"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XIV - N. 158 * Campo Grande/MS * Março de 2019.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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            Tantas coisas ocorrem ao longo da estrada, que não se pode prever o dia de amanhã, mas é certo que se fizer o bem sempre terá uma margem de segurança muito maior e pode prever o que será do seu futuro.

 

PERSISTÊNCIA

 

            O velho e bom dicionário Aurélio define persistência como qualidade ou ato de persistente; perseverança, constância, pertinácia, e persistente, aquele que persiste, pertinaz, contumaz, constante.
            Trazendo esses conceitos para a faculdade da mediunidade, nota-se que muitos médiuns recuam diante dessa responsabilidade, deixando de cumprir seus compromissos assumidos ainda no mundo espiritual. E eles, esses médiuns, contam-se aos milhares, fracassando na missão que haviam pedido.
            Já uma minoria dos médiuns é digna e merecedora da credibilidade do Mundo maior, o mundo Espiritual, com os Espíritos auxiliando seus esforços e definindo tarefas que no mais das vezes são programadas antes mesmo da sua volta ao corpo físico.
            O benfeitor espiritual Odilon Fernandes diz que o médium que é constante e tem sincero desprendimento pode atrair para si o interesse da Vida Maior, que dará mais ao que tem, conforme afirmativa evangélica.
            Segundo o estudioso benfeitor a Espiritualidade tem recursos para despertar medianeiros entre os homens, tirando-os do anonimato e dando a eles a missão que foi desprezada por outros médiuns que faliram em seus propósitos.
            Cita ainda o preclaro benfeitor que Maria de Magdala era um espírito comum e presa de obsessão, porém, na oportunidade que teve de conhecer o Mestre Jesus Cristo, modificou-se completamente, tornando-se um dos mais belos exemplos de apostolado, quando muitos não souberam aproveitar o sublime ensejo, tal qual os nove, dos dez leprosos que sequer voltaram para agradecer o Mestre que os curara.
            Ainda segundo o notável Odilon Fernandes, médiuns comuns podem fazer de seu simples trabalho um apostolado de amor ao próximo, avançando numa existência muito mais do que avançaram em várias encarnações anteriores.
            Afirma ainda o inigualável instrutor que certos tarefeiros da mediunidade são candidatos ao serviço apostólico, mas que apesar de estarem no caminho, falta-lhes muito a caminhar, pois as credenciais do apostolado são apresentadas com persistência e não de uma vez ou outra.
            Já o mandato mediúnico é atribuído a poucos, e mesmo dentre esses poucos, pouquíssimos levam adiante sua missão sem distorção perante as pressões que sofrem com o assédio das tentações que caem sobre aqueles que podem influenciar muitas almas.
            Cita o brilhante benfeitor que no dizer de São Paulo as credenciais do apostolado são apresentadas entre nós no burburinho das lutas humanas, no fogo das dificuldades, publicamente, e não isoladamente, e sobretudo, as credenciais do médium em apostolado serão apresentadas pela sua perseverança no Bem, em todos os momentos de sua vida.

 

Crispim.

 

Referências bibliográficas: Mediunidade e Apostolado. Carlos A. Baccelli/Odilon Fernandes.

 

 

ESTRADA ASFALTADA

 

            Restaura dentro de si o equilíbrio, não permitindo que outra vibração altere o seu modo de ser.
            Influência recebe-se todos os lugares, e deve manter vigilância sobre esses ataques perniciosos de um jeito ou de outro.
            Não crie obstáculo para si, mas utilize tudo para convergir para um fim útil.
            A ansiedade e um fator de risco quando não o administre com sabedoria. Por isso, todo o cuidado é pouco.
            Erija dentro de si uma fortaleza que nem os vendavais mais fortes podem derribar. Está num campo de provas e expiações, daí as dificuldades serem ainda maiores, porque é chamado a conviver com pessoas de caráter antagônico e muita veze pode perder o rumo, pelo menos por momento.
            Em frente contra todas essas dificuldades do caminho. Ninguém foge ao compromisso de servir. Aproveite os recursos que lhe restam e resista ao assédio das mentes invigilantes.
            Certamente que tem condições de fazer muita coisa ainda, mas a verdade é que precisa por ordem em sua vida.
            Continue lutando, porque da luta nasce o progresso e o progresso é a meta de toda criatura consciente, mas uma coisa é certa, que sem trabalho não se caminha.
            Com vista a esse resultado a ação em fazer o bem é imprescindível.
            Por isso, continue lutando por melhorar seu desempenho diante da vida. Está no caminho certo.

 

Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

CAMINHO DA REDENÇÃO

 

            Conserva-se no caminho do bem, ainda que passe por provações, mas reserve um pouco de tempo para cumprir o compromisso sagrado com o próximo, quem sabe é justamente ele que assinará a sua carta de alforria, libertando-o de tantas encarnações passageiras.
            Ainda que tenha que trabalhar arduamente para ganhar o pão de cada dia, já sabe que é importante aproveitar o tempo para aplicar-se na tarefa do bem, porque sem essa decisão firme e segura será muito difícil cumprir algum programa de trabalho.
            Em meio ao turbilhão de cada dia, muitas vezes não se tem sequer paciência, nem mesmo tempo disponível para atuar com mais discernimento, mas mesmo assim procure conservar o seu coração em paz, para que  seja um aliado e não o seu adversário.
            Porque já sabe as consequências dos dias mal empregados, socorra-se dos recursos disponíveis, a fim de que venha dar uma atitude consequente a sua vida e não pense mais na solidão das horas vazias, porque quando o tempo não é bem empregado, pode ocorrer que venha faltar naquela tarefa essencial.
            Se já é capaz de compreender os seus deslizes, defeitos, contradições próprias de um infrator, mas reconhece também que esta é a razão de haver encarnado, daí a urgência em corrigi-los, a fim de que a sua presença nesse campo de provas, seja a fonte de um grande aprendizado.
            Este é o momento em que deve sentir-se motivado a procedimentos dignos e de alguma forma venha contribuir para o completo saneamento de males que de há muito dormitam em seu coração, e que precisa tomar uma decisão mais séria, a fim de eliminá-los de vez.
            A verdade que ainda debate-se em problemas de menor importância e esquece o essencial. Visto já estar convencido que é preciso caminhar na senda do progresso, mesmo porque não existe interesse maior do que possa suplantar os interesses do Espírito Imortal, por isso preserve a sua paz, para que esteja atento ao principal.
            Porque não pode fracassar mais uma vez, e com isso amargurar os seus dias, valha-se de maneira sensata dos recursos da colocados em suas mãos, mesmo porque é a base de tudo.       Nunca aja em desacordo com a sua consciência, por isso por mais que lute, ainda é preciso procurar a maneira de superar as dificuldades.
            Quanto mais lute, mais ensejo encontrará de ser feliz. .
            Lute sim por dias melhores. É a meta de todos. Mas com a condição de que sempre preserva o essencial - que é a reta consciência -, por isso é preciso estar bem com ela sempre. Áulus.

 

Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

ANIMISMO

 

            Animismo é o [...] conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação. Allan Kardec observa que há comunicações escritas ou verbais que podem emanar do próprio Espírito encarnado, uma vez que a [...] alma do médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de Espírito. 1 Neste aspecto, se o médium traz consigo uma bagagem de conhecimentos, adquirida em existências pretéritas, poderá retirar das profundezas da sua memória integral idéias que estão fora do alcance da sua atual instrução. Isso acontece – pondera um Espírito Superior a Kardec – freqüentemente, no estado de crise sonambúlica, ou extática, porém, ainda uma vez repito, há circunstâncias que não permitem dúvida. Estuda longamente e medita.
            É importante considerar que toda comunicação mediúnica tem o seu componente anímico, uma vez que o médium age, necessariamente, como um intérprete das mensagens dos Espíritos, ainda que não se dê conta desse fato. A influência dos médiuns nas comunicações é observada, sobretudo, quando transmitem idéias de Espíritos com os quais não guardam afinidade (fluídica, moral, intelectual), podendo [...] alterar-lhes as respostas e assimilálas às suas próprias idéias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios Espíritos, autores das respostas; constitui-se apenas em mau intérprete.4 Essa é a causa da preferência dos Espíritos por certos médiuns: Os Espíritos procuram o intérprete que mais simpatize com eles e que lhes exprima com mais exatidão os pensamentos. Não havendo entre eles simpatia, o Espírito do médium é um antagonista que oferece certa resistência e se torna um intérprete de má qualidade e muitas vezes infiel. É o que se dá entre vós, quando a opinião de um sábio é transmitida por intermédio de um estonteado, ou de uma pessoa de má-fé.
            Reconhece-se, então, que o animismo é algo perfeitamente normal, pois o médium, ao interpretar as idéias de um Espírito comunicante, imprime características próprias, mesmo em se tratando dos chamados médiuns mecânicos. Dessa forma, é passivo, quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário [...].

 

MECANISMO BÁSICO DO ANIMISMO
            O animismo produz [...] muitas ocorrências que podem repontar nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual pode efetivamente desdobrar-se e atuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico. A verificação de semelhantes acontecimentos criou entre os opositores da Doutrina Espírita as teorias da negação, porquanto, admitida a possibilidade de o próprio Espírito encarnado poder atuar fora do traje fisiológico, apressaram-se os cépticos inveterados a afirmar que todos os sucessos medianímicos se reduzem à influência de uma força nervosa que efetua, fora do corpo carnal, determinadas ações mecânicas e plásticas, configurando, ainda, alucinações de variada espécie. Todavia, os estardalhaços e pavores levantados por esses argumentos indébitos, arredando para longe o otimismo e a esperança de tantas criaturas que começam confiantemente a iniciação nos serviços da mediunidade, não apresentam qualquer significado substancial, porque é forçoso ponderar que os Espíritos desencarnados e encarnados não se filiam a raças antagônicas que se devam reencontrar em condições miraculosas.
            Acreditamos que o mecanismo básico do animismo pode ser entendido com a explicação que o Espírito André Luiz dá sobre mediunidade de psicofonia, usualmente conhecida como ‘‘incorporação’’. O relato que se segue traz elucidações sobre a psicofonia e a influência anímica da médium Otávia, de Dionísio, Espírito desencarnado, recolhido numa das organizações socorristas do plano espiritual. André Luiz assim se expressa: Otávia foi cuidadosamente afastada do veículo físico, em sentido parcial, aproximando-se Dionísio, que também parcialmente começou a utilizar-se das possibilidades dela. Otávia mantinha-se a reduzida distância, mas com poderes para retomar o corpo a qualquer momento num impulso próprio, guardando relativa consciência do que estava ocorrendo, enquanto que Dionísio conseguia falar, de si mesmo, mobilizando, no entanto, potências que lhe não pertenciam e que deveria usar, cuidadosamente, sob o controle direto da proprietária legítima e com a vigilância afetuosa de amigos e benfeitores, que lhe fiscalizavam a expressão com o olhar, de modo a mantê-lo em boa posição de equilíbrio emotivo. Reconheci que o processo de incorporação comum era mais ou menos idêntico ao da enxertia da árvore frutífera. A planta estranha revela suas características e oferece seus frutos particulares, mas a árvore enxertada não perde sua personalidade e prossegue operando em sua vitalidade própria. Ali também, Dionísio era um elemento que aderia às faculdades de Otávia, utilizando-as na produção de valores espirituais que lhe eram característicos, mas naturalmente subordinado à médium, sem cujo crescimento mental, fortaleza e receptividade, não poderia o comunicante revelar os caracteres de si mesmo, perante os assistentes. Por isso mesmo, logicamente, não era possível isolar, por completo, a influenciação de Otávia, vigilante. A casa física era seu templo, que urgia defender contra qualquer expressão desequilibrante, e nenhum de nós, os desencarnados presentes, tinha o direito de exigir-lhe maior afastamento, porquanto lhe competia guardar as suas potências fisiológicas e preservá-las contra o mal, perto de nós outros, ou à distância de nossa assistência afetiva.

 

ESDE
2008

 

 

PSICOGRAFIA

 

            Querido filho!

            Apesar de voltar mais cedo para a vida espiritual, a preocupação de mãe continua, pois que ficou  transitoriamente na terra o objeto do seu querer, o seu sonho mais precioso que é o filho, por isso sempre haverá uma grande ligação do mundo que se estagiou e o mundo que está presentemente, ou seja, já no mundo espiritual, porém ligado ao mundo que vivenciou suas últimas experiências.
            Assim que sofremos quando sofrem, quando não encontram o rumo, ou quando fazem se surdos aos nossos conselhos, o pior ainda quando se obstinam no mal, que ficam completamente refratários às nossas sugestões para que não venham a cair, conquanto previsível em muitos casos. Essas quedas até certo ponto necessárias dói muito para um coração de mãe, porque já conhecem o caminho árduo da expiação, a fim de que venha a se habilitar ao trabalho construtivo do bem e quando fracassam representa um grande abalo para nosso coração. Vimos quantas atitudes heróicas de mães abnegadas para salvar o filho de um mal maior, pois que não compreendem o que estão fazendo, isto é, prejudicando-se sem uma justificativa plausível, pois que têm em suas mãos recursos que não estão sabendo utilizar, seja por negligência, seja por que não sentiu bastante o peso de uma prova. Não deseja compreender o que é melhor para si mesmo, porque o deixa cego o  orgulho e o egoísmo. Mais tarde lamentará esses momentos de insensatez que não soube se valorizar.
            Nesses momentos que o coração de mãe começa a pulsar descompassadamente, porque compreende a gravidade do momento, que deseja que seu filho amado consiga vencer aquele obstáculo que representa anos de luta e ainda poderá ser ainda muito mais longo, assim que se desdobra em providências junto a autoridades que tem acesso para conseguir recursos a fim de fazê-lo progredir, mas quando vê que todos os seus esforços foram em vão, sente profundamente não por si mesma, mas porque conhece que seu filho esteve tão perto de vencer, mas quando acontece que seus apelos sejam ouvidos e seu filho do limiar do despenhadeiro resolve se voltar para o bom caminho há grande júbilo no coração amoroso de uma mãe.
            Assim é que há essa permanente ligação entre o céu e a Terra, é exatamente por esse amor de mãe, que supera todas as mais otimistas expectativas de quanto pode o amor de mãe e de quanto opera maravilha em todos os tempos e continuará a ser um fanal de luz a iluminar os desvãos mais escuros da crosta planetária, porque onde há amor há luz, há esperança, há uma força misteriosa a nos indicar o caminho, é o que representa a estrela de Belém, que guiou os pastores até onde estava Jesus.
            Procuremos fortalecer nossos laços de amor e simpatia com muito trabalho no bem que representa a força mais poderosa que liga os homens entre si, pois nesse ponto convergem todos os interesses da Humanidade, a todas as pessoas podem fazer o bem, não há religião que não o pratique. Algumas em maiores escalas.
            Outro item a destacar é quanto a pontualidade nas tarefas, bem como assiduidade, que deve ser um ponto de honra para o trabalhador responsável. Imagine se o patrão chega sem avisar ou porque nunca avisa mesmo, porque assim o trabalhador nunca sabe quanto o patrão voltará, razão porque deve estar em constantemente em atividade, evita-se que caia no descrédito, ou seja, considerado relapso e o padrão não confiará mais no seu trabalho. O que fará o trabalhador? O padrão querendo que o seu capital prospere, então entregará a outro aquele talento  para que tenha o lucro esperado quando voltar novamente e também oferecerá mais aquele que já fora fiel no muito. Parece ser um contra senso, mas não é não, porque fora dado ao trabalhador de acordo com sua capacidade, mas ele no pouco não quis trabalhar. A obra não pode sofrer solução de continuidade. Não será por causa de alguns trabalhadores preguiçosos que obra deixará de ser realizada, contrate novos trabalhadores, dê oportunidade a que já muito trabalha, porque este é útil ao senhor e a si mesmo, de vez que em suas mão os resultados se multiplicam.
            Trabalhadores da última hora serão chamados, porque os escolhidos realmente não se aprestaram, nem se importaram com o desenvolvimento da tarefa, que os habilitaria a uma situação melhor, porém necessário que cada um escolha o seu caminho, porque será sempre responsável pelas suas obras, se não pode tocar a tarefa é justo que a passe para outro. Com isso dá-se também oportunidade do outro trabalhador.
            Por último quero dizer que depende do trabalhador se dispor ao trabalho e todos os dias  dar conta de sua tarefa.

 

Laura

 

 

CRISTIANISMO REDIVIVO

 

História da Era Apostólica
Jesus – Governador Espiritual do Orbe

 

            “Não podemos conhecer o Jesus ‘real’ através da pesquisa histórica, quer isto signifique sua realidade total ou apenas um quadro biográfico razoavelmente completo. No entanto podemos conhecer o ‘Jesus histórico’. Por Jesus da história, refiro-me ao Jesus que podemos ‘resgatar’ e examinar utilizando os instrumentos científicos da moderna pesquisa histórica.”1

 

HAROLDO DUTRA DIAS

 

            Um longo itinerário foi percorrido para que pudéssemos resumir as fases da pesquisa histórica sobre o Cristianismo, antes de compará-la com o material revelado pela Espiritualidade superior.
Novamente, utilizamos como epígrafe a citação do historiador John P. Meier, professor na Universidade Católica de Washington D. C., considerado um dos mais eminentes pesquisadores bíblicos de sua geração. Ao estabelecer os limites da ciência e da investigação humanas, ele adverte:
            Por Jesus da história, refiro-me ao Jesus que podemos “resgatar”e examinar utilizando os instrumentos científicos da moderna pesquisa histórica.
            A atitude de prudência e humildade esboçada por esse autor, favorece o diálogo com a Doutrina Espírita que, por sua vez, oferece subsídios valiosos, inacessíveis aos “instrumentos científicos da moderna pesquisa histórica”. Não se trata de sobrepujar a Ciência, desprezar suas conclusões, numa atitude mística incompatível com a fé raciocinada. O desafio é “complementar”, “unir”, “dialogar”, onde ambas as partes estão dispostas a ouvir e a falar, sem submissão ou subserviência.
            Doravante, destacaremos a contribuição oferecida pela revelação espiritual no equacionamento de graves problemas relativos à história de Jesus, dos seus seguidores diretos, e do Cristianismo, de modo geral, visando à apropriação, com maior segurança e legitimidade, da essência da Boa Nova, alicerce de todas as propostas de renovação veiculadas pela Doutrina dos Espíritos.
            Nessa linha de raciocínio, somos inevitavelmente levados a indagar: Quem é Jesus na visão da Espiritualidade superior? A resposta, em O Livro dos Espíritos, é sobejamente conhecida, mas ainda nos convida a profundas reflexões:
625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Jesus.” Para o homem, Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque, sendo Jesus o ser mais puro que já apareceu na Terra, o Espírito Divino o animava. Se alguns dos que pretenderam instruir o homem na lei de Deus, algumas vezes o desencaminharam, ensinando-lhe falsos princípios, foi porque se deixaram dominar por sentimentos demasiado terrenos e porque confundiram as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos deles apresentaram como leis divinas o que eram simples leis humanas, criadas para servir às paixões e para dominar os homens. (Comentário de Kardec.)2
            O Benfeitor Emmanuel, por sua vez, enriqueceu nossos estudos com surpreendentes informações sobre o papel desempenhado por Jesus na condução dos destinos humanos:
            Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

            Espíritos puros: superioridade intelectual e moral absoluta
            A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.3
            Diante do assombro dessas revelações de Emmanuel, resta-nos indagar o que são Espíritos puros. A informação é encontrada em O Livro dos Espíritos, nas respostas dadas pelos benfeitores espirituais a Allan Kardec, nas seguintes questões:
            112. CARACTERÍSTICAS GERAIS – Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
            113. Primeira classe. Classe única. Percorreram todos os graus da escala [ver questões 100 e seguintes] e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm que sofrer mais provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.

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            128. Os seres que chamamos anjos, arcanjos, serafins, formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos? “Não; são os Espíritos puros: os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.”

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            170. Em que se transforma o Espírito depois da sua última encarnação? “Em Espírito bem-aventurado; em Espírito puro.”4
            É forçoso concluir, com o professor John P. Meier, que os instrumentos científicos da moderna pesquisa histórica não são capazes de nos mostrar o “Jesus real”. Talvez seja essa a razão pela qual os historiadores, como demonstrado nos artigos anteriores, acabam por apresentar uma imagem distorcida de Jesus.
Jesus é o Governador Espiritual do Planeta, em cujas mãos repousam os destinos de toda a humanidade terrena.
A tentativa de reduzir o Mestre aos parâmetros estritamente humanos decorre da visão materialista da maioria dos pesquisadores. É nesse ponto que a revelação espiritual pode contribuir para a reconstituição do “Jesus real”, restabelecendo a legítima compreensão do Cristianismo.
            Emmanuel destaca a relevância da atuação do Mestre, a pujança da sua influência, no que diz respeito aos rumos do progresso terrestre. Encerramos este artigo com mais uma notável citação desse Espírito, que descortina detalhes do Governo espiritual do Cristo:
            Vê-se, então, o fio inquebrantável que sustenta os séculos das experiências terrestres, reunindo-as, harmoniosamente, umas às outras, a fim de que constituam o tesouro imortal da alma humana em sua gloriosa ascensão para o Infinito.

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            Na tela mágica dos nossos estudos, destacam-se esses missionários que o mundo muitas vezes crucificou na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que diviniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o “écran” das nossas observações e dos nossos estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geométrico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades.
            Nossos pobres olhos não podem divisar particularidades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio da luz e da vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da existência planetária. No seu coração augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres.5

REFERÊNCIA
1 - MEIER, John P. Um judeu marginal: repensando o Jesus histórico. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1993. p. 35.
2 - KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Edição Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2007.
3 - XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. I, item A Comunidade dos Espíritos Puros, p. 17.
4 - KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Edição Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2007.
5 - XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. “Introdução”, p. 14-15.

O Reformador
2008

 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

            A luta pela sua dignidade vem desde há muito tempo. Acontecimentos variados chamaram a atenção da sociedade para a necessidade de serem observados os direitos entre os dois sexos.
            Lutas renhidas contra a intolerância foram travadas a partir do século XIX e especialmente do XX, quando, esmagadas pela força de homens cruéis, as mulheres resolveram enfrentar as situações lamentáveis.
            Trabalhando sob condições impróprias e em horários exaustivos, reuniram-se para protestar inúmeras vezes, terminando por serem reconhecidas como essencial necessidade na construção da sociedade justa.
            Apenas em 1945, a Organização das Nações Unidas assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre os dois sexos. Mais tarde, por volta de 1960, o movimento feminista ganhou respeito, sendo comemorado oficialmente o Ano Internacional da Mulher, sendo o dia 8 de março reconhecido pela ONU.
            A partir daí, outros direitos foram conquistados com sacrifícios até este momento em que a liberdade é conferida às mulheres no mesmo quadro de valores de que disputam os homens. No entanto, ainda existem injustiças a serem regularizadas, como no caso dos salários que, em muitos lugares, não alcançam o mesmo patamar.
            Nada obstante, observa-se algo desconcertante nesta maravilhosa conquista. A mulher que sempre desejou a liberdade, aliás, muito justa, deve ter cuidado para não a converter em libertinagem, tornando-se objeto descartável, especialmente na área sexual.
            Deus concedeu-lhe a ímpar missão da maternidade que não pode ser esquecida em momento algum, merecendo todo o apoio e respeito.
            A mulher dignificada moralmente fomenta uma sociedade feliz, graças à capacidade que possui de resistência à dor e de bondade em relação à vida, de abnegação em todos os comportamentos pela estrutura emocional de que é constituída.
 

 Divaldo Pereira Franco

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Artigo publicado no jornal A Tarde,  coluna Opinião, em  10.3.2015.

 

 

EDUCAÇÃO NO LAR

 

“Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” — Jesus.
(JOÃO, capítulo 8, versículo 38.)

 

            Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.
            Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.
            Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.
            Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.

 

Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

 

 

O EXEMPLO DA FONTE

 

            Um estudante da sabedoria, rogando ao seu instrutor lhe explicasse qual a melhor maneira de livrar-se do mal, foi por ele conduzido a uma fonte que deslizava, calma e cristalina, e, seguindo-lhe o curso, observou:
            — Veja o exemplo da fonte, que auxilia a todos, sem perguntar, e que nunca se detém até alcançar a grande comunhão com o oceano. Junto dela crescem as plantas de toda a sorte, e em suas águas dessedentam-se animais de todos os tipos e feitios.
            Enquanto caminhavam, um pequeno atirou duas pedras à corrente e as águas as engoliram em silêncio, prosseguindo para diante.
            — Reparou? — disse o mentor amigo — a fonte não se insurgiu contra as pedradas. Recebeu-as com paciência e seguiu trabalhando.
            Mais à frente, viram grosso canal de esgoto arremessando detritos no corpo alvo das águas, mas a corrente absorvia o lodo escuro, sem reclamações, e avançava sempre.
            O professor comentou para o aprendiz:
            — A fonte não se revolta contra a lama que lhe atiram à face. Recolhe-a sem gritos e transforma-a em benefícios para a terra necessitada de adubo.
            Adiante ainda, notaram que, enquanto andorinhas se banhavam, lépidas, feios sapos penetravam também a corrente e pareciam felizes em alegres mergulhos.
            As águas amparavam a todos sem a mínima queixa.
            O bondoso mentor discípulo e terminou:
            — Assinalemos o exemplo da fonte e aprenderemos a libertar-nos de qualquer cativeiro, porque, em verdade, só aqueles que marcham para diante, com o trabalho que Deus lhes confia, sem se ligarem às sugestões do mal, conseguem vencer dignamente na vida, garantindo, em favor de todos, as alegrias do Bem Eterno.

 

Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

 

 

A PRIMEIRA SESSÃO

 

            De princípios de 1920 a 1927, Chico não mais conseguiu avistar-se pessoalmente com o Espírito de Dona Maria João de Deus.
            Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Terminara o curso primário no Grupo Escolar “São José”, de Pedro Leopoldo em 1923, levantando-se às seis da manhã para começar às sete as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde para sair às onze da noite.
            O trabalho, porém, era exaustivo e, em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite, com o salário de treze cruzeiros por mês. Entretanto, continuavam as perturbações noturnas.
            Depois de dormir, caía em transes surpreendentes. Perambulava pela casa, falava em voz alta, dava notícias de pessoas que sofriam no Além, mantinha longas conversações, cujo fio era impenetrável aos familiares aflitos.
            Em 1927, porém, eis que a sua irmã D. Maria da Conceição Xavier, hoje mãe de família, cai doente. Era um doloroso processo de obsessão.
            Tratada carinhosamente pelo confrade Sr. José Hermínio Perácio, que atualmente reside em Belo Horizonte, a jovem curou-se.
            Foi assim que se realizou a primeira sessão espírita no lar da família Xavier, em Pedro Leopoldo. Perácio, na direção, pronunciava vibrante prece. Na mesa, dois livros. Eram eles O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO e O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec.
            O Espírito de Dona Maria João de Deus comparece e grafa longa mensagem aos filhos presentes, através da médium D. Carmem Pena Perácio, devotada esposa do companheiro a que nos referimos. Reporta-se a cada filho, de maneira particular. E, dirigindo-se ao Chico, comove-o, escrevendo:
            — Chico, meu filho, eis que nos achamos mais juntos, novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra os seus deveres e, em breve, a Bondade Divina nos permitirá mostrar a você os seus novos caminhos.
E assim realmente aconteceu.

 

Livro Lindos Casos de Chico Xavier
Autor Ramiro Gama

 

 

DEVER PRIMORDIAL

 

vA hora que estamos vivendo é de aflição, apreensões, angustias e dores de toda sorte. Todos os homens estão envolvidos e dominados, mau grado seu, pelo tremendo potencial de forças maléficas, geradas pelos atos individuais que, acumulados em todas as nações, criaram o ambiente maléfico coletivo, propício `a deflagração da catástrofe social que ora tortura a Humanidade.
            Os espíritos sabem como se originam esses fenômenos sócias, alcançando a sabedoria da velha frase popular: Quem semeia ventos colhe tempestades.
            Realmente, nenhuma doutrina explica melhor os fenômenos da vida, individual e coletiva, em seus múltiplos aspectos, nos diversos planos do universo, como o faz o Espiritismo. Doutrina de clareza meridiana, posa ao alcance de todos, em linguagem simples, sem prejuízos dos profundos ensinamentos que contém, o Espiritismo, e só ele, é capaz de esclarecer e orientar a Humanidade para extinguir os erros multisseculares em que os homens têm caído, orientandos por doutrinas religiosas e filosóficas que jamais conseguiram fazer luz suficiente para iluminar o triste tugúrio da consciência de seus adeptos.
            Os espíritas, portanto, estão plenamente capacitados para transmitir com relativa segurança os ensinos de Jesus, acrescidos dos que o Consolador que Ele prometera pedir ao Pai para enviar ao mundo, já dito e continua a transmitir por intermédio dos espíritos Superiores, através dos médiuns mais ou menos defeituosos, em conseqüência do ambiente de ignorância e de tragédia em que vivemos.
            Compreendemos, também, que os orgulhosos e falsos, maiorais das religiões e doutrinas filosóficas que se supõem detentores da Verdade, não queiram estudar o Espiritismo e rancorosamente o hostilizem. O Egoísmo e orgulho, a inércia espiritual e o medo, o horror “as inovações e os interesses terra a terra que defendem, não lhes permite outra atitude. A natureza não dá saltos.
            Uma coisa, porem, todos esses maiorais já sabem: é que o Espiritismo não poderá ser destruído. Seus adeptos poderão ser perturbados, presos, maltratados, mas Doutrina espírita permanecerá indestrutível como obra de Deus que é, destinada à salvação dos homens.
            Dissemos, linha acima, que quem semeia ventos colhe tempestades. Passemos à explicação do mecanismo das conseqüências dos atos de cada homem, no correr da vida eterna.
Todo indivíduo responde pelos atos que pratica, Se os atos são maus, ele cria para si mesmo, irrevogavelmente, uma situação futura de que só se libertará pela reparação futura de que só se libertará pela reparação que poderá vir pelo sofrimento ou por atos bons que pratique, As faltas as más ações, predispõem o indivíduos para as perturbações psíquicas, que poderão ter, entre outras, as seguintes características:
            a) Desorientação intelectual e moral;
            b) obsessão, possessão e subjugação por Espíritos inferiores;
            c) manias e excentricidades prejudiciais, demência, etc.
            Geralmente, a ciência materialista abandona os fatores psíquicos ou se limita a apreciá-los sob um prisma errôneo, visto não possuir meios para a solução dos problemas, os quais estão vinculados à existência do Espírito.
            A soma dos atos mais de todos os homens cria um ambiente psíquico coletivo dentro do qual os Espíritos inferiores encontram meios para praticar os mais horríveis malefícios, não só sobre os indivíduos isoladamente, levando-os aos vícios, ao crime e ao suicídio, como sobre os lares, sobre os povos, sobre as nações e sobre a humanidade, como acontece atualmente.
            Em fase do exposto chegamos à conclusão de que é um dever primordial de todo homem, medianamente equilibrado, estudar o Espiritismo, porquanto só assim poderá compreender verdadeiramente a vida, aqui e além da morte, e educar desde já os seus filhos para a constituição da sociedade nova, moldada na suprema Sabedoria das divinas leis de Deus.

 

Lins de Vasconcellos.

Jornal Mundo Espírita
Setembro de 1954

 

 

 

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