CUIDAR DE SI E DO OUTRO
Algumas das boas empresas do mercado, além de garantirem um bom emprego aos seus colaboradores, fortalecem o lema “Cuide de si, cuide do outro”. Tais providências contribuem muito para a segurança e integridade de todos os trabalhadores e desenvolvem a fraternidade, a solidariedade, o companheirismo e a preocupação com os colegas de trabalho.
Para a doutrina Espírita os tempos são chegados em que os grandes acontecimentos realizarão a esperada regeneração da Humanidade. Deveras, essa transformação já está em curso, mostrando no sentido mais racional que tudo é harmonia na obra da Criação e tudo revela a Providência divina.
No nosso querido Planeta, absolutamente tudo segue a lei de progresso, com o próprio globo evoluindo fisicamente com a transformação dos elementos que o formam e também com os Espíritos, encarnados e desencarnados que o habitam, evoluindo na depuração moral e aos poucos eliminando as chagas do egoísmo e do orgulho.
Algumas mudanças ocorrem de maneira lenta e gradual e quase insensíveis e outras, de forma mais bruscas e rápidas, mas todas elas seguindo as diretrizes do Criador, que considera que a Humanidade está madura, pronta para atingir um degrau superior na escadaria da evolução, que no dizer de Joanna de Ângelis, não tem o último degrau.
Devemos observar que essas mudanças não são localizadas, parciais, de um povo, de uma raça, de um país ou de outro e sim universais, com todo o globo submetendo-se à evolução programada. Os Espíritos que já evoluíram à nossa frente, cumprem os desígnios de Deus auxiliando não só a transformação material do globo, como a necessária evolução moral para garantir o acesso a um degrau superior.
Os progressos da Humanidade são evidentes se olharmos o passado distante, e notamos a grande evolução das ciências com enormes avanços intelectuais. Já, os avanços morais, não acompanham par e passo os avanços anteriores, ficando patente que nem toda a Humanidade vivencia igualmente a depuração moral, pois notamos que boa parte da população faz questão de não seguir os ditames da ciência, que luta com inteligência para debelar os fatores que aparentemente atuam nessa transformação, demonstrando que ainda não foi vencido totalmente o famigerado egoísmo, que juntamente com o orgulho formam a base de todo sofrimento em nossa vida.
A solidariedade atua de todos para um e de um para todos, assim como a fraternidade que irmana todos num só abraço, como a dizer que só seremos felizes neste Planeta quando esses sentimentos forem globalizados, instalando-se em nosso coração, avisando que essa é a principal transformação esperada e em operação.
Apenas o progresso moral é que vai garantir a felicidade do Homem na Terra, controlando suas más paixões, derrubando a barreira entre os povos, fazendo com que reine a concórdia, a paz e a fraternidade, eliminando os preconceitos e os conflitos religiosos, crendo todos, numa fé inabalável em um Deus único, todo poderoso, infinitamente bom, justo e misericordioso.
Crispim.
Referência bibliográfica:
- Revista Espírita. Ano 1866. Allan Kardec.
DIA DE LUTA
Hoje é um dia importante para planejar seu futuro.
Procure alinhar as suas bases na sua casa mental. É importante essa providência para que esteja devidamente preparada, pois que será uma casa de muito trabalho e muito amor, onde são decididas as providências mais importantes no roteiro de muitas criaturas...
Lembre-se que ninguém está descartado do trabalho do Cristo.
Considere o momento presente como o mais precioso de sua existência, pois que pode realizar alguma tarefa que fale de sua presença, da sua decisão de servir e amar.
Triste, porém é aquele que dispõe de recursos e nada faz. É verdade que muitas vezes é difícil entender que sem a decisão firme de amar o próximo, não se caminhe, no entanto mais difícil ainda é despertar o homem do seu comodismo.
A maioria das pessoas pensam mesmo em descansar, enquanto o trabalho é o que o qualifica diante das leis da vida, mais ainda o trabalho desinteressado em favor do próximo.
Está num mundo onde a experiência no campo do amor é muito importante, mas nem sempre compreende essa situação, porque muitos julgam que estão sozinhos. A realidade é que ninguém está só, pode não ter pessoas amigas ao seu lado, mas sempre alguém está ligado a nós por um motivo ou outro..
A vida sempre é pródiga em recursos, mas é preciso que continue lutando por dias melhores.
Está matriculado nesta escola para aprender. É claro que existem muitas possibilidades, porém o estudo, a disciplina, o amor à causa do bem são fundamentais para evolução de qualquer um.
Hoje mais que nunca cada um deve estar imbuído do propósito de servir, mesmo porque sem esse recurso de natureza moral, dificilmente se compreende que se deve manter ativo, especialmente diante de tantos desafios que vêm trazer ao mundo nova concepção no campo moral.
Aliás, que em nenhum momento deve ser esquecido por grande parte das pessoas que vivem o presente, sem considerar o futuro, pois que Jesus acenou-nos com as possibilidades imensas nas casas de nosso Pai, disseminada pelo Universo afora, cumprindo, assim mais essa etapa evolutiva.
É verdade que tudo caminha para um fim, para um objetivo, sempre com vista à evolução. A marcha natural do rio que corre para o mar. A marcha do homem é para o amor. Se este ainda se demora é mais por conta de sua inexperiência e ignorância, caso contrário ele não cessaria de lutar pelo seu progresso.
É claro que como isso é necessário lutar para superar os seus obstáculos, suas quedas, ao longo de sua caminhada. Mas se ele cultivasse a certeza no coração que tudo pode vencer, se tivesse essa fé robusta e sólida, naturalmente que faria muito mais com vista ao seu futuro, infelizmente muitas vezes permanece na dúvida e na negação.
É preciso tempo para maturar o trigo, a fim de que chegue ao tempo ideal de ser útil, também o homem precisa às vezes até das dificuldades para sedimentar dentro de si a capacidade criadora.
Assim, que não tenha as dificuldades por empecilho, mas como desafio a sua capacidade de lutar.
Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
VEJA BEM
Quando contempla a face do Mestre no caminho do calvário, certamente sente a dor e aflição que pulsam naquele coração nobre, talvez não a dor física, mas a dor moral que se manifesta diante da violência que ignorância patrocina.
Porém nesses momentos de expectação e amargas conclusões pode compreender que a cruz sendo o instrumento de flagelo, todavia com o seu gesto eloquente de amor aos tutelados que se dispusera libertar, talvez fosse realmente o coroamento de sua missão gloriosa.
Para que através dela pudesse acenar para as gerações vindouras naquele lugar proeminente da cruz. Fechando os olhos pode até sentir o escárnio e a zombaria de uma multidão inconsequente, que observa o espetáculo, sem entender o real significado.
Diante dessas rápidas cenas conseguiu se transporta até aquele dia memorável que Ele, o Divino Amigo, deu a prova maior de amor aos espíritos que gravitam na psicosfera da Terra. Todavia é a eles dirige sua mensagem inarticulada do cimo da cruz, mostrando que Ele levara o seu compromisso até o fim, conclamando os demais que também fizessem o mesmo.
Pois pode compreender que a vida passa tão depressa, e deve voltar à verdadeira pátria em breve, o bom seria que voltasse com a vitória que se impusera pelo exercício do amor e da caridade. E não cabisbaixo e triste como aquele que fora derrotado por si mesmo, pois que não tivera forças para superar as próprias deficiências.
Se porventura reconhece a mensagem de Jesus como a norma libertadora de tantas atitudes infelizes, mas sente suas mãos essa necessidade imperiosa de fazer o bem e adquire a força da realização, e não como o vencido, mas com as mãos plenas de boas obras.
Pode se aprender a conviver com as dificuldades do caminho sem deplorar o mal que porventura sofra. A dor quando bem entendida é a luz no caminho, pois que muitas vezes é essa luta que promove as criaturas.
Tantos espíritos conquistaram acesso a um mundo melhor a custa de muita luta e renúncia. Com esses recursos pudesse quitar os seus débitos contraídos em existências em que semeara o mal no caminho do próximo, e que somente diante de amargas provações puderam quitá-las, daí a recompensa daquele devedor que por fim conseguira pagar até o último ceitil.
Assim que supere as suas divergências e apresente o seu projeto de vida, como também não se deixe dominar pelo orgulho. Esse é um tóxico letal que o infelicitará por muito tempo, mas esforce-se ao máximo para bani-lo de sua trajetória, porque a própria razão reconhece que não está em condição de assimilar os ensinamentos de \Jesus, que naturalmente converge para ao bem de todos.
Às vezes é fácil avaliar o caminho percorrido diante de tantas lutas e argumentos conflitantes, se porventura se apega demais a este mundo e esquece o mundo espiritual. Não compreendendo a transitoriedade desta vida e a eternidade da outra, depois quando começar a entender o mecanismo sublime da vida, já poderá ser tarde demais.
Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
ATIVIDADES DO CENTRO ESPÍRITA
ATIVIDADES BÁSICAS
As atividades básicas do Centro Espírita são apresentadas no documento Adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades, já referido. Em outro documento emanado do Conselho Federativo Nacional – Orientação ao Centro Espírita –, essas atividades se encontram detalhadas. O Conselho Espírita Internacional, por sua vez, no multicitado “folder” Divulgue o Espiritismo, uma nova era para a Humanidade, sintetiza essas atividades. Valemo-nos deste último documento para fundamentar o estudo deste tópico, utilizando o Orientação ao Centro Espírita como fonte de consulta para os necessários complementos. Assim, são atividades básicas do Centro Espírita:
-
Reuniões de estudo da Doutrina Espírita, de forma programada, metódica ou sistematizada, destinadas às pessoas de todas as idades e de todos os níveis culturais e sociais, que possibilitem um conhecimento abrangente e aprofundado do Espiritismo em todos os seus aspectos [...].11 A Federação Espírita Brasileira lançou dois programas específicos para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, além de uma proposta para Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE).
-
Reuniões públicas [...] para a explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espírta, de maneira programada e com uma seqüência de trabalho previamente estabelecida. 19 Reuniões de estudo, educação e prática da mediunidade, com base nos princípios e objetivos espíritas, esclarecendo, orientando e preparando trabalhadores para as atividades mediúnicas [...].11 A Federação Espírita Brasileira publicou um programa para o Estudo e Educação da Mediunidade, com vistas à preparação desses trabalhadores.
-
Reuniões de evangelização espírita para crianças e jovens, de forma programada, metódica ou sistematizada, atendendo-os, esclarecendo-os e orientando-os dentro dos ensinos da Doutrina Espírita [...].11
-
Trabalho de divulgação da Doutrina Espírita através de todos os veículos e meios de comunicação social compatíveis com os princípios espíritas, tais como: palestras, conferências, livros, jornais, revistas, boletins, folhetos, mensagens, rádio, TV, cartazes, fitas de vídeo e áudio [...].11 Hoje, a internet tem sido utilizada como um dos principais meios de divulgação do Espiritismo.
-
Serviço de assistência e promoção social espírita destinado a pessoas carentes que buscam ajuda material: assistindo-as em suas necessidades mais imediatas; promovendo-as por meio de cursos e trabalhos de formação profissional e pessoal e esclarecendo-as com os ensinos morais do Evangelho à luz da Doutrina Espírita [...]11 22 Atualmente, com o Manual de Apoio para as Atividades do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita – elaborado, em conjunto, pela FEB e as Federativas Estaduais –, as orientações e recomendações, contidas no opúsculo Orientação ao Centro Espírita, foram desenvolvidas e explicitadas com vistas à sua operacionalização.
-
Reunião de estudo do Evangelho no Lar, como apoio para a harmonia espiritual de suas famílias [...].11 Com esse propósito, a Federação Espírita Brasileira editou o folheto Evangelho no Lar.
-
Atividades que têm por objetivo a união dos espíritas e das Instituições Espíritas e a unificação do Movimento Espírita, conjugando esforços, somando experiências, permutando ajuda e apoio, aprimorando as atividades espíritas e fortalecendo a ação dos espíritas [...].11 25 As atividades de Unificação estão hoje sintetizadas no folheto Divulgue o Espiritismo, uma nova era para a Humanidade, lançado pelo Conselho Espírita Internacional em diversas línguas.
-
Atividades administrativas necessárias ao seu normal funcionamento, compatíveis com a sua estrutura organizacional e com a legislação de seu país.11 A orientação para essas atividades encontra-se no Manual de Administração das Instituições Espíritas, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional.
As atividades do Centro Espírita, desse modo sintetizadas, demonstram a amplitude da ação que lhe compete desenvolver para atingir os seus objetivos, competindo a nós – os trabalhadores espíritas – envidar os melhores esforços no sentido de promover o estudo, a difusão e a prática do Espiritismo junto a todos aqueles que buscam o Centro Espírita para esclarecimento, orientação e amparo.
É importante que o trabalhodor espírita conheça e divulgue o livro Orientação ao Centro Espírita, que contém explicações básicas sobre essas e outras atividades.
Neste sentido, relacionamos, em seguida, os principais conteúdos constantes da Orientação ao Centro Espírita:
- Missão dos espíritas, p. 7-9.
- Os centros espíritas, p. 19-22.
- Palestras públicas, p. 23-26.
- Estudo Sistematizado da doutrina espírita, p. 27-30.
- Atendimento espiritual no centro espírita, p. 31-54.
- Estudo e educação da mediunidade, p. 55-57.
- Reunião mediúnica, p. 59-64.
- Evangelização espírita da infância e da juventude, p. 65-70.
- Divulgação da doutrina espírita, p. 71-74.
- Serviço de assistência e promoção social espírita, p. 75-79.
- Atividades administrativas, p. 81-84.
- Participação do centro espírita nas atividades de unificação do Movimento espírita, p. 85-93.
- Recomendações jurídicas, p. 95-98.
- Recomendações e observações gerais, p. 99-110.
REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 79. Ed. Rio de Janeiro: FEB,2007. Cap. 29, item 324, p. 441.
2. ______. Item 330, p. 446–447.
3. ______. Item 331, p. 447.
4. ______. Item 331, p. 447.
5. ______. Item 333, p. 449.
6. ______. Item 334, p. 449–451.
7. ______. Item 335, p. 451–452.
8. ______. Item 339, p. 459.
9. ______. Item 341, p. 456–457.
10.FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Divulgue o espiritismo, uma novaera para a humanidade. Documento aprovado pelo Conselho Espírita Nacional, CFN, (em 1996) e pelo Conselho Espírita Internacional, CEI, p. 3
11. ______. p.4.
12. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Orientação ao Centro Espírita.César Perri de Carvalho - responsável pela equipe. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Anexo 1 (A Adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades), item 4, p. 108.
13. ______. Item 5, p. 108,
14. ______. Item 6, p.108.
15. ______. Item 7, p.108.
16. ______. Item 8, p.108.
17. ______. Item 9, p. 108.
18. ______. Item 10, p. 108.
19. ______. Cap. III (Atendimento espiritual no centro espírita), p. 39.
20. GAMA, Alberto Nogueira da. Nos centros espíritas. Reformador. Rio de Janeiro: FEB, v. 98, n. 1817, agosto, 1980, p. 245.
21. XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo. Estude e viva. Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 9. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001. Cap 39 (Espíritas, meditemos - mensagem de Emmanuel), p. 222-223.
ESDE
2008
PSICOGRAFIA
Querido noivo e namorado!...
Neste dia bem quisera estar ao seu lado, mas as contingências do caminho não me permitiram esse privilégio, porém na certeza de que o Pai Justo não vai por isso arrefecer o amor no coração de nenhum se seus filhos por uma simples ausência. Aguardo com serenidade que um dia possa vencer essas barreiras que nos separam para ficarmos juntos em definitivo. Enquanto isso vou fazendo projetos, para que no amanhã nos reserve muitas surpresas agradáveis.
Um acidente do mundo não pode apagar um grande amor. A bem da verdade não foi imprudência de ninguém, minha hora havia soado, só necessitava de um pretexto para esta viagem, de maneira que mantenha o seu coração em paz, porque nada aconteceu de errado, nem vá atribuir a culpa a este ou aquele, pois existem mais motivos para que um acidente não aconteça do que para que aconteça. Se não tivesse previsto em minha trajetória tal acontecimento, certamente que nada teria acontecido. Não se culpe por estar ausente naquele momento, que sabe foi até melhor, evitou uma dor maior.
Fui socorrida logo em seguida mercê do amparo de amigos espirituais que me aguardavam, de maneira que não foi tão traumática essa transferência como seria se supor.
Somente dois anos se passaram e já estou aqui mandando notícias, dizendo que tudo continua igual, porque para um grande amor não existem barreiras, nem mesmo a morte que alguns julgam o fim de tudo, representa qualquer obstáculo para continuar nossas relações afetivas. Claro que compreendendo a sua condição de encarnado e outras devem ser suas necessidades e preocupações, mas contínuo com o mesmo amor no coração, muito embora compreenda que deva refazer a sua vida em novas bases, afinal, como dizem, a vida continua.
Quero desejar-lhe um feliz dia dos namorados. Afinal muitas vezes juntos comemoramos esse dia e achei por bem mandar um grande beijo e dizer que nada mudou dos meus sentimentos, embora exista a dimensão dos mundos em que vivemos atualmente. O amor continua inalterado.
Às vezes volta às lembranças do passado revejo mentalmente cada momento vivido, concluo que das alegrias foram bem maiores que as tristezas, porque quando se ama sempre se está feliz. As flores são mais coloridas. As pessoas são mais formidáveis e mais belas. E fico a imaginar que desse amor todos vivessem. A Terra seria como um paraíso, em que o amor poderia superar tudo. Mas depois, paro e penso que infelizmente não é isso que acontece, porém quero garantir que nosso amor é único e a razão maior de estar aqui e dizer que “amo-te muito, mas muito mesmo”.
Muito embora pareça que nossos projetos e sonhos da vida física o vento levou, mas não fique triste não, porque poderemos um dia concretizar esse sonho maior, porque desde já estou trabalhando por isso, dispondo me a tudo fazer para que esse nosso projeto se realize um dia. Como também sei que terei que esperar muito, mas não tem importância não, espero o tempo que for necessário. Eu tenho confiança no amor.
Ademais gostaria de dizer que estou com o coração palpitante de amor e nesse dia a semelhança de uma taça derramar do conteúdo do meu coração no seu, para ficarmos ambos possuídos por igual sentimento e fôssemos dois em um.
Mas o tempo urge e preciso me retirar porque compromissos urgentes me aguardam, além de que meu tempo está se esgotando.
Quero por último dizer que “o amo muito, mas muito mesmo”, lembra-se.
Um grande beijo e um grande abraço, da sua sempre reconhecida namorada.
Márcia.
RELIGIÃO E SALVAÇÃO
F. ALTAMIR DA CUNHA
São muitos os que aderem à preguiça ou acomodação, transferindo deveres que apenas eles podem cumprir. A religião é um dos alvos mais comuns desses transferidores de responsabilidades. Por desconhecerem o verdadeiro papel da religião, transformam-na em uma instituição paternalista, com o poder de intermediar junto ao Criador um tratamento diferenciado para os seus seguidores: isenção do compromisso de lutar para evoluir.
Tal ilusão, tornada realidade, feriria frontalmente as afirmativas de Jesus: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” 1 e “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.²
Estas verdades, sem sombra de dúvida, descartam qualquer mérito para os que aderem à lei do menor esforço, inoperantes, à espera de desmerecidos privilégios, como se as leis divinas fossem espelhadas nas leis humanas.
A religião tem muito a oferecer para a nossa formação espiritual, mas podemos compará-la muito bem a uma luz que se acende iluminando o caminho que devemos seguir; todavia, é necessário que nos submetamos ao esforço da caminhada.
Ainda que muitos busquem na religião a fórmula mágica para a salvação, não podemos esquecer que a salvação nada mais é que a libertação da criatura com relação às forças deprimentes dos vícios que a aprisionam. De forma que, sem desconsiderar a importância da religião como coadjuvante desse processo de libertação, o êxito depende exclusivamente do firme propósito da vítima para se libertar. Ou seja, a religião influencia, porém a libertação (salvação, como é conhecida por algumas religiões), é determinada pelo esforço de quem deseja libertar-se.
Todo processo de libertação do Espírito realiza-se de dentro para fora, sendo, então, um processo de autolibertação.
O bom senso nos conduz a este raciocínio e tomamos como referencial as inolvidáveis lições contidas nos Evangelhos.
Destaquemos as lições de vida que nos foram transmitidas por Judas e Pedro. Ambos beberam da água especial que Jesus prometera à samaritana:
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.3
Judas, escravizado à sede de poder e a resultados imediatos, entregou Jesus, e, atormentado pela culpa, aniquilou-se através do suicídio. Todavia, Pedro agiu de forma diferente: acicatado pelo medo, negou ser discípulo do Mestre; reconhecendo, entretanto, o equívoco cometido, entre escravizar-se à culpa e reparar o erro, optou pela reparação, transformando-se em um dos baluartes do Cristianismo.
Por que essa diferença de resultados? Será que Jesus salvou Pedro e desprezou Judas?
De Jesus jamais poderíamos imaginar um tratamento diferenciado, que nos fizesse concluir que Ele amava a Pedro mais que a Judas. No entanto, Jesus já havia oferecido lições importantes, para compreendermos este aparente paradoxo – a parábola do semeador:
E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta.4
Judas representou muito bem a terra invadida pelos espinheiros (cuidados deste mundo e sedução das riquezas), e Pedro a boa terra, que produziu frutos. Sem que desconheçamos a excelente semente plantada por Jesus, como Judas não se dispôs à autolibertação, Jesus não usou do seu poder para violentar-lhe o processo natural de evolução.
O Mestre já fizera referência ao conhecimento da verdade, como instrumento indispensável para a libertação. Porém, o conhecimento da verdade não acontece repentinamente, ou por imposição: é um processo que se vai completando através das sucessivas reencarnações. Sob a ação do tempo e o esforço de aprender, Judas não poderia ser diferente: conheceu a verdade e através dela libertou-se.
Ante o exposto, por que nos iludirmos com o canto de sereia da salvação gratuita (sem luta e, consequentemente, sem mérito)?
Não podemos olvidar o perigo que representa a porta larga5 das facilidades; muitas vezes, ela se torna indutora das deserções, que geram tragédias e multiplicam dores.
No Evangelho de Marcos (8:34), Jesus Cristo, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”.
Portanto, fé improdutiva e salvação gratuita não constam nos ensinamentos do Mestre Jesus, que deixou claro que cada um receberia de acordo com as suas obras.6
REFERÊNCIA
1 - MATEUS, 16:27.
2 - JOÃO, 5:17
3 - JOÃO, 4:14
4 - MATEUS, 13: 22-23
5 - MATEUS, 7:13-14.
6 - MATEUS, 16:27.
Reformador
Fevereiro/2010
VIVER É A MELHOR OPÇÃO
Este livro foi escrito com uma única convicção: as informações reunidas nele podem salvar vidas. Não se enquadra, porém, na categoria “autoajuda”. Pelo contrário, mostra o que podemos fazer pelos outros, ou seja, pelas pessoas que estão ao nosso redor, atravessando uma etapa tão difícil da existência a ponto de, em momentos de extrema fragilidade, terem a pretensão de sumir, desaparecer.
O suicídio atinge gente de todas as idades, credos, nível de renda ou escolaridade. A boa notícia é que ele é prevenível em 90% dos casos. Mas para que se reduzam as estatísticas de autoextermínio (mais de oitocentos mil casos por ano no mundo) é preciso informação, planejamento e, acima de tudo, a coragem de se retirar o véu que há séculos encobre esse tema.
O autor, André Trigueiro, é jornalista, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-Rio. É repórter da TV Globo, editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News e comentarista da rádio CBN.
Sua pesquisa a respeito do suicídio data de 1999, envolvendo o fenômeno em si e as diferentes estratégias de prevenção. Segundo o próprio autor, foi instigado a buscar informações sobre esse problema por uma comunicação recebida através de uma médium, do Espírito Marcelo Ribeiro, que chegou a ter algumas de suas mensagens publicadas por Divaldo Pereira Franco e que, no mundo espiritual, participa ativamente de um grupo de socorro a suicidas.
O livro é a culminância de um trabalho que envolveu palestras em centros espíritas, artigos para jornais e revistas, abordagem sobre o tema em rádio e TV.
Lançado pela Editora Espírita Correio Fraterno, de São Bernardo do Campo, SP, o livro teve a totalidade dos direitos autorais destinados ao Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br), associação filantrópica sem vinculações políticas ou religiosas que, desde 1962, realiza um serviço voluntário, gratuito, vinte e quatro horas por dia, de apoio emocional e prevenção do suicídio.
Na primeira parte, o jornalista compartilha dados, estatísticas e conhecimentos científicos que emergem da Academia e dos trabalhos de campo na área da suicidologia.
Na segunda parte, André seleciona um precioso estoque de informações que têm origem na doutrina dos espíritos, que ele segue e estuda há trinta anos, ampliando os horizontes de investigação para a melhor compreensão de quem somos, de onde viemos, para onde vamos, as razões da dor e do sofrimento, e porque o suicídio não representa em nenhuma hipótese alívio ou libertação.
Em entrevista a Eliana Haddad, do Jornal Correio Fraterno do ABC, edição de maio/junho 2015, André Trigueiro alerta: O espiritismo oferece um precioso estoque de informações que não deixa dúvidas sobre o equívoco do ato suicida. É preciso deixar isso bem claro sempre.
Pelo menos uma vez por ano, recomenda-se que a prevenção do suicídio seja tema de pelo menos um seminário ou palestra pública na instituição. A casa espírita tem a função-escola, de promoção do estudo e da instrução de quem se interessa pela doutrina.
Embora no livro, o autor mostre a visão espírita do assunto, diz ele: Todas as grandes religiões e tradições espiritualistas do Ocidente e do Oriente se manifestam claramente contra o suicídio.
Há o entendimento de que o autoextermínio afronta as leis de Deus e que não temos o direito de violentar abruptamente as condições que determinam a existência física.
O espiritismo, entretanto, vai além. Há uma profusão de informações, dados e relatos que reportam a realidade do suicida no plano espiritual – porque em nenhuma hipótese o autoextermínio propicia alívio ou solução para os problemas, muito pelo contrário, os impactos desse ato violento sobre as encarnações futuras, o sentido da dor e do sofrimento, e, principalmente, a confiança em Deus e na Providência Divina.
Com a primeira impressão esgotada, o livro recebeu o reconhecimento de suicidólogos, psicólogos, psiquiatras, que destacam o talento do jornalista para escrever sobre tão delicado tema.
O livro merece ser lido pela comunidade espírita com atenção. Ele traz novas questões e abordagens ao que já conhecemos e lemos a respeito na literatura espírita.
O psicólogo e doutor em administração Jader Sampaio sugere que o livro seja estudado e discutido pelas equipes de atendimento fraterno ou acolhimento da Casa Espírita, considerando o número de pessoas com pensamentos ou tendências suicidas, que a procuram diariamente.
São cento e noventa páginas de um texto suave, informativo e reflexivo. Um grande alerta, ao apresentar o Brasil ocupando o oitavo lugar no ranking mundial com onze mil, oitocentos e vinte e um óbitos por suicídio/ano, o que dá uma média de trinta e dois casos por dia.
A obra revela, enfim, o quanto é necessário abrir espaço para se falar sobre o assunto, sempre aludindo à prevenção.
Mundo Espírita
Agosto /2015
UM NOVO NORMAL
Por Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Vivemos um período existencial caracterizado por comportamentos exóticos e agressivos sob muitos aspectos considerados.
Ao lado da pandemia exterminadora de Covid-19, há os impositivos de adaptação, a fim de evitarmos o contágio perigoso.
Padrões de conduta rigorosa nas linhas da higiene severa são impostos de forma a diminuir e mesmo evitar o contágio da peste, embora não levados em consideração, em face dos hábitos singulares de rebeldia das inumeráveis criaturas acostumadas a comportar-se conforme melhor lhes apraz.
As recomendações de cuidados nos relacionamentos são desconsideradas, e os grupos renitentes prosseguem desafiadores.
No desespero que se estabelece, como mecanismo de fuga surgem as condutas estranhas, alguns crimes recebendo legalidade e os blocos de desafiadores propondo um novo normal, mediante uma filosofia de negação do ético, assim como do moral, que faculta aos instintos básicos predominância. Tal reação desumaniza o indivíduo, que volve à condição primária da nudez agressiva, com toques exclusivamente sensuais, ao desrespeito à ordem, típico da ignorância e da brutalidade, não estabelecendo limites ao que denomina como liberdade, com total desrespeito ao direito do outro.
Tudo quanto anteriormente constituía dignidade, significava a identificação com valores de elevação e de compostura vem sendo derrubado, culminando em alienações e as agressões ao corpo, à emoção e à psique, e substituído pelo direito do prazer de cada cidadão viver conforme as suas aspirações.
Inevitavelmente, os exageros pelos cuidados com o corpo por grande parte da sociedade competem com o abandono a ele, dando lugar aos fantasmas que deambulam pelos antros infectos das drogas e do sexo pervertido.
As religiões são combatidas tenazmente em face dos males praticados por algumas delas no passado, e os seus líderes, fundadores e crentes são levados ao escárnio em situações deploráveis.
Numa análise perfunctória das civilizações, observamos que antes da decadência de algumas que dominaram o mundo ou parte dele, antes de serem consumidas pelos desastres, viveram essas mesmas tragédias oriundas na decadência moral, sucumbindo sob a desordem.
Jesus Cristo propôs um novo normal, que oferecia paz e plenitude, mas que a sociedade inverteu nas suas imposições apaixonadas e vis, chegando-se a este resultado trágico. O fanatismo e o autoritarismo dos seus líderes mataram a beleza e a estrutura do amor que lhes serviam de alicerce.
Na atualidade, o Espiritismo ressuscita o Evangelho, e um novo normal restaura a esperança de existência feliz.
Artigo publicado no jornal A Tarde (BA), coluna Opinião, em 18/02/2021.
Nota do autor: Tema inspirado em um artigo com o mesmo nome publicado pela Revista Reformador, da FEB, n° 2.302, de janeiro de 2011.
Editorial do FEB.
Fevereiro/2021
RECAPITULAÇÕES
“Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” — (JOÃO, capítulo 12, versículo 43.)
Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadências.
Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente.
Tudo instável.
A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações. O espírito humano, a seu turno, considerado insuladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.
Como esclarecer a anomalia? A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade. Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena que a glória de Deus.
Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas... e o dia que já se foi? Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova, O dia volta. Refunde-se a existência. Todavia, que aproveita ao operário valer-se tão somente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?
Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei? Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo-Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.
Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
MAIORIDADE
“...O menor é abençoado pelo maior.”Paulo (Hebreus. 7:7)
Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.
Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.
De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.
Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.
A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.
Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converter em bênçãos para a coletividade inteira.
A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.
Cresce a árvore para a frutificação.
Cresce a fonte para benefício do solo.
Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.
O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.
Desenvolvimento é poder.
Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.
Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o "menor é abençoado pelo maior".
Fonte Viva
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Emmanuel
A ALEGRIA NO DEVER
Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.
Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.
O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.
Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.
João ouviu o conselho e não vacilou.
O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.
Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.
O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou:
— João, cumpriste o prometido?
— Sim — respondeu o apóstolo.
— Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?
— Sim — tornou o jovem, visivelmente contrariado —, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.
Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo:
- Então, ainda falta um dever a cumprir — o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.
O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.
A tranqüilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento dà Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.
Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei
|