"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XVII - N. 196 * Campo Grande/MS * Maio de 2022.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           Paciência é um ato de fé daquele que espera trabalhando

 

 

ABORTO PELO ESPIRITISMO

 

            A liberdade é um estado que a humanidade sempre lutou para atingir, pois não somos máquinas e fomos criados por Deus para progredirmos e nos aperfeiçoar; porém a liberdade, assim como o dever que buscamos, não pode interferir negativamente na liberdade alheia, a liberdade de outros, que deve ser respeitada como o dever, que não pode ameaçar a paz e a tranquilidade do nosso próximo, do nosso irmão.
            Está ocorrendo em quase todo o mundo, dito civilizado, um movimento muito grande de liberação do aborto em qualquer mês de gravidez, e enormes movimentos nas ruas de muitos países a favor dessa nefanda atitude estão levando vários países a aprovarem tal aberração contra a própria humanidade.
            O argumento principal usado pelos que lutam para a implantação dessa estupidez, é exatamente a liberdade que a mulher deve ter sobre seu corpo, decidindo se quer ou não levar em frente sua gravidez. Não percebem que essa cruel decisão não diz respeito ao corpo da mulher, e sim, a outro ser que tem direito à vida, como a própria mulher tem o seu.
            O brilhante Allan Kardec, nas questões 357 e seguintes de O livro dos Espíritos, questiona sobre as consequências do aborto para o Espírito e recebe a informação que é uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar. Na sequência, pergunta se há crime no aborto, e os luminares da espiritualidade respondem que sim, que sempre há crime quando a lei de             Deus é transgredida, pois quando a mãe tira a vida de uma criança antes de seu nascimento, impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.
            Allan Kardec queria saber se o aborto no caso em que a criança em gestação pusesse a vida da mãe em risco, seria crime se se tirasse a vida dela para salvar a da mãe, e argumentaram os benfeitores, que seria preferível sacrificasse o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. Quanto ao feto sacrificado, este deveria ter as mesmas atenções que teria uma criança que vivesse pouco tempo, e devemos respeitar as obras da Criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador, pois tudo ocorre segundo Seus desígnios e ninguém é chamado para julgar.
           

Crispim.


Referência bibliográfica:
- O Livro dos Espíritos. Allan Kardec.

 

 

EM MEMÓRIA DE GRATIDÃO

 

            Agradeça àqueles heróis anônimos que lhe deram a vida para que pudesse se materializar no mundo, a fim de cumprir os compromissos com vista a um futuro melhor. São eles que às vezes à custa de tantos sacrifícios e dores proporcionaram as condições ideais para que pudesse se reabilitar diante das leis divinas.
            Como tantos que foram os incentivadores de suas qualidades nobres, que não lhes negaram apoio em seus sonhos, às vezes até mesmo nas orientações seguras da professorinha humilde, a primeira que lhe abriu os olhos para a realidade fundamental da existência, bem como exerceu grande influência para que tomasse o bom caminho, porém, hoje, sequer lembra-se dela, no entanto, fora muito importante em sua vida.
            Aqueles outros mestres que foram uma baliza natural em sua caminhada, pois que descortinaram novos horizontes para que pudesse caminhar com segurança, que muito o ajudaram tomar as grandes decisões na vida, que hoje se felicita, por isso, lembre-se que é preciso guardar no coração esse sentimento de gratidão àqueles que foram os grandes benfeitores da primeira hora.
            Também não esqueça da ajuda de benfeitores improváveis, no entanto, nos dias de crises de sofrimento foram justamente eles que se dispuseram a ajudá-lo, diante das dores difíceis de suportar. Hoje pode apreciar esse gesto carinhoso e analisar com mais segurança quanto valeu haver recebido esse auxílio espontâneo.
            Sempre a vida lhe mostrará uma solidariedade permanente em tudo, “perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido”, encerra claramente essa proposta, por isso, se ainda não tem um trabalho desinteressado em favor do próximo, deve com urgência procurar algo para tecer o seu futuro, porque somente amando é que conseguirá ser amado.             Pois que somente o amor é que lhe dará a alforria para os seus dias
            Portanto, não agasalhe no coração a ideia que esse outro mundo que se descortina já na outra dimensão da existência, haja somente dor e sofrimento, mas pelo contrário, existe vida em abundância e muitas vezes sequer consegue imaginar, pois que lá é plena a vigência do sentimento proposto pelo Cristo.
            Por isso, relembre os laços afetivos que se perpetuam aquém e além das fronteiras físicas, porque Jesus veio ao mundo para abrir-lhe novos horizontes, porém para adentrar esse mundo mais feliz é necessário haver amado muito, usado a tolerância, a benevolência e o perdão, a fim de se fazer merecedor desse mundo mais feliz. 
            Viva, como aquele herdeiro dos céus, mas para merecer esse favor o amor é imprescindível, lute por se concretizar que sendo esse caminho é o melhor que pode fazer e seguir em frente.
            Por fim, nesse dia de grande alegria, em gratidão a tantos que muito já fizeram por você, unja os corações daqueles que ama com mais amor, porque a própria vida encarregar-se-á de oferecer-lhe o melhor e desde já abrir-lhe-á uma cortina com vista a uma existência mais feliz, porque o Mestre deixou no seu sublime testamento de maneira indelével, "amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

 

Histórias Educativas
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

REFLETINDO NOS PORMENORES

 

            Fazendo uma análise fria e desapaixonada, percebe-se que a caminhada é longa e com muitos pequenos problemas que realmente entravavam a marcha.
            Mas é a vida.
            Não pode viver de maneira independente sem que as ações do passado reflitam no presente. O sofrimento de hoje tem relação com as atitudes infelizes de ontem, onde o próximo não foi considerado segundo a lei do amor e caridade.
            Por esta razão muita dos sofrimentos de hoje representa aqueles problemas que devidamente solucionados, porém deve se considerar o aspecto importante dessa situação, porque somente quando se quita uma dívida é que se exonera do compromisso correspondente.
            Na vida do Espírito é a mesma coisa, se porventura ontem lesou alguém é claro que estará sujeito a ser chamado na justiça para que possa ressarcir esse dano moral ou intelectual, pois que todos são filhos de um mesmo Pai.
            É claro que deve haver o respeito entre todas as criaturas, aquele que feriu a quem quer que seja, será chamado à justiça para prestar esclarecimentos ou ressarcir o prejuízo causado a outrem.
            A lei está sendo colocada de tal maneira que todo o mal que houver causado a alguém se converte em contas a pagar, pois que tudo funciona dentro de uma rigorosa justiça distributiva.
            Por exemplo, aquele que lesou aos outros em assuntos do coração, pode retornar para viver a vida inteira em busca de afeto, por mais que idealize os seus sonhos de amor, nunca encontrará ressonância naquele alguém que mais desejaria compartilhar a vida em comum.
             Aquele outro que fora avaro e mesquinho, embora tendo recursos em abundância, pode retornar para viver na miséria para que possa avaliar o que tem feito dos seus recursos em outras caminhadas. Aquele que subtraiu a vida do próximo por motivo fútil ou torpe poderá ser desta feita a vítima.
            Mas em suma todos serão chamados à responsabilidade não na condição do Pai que pune, mas o Pai que corrige e ama mais ainda, porque quitando a dívida contraída no passado, estará, por fim, livre. É a lei agindo em favor de todos.
            Como também aquele que houver socorrido os que sofrem, ou se compadecido do próximo é correto e também possa colher a boa semente que plantou.
            Assim que ninguém está deserdado das benesses do Pai. Viverá a vida que fez jus, pelo bem praticado ou pelas atitudes negativas que semeou. Nisso se vê uma orientação segura para todos. O mal perdurará enquanto houver o culpado que não compreendeu que amar é o melhor caminho. Enquanto não abdicar do orgulho e do egoísmo, por um projeto de amor e caridade, permanecerá nas teias do sofrimento.
            Muito se tem argumentado quanto à causa do sofrimento, mas para muitos espíritos rebeldes e obstinados, é o único remédio que poderá oferecer como opção para que se liberte de suas mazelas.
            Sem dúvida o mal decorre de uma natureza imperfeita e somente sofrendo as consequências de suas atitudes agressivas é que poderá eleger um caminho melhor. Quando sentir que outros seus companheiros foram para um mundo melhor, somente ele permaneceu no mesmo caminho vicioso  de sua escolha.
            É difícil avaliar a luta de cada criatura, porque cada um tem o seu grau de agravantes e atenuantes para se chegar a uma conclusão.
            Somente mediante a analise comparativa é que se poderá ter um veredicto final.  Áulus

 

Lições de Simplicidade
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

 

            Na última reunião realizada com os apóstolos, imortalizada pela História como a Última Ceia, pouco antes da crucificação, Jesus anuncia: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes.” (João, 14:6 e 7) São palavras que confirmam ser Jesus o Messias aguardado, o exemplo a ser seguido. E, como espíritas, devemos dobrar a vigilância, procurando identificar a que senhor, realmente, estamos servindo. Se seguimos o Mestre Nazareno, é necessário manter a perseverança do propósito de segui-lo, visto que ele é o Guia e Modelo da Humanidade.
            Espiritismo sem Evangelho é apenas sistematização de ideias para transposição da atividade mental, sem maior eficiência na construção do porvir humano.
            Trabalhemos, porém, quanto estiver ao nosso alcance, a fim de que o Cristianismo Redivivo prevaleça entre nós, para que a experiência terrestre não vos constitua patrimônio indesejável e inútil e para que, unidos fraternamente, sejamos colaboradores sinceros do Mestre, sem esquecer-lhe as sublimes palavras: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.

            Segundo a Bíblia de Jerusalém, o enunciado de Jesus apresenta o seguinte significado: “Estes três títulos são ditos de Cristo em referência aos bens que obtemos graças a Ele. Porque nos ensina a verdade concernente à nossa vida moral, é a Verdade (8:32). Porque nos ensina como caminhar no caminho que leva ao Pai (8:12; 11:9 e 10; 12:35), dando-nos ele próprio o exemplo (I João, 2:6; João, 13:15), é o Caminho. Porque, seguindo esse Caminho, obteremos a Vida (12:50). Ele é a Vida.” Cabe-nos, por nossa vez, aceitar o jugo de Jesus:

            [...] Abraçar o Cristianismo é avançar para a vida melhor.

            Aceitar a tutela de Jesus e marchar, em companhia d’Ele, é aprender sempre e servir diariamente, com renovação incessante para o bem infinito, porque o trabalho construtivo, em todos os momentos da vida, é a jornada sublime da alma, no rumo do conhecimento e da virtude, da experiência e da elevação.
            Zonas sem estradas que lhes intensifiquem o serviço e o transporte são regiões de economia paralítica.
            Cristãos que não aproveitam o caminho do Senhor para alcançarem a legítima prosperidade espiritual são criaturas voluntariamente condenadas à estagnação.

            Importa considerar, igualmente: “Sem o Caminho não pode haver avanço; sem a Verdade não pode haver conhecimento; sem a Vida, não pode haver vida. Eu sou o Caminho, que deveis procurar; a Verdade na qual deveis crer; e Eu sou a Vida, na qual deveis pôr as vossas esperanças [...].” Neste sentido, inserimos, em seguida, alguns esclarecimentos do respeitável teólogo, professor acadêmico e estudioso do Antigo e Novo Testamentos, Russel Norman Champlin, a respeito da afirmação de Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

            EU SOU O CAMINHO

            1) Jesus é o caminho para Deus, o qual é o destino final da Humanidade redimida.
            2) Portanto, Jesus é o caminho para os lugares celestiais [...].
            3) Jesus é o caminho para a transformação espiritual, a fim de que os homens venham a participar da forma de vida divina, a vida necessária e independente do próprio Pai [...], a plenitude de Deus, isto é, sua natureza e seus atributos [...].
            4) Jesus é o Pioneiro desse caminho, e mostra aos homens como se devem desenvolver espiritualmente, pois sempre palmilhou pela vereda que os homens devem seguir. Ele é o Homem ideal a ser seguido, o Homem divino a ser duplicado [...].
            Em relação à expressão, o Espírito Amélia Rodrigues nos faz refletir a respeito da responsabilidade e consequências do uso do livre-arbítrio:
            Para todas as direções existem caminhos. Há curtos caminhos [...] Também os há largos e longos [...]. A vida, em si mesma, é um caminho que cada criatura percorre na experiência existencial com êxito ou fracasso, conforme a opção feita. Todos seguimos por caminhos variados, muitas vezes, ignorando o ponto a que nos levam.
            Todo cuidado é pouco ao traçarmos o caminho que iremos seguir na vida, recordando sempre:
            Os lidadores do bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam.
            Os servidores da caridade movimentam-se nas trilhas do sacrifício e chegam aos portos da paz. Os apóstolos do amor elegem os roteiros da ação dignificante e repousam nos climas da ventura que alcançam.
            Na diversidade de caminhos, os homens perturbam-se ou libertam-se...

 

Livro Evangelho Redivivo
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

 

                Bom Deus!
                Amado Mestre Jesus!

 

                Veio como um vinhateiro que carinhosamente plantou sua vinha, e a cada pé de videira colocou um pouco de fertilizante que garantisse a vida nos momentos difíceis - que dão o nome de amor. Sobrevindo a estação propícia, foi necessário podar os falhos para não enfraquecer o esforço da planta mãe para produzir frutos em abundância. Ainda cercou de cuidados todos os pés garantindo os nutrientes para que na hora certa não comprometer a qualidade dos frutos, também se preocupou em livrá-las dos insetos nocivos que pudesse subtrair a força ou destruir as defesas naturais da videira, além de que produziu, conquanto como melhor poderia aproveitar os seus frutos, para que viesse cumprir o seu objetivo. Pensou longamente qual seria o meio que pudesse melhor adequar a produção aos interesses dos seus amigos e companheiros, depois de captar as vibrações mais íntimas, resolveu distribuir os seus frutos de acordo com os interesses de cada um.
                Depois de planejar colheita escolhendo a maneira mais sensata possível, visando uma colheita farta, rogou ao Pai todo misericordioso que amparasse aquela empreitada, porque os frutos daquela vinha seriam destinados a amparar os antigos trabalhadores que em outras circunstâncias deram tudo que possuíam em favor dos outros, porque compreendiam que sem à vontade do Pai todos os nossos projetos tendem a soçobrar, mas com Jesus seria possível equacionar todos os problemas, dar uma dinâmica correta e conquistar os espaços desejados.
                Estabeleceu que trabalharia na vinha, mas os lucros obtidos seriam investidos na própria vinha para dar aumento aos funcionários e dar uma nova dinâmica à vida daquela comunidade, além disso, tudo resolveu convidar os auxiliares para comandarem o novo esquema da empresa, pensou ainda mais, pois que queria realmente compreender com exatidão os princípios que o nortearia e que pudesse assim compreender melhor qual era o projeto de Deus a seu respeito, porque compreendendo melhor poderia realizar ainda melhor. Mas enquanto esperava trabalha em suas atribuições, com discernimento, nem as migalhas que espalhava, pois já compreendera o bem que realizara. Enquanto não seja possível construir uma casa, mentaliza o projeto e essa construção em sua mente, e pede forças a Deus para possa executá-lo ou ainda eleger o projeto definitivo que os seus pensamentos produtivos entram neste cenário.

                Não esqueça o principal. Muitas vezes pensam-se muitos nos acessórios, mas esquece o principal, cuja atitude a ser desenvolvida representa uma mínima parcela, porém de grande importância, até mesmo para aquele que não crêem.

                Se Deus construísse uma cidade só para os seus eleitos, mas esquecesse a extensão de tantas favelas onde moram os seus verdadeiros discípulos que se deixaram ficar aqui na terra por amor aos seus irmãos que gemem e choram sob o peso que provação. Muitos que da vida só conheceram a privação, a amargura, a tristeza e a solidão, não eram filhos do mesmo Deus?

                Surpreende-se o homem quando não alcança os seus objetivos, mas poucos procuram realmente se perguntar, se já estão em condições de receber a dádiva que esperam, ainda não compreendem que para aquisição de qualquer coisa, necessita-se antes de tudo, de muito trabalho e isto só se consegue a custa de sacrifício e luta.
               

 

APSV-134

 

 

VIAJANDO COM UM IRMÃO SACERDOTE

 

            Sentado no ônibus que o levaria a Belo Horizonte, Chico notou que seu companheiro de banco era um irmão sacerdote. Cumprimentou-o e entregou-se à leitura de um bom livro. O sacerdote, também, correspondeu-lhe o cumprimento, abrira um livro sagrado e ficara a lê-lo.
            Em meio à viagem, passou o ônibus perto de um lugarejo embandeirado, que comemorava o dia de S. Pedro e S. Paulo. O Sacerdote observou aquilo e, depois, virando-se para o Chico comentou:
            — Vejo esta festividade em honra de dois grandes Santos, e neste livro, leio a história de S. Paulo, cujo autor lhe dá proeminência sobre S. Pedro. Não se pode concordar com isto. S. Paulo é o Príncipe dos Apóstolos, aquele que recebeu de Jesus as chaves da Igreja.
            O Chico, delicadamente, deu sua opinião, e o fez de forma tão simples, revelando grande cultura, que o Sacerdote, que não sabia com quem dialogava, surpreendeu-se e lhe perguntou.
            — O Senhor é formado em Teologia, ou possui algum curso superior?
            — Não. Apenas cursei até o quarto ano da instrução primária...
            — Mas como sabe tanta coisa da vida dos santos, principalmente de S. Paulo, de S. Estevão, de S. Pedro, e de outros, realçando lhes fatos que ignoro?.
            — Sou médium...
            — Então, o senhor é o Chico Xavier, de Pedro Leopoldo?
            — Sim, para o servir.
            — Então, permita-me que lhe escreva e prometa-me responder minhas cartas, pois tenho muita coisa para lhe perguntar. Faça-me este favor. Afinal, verifico que Deus nos pertence.
            — Pode escrever; de bom grado responder-lhe-ei.
            Assim trabalharemos não apenas para que Deus nos pertença, mas para que pertençamos também a Deus, como nos ensina o nosso benfeitor Emmanuel.
            E, até hoje, Chico recebe cartas de Irmãos de todas as crenças, particularmente de Sacerdotes bem intencionados, como o irmão com quem viajou e de quem se tornou amigo.
            E, tanto quanto lhe permite o tempo, lhes responde e nas respostas vai distribuindo o Pão Espiritual a todos os famintos, ovelhas do grande redil, em busca do amoroso e Divino Pastor, que é Jesus.

 

Livro Lindos Casos de Chico Xavier
Autor Ramiro Gama

 

 

Espiritismo para crianças
Marcela Prada
Tema: Boa convivência

 

A REUNIÃO DAS FERRAMENTAS

 

            Manoel era pedreiro. Ele trabalhava para uma empresa construtora e havia construído casas a vida toda.
            Agora Manoel já estava envelhecendo. Suas forças para carregar os tijolos e ficar de pé o dia todo, debaixo do sol, já não eram mais as mesmas de antes. Já estava chegando a época da sua aposentadoria, em que ele pararia de trabalhar e poderia ter o descanso merecido.
            Seu José era o administrador da empresa e um belo dia chamou Manoel ao seu escritório para conversar.
            – Manoel, meu caro, quero mostrar-lhe o projeto da nova casa que nossa empresa vai construir – disse ele. – Vou mostrar-lhe também o terreno onde ela será construída e a equipe que trabalhará com você. Essa será a última casa que você construirá, antes da sua aposentadoria. Quero que saiba que você sempre foi um ótimo empregado e que nossa empresa tem muito respeito por você e pela colaboração que você sempre nos prestou.
            Manoel, humilde como era, agradeceu e disse que ele é que se sentia feliz por ter podido trabalhar tantos anos naquela empresa e ter ajudado a construir tantas casas lindas.
            Manoel ficou feliz ao ver o projeto, pois seria uma casa muito boa, bem planejada.
            Quando a construção começou, Manoel se dedicou bastante ao serviço, como sempre fazia. Acordava cedo, chegava sempre no horário combinado, ou até antes, carregava os tijolos e os sacos de cimento com disposição, mesmo se sentindo cansado. Queria fazer bem seu serviço até o fim.
            Alguns colegas, que não tinham a mesma atitude de Manoel, muitas vezes faziam comentários:
            – Ê, Manoel, só você mesmo pra ficar aí se esforçando tanto, suando pra fazer tudo certinho. Depois dessa casa pronta, você já vai ter seu dinheiro garantido mesmo. Se fizer bem feito ou mal feito, dá na mesma – dizia um deles.
            – Eu também acho, Manoel. Quando eu estiver tão perto da aposentadoria, nem vou me importar se a parede ficou torta ou não. Se ficar, não vou nem ligar. Se a casa quiser cair depois, que caia. Eu já vou estar aposentado e sossegado mesmo – dizia o outro, dando uma gargalhada.
            – Que é isso, gente? – respondia Manoel. – É uma família que vai morar aqui. É minha obrigação construir direito.             Se é a primeira ou a última que vou ajudar a construir, minha obrigação é fazer o melhor que eu possa.
            E assim Manoel continuou seu trabalho até o final. Sempre caprichando, fazendo tudo direitinho. Até ensinando os trabalhadores mais novos, que às vezes precisavam de algumas dicas.
            Os outros pedreiros, vendo o exemplo de Manoel, também faziam o melhor que podiam. E assim a casa, após alguns meses, ficou pronta.
            Seu José, contente com o resultado, organizou uma confraternização entre todos os trabalhadores para comemorarem o final da obra. A família de Manoel também foi convidada, pois seria também uma festa de despedida para ele.
            No dia da festinha, todos estavam contentes, conversaram, lembraram algumas coisas engraçadas e deram muitas risadas. Quando a festa estava no final, Seu José agradeceu a presença de todos e cumprimentou Manoel pela aposentadoria.
            Manoel, agradecido, deu um abraço em todos os seus companheiros.
            Foi então que Seu José tirou do bolso um chaveiro, esticou o braço e disse:
            – Tome, Manoel, essas são as chaves da última casa que você construiu. Que, a partir de agora, é sua. É um presente da nossa empresa para você aproveitar bem sua aposentadoria. Desejamos que você seja muito feliz nela!
            Foi uma surpresa geral. Todos bateram palmas, a família de Manoel se abraçou e Manoel, comovido, agradecendo, deu um grande abraço em Seu José.
            Certa vez, as ferramentas de uma carpintaria se reuniram e começaram a reclamar umas das outras. Disseram ao martelo:
            – Você é muito barulhento; fica dando batidas que até assustam a gente.
            O martelo falou:
            – Por que reclamam de mim? Bem pior do que eu é o parafuso. Só fica enrolando, dando voltas e mais voltas. Dá até tontura na gente!
            O parafuso aproveitou e disse:
            – Pelo menos eu não sou como a lixa, que é áspera e fica arranhando tudo em que encosta!
            A lixa, sendo citada, entrou também na conversa e, sentindo que o clima era de acusações e reclamações, aproveitou e falou também:
            – O meu protesto é contra o metro. Ele fica medindo tudo segundo a medida dele, querendo dizer que ele é que sabe das coisas. Eu não gosto dele!
            Neste momento, entrou o carpinteiro e a reunião foi interrompida.
            O carpinteiro vinha com seu filho e começou a mostrar para ele as ferramentas:
            – Filho, este é o martelo. É muito útil e forte. Este é um parafuso, que é usado para unir bem firmemente as tábuas.             Tem também o metro, que faz medidas precisas. Preciso dele para que as partes da madeira fiquem do tamanho certo para se encaixarem umas nas outras. Esta é a lixa, que deixa o material limpo, liso e bonito.
            O carpinteiro mostrou ainda a chave de fenda, o serrote e outras ferramentas. Ele explicou que todas eram diferentes e importantes. Cada uma era utilizada para tarefas específicas.
            Para terminar a demonstração, o pai ainda mostrou ao filho alguns móveis bonitos e resistentes que ele havia feito com a ajuda das ferramentas.
            Ouvindo as explicações do carpinteiro as ferramentas ficaram pensativas. Cada uma tinha seus defeitos, mas tinha qualidades muito boas também.
            Quando o carpinteiro e seu filho saíram, as ferramentas voltaram a conversar, mas dessa vez a conversa foi diferente.
            Elas pararam de reclamar umas das outras. E se alegraram comentando sobre os móveis que haviam feito e até elogiaram-se umas às outras.
            Elas perceberam que os móveis que surgiam do resultado do trabalho delas só eram construídos porque o carpinteiro valorizava mais as qualidades do que os defeitos de cada uma.
            A prática do serviço diário não mudou na carpintaria, mas uma coisa importante mudou: as ferramentas passaram a enxergar as qualidades mais que os defeitos umas das outras e passaram a conviver em paz e harmonia.

            (Adaptação de texto de autoria do Padre Antônio Queiroz.)

 

O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
Maio/2022

 

 

VIDA PLENA

De: Divaldo Franco
Espírito: Joanna de Ângelis
Editora: Leal

 

            A vida evoluiu na Terra ao longo dos milhares de anos.
            Atingida a faculdade de raciocinar, o ser desenvolveu na energia pensante os valores que lhe comprazem, avançando ou detendo-se no processo de integração universal.
            Nestes complexos dias da cultura terrestre, os mecanismos para alcançar a plenitude são ásperos e afligentes, porque são eleitos a loucura, a agressividade, os vícios e a dor com e sem máscaras, o ser humano, cabisbaixo, esquece-se do Alto e mergulha no chavascal que o prende longamente.
            Esquece-se momentaneamente da vida, que é exuberante, inextinguível; de que o Universo é repleto de grandiosas expressões de beleza e magnitude.
            Esta incrível obra apresenta 30 mensagens de diversos temas, expostos à luz d’O Evangelho segundo o Espiritismo, a fim de auxiliar aquele que as ler a alcançar o bem viver, para que seja ditoso no porvir.
            Vive hoje em harmonia com o Universo e triunfarás, experimentando a vida plena.

 

 

SOBRESSALTADOS E RESSENTIDOS

 

Por Marcus Vinicius de Azevedo Braga

 

            A profusão das redes sociais teve, dentre muitas consequências, alguns efeitos na ação de seus usuários, e isso se aplica também ao subgrupo dos espíritas, frequentadores assíduos desses espaços. Criou em nós perfis sobressaltados e ressentidos. Duas características que merecem dois dedos de prosa, neste conturbado início de Século XXI.
            A cada notícia bombástica, com vídeos, depoimentos e cenas chocantes. E no caso espírita, acompanhada do endosso de mensagens psicografadas. A cada bomba dessas, ficamos mais sobressaltados, temerosos pelo próximo desastre na virada da esquina, permeados de medo e de desespero.
            Uma visão catastrófica do mundo, da raça humana, se instala, em um pessimismo tão alienante quanto o otimismo da positividade, e essa carga de medo ativa mecanismos de defesa, profundos, que se convertem em ódio e violência verbal, que por vezes se reflete no plano concreto, e certamente tem efeitos na esfera dos amigos espirituais que nos acompanham.
            De defensores da fé raciocinada e do Deus infinitamente justo e bom, nos vemos como arautos do cataclismo, como se não houvesse lei divina, e um Deus à frente de tudo. Caímos na esparrela de tudo está ruim como nunca foi antes na história da humanidade, o que nos embaça a mente para analisar os problemas, as causas e possíveis soluções.
            Mas, não somente sobressaltados. Uma era de redes sociais na qual cada palavra ou opinião é registrada na lousa eterna da internet, os tribunais julgadores rotulam pessoas, na chamada cultura do cancelamento, que nos faz uma turba de ressentidos, magoados com ofensas reais, mas de tempos passados.
            É verdade, essas opiniões revelam a natureza dessas pessoas, o que gera decepção, outra prima-irmã do ódio. Mas, nós, espíritas, que esposamos a mensagem do evangelho, temos como um de nossos valores o perdão, no profundo entendimento de que cada irmão é um espírito encarnado em uma longa jornada evolutiva.
            Talvez seja um convite a abandonarmos os santos de pés de barro.
            O ressentimento insula, polariza, e nos faz focalizar o que não é importante, esquecendo dos trabalhos para alimentar as chamadas “tretas”, que consomem horas infindas que poderiam ser utilizadas para o estudo edificante e para trabalho edificante.
            Por favor, não se trata de um convite à alienação ante os problemas da realidade. Mas, sim, que saibamos lidar com essa realidade de forma mais inteligente e coerente com a visão dos pressupostos contidos na doutrina espírita, alijados das armadilhas que essas tertúlias das redes sociais nos impõem.
            De sobressaltados e ressentidos, a resolutos e compreensivos. Ativos e operantes na busca das melhores lutas e dos melhores caminhos. Esse complexo e tenso período em que vivemos demanda de nós, espíritas ou não, uma postura mais madura diante desse cenário que se apresenta, e parafraseando antigo adágio de nosso movimento, é preciso “viver no mundo virtual, sem ser do mundo virtual”, pois é na realidade da encarnação que estão os problemas a serem enfrentados.

 

O Consolador
2022

 

 

DECEPÇÕES

 

            O ingrato é Espírito sedutor, porém, destituído de sentimentos, dentre os quais o da gratidão se destaca como se fora um lírio em pútrido chavascal.
            A ingratidão é uma ferida que assinala o seu possuidor de maneira singular. Por mais disfarce o seu estado íntimo, sempre exala o odor da enfermidade moral que o consome.
            Tudo no Universo faz parte de uma sinfonia harmônica e a ingratidão é uma nota dissonante que chama a atenção.
            Por essa razão, as virtudes classicamente estabelecidas formulam como excelentes do comportamento espiritual a fé, a esperança e a caridade.
            Na caridade ressalta o valor da gratidão à Vida como o recurso valioso de edificação moral para a purificação do ser.
            O ingrato, porém, sempre evoca a caridade dos outros para com ele, sem dar-se conta da legitimidade do ato recíproco.
            Por mais lhe seja oferecido, sempre se pressupõe portador de mais crédito para receber em abundância. E quando isso não ocorre faz-se perverso acusador de quem o abençoava com a bondade, permitindo-se vitimar-se.
            Profifera na sociedade contemporânea o número de vitimistas, aqueles que sempre se consideram injustiçados.
            É natural que isso aconteça e aumente de forma equivalente ao número dos decepcionados.
            Ocorre, porém, a decepção, o desencanto em razão de esperar-se do outro uma retribuição pelo menos conforme a oferenda.
            Quando a doação se enquadra nos valores do beneficiado não se padece a ingratidão do soberbo, porque a gentileza, a generosidade e o amor devem ser condutas naturais e não recursos de trocas, mesmo que afetivas.
            A arte de doar é tão complexa como a de receber.
            Uma e outra devem ser resultados de sentimentos fraternos sem interesse de recompensa.
            Doação é uma conquista moral que expressa desprendimento e amor, No primeiro caso, demonstra ausência de apego às coisas transitórias e valorização da outra pessoa, que vai envolvida não apenas pelo que se lhe doa, mas também, pelas vibrações de ternura e afetividade.
            Não estando a oferta revestida desses conteúdos morais, transforma-se em manifestação social sem respeito nem consideração. Eis porque o grande valor da oferenda deve ultrapassar o custo, a importância gasta com a lembrança, mais o conteúdo de beleza interna e significado,
            Não te sintas desprezado porque alguém te impôs o desencanto em relação à sua pessoa e gentileza oferecida.
            O que fizeste por ele, o amigo, deve ter-te proporcionado alegria, em face do que ofertaste.
            É nesse sentido que se afirma: a dádiva sempre é maior para quem a oferta.
            Permanece sem mágoa para que essa atitude não se pareça com uma cobrança afetiva renegada.
                                                            *
            Respiras gratuitamente o ar que mantém a tua existência e, sejas grato ou revel, nada te é cobrado.
            Na enfermidade necessitas de ar e este é pago a alto preço e ainda ficas feliz por ter-te restituído a saúde...
            O Sol abençoa a vida com raios caloríferos e outros, consumindo-se, enquanto sustenta as existências na Terra. No entanto, para manter-te necessitas da vitamina D que te oferece gratuitamente.
            As lições de generosidade para contigo multiplicam-se inumeráveis, e nem sequer te dás conta do alto significado de cada uma dessas sublimes concessões.
            Olha em derredor quantas bênçãos te envolvem nas lutas e sem reclamações socorrem-te em sua misericórdia em nome de Deus.
            Toda a Natureza é adaptada às tuas condições, enquanto também são elaborados recursos para que vivas em paz, em solidariedade e ação de fraternidade.
            ...E assim por diante!
            Existir é mover-se, sentir, viver todos os atributos que são proporcionados. Entretanto, o receber e o doar são elementos essenciais para que possas bem viver.
            A formiga trabalha, o verme faculta aeração do solo e incontáveis formas de sustentação dos seres antes de alcançarem a Humanidade...
            No ser humano, em razão da inteligência e da razão, de igual maneira são exigidas bênçãos em permuta de outras com finalidades definidas.
            Nunca, pois, te permitas decepcionar pela conduta de alguém em relação aos teus sentimentos.
            Compreende que cada ser respira a psicosfera que lhe é própria e estagia onde lhe permitem as aspirações.
            Sempre recebes conforme ofereces. Tudo no Universo é dependente de fatores que escapam à percepção menos profunda.
            Há um intercâmbio de partículas em constante movimentação, graças às quais são possíveis as realidades detectadas.
            Provavelmente já passaste por esta fase ou nela ainda te encontras em razão da tua sensibilidade exigente.
            Ninguém é totalmente independente pelo simples fato de o querer, e quando pensa que o é ignora a fase de desenvolvimento e não é capaz de perceber.
            Decepciona-te contigo mesmo quando não puderes cumprir uma tarefa ou meta com que te comprometeste ou por não haveres atingido o patamar que estabeleceste.
            Mesmo assim, de imediato sai do túnel do desencanto e enfrenta a pradaria das oportunidades à tua espera.
            Não te encontras a serviço do Amor do Mestre para permutar benefícios, senão para servir com alegria e paciência, cabendo-te a tarefa de sempre ajudar, de tal forma que o caminho seja um reflorescer de bênçãos que esconderão os empecilhos desafiadores da realização.
            Renasceste para recuperar o tempo mal aplicado no ontem e esta é a formosa ocasião de fazê-lo.
                                                            *
            Não foram poucos aqueles que se decepcionaram com Jesus aprisionado quando estava no Horto das Oliveiras.
Inúmeros escarneceram-no por não se haver defendido no Pretório, iniciando a revolução sanguinária que desejavam...
            Ingratos que dEle receberam graças inimagináveis zombavam por deixar-se crucificar, enquanto desejavam-No dominador e reizete...
            Mesmo aqueles que conviveram ao Seu lado, abandonaram-no.
            Ele, no entanto, não se queixou, não discutiu com ninguém e, em silêncio, morreu...
            ...E voltou ao meio dos ingratos para ensinar-lhes redenção e vida gloriosa.

           

            Joanna de Ângelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite  de 26 de maio de 2021, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 5.2.2022.

 

 

NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO

 

            A Bondade Infinita de Deus não permitirá que venhamos a cair sob as tentações, mas, para isso, é necessário que nos esforcemos, colaborando, de algum modo, com o auxilio incessante de Nosso Pai.
            Há leis organizadas para beneficio de todos, mas, se não as respeitarmos, como poderemos contar com a proteção delas, em nosso favor?
            Sabemos que o fogo destrói. Por isso mesmo, não devemos abusar dele.
            Não podemos rogar o socorro divino para a imprudência que se repete todos os dias.
            Se um homem estima a preguiça, não atrairá as bênçãos que ajudam aos cultivadores do trabalho.
            Se uma pessoa vive atirando espinhos à face dos outros, como esperará sorrisos na face alheia?
            É indiscutível que a Providência Divina nos ajudará constantemente, livrando-nos do mal; entretanto, espera encontrar em nós os valores da boa vontade.
            Não ignoramos que o Pai Celestial está sempre conosco, mas, muitas vezes, somos nós que nos afastamos do Nosso Criador.
            Para que não venhamos a sucumbir sob os golpes das tentações, é indispensável saibamos procurar o bem, cultivando-o sem cessar.
            Não há colheita sem plantação.
            Certamente, devemos esperar que Deus nos conceda o “muito” de seu amor, mas não olvidemos que é preciso dar “alguma coisa” do nosso esforço.

 

Livro Pai Nosso
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo espírito Meimei

 

 

 

 

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado nº 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.