"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XVI - N. 189 * Campo Grande/MS * Outubro de 2021.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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         Às vezes nos grandes cometimentos do coração humano há grandes paradoxos, porque para conquistar o amor é necessário renunciar ao egoísmo, pois que essas duas ordens de sentimentos são incompatíveis.


 

 

 

      REVELAÇÕES

 

            É sabido que já ocorreram ao menos três revelações vindo do mais alto. A primeira através de Moisés, determinando existência de um Deus único; a segunda com nosso Senhor Jesus Cristo e a terceira que nos trouxe a doutrina Espírita.
            Todas as revelações evoluem gradativamente no conhecimento e referem-se sempre ao Deus impessoal como a essência da vida do Universo e todas esperam a visão dulcificada do Cristo em todo o planeta. Na espera das palavras puras e simples do Cristo, os milênios prepararam o terreno para aquele que viria, não só trazendo sua palavra amorosa e consoladora, mas o exemplo salvador.
            Longa preparação houve na Palestina nos seguidos milênios com as grandes religiões que supuseram que o Senhor estava entre seus mais altos iniciados, mas a chegada de Jesus demonstrou que estavam em erro. Muitos deles tinham as vulgaridades terrestres, outros controlavam as consciências e foram enérgicos e violentos na manutenção e divulgação da fé, outros ainda ouviam as trevas deixando de lado o compromisso sagrado com o mestre dos mestres, causando grandes prejuízos na harmonia geral.
            Até que chegou, pessoal e divinamente, Jesus, com o exemplo máximo de caridade e amor, com suas lições que iluminam toda a humanidade, sobretudo com seus exemplos únicos, que tanto contribuem para a perfeição da vida na Terra.
            Nosso Senhor fez uma verdadeira revolução espiritual que perdura há dois milênios, ensinando as criaturas humanas a respeitarem as leis e a se elevarem para Deus. Mudou os conceitos da sociedade mostrando a fraternidade pura, enaltecendo a tolerância, a piedade e o amor.
            A doutrina Espírita veio como a mais recente revelação do mundo maior, toda baseada nos ensinos do Mestre Jesus, trazendo luz sobre seus ensinamentos e preparando o ser humano para a vida solidária e fraterna, neste mundo e no mundo espiritual.

 

Crispim.

 

Referência bibliográfica:
- A Caminho da Luz. Chico Xavier. Emmanuel.

 

 

NA HORA DA DECISÃO

 

            Quando quiser adquirir alguma coisa, trabalhe por ela, mas a mesma proporção se aplica nas aquisições morais, especialmente quanto se irrita por bagatelas, tirando a paz dos outros até sem justificativa.
Nesses momentos rápidos que perde a paciência, não sabe que causa um mal enorme aos outros, mais ainda a si mesmo, porque perde a paz.
            Toda conquista exige esforço e tudo depende do empenho que faça de forma consequente. Se algo pretende conquistar, logo promova diligências para que consiga esse seu objetivo.
Na verdade é um momento de decisão. Mas no campo da solidariedade que sente uma enorme dificuldade em mobilizar esses esforços, porque é justamente nesse momento que mais necessita de amparo e não se predispõe a receber com uma atitude serena e amistosa o veredito do resultado.
            Mas também é notório que sempre se mantém arredio quando se trata de assumir um compromisso.
            Quando se disponha a servir, sirva com dedicação, a fim de que esse gesto de boa vontade seja levado em consideração, como também um incentivo aos outros, porque pode ser este tipo de caridade, algo que lhe dará paz e reconforto no momento de sua maior provação.
            Aliás, pode ser o único ponto de apoio de que disponha, talvez, mesmo que um dia tenha caído por orgulho, por falta de preparo, ou comodismo mesmo, como seja, foi um alerta, porém não pare e nem desista, mas prepare-se mais, a fim de argumentar com mais sabedoria, pois que nesse caso está sendo colocado em condições de aferir certos requisitos essenciais nessa hora decisiva de sua caminhada.

 

Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

QUEM NÃO DOA NÃO TEM

 

            Em tudo guarde a certeza que está sendo assistido para fazer o melhor, cabe naturalmente o bom senso e a lógica como balizas naturais, a fim de que se mantenha numa base segura.
            Qualquer um pode oferecer a sua contribuição ao bem, daí perceber que os ensinamentos de Jesus estão ao alcance de todos.
            Cada um pode auferir vantagens que os ensinamentos lhes propiciam, pois que com isso pode contribuir com o bem do próximo.
            Alguns não dispõem de recursos financeiros, mas tem a boa vontade, pode prestar o auxilio ao próximo através de uma informação, ou uma boa palavra. Tantas vezes alguma pessoa propõe uma atitude simples que resolve um grande problema.
            Outras vezes aquela pessoa infeliz só deseja um pouco de tempo para desabafar, pois que as aflições foram se acumulando ao longo do tempo, e ele precisa jogar para fora esse veneno letal, com paciência pode ajudá-la. Certamente que ele dali sairá aliviado.     
            Às vezes um pedaço de pão na maior necessidade gera uma grande alegria aquele que está em busca de saciar a fome. Às vezes é difícil avaliar a caminhada percorrida, especialmente quando não compreende certos detalhes do percurso.
            Especialmente quanto pode ser útil com um pouco somente de boa vontade.
            Mas o egoísmo ainda é muito grande, mas o que vou ganhar com isso? Pergunta aquele que só espera levar vantagem em tudo.
            Se algo não se apresentar como recompensa, logo não serve.
            Mas um dia também ele sentirá na pele a necessidade de que alguém lhe socorra, talvez também alguém se pergunte, mas o que vou ganhar com isso. A verdade que precisa criar uma aura boa ao seu redor. Quem não dá não tem. Como não doa, não terá. Se não dá é que não pode receber. Se porventura não dá do que recebeu, pode ser lhe retirado até o que parece que tem. Certamente em sentido figurado. 
            Ao falar Jesus que da videira não se colhe espinhos, nem do espinheiro se vindima uvas, mostrando que tudo tem sua lógica.
            Se não faz o bem, logicamente nada pode esperar o bem. A própria vida é uma vida é um via de dois sentidos, se pretende receber faça por onde. Dá primeiro e a própria lei se encarregará de estabelecer à lógica, talvez não na forma que espera, mas é certo que terá na medida justa o que mais necessita.
            Estas coisas que muitas pessoas não entendem. Para esse trabalho que todos são chamados, quando Jesus se refere ao banquete, pois que no primeiro momento foram chamados os escolhidos, mas estes estavam preocupados com os seus negócios, outros com a sua casa de campo, ou outros julgaram que tinham outros afazeres.
            Resolveu o grande rei convidar todos os que se encontrasse nas ruas e nas encruzilhadas, nas cidades e nos campos, mas não é somente se apresentar, mas devia estar devidamente trajados para aquela festa de bodas.
Quer dizer que devia guardar perfeita sintonia com o dono da festa, carregar o coração de muito amor, porque este é o caráter destaque para fazer parte da grande festa do Senhor. Áulus.  

 

Lições De Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

NOTÍCIAS HISTÓRICAS

 

            Em sua segunda epístola à comunidade de Coríntios, Paulo de Tarso, o grande divulgador do Cristianismo, nos fala que somos “uma carta do Cristo”, e complementa: “[...] escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações”.
            Mais adiante, afirma que foi Deus “[...] quem nos tornou aptos para sermos ministros de uma Aliança nova, não da letra, e sim do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida.”
            Paulo mostra-nos que a maior barreira a ser vencida na interpretação das Escrituras Sagradas é aprendermos a desapegar da letra e da forma, a fim de adentrarmos à profundidade filosófico-moral dos textos da Bíblia.
            Quando Paulo de Tarso informa que somos a carta que irá comunicar vida evangélica aos corações humanos, não se refere, obviamente, à carta escrita com as letras usuais da linguagem humana, mas a que reflete experiência e autoridade do discípulo sincero. Ao destacar a importância de transformarmos nossa vida em carta do Cristo, indica que assim só é possível se escrita pela vivência íntima das claridades evangélicas. Somente assim a Mensagem Divina resplandecerá aos que nos observam, possibilitando-lhes leitura insofismável de que o Cristo escreve no íntimo de cada aprendiz sinceramente dedicado a Deus. É como devemos aprender a divulgar o Evangelho. As preleções, os textos, os vocábulos e as ferramentas da comunicação servem apenas como meios de transporte às ideias solidificadas nos corações dos que vivenciam o desafio da autotransformação pela prática dos ensinamentos de Jesus Cristo.
            Por muitos anos a Humanidade se acostumou a enxergar os textos bíblicos por meio da especificidade da forma, das evidências históricas e da exatidão das palavras, optando pelo tortuoso caminho dos significados e significações preestabelecidos, que acabam por afastá-la do mapa seguro e transformador dos ensinos do Evangelho, apesar da exortação apostólica.
            Isto não significa que, para os estudos das escrituras, deva-se ignorar todo o conteúdo histórico em que foram construídas, visto que assim teríamos mais dificuldades que facilidades para encontrarmos o Cristo em cada versículo.
            Porém, a contextualização dos paradigmas utilizados para transmissão da mensagem não pode, em absoluto, ser igualada à incessante busca pela exatidão histórico-temporal de cada passo das narrativas bíblicas. Arriscamos dizer que a preocupação inquietante com a perícia vocabular, na forma e disposição dos termos, se opõe à compreensão sutil e moral das luzes que se encontram entre as linhas do instrumento da linguagem, seja ele qual for. Em uma palavra, a letra mata e o espírito vivifica.
            Allan Kardec, quando da elaboração da obra O evangelho segundo o espiritismo, não estava alheio à dificuldade do equilíbrio entre a contextualização e a historicidade. Talvez por isso, dedica uma parte da introdução deste livro a explicitar tais preocupações. Diz-nos o ilustre pedagogo:
            Para bem se compreenderem certas passagens dos Evangelhos, é necessário que se conheça o valor de várias palavras neles frequentemente empregadas e que caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Já não tendo para nós o mesmo sentido, essas palavras muitas vezes têm sido mal interpretadas, causando isso uma espécie de incerteza [...].
            Ressaltamos que Kardec não intenta estudar as minudências de cada termo, suas regras gramaticais ou seu significado ipsis literis (como está escrito), de acordo com a língua dos antigos. Ele nos mostra a importância do valor das palavras. Valor este que é apenas factível dentro dos costumes daquela sociedade. Assim, o significado gramatical de um termo não representa necessariamente paradigma sociocultural. Em todas as culturas a linguagem evolui, toma expansão superior à gramática, passando a ter seu significado no sentido denotativo 1 ou no conotativo 2. Podemos afirmar que este último é o enfoque dos textos evangélicos.

  • 1 - Sentido denotativo: É o uso direto, literal; é o indicado nos dicionários. É a forma de linguagem usual de jornais, bula de medicamentos ou dos manuais de instrução técnica.
  • 2 - Sentido conotativo: É o sentido figurado, simbólico, abstrato.

            O Codificador explica, resumidamente, algumas dessas palavras, mas não parece pretender exaurir seu universo, possivelmente para nos dar um caminho, ou chave, de como interpretar o contexto bíblico. Ele se atém, especialmente, a substantivos que são utilizados por qualificações conotativas a partir da visão do povo judeu. Importante destacarmos que as observações sempre têm por referência a visão desse povo, pois ele é, por força das circunstâncias, a base para o entendimento das escrituras. Os paradigmas culturais, as figuras, o sentido conotativo utilizado nos textos, todos partem da visão dos judeus sobre o mundo e a realidade em que viviam. Por este motivo, publicano não é um mero cargo administrativo, o significado de Roma não pode ser limitado ao poder invasor e César é mais que uma simples função de Estado. Kardec ressalta que, para tais termos, “[...] A compreensão de seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem singulares”.
            Lembramos que a Codificação Bíblica (Antigo e Novo Testamento) foi tarefa da espiritualidade superior tal como a da Codificação Espírita. Ambas são ferramentas da grande e contínua construção da mensagem cristã no mundo. E, como os textos bíblicos estiveram prisioneiros da forma por milênios, ocorreram acréscimos moralmente incorretos nos textos, ainda que a Mensagem Divina permaneça pulsante no Evangelho, sempre referendada por inúmeros Espíritos de escol. O próprio Codificador afirma:
            Sabe-se que a Bíblia contém uma porção de passagens em relação com os princípios do Espiritismo. Mas como as encontrar nesse labirinto? Seria preciso fazer desse livro uma leitura atenta, o que poucas pessoas têm tempo e paciência para o fazer. Em algumas, mesmo, sobretudo em razão da linguagem o mais das vezes figurada, a ideia espírita não aparece de maneira clara senão após reflexão.
            Desta maneira, nossa interpretação dos textos bíblicos, considerando a visão conotativa e a devida contextualização, sempre objetivará a transformação moral do indivíduo, utilizando os três pilares do método interpretativo: universal, atemporal e exclusivamente moral.

 

Livro Evangelho Redivivo
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

 

                Não sei dizer ao certo, mas gostaria de transmitir um recado para minha família que padece muita angústia e não pode encontrar uma justificativa para esta minha ausência prematura do plano físico.
                Era um Domingo como tantos outros e saí com um grupo de amigos para assistir um jogo de futebol, quando no caminho fui atropelado por um veículo que desenvolvia alta velocidade.
                Foi um golpe surdo e não vi mais nada.
                Queria comunicar a família do que acontecera, mas me encontrava sem forças para qualquer providência nesse sentido. Meus amigos deixaram me só. Ouvia vozes confusas que pareciam de algum hospital, em que pessoas caminhavam e falavam apressadamente, como se estivesse atendendo uma pessoa que fora ferido num acidente, mas nunca podia supor que fosse eu, dando a minha confusão mental. Ouvi alguém dizer, morreu. Pensei, coitado! Embora não o conheça.  Mas ao final tive a impressão que se referi a mim. Pensei, deve ser um engano, estou é bem vivo. Só que comecei a sentir uma dor intensa nas pernas, parecia-me que estavam quebradas. Não podia caminhar, sentia dores e queria gritar, mas ninguém me dava atenção, queria chamar minha família, mas ninguém podia fazer isso por mim, porque todos eram desconhecidos e alguns muito mal encarados. O que vou fazer. Resolvi gritar, mas o grito morreu na garganta, não saiu nada. Só queria fazer alguma coisa para chamar atenção de alguém, mas ninguém me dava à mínima importância. Foi quando vi ao longe vovó Carolina, procurei chamá-la. Mas com um gesto disse que esperasse, mais um pouco. Pensei pelo menos a vovó Carolina pode me dar uma explicação sobre o que está acontecendo, porque de minha parte não sei nada.
                E essa vovó Carolina nunca que vinha e eu começava a me angustiar, até que finalmente veio. Mas meu filho, como veio até aqui? Naquela alegria de sempre. Acho que quebrei a perna e naquele hospital me atenderam, mas eu sinto muita dor ainda, preciso ser medicado e avisar a família do que aconteceu comigo, senão minha esposa vai ficar muito preocupada comigo.
                Não se preocupe meu filho, tudo está bem.
                Todas as providências foram tomadas. Ela me envolveu no maior carinho, dizendo, isso não foi nada, logo estará bom, não se preocupe.  Procure dormir que assim a dor vai passar mais depressa. Começou a crescer uma dúvida dentro de meu coração. Mas vovó Carolina não havia morrido, Como ela está aqui. Até fui no seu velório com mamãe. Minha mãe chorava muito. Devo estar enganado ou eu sonhei. Ela está aqui e muito alegre, como sempre fora. Deve ser sonho, ou então estou ficando maluco.
                Não resisti àquela angústia, aquela dúvida que me atormentava. Quando ela voltou no outro dia, perguntei a queima roupa. Minha avó Carolina a senhora não morreu?  Não, não morri meu filho, você pode me ver aqui, ninguém morre, ou você fala quando a gente deixa o corpo físico na terra, quando está por demais usado. Fiquei meio embaraçado que não soube o que dizer. Resolvi mudar de assunto, parecia que falei bobagem e disse, deixa pra lá essa história vovó.
                Não tinha nada a dizer e fiquei a conversar fiado, não leve em conta essa minha conversa sem sentido.
                A verdade que estava num hospital como convalescente, embora não soubesse como vim parar ali, mas a verdade que ali estava, já com significativas melhoras, porque chegara num estado deplorável, mas vovó deu um jeito.
                A minha ansiedade era enorme e minha esposa veio me visitar. Veio, disse minha avó, mas você estava dormindo. Disse que voltará depois, aí então lembrei que de fato senti que ela estivera naquele dia, mas não me lembrava mais.
                Passaram longos meses e aos poucos fui sabendo aos poucos que não mais pertencia ao mundo dos encarnados e sentia uma enorme saudade de casa, da esposa e dos filhos, que seria feito deles, onde estaria. O dia que soube chorei muito, mas uma dor grande e terrível, mas como foi acontecer isso comigo. Fui internado num departamento por que sofrera muitas emoções, como se tivesse um sono terrível que não conseguia despertar, fiquei ali vários dias, até que quando sai de lá perdera aquele desespero, agora olhava as pessoas com maior distância e discernimento, lembrava na família como ela estivesse distante agora.
                Fui informado pela vovó que se ficasse firme e controlado poderia voltar um dia a sua residência antiga para rever a família, que procurasse não me emocionar mais.
                Ainda minha avó disse, só terá essa oportunidade se ficar muito comportado e se ater às lições ministradas pelos mestres, com esse incentivo comecei a trabalhar dobrado para chegar o mais depressa o dia que poderei rever minha mãe.

 

APSIV-36

 

 

FILHOS DA ESPERANÇA

 

De: Giseti Marques
Editora: Boa Nova

 

                Conheça Bryan, um rapaz com muitas responsabilidades que fazia de sua vida simples e sofrida um capítulo a ser vivido todos os dias. Ele dava aulas particulares a dois jovens e uma criança: Alícia, dona de um segredo que poderia revelar mais sobre ela do que a sua mera aparência esquisita; Matheus, um jovem promissor, mas cheio de rancor e Bárbara uma criança mimada e carente. Dona de uma pesada bagagem emocional, conheceremos Júlia, aluna novata do curso de Engenharia Química que desperta em Marcos, amigo de Bryan, uma paixão que mudará o curso de sua história. Existe uma razão para os encontros e desencontros? Qual o sentindo do sorrir? Vidas que se cruzam e formam caminhos difíceis ou não de serem percorridos. De quem verdadeiramente somos filhos? Todas as respostas estão nesta obra. Descubra-as!

 

O Consolador
Agosto/2015

 

 

O POBREZINHO DE ASSIS

 

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

 

                Havendo nascido no dia 26 de setembro de 1181 (ou 1182) em Assis, na Itália, Giovanni di Pietro di Bernardone é o maior gênio da História da Humanidade, depois de Jesus Cristo, e desencarnou no dia 4 (ou 3) de outubro de 1226.
                A imensa noite medieval permanecia dominadora, e a ignorância predominava no mundo belicoso, sempre dividido pelas paixões do poder, em olvido quase total pela existência espiritual, embora a predominância no Ocidente da religião católica, distante do espírito de amor e de caridade conforme preconizado e vivido pelo Mestre de Nazaré.
                Partindo de uma juventude risonha e faustosa, ele transformou-se num mendicante romântico e poeta para atender ao chamado de Deus.
                No auge do prazer, estranha melancolia passou a visitá-lo, até o dia em que orando, numa igreja em desmoronamento, ouviu uma voz que lhe disse:
                – Francisco, levanta minha Igreja, que está caindo.
                Impressionado, começou a restaurar o santuário, carregando pedras e fazendo-se construtor até concluí-la.
                Quando da sua inauguração, estando orando, ouviu a mesma voz dizer-lhe:
                – Não é esta igreja, Francisco, é a moral.
                A partir daquele momento, o apóstolo de Assis passou a viver exclusivamente para o Evangelho e trouxe de volta a mensagem cristã totalmente renovada.
                Luxo e poder, grandezas materiais e dominação arbitrária, que dominavam a sociedade, passaram a ceder diante da humildade, do amor e da pureza de coração na beleza da caridade.
                O mundo se curvou diante da figura delicada daquele Cantor de Deus.
                A mensagem de amor passou a readquirir a sua pulcritude, abrindo espaço para os gloriosos dias da Renascença.
                Logo depois, veio a inevitável ruptura da fé cega com a razão e a lógica, surgindo a Ciência, com os seus métodos de investigação, demonstrando a realidade do mundo e diversas vertentes do pensamento filosófico, tais o racionalismo e outras doutrinas, convidando o ser humano a pensar antes de crer.
                As religiões, então, em voga, passaram a ter os seus postulados averiguados pelo bisturi da investigação, dando margem ao surgimento da tecnologia e outros instrumentos notáveis de informação e promoção da existência humana.
                Em todo esse báratro a respeito da crença na imortalidade da alma, embora muitas teses antigas rejeitadas, a figura do Pobrezinho de Assis continuou a fascinar a cultura terrestre, demonstrando a força sublime do amor.
                Ante os conflitos e dores acumulados na atualidade, nos quais estorcega a sociedade contemporânea, sentimos falta desse peregrino da vida, que elegeu todos os animais como nossos irmãos, incluindo a Natureza e suas manifestações, e pedimos-lhe que volte, pronunciando a sua saudação: Pax et bene!
                O mundo moderno, rico de tecnologia e pobre de amor, necessita-o.

 

                Artigo publicado no jornal A Tarde (Bahia), coluna Opinião, em 7 de outubro de 2021.

 

 

TEMPO DE CONFIANÇA

 

                “E disse-lhes: Onde está a vossa fé?” — (LUCAS, capítulo 8, versículo 25.)

 

                A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
                Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
                — Onde está a vossa fé?
                O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
                Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
                Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
                Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor.
                Sem isso, seria impossível aferir valores.
                Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
                — Onde está a vossa fé?
                E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.

 

Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

 

 

ALGUMA COISA

 

“Não necessitam de médico os que estão sãos, mas simos que estão enfermos.” Jesus (Lucas, 5:31)

 

                Quem sabe ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou.
                Quem dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da frase correta e expressiva.
                Quem desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a possibilidade de auxiliar o doente.
                Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não se abriu a mínima noção de responsabilidade perante o Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se das trevas.
                Quem possua recursos para trabalhar, não olvide o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o, sempre que possível, a atividade digna.
                Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com as vibrações da prece.
                Quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indispensáveis ao reajuste.
                Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância.
                Quem estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados.
                Quem guarde alegria, divida a graça do contentamento com os tristes.
                Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas,’ sim, os enfermos.
                Lembra-te dos que transitam no mundo entre dificuldades maiores que as tuas.
                A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.


.Fonte Viva
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Emmanuel

 

 

Espiritismo para crianças
Marcela Prada
Tema: Controlar o medo

 

O MEDO

 

                Era domingo. Rodrigo estava em casa. Mas, ao invés de estar descansando ou se divertindo, o menino estava preocupado. Desde cedo o céu estava com muitas nuvens. A previsão era de chuvas fortes por todo o dia. E Rodrigo não se sentia bem em dias assim. Sentia insegurança e até tristeza. Não via a hora que a chuva acabasse.

                Quando Rodrigo era pequeno, num dia de chuva muito forte, em que a família não estava em casa, Rex, o cachorro deles, assustado com os trovões, pulou o portão e fugiu. Quando eles chegaram, notaram a falta do cachorro. Ainda chovia, ventava e fazia frio. Naquele dia Rodrigo foi dormir chorando e pensando no Rex. Cada raio que ele via pela janela, ou trovão que ele escutava, fazia sua mente imaginar coisas terríveis que poderiam estar acontecendo com seu cãozinho.
                Rex foi encontrado depois de quase dois dias. Estava machucado, mas foi cuidado e tudo terminou bem. A não ser para Rodrigo que, mesmo sem se lembrar dos detalhes do acontecimento, guardou a impressão de tristeza associada à chuva.
                Sua mãe Tânia, sabendo do que se passava, tentando ajudar, chamou o filho e disse:
                – Querido, quero que você vá comigo ali à casa da nossa vizinha Angélica.
                – Está chovendo, mamãe! – disse Rodrigo assustado. – Não dá pra sair.
                – Dá sim, ela mora aqui perto, vamos!
                Rodrigo não queria, mas a mãe insistiu, explicando para ele que o medo paralisa a gente, impede que façamos coisas boas e ainda nos faz sofrer. Por isso vale a pena encarar o medo e tentar diminuir sua força sobre nós.
                Rodrigo acabou aceitando e os dois foram andando abraçados, embaixo do guarda-chuva. Assim, bem juntinho de sua mãe, Rodrigo não sentia tanto medo.
                Quando tocaram a campainha da casa da vizinha, ela os recebeu com um largo sorriso e disse, abraçando-os:
                – Oi, Tânia! Oi, Rodrigo! Que coisa boa ver vocês! Entrem! Logo de manhã eu já senti que hoje seria um ótimo dia e está sendo mesmo!
                – Sabia que você estaria feliz, Angélica! Não conheço ninguém que goste tanto de uma chuva dessas, como você – disse Tânia, sorrindo.
                – Isso mesmo, minha amiga. Fazia dias que eu estava angustiada. Nossa cisterna, onde recolhemos a água da chuva, já estava quase seca. Tenho medo de que falte água para a população, para a higiene, para produzir os alimentos, para beber... Já pensou passar sede ou fome? Deus me livre! Quando vem uma chuva boa dessas, eu imagino Deus, lá no céu, deixando cair essas gotas abençoadas de vida para nós. Não tem como não me alegrar!
                – Você já passou sede alguma vez, Angélica? – quis saber Tânia.
                – Graças a Deus, nesta vida, pelo menos, não! – respondeu Angélica sorrindo e levantando as mãos para cima. – Mas já vi muitas reportagens que mostram rios secando, animais morrendo, pessoas tendo que fugir da seca e deixar suas terras... Sei lá, a maioria das pessoas não pensa que isso possa acontecer, mas eu fico com medo. É uma coisa que me impressiona muito.
                Angélica mal acabou de falar, entraram correndo, pela porta da frente, Gabi e Fátima. Gabi era a filha de Angélica e Fátima, sua melhor amiga.
                As duas meninas cumprimentaram Tânia e Rodrigo e a mãe perguntou para Gabi:
                – Como foi, conseguiu Gabi?
                E voltando-se para Tânia ela explicou:
                – A Gabi tem muito medo de cachorros. Ela não gosta de ir brincar na casa da Fátima porque ela tem um cachorrinho, mesmo ele sendo pequeno e bonzinho.
                – Eu sei que ele é um fofo – disse Gabi – mas ele ainda tem dentes e eu fico arrepiada só de ver aquela boquinha aberta com a língua de fora. Mas hoje já foi melhor, mamãe. A Fátima ficou segurando-o no colo e eu fiquei sentada perto deles por cinco minutos. Fiquei me concentrando nos pensamentos que a gente tinha combinado de que ele só quer carinho e que ele gosta de mim. Também controlei a respiração e consegui!
                – Só que depois de cinco minutos a Gabi saiu correndo e a gente teve que voltar pra cá! – disse Fátima.
                – Tudo bem, mas já está ótimo, filha! Pra quem não queria nem ver o cachorro essa é uma grande vitória. Tem que ir aos poucos mesmo. Agora podem ir brincar, então!
                As meninas chamaram Rodrigo para jogar cartas com elas. Tânia e Angélica conversaram bastante e fizeram bolinhos de chuva.
                Rodrigo achou os bolinhos deliciosos e pediu para Tânia anotar a receita e fazer para ele toda vez que chovesse. A chuva ainda caia lá fora e a água escorria pela janela. Mas Rodrigo passou uma tarde gostosa, jogando, conversando e rindo.
                Tânia e o filho voltaram para casa, novamente abraçados embaixo do guarda-chuva. Rodrigo estava se sentindo bem melhor. Ele havia percebido que a mesma chuva que o entristecia, alegrava outra pessoa. Então o problema não era a chuva e sim o que cada um associa a ela. Percebeu também que é normal sentir medo. Ele amava cachorros, mas a Gabi tinha medo deles.
                Ela estava tentando vencer o medo, modificando seus pensamentos e sentimentos e era o que ele estava disposto a fazer também.
                Afinal, um dia de chuva como aquele não parecia mais ser tão mau assim.

 

O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
Outubro/2021

 

 

CRIANÇA E FUTURO

 

                Hoje, a criança – abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida –, necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que a Codificação Kardequiana o restaurou, é o celeiro farto de esperanças para o futuro.
                Criança que se evangeliza – adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.
                Toda aplicação de amor, no campo da educação evangélica, visando a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeada de luz que se multiplicará em resultados de mil por um...
                Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, com as vistas voltadas para a Era Melhor da humanidade, sem vigoroso empenho de educação evangélica da criança.
                Embora seja ela um Espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de caridosa lapidação, a oportunidade surge hoje como desafio e promessa de paz para o futuro. Sabendo que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabe-nos o relevante mister de proteger, amparar e, sobretudo, conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.
                Esse cometimento-desafio é- -nos grave empresa por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.
                A criança, à luz da Psicologia, não é mais o “adulto em miniatura”, nem a vida orgânica pode continuar representando a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.
                Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à Revelação dos Imortais, compete o superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e a juventude do presente.
                Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, recordando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o “reino de Deus” que viera instaurar na Terra.

Bezerra

Fonte: Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco na reunião de 18 de janeiro de 1978, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador, Bahia. Publicada em Reformador, p. 26(190), jun. 1978.

 

REFORMADOR
2013

 

 

A MÃO ESQUERDA

 

                “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” - Mateus 6:3

 

                Este conselho de Jesus Cristo vem após a crítica sobre as pessoas que dão esmola em frente aos outros para que possam ser elogiadas.
                O próprio elogio em si é a recompensa de quem o fez. Uma recompensa justa, pois foi a intenção que estes tiveram e colhem o que semearam.
                Para além de não devermos mostrar o que fazemos, o Mestre aconselha-nos a que a nossa mão esquerda não chegue a saber o que a direita faz. Como é possível isto acontecer?
                Quem sabe o que fazemos, ou não, é a parte inteligente, a mente. Então, tem que ser travado aí, a mão é uma alegoria ao nosso funcionamento mental.
                Jesus utilizou estas figuras do corpo, em relação à forma de estarmos na vida, por várias passagens. Podemos ver, em Mateus 5:29, a passagem:
                “Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno”.
                Não é culpa do olho, mas do funcionamento mental que podemos ter em relação ao que vimos, tal como as mãos, na passagem que estamos a ponderar no texto.
                Como poderá a mão esquerda não saber o que a direita faz?
                A mão esquerda representa a forma como recebemos o ato.
                Quando fazemos um ato de caridade é porque alguém precisa e nós estamos em condições de o fazer. Seja um simples bocado de pão, seja a ajuda a um amigo ou familiar, com uma conversa.
                Para existir esta oportunidade de fazer o bem, tem que existir quem precise. Nós, normalmente, colocamo-nos como os “principais da fita”, mas sem a pessoa necessitada não existiria a carência de o fazer, ele é o principal ator neste ato.
                Trazer a importância para nós, de que “eu estive bem”, é querer ser o protagonista da peça que não nos pertence.
A fome ou a necessidade de ajuda daquela pessoa não está em nossas mãos. Pensar que aquele irmão foi ajudado, graças a mim, é colocar parte do movimento da vida daquele ser dependente de mim. Não vos parece isto errado?
                Deus tudo organiza e Ele deu-nos aquela oportunidade, se não aceitarmos, virá alguém e o fará.
                Podemos constatar, através da lógica de que nenhum destino de ninguém está em nossas mãos, mas todos nas “mãos” de Deus.
                A mão esquerda não saber é o mesmo que dizer: a mente, ou nós não sabermos.
                Como é isto possível?
                Quando fazemos o ato, acontece a ação. O ato é sempre presente e, enquanto este decorre, não acontece o orgulho, apenas a compaixão.
                Foi levantada a compaixão em mim, o que me levou a agir em favor aquela pessoa.
                Aqui, ainda não existe a mão esquerda, esta mão aparece depois.
                Após a caridade, temos uma enorme tendência de transportar aquele ato conosco, em nossa mente. Alimentamos o nosso Ego com aquela ação, aumentando o nosso orgulho, pois só olhamos pra nós. “Estive muito bem”, “pude ajudar aquela pessoa” etc.
                De que isto nos serve?
                Não parece que entrou a mão esquerda em ação? Agora ela sabe e saboreia este ato.
                Se nós olhamos para o outro que ajudamos ou alimentamos, podemos perceber que ele continuará a precisar de ajuda ou alimentação. Com esta visão, que orgulho ou satisfação posso sentir?
                O problema é que passamos a olhar para nós e não para o todo, onde inclui o outro, e concluo que estive muito bem naquela ação que passou a ser memória.
                O ruminar pensativo, fora da ação, como neste caso da caridade, é um veneno que constrói o âmago que se entrepõe entre o Filho de Deus e o Filho do Homem.
                Vigiai para que não entreis em tentação.

                “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” - Mateus 6:3.

 

O Consolador
2021

 

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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