ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS
Muitas pessoas, inclusive até alguns espíritas, não entendem por que Deus nos favoreceu com as reencarnações, ou qual seria o objetivo da encarnação dos Espíritos. O magnífico codificador da glamorosa doutrina dos Espíritos levou essa questão aos luminares que responderam que o Criador impôs a encarnação aos Espíritos para fazê-los chegar à perfeição, que para uns é expiação e para outros missão, já que todos somos criados simples e ignorantes, necessitando de perseguirmos a evolução para chegarmos ao fim, que é a própria perfeição.
Há ainda outro objetivo, que é por o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da Criação a fim de cumprir as ordens de Deus, concorrendo para a obra geral e adiantando-se ele próprio.
Outra dúvida desses irmãos é a necessidade de reencarnação dos Espíritos que sempre seguiram o caminho do bem e mesmo assim, não se isentam dos sofrimentos da vida corporal; souberam então que para tais Espíritos o fim chega mais depressa, e como as imperfeições do Espírito são a causa das suas aflições, vem daí que quanto menos imperfeições, menos sofrimentos.
Allan Kardec afirma que a doutrina Espírita é sedutora e isso é o mesmo que dizer que ela satisfaz, que agrada e agrada porque satisfaz à aspiração instintiva do homem em relação ao futuro; porque apresenta o futuro sob o aspecto que a razão admite; porque a certeza da vida futura faz com que o homem enfrente com paciência as misérias da vida presente; porque com a doutrina da pluralidade das existências (reencarnação) essas misérias são explicáveis, justificáveis e compreensíveis e é uma felicidade saber que os seres que amamos não estão perdidos para sempre e que nos encontraremos um dia.
Crispim.
Referências bibliográficas:
- O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro.
- Viagem Espírita em 1862. Allan Kardec. Tradução de Wallace Leal Rodrigues
DISCIPULO DA BOA CAUSA
Quando o discípulo está pronto o mestre aparece.
Certamente muitos dias têm esperando uma revelação mais contundente sobre a vida imortal. Mas talvez ainda não tenha chegado a hora para receber essa confirmação mais detalhadas sobre a sua presença nesse campo de provas.
Porém esperar trabalhando é uma medida justa, para que no dia certo o discípulo esteja preparado, como os apóstolos estavam em condição de receber em seus corações os ensinamentos propostos por Jesus e sem hesitarem o seguiram.
Por isso mesmo mantenha-se no trabalho a disciplina de em tudo faça reverência ao Evangelho de Jesus, porque sempre será à base de tudo, pois que é o exemplo maior que se pode ter diante dos olhos.
Se eleger outras pessoas para que sejam os seus mestres, é verdade que estará exposto a grandes decepções. Por isso e por mais que haja muitos companheiros se destaque no campo doutrinário ou na pratica da caridade, o exemplo para orientar a sua vida em todas as etapas sempre será Jesus.
Assim que reflita na Doutrina Espírita estão contidas as ideias mais atualizadas da vida aqui no plano físico e no plano espiritual, portanto, viva os seus ensinamentos, pois que eles encerram os esclarecimentos mais completos sobre a mensagem do Divino Mensageiro de Deus.
Assim tem muito que aprender para que possa compreender os considerando da lei, amar ao próximo tem uma abrangência muito grande, daí o exercício ser fundamental para aquele que se afirme espírita.
Está num mundo de provas e expiações, logo as imperfeições de seus habitantes ainda é muito grande, por isso predomina muitas ideias negativas, portanto, há uma distancia enorme a percorrer para que se possa se ajustar a proposta de Jesus. Assim o empenho é fundamental, pois que prática da caridade traz o que há de melhor sob todos os pontos de vista, embora assimilar essas ideais em sua verdadeira essência seja muito difícil.
Assim todos aqueles que trabalham na seara do bem sob a inspiração de Jesus, serão aqueles que mais trabalharam e mais amaram somente assim poderão se aproximar Dele.
E aqueles que não colocaram de lado os seus melindres e as suscetibilidades não entenderam o que é o Cristianismo Redivivo. Pois estão mais preocupados com os seus interesses materiais, esqueceram de como se aproximar de Jesus.
Certamente quem quiser seguir após ele deve negar-se a si mesmo, inclusive Jesus falara ao jovem rico que o procurou, para vender tudo que tinha e depois viesse e o seguisse. Como não demonstrasse a necessidade de olhar para trás, com isso querendo dizer que as ideias que já não tem base na nova revelação devem ser abandonadas, pois já tem as respostas para as grandes questões da vida.
Sempre há uma extraordinária oportunidade para todos se aproximarem de Jesus, mas deve o candidato viver essa mensagem e além do espírito de renúncia às ilusões deste mundo, lembre-se que o destaque é Jesus, e muitas vezes o que se quer destacar é o seu orgulho.
Mas o mestre sempre leva a sua mensagem de amor, mas é necessário que adquira as condições para que possa seguir após Ele, e isso começa com a renúncia aos supostos valores do mundo.
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
FAMILIA MAIOR
Medite nas horas vazias que já passaram e não espere mais, aja no bem ainda hoje, para que os seus dias sejam povoados de boas inspirações. A Divina Previdência não exige de ninguém aquilo que esteja além das forças do interessado, pois que não coloca fardos pesados em ombros frágeis...
Por certo que tem muitas possibilidades em estado latente a espera de sua decisão para colocá-las em prática. Por isso mesmo, desperte para que desenvolva a sua capacidade de amar que na realidade é uma força poderosa que carrega em potencial dentro desse peito generoso.
Tem alegado muitas vezes que por mais que tente fazer o bem, sempre encontra empecilhos, parece mesmo que sequer tem jeito para fazer alguma coisa na área da beneficência.
É bem verdade que sente uma grande necessidade de fazer alguma coisa em favor do próximo, que não seja como os demais atos da vida que consiste em trocas. Por exemplo, se trabalha naturalmente para receber o salário, Quando faz alguma coisa sempre espera receber outro tanto, enquanto empresta dinheiro a alguém é na expectativa de receber juros.
Mas fazer o bem sem esperar retribuição, como se desse alguém alguma coisa de si por conta dessa uma força libertadora chamada amor. Somente nesse momento doa as sobras de sua mesa farta, será como o exercício preliminar para que lhe dê a coragem e a certeza de que um dia será capaz de repartir do seu necessário em razão de alguém mais necessitado.
Por certo que esse começo no campo do amor e da caridade, talvez até sinta certa dor no coração pelos recursos que tiver que repassar aos outros. Todavia a dor vai passando à proporção que compreende que a maior virtude e mais importante é doar, muito mais ainda do que receber.
E quanto mais insistir no trabalho do bem, mais a certeza felicitará o seu coração e compreenderá que é possível vencer todos os obstáculos. Chegará um dia que o ato de praticar a caridade será a sua maior alegria e a sua maior conquista aqui e no mais além. Embora esse dia venturoso possa ainda estar nas linhas do futuro, mas pode por uma meta para lá chegar.
Assim comece com pequeno gesto de bondade para adquirir a certeza de que deseja o seu coração. Depois como passar do tempo compreenderá que sua maior alegria será fazer o bem, de ser útil, de amar, mesmo não sendo amado, de aplicar bem os seus dias aqui nesta escola de aperfeiçoamento moral.
Quando mais tarde compreenderá que a família se ampliará, e mais se alegrará por ser o mundo uma grande família e será um membro dela, independente de nacionalidade, partido, seita, portanto, mas cada um será alguém que necessita de atenção e nesse dia terá chegado ao mais alto grau de compreensão. Áulus.
Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
O Evangelho segundo João só foi escrito em torno do ano 100 d.C.
João é o canal de Deus para nos fazer compreender a presença de Jesus, o Verbo Divino.
Esse Evangelho é uma obra unitária: as partes só podem ser compreendidas na sua relação com o todo. Portanto, na leitura da obra deve-se ficar atento ao seu conjunto e não somente às unidades que a compõem, tomadas isoladamente.
O plano que estrutura o Evangelho de João é espiritual e não histórico-narrativo. A pessoa e a obra de Jesus são interpretadas por uma comunidade no seio da sua experiência de fé. “A história de Jesus no Evangelho de João é apresentada como um drama composto de um prólogo, dois atos principais e um epílogo. Considerando-se o Evangelho sob essa luz, sua característica distintiva pode ser vista como seu ensinamento iluminado.331
Características gerais do Evangelho segundo João
1) João proclama a messianidade de Jesus e a sua filiação divina, esclarecendo que, para ter vida, é preciso ter fé em Jesus. Os traços característicos do Evangelho joanino — e que o diferenciam dos demais — mostram a forte influência de uma corrente de pensamento amplamente difundida em certos círculos do judaísmo: os ensinamentos dos essênios. Neles se atribuía importância especial ao conhecimento (gnose), expresso por meio de dualismos: luz-trevas, verdade-mentira, anjo da luz-anjo das trevas. João insiste na mística da unidade com o Cristo e na necessidade do amor fraterno.
2) O quarto Evangelho quer dar a entender, mais do que os sinóticos, o sentido da vida, dos gestos e das palavras de Jesus. Os acontecimentos de Jesus são sinais, cujo sentido não transpareceu logo de início, só sendo compreendido após a glorificação do Cristo (João, 2:22; 12:16; 13:7); muitas palavras de Jesus eram dotadas de significação espiritual, que não foram percebidas senão mais tarde (João, 2:19).
3) Caberia ao apóstolo falar em nome de Jesus ressuscitado, recordando e ensinando aos discípulos o que Jesus lhes havia dito: “conduzi-los à verdade completa” (João, 14:26 e seguintes).
4) Por outro lado, João nos mostra uma faceta da personalidade de Jesus, não percebida nos demais evangelistas: seus ensinamentos ocorrem no contexto da vida judaica, nas festas e no templo, deixando claro ao povo que ele, Jesus, é o centro de uma religião renovada, em espírito e em verdade (João, 4:24). Para o evangelista, Jesus é a Palavra (o Verbo) enviada por Deus à Terra, e deve regressar ao Pai uma vez cumprida a sua missão (João,1:1 e seguintes). Trata-se de uma missão que consiste em anunciar aos homens os mistérios divinos: Jesus é a testemunha do que viu e ouviu.
5) João se move assim acima dos testemunhos dos outros escritores do Evangelho, explorando a natureza de Jesus em relação a Deus e à Humanidade, e os fundamentos para a crença cristã e para a vida espiritual, que é a sua consequência. Jesus, no retrato de João, é ao mesmo tempo um com o Pai e um com sua igreja na Terra.
6) Há detalhes, no quarto Evangelho, que nos fazem supor haja entre o apóstolo e Jesus uma maior proximidade. Por exemplo, ao descrever o encontro do Mestre com Nicodemos, (João, 3:1 a 15) o evangelista nos transmite a certeza de estar presente, testemunhando a conversa. Em outro momento, quando narra o episódio das Bodas de Caná (João, 2:1 a 12). Em outras passagens evangélicas a presença de João é percebida claramente, como se ele fosse a sombra de Jesus: acompanha o Rabi na íngreme subida de 562 metros (Lucas, 9:28 a 36) até o cume do monte Tabor. Após as quatro horas de marcha, dorme junto a Pedro e Tiago. Na madrugada que avança, escuta vozes que vibram no ar. A sublime visão de Jesus, vestido de luz o faria, mais tarde, evocar a cena inesquecível, ao iniciar a sua narrativa evangélica: “Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam” (João, 1:4 e 5).
7) Finalmente, é oportuno lembrar que a promessa do advento do Consolador consta apenas do Evangelho de João, que assim nos transmite o feliz anúncio de Jesus: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio” (João, 14:15 a 18; 15:26 a 27).
Livro Evangelho Redivivo
FEB
PSICOGRAFIA
Meus amigos!
A fé e a sabedoria, juntas estabelecem normas que edificam a nossa moradia.
Não se confunde o amor com o ódio e não se estabelece a razão entre o amor e o ódio quando conduzimos os nossos pensamentos voltados para a prece.
Com o intuito de se conquistar a força, o descobrimos que é preciso lutar para obter tais benefícios que nos favorecem na busca do bem.
Quantas criaturas não se buscam com indicação de um beneficio único que é a nossa obrigação moral com as determinações da vida.
Em nenhum momento estamos desamparados do amor de Deus. Com esse propósito nos educamos, direcionando nossas mãos para a ferramenta certa, construindo e estabelecendo um meio para a realização maior, indicando nossa capacidade de produzir sempre mais.
Nada como o infortúnio para nos mostrar o quanto à solidariedade é benéfica e verdadeira, alterando o curso de muitas atividades obsoletas.
Com amor e disciplina, conquistamos outros valores, que se misturam ao útil, ensinando-nos que é preciso vencer o vento da tempestade, acreditando que a calmaria volta depois, erguendo-nos para mais uma frente de trabalho fraterno.
É preciso vencer a cada um de nós, melhorando o desempenho de cada um, pois em cada oportunidade que chega com o dia novo, estabelece outro meio a ser condenado pelas mudanças que reconhecemos em nosso íntimo, compreendido pelas nossas reais necessidades de vencer, com a graça de Deus.
Somos todos fortes e abençoados.
Como as flores que brilham a viva-cor na primavera, nossos corações se estabelecem nas festas de Natal para dar ao nosso Mestre Maior, toda a sua trajetória, ensinando que estamos felizes porque somos as criaturas do céu que brilham como brilham as estrelas mais belas, levando a crer para todo o coração que sonha em servir o cálice da transformação, mostrando nas mãos, o quanto é importante amar e trabalhar pelas criaturas que são nossas irmãs nessa abençoada trajetória, onde nos reunimos para amar Jesus e nele buscar a sua glória, determinando assim nossa felicidade por vivermos eternamente.
Como as luzes que brilham em cada dezembro de nossas vidas, porque estarei presente para brilhar com todos, recordando que existe tempo para amar e tempo para sofrer, tempo para sorrir e tempo para ser feliz.
São os votos de grande admiração por todos, principalmente para os nossos familiares tão queridos, recordo que é preciso ser feliz e trabalhar bastante pelas causas desse Natal que lembra o nosso Senhor.
Abraços.
Shirlei C. Capillé.
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 09/12/2004, na cidade de Campo Grande/MS.
Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Orgulho e humildade
O FARISEU E O PUBLICANO
Certa vez Jesus contou uma história. Ela se chama Parábola do Fariseu e do Publicano e narra que dois homens foram até o templo para orar.
Um dos homens era um fariseu. Os fariseus eram uma parte do povo que se considerava muito religiosa, pois eles cumpriam tudo o que a religião deles determinava. Faziam sempre todos os rituais e as cerimônias e, por agirem assim, achavam que eram bem melhores que as outras pessoas.
O outro homem era um publicano. Os publicanos eram pessoas que cobravam impostos. Tinham que pegar o dinheiro do povo para entregar aos governantes. Eles lidavam com muito dinheiro e muitos publicanos não eram honestos. Ficavam ricos, mas não por um trabalho justo. Por isso, os publicanos eram vistos pelo resto do povo como pessoas desviadas do caminho do bem e de Deus.
Na história, o fariseu chegou ao templo e começou a orar dizendo coisas que mostravam quanto ele era orgulhoso.
- Graças te dou meu Deus, porque faço as coisas certas, não sou ladrão, nem injusto e nem sou como esse publicano aí!
O publicano, por sua vez, também queria falar com Deus, através da oração, mas de pé, de longe, nem sequer levantava os olhos para o céu. De cabeça baixa, batendo no peito, dizia:
- Oh meu Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador!
No final da história Jesus conta que a oração do publicano foi mais ouvida por Deus do que a do fariseu, porque a primeira foi feita com humildade e a segunda não. O fariseu queria apenas se exaltar, se achando superior. Mas perante Deus, todos nós somos iguais, mesmo aqueles que, por enquanto, estão cometendo erros.
O publicano, reconhecendo que tinha feito alguma coisa errada, pedia a misericórdia de Deus e com certeza ia ser ajudado a reparar seus erros e se reajustar com as leis de Deus.
Jesus nos deixou importantes ensinamentos. Com essa parábola podemos aprender que o orgulho é um grave defeito que devemos combater e que a humildade é um bom caminho para nos aproximarmos de Deus.
O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2022
MÃE SANTÍSSIMA
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita
Afirma-se que na noite de 31 de maio de cada ano a Mãe Santíssima da humanidade com o cortejo de seres bem aventurados visita as Regiões inferiores da Terra, tradicionalmente chamadas Inferno, Purgatório, Umbral e fazendo descer o seu escapulário luminoso até aos infelizes que ali se encontram em profundo padecimento espiritual, retira-o com aqueles que o seguram desesperados…
Trata-se da soberana misericórdia da Senhora dos anjos atendendo os apelos de quantos viveram as paixões perversas e desencarnaram com expressivas culpas, estando reparando pela dor os sofrimentos que causaram ao seu próximo e a si mesmos, não havendo cumprido as Leis de amor que vigem em todo o Universo.
Chico Xavier, o venerando apóstolo da caridade e do bem, narrava que a Rainha Santa de Portugal, realiza o mesmo mister, em determinado dia da semana, homenageando com essa grandiosa bênção a Rosa Mística de Nazaré.
Equivale dizer que o amor jamais abandona mesmo aqueles que o desprezam, o espezinham ou o envilecem.
Esses Espíritos imensamente endividados perante o Divino Tribunal, são aquinhoados com nova oportunidade de reparar os seus débitos morais e espirituais, arrependidos profundamente dos delitos praticados nos quais se enlearam.
A Logo após, alguns permanecem no Mais Além em comunidades reparadoras nas quais se preparam para futuros renascimentos no planeta, sob os efeitos dos atos perpetrados. Outros, são de imediato, conduzidos à reencarnação e recomeçam no corpo físico mutilados, em situações deploráveis a que fazem jus, quando não vitimados por patologias mentais amargas ou em obsessões afligentes.
Ninguém consegue evitar o cumprimento das Soberanas Leis da Vida, mesmo que se utilize de toda habilidade possível para corromper, enganar, desrespeitar e fugir sine die das consequências do seu comportamento.
Por um bom período brilham na sociedade, desprezam a dignidade, pervertem e pervertem-se, inscrevendo o futuro destino que deverão viver.
Não foi por outra razão que Jesus estabeleceu o amor ao próximo como sendo o mandamento essencial para a felicidade.
A existência na Terra não é única e não tem a finalidade de transformar-se numa viagem ao país da fantasia, mas de uma experiência de caráter evolutivo para todos os seres na busca da perfeição relativa que lhes está destinada.
Desta forma é necessário que o ser humano, creia ou não, procure praticar o bem de todas as formas ao seu alcance, fazendo da sua jornada carnal um aprendizado constante e enriquecedor.
As religiões funcionam como métodos pedagógicos para a aprendizagem, mas, o importante é a conduta em qualquer uma ou em nenhuma…
Medita, pois, no que tens feito dos teus dias e busca o amor.
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 31 de maio de 2023.
Editorial FEB
2023
A BELEZA DA TERRA E O ENCANTO DA LIÇÃO EVANGÉLICA
por Altamirando Carneiro
Quero lhes falar de uma bela terra. A Palestina, terra de encanto e magia. Não há como não amar esse lugar, mesmo que só o conheçamos pelo relato dos livros. Pois foi lá que aconteceu a maior história de todos os tempos, protagonizada por Jesus de Nazaré. Uma história surpreendente. História tão grande e extraordinária, quanto extraordinária e grande é a presença de Jesus em nossas vidas.
Ele chega de mansinho e preenche o nosso coração. E particularmente nós, espíritas, o compreendemos na sua real grandeza, graças à Codificação Espírita, trazida por Allan Kardec.
Se para nós esta fascinação pela Palestina é surpreendente, não é difícil imaginarmos por que os israelitas tinham tanto amor por sua terra, amor que tinha sentido, pois a Palestina era (e é) um país belíssimo: com suas planícies, profundos vales, os planaltos central e oriental, altos montes, onde neles seu povo via a grandeza de Deus; desertos, mares, lagos, rios e clima variado.
Verdadeiro encanto e magia exerciam os rios e os lagos e os que os admiravam ficavam fascinados pela placidez de suas águas. O rio Jordão é o mais importante do mundo antigo. Está ligado às manifestações religiosas, desde os dias de Abraão, até os dias de Jesus; foi palco do ministério de João Batista e do batismo de Jesus. E ainda o lago Tiberíades, ou mar da Galileia, cujas margens e praias foram locais de acontecimentos importantes da vida de Jesus.
O clima era variado. A sua posição geográfica, a sua topografia acidentada, sua proximidade com o Mar Mediterrâneo e a proximidade do deserto contribuíram para as madrugadas lindíssimas, geadas fortes e neve, comuns sobre as montanhas.
Existiam lírios em abundância. E com a roupa, por que andais preocupados? Observai os lírios do campo, como crescem, e não trabalham, e nem fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé? (Mateus, 6:28 a 30)
Estuda-se no livro Provérbios (3:13 e 14):
As alegrias do sábio
Feliz o homem que encontrou a sabedoria,
o homem que alcançou o entendimento!
Ganhá-la vale mais que a prata,
e o seu lucro mais que o ouro.
Hoje, lembramo-nos da comunicação do Espírito de Verdade, em Paris, 1860, registrada no O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 6, item 5:
Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além-túmulo, que acreditáveis vazio, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!
Guardemos essas preciosidades, dentro do nosso coração.
Obs.: As passagens bíblicas citadas são da Bíblia de Jerusalém, Editora Paulus, 2002.
Consolador
2023
ERGUER E AJUDAR
“E ele, dando-lhe a mão, a levantou.”(Atos dos Apóstolos, 9:41)
Muito significativa a lição dos Atos, quando Pedro restaura a irmã Dorcas para a vida.
Não se contenta o apóstolo em pronunciar palavras lindas aos seus ouvidos, renovando-lhe as forças gerais.
Dá-lhe as mãos para que se levante.
O ensinamento é dos mais simbólicos.
Observamos muitos companheiros a se reerguerem para o conhecimento, para a alegria e para a virtude, banhados pela divina claridade do Mestre, e que podem levantar milhares de criaturas para a Esfera Superior.
Para isso, porém, não bastará a predicação pura e simples. O sermão é, realmente, um apelo sublime, do qual não prescindiu o próprio Cristo, mas não podemos esquecer que o Celeste Amigo, se doutrinou no monte, igualmente no monte multiplicou os pães para o povo esfaimado, restabelecendo-lhe o ânimo.
Nós, os que nos achávamos mortos na ignorância, e que hoje, por acréscimo da Misericórdia Infinita, já podemos desfrutar algumas bênçãos de luz, precisamos estender o serviço de socorro aos demais.
Não nos desincumbiremos, porém, da tarefa salvacionista, simplesmente pronunciando alguns discursos admiráveis.
É imprescindível usar nossas mãos nas obras do bem.
Esforço dos braços significa atividade pessoal.
Sem o empenho de nossas energias, na construção do Reino Espiritual com o Cristo, na Terra, debalde alinharemos observações excelentes em torno das preciosidades da Boa Nova ou das necessidades da redenção humana.
Encontrando o nosso irmão, caído na estrada, façamos o possível por despertá-lo com os recursos do verbo transformador, mas não olvidemos que, para trazê-lo de novo à vida construtiva, será indispensável, segundo a inesquecível lição de Pedro, estender-lhe fraternalmente as nossas mãos.
Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
DONS
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do Alto.” - (TIAGO, capítulo 1, versículo 17.)
Certificando-se o homem de que coisa alguma possui de bom, sem que Deus lho conceda, a vida na Terra ganhará novos rumos.
Diz a sabedoria, desde a antiguidade:
— Faze de tua parte e o Senhor te ajudará. Reconhecendo o elevado teor da exortação, somos compelidos a reconhecer que, na própria aquisição de títulos profissionais, o homem é o filho que se esforça, durante alguns anos, para que o Pai lhe confira um certificado de competência, através dos professores humanos.
Qual ocorre no patrimônio das realizações materiais, acontece no círculo das edificações do espírito.
Indiscutivelmente, toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm de Deus.
Entretanto, para recebermos o benefício, faz-se preciso “bater” à porta para que ela se nos abra, segundo a recomendação evangélica.
Queres o dom de curar? começa amando os doentes, interessando-te pela solução de suas necessidades.
Queres o dom de ensinar? faze-te amigo dos que ministram o conhecimento em nome do Senhor, através das obras e das palavras edificantes.
Esperas o dom da virtude? disciplina-te.
Pretendes falar com acerto? aprende a calar no momento oportuno.
Desejas acesso aos círculos sagrados do Cristo? aproxima-te dEle, não só pela conversação elevada, mas também por atitudes de sacrifício, como foram as de sua vida.
As qualidades excelentes são dons que procedem de Deus; entretanto, cada qual tem a porta respectiva e pede uma chave diferente.
Caminho, Verdade e Vida
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
PAI NOSSO, QUE ESTÁS NOS CÉUS
Quando Jesus começou a prece dominical, satisfazendo ao pedido dos companheiros que desejavam aprender a orar, iniciou a rogativa, dizendo assim:
- Pai Nosso, que estás nos céus...
O Mestre queria dizer-nos que Deus, acima de tudo, é nosso Pai.
Criador dos homens, das estrelas e das flores.
Senhor dos céus e da Terra.
Para Ele, todos somos filhos abençoados. Com essa afirmativa, Jesus igualmente nos explicou que somos no mundo uma só família e que, por isso, todos somos irmãos, com o dever de ajudar-nos uns aos outros.
Ele próprio, a fim de instruir-nos, viveu a fraternidade pura, auxiliando os homens felizes e infelizes, os necessitados e doentes, mostrando-nos o verdadeiro caminho da perfeição e da paz.
Na condição de aprendizes do nosso Divino Mestre, devemos seguir-lhe o exemplo.
Se sentirmos Deus como Nosso Pai, reconheceremos que os nossos irmãos se encontram em toda parte e estaremos dispostos a ajudá-los, a fim de sermos ajudados, mais cedo ou mais tarde. A vida só será realmente bela e gloriosa, na Terra, quando pudermos aceitar por nossa grande família a Humanidade inteira.
Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei
A CAMINHO DA LUZ
De: Francisco Cândido Xavier
Pelo: Espírito Emmanuel
Editora: FEB
Objetivando orientar o homem de acordo com os desígnios da Misericórdia divina, apresentando reflexões sobre as situações cotidianas à guisa dos ensinamentos e bondade celestes, A Caminho da luz é obra merecedora de leitura e estudo para os que buscam compreender nosso mundo. Nesta inestimável obra, o Espírito Emmanuel narra a história da humanidade sob a luz do Espiritismo, apresentando-nos acontecimentos e experiências que vão desde a gênese planetária até as perspectivas para o futuro da Humanidade, elucidando-nos a posição e a importância do Evangelho do Cristo diante da ciência, das religiões e das filosofias terrenas.
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