DIVERSAS MORADAS DA CASA DO PAI
Por muito tempo acreditou-se que apenas a Terra fosse habitada por seres humanos, e que Deus a criou para nossa única morada, sendo as estrelas e todos os corpos celestes servindo só para nosso deleite, inspirando aos apaixonados, que fizeram da lua o máximo da declaração amorosa, e ainda hoje há quem diga tamanho disparate, da morada única, negando até a pisada do Homem no seu romantismo.
Deixando de lado aqueles que têm olhos e não veem, que têm ouvidos e não escutam, nosso Senhor Jesus Cristo alertou-nos em seu Evangelho: “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOÃO, 14:1 a 3.)
vFelizmente a ciência caminha a passos largos e auxilia o nosso entendimento sobre a criação divina, contando-nos que o Universo infinito é composto de sistemas estelares, galáxias, aglomerados e tantos outros corpos e sistemas em sua vastidão. Apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, contém entre cem a quatrocentos bilhões de sóis, com seus planetas, e consideradas, de cem a duzentos bilhões de galáxias que distam entre si de aproximadamente dois milhões de anos luz, com a luz caminhando aproximadamente a trezentos mil quilômetros por segundo. Haja espaço.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, no seu capítulo terceiro, segundo tópico, assevera que “A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos espíritos.”
A sabedoria de Emmanuel nos diz que temos no espaço incomensurável mundos-berços, mundos-experiências, mundos universidades, mundos-templos, mundos-oficinas, mundos reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões.
Já em “O Livro dos Espíritos” encontramos a informação que Deus povoou de seres vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo final da Providência. Lembra ainda Allan Kardec que acreditarmos que só os haja no planeta que habitamos, fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.
Pelo ensino dos Espíritos vemos que os diferentes mundos são apropriados ao estado evolutivo dos seres os habitam, variando dos mais materializados, em suas encarnações primárias, aos intermediários, onde o mal convive ainda com o bem, e os mais adiantados na evolução, onde o bem reina absolutamente, até os mundos das últimas reencarnações, com os Espíritos não dependendo mais da matéria, que os ajudou na evolução, que é eterna.
Podemos de um modo geral dividir os mundos em categorias, como segue: “mundos primitivos,destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos,habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.”
À medida que os Espíritos se purificam, seus corpos aproximam-se da natureza espírita, com a matéria menos densa e veem com os olhos do corpo, não necessitando mais se destruírem para se nutrir, pois as necessidades são menos grosseiras, assim como os sofrimentos físicos.
A razão nos diz que as leis são apropriadas a cada mundo e adequadas ao grau de progresso dos habitantes.A licença para habitar esses mundos felizes é uma consequência da depuração do Espírito, que passa por mundos de evolução progressiva, cada vez mais perfeitos, até chegar a esses mundos, que comparados com a Terra são verdadeiros paraísos.
Referências bibliográficas:
- O livro dos Espíritos. Allan Kardec.
- O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo. Allan Kardec.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec.
- A Religião dos Espíritos. Chico Xavier/Emmanuel.
- A Pluralidade das Existências da Alma. André Pezzani.
Crispim.
EM TUDO A DISCIPLINA
É tudo uma questão de disciplina. Podem-se realizar grandes coisas, mas depende do empenho de cada um, se deseja falar melhor, estude muito e pratique, não há outra maneira de cumprir o seu papel.
É verdade que precisa falar mais, certamente que falar pouco é uma virtude para que seu falar seja sempre sim, sim; não, não, isto é, pensar muito no que fala, a fim de que sempre leve uma mensagem de otimismo.
Sempre fale construindo, porque essa é a maneira correta de agir.
Muitas pessoas falam o que bem entendem, não se importando com a mensagem que levem aos outros, porque além de falar para si estão falando para o mundo, levando vibrações negativas ou um incentivo para que os outros ajam de maneira inconsequente.
Por isso procure usar o tom de voz mais respeitoso com o próximo e com o ambiente onde vive. Jesus com a palavra trouxe a grandiosa mensagem ao mundo, e todo aquele que crê em sua mensagem, mas, sobretudo que a vive, deve manter uma atitude positiva e respeitosa diante da vida.
Certamente que deve considerar neste momento que todo pensamento que emite está levando a sua mensagem aos outros, como também outras inteligências que ouvem, com ela se harmonizam no bem ou no mal, resultando daí que as companhias que escolhem são consequências de mensagem emitida por sua própria boca.
Lembre-se que cada palavra emitida constituir-se-á em testemunha de como agiu aqui e no mais além, por isso, preste muita atenção no que fale, porque estará escrevendo a sua carta de alforria, ou de sua condenação, porque em verdade na energia que emite está se unindo aos bons ou acumpliciando-se com os delinquentes da vida espiritual. Jesus foi muito enfático ao afirmar que onde está o seu tesouro aí estará o seu coração.
Cuide de sua vida, mas, sobretudo no que fala, não se permitindo gerar energias negativas, com suas naturais e inevitáveis consequências. Antes de falar, pense bem, porque estará gerando a prova contra si ou a seu favor. Quando emite palavras de baixo calão ou ofensivas, estará baixando o seu padrão vibratório, por isso pense muitas vezes antes de falar.
O que fala será a direção que dá ao seu filho amanhã.
Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
FALE O ESSENCIAL
É sempre bom lembrar que de uma pequena faísca pode gerar os grandes incêndios, destruindo muitos sonhos e esperanças, por isso preste muita atenção no que fala, porque as palavras também carregam energias e informações que podem provocar grandes alegrias ou grandes ressentimentos.
Recomendou o Divino Mensageiro que o falar fosse: sim, sim e não, não. Não gerando dúvida ou desconforto para ninguém, nem carregando mensagens negativas ou de difícil compreensão, a simplicidade em tudo, a fim de que pudesse caminhar num padrão de equilíbrio e serenidade.
Muitas pessoas falam sem pensar, gerando confusão e informação equivocada, assim que recomenda a prudência, se não puder falar construindo, compadeça-se do próximo e fique calado, com certeza o seu ganho será muito maior e do próximo também.
Por conta de mal-entendidos tantas tragédias já foram provocadas, criando com isso verdadeiro sofrimento a pessoas que a rigor não tinha nada a ver com a situação, e que foram gerados por alguém que não soube se expressar direito, ou agiu de maneira equivocada.
Por isso use a palavra com sabedoria, no sentido sempre de levar uma informação útil ou alguma coisa agradável ao interlocutor, se no momento não tiver um assunto interessante, ouça somente, evite termos chulos ou inconvenientes e venha ferir a suscetibilidade do próximo.
Lembra antigo provérbio que enquanto retém a palavra continua senhor da razão, mas quando a profere está com ela lavrando a sua sentença. Tal a importância que tem quando verbaliza as suas opiniões ou expressa a sua maneira de pensar, tem a força de um testemunha que pode levantar ou derrubar, salvar ou matar, por isso que se valha da palavra com prudência.
A palavra é algo tão precioso que deveria preservar-se de usar quando não se para edificar, iluminar, indicar uma direção.
Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
A IMPORTÂNCIA DO SONO, DO PONTO DE VISTA ESPÍRITA
Dizem os Instrutores da Codificação que, graças ao sono, [...] os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. Por isso é que os Espíritos superiores assentem, sem grande repugnância, em encarnar entre vós. Quis Deus que, tendo de estar em contato com o vício, pudessem eles ir retemperar-se na fonte do bem, a fim de igualmente não falirem, quando se propõem a instruir os outros. O sono é a porta que Deus lhes abriu, para que possam ir ter com seus amigos do céu; é o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a libertação final, que os restituirá ao meio que lhes é próprio. 4
Sendo assim, o [...] sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar- se entre os outros Espíritos. Haure, no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, idéias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade.1
No decorrer do sono, podemos entrar em contato com outros Espíritos encarnados, inclusive com pessoas que desconhecemos no estado de vigília. Podemos ter, sem o suspeitarmos, amigos em outro país.9 Dizem os Espíritos superiores: É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.9 Ao despertarmos, guardamos intuição desse fato, do qual se originam determinadas idéias, que nos surgem espontaneamente no estado de vigília.10
REFERÊNCIAS
2. ______. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, questão 401, p. 249.
3. ______. Questão 402, p. 250-251.
4. ______. p. 251-252.
5. ______. p. 252.
6. ______. Questão 403, p. 252-253.
7. ______. Questão 407, p. 255.
8. ______. Questão 409, p. 255.
ESDE
2008
PSICOGRAFIA
Amar a todos indistintamente deve ser o objetivo de todos os espíritas cristãos, especialmente por aqueles que se enveredaram por caminhos tortuosos e rogam hoje pedem socorro, porque todos são filhos do mesmo Pai, alguns tomaram caminhos que muitas vezes trazem amargas decepções, pois não tiveram o devido esclarecimento sobre certos aspectos da vida e entregam-se ao suicídio, causando a si próprios em conseqüência enormes sofrimentos, pois que por um motivo ou outro, resolvem por fim aos seus dias aqui no plano físico, ou porque não suportaram a pressão de certos acontecimentos, seja por julgam melhor se afastar da vida imaginando que na outra vida terão descanso para suas águas atribuladas, cometendo com isso um terrível engano que só terá que se lamentar, pois que não encontrará o objetivo de seus desejos, além de que se lesa a si próprio e não logra o objetivo almejado.
Outros não resistindo a ausência da pessoa amada, suicidam-se imaginando que lá poderão encontrá-la na outra margem da vida, também nesse caso terá uma enorme decepção porque devido ao baixo padrão vibratório, em conseqüência de haver lesado seu perispírito no ato extremo, não terão condição de chegar até onde se encontra a pessoa amada, criando entre si verdadeiros abismos em função da vibração específica de cada um. Se tal acontecimento se deu deve quem ficou no plano físico Ter a resignação necessária para suportar tudo o peso da ausência, porque assim tornará o caso mais fácil, porque soube compreender as razões de Deus, que estabeleceu leis sábias e justas tentando nos dar o melhor, e muitas vezes as supostas ausências fazem parte do plano visando a felicidade de todos.
Ellen não sabe o que faz porque ainda sente a perturbação oriunda de uma morte muito violenta ocorrida recentemente em um acidente automobilístico, quanto tinha tantos planos que de repente se acabaram num átimo de segundo e não sabendo lidar com tantos apelos desencontrados, apesar da assistência do plano espiritual, são tantas as solicitações de toda parte, seja porque a família não se conforma de jeito nenhum, de amigos que não compreendem o imperativo da ausência, de pessoas que se sentem culpadas pela tragédia e de outros que acham que poderiam Ter evitado tal acontecimento e dela que tinha tantos sonhos para realizar, de repente foi chamada a nova realidade que não consegue aceitar, pelo menos por enquanto, sendo verdadeiros momentos de angústia que se processa todos os dias. Às vezes parece se acalmar, mas certas lembranças a descontrolam, porque os apelos ainda são muito fortes porque permanece muito viva a sua presença na mente de muitos. Isto a perturba muito, não dando descanso, nem possibilidade para que possa de adaptar melhor a nova realidade. Nesse estágio está por demais sensível a tantas influências, ou seja, aquele que nela pensa a atrai poderosamente, de outro que não se conforma uma carga penosa pela inconformação, havendo em conseqüência um envolvimento mútuo, que somente o tempo conseguirá pouco a pouco amenizar essas dificuldades da separação.
TELEPATIA
CHRISTIANO TORCHI
Transmissão oculta do pensamento”: esta foi a expressão utilizada por Allan Kardec (1804-1869) para designar o fenômeno da “telepatia”, termo que provavelmente ainda não existia na época em que lançou O Livro dos Espíritos (1857), terminologia esta que teria sido proposta por Frederic W. H. Myers (1843-1901) em 1882, e adotada nos trabalhos da Society for Psychical Research, de Londres. Myers, considerado um dos fundadores da moderna psicologia e psiquiatria, assim a definiu:
Entendo por telepatia a transmissão do pensamento e das sensações feitas pelo Espírito de um indivíduo sobre outro sem que seja pronunciada uma palavra, escrito um vocábulo ou feito um sinal.1
Os Espíritos, ao responderem a uma indagação de Kardec, designam-na como “telegrafia humana”, profetizando que “[...] será um dia um meio universal de correspondência”. 2
A telepatia pode dar-se, estando o Espírito acordado ou dormindo. Acontece de encarnado para encarnado, de desencarnado para desencarnado, de encarnado para desencarnado e de desencarnado para encarnado, dependendo da sintonia ou do tipo de pensamento emanado do Espírito.
Sem o pensamento – fonte causal das manifestações do Espírito, fenômeno por meio do qual este cria e se relaciona com os demais seres – não haveria telepatia. Quem pensa não é o cérebro ou o corpo físico, mas sim o Espírito, que alguns denominam mente (psique, do grego), que funciona à maneira de estação emissora e receptora, uma espécie de poderosa antena.
Sem o Espírito ou a alma – bem disseram os benfeitores do espaço –, o corpo seria apenas “simples massa de carne sem inteligência [...]”.3
O pensamento não é um ente ilusório como costumamos imaginar; ele é muito real. Ele é a “força sutil e inexaurível do Espírito”. 4 Pensar é irradiar... Quando pensamos, geramos “[...] infracorpúsculos ou [...] linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. [...]”.5 Portanto, o pensamento pode ser nossa asa libertadora ou nossa prisão, pois somos o que pensamos.
O Espírito André Luiz, em muitos de seus livros, reporta-se à “matéria mental” de baixa qualidade que prevalece na psicosfera terrestre, produto da emanação coletiva dos pensamentos dos habitantes de nosso globo, ainda atrasado moralmente. Em uma dessas obras, colhemos as seguintes observações, resultantes do diálogo entre dois Espíritos, em visita à crosta terrestre, numa grande cidade:
– Estão vendo aquelas manchas escuras na via pública? [...]
....................................................
– São nuvens de bactérias variadas. Flutuam quase sempre também, em grupos compactos, obedecendo ao princípio das afinidades. Reparem aqueles arabescos de sombra...
....................................................
[...] São zonas de matéria mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. [...]6
Conscientes de que o pensamento é força criadora, estas informações não nos causam estranheza, justificando-se, com razão, o adágio:
“[...] quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. [...]”.7 Muitas experiências científicas já demonstraram a realidade dos pensamentos e a possibilidade de transmiti-los, telepaticamente, isto é, independente dos órgãos da fala ou independente da escrita ou de qualquer outro meio de comunicação ostensivo.
Se formos um pouco mais observadores, constataremos que, freqüentemente, estamos exercitando esta faculdade, mesmo sem perceber, isto é, de forma inconsciente.
A propósito, Kardec perguntou aos imortais: “Como se comunicam entre si os Espíritos?”. E a resposta não se fez esperar: Eles se vêem e se compreendem. A palavra é material: é o reflexo do Espírito. O fluido universal estabelece entre eles constante comunicação; é o veículo da transmissão de seus pensamentos, como, para vós, o ar o é do som. É uma espécie de telégrafo universal, que liga todos os mundos e permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro.8
Léon Denis (1846-1927), o apóstolo do Espiritismo, continuador de Kardec, identifica o fenômeno da telepatia como “rebentos isolados da vida superior no seio da Humanidade”:9
A ação telepática não conhece limites; suprime todos os obstáculos e liga os vivos da Terra aos vivos do Espaço, o mundo visível aos mundos invisíveis, o homem a Deus; une-os da maneira mais estreita, mais íntima. Os meios de transmissão que ela nos revela constituem a base das relações sociais entre os Espíritos, o seu modo usual de permutarem as idéias e as sensações. [...]
....................................................
[...] O pensamento e a vontade são a ferramenta por excelência, com a qual tudo podemos transformar em nós e à roda de nós. Tenhamos somente pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que é grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos regenerar-se o nosso próprio ser, e com ele, do mesmo modo, todas as camadas sociais, o globo e a Humanidade! E, em nossa ascensão, chegaremos a compreender e a praticar melhor a comunhão universal que une todos os seres. [...].9
Não poderíamos deixar de citar aqui a prece, tida por Denis como uma das mais altas expressões da telepatia: A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. [...]
O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circuns- critas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.10
Resumindo, a base da telepatia repousa sobre a sintonia mental entre pessoas que pensam ou vibram na mesma faixa, estejam elas encarnadas ou desencarnadas.
Quando pensamos, emitimos ondas mentais, que podem ou não ser sintonizadas por outros Espíritos. Isso vai depender do grau de afinidade ou sintonia entre os seres pensantes.
A telepatia, como faculdade de transmissão direta dos pensamentos, um dia será praticada por toda a Humanidade terrena, quando tivermos ascendido a patamares superiores, ocasião em que poderemos ler as mentes uns dos outros, sem qualquer tipo de constrangimento ou receio, como se fosse um livro aberto, sem que consigamos dissimular nossos pensamentos.11
Este tempo ainda está muito longe, entretanto, nada obsta que prossigamos nos esforçando, com vistas à transformação moral, agora mais conscientes de nossas responsabilidades, o que nos permitirá, no futuro, o desabrochar completo de nossas faculdades sublimes, denunciadoras de sentimentos elevados.
Avaliemos a qualidade de nossas criações mentais. Que tipo de pensamentos estamos emitindo? Eles estão contribuindo para melhorar ou piorar a psicosfera terrena?
Com o objetivo de melhor refletirmos sobre as respostas a estas questões, encerramos este modesto artigo com a mensagem atribuída a um poeta anônimo, de grande significação para nós, Espíritos em processo de aprendizagem:
- Vigiemos nossos pensamentos,
porque eles se converterão em
[palavras].
- Vigiemos nossas palavras,
- porque elas se transformarão
[em atos].
- Vigiemos nossos atos,
- porque eles formarão os nossos
[hábitos].
- Vigiemos nossos hábitos,
porque eles moldarão o nosso
[caráter].
-Vigiemos nosso caráter,
porque ele formará o nosso
[DESTINO].12
Referências:
1BORGES, A. Merci Spada. Doutrina espírita no tempo e no espaço. 800 verbetes especializados. 2. ed. São Paulo: Panorama, 2001. p. 348.
2KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. 80. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Parte segunda, cap. XXV, item 285.
3______. O livro dos espíritos. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Parte segunda, cap. II, questão 136b.
4XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Mecanismos da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 9, item Corrente do pensamento, p. 82.
5XAVIER, Francisco C. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. 12. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 30, p. 128. Apud O Espiritismo de A a Z (FEB), verbete “Pensamento”.
6______. Os mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 45. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 40, p. 248-249.
7______. Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. 59. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 12, p. 83.
8KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Parte segunda,
cap. VI, questão 282. 9DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Primeira parte, cap. VI, p. 121, 129 e 132.
10KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 127. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. XXVII, itens 9 e 10.
11______. O livro dos espíritos. 91. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Parte segunda, cap. VI, questão 283.
12TORCHI, Christiano. Espiritismo passo a passo com Kardec. 2. ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 9, p. 481-482.
O Reformador
2008
A MÃO QUE SE ESTENDE
THIAGO VIEIRA (RJ)
Permanecei vigilantes, sobretudo quando, na aparência da estabilidade, a apatia ampliar seus espectros. Recebereis, vós mesmos, a escutares estas palavras, na Obra de Fabiano, em nome do Cristo, os que, pungidos pelo fio do sofrimento, anseiam pela mesma felicidade da qual desfrutais – embora não a queirais admitir.
Vossa alçada não é a da tranquilidade, mas a da inquietude, da revolta, do desespero, da dor. Sob os véus da ilusão, vossa e de vossos irmãos, percebais o vosso papel: sois a mão que se estende ao aflito no cárcere das vaidades expiatórias, onde, entre vós, comungareis da vida.
Não vos enganeis. Comprometestes-vos em servir ao desgraçado. Sois a mão que se estende, que tem por missão o benefício do próximo – e por não vos ser necessário pôr as vossas próprias em mendicância, como em outrora fora, tende gratidão e honrai vossa palavra empenhada.
Não deixeis que vos separe a ilusão de vosso compromisso.
Não façais como vossos ídolos, que embarcaram na nau que irrompe na consternação moral do espírito.
Dirijo-me a vós, que entendeis o que digo. É a vós, que tendes patentes, que, em detrimento da súplica de vosso irmão, tivéreis oportunidade, conjuntura e favorecimento no logro de vossa circunstância – e muito pouco mérito, ao contrário do que concluís –, a quem destinam-se minhas palavras.
Não vos ludibrieis com palavras de efêmeros significados.
Sois a mão que se estende. Na tempestade, estendei-vos. Nas perturbações, estendei-vos. E, antes que sucumbais à tentação de prolatar o jugo a vosso irmão, cravando o malhete que o sentencia à vossa torpe percepção, recolhei-vos em prece, pois a função que vos dispusésseis a desempenhar fora a do serviço. Estendei-vos, pois, e servi”.
Assim concluía o palestrante – homem distinto, com barba grisalha, de terno e sapatos pretos. Inspirava-me ser um protestante da época de Calvino. Ao fundo do salão, naquela espécie de “Unidade espiritual” do Lar Fabiano de Cristo, onde muitas mulheres e alguns homens assistiam impactados à coerente enunciação, lia-se uma placa que encerrava: (...) aos
que inspiram, direcionam e representam a Obra. Após um longo e reflexivo silêncio, Irmã Lourdes, querida companheira espiritual servidora da Casa de Timóteo, Unidade do Lar Fabiano de Cristo em Boa Vista, Roraima, surgia em minha direção.
— Irmã, há quanto tempo!? Mas o que faço eu aqui?
Sorriu-me com singeleza e doçura.
— Servindo, filho... de ponte.
Afagou-me o rosto com tamanho afeto que quando dei por mim já não estava lá.
Flagrei-me a sorrir com a lição. Sem perceber, já havia começado, quase que envaidecidamente, a me incluir nos “que inspiram, direcionam e representam a Obra”, mas a terna vicentina, com sua grandeza e humildade, percebendo minha inclinação, delicadamente havia dobrado, ela mesma, as minhas mãos em recolhimento e prece.
Revista Cultura Espírita
2018
A BOA PALAVRA
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Os relacionamentos humanos na atualidade, invariavelmente ocorrem entremeados de queixas e reclamações. Este é um período de descontentamento entre as pessoas com características de pessimismo e amargura.
Os maus exemplos de conduta moral e social de pessoas aparentemente nobres e de destaque na comunidade geraram sucessivas ondas de mal-estar e de agressividade.
Aqueles tipos padrões tombando dos altos postos que exerciam e surpreendidos como delinquentes insanos e perigosos, recolhidos ao cárcere ou não, vêm contribuindo para que não se acredite nos valores éticos, supondo-se que as virtudes são apenas ignorância dos comportamentos daqueles que se apresentam como modelos.
Os escândalos sucessivos nessa área, geram insegurança e produzem desconfiança, respondendo pela perda de crédito das pessoas, umas em relação a outras.
Lentamente á ética da convivência cede lugar à indiferença, quando não a uma animosidade discreta ou clara, elegendo o individualismo e o egotismo como formas de sobrevivência, no que se denomina a “batalha diária da existência.”
Todos nascemos livres na condição de candidatos à felicidade.
A educação e a instrução proporcionam os recursos próprios para se conseguir uma jornada rica de bênçãos, em uma sociedade equânime, se forem respeitados os códigos do Evangelho de Jesus.
A sua observância constitui uma forma lúcida para o bem-estar de todo aquele que a isso se candidate.
Nunca houve tanto amor na sociedade como nos dias atuais, embora os noticiários da Mídia sejam alarmantes, por apresentarem as ocorrências negativas e infelizes geradas por pessoas ainda primárias nas suas realizações com total ausência de ideais de nobreza.
Os princípios normativos da conduta evangélica, segundo Jesus, são todos baseados na excelência do amor e naquilo que desejamos para nós próprios, oferecendo aos demais.
Desse modo, nunca te permitas desanimar alguém, usar as palavras de fogo da ofensa, as acusações perversas nascidas na inveja e na inferioridade moral.
Todos temos muito a oferecer, que dignifica a vida e proporciona o crescimento espiritual dos seres humanos.
Procura sempre estimular para o bem e enunciar palavras de encorajamento e de abnegação em favor do mundo.
As criaturas humanas necessitamos de estímulos edificantes para atender as necessidades do processo evolutivo.
Não deixes, pois, que ninguém se afaste de ti, sem que leve algo de bom e especial para servir-lhe de sustentação numa hora difícil ou de levantamento quando se encontre caído.
Os teus bons conceitos e ações caindo nos corações aflitos germinarão como sementes de luz, a fim de que a sociedade se torne plena e o ser humano um hino de louvor e de gratidão a Deus.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 25 de julho 2019.
Editorial- FEBNET
NA PROPAGANDA
“E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais.” —
Jesus. (LUCAS, capítulo 17, versículo 23.)
As exortações do Mestre aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.
Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.
Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor.
Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.
Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus.
Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.
Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.
Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.
Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.
O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.
Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
NOSSO PAI
Quando acordamos para a razão, descobrimos os traços vivos da Bondade de Deus, por toda parte.
Seu imenso carinho para conosco está no Sol que nos aquece, dando sustento e alegria a todos os seres e a todas as coisas; nas nuvens que fazem a chuva para o contentamento da Natureza; nas águas dos rios e das fontes, que deslizam para o benefício das cidades, dos campos e dos rebanhos; no pão que nos alimenta; na doçura do vento que refresca; na bondade das árvores que nos estendem os galhos dadivosos, em forma de braços ricos de bênçãos; na flor que espalha perfume na atmosfera; na ternura e na segurança de nosso lar; na assistência dos nossos pais, dos nossos irmãos e dos nossos amigos que nos ajudam a vencer as dificuldades do mundo e da vida, e na providência silenciosa, que nos garante a conservação da saúde e da paz espiritual.
Muitos homens de ciência pretendem definir Deus para nós, mas, quando reparamos na proteção do Todo-Poderoso, dispensada aos nossos caminhos e aos nossos trabalhos na Terra, em todos os instantes da vida, somos obrigados a reconhecer que o mais belo nome que podemos dar ao Supremo Senhor é justamente aquele que Jesus nos ensinou em sua divina oração: — «Nosso Pai».
Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei
A CARIDADE E A ORAÇÃO
“O Centro Espírita Luiz Gonzaga” ia seguindo para a frente... Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.
O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros. O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca. Sozinho, sem ninguém...
Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico.
Curioso facultativo receitou, graciosamente.
Mas o velhinho precisava de enfermagem.
O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.
Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo. E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente. Alguém que pudesse ajudar. Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus.
Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse.
Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe:
— Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...
— Ah! Como não? — replicou o médium — Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes
A caridade.
Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do enfermo.
Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz.
Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam.
Então, uma delas disse ao médium:
— Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos.
Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.
E uma passou a servir numa tinturaria, desencarnando anos depois e a outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.
Livro Lindos Casos de Chico Xavier
Autor Ramiro Gama
CONSEGUES IR?
" Vinde a mim..."
J esus (Mateus, 11 :28)
O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas consolações. O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.
Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrigerante...
Contudo, se é fácil ouvir e repetir o "vinde a mim" do Senhor, quão difícil é ir para Ele!.
Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparentemente inadiáveis.
Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos.
Com ele, a vida enriquecer-se á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...
Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. Em suma, é muito doce escutar o vinde a mim....
Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?
Fonte Viva
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Emmanuel
MESTRE SUBLIME JESUS
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados, porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.
Referência: Oração do Santo de Assis trazida no livro
Divaldo Pereira Franco pelo Espírito de Manoel Philomeno de Miranda
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