo como ao tempo glorioso de suas primeiras pregações, mas de todo o seu vulto se irradiava luz tão intensa que os mais fortes dobraram os joelhos. Alguns soluçavam de júbilo, presas das emoções mais belas de sua vida. As mãos do Mestre tomaram a atitude de quem abençoava, enquanto um divino silêncio parecia penetrar a alma das coisas. A palavra articulada não tomou parte naquele banquete de luz imaterial; todos, porém, lhe perceberam a amorosa despedida e, no mais íntimo da alma, lhe ouviram a exortação magnânima e profunda:
— “Amados — a cada um se afigurou escutar na câmara secreta do coração —, eis que retomo a vida em meu Pai para regressar à luz do meu Reino! .... Enviei meus discípulos como ovelhas ao meio de lobos e vos recomendo que lhes sigais os passos no escabroso caminho. Depois deles, é a vós que confio a tarefa sublime da redenção pelas verdades do Evangelho. Eles serão os semeadores, vós sereis o fermento divino. Instituo-vos os primeiros trabalhadores, os herdeiros iniciais dos bens divinos. Para entrardes na posse do tesouro celestial, muita vez experimentareis o martírio da cruz e o fel da ingratidão... Em conflito permanente com o mundo, estareis na Terra, fora de suas leis implacáveis e egoístas, até que as bases do meu Reino de concórdia e justiça se estabeleçam no espírito das criaturas. Negai-vos a vós mesmos, como neguei a minha própria vontade na execução dos desígnios de Deus, e tomai a vossa cruz para seguir-me.
“Séculos de luta vos esperam na estrada universal. É preciso imunizar o coração contra todos os enganos da vida transitória, para a soberana grandeza da vida imortal. Vossas sendas estarão repletas de fantasmas de aniquilamento e de visões de morte. O mundo inteiro se levantará contra vós, em obediência espontânea às forças tenebrosas do mal, que ainda lhe dominam as fronteiras. Sereis escarnecidos e aparentemente desamparados; a dor vos assolará as esperanças mais caras; andareis esquecidos na Terra, em supremo abandono do coração. Não participareis do venenoso banquete das posses materiais, sofrereis a perseguição e o terror, tereis o coração coberto de cicatrizes e de ultrajes. A chaga é o vosso sinal, a coroa de espinhos o vosso símbolo, a cruz o recurso ditoso da redenção. Vossa voz será a do deserto, provocando, muitas vezes, o escárnio e a negação da parte dos que dominam na carne perecível.
Mas, no desenrolar das batalhas incruentas do coração, quando todos os horizontes estiverem abafados pelas sombras da crueldade, dar-vos-ei da minha paz, que representa a água viva. Na existência ou na morte do corpo, estareis unidos ao meu Reino. O mundo vos cobrirá de golpes terríveis e destruidores, mas, de cada uma das vossas feridas, retirarei o trigo luminoso para os celeiros infinitos da graça, destinados ao sustento das mais ínfimas criaturas! .... Até que o meu Reino se estabeleça na Terra, não conhecereis o amor no mundo; eu, no entanto, encherei a vossa solidão com a minha assistência incessante. Gozarei em vós, como gozareis em mim, o júbilo celeste da execução fiel dos desígnios de Deus. Quando tombardes, sob as arremetidas dos homens ainda pobres e infelizes, eu vos levantarei no silêncio do caminho, com as minhas mãos dedicadas ao vosso bem. Sereis a união onde houver separatividade, sacrifício onde existir o falso gozo, claridade onde campearem as trevas, porto amigo, edificado na rocha da fé viva, onde pairarem as sombras da desorientação. Sereis meu refúgio nas igrejas mais estranhas da Terra, minha esperança entre as loucuras humanas, minha verdade onde se perturbar a ciência incompleta do mundo! ...
“Amados, eis que também vos envio como ovelhas aos caminhos obscuros e ásperos. Entretanto, nada temais! Sede fiéis ao meu coração, como vos sou fiel, e o bom ânimo representará a vossa estrela! Ide ao mundo, onde teremos de vencer o mal! Aperfeiçoemos a nossa escola milenária, para que aí seja interpretada e posta em prática a lei de amor do Nosso Pai, em obediência feliz à sua vontade augusta! ” Sagrada emoção senhoreara-se das almas em êxtase de ventura. Foi então que observaram o Mestre, rodeado de luz, como a elevar-se ao céu, em demanda de sua gloriosa esfera do Infinito.
Os primeiros astros da noite brilhavam no alto, como flores radiosas do Paraíso. No monte galileu, cinco centenas de corações palpitavam, arrebatados por intraduzível júbilo. Velhos trêmulos e encarquilhados desceram a encosta, unidos uns aos outros, como solidários, para sempre, no mesmo trabalho de grandeza imperecível. Anciãs de passo vacilante, coroadas pela neve das experiências da vida, abraçavam-se às filhas e netas, jovens e ditosas, tomadas de indefinível embriaguez d´alma. Romanos e judeus, ricos e pobres confraternizavam, felizes, adivinhando a necessidade de cooperação na tarefa santa. Os antigos discípulos, cercando a figura de Simão Pedro, choravam de contentamento e esperança.
Naquela noite de imperecível recordação, foi confiado aos quinhentos da Galiléia o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus-Cristo. Mal sabiam eles, na sua mísera condição humana, que a palavra do Mestre alcançaria os séculos do porvir. E foi assim que, representando o fermento renovador do mundo, eles reencarnaram em todos os tempos, nos mais diversos climas religiosos e políticos do planeta, ensinando a verdade e abrindo novos caminhos de luz, através dos bastidores eternos do Tempo.
Foram eles os primeiros a transmitir a sagrada vibração de coragem e confiança aos que tombaram nos campos do martírio, semeando a fé no coração pervertido das criaturas. Nos circos da vaidade humana, nas fogueiras e nos suplícios, ensinaram a lição de Jesus, com resignado heroísmo. Nas artes e nas ciências, plantaram concepções novas de desprendimento do mundo e de belezas do céu e, no seio das mais variadas religiões da Terra, continuam revelando o desejo do Cristo, que é de união e de amor, de fraternidade e concórdia.
Na qualidade de discípulos sinceros e bem-amados, desceram aos abismos mais tenebrosos, redimindo o mal com os seus sacrifícios purificadores, convertendo, com as luzes do Evangelho, à corrente da redenção, os espíritos mais empedernidos. Abandonados e desprotegidos na Terra, eles passam, edificando no silêncio as magnificências do Reino de Deus, nos países dos corações e, multiplicando as notas de seu cântico de glória por entre os que se constituem instrumentos sinceros do bem com Jesus-Cristo, formam a caravana sublime que nunca se dissolverá.
(Fonte: Livro Boa Nova de Humberto de Campos, psicografia de Chico Xavier)
Dica: procure na internet palestra de Haroldo Dutra Dias sobre essa lição!
RESGATES COLETIVOS
... O chefe da Mansão foi breve e claro. Apelo urgente da Terra pedia auxílio para as vítimas de um desastre aviatório...
... Sob a crista de serra alcantilada e selvagem, destroços de grande aeronave guardavam consigo as vítimas do acidente. Adivinhava-se que o piloto, certamente enganado pelo traiçoeiro oceano de espessa bruma, não pudera evitar o choque com os picos graníticos que se salientavam na montanha, silenciosos e implacáveis, à maneira de medonhos torreões de fortaleza agressiva...
... Em pleno quadro inquietante, um ancião desencarnado, de semblante nobre e digno, formulava requerimento comovedor, rogando à Mansão a remessa de equipe adestrada para a remoção de seis das catorze entidades desencarnadas no doloroso sinistro...
... Em poucos instantes, diversos operários da casa puseram-se em marcha, na direção do local minuciosamente descrito.
Voltando ao gabinete em que lhe aguardávamos o retorno, Silas ainda se entendeu com o orientador, por alguns minutos, com respeito ao serviço em foco.
Foi então que Hilário e eu indagamos se não nos seria possível a participação na obra assistencial que se processava, no que Druso, paternalmente, não concordou, explicando que o trabalho era de natureza especialíssima, requisitando colaboradores rigorosamente treinados.
Cientes de que o generoso mentor poderia dispensar-nos mais tempo, aproveitamos o ensejo para versar a questão das provas coletivas. Hilário abriu campo livre ao debate, perguntando, respeitoso, por que motivo era rogado o auxílio para a remoção de seis dos desencarnados, quando as vítimas eram catorze.
Druso, no entanto, replicou em tom sereno e firme:
O socorro no avião sinistrado é distribuído indistintamente, contudo, não podemos esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que tombaram, a morte é diferente para cada um. No momento serão retirados da carne tão-somente aqueles cuja vida interior lhes outorga a imediata liberação. Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento rápido da armadura física, permanecerão ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes dizem respeito.
Quantos dias? – clamou meu colega, incapaz de conter a emoção de que se via possuído.
Depende do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea – respondeu-nos o mentor. – Alguns serão detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias... Quem sabe? Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma. O gênero de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa morte. Quanto mais chafurdamos o ser nas correntes de baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontrando combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a exoneração da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que “morte física” não é o mesmo que “emancipação espiritual”.
Isso, no entanto – considerei –, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos.
De modo algum – ajuntou o amigo generoso –, ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo. Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber.
(Fonte: Livro Ação e Reação de André Luiz, psicografia de Chico Xavier)
TRAGÉDIAS COLETIVAS
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Constantemente a humanidade é surpreendida por tragédias coletivas. Desde os fenômenos sísmicos às guerras, aos acidentes de várias ordens, demonstrando a fragilidade do ser humano ante as forças da natureza e as suas próprias paixões, que, amiúde, somos convidados a reflexionar em torno da transitoriedade carnal e sobre
a continuidade da vida em outra dimensão.
Há poucos dias, um desastre aéreo de lamentáveis consequências feriu dezenas de famílias, ceifando vidas juvenis em plena busca da felicidade. Desejamos referir-nos ao
acidente que arrebatou 71 vidas, especialmente de chapecoenses, deixando aflições inomináveis em muitos familiares e amigos.
Os conceitos filosóficos do materialismo diante do infortúnio não conseguem acalmar as ansiedades e as dores dos sentimentos vitimados pelas ocorrências infelizes do cotidiano, provocando, não raro, revolta e desespero.
Algumas correntes religiosas despreparadas para o enfrentamento dos desafios afligentes que ferem a humanidade simplificam a maneira de os encarar, transferindo para a “vontade de Deus” todas as ocorrências nefastas, sem que, igualmente, com algumas exceções, logrem o conforto moral e a esperança nas suas vítimas.
Ao Espiritismo cabe a tarefa urgente de demonstrar que a criatura humana é autora do próprio destino através dos atos que realiza.
A Divindade estabelece leis morais que atuam nas existências, com a mesma severidade que aqueloutras que regem o Universo e são inalteradas.
Embora Deus seja amor, o dever e o equilíbrio são expressões desse incomparável amor pelas criaturas.
O sofrimento não é um ato punitivo da Divindade, mas uma resposta da Vida ao comportamento malsão de quem se permite
desrespeito aos supremos códigos.
Por intermédio da reencarnação o Espiritismo explica a lógica de acontecimentos tão funestos.
No caso em tópico, segundo a Imprensa, a Anac havia proibido a viagem programada, mas a fatalidade conseguiu uma maneira de atender ao determinismo cármico, mediante o aluguel de uma outra aeronave boliviana. Alguns sobreviventes e outros, que não puderam viajar por uma ou outra razão, foram poupados da terrível provação, por não fazerem parte do grupo comprometido com as Leis divinas.
Provavelmente essas vítimas resgataram antigo débito moral no seu processo evolutivo e foram reunidas para o ressarcimento coletivo, conforme a responsabilidade do conjunto em algum desmando anterior, de existência pregressa.
Hoje, no mundo espiritual, na condição de vítimas das circunstâncias de que não são responsáveis, encontram-se amparados por Espíritos nobres, que os auxiliarão a encontrar a plenitude. Aos seus familiares e amigos, apresentamos a nossa solidariedade.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1-12-2016
A MAIOR TRAGÉDIA DO FUTEBOL NO MUNDO
O povo brasileiro acordou chocado na manhã desta terça-feira, 29 de novembro de 2016, com as informações sobre o acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do time brasileiro de futebol, a Chapecoense, para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o time colombiano Atlético Nacional. A aeronave fez um pouso forçado nesta madrugada na região de Antioquia (Colômbia), nas proximidades do aeroporto de Medellín, em acidente gravíssimo, que deixou 75 mortos e seis sobreviventes. Dentre as vítimas, encontravam-se tripulantes, jogadores e a comissão técnica do time do município de Chapecó, localizado no oeste catarinense (SC).
Considerada a maior tragédia do futebol mundial, deixa-nos todos, brasileiros, colombianos e cidadãos de diversos países das Américas e demais continentes, enternecidos diante de ocorrência tão inesperada. Como não se comover perante tamanho desastre?!
A primeira ação que a sensibilidade e o discernimento nos recomendam é de que sejamos solidários com os familiares e amigos dos nossos irmãos que retornaram à Pátria Espiritual nessa fatídica ocorrência. Unamo-nos, pois, em preces e vibrações de fortalecimento, tanto aos desencarnados quanto aos que permanecem em observação e tratamento médico, bem como aos familiares, parentes e amigos que necessitam de apoio da fé que consola ou, ao menos, ameniza a profunda dor que atinge seus corações.
Rogamos a todos eles que sejam envolvidos pelos Benfeitores Espirituais e possam encontrar o lenitivo aos seus sofrimentos, mantendo-se firmes na confiança em Deus, nosso Pai, que não abandona a nenhum de seus filhos, por mais pungentes sejam os enfrentamentos provacionais a que possamos estar submetidos pela abençoada Lei de Causa e Efeito que rege nossas existências.
Deus, como Pai de amor e de bondade, sempre age em favor do melhor para cada um de nós. Nem sempre é fácil entender e aceitar os desígnios divinos em nossos destinos. Porém, há situações que só conseguem ser explicadas quando alçamos o voo da compreensão para a imortalidade da vida, que prossegue dinâmica em todas as dimensões, e pela anterioridade existencial do Espírito, possuidor de vasta bagagem adquirida em vivências físicas pretéritas.
O esclarecimento pode igualmente aliviar nossa dor, quando entendemos o porquê dos acontecimentos, principalmente esses tão sinistros. Somado a todas as iniciativas humanistas, que visam à promoção do indivíduo à sua condição de Espírito imortal, o Espiritismo, como o Consolador Prometido por Jesus, pode nos trazer alento, esclarecendo nossas mentes e consolando nossos corações.
Que o divino amigo Jesus, em sua misericórdia de Irmão maior, possa abrigar em seu regaço fraterno todos os que partiram para o Mundo Espiritual e todos os envolvidos que aqui na Terra prosseguirão em sua caminhada existencial.
Geraldo Campetti Sobrinho
Colunista do site oficial da Federação Espírita Brasileira
SEPARAÇÕES AFETIVAS
Aumenta, consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.
A solidão toma conta das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.
Os sonhos de uma afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem lugar a verdadeiros combates domésticos, que culminam em separações lamentáveis.
As facilidades de relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor que predomina em quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável, de breve duração e sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É surpreendente a ocorrência, quando sucede em uniões aparentemente seguras e estáveis, com existência de longo prazo, apresentando-se como “falta de amor”, desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.
Dilaceram-se famílias, criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não compreendem os problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes lançados pela imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com pessoas estranhas, que substituem provisoriamente aqueles que eram o sustentáculo da sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus dias.
É certo que uma separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A verdade, porém, é outra… As separações nascem, quase sempre, de falsa necessidade de novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se parte das redes sociais…
A decadência moral que se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos órfãos de pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas, assinalada pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.
Um pouco mais de maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse comportamento, quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse sobre o outro, dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.
Divaldo Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 03-11-2016
ATUALIDADE DO NATAL
Andando sem rumo, sob o flagício de mil aflições, o homem moderno deixa-se dominar pelo desânimo ou pela ansiedade, malbaratando o valioso contributo da inteligência e do sentimento com que a vida o enriqueceu, exaurindo-se, ora no consumismo insensato, ora na revolta desastrada por falta de recursos econômicos ou emocionais para realizar-se.
A insatisfação é a tônica do comportamento individual e social que vige na Terra.
Aqueles indivíduos que experimentam carência de qualquer natureza lamentam-se e rebolcam-se na rebeldia, que degenera em violência, enquanto aqueloutros que se encontram afortunados, deixam-se dominar pelas extravagâncias ou pelo tédio, derrapando, uns e outros, nas viciações perturbadoras ou na dependência de substâncias químicas de funestas conseqüências.
As admiráveis conquistas da Ciência e da Tecnologia não os tornaram mais felizes nem menos tensos, pelo contrário, empurraram-nos na direção trágica da neurastenia ou da depressão nas quais estorcegam.
Indubitavelmente trouxeram incomparável ajuda para a solução de diversos sofrimentos e situações penosas, de progresso rnateriall e social, porém, não conseguiram penetrar o cerne dos seres humanos, modificando-lhes as disposições íntimas em relação à existência terrena e aos seus objetivos essenciais.
Considerando a vida apenas do ponto de vista material, sem as conseqüentes avaliações em torno do Espírito imortal, o comportamento materialista domina as mentes e os corações, que acreditam na felicidade em forma de valores amoedados, satisfações dos sentidos, destaque social e harmonia física...
Vive-se o apogeu da glória tecnológica diante dos descalabros comportamentais que jugulam os seres humanos aos estados primevos da evolução.
Há conquistas do Infinito sem realização pessoal, sorrisos de triunfo sem sustentação de felicidade, que logo se transformam em esgares, situações invejáveis mas alicerçadas na miséria, na doença e no desconforto das pessoas excluídas...
Faltando-lhes, porém, a vivência dos compromissos ético-morais, logo se lhes apresentam os desapontamentos íntimos, e os conflitos se lhes instalam devoradores.
Uma tormenta inigualável paira nos céus da sociedade moderna, ameaçando-a com tragédias inomináveis.
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Em período idêntico, no passado, salvadas as distâncias compreensíveis, veio Jesus à Terra.
O mundo encontrava-se conturbado pelo poder mentiroso, pela falácia dos dominadores, pelas ambições desmedidas, pelas conquistas arbitrárias, pelas ilusões tresvariadas...
Predominavam o luxo e a ostentação em alguns segmentos da humanidade, enquanto nos porões do abandono em que desfaleciam, incontáveis criaturas espiavam angustiadas o passar do tufão devorador...
Apareceu Jesus, e una aragem abençoada varreu o mundo, modificando-lhe a psicosfèra.
Sua voz levantou-se para profligar contra o crime e a insensatez, contra a indiferença dos fortes em relação aos seus irmãos mais fracos, contra a hipocrisia e o egoísmo então vigentes e dominantes como hoje ocorrem......
Misturando-se aos mutilados do corpo e da alma, ergueu-os do pó em que se asfixiavam, conduzindo-os na direção da glória estelar, demonstrando-lhes que a vida física é experiência transitória, e que os valores reais são os que pertencem ao Espírito imortal.
Utilizou-se da cátedra da Natureza e ensinou a fèlicidade mediante o desapego e o despojamento das alucinantes prisões às coisas e às paixões materiais.
Cantou a esperança aos ouvidos da angústia e proporcionou a saúde temporária a quantos se Lhe acercaram, alentando-os com a certeza da plenitude após vencidas as etapas de regeneração e de resgate que todos os seres se impõem no processo da evolução.
Atendeu a dor de todos os matizes, defendeu os pobres e oprimidos, os esfaimados e sedentos de justiça, a quem ofereceu os preciosos recursos de paz. No entanto, quando acusado, abandonado, marchando para o testemunho, elegeu o silêncio, a submissão à vontade de Deus, a fim de ensinar pelo exemplo resignação e misericórdia para com os maus e perversos, confirmando a indiferença pelos valores do mundo físico destituídos de utilidade
... E permanece até hoje como o Triunfador não conquistado, que prossegue alentando os padecentes, convocando-os à transformação moral para a conquista dos imperecíveis tesouros internos do amor, do perdão, da caridade, da paz...
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Recorda-te de Jesus neste Natal e reaproxima--te dEle, analisando como te encontras e de que forma deverias estar moralmente, conscientizando-te do que já fizeste e de quanto ainda podes e deves investir em favor de ti mesmo e do teu próximo mais próximo, no lar, na rua, na humanidade...
O Natal é presença constante do amor e do bem na atualidade de todos os tempos.
Não te esqueças que a evocação do nascimento do Excelente Filho de Deus entre as criaturas humanas, é um convite para que O permitas renascer no teu íntimo, se estiver desaparecido da tua emoçao, ou prosseguir vivo e atuante nos teus sentimentos, convidados à construção da solidariedade, do dever e da lídima fraternidade que deve viger entre todos os seres sencientes que vagueiam no Planeta .
... E deixa que Jesus te fale novamente à acústica do coração e aos escaninhos da mente, repetindo-te o poema imortal das Bem -aventuranças.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 20 de setembro de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
PERDA DE ENTES QUERIDOS
A dona de casa poderá perder uma agulha dentro do próprio lar e nunca mais encontrar.
O transeunte poderá perder um valor em dinheiro na via pública e nunca mais recuperar.
O milionário poderá perder sua fortuna e nunca mais lograr reavê-la.
Objetos e valores se perdem, almas não.
O ente querido que amamos, não o perdemos, com a morte. Ela pode tirá-lo temporiamente da nossa convivência física; nunca, porém, o perderemos.
Não se desespere com a morte de um ente querido, porque ele não deixou de existir, de sentir e de amar.
Respeite os designios de Deus e continue amando-o até o dia do reencontro.
Os laços de amor que nos unem uns aos outros, quando verdadeiros, são “inquebráveis”.
É possível perder-se o corpo, mas não se pode perder o sentimento nobre do amor, porque a morte é incapaz de matar os sentimentos.
(Do livro “Jesus no teu dia-a-dia”, capítulo 47, pelo Espírito José de Moraes, psicografia do médium Agnaldo Paviani, Editora Didier).
REFLEXÃO
Conserve o coração em paz.
Diante de todas as tribulações do caminho trabalhe e confie.
Aquele que confia recebe o amparo do alto, porque sabe que a presença de Deus nunca lhe faltará.
O trabalhador do bem sempre recebe a benção do próprio trabalho que realiza, pois tudo converge para o bem maior. Alguns somente trilham pelo caminho do mal, complicando temporariamente a sua trajetória.
Assim diante de tudo e de todos, seja fiel e continue a abençoada tarefa que lhe garante o pão a mesa e paz em seu coração, o que tem sido uma fonte constante estímulo para haja paz em seu lar
Por entre alegrias e reveses, segue amando e contando os dias que restam para cumprir a sua missão até o fim.
Em frente com muito amor a causa do bem.
PÁGINA VIRADA
Ele, o Divino Amigo, ajudá-lo-á a caminhar com segurança e mais amor à causa do bem que representará o coroamento de toda a sua luta.
É um portal que se abre para escrever a história de um mundo mais feliz, assim o bem que persegue por motivo nenhum, deixe-o longe de seus olhos.
Cultive os bons sentimentos. Eles enobrecem a alma.
Realize o seu sonho de servir, pois que sentirá a presença de Jesus ao seu lado, como seguira os seus discípulos na estrada de Emaús.
Não o verá, mas sentirá aquela doce vibração no próprio coração e certamente lhe fará melhor e que com certeza transcende a qualquer expectativa, além de que complementará os seus dias com mais amor, é isso o que realmente conta.
Seja sábio e conserve o coração em paz. Observe os exemplos da natureza, até mesmo quando a tempestade se fizer mais forte lá fora, escute a sua fúria, reconheça que talvez esteja agindo em seu benefício, porque depois dessa manifestação de forma violenta, com certeza que ela carregará consigo muitos miasmas, favorecendo a saúde de tantos.
Siga em frente cheio de esperança e amor. Coloque-se em condições de receber, doando-se com mais amor aos outros. Deixe que sua mente e coração possam seguir esses caminhos, fazendo o bem. Infelizmente poucas pessoas assumem esse compromisso de levar adiante esse projeto de amor aos outros, mas você que despertou para a realidade da vida imortal, faça sem delonga esse percurso, pois que nele terá um forte incentivo para que continue sempre.
Vire a página de cada dia com mais amor no coração, levando para o dia seguinte aquele propósito de fazer ainda melhor a tarefa; aja sempre com muito amor e sabedoria que a certeza visitará o seu coração que estará cada vez melhor.
Em frente.
Áulus.
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