PROIBIÇÃO DE CONSULTAR OS MORTOS
Não é de hoje que muitas religiões, apesar de não negarem as comunicações espirituais, combatem com veemência o intercâmbio espiritual, alegando que seguem a proibição de Moisés, conforme consta no velho testamento. Inútil é consultar os Evangelhos do Cristo porque eles nada dizem sobre isso, ficam, portanto, apenas com a proibição de Moisés.
E Moisés, punindo os gentios, dizia para não se procurar os mágicos nem os adivinhos, sentenciando à morte aquele que tivesse o espírito das pitonisas, que consultavam o mundo espiritual, e afirmava que o Senhor abominava essa consulta e destruiria até nações inteiras por esse crime.
Moisés, como legislador hebreu, tinha lá seus motivos. Queria acabar com os costumes vindos do Egito que não tinham os sentimentos de respeito, afeição ou piedade nas evocações dos mortos, e sim consultas de augúrios, presságios, superstições e negócios, que facilitavam os abusos, sortilégios, chegando mesmo aos sacrifícios humanos.
Se essa lei mosaica tivesse que ser cegamente seguida neste ponto, deveria ser igualmente seguida em todos os outros aspectos, como eliminar comunidades inteiras ao fio da espada, e outros crimes que foram praticados, mas já se reconhece que suas leis não estão mais de acordo com nosso tempo.
Sem prisões, casas de recuperação e meios de se punir cada crime de acordo com sua gravidade, Moisés punia todos com a mesma pena, a pena máxima, a morte, mas hoje em dia o direito evoluiu, a razão predomina e o Espiritismo demonstrou o sentido moral, consolador e religioso desse intercâmbio.
Não há nada de semelhante nas práticas espíritas com as do tempo de Moisés. O Espiritismo não sacrifica criancinhas nem ofende Deus para provocar sua “ira”. Aqueles que condenam a prática espírita deveriam estudar melhor o próprio velho testamento e é claro, o novo. Deveriam também pensar nas outras leis de Moisés que já não são seguidas, como a circuncisão, que até Jesus foi submetido, e a proibição aos pastores de possuírem bens, pois a herança virá de Deus.
lei civil, hoje, condena todos os crimes que Moisés condenava, porém com a devida proporção da pena em relação ao crime, e o Espiritismo tem duas boas razões para não aceitar a autoridade de Moisés: primeiro porque o cristianismo não considera as leis dele e depois porque tais leis são impróprias aos nossos costumes.
Crispim.
Referência bibliográfica: O Céu e o Inferno. Allan Kardec.
JUSTIÇA SEMPRE
Quem lança uma pedra em direção ao próximo, deve saber das suas consequências, porque ninguém fere o próximo impunemente.
Pode até valer-se de alguns recursos aqui no mundo dos encarnados para se livrar de cumprir a pena imposta ao seu ato de rebeldia, no entanto a conta continuará subsistindo no plano de sua consciência ainda, por isso, todo o cuidado se deve ter em não prejudicar a quem quer que seja, porque já sabe dos constrangimentos inevitáveis.
Assim, que se ouve em todos os lugares, diante de um grande sofrimento ou uma grande tragédia, mas “como Deus permitiu que isso acontecesse”? Deve esclarecer que Deus não permitiu, jamais permitiria uma coisa dessas.
Mas na casa do Pai existe uma lei soberana a que todos estão sujeitos. Nessa casa existem regras que com mais propriedade trouxe-as Jesus, a fim de que se guiando por ela, de futuro, com isso poderia evitar-se todos esses transtornos decorrentes de atitudes insensatas.
Em todos os departamentos da casa do Pai existem regras claras, e aqueles que se preocupam em vivê-las, é certo que os sofrimentos serão bem menores, ou mesmo que não existam, pois aqueles operários que não se ajustam ao programa do bem o qual com tanto empenho Jesus defendeu.
Assim, para essa empresa em que trabalha não é o patrão que faz exigências descabidas,, mas os operários que não se comportam de maneira que possam colher os bons frutos do seu trabalho, mas muito pelo contrário, agem de maneira equivocada, perturbando ou tirando o sossego e a paz dos outros, com isso comprometem o seu próprio desempenho diante da vida.
No entanto, o pai continua amando-os, mas esses operários agiram de maneira incompatível com a soberana justiça, e muitas vezes os sofrimentos que enfrentam são respostas que recebem de existências mal vividas, não para castigá-los, mas por muito amar, pois que a lei, conquanto drástica agiu em favor deles, para que recomponham os seus roteiros. Não havendo qualquer punição por parte do Pai, mas cada um, como é da lei, que se pune e se remunera a si mesmo.
Também como há aquele operário exemplar, é certo que deve ser mantido na linha de frente desse grande empreendimento chamado “reino de Deus”, ao qual todo operário de boa vontade está vinculado por amor do Pai Misericordioso.
Assim, que nessa casa de Deus, o planeta em que se vive, deve existir uma ordem, caso contrário o caos se estabeleceria, com graves consequências para todos.
Por isso, não se preocupe porque tudo está no seu devido lugar; Deus não permite o mal, mas o homem insensato e que lhe dá causa, daí mesmo lhe advém as consequências para chamá-lo à realidade.
Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
SERVIR SEMPRE MAIS
Quando se dispõe ao trabalho pensa naqueles que sofrem. Servir sempre será o seu objetivo. Qualquer lugar reconhece-se que o trabalho em favor do próximo é fundamental.
Naturalmente que méritos não têm, porém a misericórdia de Deus é infinita.
Por isso invista em seus propósitos, porque tudo caminha dentro de uma lógica formidável.
Qualquer que seja a condição do trabalhador é melhor permanecer no trabalho do que alegar que não tem méritos. Assim que tenha consciência porque é muito modesta a sua participação, porém será pior para você se não participar em nada.
A vida está cheia de exemplos que precisa ser avaliado melhor. Qualquer atividade exige dedicação, caso contrário, não prospera. Mas especialmente naqueles compromissos de ordem moral é que realmente mais complica.
A verdade que dispõe de recursos que não valoriza, pois que são ferramentas de trabalho. Mas aquele que permanece até o fim esse vencerá. Por isso que continue lutando por dias melhores.
O trabalho desinteressado dos outros é um duro teste aos egoístas que não querem que o mundo evolua. Mas imaginam que o trabalho ficará restrito por não entender a dimensão em que se realiza.
Qualquer trabalho que se faça em favor do bem, representa um passo significativo em favor daquele que o pratica, assim que tem à frente um campo vasto de trabalho e não deve esquecer nunca. Hoje é uma tarefa. Amanhã será outra.
Qualquer que seja a condição de trabalho procure se adaptar a rotina de trabalho.
Ama, ama mais ainda, porque o amor é tudo que tem a dar.
Existe o mundo por um gesto de amor e por ele lute a vida inteira e ainda será pouco tal a importância desse sentimento.
Muitos choram pelos cantos da Terra em perceber que a vida continua, mas se já sabe, grite do telhado e diga a todo o mundo que chegou o momento de Jesus chegar ao seu coração para dizer que enxuguem as lagrimas. E grite a todo mundo que a vida continua.
Por mais que seja difícil entender diante da dor que ainda é o melhor caminho para quem vai e para que fica, mas mesmo assim não se deixe persuadir de que tudo fica mais distante quando não se tem amor no coração.
No entanto muitos choram pelos cantos das ruas sem compreender que a dor de hoje é a resposta de ontem e em que o credor vem para receber o daquele direito do passado que fora lhe sonegado. Quanto quitar ficará livre desse compromisso, por isso pense somente em sua libertação depois de pagar a dívida.
Mas lute e lute muito, porque somente assim o trabalho prospera sempre mais.
Tudo caminha para melhor, ainda que não pareça.
Nunca deixe de trabalhar por alguma causa que seja. Vá em paz com Jesus.
É preciso lutar muito pelo bem dos outros, ainda é e será a melhor opção para quem deseja ser feliz.
Se porventura sentir a tristeza em seu coração, trabalhe mais e lute mais por um mundo melhor que tudo se ajeitará.
Lições de Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
A MISSÃO DE JESUS
Em O livro dos espíritos os orientadores espirituais informam que Jesus é o Espírito mais perfeito que Deus enviou à Terra para servir de guia e modelo à Humanidade.
Informação que é enriquecida por esses comentários de Allan Kardec: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”.
Passados mais de dois milênios da vinda do Cristo, percebemos que a sua mensagem foi muito adulterada por religiosos representantes das diferentes igrejas cristãs que, atendendo aos interesses das políticas da igreja, mesclaram os ensinamentos evangélicos com preceitos teológicos, dogmas e rituais, de forma que os textos do Evangelho e os demais dos livros neotestamentais passaram a ser interpretados literalmente, acumulando-se equívocos ao longo da história. Kardec destaca este estado de coisas e nos apresenta análise lúcida que deve merecer a nossa atenção e cuidados:
Por ser única, a verdade não pode achar-se contida em afirmações contrárias e não há razão para que Jesus imprimisse duplo sentido às suas palavras. Se, pois, as diferentes seitas se contradizem; se umas consideram verdadeiro o que outras condenam como heresias, é impossível que todas estejam com a verdade. Se todas houvessem apreendido o sentido verdadeiro do ensino evangélico, todas se teriam encontrado no mesmo terreno e não existiriam seitas.
O que não passará é o verdadeiro sentido das palavras de Jesus; o que passará é o que os homens construíram sobre o sentido falso que deram a essas mesmas palavras.
A missão de Jesus, objeto desse estudo, pode ser resumida nas seguintes palavras do Codificador: “Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus, somente a Sua Doutrina em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento”. E o Espírito Emmanuel acrescenta, por sua vez: “Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da Humanidade terrena [...].”230
Jesus disponibiliza à Humanidade terrestre a Lei de Justiça transmitida por Moisés nos Dez Mandamentos (Decálogo). O Mestre Nazareno traz a Lei de Amor e todas as orientações espirituais necessárias à melhoria moral do homem. A Lei de Amor, é roteiro seguro do homem de bem, e está resumida nestes dois ensinos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas” (Mateus, 22: 37 a 40).
Amar o próximo como a si mesmo; fazer pelos outros o que gostaríamos que os outros fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, do que tomar, como medida do que devemos fazer aos outros, aquilo que desejamos para nós mesmos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando os homens as adotarem como regra de conduta e como base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios nem dissensões, mas apenas união, concórdia e benevolência mútua.
Para que a missão de Jesus fosse cumprida, foi necessário que ele atualizasse a Lei Antiga, que se encontra descrita no Antigo Testamento. Jesus não revogou a Lei de Deus (Decálogo) nem os ensinamentos essenciais dos demais profetas, o que seria um contrassenso, mas extraiu deles o espírito, ou seja, o sentido verdadeiro, libertando-os das limitações dos aspectos externos, literais. Adequou a legislação antiga aos preceitos do amor e da verdadeira Justiça Divina. Justiça que difere da praticada pelo judaísmo e, mais tarde, pelos pressupostos das igrejas cristãs. A Justiça pregada pelo Cristo é plena de misericórdia e bondade e transmite a ideia de Pai quando se refere ao Criador Supremo. Um Pai que vela pelos seus filhos; um Criador infinitamente bondoso, misericordioso e justo, o Pai Celestial. São condições completamente diversas do terrível Jahweh, o Deus vingador e dos exércitos, que o Antigo Testamento simboliza.
Jesus não veio destruir a Lei, isto é, a Lei de Deus; veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. É por isso que se encontra, nessa lei, o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base da sua doutrina. Quanto às Leis de Moisés propriamente ditas, Ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substância quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical, do que as reduzindo a esta única prescrição: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e acrescentando: “aí estão toda a Lei e os profetas”.233
Assim, a prática do bem não é apenas um critério para o homem alcançar o reino de Deus. É o único critério. O exercício da Lei de Amor é, pois, condição evolutiva, como ensina o Espírito Lázaro, em mensagem transmitida em Paris, no ano de 1862.
O amor resume a doutrina de Jesus inteira, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos.
E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A Lei de Amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, ultrapassando a sua Humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece a miséria da alma nem a do corpo; seus pés são ligeiros e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra — amor, os povos estremeceram e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
[...]
O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual que, muito mais que os bens terrenos, vos fará conquistar a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, nela buscareis os suaves gozos da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.
Livro Evangelho Redivivo
FEB
PSICOGRAFIA
Bom Deus!
Amado Mestre Jesus!
Veio como um vinhateiro que carinhosamente plantou sua vinha, e a cada pé de videira colocou um pouco de fertilizante que garantisse a vida nos momentos difíceis - que dão o nome de amor. Sobrevindo a estação propícia, foi necessário podar os falhos para não enfraquecer o esforço da planta mãe para produzir frutos em abundância. Ainda cercou de cuidados todos os pés garantindo os nutrientes para que na hora certa não comprometer a qualidade dos frutos, também se preocupou em livrá-las dos insetos nocivos que pudesse subtrair a força ou destruir as defesas naturais da videira, além de que produziu, conquanto como melhor poderia aproveitar os seus frutos, para que viesse cumprir o seu objetivo. Pensou longamente qual seria o meio que pudesse melhor adequar a produção aos interesses dos seus amigos e companheiros, depois de captar as vibrações mais íntimas, resolveu distribuir os seus frutos de acordo com os interesses de cada um.
Depois de planejar colheita escolhendo a maneira mais sensata possível, visando uma colheita farta, rogou ao Pai todo misericordioso que amparasse aquela empreitada, porque os frutos daquela vinha seriam destinados a amparar os antigos trabalhadores que em outras circunstâncias deram tudo que possuíam em favor dos outros, porque compreendiam que sem à vontade do Pai todos os nossos projetos tendem a soçobrar, mas com Jesus seria possível equacionar todos os problemas, dar uma dinâmica correta e conquistar os espaços desejados.
Estabeleceu que trabalharia na vinha, mas os lucros obtidos seriam investidos na própria vinha para dar aumento aos funcionários e dar uma nova dinâmica à vida daquela comunidade, além disso, tudo resolveu convidar os auxiliares para comandarem o novo esquema da empresa, pensou ainda mais, pois que queria realmente compreender com exatidão os princípios que o nortearia e que pudesse assim compreender melhor qual era o projeto de Deus a seu respeito, porque compreendendo melhor poderia realizar ainda melhor. Mas enquanto esperava trabalha em suas atribuições, com discernimento, nem as migalhas que espalhava, pois já compreendera o bem que realizara. Enquanto não seja possível construir uma casa, mentaliza o projeto e essa construção em sua mente, e pede forças a Deus para possa executá-lo ou ainda eleger o projeto definitivo que os seus pensamentos produtivos entram neste cenário.
Não esqueça o principal. Muitas vezes pensam-se muitos nos acessórios, mas esquece o principal, cuja atitude a ser desenvolvida representa uma mínima parcela, porém de grande importância, até mesmo para aquele que não crêem.
Se Deus construísse uma cidade só para os seus eleitos, mas esquecesse a extensão de tantas favelas onde moram os seus verdadeiros discípulos que se deixaram ficar aqui na terra por amor aos seus irmãos que gemem e choram sob o peso que provação. Muitos que da vida só conheceram a privação, a amargura, a tristeza e a solidão, não eram filhos do mesmo Deus?
Surpreende-se o homem quando não alcança os seus objetivos, mas poucos procuram realmente se perguntar, se já estão em condições de receber a dádiva que esperam, ainda não compreendem que para aquisição de qualquer coisa, necessita-se antes de tudo, de muito trabalho e isto só se consegue a custa de sacrifício e luta.
APSV-134
Espiritismo para crianças
Marcela Prada
Tema: Fazer aos outros o que desejamos para nós
A ÚLTIMA CASA
Manoel era pedreiro. Ele trabalhava para uma empresa construtora e havia construído casas a vida toda.
Agora Manoel já estava envelhecendo. Suas forças para carregar os tijolos e ficar de pé o dia todo, debaixo do sol, já não eram mais as mesmas de antes. Já estava chegando a época da sua aposentadoria, em que ele pararia de trabalhar e poderia ter o descanso merecido.
Seu José era o administrador da empresa e um belo dia chamou Manoel ao seu escritório para conversar.
– Manoel, meu caro, quero mostrar-lhe o projeto da nova casa que nossa empresa vai construir – disse ele. – Vou mostrar-lhe também o terreno onde ela será construída e a equipe que trabalhará com você. Essa será a última casa que você construirá, antes da sua aposentadoria. Quero que saiba que você sempre foi um ótimo empregado e que nossa empresa tem muito respeito por você e pela colaboração que você sempre nos prestou.
Manoel, humilde como era, agradeceu e disse que ele é que se sentia feliz por ter podido trabalhar tantos anos naquela empresa e ter ajudado a construir tantas casas lindas.
Manoel ficou feliz ao ver o projeto, pois seria uma casa muito boa, bem planejada.
Quando a construção começou, Manoel se dedicou bastante ao serviço, como sempre fazia. Acordava cedo, chegava sempre no horário combinado, ou até antes, carregava os tijolos e os sacos de cimento com disposição, mesmo se sentindo cansado. Queria fazer bem seu serviço até o fim.
Alguns colegas, que não tinham a mesma atitude de Manoel, muitas vezes faziam comentários:
– Ê, Manoel, só você mesmo pra ficar aí se esforçando tanto, suando pra fazer tudo certinho. Depois dessa casa pronta, você já vai ter seu dinheiro garantido mesmo. Se fizer bem feito ou mal feito, dá na mesma – dizia um deles.
– Eu também acho, Manoel. Quando eu estiver tão perto da aposentadoria, nem vou me importar se a parede ficou torta ou não. Se ficar, não vou nem ligar. Se a casa quiser cair depois, que caia. Eu já vou estar aposentado e sossegado mesmo – dizia o outro, dando uma gargalhada.
– Que é isso, gente? – respondia Manoel. – É uma família que vai morar aqui. É minha obrigação construir direito. Se é a primeira ou a última que vou ajudar a construir, minha obrigação é fazer o melhor que eu possa.
E assim Manoel continuou seu trabalho até o final. Sempre caprichando, fazendo tudo direitinho. Até ensinando os trabalhadores mais novos, que às vezes precisavam de algumas dicas.
Os outros pedreiros, vendo o exemplo de Manoel, também faziam o melhor que podiam. E assim a casa, após alguns meses, ficou pronta.
Seu José, contente com o resultado, organizou uma confraternização entre todos os trabalhadores para comemorarem o final da obra. A família de Manoel também foi convidada, pois seria também uma festa de despedida para ele.
No dia da festinha, todos estavam contentes, conversaram, lembraram algumas coisas engraçadas e deram muitas risadas. Quando a festa estava no final, Seu José agradeceu a presença de todos e cumprimentou Manoel pela aposentadoria.
Manoel, agradecido, deu um abraço em todos os seus companheiros.
Foi então que Seu José tirou do bolso um chaveiro, esticou o braço e disse:
– Tome, Manoel, essas são as chaves da última casa que você construiu. Que, a partir de agora, é sua. É um presente da nossa empresa para você aproveitar bem sua aposentadoria. Desejamos que você seja muito feliz nela!
Foi uma surpresa geral. Todos bateram palmas, a família de Manoel se abraçou e Manoel, comovido, agradecendo, deu um grande abraço em Seu José.
Manoel nunca poderia imaginar que ele estava trabalhando, se esforçando e caprichando para construir sua própria casa. Mas ele sabia que devemos fazer e desejar aos outros o que desejamos para nós mesmos. O que nós plantamos nós colhemos. No caso do Manoel, o que ele construiu foi o que ele recebeu. Uma casa muito boa!
E foi assim que Manoel, além de ensinamentos sobre construção de casas, deu para seus colegas muitos bons ensinamentos de vida também.
O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
Março/2022
NO RUMO DO MUNDO DE REGENERAÇÃO
De: Divaldo Franco
Espírito: Manoel Philomeno de Miranda
Editora: Leal
Este livro apresenta sintéticas páginas de atividades entre os dois planos da vida, em que os benfeitores espirituais, encarregados pelo processo de preparação/aceleração do mundo de regeneração na Terra, atuam para auxiliar, simultaneamente, as vítimas da pandemia da Covid-19 e os trabalhadores encarnados, que vêm de modo incessante laborando nos centros espíritas para ajudar os irmãos em sofrimento, em face das dificuldades dos dias atuais, e estão sendo violentamente atacados por obsessores de comunidades infelizes da Erraticidade inferior, muitos habitantes da cidade espiritual chamada Cidade da Justiça, que se equipam de legiões para invadir os grupamentos sociais e penetrar nas organizações humanas, criando situações embaraçosas e perturbadoras, com dissídios, agressividade, obsessões coletivas e descida moral pelas valas desditosas das condutas irrefreadas. É uma obra que visa a elucidar seus leitores acerca do que vem ocorrendo nos dias atuais, de como esses acontecimentos servem às Leis Superiores, e ao mesmo tempo convidando-nos à manutenção de comportamento moral severo, à ação da caridade constante, que é normativa de equilíbrio existencial. É depuração para que nos preparemos para a transição do mundo de provas e expiações ao mundo de regeneração.
REFORMADOR
2015
O BOM COMBATE
Por Ana Paula Lazzarini
“E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.” - Emmanuel (Justiça Divina, obra de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier - Lição 1.)
Quando falamos de bom combate, estamos falando a respeito de nossa luta íntima, da necessidade de transformação moral, da melhoria de quem somos, da destruição do homem velho vicioso, arrogante e prepotente, para o despertar do homem novo revigorado, pleno de fraternidade, de amor ao próximo e conectado com o Evangelho Redentor.
O bom combate acontece diariamente sem que percebamos, em todos os momentos da nossa existência. Por essa razão, Emmanuel, estimado benfeitor espiritual, recomenda que reconheçamos a oportunidade de “combate” quando, por exemplo, num momento de dificuldade, ao invés de nos entregarmos ao desânimo e lamúrias, nos entreguemos à luta redentora para a nossa melhoria pessoal e à oportunidade de renovação na conquista de valores, da vitória sobre nossas imperfeições morais. Nossos inimigos são, na verdade, essas imperfeições que acabam por promover débitos e culpas perante a lei divina, convidando-nos a mudanças pessoais na conquista da verdadeira vitória.
Nas lides da evolução há o combate e o bom combate. No combate, visamos aos inimigos externos. Brandimos armas, inventamos ardis, usamos a astúcia para criar estratégias e, por vezes, nos alegramos com a derrota – às vezes moral - de nossos adversários, ignorando que estamos destruindo a nós mesmos.
No bom combate, todavia, dispomo-nos a lutar contra nós próprios, apontando baterias de vigilância em oposição aos sentimentos de qualidade inferior que nos deprimem a alma. Enquanto o combate fixa-nos o coração à crosta terrestre em aflitivos processos de reajuste, na lei de causa e efeito, o outro liberta-nos o Espírito para a elevação aos planos superiores.
O apóstolo Paulo de Tarso, escrevendo a Segunda Carta a Timóteo, nos últimos dias da experiência terrestre, assevera no capítulo 4, versículo 7, o seguinte: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”
“Ele, que andava em combate até o encontro pessoal com Cristo, passou a viver no bom combate, desde a hora da entrevista com o Mestre.
“Até o caminho de Damasco, estivera em função de louros mundanos, ávido de dominação transitória, mas, desde o instante em que Ananias o recolheu cego e transtornado, entrou em subalternidade dolorosa.
“Incompreendido, desprezado, apedrejado, perseguido, encarcerado várias vezes, abatido e doente, jamais deixou de servir à causa do bem que abraçara com Jesus, olvidando males e achaques, constrangimentos e insultos.
“Ao término, porém, da carreira de semeador da verdade, o ex-conselheiro do Sinédrio, aparentemente arrasado e vencido, saiu da Terra na condição de verdadeiro triunfador.”
Bibliografia:
XAVIER, F. C., Justiça Divina, ditado pelo Espírito Emmanuel, 13ª edição – FEB Editora – Brasília/DF – Lição 01 – 2010.
XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, ditado pelo Espírito Emmanuel, 20ª edição – Edição CEC – Uberaba/MG – Lição 148 – 1995.
O Consolador
2022
A CARIDADE SEGUNDO PAULO
Por Wagner Ideali
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.” (Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4.)
O que é a caridade? Seria as esmolas, levarmos comida a quem precisa? Sem dúvida que esse é um ato caritativo, mas não resume a grandiosidade desta virtude, pois a caridade na verdade contempla a ajuda material, mas também e, principalmente, nossa conduta perante a vida, as pessoas e a espiritualidade. A forma de falar, ouvir, enxergar as pessoas, nosso pensamento, enfim, nossa forma de nos apresentarmos para o nosso próximo demonstra o quanto estamos sendo caridosos.
A Caridade está muito bem explicada na icônica epístola aos coríntios de Paulo, onde ele demonstra em poucas palavras o que significa a profunda e primordial Caridade em nossas vidas:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.
Essas palavras são profundas, pois o som de metais, sinos, impressiona muito, mas são apenas sons que, em si, nada mudam em nossas vidas; necessários se fazem os pensamentos, palavras e ações.
De nada adianta ser empolgante em suas palavras, mas ainda ter as ações pequenas e limitadas dentro do aspecto do bem e da eliminação das nossas vaidades, orgulho e egoísmo.
Os exemplos nas nossas atitudes, na luta pela mudança íntima, contra as imperfeições, precisam fazer parte da vida dos que se dedicam à propagação da doutrina Espírita.
“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.”
A mediunidade e o entendimento da doutrina nos impõem mais responsabilidade frente à vida. Simplesmente estudar a doutrina e ter o conhecimento espiritual não faz de nós uma criatura caridosa. Jesus disse que agradecia a Deus por haver escondido os mistérios divinos dos sábios e os revelado aos simples. A mediunidade e o entendimento das Leis de Deus dão sim, ao ser, maior responsabilidade frente à vida, abre nossa visão sobre a vida, mas exige de nós uma luta maior dentro de nosso ser.
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.”
A intenção que deverá moldar o comportamento do Espírita nas suas decisões de ajudar e como ajudar. O autoflagelamento não nos faz melhores, mas sim os atos elevados em busca do equilíbrio e da ajuda ao próximo.
“A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; não trata com leviandade; não se ensoberbece.”
O perdão bem como a resignação devem nortear o espírita em sua busca de viver a verdadeira caridade, e nunca esquecer a prudência nos atos.
“Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.”
Vivemos um momento onde busca-se a satisfação pessoal, ilusão dos sentidos, a necessidade de satisfazer as paixões em detrimento das coisas importantes e básicas da vida. Precisamos aprender a desenvolver a paciência, a sensatez e lutar para nunca nos irritarmos, dar o relativo valor às coisas materiais e aprender a valorizar os valores da alma, pois, senão, estaremos perdendo a razão e o sentimento mais profundo e colocando tudo a perder.
“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Aprendemos que tudo na vida tem a sua hora e devemos saber esperar, seguindo trabalhando, é mais uma das características da caridade. Precisamos de orar, meditar para ampliar a nossa visão da vida, ultrapassando os limites da vida material e sermos transportados em pensamento à vida espiritual.
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior destas é a caridade.”
A luta pela mudança íntima, desenvolvendo para ser humilde, construir obras dentro de nosso ser, tais como a bondade, perdão, razão, justiça, amor ao próximo como a si mesmo. Assim mostraremos a nós mesmos que estamos tendo fé e esperança, mas, ainda mais, estaremos desenvolvendo a caridade em nossos corações e, portanto, libertando-nos do egoísmo e encaminhando nosso espírito para o Reino de Deus, dentro de nós.
“Todos os deveres do homem se encontram resumidos na máxima: Fora da caridade não há salvação.” (Allan Kardec, ESE, cap. XV, item 5.)
O Consolador
Revista Espírita
OS SIMBOLISMOS DA PÁSCOA E O ESPIRITISMO
Marta Antunes Moura
A palavra Páscoa tem origem em dois vocábulos hebraicos: um, derivado do verbo pasah, quer dizer “passar por cima” (Êxodo, 23: 14-17), outro, traz raiz etimológica de pessach (ou pasha, do grego) indica apenas “passagem”. Trata-se de uma festa religiosa tradicionalmente celebrada por judeus e por católicos das igrejas romana e ortodoxa, cujo significado é distinto entre esses dois grupos religiosos.
No judaísmo, a Páscoa comemora dois gloriosos eventos históricos, ambos executados sob a firme liderança de Moisés: no primeiro, os judeus são libertados da escravidão egípcia, assinalada a partir da travessia no Mar Vermelho (Êxodo, 12, 13 e 14). O segundo evento caracteriza a vida em liberdade do povo judeu, a formação da nação judaica e a sua organização religiosa, culminada com o recebimento do Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus (Êxodo 20: 1 a 21). As festividades da Páscoa judaica duram sete dias, sendo proibida a ingestão de alimentos e bebidas fermentadas durante o período. Os pães asmos (hag hammassôt), fabricados sem fermento, e a carne de cordeiro são os alimentos básicos.
A Páscoa católica, festejada pelas igrejas romana e ortodoxa, refere-se à ressurreição de Jesus, após a sua morte na cruz (Mateus, 28: 1-20; Marcos, 16: 1-20; Lucas, 24: 1-53; João, 20: 1-31 e 21: 1-25). A data da comemoração da Páscoa cristã, instituída a partir do século II da Era atual, foi motivo de muitos debates no passado. Assim, no primeiro concílio eclesiástico católico, o Concílio Nicéia, realizado em 325 d.C, foi estabelecido que a Páscoa católica não poderia coincidir com a judaica. A partir daí,a Igreja de Roma segue o calendário Juliano (instituído por Júlio César), para evitar a coincidência da Páscoa com o Pessach. Entretanto, as igrejas da Ásia Menor, permaneceram seguindo o calendário gregoriano, de forma que a comemoração da Páscoa dos católicos ortodoxos coincide, vez ou outra, com a judaica.[1]
Os cristãos adeptos da igreja reformada, em especial a luterana, não seguem os ritos dos católicos romanos e ortodoxos, pois não fazem vinculações da Páscoa com a ressurreição do Cristo. Adotam a orientação mais ampla de que há, com efeito, apenas uma ceia pascoal, uma reunião familiar, instituída pelo próprio Jesus (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; Lucas 22:7-13) no dia da Páscoa judaica.[2] Assim, entendem que não há porque celebrar a Páscoa no dia da ressurreição do Cristo. Por outro, fundamentados em certas orientações do apóstolo Paulo (1 Coríntios,5:7), defendem a ideia de ser o Cristo, ele mesmo, a própria Páscoa, associando a este pensamento importante interpretação de outro ensinamento de Paulo de Tarso (1Corintios, 5:8): o “cristão deve lançar fora o velho fermento, da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele os asmos da sinceridade e da verdade.”[3]
Algumas festividades politeístas relacionados à chegada da primavera e à fertilidade passaram à posteridade e foram incorporados à simbologia da Páscoa. Por exemplo, havia (e ainda há) entre países da Europa e Ásia Menor o hábito de pintar ovos cozidos com cores diferentes e decorá-los com figuras abstratas, substituídos, hoje, por ovos de chocolate. A figura do coelho da páscoa, tão comum no Ocidente, tem origem no culto à deusa nórdica da fertilidade Gefjun, representada por uma lebre (não coelho). As sacerdotisas de Gefjun eram capazes de prever o futuro, observando as vísceras do animal sacrificado.[1]
É interessante observar que nos países de língua germânica, no passado, havia uma palavra que denotava a festa do equinócio do inverno. Subsequentemente, com a chegada do cristianismo, essa mesma palavra passou a ser empregada para denotar o aniversário da ressurreição de Cristo. Essa palavra, em inglês, “Easter”, parece ser reminiscência de “Astarte”, a deusa-mãe da fertilidade, cujo culto era generalizado por todo o mundo antigo oriental e ocidental, e que na Bíblia é chamada de Astarote. (…) Já no grego e nas línguas neolatinas, “Páscoa” é nome que se deriva do termo grego pascha.[2]
A Doutrina Espírita não comemora a Páscoa, ainda que acate os preceitos do Evangelho de Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra.”[3] Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e cristãos, e compartilha o valor do simbolismo representado, ainda que apresente outras interpretações. A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada. Os Dez Mandamentos, o clímax da missão de Moisés, é um código ”(…) de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino. (…).”[4] A ressurreição do Cristo representa a vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da vida.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.[5]
Os espíritas, procuramos comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a se traduzir no esforço perene de vivenciar a mensagem de Jesus, estando cientes que, um dia, poderemos também testemunhar esta certeza do inesquecível apóstolo dos gentios: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2.20) [6]
REFERÊNCIA
[1] //pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa Acesso: 27/03/2013.
[2] J.D. Douglas. O Novo Dicionário da Bíblia. Pág. 1002.
[3] Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Q. 625, pág.
[4] Idem. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. I, it. 2, pág. 56.
[5] Francisco Cândido Xavier. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. 176, pág. 365.
[6] Bíblia de Jerusalém. Pág. 2033.
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