"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XV - N. 170 * Campo Grande/MS *Março de 2020.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           ENQUANTO PODE. Enquanto pode articule uma palavra de carinho e de gratidão àquele que foi o seu maior incentivador e amparo em sua juventude. Agora quem sabe chegou a sua hora de retribuir, porém se ao mesmo não for possível, atenda aquele que bate a sua porta por conta dele, com carinho e respeito, se for o caso, favoreça-o em alguma coisa em memória do seu primeiro benfeitor. Áulus.

 

 

 

SOBRE A PRECE

 

           Jesus advertia em Mateus (6:5 a 8): “Quando orardes não vos assemelheis aos hipócritas que, afetadamente, oram em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens.- Digo-vos em verdade, que eles já receberam sua recompensa. Quando orardes, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.”
           E também em Marcos (11:25-26):”Quando aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados.- Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados.”
           E ainda assim, há muitos de nós que negamos o poder da oração, que não cremos que Deus precise saber, por nós, das nossas dificuldades, esquecendo-nos que a prece é um pensamento dirigido para um determinado fim. Negar a prece é recusar a prestar homenagem a Deus e é também uma revolta do orgulho.
           Rejeitar a prece é recusar-se a um poderoso auxiliar para alívio dos males corporais e espirituais. Recusar uma prece a um Espírito que a pede, para aliviá-lo, é recusar um copo de água ao infeliz que está com sede.
           Todo povo ora, desde os selvagens ao homem moderno, e os que ignoram a prece são minoria. Pela prece o homem eleva sua alma em comunhão com Deus, identifica-se com o mundo espiritual e desmaterializa-se, condição essencial para sua felicidade futura. Sem a prece, seus pensamentos ficam na Terra, ligados à matéria, atrasando seu desenvolvimento.
           A prece é uma necessidade universal que fortalece os fracos, consola os tristes e deve elevar-se a Deus com humildade e profundeza, pedindo força e perseverança, suplicando--lhe amparo, indulgência e misericórdia.
           Aprece é uma invocação através da qual o homem entra em comunicação com o ser a quem se dirige, podendo ser um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação, uma louvação. Preces feitas a Deus são ouvidas pelos Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; já as que se dirigem aos bons Espíritos, são reportadas a Deus, pois nada acontece sem a Sua divina vontade.
           O Espiritismo explica a ação da prece pela transmissão do pensamento, que se dá através do fluido Universal que ocupa todo o espaço e envolve todos os seres encarnados e desencarnados. Tal fluido é o veículo do pensamento, como o ar é o do som, porém, mais abrangente, porque suas vibrações vão ao infinito ao passo que as do som são circunscritas.
           Pela prece, recebe o homem o concurso dos bons Espíritos que vêm sustenta-lo nas suas boas resoluções e também inspirar-lhe ideias sãs. É claro que Deus sabe das nossas necessidades, dificuldades es sofrimentos antes de nos dirigirmos a            Ele, mas ao orarmos, abrem-se-nos os canais sensitivos para percebermos a resposta de Deus aos nossos clamores.
           Santo Agostinho nos diz que a prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões e é filha primogênita da fé, encaminhando-nos a Deus.

Referências bibliográficas:
- Revista Espírita 1866. Allan Kardec.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec.

 

Crispim

 

 

O AMOR É FONTE DE TODA A ALEGRIA

 

            É sempre o amor a fonte de toda a alegria que se pode desfrutar, pois que é o sentimento mais completo, porque se coloca à frente de si mesmo, mas em companhia constante do próximo ao qual está sempre ligado, porque faz parte das próprias contingências da vida.
           É certo que amar a si mesmo é preservar-se, mas é também a oportunidade de manter a paz interior, porque a paz decorre do bem que se proporciona aos outros.
            É certo que sempre está nessa condição de dispensador de bênçãos em todas as direções, ainda que tenha tão pouco a oferecer, mas assim mesmo, prefere colocar à prova a sua capacidade de servir.
           Por isso mesmo o próximo passa a ser o seu foco, com isso sente a vibração da própria vida, pois que nela está integralmente o amor.
           Devote-se ao bem com todas as forças de seu coração, e a todos guarde um terno sentimento de gratidão.
            Assim que considere que esse sentimento é o que há de mais nobre e procure levar à frente como o ideal maior de sua vida e prossiga com muito entusiasmo todos os dias, na serena certeza de que encontrou o maior tesouro de sua vida.
           Não se deixe influenciar de maneira alguma pelo desânimo, mas trabalhe sempre, porque o trabalho sempre é sagrado, porque já sente, ainda que distante a grandeza do trabalho do bem, que o torna mais digno quando feito com amor, sem guardar qualquer ideia de recompensa, mas especialmente para amparar o próximo que está passando por provação, pois que está consciente do quanto o próximo é importante para a sua vida.
           Por isso procure interagir com a vida, colocando nela mais amor, porque sempre esse sentimento será a sua melhor opção.

 

Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

            NA ADVERSIDADE, CONFIE

 

            Conserve a confiança sempre em Deus.
            Se acaso vive no momento em grande euforia, conserva a confiança em Deus e agradeça pela felicidade que desfruta.
            Se porventura passa por momentos de grandes provações, também agradeça a Deus, pela oportunidade de ser testado naqueles instantes de amargas conclusões, onde a dor se apresenta por tempo indeterminado no seu solar.
            Outras vezes sente uma enorme impressão negativa ao seu valor, que por momento não pode identificar a causa, ora e agradeça a Deus.
            Ocorre que  por longo tempo tenha lutado por um ideal que de repente se transforma em fracasso e vê-se na contingência até de esquecer a vontade de viver, agradeça a Deus pela lição que lhe oferece através das provações porque passa.
            Quantas vezes querendo ajudar alguém foi mal interpretado pelo bem que intentava levar aos outros, ainda sobrava-lhe aborrecimentos e malsinavam-lhe o nome. Nesse momento de reflexão pensa em Deus e siga  na certeza de que cumpre com o seu dever, e cumprindo o dever ainda que não tenha alcançado o objetivo proposto, nem por isso deixar-se-á abater.
            Quantas vezes tem se perguntado, mas esse trabalho desenvolvido com tanta dificuldade e com o mais sincero desejo de acertar, quase sempre me traz mais aborrecimentos do que realização será que não estará na hora de desistir. Quando se sentir nesse momento de insegurança confie e ore a Deus rogando orientação.
            Quantas vezes tentando levar o reconforto a amigos ou familiares só encontra má vontade, até mesmo daquele mais necessitado, compreenda-o,  porque já está naquela condição, justamente por aquela maneira equivocada de encarar a vida, algo que não pode fazer de maneira mais sensata.
            Quando sentir a solidão e a tristeza visitarem o seu coração, certamente que chegou a hora de agir, nesse momento procure fazer alguma coisa útil, pode começar visitando uma pessoa sem recursos e leve o seu pequeno óbolo, isso o aliviará, com certeza, ajudá-lo-á a caminhar com mais alegria.
            Quando, enfim verificar que por mais que tente realizar o melhor e  o mais correto e nem assim consegue alcançar o objetivo, e por isso sente-se na contingência de abandonar a tarefa.
            Não se deixe impressionar e ore a Deus e confie, porque com a confiança no coração pode mesmo começar outra tarefa, que certamente permitirá recomeçar um novo sonho que também será muito importante. Áulus.

 

Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

CARACTERÍSTICAS DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA HUMANA

1. O que a experiência religiosa tem em comum nas diferentes culturas?
           Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme à idéia que elas dão de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas.6

2. Haverá revelações diretas de Deus aos homens?
           Algumas interpretações religiosas, cristãs e não-cristãs, acreditam que Deus pode revelar-se diretamente aos homens, sem utilização de intermediários. Em relação a esta questão, Kardec analisa: É uma questão que não ousaríamos resolver, nem afirmativamente, nem negativamente, de maneira absoluta. O fato não é radicalmente impossível, porém, nada nos dá dele prova certa. O que não padece dúvida é que os Espíritos mais próximos de Deus pela perfeição se imbuem do seu pensamento e podem transmiti-lo. Quanto aos reveladores encarnados, segundo a ordem hierárquica a que pertencem e o grau a que chegaram de saber, esses podem tirar dos seus próprios conhecimentos as instruções que ministram, ou recebê-las de Espíritos mais elevados, mesmo dos mensageiros diretos de Deus, os quais, falando em nome de Deus, têm sido às vezes tomados pelo próprio Deus.4

3. De que forma as verdades divinas são reveladas aos homens?
           Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso [...]. Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestígio deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver às custas dos iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas.3 Assim, devemos ficar atentos, pois, haverá [...] revelações sérias e verdadeiras como as há apócrifas e mentirosas. O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus.5

4. Onde surgiram as organizações religiosas do Planeta?
           As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários. Dada a ausência de escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através do mecanismo das palavras [tradição oral].12

5. Qual é a mais antiga manifestação religiosa conhecida?
           São os Vedas, livros sagrados da religião hindu, [...] que contam mais de seis mil anos, já nos falam da sabedoria dos ‘‘Sastras’’, ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios, nas margens dos rios sagrados da Índia. Vê-se, pois, que a idéia religiosa nasceu com a própria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esforços e realizações no plano terráqueo.13

REFERÊNCIA

4. ______. Item 9, p. 25-26.
5. ______. Item 10, p. 26-27.
6. ______. Item 24, p. 34.
12. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 9 (As grandes religiões do passado), item: As primeiras organizações religiosas, p.81.
13. ______. p.82.

 

ESDE
2008

 

 

PSICOGRAFIA

 

           O amor é inseparável da caridade, sem o amor a caridade é impossível galgar a porta estreita, digo mais, é o único caminho libertador do ser humano em marcha. Pode Ter verdadeiros rasgos de bondade, mas essa fé austera que chega às vezes a raia do sacrifício somente a caridade é bastante para sustentá-la aliada a uma fé viva e ardente no Criador, em Jesus, pois que só assim se resguardará de todas as dificuldades do caminho.
            Pode e deve Ter verdadeiro espírito de abnegação, mas a fé é um grande sustentáculo para todos os momentos.
            Quando a dor bater a sua porta, lembre-se de que sofreu ainda mais que você, lembre-se dos pobres e oprimidos  que vivem muitas vezes em condições desumanas para manter-se vivos e ainda assim são gratos a Deus porque vivem.
            Convivendo com a dor  tornamo-nos mais fraternos, mais responsável perante o próximo, porque muitas vezes a falta de sensibilidade, decorre muitas vezes de uma maneira equivocada de encarar a vida.
É preciso sedimentar em nós esse espírito de fraternidade, o amor ao próximo pode vencer os piores inimigos do homem que se podem nomear, ou seja, o orgulho, egoísmo, vaidade, que as demais em quase toda a sua totalidade decorre disso, porém com uma vontade firme e a decisão de vencer, pode-se superar enormes barreiras e conduzir-se com mais segurança pelos caminhos do bem.
            O espírito de perseverança também é necessário, tanto quanto de abnegação para se vencer esse milenar espírito de posse, que existe  no coração do homem. Quem não sabe medir as conseqüências de suas atitudes pensam que só ele existe perante o mundo e tudo deve ser a ele tributado, como se a tudo tivesse direito. Longe está de compreender os verdadeiros imperativos da vida, porque tudo passa pelo próximo, e tudo para libertá-lo conta em proveito de quem o realiza.
            Ninguém se creia sem amparo, porque sempre a misericórdia de Deus se faz presente e muitas vezes você pode ser o amparo de Deus ao próximo, que está representado naquela pessoa que vive conosco, que o nosso companheiro de trabalho perante o mais pobre, o vizinho que passa por dificuldade, da criatura enferma que bate a sua porta pedindo um pedaço de pão, que um pouco de orientação para a sua vida. Seja esse samaritano e dê-lhe amparo, pois que você pode estar na condição do socorro de Deus aquela pessoa que geme sob o peso da dor, do desequilíbrio de incerteza quanto ao dia de amanhã e precisa ser esse apoio enviado por Deus a quem naquele momento só pode um pouco de carinho e consideração, a fim de vencer as suas próprias dificuldades.  E você pode ser esse apoio oculto, ajudando sem isso demonstrar para que esse alguém possa atravessar momentos difíceis de suportar, mas sua parte na condição de espírito comprometido com o bem.
            Seja aonde for apresenta a sua parcela de colaboração, para que a presença de Deus se manifeste através de você, mostrando que a solidariedade é possível que  pode algo fazer para que a dor do próximo seja superada com êxito.
            Assim na condição de benfeitor espalha em abundância o amor que já conseguiu amealhar com todos, sem esquecer nenhum momento o quanto pode fazer para ajudar a vencer as dificuldades do caminho mais urgente do próximo.
            Seja sempre o ponto de apoio ao irmão infeliz, tanto no plano físico como espiritual, porque assim estará fazendo a sua parte e dignificando a vida.

Ambrósio

 

 

NO COTIDIANO

 

RICHARD SIMONETTI

 

           Uma perguntinha, amigo leitor: Considerando que o Amor é a meta suprema do Espírito, promovendo sua harmonização com os ritmos do Universo, a que distância estamos dele?
           Certamente longe, o que é facilmente demonstrável por nossa incapacidade em sustentar o equilíbrio e a felicidade, jamais ausentes em quem chegou lá.
           Se há dois mil anos estamos de posse do Evangelho, a reta perfeita para o Amor, por que tardamos tanto?
           Isso é natural? É tão demorado?
           Não poderíamos apressar o passo?
           Bem, vamos considerar, em princípio, que não somos vegetais, com tempo certo para germinar, crescer, florescer e frutificar.
           Somos seres pensantes.
           Não progredimos por força das coisas.
           É preciso forçar as coisas.
           Não amadurecemos para o amor.
           É exercitando amor que amadurecemos.
           Digamos que depende de nós.
           Obviamente, nestes dois mil anos de Cristianismo, em múltiplas reencarnações, tivemos contato com o Evangelho. Estivemos ligados a círculos religiosos que têm Jesus por Mestre e Senhor.
           Talvez tenhamos até transitado por igrejas, conventos, monastérios, abadias, integrados na hierarquia religiosa. Por que, então, essa dificuldade?
           Por que não vivenciamos o Evangelho em plenitude?
           Por que, sabendo que o amor é essencial, não conseguimos exercitá-lo?
           Talvez o problema esteja no fato de que Jesus não faz parte do nosso cotidiano.
           Se um pobre bate à nossa porta...
           Se alguém nos prejudica...
           Se enfrentamos um problema...
           Se surge uma tentação...
           Encaramos essas situações à luz do Evangelho, que manda atender quem nos procura, perdoar quem nos ofende, confiar em Deus, cultivar a integridade?
           Se você é capaz, parabéns leitor amigo! Pode interromper a leitura e cuidar da vida!
           Se não pertence a essa minoria, pergunto-lhe:
           Como podemos mudar isso?
           Como trazer Jesus para o dia a dia?
           Há propostas interessantes.
           Uma elementar: Estudar. O conhecer é a antessala do fazer.
           Impossível vivenciar um princípio sem nos envolvermos com ele, sem realizarmos um esforço por assimilá-lo em plenitude. Antes de cumprir o Evangelho, é preciso mergulhar nesse universo maravilhoso que se desdobra nas narrativas da Boa Nova.
           É impressionante o desconhecimento geral em torno do assunto.
           Raros saberiam definir quem foram os autores dos textos evangélicos.
           Raros saberiam citar três princípios apresentados por Jesus em O Sermão da Montanha.
           Raros contariam na íntegra, e as interpretariam, parábolas como O filho pródigo ou O administrador infiel.
           Como vivenciar a moral cristã, se não estamos familiarizados com seus conceitos?
           Bem, talvez falte tempo...
           Forçoso reconhecer, entretanto, que tempo é uma questão de preferência. Sempre encontramos tempo para fazer o que realmente desejamos.
           Um dia tem mil, quatrocentos e quarenta minutos.
           Por que não reservar vinte para estudar o Evangelho?
           Embora representem perto de um e meio por cento de nosso dia, esses vinte minutos diários somarão cento e vinte horas no ano!
           É muito tempo a favorecer importante aprendizado!
           Para reforçar esse estudo, sedimentando melhor o conhecimento evangélico para a vivência das lições de Jesus, há uma prática salutar, que vem sendo estimulada pelos órgãos de unificação do Movimento Espírita brasileiro – o chamado Evangelho no Lar.
           É de uma simplicidade marcante. Pode ser exercitado em todos os níveis sociais.
           Consiste numa reunião em família, em dia e horário determinado, para conversar sobre o Evangelho.
           Nada de estudos profundos, conceituação erudita, voos de intelectualidade.
           Apenas singelo bate-papo sobre as lições de Jesus.
           Como norteamento, obra principal, O Evangelho segundo o Espiritismo, em que Allan Kardec, acertadamente, comenta o aspecto moral do Evangelho, o mais importante.
           Reunidos os membros da casa, naturalmente aqueles que queiram participar (o ideal seria a presença de todos), faz-se uma oração e pequena leitura do trecho escolhido.
           Em seguida, os participantes conversam a respeito, trocando ideias. Reunião singela, mas de resultados surpreendentes na economia psíquica do lar.
           Há um recurso muito usado na atualidade por algumas escolas psicológicas: a terapia em grupo.
           Pessoas com problemas similares conversam, sob assistência de um profissional. Trocam ideias, falam de suas vidas, expõem seus conflitos, buscando uma emulação para superar os desajustes.
           O Evangelho no Lar é diferente. Reunimo-nos, sob a incomparável assistência de Jesus, para falar de seus ensinos, buscando neles a inspiração para que nos mantenhamos ajustados.
           Na terapia de grupo as pessoas expõem as sombras, tentando encontrar a luz.
           No Evangelho no Lar acendemos a luz para espantar as sombras.
           Frequentemente, nos serviços de atendimento fraterno, ouvimos pessoas reclamarem que seu lar foi invadido por Espíritos obsessores. O ambiente está péssimo, os familiares não se entendem, a desarmonia impera…
           Há aqui um equívoco. O ambiente de uma casa não está ruim porque foi invadida por Espíritos perturbadores.
           Foi invadida por Espíritos perturbadores porque o ambiente está ruim.
           A partir dessa conjunção de ambiente ruim com influência espiritual, sustentam-se desentendimentos que, não raro, culminam com a desagregação da família e a separação do casal, gerando sofrimentos e desajustes para os filhos, as vítimas inocentes dessas situações constrangedoras.
           Falando em crianças, às vezes um filho está ardendo em febre, com uma perigosa infecção. Os pais se desdobram em cuidados, extremamente preocupados.
           Mal sabem que contribuíram para essa situação.
           Cultivando desentendimentos e brigas, contaminaram com vibrações negativas a atmosfera psíquica do lar.
           A criança tem um psiquismo sensível, que reflete o ambiente em que se situa. Resultado: seus mecanismos imunológicos são afetados, favorecendo a invasão bacteriana.
           Tivessem os pais consciência desse problema e haveriam de cultivar entendimento e harmonia no lar, por amor a seus filhos, com todo empenho em trazer Jesus para o cotidiano.
           Fica o convite, leitor amigo: instituamos o Evangelho no Lar. Tragamos o Mestre para o cotidiano. Vamos aprender a falar em Jesus, a pensar com Jesus, a cumprir o que Jesus ensinou, no lar, na rua, no local de trabalho, na vida em sociedade.
           Se você me permite nova comparação matemática, são apenas trinta minutos dos dez mil e oitenta que a semana nos concede.
           Investimento mínimo na economia do tempo, a render preciosos dividendos de harmonia e paz para nós e nossa família

 

Reformador 2009

 

 

MEU PEQUENO EVANGELHO ENSINAMENTOS DE AMOR EM FORMA DIVERTIDA

 

Marco Antonio Negrão

 

           Imagine combinar as belíssimas mensagens de amor que o Evangelho ensina, contadas de forma divertida com a turminha mais querida do Brasil.
           Um sonho que agora se tornou realidade.
           O livro Meu Pequeno Evangelho apresenta o ensino que nasceu no coração de Jesus, que ilumina nossos caminhos, trazendo Sua mensagem amorosa para os corações das crianças.
           Uma palavra de amor, dita no momento certo, pode mudar uma vida. Por isso, esse livro – repleto de palavras amor, caridade e humildade – nasceu com o objetivo de passar o exemplo que Jesus nos deixou, como guia para formar crianças de bem e felizes.
           Então, não perca esta chance de ouvir histórias superengraçadas, que vão deixar o seu dia a dia mais iluminado, permitindo que você enxergue, em todos os seres da natureza, criaturas de Deus. Trate e cuide deles com muito carinho, e assim poderá sentir o reino dos céus em seu coração.
           Esperamos que você goste deste livro tanto quanto a turminha gostou, e que essa leitura torne sua vida muito mais feliz.
           Estas são as palavras com que os autores Maurício de Sousa, Luís Hu Rivas e Ala Mitchell apresentam o livro Meu pequeno Evangelho, que estamos especialmente sugerindo para as crianças, pais e evangelizadores, para este mês de outubro.
           São sessenta e quatro páginas de ensinamentos sobre felicidade, humildade, pureza, paz, misericórdia, amor, perdão e temas outros do Evangelho de Jesus,  traduzidos de forma lúdica, numa edição conjunta das editoras Maurício de Sousa e Boa Nova.
           Ilustrado com os personagens da Turma da Mônica, o livro fala de André, primo de Cascão, que vem visitar a família e inicia uma brincadeira, para que os personagens já bem conhecidos no Brasil, contem estórias das suas férias, e ele transmite conceitos do Evangelho que todos podem usar no seu cotidiano, independentemente da religião que praticam.
           A obra ensina a importância de praticar o bem e a caridade, de respeitar o próximo e a natureza, de se conhecer e de compartilhar seus tesouros sempre que for possível, principalmente os conhecimentos e boas atitudes, que são os mais valiosos.
           Pode servir de instrumental para atender à responsabilidade de  transmitir aos nossos filhos ou evangelizandos, conceitos de bem proceder.
           Aos evangelizadores, o livro permite o preparo de atividades alegres, facilitando métodos de ensino doutrinário – ético e moral – para a  mente infantil.
           Também poderá ser utilizado no Evangelho no lar, para as famílias que têm crianças pequenas, servindo-se das estórias, que bem conduzem a reflexões e oportunizam comentários de fundo moral.
           Recordando das nossas responsabilidades como pais e educadores, reproduzimos a questão 582 de O Livro dos Espíritos, na qual Allan Kardec questiona: Pode-se considerar como missão a paternidade? – com a resposta da Espiritualidade Superior: É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.

 

Mundo Espírita
 2015

 

 

TESTEMUNHO PESSOAL – O MAIOR DESAFIO DA ATUALIDADE

 

           Quantas vezes você já se sentiu desafiado na vida?
           Há momentos em que tudo parece se acabar. O mundo está contra nós. A situação complicada.
           A conhecida Lei de Murphy entra em ação: “se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”. A vida é bela para uns; porém, muitos estão fora desse elenco, pois a crise indica uma existência difícil. Estão vivendo maus momentos.
           Aí dá aquela vontade de jogar tudo para o alto, abandonar o barco. Os pensamentos e expressões que nos vêm: eu não mereço nada disso; isso não é justo; tudo dá certo para fulano, para mim, tudo dá errado!
           Não creio que só eu tenha passado por essa circunstância. Você já deve ter se sentido assim em alguma ocasião.
           Mas, não vamos nos abater. Esse privilégio não é exclusivo. Outros também se sentem como a gente.
           Por que será que algumas coisas desagradáveis ocorrem conosco? Por que quando tudo parece que vai mal, ainda pode piorar, trazendo desconforto e sofrimento?
           Vivemos interessante momento de transição planetária. Isso mesmo: a Terra está se transformando. Mudanças climáticas, degelos, efeito estufa, terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, desastres ambientais, enfim a lista é extensa… Tudo aponta para um período de transformações que pareciam estar aguardando o momento propício para se manifestar. E, agora, não desejam esperar mais.
           A Natureza chegou a um limite e precisa extravasar sua potência criadora para continuar viva e oferecer condições de existência a seus habitantes.
           É o prenúncio de que os tempos já chegaram…
           Em mensagem recebida por Divaldo Franco em abril de 2010, Bezerra de Menezes afirma: “esses dias assinalam o período de transição do mundo de expiação e provas para o mundo de regeneração”. É uma excelente notícia, por um lado.            Um novo mundo, melhor daquele em que vivemos, onde haja paz e fraternidade, união e solidariedade entre os povos, no qual o bem possa se manifestar afastando o mal, onde o entendimento e o amor empanem a ignorância e o ódio.
           Por outro lado, essa revelação suscita preocupações. O portal oferece acesso ao novo mundo e já foi instalado na Terra. Será que estamos em condições de atravessá-lo?
           Deus não deseja que nenhum de seus filhos se perca. O Criador tenciona resgatar o maior número possível de criaturas, ensejando-lhes o despertar para as desafiadoras realidades da Nova Era.
           As chamadas “provas de fogo” surgem para testar se já estamos aptos à superação de uma etapa e preparados para enfrentar outras oportunidades mais complicadas.
           Em vez de castigo ou punição, a Justiça Divina age com amor e bondade, oferecendo os elementos necessários ao processo de renovação interior pelo esforço próprio de cada ser humano. Sem privilégios ou favorecimentos de quaisquer ordens, há o mérito ou demérito pelas ações assertivas ou equivocadas dos habitantes desse mundo-escola, a Terra.
           Para Joanna de Ângelis, “reclamar é perder tempo”. Daí, a necessidade de nos dedicarmos ao trabalho, com esforço e perseverança, para superarmos dificuldades que jazem na intimidade de nossos seres. São roupagens antigas a ser trocadas, revestidas pelo comportamento renovado da reforma íntima.
           Se o plano terrestre está em mudança, nós também somos convocados à ‘alquimia interior’, pelo exercício do controle das más tendências e do empenho  na transformação moral.
           Agradeçamos o ensejo ofertado pela existência na escola terrestre, fazendo-nos dignos de habitá-la como orbe regenerado, em que todos vivam renovados na pureza de coração e na paz de consciência.

 

Editorial- FEBNET

 

 

VIVER PELA FÉ

 

“Mas o justo viverá pela fé.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 1, versículo 17.)

 

           Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.
           Não poucos aprendizes interpretaram errada-mente a assertiva.
           Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
           Freqüentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.
           Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.
           Os dias são ridentes e tranqüilos? tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação.
           São escuros e tristes? confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? o Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte? eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo.

 

Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

 

LOUVADO SEJA DEUS

 

           O velho André era um escravo resignado e sofredor.
           Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.
           Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração: — Louvado seja Deus.
           Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade Divina, indicava o céu e repetia: — Louvado seja Deus.
           Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse. Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do Senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço, imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.
           O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre: — Louvado seja Deus.
           André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu.
           Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.
           Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente: — Louvado seja Deus.
           Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava em sua choça de palha. Quem seria?
           Em poucos instantes, um anjo erguia-se à frente dele.
           Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde. O anjo, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:
           - André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que a sua voz possa louvá-lo agora no céu.
           No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas, sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir: — Louvado seja Deus!

 

Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

 

A MEDICAÇÃO PELA FÉ

 

           A moça abatida, num acesso de tosse, chegara ao “Luiz Gonzaga” com a receita médica.
           Estava tuberculosa. Duas hemoptises já haviam surgido como horrível prenúncio.
           O doutor indicara remédios, entretanto...
           — Chico — disse a doente —, o médico me atendeu e aconselhou-me a usar esta receita por trinta dias... Mas, não tenho dinheiro. Você poderia arranjar-me uns cobres?
           O Médium respondeu com boa vontade:
           — Minha filha, hoje não tenho... E meu pagamento no serviço ainda está longe...
           — Que devo fazer? Estou desarvorada...
           Chico pensou, pensou, e disse-lhe:
           — Você peça à nossa Mãe Santíssima socorro e o socorro não lhe faltará. A que horas você deve fazer a medicação?
           — De manhã e à noite.
           — Então você corte a receita em sessenta pedacinhos. Deixe um copo de água pura na  mesa, em sua casa e, no momento de usar o remédio, rogue a proteção de Maria Santíssima. Tome um pedacinho da receita com a água abençoada em memória dela e repetindo isso duas vezes por dia, no horário determinado, sem dúvida, pela fé, você terá usado a receita.
           A enferma agradeceu e saiu.
           Passado um mês, a moça surgiu no Centro, corada e refeita.
           — Oh! É você? — disse o Médium.
           — Sim, Chico, sou eu. Pedi o socorro de Nossa Mãe Santíssima. Engoli os pedacinhos do papel da receita e estou perfeitamente boa.
           — Então, minha filha, vamos render graças a Deus. E passaram os dois à oração.

 

Livro Lindos Casos de Chico Xavier
Autor Ramiro Gama

 

 

CERTAMENTE

 

“Certamente cedo venho...” (Apocalipse, 22 :20)

 

           Quase sempre, enquanto a criatura humana respira na carne jovem, a atitude que lhe caracteriza o coração para com a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo.
           Dias e noites são curtos para a internação em alegrias e aventuras fantasiosas. Engodos mil da ilusão efêmera lhe obscurecem o olhar e as horas se esvaem num turbilhão de anseios inúteis.
           Raras pessoas escapam de semelhante perda.
           Geralmente, contudo, quando a maturidade aparece e a alma já possui relativo grau de educação, o homem reajusta, apressado, a conceituação do dia.
           A semana é reduzida para o que lhe cabe fazer. Compreende que os mesmos serviços, na posição em que se encontra, se repetem a determinados meses do ano, perfeitamente recapitulados, qual ocorre às estações de frio e calor, floração e frutescência para a Natureza.
           Agita-se, inquieta-se, desdobra-se, no afã de multiplicar as suas forças para enriquecer os minutos ou ampliá-los, favorecendo as próprias energias.
           E, comumente, ao termo da romagem, a morte do corpo surpreender nos ângulos da expectativa ou do entretenimento, sem que lhe seja dado recuperar os anos perdidos.
           Não te embrenhes, assim, na selva humana, despreocupado de tua habilitação à luz espiritual, ante o caminho eterno.
           No penúltimo versículo do Novo Testamento, que é a Carta do Amor Divino para a Humanidade, determinou o Senhor fosse gravada pelo apóstolo a sua promessa solene:
           — “Certamente, cedo venho...”
           Valete, pois, do tempo e não te faças tardio na preparação.

 

Fonte Viva
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Emmanuel

 

 

ORAÇÃO NOSSA

 

Senhor,
ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,
a dar sem olhar a quem,
a servir sem perguntar até quando,
a sofrer sem magoar seja a quem for,
a progredir sem perder a simplicidade,
a semear o bem sem pensar nos resultados,
a desculpar sem condições,      
a marchar para a frente sem contar os obstáculos,
a ver sem malícia,
a escutar sem corromper os assuntos,
a falar sem ferir,
a compreender o próximo sem exigir entendimento,
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever
sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor,
fortalece em nós a paciência para com as dificuldades
dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros
para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo
que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa
felicidade mais alta será invariavelmente
aquela de cumprir os desígnios, onde e
como queiras, hoje, agora e sempre.

Amém.

 

Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Emmanuel

Referência:
https://www.mensagemespirita.com.br/oracao/80/emmanuel/chico-xavier/oracao-nossa

 

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado nº 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.