"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XIV - N. 159 * Campo Grande/MS * Abril de 2019.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           As grandes mudanças se operam ao longo do percurso, talvez uma existência seja muito pouco.

 

ÓDIO

           Hoje em dia com a evolução surpreendente da comunicação eletrônica e a disseminação global das redes sociais, temos a sensação que a violência cresceu assustadoramente e que o ódio ainda impera neste planeta que nos serve de provas e expiações. Talvez seja apenas impressão, pois há algum tempo atrás as notícias demoravam muito a chegar e também não nos chegavam violências e crimes não detectados pelos canais informativos.
           A benfeitora Espiritual Joanna de Ângelis aponta que o ódio é remanescente das mais sórdidas paixões do primarismo asselvajado, que permanece em luta gigantesca com a razão e o sentimento de amor,inato em todos os seres. Diz ainda que o ódio é um morbo pestífero que só desaparece mediante a terapia do amor incondicional que o dilui e o enfraquece, lutando no campo de batalha chamado consciência.
           Continua a ilustre benfeitora analisando o funcionamento do ódio como um automatismo violento, como uma labareda voraz que deixa destruição, para que as mãos do amor trabalhem na reconstrução que surgirá dos escombros, permanecendo no mundo como uma loucura que o tempo amorosamente irá desfazendo, fertilizando os embriões da misericórdia que fazem esse amor germinar no solo dos sentimentos.
           O preclaro Espírito Camilo nos diz que o ódio é força cega que enceguece os seus portadorese os leva a precipícios hediondos, sendo o ódio contra si mesmo a maior tragédia da mente humana, e a pessoa odienta, para quema rodeia, é um foco pestilencial que manda dardos de sua doença aonde quer que vá, elaborando processos de autodestruição que pode ser imediata, de uma vez, ou em longo prazo, avançando para o fim da saúde, da alegria, da família, dos amigos, da vida e de tudo.
           O bondoso Espírito Miramez diz que a razão nos fala que não nos convém a violência, a maldade, o ódio, o ciúme, o orgulho e o egoísmo e que Deus nos fala pelos fios da natureza e nós O ouvimos pela consciência. Lembra ainda que o sofrimento, por vezes é a melhor escola, desde que não nos revoltemos contra os testemunhos.
           O ódio entre mães e filhos e com filhos que maltratam seus pais denota Espíritos que dormem em relação ao amor, ficando nas trevas dos entendimentos superiores.Os sofrimentos por que passam mães e filhos, se os suportarem com paciência, não ficarão em vão e serão recompensados com seus fardos aliviados, pois todo trabalhador é digno do seu salário.
           O instrutor espiritual André Luiz esclarece que o homem é um Espírito eterno habitando temporariamente um corpo terrestre, e que seu corpo espiritual, o perispírito,é uma organização viva a que se amoldam as células materiais e que os laços do amor e do ódio nos acompanha em todo círculo da vida...
           Já o ilustre médium Chico Xavier, orientado por Emmanuel, em resposta a uma entrevista, nos diz que o ódio talvez seja a enfermidade dominante na Terra, entretanto afirma que ele, o ódio, é transitório, como são transitórios todos os desequilíbrios da individualidade na sua condição de Espírito imperecível.

 

Crispim.

 

Referências bibliográficas:

  • Jesus e o Evangelho: Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis.
  • A Carta Magna da Paz; e Revelações da Luz: J. Raul Teixeira/Camilo.
  • A Terra e o Semeador: Chico Xavier/Emmanuel.
  • Missionários da Luz: Chico Xavier/André Luiz.
  • Filosofia Espírita Volume XVIII: João Nunes Maia/Miramez.

 

 

DEPENDE DE VOCÊ

 

           Depende de você de seus préstimos, de sua atitude, tudo que espera. No fundo de sua alma dormitam energias criadoras, basta que as desperte para que se façam esperança e alegria.
           Esquece muitas vezes de estudar a lição e com isso oblitera energias que poderia lhe dar a paz, algo que todos necessitam.
           Construa dentro de si argumentos enobrecedores que garantem equilíbrio nos momentos de crises e perplexidades, porque, a rigor, somente terá apoio, quando auxiliar a fraqueza do próximo, oferecendo alento e paz, por isso levante cedo e comece a sua cruzada, para dominar o espírito egoísta de outras épocas.
           Revista-se de energia em abundância e estenda o recurso do pão a que tem fome.
           Lembre-se que o mundo melhor depende de você; agora, se dorme na preguiça é certo que não logrará esse intento, assim aja sempre no bem sem esmorecimento, porque um dia é certo que a vitoria virá, disso jamais duvide.
           Certamente que de você depende uma série de fatores, por isso madrugue todo dia, ganhe tempo, é necessário que cumpra o seu papel. Urge que conclua o trabalho que já esboçou.
           Em frente, porque com amor pode-se chegar mais longe, mas não espere demais, que o tempo é curto, e o compromisso é grande, pode por negligência perder o trem e com isso dificultar a sua caminhada, e pior ainda ficar a margem do caminho sem recursos.

 

Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

AS ÁRVORES

 

            É uma lição simples e plena. Pois que a maneira de se conhecer qualquer coisa pelo resultado que produz. Afirma a lição de hoje. Que a árvore boa não pode dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Como não se colhe figos dos espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.
            Observa-se a naturalidade e simplicidade dos ensinamentos de Jesus. Em tudo coloca a lógica e a praticidade para que todos possam entender a sua mensagem.
            Naturalmente que todos podem tirar lições proveitosas desta leitura da lição do Evangelho. Mostrando que como uma boa árvore, pode-se, aliás, tem obrigação de dar bons frutos. Por isso o empenho como fundamental em qualquer situação, porque como obter algum resultado se não há esforço do interessado...
            Em Doutrina Espírita se ensina que existem dois caminhos. O amor e a dor. Agora se descobre a existência de um terceiro caminho, que se chama lógica.
            Conheci uma senhora, viúva, com um único filho. Este já formado, médico, trabalhando em hospital da cidade, 31 anos, casado, com um filho de menos de um ano de idade, em uma viagem veio a desencarnar num acidente automobilístico.
Sua mãe conta que só tinha duas opções na vida. Primeira deitar numa cama e  esperar a morte chegar. Outra, reagir. Ela fez opção pela segunda. Já era simpatizante da Doutrina Espírita, começou a frequentar uma casa espírita, procurando absorver os ensinamentos que eram ministrados na casa e em conversas com amigos.
            Passaram-se nove meses, quando um dia recebe uma mensagem muito esclarecedora de seu filho, não só pela firmeza, doçura, mas também pela riqueza de detalhes.
            Mostrando claramente que a vida continua, não seria um acidente de percurso numa curva da estrada que iria acabar aquele grande amor. que continuava lá na outra dimensão da existência, tão vivo ou mais vivo que antes, ainda mais iluminado pela claridade de espírito livre, que pode com certeza compreender a naturalidade da própria vida.
            Também no caso da árvore existe uma terceira árvore que não consta desse ensinamento específico, mas também é tão danosa quanto à árvore má, trata-se da figueira seca.
            Aquela árvore frondosa, isto que tinha todas as condições de produzir, mas não produziu nada, há quem alegue que também não era tempo de figos, mas como for, há necessidade de que a árvore produza os seus frutos para encontrar seu maior objetivo no mundo. Áulus.

 

Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

EXERCÍCIO IRREGULAR DA MEDIUNIDADE

 

           Como todas as outras faculdades, a mediunidade é um dom de Deus, que se pode empregar tanto para o bem quanto para o mal, e da qual se pode abusar. Seu fim é pôr-nos em relação direta com as almas daqueles que viveram, a fim de recebermos ensinamentos e iniciações da vida futura. Assim como a vista nos põe em relação com o mundo visível, a mediunidade nos liga ao invisível. Aquele que dela se utiliza para o seu adiantamento e o de seus irmãos, desempenha uma verdadeira missão e será recompensado. O que abusa e a emprega em coisas fúteis ou para satisfazer interesses materiais, desvia-a do seu fim providencial, e, tarde ou cedo, será punido, como todo homem que faça mau uso de uma faculdade qualquer.8 Assim, a faculdade é concedida porque as pessoas [...] precisam dela para se melhorarem, para ficarem em condições de receber bons ensinamentos. Se não aproveitam da concessão, sofrerão as conseqüências. Jesus não pregava de preferência aos pecadores, dizendo ser preciso dar àquele que não tem?2 Entretanto, o [...] exercício muito prolongado de qualquer faculdade acarreta fadiga; a mediunidade está no mesmo caso, principalmente a que se aplica aos efeitos físicos, ela necessariamente ocasiona um dispêndio de fluido, que traz a fadiga, mas que se repara pelo repouso.3 Há casos em que é prudente, necessária mesmo, a abstenção, ou, pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium. Aliás, em geral, o médium o sente e, desde que experimente fadiga, deve abster-se.4
           Existem situações, porém, em que o exercício da mediunidade é considerado irregular, não porque esteja acarretando debilidade física ou psíquica, mas pelos inconvenientes que produzem. O desenvolvimento da mediunidade nas crianças, por exemplo, é desaconselhado pelos Espíritos. Outro ponto, não menos importante, diz respeito à inconstância de alguns trabalhadores espíritas às reuniões mediúnicas. São trabalhadores desatentos que não param para refletir sobre a importância e seriedade da tarefa, dela se furtando ante o menor obstáculo que surge no caminho.
           Neste sentido, a Casa Espírita deve estar aparelhada para orientar com segurança, atenta às seguintes orientações de Kardec: Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência [...]. Se bem cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu desenvolvimento depende de causas que a ninguém é dado conseguir se verifiquem à vontade. As regras da poesia, da pintura e da música não fazem que se tornem poetas, pintores, ou músicos os que não têm o gênio de alguma dessas artes. Apenas guiam os que as cultivam, no emprego de suas faculdades naturais. O mesmo sucede com o nosso trabalho. Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista. [...] De par com os médiuns propriamente ditos, há, a crescer diariamente, uma multidão de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las nas suas observações, assinalar-lhes os obstáculos que podem e hão de necessariamente encontrar, lidando com uma nova ordem de coisas, iniciá-las na maneira de confabularem com os Espíritos, indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações, tal o círculo que temos de abranger, sob pena de fazermos trabalho incompleto. [...] A essas considerações ainda aditaremos outra, muito importante: a má impressão que produzem nos novatos as experiências levianamente feitas e sem conhecimento de causa, experiências que apresentam o inconveniente de gerar idéias falsas acerca do mundo dos Espíritos e de dar azo à zombaria e a uma crítica quase sempre fundada. De tais reuniões, os incrédulos raramente saem convertidos e dispostos a reconhecer que no Espiritismo haja alguma coisa de sério. Para a opinião errônea de grande número de pessoas, muito mais do que se pensa têm contribuído a ignorância e a leviandade de vários médiuns. Desde alguns anos, o Espiritismo há realizado grandes progressos: imensos, porém, são os que conseguiu realizar, a partir do momento em que tomou rumo filosófico, porque entrou a ser apreciado pela gente instruída. Presentemente, já não é um espetáculo: é uma doutrina de que não mais riem os que zombavam das mesas girantes. Esforçando-nos por levá-lo para esse terreno e por mantê-lo aí, nutrimos a convicção de que lhe granjeamos mais adeptos úteis, do que provocando a torto e a direito manifestações que se prestariam a abusos.1

 

REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Introdução, p. 12-16.
2. ______. Cap. 17, item 220, 14.ª pergunta, p. 272-273.
3. ______. Cap. 18, item 221, 2.ª pergunta, p. 274.
4. ______. 3.ª pergunta, p. 274.
8. ______. O que é o espiritismo. 54. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 2 (Noções elementares de espiritismo – Observações Preliminares), item 88 (Qualidades dos médiuns), p. 201.

 

ESDE
2008

 

 

PSICOGRAFIA

 

Querido filho!...

            Volto para complementar a carta que iniciei, pois que preciso dizer que ainda guardo deficiências, conquanto os amigos daqui me darem todo o apoio, nessa comunicação, ainda assim levado pela emoção, muitas vezes não eu correspondo ao combinado. Mas deixa estar que darei o recado agora.
            Para Anita que viveu todos esses anos junto a mim, a quem muito devo por haver pacientemente suportado minhas impertinências e minha falta de paciência, além do que haver me servido tanto tempo, o golpe foi maior, devido a essa minha transferência de há muito programada para o lado de cá. Foi difícil aceitar de pronto essa situação. Mas o tempo pacientemente vai cicatrizando as feridas que num primeiro momento estavam tão expostas, pois que Deus sempre é misericordioso e permite o esquecimento temporário para que se possa continuar vivendo.
            Quero dizer aos queridos filhos que os tenho no coração, porque foram sempre o maior tesouro de minha vida. Nestes filhos incluo todos aqueles que vieram somar a nossa família.
            Ao chegar aqui tive muitas surpresas agradáveis, principalmente ao reencontrar os filhos queridos e o Antônio, que trouxeram muito alento e esperança naqueles momentos tristes da separação dos entes queridos que ficaram no lado de lá, ouvindo ou sentido os seus apelos, devido a essa amizade cultivada por tantos anos e também porque não fazia uma idéia muito clara do que era realmente esta outra margem da vida, apesar de muitos comentários que ouvira não consegui assimilar bem, mas agora começo a perceber muita coisa importante que fizera em meu próprio benefício sem saber, como outras que deixaram de fazer e não tivera a percepção de realizá-la.
            Quero dizer que estou bem, consciente de meus compromissos, isto me tem dado muito alegria, apesar de algumas limitações que ainda sinto a que já me referi.
            Mas seja como for, estou bem, embora muitas vezes a saudade se faça presente, recordando tantas coisas de nossa vivência em família, de cada gesto arquivado na acústica de minha alma, agora aflora com toda força e exuberância, então sou acometida dessa fraqueza, mas com atitude vigilante de Antônio consigo superar.
            Vejo que nestes últimos anos tem vencido formidáveis barreiras, bem como a querida nora, que tem sido o esteio dessas vitórias, que muito me alegra e emociona, porque para uma mãe a maior felicidade é ver os filhos encaminhados na vida e em paz com a família e com a  consciência.
            Acabo de dizer a Antônio que gostaria de falar muito coisa ainda, mas o tempo que disponho já se esgotou e estou usando alguns minutos a mais para me despedir.
            Assim um grande abraço a todos os familiares queridos.

 

Maria

 

 

MENTE E VIDA

 

           A usina mental é possuidora de inimaginável poder gerador de energia, mantendo-a neutra até o momento em que o Espírito a movimenta, conforme as aspirações que agasalha e o direcionamento que lhe compraz.
Conhecido, esse poder, desde épocas imemoriais nas civilizações do Oriente, apresentava-se então revestido de mistério nas cerimônias religiosas, produzindo fenômenos que deslumbravam as massas.
           Para bem canalizá-lo, surgiram os cultos e as doutrinas esotéricas, que estabeleceram regras de comportamento e técnicas para a sua aplicação, mediante cujas práticas, depois de largo período de iniciação, elegiam os seus sacerdotes, que se responsabilizavam pela condução dos povos.
           Entre as culturas primitivas, os xamãs encarregavam-se de aplicar os valiosos recursos mentais, que conseguiam identificar neles próprios, abrindo espaço para as comunicações espirituais que comprovaram a imortalidade da alma.            Tornaram-se, desse modo, muito importantes nos grupos sociais, nos quais mourejavam.
           Não existe um povo no qual, nas raízes de sua origem, a mente não tenha sido responsável pelo seu desenvolvimento e progresso.
           Todos os grandes líderes religiosos do passado, nos primórdios das civilizações, porque mais evoluídos do que os seus concidadãos, aos quais orientavam, utilizaram-se da energia mental para lograr êxito nos cometimentos a que se entregavam.
           Com Jesus, porém, esse poder atingiu o clímax, em razão da Sua superioridade moral e grandeza espiritual de Governador do planeta terrestre, demonstrado nos notáveis momentos da multiplicação dos pães e dos peixes, da tempestade acalmada no mar da Galiléia, da pesca milagrosa, das curas extraordinárias, da visão a distância, da precognição em torno do Seu martírio, dos acontecimentos futuros, do fim dos tempos...
           Depois dEle, ao largo dos séculos, homens e mulheres superiores espiritualmente ao biótipo comum, aplicaram essa força poderosa de maneira edificante e salutar, logrando demonstrar que o ser humano é o seu pensamento.
           De Mesmer a Allan Kardec, passando por eminentes estudiosos da energia mental, pôde-se constatar que a vida se expressa no mundo objetivo, conforme o direcionamento dessas grandiosas forças.
           Nada obstante, graças ao conhecimento do cérebro, cada dia mais desvendado pelas neurociências, vêm sendo identificadas as áreas onde se sediam esses campos de força que, bem conduzidos, moverão montanhas...
           O conceito de Jesus acerca da fé, que é capaz de todas as realizações, centraliza-se na dinâmica da energia mental. Ter fé representa possuir a coragem de lutar em favor da concretização daquilo a que se aspira e entregar-se em confiança aos resultados que serão alcançados.
           O brocardo popular, que estabelece o querer é poder, possui validade incontestável, porquanto a aspiração, quando carregada da energia mental, culmina por concretizar aquilo que anela.
           A princípio, as fórmulas de controle mental passaram de geração a geração envoltas em enigmas, a fim de não serem entendidas pelos não iniciados, os exotéricos.
           À medida que a cultura adquiriu cidadania e as doutrinas psicológicas aprofundaram a investigação na psique, mais fácil se fez o entendimento e a aplicação dessas fabulosas energias.
           Mente é também vida.
           Todos nos encontramos mergulhados no pensamento exteriorizado pela Mente Divina, que tudo orienta e conduz com segurança, desde as colossais galáxias às micropartículas.
           Conforme penses, assim viverás.
           Se te permites o pessimismo contumaz, permanecerás na angústia, a um passo da depressão.
           Se anelas pela felicidade, já te encontras fruindo as bênçãos que dela decorrem, como prenúncio do que alcançarás mais tarde.
           Se delineias sofrimentos para a existência, sob o conceito da aflição que agasalhas, a jornada terrestre ser-te-á assinalada pelo sofrimento.
           Se reflexionas em torno do bem-estar e da alegria de viver, mesmo que ocorram acidentes de percurso em forma de dor, desfrutarás de mais tempo de contentamento do que de aflição.
           Se projetas insucesso pelo caminho, seguirás uma trilha assinalada pelo fracasso elaborado pelo teu próprio pensamento.
           Se arrojas em direção do futuro o êxito, encontrá-lo-ás à tua espera, à medida que avances no rumo dos objetivos superiores.
           A mente produz aquilo que o pensamento direciona.
           A abundância da Vida encontra-se em toda parte do Universo, assim como a paz e a saúde, porque procedem de Deus, o Criador.
           Igualmente, vastas faixas de infelicidade e de dissabores são sustentadas pelas mentes conflitivas e negativistas que as originaram e as preservam.
           É necessário, portanto, pensar- -edificando o bem, a fim de que o bem se edifique nos teus sentimentos.
           O Evangelho de Jesus é fonte inexaurível de alegria e de satisfações emocionais, de auto-realizações e de felicidade.
           Aborda, também, é claro, o sofrimento, o martírio, não porém de maneira masoquista, mas sim, como recursos de libertação das mazelas anteriormente armazenadas, facultando a conquista da harmonia interior e propiciando a perfeita vinculação com Deus.
           Pensa, portanto, de forma saudável, edificante, e receberás as altas cargas de estímulos que procedem das faixas nobres da vida, através do pensamento.
           Vivencia as experiências provacionais dolorosas com o pensamento em harmonia, sem deixar que o dissabor e o desalento tomem conta das tuas paisagens mentais, e ser-te-ão menos penosas as horas de purificação.
           Ninguém transita no mundo físico sem a experiência de algum tipo de sofrimento, porquanto este é um planeta de provas e de expiações e não o paraíso, onde a dor e o desespero não vigem, não se apresentam sequer.
           A maneira, porém, de vivê-lo é que o tornará razão de desdita ou de satisfação, em face da perspectiva de próxima libertação.
            Quando Jesus afirmou que Ele e o Pai são Um, demonstrou que, na Sua perfeita sintonia com a vontade de Deus, mergulhara totalmente no projeto que fora desenhado para a Sua existência entre as criaturas da Terra, sem queixa ou mal-estar.
           Quando consigas, por tua vez, entregar-te ao amor e vivê-lo em totalidade, poderás assinalar, qual o fez o apóstolo das gentes: Já não sou eu que vivo, mas o Cristo que vive em mim.
           Aprofunda, portanto, reflexões em torno do pensamento, deixa-te potencializar pela sua força e canaliza-o para a felicidade que te está destinada, e a experimentarás desde este momento.

 

Joanna de Ângelis

 

(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 20 de junho de 2007, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

 

O Reformador
2008

 

 

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS, MORTE FÍSICA E REPERCUSSÕES ESPIRITUAIS

 

Edson Gomes Tristão

 

           Informações fantasiosas e, muitas vezes, especulativas, divulgadas pela mídia, como sequestros de pessoas para roubo e venda de órgãos destinados a transplantes assim como a interrupção precoce da vida de um paciente para esse mesmo fim, acabam confundindo a população e desenvolvendo um verdadeiro temor sobre esse tema.
           Os transplantes de órgãos exigem um estudo prévio e detalhado entre o sistema imunológico do doador e receptor para avaliar a compatibilidade entre os dois organismos. Exames laboratoriais sofisticados, equipes de profissionais preparados enfrentando uma das cirurgias mais complexas da medicina tornam esse ato impossível de ser realizado de improviso e fora de grandes hospitais.
           O Brasil possui uma legislação completa sobre o tema. Os critérios para diagnóstico de Morte Encefálica são bem definidos pela Resolução 1.480/97 do CFM (Conselho Federal de Medicina) com os seguintes achados clínicos: ausência de reflexos do tronco cerebral e coma aperceptível (pupilas paralíticas, arreatividade e insensibilidade, ausência de reflexo córneo-palpebral e óculo-vestibular). Essas constatações são respaldadas por um exame subsidiário que demonstre ausência de atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma) ou de perfusão sanguínea cerebral (carotidoangiografia), permitindo excluir as situações de hiportermia e depressão medicamentosa. Constatada a Morte Encefálica, o paciente não tem possibilidade de retorno à vida, mesmo continuando a respirar e seu coração batendo espontaneamente ou através de aparelhos. Esse é o momento ideal para retirada do órgão doado. O exame clínico será ainda repetido em um período de seis a doze horas, por dois médicos, sendo um neurologista, e confirmado pelos exames gráficos nos hospitais captadores de órgãos. Os médicos que assistem o paciente não devem pertencer à equipe de transplante e será permitida a presença de um médico de confiança da família para acompanhar esse diagnóstico. Além disso, em todos os casos de doação de órgãos, deverá haver, previamente o consentimento da família.
           Todos esses cuidados e seguimento da legislação própria dão segurança e confiabilidade aos transplantes em nosso pais.
           Resta ver o outro lado desse ato médico, que são as repercussões perispirituais. Sabe-se que o conceito de morte definido pela ciência depende apenas da avaliação dos fenômenos biológicos. A desencarnação é um processo bastante complexo de desligamento do Espírito do corpo, envolvendo fatores matérias, emocionais e espirituais e que inicia no momento da morte física. O próprio tipo de morte tem influencia (acidental ou crônica), condição evolutiva do ser, idade, etc. Ao responder à questão 155 de O Livro dos Espíritos, feita por Allan Kardec, os benfeitores espirituais assim se manifestaram: A alma se desprende gradualmente, não se escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. (...) esses laços se desatam, não se quebram (...) se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. (...)
           Ao serem desligados todos os laços que prenderam o Espírito á matéria, esta começa seu estado de decomposição, mesmo com os aparelhos mantenedores da vida ligados. Baseado nesses conhecimentos fica claro que no momento em que ocorrer a retirada de órgãos para doação, o Espírito ainda esta ligado ao corpo, ocorrendo uma repercussão psicológica e perispiritual. Como se comportara esse Espírito? Ele tinha doado os órgãos antes ou foi uma decisão da família?
           Pode se revoltar contra o ato?
           Alguns defendem a idéia de que a doação para transplante, por si mesma consiste em um gesto de amor e por isso o Espírito do doador ser amparado e suas dores sanadas pelos benfeitores espirituais. Essa observação esta coberta de razão desde que a iniciativa tenha partido do doador e não da sua família somente, sem consulta prévia ao mesmo.
           Muitas doações de órgãos provem da morte de pessoas jovens, vitimam de ocorrências violentas, como acidentes de trânsito e a família faz um ato de caridade ao direcionar os órgãos para transplantes, mas, na realidade nunca conversou com esse familiar sobre o assunto.
           Existe também a confirmação da troca de energias perispirituais entre o doador e receptor, como relata o pesquisador americano Paul Pearsall, no livro Memória das Células. O autor avaliou vários transplantados nos Estados Unidos, comprovando a mudança de hábitos de muitos deles, que passaram a se comportar como o doador, causando problemas em suas vidas e com seus familiares.
           A Doutrina Espírita é a favor do transplante de órgãos, desde que se trata de um ato de caridade e um desprendimento do corpo físico, que não terá mais função após a saída do Espírito, lembrando sempre que é uma decisão de cada um. Cabe à comunidade promover a sensibilização dos prováveis doadores e receptores, através de campanhas e palestras, afim de desenvolver um preparo psíquico e espiritual, que favoreça a sintonia energética, sem causar traumas ao Espírito que esta desencarnado e favorecendo a aceitação do corpo perispiritual ao novo órgão que veio trazendo a vida.

 

BIBLIOGRAFIA:
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução do CFM nº 1480, 8 de agosto de 1997.
PERSALL, Paul. Memória das Células. São Paulo: Mercuryo, 1999.
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. 1ª Ed, comemorativa. Rio de Janeiro: FEB 2007. Questão 155-a.

 

Revista Cultura Espírita
2014

 

 

QUE É A CARNE?

 

“Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.” — Paulo.
(GÁLATAS, capítulo 5, versículo 25.)

 

           Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.
           É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. Nós mesmos, freqüentemente, nos sentimos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.
           Entretanto, que é a carne?
           Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluídos condensados?
           Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.
           Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.
           Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.
           É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus-Cristo.
           Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.

 

Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

 

 

A HISTÓRIA DO LIVRO

 

           O mundo vivia em grandes perturbações.
           As criaturas andavam empenhadas em conflitos constantes, assemelhando-se aos animais ferozes, quando em luta violenta.
           Os ensinamentos dos homens bons, prudentes e sábios eram rapidamente esquecidos, porque, depois da morte deles, ninguém mais lhes lembrava a palavra orientadora e conselheira.
           A Ciência começava com o esforço de algumas pessoas dedicadas à inteligência; entretanto, rapidamente desaparecia porque lhe faltava continuidade. Era impraticável o prosseguimento das pesquisas louváveis, sem a presença dos iniciadores.
           Por isso, o povo, como que sem luz, recaia sempre nos grandes erros, dominado pela ignorância e pela miséria.
           Foi então que o Senhor, compadecendo-se dos homens, lhes enviou um tesouro de inapreciável importância, com o qual se dirigissem para o verdadeiro progresso.
           Esse tesouro é o livro. Com ele, apareceu a escola, com a escola, a educação foi consolidada na Terra e, com a educação, o povo começou a livrar-se do mal, conscientemente.
           Muitos homens de cérebro transviado escrevem maus livros, inclinando a alma do mundo ao desespero e à ironia, ao desânimo e à crueldade, mas, as páginas dessa natureza são apressadamente esquecidas, porque o livro é realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações.
           É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.
           Dificilmente poderíamos conquistar a felicidade sem a boa leitura, O próprio Jesus, a fim de permanecer conosco, legou-nos o Evangelho de Amor, que e, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.

 

Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

 

 

O PRESIDENTE FRUSTRADO

 

           A primeira sessão espírita no lar dos Xavier realizou-se em maio de 1927.
           Em junho do mesmo ano, os companheiros dessa reunião cogitavam de fundar um núcleo doutrinário. Era preciso fundar um Centro — diziam. E, certa noite, num velho cômodo junto à venda de José Felizardo, onde o Chico era empregado, o assunto voltou a debate.
           Na assembléia, estavam apenas dois companheiros espíritas, contudo, junto deles, umas dez pessoas, sentadas, bebiam e comiam animadamente.
           — Ah! Um Centro Espírita? Boa ideia! — comentava-se.
           — Apressemos a fundação!
           — Faremos tudo por ajudar.
           — Será para nós um sinal de progresso.
           E, dentre as exclamações entusiásticas que explodiam surgiu a palavra de um cavalheiro respeitável, pedindo para que o Centro fosse instituído ali mesmo. Quem seria o Presidente? José Hermínio Perácio, o companheiro que acendera aquela nova luz do Espiritismo em Pedro Leopoldo, morava longe, a cem quilômetros de distância.
           Mas o cavalheiro de faces avermelhadas prometeu solene:
           — Assumo a responsabilidade. A fundação ficará por minha conta. Chamem o Chico. Ele poderá lavrar a ata de fundação. Serei o Presidente e ele terá as funções de Secretário.
           Depois de breve conversação, o grupo recebeu o nome de “Centro Espírita Luiz Gonzaga”.
           Chico lavrou a ata que todos presentes assinaram.
           Mas, na manhã imediata, o cavalheiro que chamara a si a Presidência, voltou à venda de José Felizardo e pediu para que seu nome fosse retirado da ata, alegando:
           — Chico você sabe que sou de família católica e tenho meus deveres sociais. Ontem, aquele meu entusiasmo pelo Espiritismo era efeito do vinho. Se vocês precisarem de mim, estou pronto para auxiliar, contudo, não posso aceitar o encargo de Presidente.
           — Mas, e como ficaremos?
           — perguntou o Chico
           — eu sou apenas o Secretário.
           — Você faça como achar melhor, mas não conte comigo.
           E o Presidente saiu, deixando o Chico a pensar.

 

Livro Lindos Casos de Chico Xavier
Autor Ramiro Gama

 

 

O SIGNIFICADO DA PÁSCOA NA DOUTRINA ESPÍRITA

 

           O significado histórico da Páscoa, repousa raízes no Judaísmo,mas foi absorvido e alterado pelo mundo cristão.
           Para os judeus, a Páscoa é a celebração que relembra a libertação do povo hebreu, após 400 anos de escravidão no Egito.
           Já para o católicos cristãos celebra-se a ressureição de Jesus após a crucificação. A celebração inicia-se no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa, período compreendido como Semana Santa.
           Todas essas decorrências estão plenas de significados,mas deitando nosso olhar para as primeiras origens desta celebração, vamos encontrar nas antigas tribos politeístas um tributo à primavera e a deusa da fertilidade Eostre.É a partir desta raíz histórica,que surge a relação da Páscoa com ovos( nos tempos modernos,de chocolate...) e com a lebre,ícone das festividades tribais, que marcavam a passagem do rigoroso inverno europeu para o período fértil da primavera.
           No Judaísmo a palavra Peseach significa “passagem”.
           O vocábulo busca traduzir o ápice das pragas do Egito que atingiram as terras e os interesses do faraó do êxodo,no período de Moisés:
           Um anjo da morte visita o Egito e para evitar as mortes dos primogênitos, os fiéis hebreus marcam com o sangue de um cordeiro a porta de entrada de suas casas. Este era o sinal para que os filhos daquele lar fossem poupados da morte, e o anjo passava ... .
           Uma outra tradição hebraica tem relação com o cordeiro no período da Páscoa: a família judaica acolhia por uma semana um cordeiro para viver com eles dentro de casa. Na convivência, estabeleciam-se vínculos afetivos e de sentimentos com o animal,e no entardecer da sexta-feira, este era sacrificado. Se alimentar do cordeiro da Páscoa era uma experiência de dor, de desilusão com vistas ao exercício da libertação,pela perda de alguém amado.
           Neste aspecto, já caminhamos aqui, para uma inter-relação com uma simbologia mais próxima dos preceitos da Doutrina Espírita.
           Lembremo-nos da última ceia de Jesus com os apóstolos. (Mt 26:17-19/Mc 14:12-16 e Lc 22:14-23).
           Jesus conviveu com proximidade durante 3 anos com os discípulos. Durante a ceia pascal (tradição hebraica) Jesus se reúne com os apóstolos e diz: “ Não mais beberei,a partir de agora ,deste fruto da videira,até aquele dia em que beba convosco ,(vinho) novo,no Reino de meu Pai” ( Mt 26:29)
           O Mestre se despedia dos 12 apóstolos. Ele dizia, um de vocês vai me entregar e trair.Estou me despedindo de vocês.Vou para o plano espiritual.Voltarei ao Pai.Vocês vão experienciar a dor da perda,e a crise da morte será um portal para que eu continue a amparar vocês e a cuidar da expansão do Cristianismo.
           E ecoando as derradeiras falas de Jesus e desdobrando seu simbolismo, a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec , no século 19, vai emoldurar a essência e beleza da mensagem do Mestre atestando ao mundo, que a vida não cessa.
           Que todos os cristãos espíritas possam nesta Páscoa, se recordar de Jesus e celebrar em sua memória, o teor primeiro de sua missão : a libertação da escravidão da matéria,e o viver sem amarras com vistas a existência futura ,no plano espiritual.
           Não permitamos que os ovinhos de chocolate e os coelhinhos da Páscoa tirem a essência da celebração deste momento que é o profundo amor de Deus por nós e a imortalidade da alma.
           Para os espíritas , a Páscoa propõe uma experiência de Deus.

           De amar e de sentir amado.
           Cristo,foi o cordeiro de Deus, se imolou por nós.
           Na passagem da cruz se ungiu de sangue,
           De perdão e misericórdia ,
           Para sinalizar o caminho,
           A abertura das águas,
           não mais vermelhas,do Mar Morto,
           Apontando para a libertação e o consolo.
           A celebração da vida.
           A imortalidade da alma.

Carta de Paulo aos Gálatas; 2:20
           “ Já não sou eu que vivo,mas é cristo que vive em mim.E a vida que agora tenho na carne,vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim”

Boa Páscoa.

Editorial
CEERJ

 

 

 

 

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