TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA
Fala-se muito em reforma íntima, ou transformação íntima, e a gente fica se perguntando como pode se dar essa mudança, ou até mesmo o que seria isso?
Comecemos citando o projeto Manoel Philomeno de Miranda, baseado na veneranda Joanna de Ângelis: transformação íntima, entre outras coisas significa resolver as indecisões e dúvidas pela adoção de propostas felicitadoras.
Joanna ensina que os conflitos de uma ou outra natureza, podem vir de ação telepática de adversários ou vítimas desencarnadas, instilando as lembranças de acontecimentos infelizes que viveram outrora e o ser, não sabendo superar as frustações, grava-as no inconsciente, tornando-se vítima, fugindo para os mecanismos da irresponsabilidade quando se vê com dificuldade e enfrentamentos.
Comportamentos instalados nos painéis do inconsciente voltam no ser em forma de impulsos tormentosos, e o ser, adaptado a esses fenômenos automáticos, nem sempre tem forças morais para superar a limitação; resta a ele, trabalhar pelo aprimoramento interior, dessa forma, a superação dos conflitos dar-se-á mediante o esforço enorme dele.
Tal transformação íntima é chamada, pelo ilustre Espírito Emmanuel, de burilamento íntimo, e antes de atingi-lo, precisamos não esquecer as disciplinas que lhe antecedem a formação e cultivarmos o hábito, quais sejam: ser fiel ao desempenho dos próprios deveres, auxiliar a outrem sem esperar recompensa, aperfeiçoar as palavras que emitimos, desculpar incondicionalmente todas e quaisquer ofensas, nunca prejudicar quem quer que seja, buscar sempre as boas partes das situações e das pessoas, procurar sempre o bem, e ter disposição de realiza-lo, nunca se desesperar, considerar os outros, sejam quais forem, nossos irmãos, filhos de Deus e que constituem conosco a família da humanidade.
Visando ao amadurecimento da humanidade, o insigne Allan Kardec, perguntou ao luminares, qual a mais meritória de todas as virtudes, e na questão 893 de O Livro dos Espíritos, eles responderam: - Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.
Crispim.
Referências bibliográficas:
- Consciência e Mediunidade. Projeto Manuel Philomeno de Miranda.
- Momentos de Saúde e de Consciência. Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco.
- Iluminação Interior. Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco.
- Ceifa de Luz. Emmanuel/Chico Xavier.
TRABLHE E SEJA DIGNO DO SALÁRIO
Quando está enfermo deve procurar um médico. Quando se está em desequilíbrio procure a terapia da oração para se ajustar ao tom da própria vida para que esta lhe proporcione euforia e felicidade. Quando não encontra motivação para viver, visite um hospital que terá a bênção de reconhecer as vantagens que tem e não percebe.
Quando a dor bate a sua porta, reconheça de imediato que deve tomar providências e buscar o lenitivo que cure o seu abatimento físico ou moral. A dor muitas vezes se apresenta sob um aspecto de muito rude, mas de outro lado, às vezes ela é o único remédio que o Pai se serve para chamar a realidade os filhos amados.
Especialmente aqueles que não se portam com dignidade diante da lei do amor e da caridade. Por isso encare o sofrimento como um aviso da divina providência para que tome uma atitude convincente diante da vida e com isso irá aos poucos debelando o mal que o aflige.
Quando sinta que todas as situações se apresentem sem solução em curto prazo, mesmo assim lute para se manter na linha de frente. Examine e pense profundamente em seus problemas sem compaixão de si mesmo. Além do mais, consulte a sua consciência, pois a batalha não está perdida, mas simplesmente começando a pender para o seu lado. Talvez a adversidade do caminho queira lhe mostrar a solução para os problemas que enfrenta e naturalmente que depende de sua decisão, mais do que qualquer outro fator.
Considere que existe neste exato momento milhões de pessoas com problemas difíceis até mais grave deste que enfrenta no momento. Mas mesmo assim, perceberá que tantas pessoas se mantêm com elevado senso de otimismo, esperançosos e confiantes com a certeza mesmo que encontrarão uma solução para resolver os seus problemas.
Por isso, por mais difícil pareça o caminho, mantenha-se uma posição de otimismo, porque mais cedo ou mais tarde irá resolvê-los.
Também resolverá os seus problemas. Assim por maiores que sejam as suas dificuldades comece a trabalhar logo, aliás, trabalhe muito, confie e ame mais, confie e com aquela certeza que o Pai já o amparou muitas vezes, certamente que desta feita não o abandonará. Trabalhe e confie. Áulus.
Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
FELIZ DESCOBERTA
É difícil às vezes avaliar o caminho percorrido, onde a dor, o sofrimento, a miséria foram os únicos argumentos para despertar aquele coração endurecido para realidade. Justamente naqueles momentos de amarguras, é que fora aprender as lições mais importantes, porque vieram à tona aquelas imperfeições que há tanto tempo morava no âmago do seu ser.
Diante da crise que sobreveio teve tempo para refletir maduramente. Afinal o que fizera da vida? Nesse momento que a enfermidade se fez presente, pode ouvir os seus familiares com paciência e resignação, algo que antes não tinha tempo. Não foi sem susto que ouviu depoimentos de tantos pormenores que tocavam nas dependências mais secretas do seu coração.
E junto a essas informações que recebia nesses momentos de reclusão, pode dissecar o campo intimo e observar com uma luneta mágica tantas atitudes infelizes que praticaram sem se abalar, realidade esta que seria impossível em outros tempos, mas, enfim devia curvar-me diante daquela evidência.
Tanta coisa que supunha esquecida na noite dos tempos renasceu numa manhã em que julgara que não tinha mais caminho. Apesar de tudo, fora extremamente importante reconhecer esses detalhes que darão, com certeza, mais condições de compreender o quanto está distante de reconhecer os próprios erros, justamente quando julgava que tinha até conhecimento de sua conduta.
Esse trabalho de reforma intima já começara, porque já reconhecia como uma necessidade essencial de mudar a maneira de olhar o mundo. Especialmente depois que compreendeu que o futuro só depende dos esforços que faça no roteiro está traçado indicando o caminho para a felicidade, só dependia do seu querer.
Agora percebia que até sofrer por uma grande causa é importante. Já tem em mente uma agenda mais definida do que realmente interessa na vida e qual o dever ser a maior preocupação que esteja de acordo com o que espera...
Olhando para o passado, percebe como demorou tanto para reconhecer os seus erros, sempre uma força poderosa dominava a sua mente e o seu coração, que sequer supunha que existisse, nem morava tão perto, como seria de esperar. Não adivinha?
Declarou que era dois – o orgulho e o egoísmo -, estes sentimentos dominavam-no, sem perceber, mas somente uma grande dor moral e que colocou a descoberto essas chagas, que sugavam as suas melhores energias.
Nessa altura de sua vida estava consciente desses graves defeitos, não mais poderia deixar-se levar, porque estavam alojados de maneira tão sutil na sua alma e que fazia até uma ideia lisonjeira sobre si mesmo.
Porém quando descobriu foi uma tremenda decepção, porque existia sem que ele soubesse os germes desses defeitos do coração humano. Porque com muito custo conseguiu perceber que na verdade havia intenção de predominar a qualquer custo, queria ser o centro das atenções, quando contrariado, ficava possesso e quando surgiam problemas atribuía aos outros.
Além do mais reclamava que não reconheciam as suas qualidades, além do mais colocava no seu currículo tantas virtudes que hoje até se envergonha.
Mas um dia finalmente se reconhecia na mais extrema miséria moral.
A verdade que ouvira certos comentários sobre suas atitudes que ficava pasmo. Outras até de menor importância, mas imaginava que não eram verdades, porque no fundo considerava- se uma pessoa simples, sensata, de quem ninguém tinha o que falar, acima de qualquer suspeita, aliás, contribuíra muito com o seu saber e seu dinamismo para bem dos outros.
Ao perceber hoje que nada daquilo era verdade, mas para reconhecer isso teve que ficar no fundo do poço literalmente, esquecido e abandonado por todos, pois que não se imaginava dominado pelo orgulho e o egoísmo. Áulus.
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
MEDIUNIDADE, METAPSÍQUICA
E PARAPSICOLOGIA
Os fenômenos psíquicos (do grego psyché: alma, espírito), estudados pelo Espiritismo, pela Metapsíquica e pela Parapsicologia têm como agente o Espírito, ser humano sensível e inteligente.
Para a Doutrina Espírita, tais fenômenos, considerados naturais, são de duas categorias: os mediúnicos e os anímicos (emancipação da alma).
Os primeiros são intermediados pelos médiuns: “médium é toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo[...].” Mediunidade é a faculdade psíquica que os médiuns possuem, manifestada de forma mais ou menos intensa, e por meio de uma variedade significativa de tipos (videntes, psicógrafos, audientes, musicistas, de cura, etc.). A prática mediúnica é denominada mediunismo. Na segunda categoria, ainda segundo o Espiritismo, temos os fenômenos anímicos (do grego, anima = alma) ou, mais propriamente, de emancipação da alma. São produzidos pelo próprio Espírito encarnado que, nesta situação, não age como intermediário ou intérprete do pensamento dos Espíritos. Partindo-se do princípio que todo ser humano é médium, o Espírito André Luiz assim conceitua animismo — ou prática dos fenômenos anímicos: “[...] conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação.” E mais:
Temos aqui muitas ocorrências que podem repontar nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual [perispírito] pode efetivamente desdobrar-se e atuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico.
A Metapsíquica ou Metapsiquismo indica, segundo a Psicologia, “um corpo de doutrinas, sem base no método científico, que se funda na aceitação da realidade dos espíritos, fenômenos espiritistas, criptestesia, etc. A parapsicologia é uma tentativa de aplicação dos métodos científicos a esses fenômenos, usualmente inexplicados”18 [para a Psicologia].
A Metapsíquica foi fundada por Charles Robert Richet (1850–1935), médico francês e Prêmio Nobel de Medicina em 1913, como conclusão dos seus estudos com médiuns e, sobretudo, com pacientes obsidiados, portadores de distúrbios mentais, conforme consta em sua obra Tratado de metapsíquica. Richet definiu a Metapsíquica como “[...] ciência que tem por objeto a produção de fenômenos mecânicos ou psicológicos devidos a forças que parecem ser inteligentes ou a poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana.”
Classificou os fenômenos metapsíquicos, com base no estudo da mediunidade, em Metapsíquica Subjetiva e Metapsíquica Objetiva, tendo como referência, respectivamente, a mediunidade de efeitos físicos e a de efeitos inteligentes, da proposta espírita de Allan Kardec.
A Metapsíquica Subjetiva abrange os fenômenos telecinéticos, palavra derivada de telecinesia (do grego, tele e kinese = mover à distância), significa “capacidade de mover fisicamente um objeto com a força psíquica (da mente), fazendo-o levitar, mover-se ou apenas ser abalado pela mente.”20 Esses tipos de fenômenos metapsíquicos são denominados pela Parapsicologia como TK (telekinesis) ou PK (psicokinesis). Para Richet e seguidores, a telecinesia é possível porque o indivíduo mobiliza, de forma inconsciente, energias fisiológicas (fluido vital) que impregnam um determinado objeto, movendo-o.
A telecinese seria uma exteriorização do psiquismo inconsciente.
Atualmente, a telecinesia é estudada de acordo com a metodologia científica, de forma que parapsicólogos e cientistas já obtiveram alguns bons resultados, como os estudos realizados na ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) com a dona de casa russa Nina Kulagina que, durante muitas décadas foi estudada e testada por vários parapsicólogos e cientistas em geral, os quais concluíram que ela realmente possuía telecinese, além de outros poderes paranormais — como clarividência. Nos estudos, registraram que quando Nina realizava telecinese, ela passava por mudanças físicas extremamente aceleradas e alteradas nos batimentos cardíacos (chegava a 240 por minuto), ondas cerebrais e campo eletromagnético. Em 1990, enquanto ela realizava uma suposta demonstração telecinética, acabou morrendo por ataque cardíaco.
A Metapsíquica Objetiva refere-se a uma classe de fenômenos denominados criptestesia, termo criado por Richet, para especificar o conhecimento que algumas pessoas obtêm de acontecimentos ou fatos, presentes e futuros, por intermédio da percepção paranormal, isto é, sem ação dos órgãos dos sentidos. Nessas condições, a pessoa estaria sob efeito de estímulos psíquicos e anímicos, ainda não suficientemente explicados pela Ciência.
A Metapsíquica Objetiva é nomeada pela Parapsicologia como Percepção Extrassensorial, ou PES, expressão cunhada por Joseph Banks Rhine, professor da Universidade de Duke, estado de Virgínia, nos Estados Unidos da América, e fundador da Parapsicologia.
No século XX surge a Parapsicologia, também conhecida como Pesquisa Psi. A Parapsicologia (do grego para = além de + psique = alma, espírito, mente, essência + logos = estudo, ciência), significa, literalmente, o estudo do que está além da psique, viabilizado por indivíduos popularmente conhecidos como “sensitivos” ou “psíquicos”.
A experimentação científica de tais fenômenos paranormais teve início nos Estados Unidos, em 1927, quando o prof. J. B. Rhine fundou o Instituto de Parapsicologia da Universidade de Duke, hoje Instituto Parapsicológico de Durham. A Parapsicologia é o campo da psicologia que investiga todos os fenômenos psicológicos que, aparentemente, não podem ser explicados em termos de leis ou princípios científicos naturais. A parapsicologia inclui o estudo e investigação da clarividência, telepatia, transes, telecinese, mediunismo, poltergeist, etc. A finalidade dos parapsicólogos é colocar esses fenômenos no âmbito das leis naturais, ampliando — se necessário — as fronteiras destas últimas22 (grifo no original).
Neste sentido, Rhine apresentou a seguinte classificação, considerada fundamental para o estudo e pesquisa do assunto:
Fenômenos psicocinéticos, PK (psychokinesis) ou TK (telekinesis), assim caracterizados por ações diretas do sensitivo no meio ambiente. Se estas ações produzem grandes efeitos, percebidos pelos circunstantes, diz-se macro-PK. As ações menores, de pouco impacto ambiental, recebem o nome de micro-PK. São fenômenos psicocinéticos (PK): a) telepatia — transmissão mental de pensamentos e emoções;
b) clarividência —visualização mental de coisas, acontecimentos, cenas e pessoas do mundo físico, através de um corpo opaco ou à distância (seria a dupla vista da classificação espírita);
c) clariaudiência — percepção de sons, ruídos, frases, músicas, vozes, etc., provenientes do plano físico e do extrafísico, não percebidos pelas demais pessoas;
d) precognição — previsão de acontecimentos futuros;
e) retrocognição— relatos de acontecimentos ocorridos no passado, desconhecidos do sensitivo;
f) psicocinesia — ação mental sobre objetos materiais, localizados no plano físico, movimentando-os ou produzindo os efeitos, inclusive alteração de forma.
Fenômenos extrassensoriais (PES: percepção extrassensorial) que se encontram divididos em três tipos: Psi-Gama (telepatia, clarividência, clariaudiência, xenoglosia, etc.), Psi-Kapa (levitação e/ou transporte de objetos e pessoas) e Psi-teta, que são os fenômenos mediúnicos, propriamente ditos.
Em síntese, para a Doutrina Espirita os fenômenos paranormais, ou extrassensoriais, são considerados de dois tipos: anímicos e mediúnicos.
Os primeiros, assim denominados por Alexandre Aksakof (1832–1903), diplomata e filósofo russo que, ao se apropriar da expressão “anima” (alma), designa os fenômenos paranormais produzidos pela própria alma humana de anímicos, os quais o Codificador preferiu chamar de fenômenos de emancipação da alma. Os segundos, originalmente designados por Allan Kardec, indicam a faculdade inerente às pessoas de se comunicarem com seres extracorpóreos. Para o Espiritismo, os fenômenos mediúnicos podem apresentar duas formas de manifestação: efeitos físicos, que revelam ações de impacto no meio ambiente, e efeitos intelectuais, cuja manifestação exige certo grau de elaboração mental e de interpretação intelectual. Contudo, importa assinalar, a prática espírita, manifestada na forma do mediunismo e do animismo, fundamenta-se, necessariamente, nos parâmetros de moralidade, expressos no Evangelho de Jesus.
Livro Mediunidade Estudo e Prática
FEB
PSICOGRAFIA
EM CASA
A cada dia vamos melhorando um pouco.
Ontem tínhamos a mente fechada e hoje ela já se encontra um pouco melhor, já conseguimos aceitar e até falar e agir de forma tão agradável e tocante aos olhos de quem nos observa.
Amanhã com a graça de Deus estaremos ainda bem melhores e atuaremos com verdade e profunda tolerância, respeitando aqueles que ainda conservam a mente fechada para novas informações.
Melhoramos gradativamente e somos agraciados por ajudantes firmes e amáveis que nos capacitam a servir com mais prontidão e desembaraço.
O esforço de hoje amanhã valerá a pena porque tudo se tornará mais fácil. O difícil hoje fácil amanhã porque nós mantivemos firmes e com vontade de aprender e auxiliar com muito interesse que o outro também se abra para a verdade e a luz.
Hoje quando você vir alguém com tarefa difícil na aparência, na verdade está semeando para colher amanhã os frutos sazonados de amor. A eles a oração do coração e o desejo que saiam vitoriosos na empreitada.
Deus não desampara a ninguém e dá na medida exata o peso que desenvolverá os músculos da coragem, da fé e da gratidão.
Amanha seremos todos felizes porque com a mente aberta acatamos orientações fraternas e caridosas e em nossos corações a serenidade habitará porque fomos aprovados pela consciência nosso juiz interno.
Sigamos com coragem e encorajando a todos ao longo do caminho para carregarem a cruz que nada mais é que libertação. Com bondade e aceitação prossigamos fazendo o melhor; obedientes a Lei de Deus realizemos nossas tarefas convictos que a força de Deus está conosco, aliás, nada fazemos sem o auxilio Dele. Ele está conosco em tudo porque Ele é o Amor que nos protege e impulsiona para a vitória.
Mente aberta para a compreensão, coração cheio de alegria porque cumpre o dever com obediência
CESFA
Campo Grande/MS.
Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Ação e Reação
COMO SERÁ MEU FUTURO?
Lavínia estava conversando na sala com sua mãe Laura.
– Mamãe, eu tenho pensado bastante sobre isto: queria muito saber como será meu futuro.
– Por quê, querida? – perguntou a mãe.
– Eu fico ansiosa para saber o que vai acontecer comigo. Acho que a gente já deveria nascer sabendo.
Eu ficaria mais tranquila se soubesse o que me espera de bom e poderia me preparar para o que vai ser ruim – disse Lavínia.
– Filha, mas acontecimentos não estão todos determinados. Cada um de nós tem sua programação ao reencarnar, mas todos temos o livre-arbítrio para agir. Se estivesse tudo já determinado, nossas escolhas e nossos esforços não seriam méritos nossos. Seríamos como bonecos, representando uma história já escrita. No entanto, é possível, sim, ter uma ideia de como será seu futuro! – respondeu dona Laura.
– Como assim? – perguntou Lavínia, curiosa.
– Venha aqui, vou te mostrar – disse Laura, encaminhando-se para a janela da sala.
Elas moravam no quarto andar de um edifício que ficava em frente de uma praça e lá de cima, pelo vidro da janela, elas conseguiam ver muitas coisas.
– Olhe, Lavínia, está vendo aquela moça sentada lá no banco da praça? O que ela está fazendo?
– Ela está mexendo no celular com uma mão segurando uma comida, num guardanapo. Parece que é um sanduíche.
– Agora olhe ali no gramado, quem vem lá? – perguntou a mãe.
– Essa não! – exclamou Lavínia – é o Esperto! Se a moça não parar logo de ver aquele celular e prestar atenção, vai ficar sem seu lanche!
Esperto era um cachorro que tinha recebido esse apelido da vizinhança, por ser muito ágil. Ele vivia farejando e comendo tudo que encontrava. Não demorou muito para acontecer o que Lavínia tinha previsto.
A moça, distraída, não percebeu que o cachorro se aproximava. Esperto abocanhou o sanduíche e saiu correndo, satisfeito.
– Olha só! Aconteceu mesmo o que a gente falou! – disse a menina.
– Pois é! Agora vou fazer mais uma previsão: você vai ganhar um presente ainda hoje. Uma coisa que foi feita especialmente pra você!
A avó de Lavínia havia acabado de descer do ônibus. Ela carregava sua bolsa e uma sacola, onde provavelmente trazia a blusa que havia tricotado para a netinha.
– Oba! A vovó! – disse a menina olhando a senhora, que já se aproximava do prédio.
Lavínia abraçou sua avó com alegria, quando ela entrou no apartamento.
– Que surpresa boa, vovó! Pensei que a senhora viria amanhã!
– Eu sei, querida, mas a previsão do tempo avisou que amanhã deve chover o dia todo, então resolvi, de última hora, vir hoje mesmo.
– Que coincidência, estávamos falando sobre previsões. A Lavínia queria saber como será futuro dela – disse Laura.
– Não precisa preocupar-se com o futuro, minha querida! – disse a vovó. – Ele é a consequência do que fazemos hoje. Então, é com o presente que a gente tem que se ocupar. Se você continuar sendo estudiosa, responsável, amável, educada, respeitosa, como tem sido, você vai ter no futuro muitas pessoas que vão gostar de você, vai ser também uma boa profissional e vai atrair muitas coisas boas para sua vida.
– É isso mesmo que eu queria dizer para ela – disse Laura. – Você entendeu, filha?
– Acho que sim! – disse Lavínia, mais tranquila.
Ela compreendeu que, se plantamos boas sementes hoje, colheremos bons frutos amanhã.
– Que bom! – disse Laura, abraçando a filha.
Lavínia recebeu um abraço carinhoso também da vovó e se sentiu bem mais confiante.
Com certeza ela teria muitas coisas boas em sua vida e desafios também, que fazem parte do nosso aprendizado espiritual. Mas o que ela podia fazer de melhor não era tentar olhar para o futuro, mas cuidar bem do seu presente.
Material de apoio para evangelizadores: marcelapradacontato@gmail.com
O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2024
PESQUISA: CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO EM ADULTOS
JORGE GOMES
Purnima Ekanayake, uma menina do Sri Lanka, nasceu com marcas mais claras na pele do lado esquerdo do tronco. Essa questão não seria relevante se não se relacionasse com o facto de ela insistir que se recordava de ter morrido na vida anterior por causa do acidente que tivera com “um carro grande”. Adiantava que, nesse evento traumático, “um monte de ferro estava no meu corpo”.
Este caso foi investigado por um psicólogo islandês muito conhecido no meio científico, Erlendur Haraldsson, e integra a tese de Sandra Maciel, da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil, que desenvolve um “Inquérito Nacional de Casos Sugestivos de Reencarnação na População Brasileira Adulta”, trabalho divulgado no passado mês de dezembro de 2023.
O caso de Purnima encontra-se incluído na parte inicial da tese, onde a autora resume com vasta competência a investigação científica já publicada sobre crianças que garantem recordar-se de vidas passadas.
Estes casos têm sido muito pesquisados e são frequentemente relatados em todo o mundo. Envolvem crianças que descrevem detalhes das suas vidas passadas, incluindo nomes, datas, locais e eventos. Em alguns casos, as crianças podem até reconhecer parentes ou lugares que nunca conheceram na sua vida atual, com a revelação de pormenores muito interessantes e com frequência confirmáveis.
Nesta pesquisa, Sandra Maciel investigou a ocorrência de casos sugestivos de reencarnação em pessoas adultas a partir das suas reminiscências, algo menos trabalhado pelos profissionais da ciência oficial.
Voltando ao caso de Purnima, deve ser referido que há detalhes assaz curiosos. Entre outras informações, a menina, além de explicar dois processos diferentes de fabricar incenso com base nas suas memórias, chegou a pedir satisfações aos atuais proprietários da empresa pelo facto de as embalagens terem, entretanto, sido modificadas.
Durante a meticulosa pesquisa de Haraldsson ambas as famílias – a da vida passada e a atual – ficaram convencidas que se tratava da reencarnação de Jinadasa Perera, um homem efetivamente morto por um autocarro quando se deslocava de bicicleta para vender incenso.
Durante a pesquisa documental, o psicólogo teve acesso ao documento da autópsia do corpo de Jinadasa. O documento oficial datilografado, ou seja, escrito em máquina de escrever, descreve a fratura das costelas, rotura do fígado e do baço e perfurações causadas por costelas fraturadas.
O artigo de Erlendur Haraldsson que inclui o caso de Purnima é apenas um dos 78 publicados acerca de alegadas memórias de vidas passadas entre as décadas de 1950 e 2010, segundo bases de dados científicas, explica a tese. A maior parte deles versa sobre crianças (84%), sendo 74% de países asiáticos.
Já existe muito trabalho científico realizado com foco nas crianças que afirmam lembrar-se de vida passada. Investigadores que deixaram marca indelével nesse sector foram o brilhante psiquiatra Ian Stevenson (EUA), o psicólogo Erlendur Haraldsson (Islândia) e Jim Tucker (EUA), entre outros. Nesta data, destes três apenas o pedopsiquiatra Jim Tucker se encontra entre nós.
Na tese encontramos também uma lista de características que se destacam nos casos de crianças que se recordam de vidas passadas, que é interessante partilhar consigo. Eis alguns exemplos: essas crianças narram mortes violentas originadas por acidente, homicídio e suicídio, com frequência; são mais de 78% no Líbano e na Síria; há casos de crianças que mencionam, além do suposto modo de morte, o facto de terem acompanhado o que teria sido o seu próprio velório ou funeral; algumas fazem relatos sobre o chamado período de intermissão, aquele compreendido entre a alegada vida anterior e a atual, isto é, para nós a chamada erraticidade; tendem a mencionar o modo de morte, nomes relacionados com a suposta vida passada e declarações verificadas como corretas; as memórias tendem a desaparecer quando muitas destas crianças deixam de falar sobre as suas alegadas vidas passadas, mais ou menos pelos sete anos de idade.
Sobre este último ponto, recordamos que André Luiz (Espírito) considera em Missionários da Luz (1.ª edição, FEB, 1945), livro psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, que a reencarnação só se completa verdadeiramente por volta dos sete anos de idade.
Este trabalho de Sandra Maciel foi realizado com uma amostragem de tamanho significativo, o que fortalece os resultados. A autora da tese utilizou um método de investigação rigoroso, que incluiu entrevistas e análise de documentos. Além disso, deve sublinhar-se que os resultados da pesquisa são consistentes com os resultados de pesquisas anteriores sobre casos de reencarnação em crianças.
As vidas sucessivas são uma das leis da natureza a que a doutrina espírita oferece muita atenção nos seus estudos. Além dos factos pesquisados, a reencarnação abre ângulos filosóficos e éticos – a ética é a ciência do bem – representando um vector importante para anular o racismo, os nacionalismos exacerbados e outras as formas de egoísmo, imperfeição esta que tarda a abandonar de modo significativo a maior parte da população humana.
O próprio Jesus de Nazaré, há 2 mil anos, falava dela a Nicodemos, sem que ele e outros percebessem, assim como Elias, o profeta antigo, que nas suas palavras era João Baptista reencarnado.
Por toda a parte surgem os convites para uma vida mais esclarecida e mais fraterna. “Água mole em pedra dura”: um dia, todos teremos ouvidos para ouvir.
Jorge Gomes, escritor e estudioso espírita, reside na cidade do Porto, Portugal.
Consolador
2023
ORAÇÃO
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita
Narra Leon Tolstói que, oportunamente, um sacerdote, caminhando pelo campo, encontrou um lavrador trabalhando a terra. De imediato lhe chamou a atenção, dizendo: – Você deveria estar na Igreja orando a Deus.
O humilde trabalhador parou por um pouco o ofício e respondeu: – Senhor, eu estou orando.
Após um momento de silêncio, respondeu o religioso: – Faz bem, porque arar é orar.
Nestes atuais dias tumultuosos, o ser humano encontra-se imensamente aturdido em face dos acontecimentos perturbadores de que se sente vítima.
A pandemia, que ainda prossegue com menos rigor, as consequências de vária ordem que permanecem no mundo, as guerras e os murmúrios de mais guerras, o desrespeito aos códigos de ética e de comportamento descambam em tremendas manifestações de violência.
As estatísticas sobre furto, roubo, homicídios, feminicídios e de outras espécies são alarmantes, criando uma psicosfera de horror.
Como efeito, os transtornos psicológicos atingem não apenas os jovens que se sentem desnorteados, mas todos os indivíduos que nos encontramos no planeta que dá início, assim esperamos, a uma grande transformação para mundo de paz, previsto pelas Escrituras e particularmente pela Doutrina Espírita.
Os Espíritos rebeldes que ora despertam as suas potencialidades retidas através do tempo pela educação e cultura liberam-nas e dão larga aos sentimentos de vilania, de degradação e de orgia que recordam os terríveis dias de alguns imperadores de Roma no passado.
As dores morais somam-se àquelas físicas, e as doutrinas médicas estão convidadas a grandes desafios no que diz respeito à saúde.
Felizmente as conquistas extraordinárias da tecnologia, especialmente no que diz respeito à inteligência artificial, propõem grandes desafios para os dias presentes e os porvindouros.
Nunca, qual ocorre nestes dias, tivemos tanta necessidade de orar, porque através da oração sintonizamos com as Fontes Inexauríveis da Misericórdia Divina.
O Deus Criador propõe desde o início do Universo o amor, a união de todos e de tudo num equilíbrio homogêneo, de que Jesus se fez o Mensageiro especial quando esteve conosco na Terra, e prossegue inspirando-nos à prática do bem, apesar dos nossos desaires e alucinações.
Façamos um compromisso com o bem de contribuir em favor da paz e do mundo melhor com a nossa contribuição, mínima que seja, mas que auxiliará a chegada da Era Nova pela qual todos aspiramos.
Orar, como propôs Tolstói, é agir de maneira positiva em todas as atividades a que nos entreguemos, tenham ou não caráter religioso, objetivando o progresso da sociedade na qual nos encontramos colocados.
Não nos deixemos abater. Permaneçamos na luta.
Oremos hoje e sempre!
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde em 29 de fevereiro de 2024.
Editorial
FEB
LINGUAGEM
“Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” Paulo (Tito, 2 :8)
Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se desajuda.
Ainda mesmo que o nosso íntimo permaneça nevoado de problemas, não é aconselhável que a nossa palavra se faça turva ou desequilibrada para os outros.
Cada qual tem o seu enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é justo aumentar as aflições do vizinho com a carga de nossas inquietações.
A exteriorização da queixa desencoraja, o verbo da aspereza vergasta, a observação do maldizente confunde...
Pela nossa manifestação mal conduzi dá para com os erros dos outros, afastamos a verdade de nós.
Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repetimos a bênção do amor que nos encheria do contentamento de viver.
Tenhamos a precisa coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios de nossos sentimentos e desejos descontrolados.
A palavra é canal do "eu".
Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem.
Cada vez que arrojamos para fora de nós o vocabulário que nos é próprio, emitimos forças que destroem ou edificam, que solapam ou restauram, que ferem ou balsamizam.
Linguagem, a nosso entender, se constitui de três elementos essenciais: expressão, maneira e voz.
Se não aclaramos a frase, se não apuramos o modo e se não educamos a voz, de acordo com as situações, somos suscetíveis de perder as nossas melhores oportunidades de melhoria, entendimento e elevação.
Paulo de Tarso fornece a receita adequada aos aprendizes do Evangelho.
Nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia, afugentando a confiança, nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas sim "linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós".
Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
LOUVADO SEJA DEUS
O velho André era um escravo resignado e sofredor.
Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.
Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração: — Louvado seja Deus.
Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade
Divina, indicava o céu e repetia: — Louvado seja Deus.
Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse. Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do Senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço, imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.
O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre: — Louvado seja Deus.
André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu.
Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.
Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente: — Louvado seja Deus.
Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava
em sua choça de palha. Quem seria?
Em poucos instantes, um anjo erguia-se à frente dele.
Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde. O anjo, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:
- André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que a sua voz possa louvá-lo agora no céu.
No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas, sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir: — Louvado seja Deus!
Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei
ESCULPINDO O PRÓPRIO DESTINO
Autor: André Luiz Ruiz
Espírito: Lucius
Editora: IDE Editora
O que aguarda o Político famoso quando regressa à Vida Espiritual? Como as forças invisíveis atuam sobre os representantes do Povo reunidos no Congresso Nacional? O que é a Lei do Ventre Livre? Câncer: o que pode favorecer o seu desenvolvimento e como ajudarmos na sua cura? Como os Espíritos Protetores ajudam seus tutelados e de que modo as entidades missionárias penetram nos abismos para resgatar os seres amados? Qual o destino dos que se prostituem ou têm vida leviana? Esses e muitos outros assuntos, sob a ótica do Mundo Espiritual, estão costurados nesta história envolvente e reveladora, que Lucius traz até você no desejo de informá-lo para que não desperdice a oportunidade de Bem Viver.
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