"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XVIII - N. 215 * Campo Grande/MS * Dezembro de 2023.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           Talvez seja fácil afirmar que não tem nada a ver com os problemas do próximo, mas não sabe o que pode ocorrer no minuto seguinte, porque pode de repente estar na mesma condição dele, mais ainda, lembre-se que tantos já dormiram reis e acordaram vassalos.

 

 

                       

O BEM E O MAL

 

            É de conhecimento da humanidade que o Universo, seus habitantes e tudo que existe foi criado por Deus, a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas; daí, muitas pessoas acham que Ele criou todo o bem e também o mal, sendo esta ideia um grande erro, por ser Deus todo sabedoria, todo bondade e todo justiça, tendo num grau infinito todas essas virtudes, Dele não poderia partir nada que seja mau, injusto ou ininteligente; portanto o mal que notamos não pode ter origem divina.
            Tampouco o mal pode ter origem num ser chamado Satanás, porque assim pensando ele seria tão poderoso quanto Deus, e o Universo teria dois comandos, o que sabemos ser falso pois Deus é o Senhor absoluto de tudo que criou.
Mas, é evidente que o mal existe e é claro que tem uma causa e pode ser físico e ou moral, atingindo toda a humanidade. Há o mal que não podemos evitar, como os flagelos naturais, que devem ser estudados, usando a inteligência que Deus nos deu, para nos prevenir e nos prepararmos para suportá-los.
Os males mais numerosos são, então, aqueles produzidos pelos homens com seus vícios oriundos de seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição da sua cupidez e de todos seus excessos.
            Deus criou suas soberanas leis para reger a humanidade e gravou-as em nosso coração e em nossa consciência, além de mandar-nos seus profetas e Espíritos encarnados para nos alertar a respeito delas, tendo sempre o bem como objetivo, mas o homem ao desobedecê-las, usando seu livre-arbítrio, sofre as consequências, sofrendo o mal inerente à sua falta.
            Por ser Deus todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, donde sairá a cura, pois o excesso desse mal leva o homem a ver a necessidade de mudança de vida e então procurar no bem o remédio. Pode-se dizer ainda que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor e onde não existe o bem, forçosamente o mal impera.
             De Deus, só vem o bem, e apenas do homem procede o mal. Como só do homem vem o mal, só dele pode vir o bem para substituir o mal que ele mesmo criou. Deus houve por bem criar o homem simples e ignorante de tudo, mas deu-lhe a perfectibilidade, a busca da perfeição, daí nesta busca, devido à sua imperfeição o homem acaba infringindo suas leis e criando o mal.
            Com o desenvolvimento da inteligência, o instinto se enfraquece e o homem usando seu livre-arbítrio, estuda e controla suas paixões e vícios cujas raízes encontram-se no instinto de conservação, como nos animais e nos homens primitivos. O Espírito tem por destino a vida espiritual, mas no início, nas primeiras fases de sua existência corpórea, precisa vencer as exigências da matéria e mais tarde, as exigências morais, subjugando a matéria e se aproximando de seu destino final.

                                                                                                          Crispim.


Referência bibliográfica:

  • A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Allan Kardec.

 

 

OFENSAS

 

            Esquecer as ofensas é a medida mais sensata que pode adotar em todas as circunstâncias,
            Se não esquece as ofensas pode estar adotando uma maneira equivocada de viver, porque cultivando esses ressentimentos exacerbados diante do seu mundo íntimo, pode estar criado em si mesmo uma enfermidade que poderá levá-lo mais tarde a sérias complicações de ordem orgânica e psíquica.
            Na verdade estará ingerindo esse veneno derivado da mágoa que irá se interiorizar e minar seu equilíbrio emotivo, porque cada dia ficará mias irritadiço e sem paciência diante dos problemas do quotidiano. Esses são os principais sintomas e extremamente danosos àqueles que se demora nesse estado mental negativo e que não procuram desculpar as ofensas de imediato.
            Além de tudo esse ressentimento alimentado por longo tempo, tem as suas consequências fatais, porque de tanto alimentar esse tóxico, é certo que adquira essa maneira sombria de viver. Não encontrará paz em lugar algum, sempre fará questão de reclamar onde estiver. Como cultiva essas  ideias negativas que ficará permanentemente e se coloca contra o mundo, como se neste recanto do universo só existisse maldade e malquerença.
            Muito embora pense dessa maneira, porém o mundo exterior a vida continua bela e cheia de sol, a terra gira na sua naturalidade há milênios, apesar de existir no seu coração esse clima de revolta contra o mundo e as pessoas.
            Pode ser que tenha sido ofendido gravemente, agora alimentar esses ressentimentos por conta de palavras ou situações. É perder tempo com as opiniões dos outros e nem sempre são verdadeiras, além de que sofrerá muito mais.
            Todas as vezes que levar a sério essas supostas ofensas, sem nenhuma vantagem para ninguém. Além disso, se mostrará menor diante dessas criaturas que o julgam de maneira negativa, emitindo vibrações do mesmo nível daquelas que censura.
            Deve considerar que há mais um agravante, pois que se fazendo acompanhar de inteligências infelizes que o secundarão nesse esforço destrutivo de suas melhores energias, criando vinculo com elas, nem sempre desejáveis. Porque pelo auxilio oculto, julgam-se credoras também de seu apoio para outras empreitadas ou favores, porque estará em constante emissão desses venenos que infestam o ambiente em que vive e alimentam também essas outras criaturas infelizes.
            Ao recomendar Jesus: “que se perdoasse setenta vezes sete vezes”, agiu em favor de todos, para que as ofensas não encontrem acolhidas e não permitam continuar um clima negativo em sua jornada. Aquele que se julga ofendido se precipita num labirinto sem saída e só o fará sofrer.
            Por isso mobilize as melhores energias, para não permita a intromissão do mal em seu coração e viva feliz e como deseja viver, longe das almas que vibram no negativismo sem justificativa. Porque muitos procuram somente aliarem-se ás sombras, como se estivessem de mal com a própria vida – que é o seu maior tesouro.
            Lembre-se que está num campo de provas e pode sair daqui melhor do que quando chegou, aliás,  como pode retornar as mesmas condições e como também  agravar ainda mais os seus problemas, porque retornou a reencarnação com plenas condições de realizar o melhor, de sair desta vida com méritos. Mas se não age de acordo com a proposta de Jesus - que é a mais sábia e conveniente -, lógico que perderá a oportunidade mais importante de sua caminhada, e continuando na retaguarda da evolução.
            Assim que pense bem quando alimenta essas questões negativas, pode porventura ser feliz em algum lugar?
            Porque carrega consigo o que há de mais devastador, chamado ressentimentos, mágoas, que geram a depressão, mania de perseguição. É certo que o seu organismo se ressentirá dessa carga negativa de vibrações que sente, quando pode viver noutro ambiente mais salutar psiquicamente falando.
            Onde pode desenvolver a sua capacidade criadora de amar, de sentir a vida em abundância que há em toda parte, de colher o melhor da vida, de aprender com aquelas pessoas que ama, de ter paz no coração.  Por esses sentimentos não dependem dos outros, mas somente de uma decisão de viver feliz, como também em contrapartida terá a recompensa do bem que espalha.
            Por isso lhe para a vida com alegria e otimismo, esquecendo aqueles dias escuros  para que ano venha perturbar os seus dias de paz.

           
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

SEMPRE O AMOR

 

            A convicção de que o amor constitui o maior sentimento leva o homem a escolher melhor os seus objetivos na vida, porque na realidade aquele ama nada exige de quem ama.
            Quando coloca esse sentimento em favor de alguém, começa a sentir que a vida pulsa de maneira diferente. Porque entra em outra sintonia que o torna melhor, porque entende que o amor nesse sentido superior de entendimento é a sua maior conquista e sob este ponto de vista começa a ver ao próximo. Além disso,  pelo seu grau de importância é que considera o próximo em primeiro lugar.
            Pois entende que dele dependerá o futuro também daqueles a quem auxilia, especialmente se deste mundo não espera recompensa, pois o Pai  vê o que se passa em secreto e o recompensará.
Seu grande objetivo agora é avançar no campo desse sentimento como o  mais relevante de sua caminhada por este mundo.
            De acordo com o que propõe Jesus ninguém pode fugir desse grande compromisso de amar ao próximo, pois quanto mais o ama, mais perto sentirá da realidade do Espírito.  Quanto mais elevado é o espírito, mais ama, porque já está num grau superior de entendimento e da razão.
            Não espera muito dos valores do mundo, porque já é capaz de entender que o amor é o mais importe recurso e como também qual o seu maior objetivo no mundo. Pois fora chamado para estagiar neste planeta que é ao mesmo tempo - presídio e escola -, e através das sucessivas encarnações o colocará na senda libertadora, onde aprenderá as noções básicas do amor e da caridade.
            Amar quer dizer combater os exagerados apegos que o mantém preso a paixões inferiores e muitas vezes até sem sentido, pois esse conhecimento levará o homem as suas maiores conquistas, por fim compreenderá que o futuro depende de sua decisão em avançar no campo dos bons sentimentos.
            Por isso  quanto socorre aqueles que mais sofrem, mais compreende a dimensão da vida e  favorecendo-o retira o combustível para se orientar para um mundo mais feliz, além de que viverá com maior qualidade de vida. Pois o amor sempre afasta os fantasmas criados pelo orgulho e pelo egoísmo. Áulus.

 

Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

A BÍBLIA: INFORMAÇÕES BÁSICAS

 

            O conhecimento dos textos bíblicos comporta um universo de informações nem sempre acessíveis ao principiante. Há, nas boas universidades, cursos a respeito do assunto, sem falar nos estudos realizados usualmente nas diferentes escolas religiosas. No âmbito deste tema, o intuito é disponibilizar esclarecimentos básicos aos interessados, sem maiores aprofundamentos ou reflexões. Com Emmanuel, porém, podemos afirmar o que as Escrituras Sagradas devem representar para todos nós:

            A Bíblia reúne o Trabalho Santificador e a Coroa da Alegria.
            O Profeta é o Operário. Jesus é o Salário na Revelação Maior. Eis porque, com o Cristo, se estabeleceu o caminho, depois da procura torturante. E é por esse caminho que a alma do homem se libertará da Babilônia do mal, que sempre lançou o incêndio no mundo, em todos os tempos. A Bíblia, desse modo, é o divino encontro dos filhos da Terra com o seu Pai. Suas imagens são profundas e sagradas. De suas palavras, nem uma só se perderá [...].

            O conhecimento a respeito da Bíblia é também importante para contextualizar o aprendizado, no tempo e no espaço, mantendo-se sempre o foco no programa O Evangelho Redivivo:

            A palavra Bíblia em português deriva do vocábulo biblion, que significa “rolo” ou “livro”. (Embora biblion seja realmente um diminutivo de biblos, ela perdeu este sentido no NT [...]). Mais exatamente, um biblion era um rolo de papiro ou biblo, uma planta semelhante a uma taquara, cuja casca interna era secada, para se tornar uma matéria de escrita de uso generalizado no mundo antigo.
            A palavra Bíblia vem do grego bíblia, que significa ‘livros’ [...] e tendo estabelecido que Bíblia é “um conjunto de livros”, prefacia um tratamento que começa  no mundo antigo e vai avançando no tempo. Raramente essas obras começam no momento presente, e embora a maioria das pessoas associe a Bíblia às igrejas cristãs (mais raramente ao judaísmo), logo percebem, quando começam a se interessar pela Bíblia, que existe uma variedade desconcertante de traduções e que até o conteúdo pode variar de uma para outra.

            Em termos de informação histórica, é válido registrar que ainda existem cerca de 1.825 cópias dos textos, em seguida indicados, e os locais onde se encontram guardados: 1) Manuscritos gregos – Alef ou Sinaítico (séc. IV) – Museu Britânico/Londres-Inglaterra; Alexandrino (séc. V) – Museu Britânico; Vaticano (séc. IV) – Museu do Vaticano/Roma-Itália; Éfrem (séc. VI) – Biblioteca Nacional de Paris/França; Beza (séc. VI) – Universidade de Cambridge/Inglaterra; Claromontano (séc. VI) – Biblioteca Nacional de Paris; 2) Manuscritos latinos, na forma de vetus latina, isto é, da primitiva tradução anterior a Jerônimo, preservados até os dias atuais são: Vercellensis (séc. IV) – Catedral de Vercelli (Piemonte – Itália); Veronensis (séc. V) – Biblioteca de Verona/Itália; Colbertinus (séc. V) – Biblioteca Nacional de Paris; Beza (séc. V) – Universidade de Cambridge/Inglaterra; Palatinus (séc.V) – Biblioteca Nacional de Viena/Áustria; Brescianus (séc. VI) – Biblioteca de Brescia/Lombardia-Itália; Claromontanus (séc. IV/V) – Biblioteca do Vaticano, Nº 7.223; 3) Manuscritos da Vulgata: há cerca de 2.500 cópias, sendo que os manuscritos mais antigos datam dos séculos VI e VII 370 e se encontram na Basílica de São Pedro em Roma e no Museu Vaticano. Em Florença-Itália há, igualmente cópias desse manuscrito.

            Todos esses manuscritos são genericamente denominados códices, isto é, um conjunto de páginas ou textos isolados que foram agrupados e costurados. Em cada uma dessas páginas há uma margem denominada códice, onde os antigos faziam anotações.
            Resumimos, em seguida, outras informações básicas necessárias ao estudo inicial do assunto e úteis para a elaboração e a aplicação dos conteúdos do programa O Evangelho Redivivo.

            1) Tipos de Bíblia. É difícil precisar quantos livros sagrados existem no mundo, devido ao número e variedade de religiões. Contudo, em termos das religiões reveladas, podemos enumerar três bíblias: a judaica, a cristã e a islâmica, conhecidas, respectivamente, por Torah, Bíblia cristã e Alcorão. São livros nos quais estão registradas as Escrituras Sagradas, base utilizada para construir as práticas de cada religião. A Bíblia hebraica e a cristã guardam semelhanças entre si, ainda que os manuscritos bíblicos que sobreviveram ao tempo revelam discordâncias, sobretudo quanto à ordem e o conteúdo dos livros.
No que diz respeito ao Alcorão, há algumas semelhanças e inúmeras diferenças quando comparado à Bíblia hebraica e à cristã. Personagens como Adão, Noé, Abrão, Moisés, Aarão, Jesus e Maria aparecem no Alcorão, mas há discrepâncias quanto aos relatos localizados nas outras Bíblias. A principal diferença diz respeito a Jesus que, no Alcorão, é considerado um grande profeta, predecessor de Maomé. Em nenhuma situação Jesus é reconhecido como filho de Deus ou como o Messias. A Bíblia judaica também não aceita Jesus como o Messias.

            2) Cânon bíblico. É o conjunto de livros que compõe a Torah, a Bíblia cristã e o Alcorão. Cada uma dessas bíblias comportam um número específico de livros canônicos e de livros apócrifos. Para fins deste estudo, vamos nos deter mais nos assuntos relacionados às Bíblias judaica e cristã.
» Cânon (do grego Kanon, “régua”, “cana”, “vara”, ou “regra”). É palavra que se aplica em diferentes contextos: a) como peça de madeira ou outro material usada pelos pedreiros e carpinteiros para nivelar uma obra; b) tudo o que serve para regular alguma coisa, referindo-se, portanto, a um modelo, padrão ou regra. “[...] No uso grego, a palavra “cânon” parece ter primeiramente denotado apenas a lista de escritos sagrados, mas, no latim, também se tornou nome para as próprias Escrituras, o que indicava que as Escrituras são a regra de ação investida com a autoridade divina [...].”No cristianismo, o termo “cânon” refere-se a um grupo de livros reconhecidos pela igreja primitiva como regra de fé e prática [...].”
» Apócrifo, livros apócrifos. “A palavra apócrifo é derivada do grego ta apokrypha, as coisas “ocultas”, embora não haja nenhum sentido rigoroso no qual estes livros estejam ocultos [...].” Em outras palavras, são livros ou textos que não fazem parte do cânon bíblico das igrejas.

 

Livro Evangelho Redivivo
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

 

            MEU BOLETIM


            Esta sala de aula me faz lembrar à antiga onde tinha como dever aprender.
            Ah minha professora de Português, quanta saudades.
            Aqui quero te confidenciar algo, tudo o que a senhora fazia era tão bom e bem feito,
            Somente eu era o defeito.
            Lembra-se daquele verbo? Que horror o verbo; ainda escolhestes o verbo amar para o meu castigo suponho. Toda feliz apontando o dedo para o coração a senhora iniciava a conjugação Eu amo e com o dedo em riste porem com ternura me buscava tentando me tirar do meu esconderijo, da distração, da desatenção e o dedinho gordinho me incentivava a dizer...
            Tu? Tu?
            Ah professora tu ainda, que levado e danado e rebelde e distraído não ama. Mas aprendi que o Verbo Divino estatuiu : Amar eis a questão! É Lei professora. E também aprendi que há outra Lei, Lei da Reencarnação e que voltarei e aprenderei a amar e também a conjugar com presteza.
            Mas veja o que quero te confidenciar, a senhora fez tudo o que podia ,mas, o boletim no final era de um colorido sem igual e para completar com letras gigantes e ainda em vermelho a palavra sinalizando REPROVADO.
            Veja só a complicação, meus pais tinham por hábito, todo Natal naquela árvore gigante enfeitar com nossos boletins, lá no alto a Estrela Guia, sabe o que estava desta vez no seu lugar?
            Meu boletim como enfeite. Meus irmãos, todos felizes para pegar os presentes, tudo ficou vazio e chegou a minha hora de pegar o meu, mas onde estava? Minha mãe e meu pai com firmeza seguravam minhas mãos e num só coro entoaram esta canção: teu presente meu querido filho olhe para cima, pegue-o!
            Meu boletim?!
            Lição inesquecível... Meus pais me castigaram? Lógico que não, lição belíssima de responsabilidade.
            Obrigada professora e neste dia solene quero aqui te pedir ore pelos alunos dispersos, levianos, distraídos, descomprometidos bem como pelos professores para que tenha amor, bondade, tolerância neste ano letivo que se inicia.             Educação, caminho seguro para a edificação.
            . E aqui proponho educar-me, esmerar-me para que a minha estrela me guie e brilhe.

 

Cesfa
Campo Grande/MS.

 

 

Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Lei de Ação e Reação

 

A POMBA E A FORMIGA

 

            Corria pela floresta um rio caudaloso de águas claras. Em cima de uma folha, na margem, estava uma formiga. Ela estava com sede e se inclinou para beber água, mas se desequilibrou e caiu dentro do rio.
            A pequena formiga foi levada pela correnteza e não conseguia mais voltar para terra firme. Assustada, ela pediu:
            – Meu Deus, me ajude!
            No céu, uma pomba que voava avistou a formiga e percebeu que ela se debatia. A pomba se solidarizou com o inseto e jogou um pequeno galho na água, próximo da formiga, que logo subiu no galho e conseguiu voltar para a margem em segurança.
            Em terra firme, recuperando-se do cansaço e do susto, a formiga olhou para o céu e em pensamento agradeceu a Deus por ter-se salvado. Ela também endereçou sua gratidão à pomba, que se fez instrumento de Deus para ajudá-la.

            O tempo passou e um dia, quando a formiga estava cortando folhas de um arbusto da floresta, aproximou-se um caçador prestes a caçar um pombo, com uma rede.
            Sentindo seu coração comovido e com vontade de ajudar aquela ave em apuros, a formiga não perdeu tempo e picou com força o caçador.
            A ferroada fez o homem dar um grito, e o pombo percebendo, então, a presença dele, voou para longe salvando-se do perigo.
            A formiga, depois da picada, caiu na terra e correu para se esconder. Ela apenas ouviu o bater das asas do pombo e ficou muito feliz por ter conseguido ajudá-lo.
            Ela não sabia, mas havia acabado de ajudar o filhote daquela pomba que a salvara. A pomba ao socorrer a formiga também não sabia que aquela pequena criatura salvaria seu filho um dia.
            A pomba e a formiga não fizeram nada por interesse próprio, apenas aceitaram ser instrumentos de Deus para ajudar o próximo.
            Mas, se elas não sabiam de nada, Deus sabia de tudo e as retribuiu com bênçãos de felicidade e vida. É assim que age nosso Pai Criador. Fazendo o bem é que colhemos o bem.

            Felizes são aqueles que se fazem instrumentos de Deus.
            (Adaptação do texto extraído do site www.culturagenial.com)

 

O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2022

 

 

A PRESENÇA DE JESUS EM NOSSA VIDA!

 

            O mês de dezembro evoca-nos lembranças agradáveis. O ambiente parece renovado, leve e propício à paz.
            Não obstante os conflitos externos e o caos que teimam em imperar nas relações humanas, intimamente nos sentimos envolvidos por proteção espiritual elevada, que nos faz nutrir sentimentos, pensamentos e vibrações de solidariedade e bem-estar.
            Nesse período, ficamos dispostos a olhar para o semelhante como irmão, merecedor de atenção e acolhimento.             Recordamo-nos dos ensinos do Evangelho e lembramo-nos de passagens que sugerem a prática do bem e o entendimento na relação com o próximo.
            Manuel Quintão1 afirma que o “Consolador é a onipresença de Jesus na Terra.” O contributo do Espiritismo está em divulgar a mensagem evangélica na sua essência e destacar a imperiosa necessidade de se vivenciar as lições do Cristo no cotidiano de nossas existências. Cada um fazendo o que for possível, o que estiver ao seu alcance, sem exigir nada além do que pode doar de si mesmo. O Divino Amigo espera que cada um faça a sua parte. Basta pouco para fazermos a diferença em benefício do próximo, seja amigo ou familiar, conhecido ou desconhecido.
            O Natal tem valioso significado para nós, aprendizes do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita. Um novo olhar, para além do material e comercial, do Papai Noel e do utilitarismo, precisamos vislumbrar.
Ao refletir sobre o significado do Natal, pensei no exercício que os poetas fazem para expressarem suas ideias por meio do acróstico.
            Nascimento do Cristo no coração de cada um. Renascimento em cada novo dia de existência aqui na Terra e dos que habitam outras paragens. Disposição para recomeçar quantas vezes forem necessárias e cada vez mais assertivamente para que a experiência tenha valido a pena. Sentir a presença do Cristo na intimidade, reconhecendo que somos deuses e podemos muito, se nos alinharmos com os propósitos superiores das Leis Divinas, por meio de atitudes e comportamentos que se coadunem com a ética e a moral, a conferir dignidade humana a todos os seres de boa vontade.
            Amor, a traduzir-se no olhar de Deus sobre nossas vidas, como nos ensina o filósofo espírita Léon Denis2, desejando registrar que nunca estamos sozinhos na caminhada evolutiva. A Paternidade Divina vela por todos os seus filhos, sempre lhes ofertando o melhor, em consonância com o merecimento e a necessidade de cada um. O amor é a palavra de ordem e de sensibilidade no automatismo do cumprimento da Lei Maior que rege as relações harmoniosas entre todos e tudo na Natureza. Por isso, o mandamento maior expressa-se no verbo amar e no substantivo amor: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Se houver dúvida, Jesus esclarece: “um novo mandamento vos dou, o de que ameis uns aos outros como eu vos amei.” Jesus é nosso guia e modelo, Mestre e Senhor, e seu Evangelho, o nosso GPS
            Tolerância é o convite ao entendimento universal, à compreensão do comportamento alheio, sem preconceitos nem julgamentos. É o requisito da paz e da fraternidade, culminando na tríade que fundamentou a missão de Allan Kardec: Trabalho, solidariedade e tolerância. Integra o conceito de caridade, conforme a entendia Jesus, por meio do vocábulo indulgência.3
            Alteridade consiste na consideração pelo próximo, por seus interesses e vontade, respeitando suas ideias e liberdade de ação e de pensamento, sem coerção de qualquer natureza. Trata-se do respeito ao direito do outro, independentemente de partido, religião, filosofia, gênero e classe social.
            Libertação das amarras do passado infeliz, de erros pretéritos e de preconceitos característicos do homem velho que demanda renovação. Descobrimento da verdade imortal e absoluta que sacia a sede espiritual da criatura para todo o sempre. Concessão ao Espírito em estado de plenitude, no usufruto de suas conquistas individuais pelo esforço e aplicação, abnegação (renúncia a si mesmo) e devotamento (doação ao próximo).
            É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim.4
            Eis o significado do Natal: a presença de Jesus em nossas vidas, materializada em gestos simples de caridade, ofertados aos irmãos de caminhada evolutiva em todos os dias de existência no abençoado planeta que nos serve de morada, escola, hospital e oficina de trabalho.

 

Referências:
1 QUINTÃO, Manuel. A poesia perdida. In: XAVIER, Francisco Cândido. O espírito da verdade. Por Espíritos diversos. Brasília: FEB, 2018.
2 DENIS, Léon. A vontade. In: _____. O problema do ser, do destino e da dor. Brasília: FEB, 2018.
3 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Brasília: FEB, 2018. Q. 886.
4 XAVIER, Francisco Cândido. Antologia mediúnica do Natal. Por Espíritos diversos. Brasília: FEB, 2014. Cap. 7.

 

Editorial
FEB

 

 

O BATISMO DE JESUS E A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES

 

Altamirando Carneiro

 

            O kibutz Kinneret ficava próximo ao local em que o Rio Jordão deixa o Mar da Galileia (mais um lago que propriamente um mar) seguindo o seu curso sinuoso rumo ao Mar Morto.
            Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, “kibutz” é, em Israel, um estabelecimento agrícola de caráter coletivo. Os primeiros kibutzim criados pelos sionistas socialistas a partir de 1909 possuíam características militares e agrícolas; após 1948, os kibutzim constituíram um setor de ponta da agricultura israelense; são, hoje, um setor minoritário.
Foi no Rio Jordão que aconteceu o batismo de Jesus, que está registrado no Evangelho de Mateus (3:13 a 17) e em Marcos (1:9 a 11), Lucas (3:21 a 22) e João  (1:32 a 34):

            Batismo de Jesus – Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim? Jesus, porém, respondeu-lhe: Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça. E João consentiu. Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele. Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

            Sobre o registro: O Espírito de Deus descendo como uma pomba, vindo sobre Jesus, foi um Espírito Superior que se manifestara ali, vindo como uma pomba e não em forma de pomba, pois os Espíritos superiores não se materializam em forma de animais.  
Há referências nos versículos 11 e 12 do   capítulo 3 de Mateus. Encontram-se também referências em Marcos (1:7 a 8), Lucas (3:15 a 17) e João (1:19 a 28):

            Pregação de João Batista: Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo. A pá está na sua mão: vai limpar a sua eira e recolher seu trigo no celeiro: mas, quanto à palha, vai queimá-la num fogo inextinguível.

            Jesus deixou-se batizar porque era uma prática utilizada por João Batista e Ele não viera para derrogar nenhuma lei, nenhum costume.  O batismo também foi uma forma pela qual Jesus se deu a conhecer. João Batista nasceu seis meses antes de Jesus; portanto, João era seis meses mais velho, mas Jesus tinha mais vivência, um Espírito de maior evolução do que seu primo João Batista.

            A multiplicação dos pães e dos peixes - No Vale de Genesaré,  nas cercanias da pequena cidade de Tabga, havia a Igreja do Heptágono que, segundo a tradição, foi o local onde houve a multiplicação dos pães e dos peixes, ou seja, em que cinco pães e dois peixes foram suficientes para saciar a fome de 5 mil pessoas. Houve duas multiplicações: A primeira é narrada em Mateus (14:13 a 21), Marcos (6:30 a 44) e João (6:1 a 14); a segunda é narrada em Mateus (15:32 a 39) e Marcos (8:1 a 10).
            No livro A Gênese, de Allan Kardec, destacamos alguns trechos, inseridos no capítulo 15: Os Milagres do Evangelho, item 48:

            Allan Kardec esclarece que a maioria das pessoas sérias viu nessa narrativa, ainda que numa forma diferente da comum, uma parábola que compara o alimento espiritual da alma  ao alimento do  corpo.
(...) Sabe-se que uma grande preocupação de espírito ou a atenção fixada sobre um assunto fazem esquecer a fome. Ora, aqueles que seguiam a Jesus eram pessoas ávidas de ouvi-lo; nada há de espantoso que, fascinados por sua palavra e talvez também pela poderosa ação magnética que ele exercia sobre seu auditório, não sentissem necessidade material de comer.
            (...) Ao lado do sentido alegórico moral, ele pôde produzir um efeito fisiológico natural, muito conhecido. O prodígio, neste caso, está na ascendência da palavra de Jesus, bastante poderosa para cativar a atenção de uma multidão imensa, ao ponto de fazê-la esquecer de comer. Este poder moral testemunha a superioridade de Jesus, muito mais que o fato puramente material da multiplicação dos pães, que deve ser considerado uma alegoria. (*)

            (*) É simplista esta interpretação de um fenômeno citado por todos os evangelistas, a qual não explica o fato de ter havido sobra dos alimentos, depois do atendimento prestado à multidão. A análise feita por Cairbar Schutel é, sim, coerente com o fato. E não podemos ainda esquecer que Eliseu produziu prodígio semelhante. (Nota da Redação.)

 

Consolador
2023

 

 

ANTE O OBJETIVO

 

            “Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição.” Paulo (Filipenses, 3 :11)

 

            Alcançaremos o alvo que mantemos em mira:
            O avarento sonha com tesouros amoedados e chega ao cofre forte.
            O malfeitor comumente ocupa largo tempo, planificando a ação perturbadora, e comete o delito.
            O político hábil anseia por autoridade e atinge alto posto no domínio terrestre.
            A mulher desprevenida, que concentra as ideias no desperdício das emoções, penetra o campo das aventuras inquietantes.
            E cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo.
            O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a paz.
            O delinquente, para efetuar a falta que delineia, avilta o nome.
            O oportunista, para conseguir o lugar de mando, muitas vezes desfigura o caráter.
            A mulher desajuizada, para alcançar fantasiosos prazeres, abdica, habitualmente, o direito de ser feliz.
            Se impostos tão pesados são exigidos na Terra aos que perseguem resultados puramente inferiores, que tributos pagará o espírito que se candidata à glória na vida eterna?
            O Mestre na cruz é a resposta para todos os que procuram a sublimidade da ressurreição.
            Contemplando esse alvo, soube Paulo busca-lo, através de incompreensões, açoites, aflições e pedradas, servindo constantemente, em nome do Senhor.
            Se desejas, por tua vez, chegar ao mesmo destino, centraliza as aspirações no objetivo santificante e segue, com valoroso esforço, na conquista do eterno prêmio.

 

Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel

 

 

SANTIFICADO SEJA O TEU NOME

 

            O apostolado de Jesus foi uma constante santificação do nome de Deus. Por isso, o Mestre não se limitou a dizer «Santificado seja o teu nome», na oração dominical.
            Procurou, ele mesmo, louvar o Pai Celeste, distribuindo o contentamento e a paz, com todos.
            Se ele quisesse, poderia ter permanecido isolado, em algum lugar de sua predileção, para viver em pensamentos sublimes, glorificando o Todo-Poderoso com as suas meditações e com as suas preces, mas o Benfeitor Divino sabia que a mais elevada maneira de santificar a Eterna Bondade é auxiliar os outros, para que os outros também compreendam que             Nosso Pai do Céu vive interessado em nossa elevação e em nossa felicidade.
            Assim entendendo, Jesus amparou os velhos e as crianças, os necessitados e os doentes, os fracos e os sofredores, amando e ajudando sempre.
            Santificando as suas relações com Deus, espalhou a esperança e a caridade na Terra, enriquecendo os homens de fraternidade e alegria.
            Tudo o que temos, tudo o que vemos, tudo o que recebemos e sentimos pertence a Deus, Nosso Pai, que tudo engrandece e aperfeiçoa, em nosso benefício. Por essa razão, devemos lembrar que estaremos santificando o nome de Deus sempre que estivermos realizando o melhor que possamos fazer.

 

Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

 

 

LAÇOS ETERNOS

 

            De: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
            Pelo Carlos Antônio
            Editora: Vida e Consciência

            Entre cenas do século 18 e da atualidade, em Laços Eternos é narrada a trajetória dos acertos e desacertos de pessoas que se unem por sentimentos de amor e ódio. Neste romance, você aprenderá que a vida usa a reencarnação para nos aproximar das pessoas e abrir nossas mentes para as verdades do espírito. E que, à medida que nossas almas amadurecem, conseguimos perceber que somente o amor permanece pela eternidade como laço indestrutível.

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado nº 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.