"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XVIII - N. 213 * Campo Grande/MS * Outubro de 2023.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           Não se julgue isento de apresentar a sua contribuição, porque somente terá daquilo que houver repassado aos outros, por isso invista no principal – que é o próximo.

 

 

                       

O CÉU E O INFERNO

 

            O Espiritismo nos ensina que os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas são dotados da perfectibilidade, ou seja, têm aptidões para conhecerem tudo e progredirem usando seu livre-arbítrio. Com a evolução conseguem novos progressos e percepções que os afastam dos Espíritos inferiores que ainda não podem sentir, ouvir, ou compreender como eles.
            Também afirma que a felicidade está relacionada diretamente com o progresso realizado e por isso o Espírito que não consegue tal felicidade é porque lhe falta o adiantamento intelectual e moral.
Enquanto uns avançam rapidamente, outros ficam na retaguarda e não podem se queixar, a não ser de si mesmos, por não serem felizes como os adiantados e enquadram-se no que profetizou nosso Senhor Jesus Cristo quando disse: a cada um segundo suas obras.
            E´ fato também que o progresso intelectual nem sempre acompanha o progresso moral, e para confirmar essa regra, lembramos uma comparação grosseira, mas que facilita o entendimento: um cientista nuclear, que tem a evolução intelectual, faz a bomba atômica, que mata instantaneamente milhões de pessoas, e outro cientista, que tem a mesma evolução intelectual, mas que também tem a evolução moral, faz a usina nuclear que gera muita energia, ajudando milhões de pessoas a viverem melhor.
            Para que o Espírito alcance essas evoluções, Deus nos deu a reencarnação que possibilita o progresso intelectual para que facilite o trabalho obrigatório para a sobrevivência da espécie e o progresso moral que acaba com a maldade, a avareza, a má-fé, o orgulho, a hipocrisia e a violência e valorize e viva a bondade, a doçura, a humildade, a sinceridade, a franqueza, a lealdade, ou seja, tudo o que constitui o homem de bem, que procura sempre a paz e a harmonia. São muitas virtudes para acabar com os vícios, daí a necessidade das reencarnações, porque é praticamente impossível atingir essas virtudes em uma só existência.
            É no intervalo das reencarnações que o Espírito volta ao seu mundo original e real e vai viver o céu ou o inferno, onde é feliz ou desgraçado. Tais reencarnações podem se dar na Terra ou em outros mundos, de acordo com a própria evolução conseguida pelo Espírito.
            Não é à toa que o Espiritismo tem por lema “fora da caridade não há salvação”, pois a caridade, esta virtude das almas verdadeiramente francas e nobres, será sempre o sinal da verdadeira superioridade.
           

Crispim.

 

Referência bibliográfica:
- O Céu e o Inferno. Allan Kardec.

 

 

ÓRFÃO DE AFETO

 

            Não te presuma órfão de afeto. Talvez não saibas que alguém sempre roga por ti e te socorres naqueles momentos que passas por perigos sem percebe sequer, mesmo naquele dia de sua maior aflição. 
            Talvez não percebas que tanta coisa encontre tão naturalmente que até imaginas que sobre algo tem direito. Porém é o resultado de ações de mãos carinhosas que lhes são estendidas, por aquelas pessoas que te amam, por isso mesmo não te presumas sem proteção da vida superior.
            Lembra-te que mesmo em meio às tempestades do caminho sempre estarás amparado por aqueles que avalizaram a sua vinda ao mundo para refazer o seu destino.  Às vezes não tendo as mínimas condições, inclusive de sobrevivência no mundo físico, ainda assim a mãe generosa corre o risco da própria vida para agasalhar em seus braços generosos.
Se tu soubesses quantas noites em claro a mãezinha adora velou a cabeceira do seu berço para garantir-lhes todos os cuidados. Talvez não avalies de pronto tanto afeto recebido, mas foram os pais os seus grandes benfeitores no mundo, no entanto, nada exigem de ti, mas só esperam que sejas feliz, nada mais,
            Não avalias que tantas espécies vegetais já foram utilizadas para que te nutras todos os dias, e mantendo-te a vida. Talvez não faça conta de que quantas vidas já foram abatidas para que te nutras de proteínas que te mantém a estabilidade física e mental. Talvez não reconheças nisso a Providência Divina agindo em teu favor, no entanto segues sem se importar com nada.
            E muita vez te sentes no direito de exigir dos outros testemunhos de apreço e bondade e tu o que é que fazes? Até agora só recebeste, ainda não te dispões a devolver até em forma de afeto aos teus pais já cansados pela dura luta que te servem até agora, sem nada te exigir. E hoje te colocas como vítima do mundo, quando não te dás ao trabalho de ganhar o seu próprio sustento.
            Relutas que deves olhar com mais carinhoso aquelas criaturas abnegadas que te sustentaram a marcha, como se fosse algo além de suas forças. Tanto aqueles que se demoram na crosta como aqueles outros que residem na outra dimensão da existência. São eles que velam para que não caias, porém não te lembras deles nem dás o teu testemunho de gratidão sequer, e se coloca na condição de exigir sempre mais.
Porém se consultares a própria consciência verás que tem recebido muito, aliás, muito mais que podes avaliar só que por enquanto não se dás conta disso. Mas é bom que despertes depressa porque há tempo para te retratares, e pelo menos agradecer àquelas mãos queridas que te patrocinaram as grandes possibilidades. Todavia parece que estás inconsciente disso e caminhas sem a menor noção de que és afortunado, sem saber o quanto.
            Despertes homem enquanto há tempo. Não esperes que o turbilhão de fatos desagradáveis venha chamar-te a atenção da maneira drástica. E os talentos que tens recebido, literalmente estão enterrados no seu comodismo, porque não te dispões a utilizá-los a teu benefício.
            Afinal quando vai despertar?
 Continues nessa insensatez sem medida, como se na contabilidade Divina houvesse crédito sem débito, ou vice-versa, pode de repente sem saber estares sacando a descoberto, e agravando mais ainda tua condição de devedor insolvente da bondade alheia.
 Caminha por esse caminho sem volta, mas não esperes mais dos outros e de Deus, tudo que é de tua responsabilidade, não atribuas aos outros, e acima de tudo farás por ti aquilo que necessitas e não esperes tanto. Porque a rigor recomendou o Divino Amigo que cada um tomasse a sua cruz que fora feita pelo próprio interessado e o seguisse.
Antes de tudo carregar a própria cruz é uma distinção para todos os filhos amados de Deus, por isso mais uma vez te rogo que aceites a realidade e ajas em seu próprio benefício, fazendo por ti aquilo que é tua obrigação e não esperes de Deus. Áulus.

          
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

PEDIDO DE URGÊNCIA

 

            No trabalho do bem muitas alternativas surgem, mas é preciso aproveitar bem cada período da luta, porque tudo passa muito rápido. Feliz aquele que trabalha de sol a sol para valer-se dos recursos que Deus colocou em suas mãos para fazer-se digno dos recursos que recebeu.
            E aquele companheiro que não se envolveu em fofocas, porque não está aqui neste mundo para examinar os defeitos e imperfeições alheias, mas como espírito consciente sabe que também tem muitos defeitos para corrigir. No entanto, isto não quer dizer que seja cego a visão do mal, mas sabe que a oportunidade da reencarnação é tão importante e não pode perder tempo com coisa que não irá acrescentar nada a sua vida. Por outro lado, examinar a vida alheia não está na sua pauta de compromissos.
            Porém a cada dia se pergunte: mas o que farei neste belo dia de minha existência? Caso não tenha um compromisso desde a véspera para aquele dia procure uma ocupação útil ao meio em que vive, fazendo o bem sempre e evitando o mal.
            Em qualquer circunstância da vida sempre procure fazer o melhor. Sempre esteja interessado em promover o bem, especialmente junto aqueles que são mais necessitados. Está consciente de que o futuro depende de sua atuação de hoje. Sabe que tudo na vida depende de decisão.
            Assim não poderá ganhar o salário se não trabalhou, como só pode ser julgado pelo que fez, sabe também que a riqueza futura dependera do trabalho atual, por isso mesmo não negligencie qualquer oportunidade de ser útil ao mundo. Sempre estará feliz praticando o bem e evitando a ociosidade sem proveito.
            Como também estará atento porque sabe que o maior tesouro é o trabalho, mas especialmente quando empregado na prática da caridade que resume os ensinamentos de Jesus, que consiste em fazer o bem sem esperar recompensa.
            Mas também se aplique em superar as suas deficiências como a sua meta mais importante, assim com muito esforço encare a sua reforma intima e se empenhe em combater suas más tendências ponto por ponto, mediante o trabalho de autoeducação.
            Especialmente mantenha sempre a sua frente à exposição dos ensinamentos de Jesus a serem observados, “não fazer aos outro o que não quer para si”, tendo como base os esclarecimentos da Doutrina Espírita.
            Com isso estará mais consciente dos compromissos que assume, isto é, combater as más tendências que subsista no seu coração. Além de tudo, sempre se reporta a reta consciência, à hora de se retirar-se ao leito à noite realize um autoexame de tudo que tenha feito, procurando relembrar as lições que não foram devidamente assimiladas, evitando a todo o custo que o mal ensombre os seus dias. Áulus.

 

Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

A CHAVE ESPÍRITA DE INTERPRETAÇÃO

DA MENSAGEM DO CRISTO

 

            Emmanuel afirma: “O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua história; só ele pode, na sua feição de Cristianismo Redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.” E acrescenta, também, no livro Palavras de vida eterna:

            Em todos os tempos surgem no mundo grandes Espíritos que manejam a palavra, impressionando multidões; entretanto, falam em âmbito circunscrito, ainda quando se façam ouvidos em vários continentes.
[...]
            A palavra de Jesus, no entanto, transcende lavores artísticos, joias literárias, plataformas políticas, postulados filosóficos, fórmulas estanques. Dirige-se a todas as criaturas da Terra, com absoluta oportunidade, estejam elas nesse ou naquele campo de evolução.
            É por isso que a Doutrina Espírita a reflete, não por mera reforma dos conceitos superficiais do movimento religioso, à maneira de quem desmontasse antigo prédio para dar disposição diferente aos materiais que o integram, em novo edifício destinado a simples efeitos exteriores.
            Os ensinamentos do Mestre, nos princípios espíritas-cristãos, constituem sistema renovador, indicação de caminho, roteiro de ação, diretriz no aperfeiçoamento de cada ser.

            O certo é que já adiamos por muito tempo a oportunidade de conhecer, meditar, sentir e vivenciar a mensagem do Cristo.354 “Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos “ais’’ do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade”.
            A chave espírita procura analisar a mensagem do Cristo em espírito e em verdade, como orienta Allan Kardec:

            Se o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, e não no de juntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado de germe, faltando-lhe somente a chave para se apreender o sentido de suas palavras.356

            Para compreender os fundamentos das lições de Jesus, à luz do entendimento espírita, faz-se necessário conhecer os princípios básicos da Doutrina Espírita, a fim de utilizá-los como chave interpretativa. Caso contrário, permaneceremos nas posições dogmáticas e literais ou meramente opinativas.
            Os princípios básicos do Espiritismo, nomeados por Allan Kardec como os pontos mais importantes, estão indicados em O livro dos espíritos, Introdução VI. São orientações que o espírita precisa conhecer de forma mais aprofundada e que se encontram citados não só na primeira obra da Codificação, ora citada, mas explicados nas demais (O livro dos médiuns, O evangelho segundo o espiritismo, O céu e o inferno e A gênese).
            Os programas de estudos regulares da Doutrina Espírita, como Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE), Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE) e Mediunidade – Estudo e Prática (MEP) analisam em detalhes os pontos principais do Espiritismo que, resumidamente, são os que se seguem.
            Deus, Pai e Criador; Jesus, Guia e Modelo da Humanidade terrestre; Espírito, ser imortal, existente, pré-existente e sobrevivente à morte do corpo físico; Perispírito, organização estrutural do ser humano e dos animais; Livre-arbítrio e Lei de Causa e Efeito, processos que governam a liberdade e consequências das escolhas humanas; Evolução, mecanismo divino que determina o progresso intelectual e moral do Espírito; Encarnação e Reencarnação, mecanismos reguladores da evolução do Espírito; Pluralidade dos Mundos Habitados, princípio doutrinário espírita que esclarece a respeito das categorias evolutivas dos mundos habitados no Universo: primitivos, de expiação e provas, de regeneração, felizes e divinos; Plano Espiritual, que trata das condições da vida do Espírito imortal na dimensão extrafísica da vida; Influência e Comunicabilidade dos Espíritos, revelam as ações dos Espíritos sobre o plano físico e a mediunidade, faculdade de comunicabilidade da mente humana.

 

Livro Evangelho Redivivo
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

 

            A HISTÓRIA DE UM MEDIUM

            Renasceu com acentuado dom mediúnico, desde a mais tenra idade, já era capaz de ouvir a espiritualidade, muito embora inconsciente de muita coisa que ocorria além das fronteiras físicas, mas devagarzinho iam plasmando no seu subconsciente as verdades fundamentais da vida, assim que reunindo a mediunidade auditiva, vidência e psicografia, para realizar uma tarefa de vulto. Amigos se colocaram em seu caminho oferecendo-se para secundá-lo no esforço, amigos de outras épocas se apresentaram para que realizasse com êxito a sua tarefa. Alguns até se sacrificaram demais para garantir a direção certa de sua jornada.
            Adolescência tumultuada devido as inexperiências e o dom aflorado, mas a espiritualidade trabalhava de maneira segura para que na hora certa tudo ocorresse de acordo com a programação prevista.
            Ainda jovem casa-se com uma bela jovem. Depois ocorre uma tragédia. Demora a se recompor. Sempre amparado pela espiritualidade superior consegue novamente o equilíbrio e começa a refazer a sua vida, quando deveria com afinco se dedicar a tarefa, muitas vezes os benfeitores da vida maior o chamá-lo a estudar, outros advertiam da seriedade da tarefa, bem como os companheiros encarnados, para que se mantivesse naquela condição, mas tudo em vão, não queria saber da mais simples disciplina. Estudar, nem pensar.
            Não obstante recebeu mensagens com grande coerência tanto de benfeitores da vida maior, como mensagens particulares, com grande soma de autenticidade, mas parece que realiza essas tarefas com grande relutância, parece que muitas vezes ansiava para arranjar um motivo para ficar longe desse compromisso, mas continuava, algumas vezes as reuniões eram bastante produtivas, para de repente ficar dias sem sequer comparecer o trabalho, ou chegava atrasado, alegando problemas de doenças ou compromissos profissionais, não podendo exercer o seu compromisso com a necessária sequência.
            Casa-se outra vez.
            Dessa segunda união teve três filhos varões, adotando mais duas meninas, conseguiu no campo material alcançar uma boa situação, com bela casa, muito conforto, mas o trabalho a cada dia mais precário, sempre alegava uma dificuldade, chegava muito tarde do trabalho, o centro onde frequentava era muito longe.
            A espiritualidade buscando sempre suprir as necessidades mais urgentes e muitas até supérflua. Havia um terreno ao lado de sua casa, companheiros generosos resolveram construir um centro naquele local, embora não fossem proprietários, na esperança de mais tarde comprá-los, para que finalmente a última barreira fosse levantada.
            Começou a tarefa a agora ao lado de sua casa, num primeiro momento com certo brilho, embora com dificuldades próprias de uma casa espírita, muitos companheiros valorosos chegaram para o trabalho, prestando a sua colaboração, mas com o tempo esses companheiros foram desanimando, porque o médium não se interessava francamente pela tarefa, duas a três reuniões comparecia, depois ficava duas três sem comparecer, ou aprecia sempre atrasado, embora fosse ao lado de sua casa.
            Pessoas ocorriam de toda a parte, mas depois vendo que nada produzia, foram se afastando, chegava outros, para em seguida desistir de esperar uma mensagem de seus entes queridos ou mesmo algumas palavras esclarecedoras.
            A casa foi ficando vazia e sem motivação para nada, às vezes quando fazia os seus comentários de assuntos que absolutamente anda tinha a ver com a reunião, tão diferente quando envergava a camisa do trabalho, que era realmente plena de sabedoria.
            Os filhos causavam-lhe verdadeiros dissabores, depois ainda deixou sua profissão para ser empresário, deixando os seus negócios nas mãos dos outros, não podia dar certo, como de fato não deu, endividou-se ao máximo, não podendo saldar a suas dívidas. Adoeceu.

 

 

Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Paz

 

A PAZ NO MUNDO

 

            Gabriel e Gustavo eram irmãos e estavam sempre juntos. Iam para a mesma escola todos os dias. Tinham os mesmos amigos, eram convidados para as mesmas festas e, se um fazia algum passeio, o irmão sempre estava presente.
            Eles conviviam bastante, mas infelizmente essa convivência não era tranquila. Eles discutiam por qualquer coisa. Não emprestavam nada um para o outro nem se ajudavam.
            Dona Margarida, a mãe deles, ficava muito triste com essa situação. Chamava a atenção dos meninos e procurava de todas as formas educá-los para que se respeitassem.
            Certo dia, os meninos brigaram na hora do lanche. Gabriel ficou bravo, pois Gustavo tinha comido todo o bolo de chocolate.
            - Eu não comi tudo. Você já tinha comido de manhã! - disse Gustavo.
            - E daí? Você também tinha comido de manhã! E agora devorou metade do bolo sozinho - respondeu Gabriel.
            - Mas você tinha comido muito mais do que eu! - retrucou Gustavo, já irritado.
            - Tinha nada! Você que é um guloso! - gritou Gabriel.
            - Você que é! - gritou de volta Gustavo.
            Dona Margarida chegou e interrompeu a briga. Gabriel foi para o seu quarto, fechou a porta e foi jogar seu videogame. Gustavo foi para a sala e começou a assistir a um filme.
            O filme que Gustavo escolheu era sobre uma invasão de extraterrestres. Ele gostava de filmes assim, de ficção e aventura, e adorou aquele. Ficou tão envolvido com a história que nem viu o tempo passar.
            Quando o filme acabou, ele estava entusiasmado. Correu para contar para sua mãe.
            - Mãe, assisti a um filme ótimo! Os ETs estavam invadindo a Terra porque identificaram que a espécie humana estava em guerra entre si e merecia ser exterminada. Mas, daí, chamaram o pacificador, que era um homem comum, mas que conseguia fazer as pessoas entenderem o que estava acontecendo - disse Gustavo, animado. - O pacificador conseguiu fazer os conflitos entre os povos da Terra acabar e depois, todos juntos, convenceram os ETs a respeitá-los. No fim, deu tudo certo e ele salvou o mundo!
            - Filho, você gostou mesmo do pacificador, hein!
            - Se gostei! Eu quero ser igual a ele quando eu crescer. E um dia, quem sabe..., salvar a humanidade!
            - Que bom, Gustavo! Fico muito feliz em ouvi-lo falar assim, com bons ideais. Se estiver nos planos de Deus que você ajude as nações um dia, tenho certeza que fará um bom trabalho. Mas sabe de uma coisa, querido? Se você quiser mesmo, pode começar a salvar a humanidade desde já!
            - Jura? Posso? Mas como? - perguntou o menino, confuso.
            - A humanidade que Deus lhe está convidando a salvar hoje mora naquele quarto - disse Dona Margarida, apontando para a porta do quarto do Gabriel.
            Gustavo percebeu o que a mãe queria dizer e perdeu um pouco de sua disposição. Mas ela continuou:
            - A paz do mundo inteiro depende de cada pessoa. Podemos colaborar com a paz convivendo bem com quem está à nossa volta. Isso é tudo o que podemos fazer. Não parece grande coisa, mas é importante porque tudo que é grande é feito de pequenas partes. Para que haja paz no mundo, tem que haver paz entre as pessoas que convivem.
            - Mas conviver com o Gabriel é difícil, mãe - disse o menino já desanimado.
            - Filho, um bom pacificador tem que achar um jeito. Não foi isso que o pacificador do filme fez? Jesus nos deixou boas orientações para convivermos bem com nosso próximo. Que tal você usá-las com seu irmão?
            Dona Margarida encerrou a conversa e deixou Gustavo pensando. Ele não gostou muito, mas depois teve que admitir que ela estava certa.
            Gustavo, então, tomou a decisão de ter mais paciência com Gabriel e estar sempre atento para evitar as brigas. Gabriel, dia a dia, foi notando que Gustavo estava mudado e começou a retribuir o bom comportamento do irmão.
            De vez em quando acontecia alguma coisa desagradável, mas cada vez mais eles foram aprendendo a superar os desafios e a se respeitarem.
            Com o tempo, eles conseguiram: cresceram em paz, como verdadeiros irmãos.
            O mundo ainda não está totalmente em paz, faltam outras pessoas também agirem como pacificadores, mas a parte que cabia aos meninos eles fizeram muito bem.

 

O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2022

 

 

LIBERDADE

 

Marta Antunes Moura

 

            Uma declaração supostamente atribuída ao admirável líder pacifista Mahatma Gandhi (Mohandas Karamchand Gandhi – 1869-1948), define o verdadeiro sentido de liberdade: A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.1
            Ser livre é, pois, questão de foro íntimo, de maturidade espiritual, de consciência, enfim. Consciência que, segundo o dicionário, se expressa como o “sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.”2 Ou ainda: “sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais […].”2 Coerentes com esta linha de pensamento, os Espíritos Orientadores afirmam: “[…] A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do progresso.”3
            O foco central da afirmação de Gandhi e de outras ideias semelhantes, difundidas por respeitáveis filósofos e estudiosos, se reduz, a uma questão básica:  o grau de desenvolvimento moral é que nos conduz à compreensão de que somos pessoas livres, ou não. Assim, agir segundo a própria vontade, sem que os nossos atos prejudiquem, de alguma forma,  o próximo, requer certo senso de responsabilidade, que é adquirido gradativamente, ao longo do processo evolutivo e que nos torna capaz de discernir entre o bem e o mal.
            Asseveram os Espíritos Superiores: “[…] O bem é sempre bem e o mal é sempre o mal, seja qual for a posição do homem; a diferença está no grau de responsabilidade. ”4 Esta orientação nos conduz, naturalmente aà seguinte equação, que pode ser lida  em ambos os sentidos, da esquerda para direita e vice-versa:
Liberdade ↔ Consciência Moral ↔ Conhecimento do Bem e do Mal ↔ Responsabilidade ↔ Escolhas acertadas
Allan Kardec, por sua vez, pondera o quanto as nossas escolhas exercem papel fundamental na nossa liberdade, e, consequentemente em nossa felicidade:
            As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes o homem comete faltas que, embora decorrentes da posição em que a sociedade o colocou, não são menos repreensíveis. Mas a sua responsabilidade é proporcional aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. É por isso que o homem esclarecido que comete uma simples injustiça é mais culpado aos olhos de Deus do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos. 5
            O conceito de liberdade revela-se bem mais amplo quando se considera o indivíduo como integrante de grupos ou coletividades, as quais são governadas  por normas que regulam a vida em sociedade. Neste contexto,  a  liberdade é entendida como
            1.O grau de independência legítimo que um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal. 2. Conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.”6
            Em consequência, surge uma regra da convivência humana muito simples, que deve ser manifestada nos diferentes cenários da existência: no lar , na escola, no ambiente profissional ou em qualquer ambiente da vida de relação social. Tal regra foi assim anunciada  pelo conhecido filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903):  A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro7 Contudo, antes do filósofo chegar a esta conclusão, Jesus transmitia um ensinamento antiquíssimo e atemporal, denominado a  Regra de Ouro: Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lo também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas (Mateus, 7:12)
            Percebemos, portanto que a liberdade humana é sempre relativa. Segundo a Doutrina Espírita, a  liberdade absoluta só poderia existir em duas situações:  primeira, a de quem vive totalmente isolado, como o “[…] eremita no deserto. Desde que dois homens estejam juntos, há entre eles direitos a serem respeitados e, portanto, nenhum deles gozará de liberdade absoluta.”8 A segunda seria expressa por meio do pensamento: “É pelo pensamento que o homem goza da liberdade sem limites, pois o pensamento não admite barreiras. Pode-se deter o seu ímpeto, mas não aniquilá-lo.”9
            A busca pela liberdade absoluta é um anseio historicamente manifestado em diferentes movimentos revolucionários. Contudo, a História revela que os detentores de liberdade ilimitada transformaram-se em opressores que subjugaram pessoas  e nações. O mau uso da lei de liberdade é uma questão de ordem moral geradora de futuras provações.
            Apresentamos como fechamento deste modesto estudo, um resumo das ideias de Allan Kardec – ideias muito lúcidas, diga-se de passagem – a respeito do ideal iluminista, ilustrado em três palavras: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O texto completo do Codificador encontra-se em Obras Póstumas, o qual sugerimos ao leitor leitura atenta e reflexiva.


ABRANGÊNCIA DOS TERMOS LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE SEGUNDO O ESPIRITISMO

 

  • […]. Estas três palavras representam, por si sós, o programa de toda uma ordem social que realizaria o mais absoluto progresso da Humanidade, se o princípio que elas traduzem pudesse receber integral aplicação. […]. 10
  • Considerada do ponto de vista da sua importância para a realização da felicidade social, a fraternidade está na primeira linha: é a base; sem ela não poderiam existir a igualdade nem a liberdade séria. A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade é consequência das duas outras. […]. Tratar alguém de irmão é trata-lo de igual para igual: é querer para ele o que para sim próprio quereria. […].11
  • A fraternidade, na rigorosa acepção do termo, resume todos os deveres dos homens, uns para com os outros; significa devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência. […]. É o oposto do egoísmo. […].12
  • […]. Num povo de irmãos, a igualdade será consequência de seus sentimentos, da maneira de procederem, e se estabelecerá pela força mesma das coisas. Qual, porém, o inimigo da igualdade? O orgulho, que leva o homem em toda parte à primazia e ao domínio, que vive de privilégios e de exceções […]. 13
  • Como já dissemos, a liberdade é filha da fraternidade e da igualdade. Falamos da liberdade legal, não da liberdade natural, que é, imprescindível para toda a criatura humana, desde o selvagem até o homem civilizado. Vivendo como irmãos, com direitos iguais, animados do sentimento de benevolência recíproca, os homens praticarão entre si a justiça. […] A liberdade não oferecerá qualquer perigo, porque ninguém pensará em abusar dela em prejuízo dos semelhantes. […]. 14

            Conclui-se, pois, que a primeira equação aqui proposta (Liberdade, Consciência Moral, Conhecimento do Bem e do Mal, Responsabilidade, Escolhas acertadas) só se efetiva, concretamente, se for completada por outra equação:  a que determina ser a liberdade guiada pela fraternidade e pela igualdade.

Referências Bibliográficas

  1. https://portalfilosofico.com.br/mahatma-gandhi-o-que-e-liberdade/ Acesso em 24 de setembro de 2023.
  2. HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário houiass da língua portuguesa. 1 ed. Rio de Janeiro: Objetiva,2009, p. 526 (verbete consciência).
  3. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra.4 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2013, q. 837, p. 360.
  4. Q. 636, p. 289.
  5. Q. 637-comentário, p. 289.
  6. HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário houiass da língua portuguesa. 1 ed. Rio de Janeiro: Objetiva,2009, p. 1175 (verbete liberdade).
  7. http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm Acesso em 27 de julho de 2017.
  8. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra.4 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2013, q. 826, p. 357.
  9. q. 833, p. 359.
  10. KARDEC, Allan. Obras póstumas. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Primeira parte, item: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, p.307.
  11. p. 308.
  12. p. 307.
  13. p. 308.
  14. p. 309.

 

 

O ESPIRITISMO É O
CONSOLADOR PROMETIDO

 

por José Reis Chaves

 

            Para a Doutrina Espírita, o Consolador é ela própria. Na Bíblia, ele é chamado também de Espírito da Verdade, Espírito Santo, Paráclito e Advogado (João 14:26).
            Há vários exemplos de que o Espírito da Verdade é o próprio Jesus, tanto na Codificação Espírita como na Bíblia: “Eu voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também.” (João 14:3).  Mas Kardec não o afirmou. E Ele avisou a Kardec que o Consolador prometido seria enviado, ou seja, a plêiade de espíritos iluminados transmissores da Doutrina Espírita. Foi o Espírito da Verdade que chefiou os Espíritos iluminados que se manifestaram a             Kardec através de médiuns de cerca de 40 países, o que comprova a universalidade do Espiritismo. Também o ensino evangélico dos espíritos é o mesmo de Jesus.
            Além de outras questões, Kardec demonstrou, de acordo com a Bíblia, que os chamados anjos e demônios mencionados nela não são de outra categoria de espíritos, mas que eles são os mesmos espíritos humanos adiantados (anjos) e os atrasados comumente chamados de demônios (“daimones”). E assim é também nas obras da literatura grega contemporânea dos autores bíblicos, como nas de Platão, Heródoto e outros. Ademais, hoje, isso está mais do que comprovado ao redor do mundo, não sendo só, pois, pelo Espiritismo, que é também ciência.
            E Jesus afirmou que o Espírito da Verdade a ser enviado nos guiaria a toda a verdade, pois não falaria por si mesmo, mas diria tudo que tivesse ouvido (João 16:13), o que confirma que não se trata do Espírito Santo da Terceira Pessoa Trinitária e que Ele, o Espírito Santo, não é Deus tal qual o Deus Pai único, absoluto, incriado, e que existe desde todas as eternidades. Realmente, se Ele não fala por Ele mesmo, então, é porque Ele não é Deus, mas subordinado ao Deus Pai. Aliás, isso vale também para Jesus. E deixemos que Jesus mesmo nos fale mais sobre isso: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito de Verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim.” (João 15: 26). Por essa passagem, o Espírito da Verdade é um, e o Consolador é outro. E, se Jesus é o enviador, o Consolador não é Ele próprio. Esse Consolador é a doutrina espírita, pois Jesus disse que ele, o Consolador, nos fará lembrar de tudo quanto Ele, Jesus, dissera (João 14:26), o que, realmente, acontece com o Espiritismo.
            E isso não ocorreu em Pentecostes, pois não sabemos de nada do que foi dito nele... E podemos concluir que o Espiritismo é mesmo o Consolador prometido, que está e estará conosco, consolando-nos por todas as eternidades futuras...

 

Consolador
2023

 

 

SE SOUBÉSSEMOS

 

            “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Jesus (Lucas, 23 :34)

 

            Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida lhe cobrará, no reajuste do seu destino, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.
            Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a visão, observando o, sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a pena, a fim de não se confiar à acusação descabida.
            Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres.
            Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não perpetraria o delito da indiferença.
            Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação.
            Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.
            Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.
            Perdoa, pois, a quem te fere e calunia.
            Em verdade, quantos se rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.

 

Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel

 

 

LUCROS

 

            “E o que tens ajuntado para quem será?” - Jesus. (LUCAS, capítulo 12, versículo 20.)

 

            Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar. O espírito de lucro alcança os setores mais singelos. Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa. A atualidade conta com mães numerosas que abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas horas do dia, a fim de experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
            Por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga:
            - Que trouxeste?
            O infeliz responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.
            Examinada, porém, a bagagem, verifica-se, quase sempre, que as vitórias são derrotas fragorosas. Não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
            Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio. Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na Crosta da Terra. A consciência inquieta enche-se de nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos ouvidos: Pobre de ti, porque teus lucros foram perdas desastrosas!
            “E o que tens ajuntado para quem será?”

 

Caminho, Verdade e Vida
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel

 

 

SEXO E DESTINO

 

            De: Chico Xavier e Waldo Vieira
            Pelo Espírito: André Luiz
            Editora: FEB

 

            No Rio de Janeiro de meados do século XX, a trajetória de duas famílias – Torres e Nogueira – se entrelaça em tramas repletas de amor, paixão, vaidade, luxúria e ódio, preenchendo existências de tragédia e favorecendo a concretização de obsessões doentias no espírito de jovens e adultos membros das famílias. Auxiliado pela psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, o Espírito André Luiz apresenta o mais denso romance da coleção A vida no mundo espiritual, intercalando reflexões sobre amor e consciência, liberdade e compromisso, culpa e resgate, lar e reencarnação, com respostas sobre o relacionamento sexual humano e a consequência das condutas e experiências sexuais do presente em vidas futuras, sujeitas às leis de causa e efeito que podem delinear todo o destino do ser.

 

 

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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