A MALDADE
Basta assistirmos ao jornal diário na TV para que fiquemos chocados com a crueldade, a maldade deliberada de certos crimes, torturando e tirando vidas de pessoas inocentes, principalmente de crianças indefesas e num plano maior, as guerras insanas que distribuem sofrimentos nefandos e absurdos.
O dicionário diz que maldade é qualidade do que é mau, perversidade, malignidade, crueldade, que prejudica ou ofende, atitude má, perversa, desumanidade e outros termos que a denigrem ainda mais.
Para a Filosofia, maldade é efeito da paixão descontrolada e que não necessita ser consumada em ato externo, já agindo mal quem intenciona maliciosamente. Santo Agostinho confessa, que quando jovem e unido a amizades inimigas, que não lhe aprazia o furto, o que roubava, mas o ato de roubar; se estivesse só, não o faria e condena a sedução mental, a avidez de perpetrar o mal por brincadeira ou gracejo, o apetite do dano alheio, sem lucro nenhum, sem paixão de vingança, mas só porque sentimos vergonha de não ser desavergonhados, quando nos dizem: “Vamos, façamos’.
O Espírito Neio Lúcio conta uma estória em que o Espírito da Maldade queria destruir o ninho de um casal de passarinhos com seus filhotes e para isso precisava achar alguém que praticasse seu intento, e depois de não conseguir as pessoas, as quais tentava, por estarem com a mente e o corpo ocupados em fazer o bem, descobriu um garoto folgado, que passava o dia sem fazer nada de bom; e o ninho foi arrasado por ele, morrendo o casal e os filhotes. E a estória termina com a conclusão de que o Espírito da Maldade só pode agir, no mundo, por intermédio de meninos vadios e homens e mulheres voltados à preguiça e ao mal.
A maldade se faz presente também espiritualmente, existindo até a obsessão sem maldade, obsessão essa que não é movida pelo desejo de vingança e sim pelo orgulho do falso saber dos Espíritos sem humildade e sem nenhum compromisso com a verdade e que usam o nome e as grandes ideias dos homens e dos Espíritos que são venerados, respeitados por suas obras nas ciências, nas artes, obcecados pelas ideias que os empolgam, como se fossem ideias deles; são parasitas que minam as energias da evolução humana, retardando lhe o desenvolvimento.
Aquele que pratica a maldade, ao longo dos anos, sofrerá triste consequência dos atos praticados anteriormente e às vezes poderá perceber, ainda em vida, que irá sucumbir ao destino trágico que espera aqueles que se entregaram ao caminho dos desmandos, das intrigas, da maldade, da calúnia e do crime.
Crispim.
Referências bibliográficas:
- Confissões. Santo Agostinho
- Alvorada Cristã. Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio
- Mediunidade e Obsessão. Carlos A. Baccelli/Odilon Fernandes.
A OPÇÃO PELO BEM
Abre-se um novo dia onde contabilizará os seus débitos e créditos, buscando naturalmente, consciente como é, cumprir com as suas obrigações de amar ao próximo mais próximo, com todo o seu coração. Como tambémjá sabe que com esse gesto nobre é certo que terá ganhado o seu dia e amassará o pão com o suor do seu rosto, isto é, a sua felicidade dever ser merecida.
Por este motivo fará muito e esperará pouco, de maneira a manter-se em alerta quanto qualquer idéia de recompensa neste mundo que lhe é a moradia provisória e por isso mesmo terá que deixar tudo um dia.
Com isso, usará de valores e situações para progredir, porque já sabe que nada daqui levará, exceto o bem que fizer em favor do próximo, assim que não se carregará de coisas inúteis ou sem proveito à vida espiritual, a única definitiva.
Terá grande cuidado em não praticar o mal, porque o mal que faça aos outros, na contabilidade divina é registrado como contas a pagar, como também em tudo há uma perfeita justiça, não sairá aqui enquanto não pagar o último centavo.
Sabendo dessas coisas formidáveis que Jesus propôs, não perca tempo em colocá-los em prática, porque contem esses ensinamentos a base da felicidade em qualquer dimensão da existência. Com isso a preocupação maior será em valorizar esses momentos vividos aqui neste plano porque sabe que são fundamentais a um futuro melhor.
Por isso trabalhe hoje para adquirir as qualidades qualificadas pelos sentimentos, porque sabe que dependerá delas o seu futuro, assim procure de todos os meios favorecerem os semelhantes. Especialmente os que pelo menos em tese não tem com que lhe retribuir. Com seja feliz com as ações quedecorram de ações generosas em favor dos outros. Sinta-se feliz em praticar o bem, porque este lhe dará alegria e certeza num futuro cada vez melhor.
Seja consciente que tudo depende de Deus, mas sempre Ele conta com os seus filhos amados para ajudar os outros que estão na retaguarda. Visto que a solidariedade é uma lei suprema que indica que todos são devedores uns dos outros.
Tudo faça no sentido de viver em paz com o mundo e com as pessoas que o cercam, porque fazendo a sua parte também estabelece uma sintonia de amor e concórdia.
Com essa carga de emoção positiva será naturalmente será feliz porque não dependerá de interesse deste mundo, mas fazendo daqueles ensinamentos que propõe Jesus a base de sua felicidade, por isso está consciente de que é necessário fazer o bem sempre. Áulus.
Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
O MELHOR CAMINHO?
Tantas vezes tem se perguntado qual o melhor caminho?E por longo tempo tem esperado por uma resposta da Espiritualidade que atenda os interesses da vida imortal, porque serão aquelas respostas definitivas que tanto tem buscando durante todos estes anos.
Naturalmente que necessita dos valores da Terra também para viver, mas nesse momento procura o melhor caminho para encaminhar os seus passos e certamente cogita dos valores imperecíveis do Espírito, mas enquanto espera a resposta,trabalhe mais.
Porque nesse constante exercício e no silêncio de sua alma vai imprimindo a semente do amor ao próximo e nesse momento enquanto espera a grande respostafixará em definitivo o seu destino.
Porém muitas vezes sem perceber esses questionamentos vem sendo respondido pela Espiritualidade Superior, através de inspirações e informações preciosas convidando-o e inspirando-o para que socorra o próximo em seus momentos de necessidade. Como também vem sendo intuído para que através desse gesto de solidariedade saiba qual é o melhor caminho.
Muitas vezes na intimidade do seu coração de repente ocorrem ideias com se lembrasse de algo e com isso pode melhorar os seus dias. Às vezes até se questiona como não havia percebido isto antes. Não se espanteé a resposta àqueles seus pedidos que fizera ontem, através de fios invisíveis do pensamento.
Como também porque se colocou de maneira receptiva para ouvisse aquele que fala na voz silenciosa do pensamento, sem definir direito supõe que sejareflexão de sua alma.
Mas é alguémestá lhe respondendo os questionamentos o que se fez de outras vezes e pratique a caridade e ainda inspire para que outros companheiros de jornada a faça também o mesmo, como também para que lhes passem ideias naqueles momentos mais difíceis.
Assim que passo a passo caminhe com o objetivo de completar aqueles pormenores que ainda necessitam retoques para se adaptar a mensagem de Jesus, que continua sendo à base da felicidade futura para todos.
Aliás, onde se encontram todas as respostas para esta vida e para o além, onde poderá se orientar de maneira segura, e a que poderá seguir sem qualquer desconfiança. O atestado do seu amor ele já o deu antes que pensasse nele, e mais ainda quando o acolheu través de sua mensagem consoladora.
E mais ainda quando conclamou seguir após ele. Nesse dia verdadeiramente sentira o bem na Terra e seguirá após Ele para possuirá o maior tesouro no céu. Por isso não se pergunte mais qual o melhor caminho, porque às vezes do grande além já responderam – Jesus – no Código Divino que legou a Humanidade estão descritas as normas mais completas para que se encontre a felicidade. Áulus.
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
A PRECE SEGUNDO O ESPIRITISMO
A pessoa que ora transforma-se em um foco irradiador de energias salutares que beneficia a si mesma e a quem se encontra no seu campo de ação. Daí os Espíritos orientadores recomendarem, insistentemente, a oração como um bom hábito que deva ser incorporado ao cotidiano da existência.
A prece, à luz do entendimento espírita, não se restringe a mera repetição de palavras, algumas até sem sentido, que representam mais uma fórmula sacramental ou ritualística do que a união da criatura humana com o seu Criador. Importa, pois, exercitar a fé raciocinada, considerando este esclarecimento de O livro dos médiuns:
Somente a superstição pode atribuir virtudes a certas palavras e somente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar semelhantes ideias, prescrevendo fórmulas. Entretanto, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, pode acontecer que o uso de determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, a eficácia não está na fórmula, mas na fé, que aumenta por conta da ideia associada ao uso da fórmula. 80
CONCEITO DE PRECE
A prece é um tipo de apelo que permite à pessoa entrar em comunhão com Deus, Jesus e com os Espíritos superiores a fim de receber proteção e auxílio: “[...] Sua ação será tanto maior quanto mais fervorosa e sincera for.[...]”81
A prece é uma evocação. Através dela o homem entra em comunicação, pelo pensamento, com o ser a quem se dirige. [...] Podemos orar por nós mesmos ou por outros, pelos vivos [encarnados] ou pelos mortos. As preces feitas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução de suas vontades; as que se dirigem aos Espíritos bons são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, está recorrendo a intermediários, a intercessores, visto que nada se faz sem a vontade de Deus.82
BENEFÍCIOS DA PRECE
O hábito de orar é de valor inestimável e deve ser exercido diariamente, pois tem o poder de criar um campo de forças positivas ao redor de quem ora, concedendo-lhe “[...] a força moral necessária para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.”83
Um homem, por exemplo, vê sua saúde arruinada pelos excessos que cometeu, e arrasta, até o fim de seus dias, uma vida de sofrimento; terá o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, porque poderia ter encontrado na prece a força de resistir às tentações.84
Outro grande benefício proporcionado pela prece é atrair o auxílio dos Espíritos benfeitores que, pelos canais da intuição ou da inspiração, vêm sustentar o indivíduo “[...] em suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos”.85 Estes Espíritos assemelham-se, segundo André Luiz, aos “[...] transformadores da bênção, do socorro, do esclarecimento...”86
Da luz suprema à treva total, e vice-versa, temos o fluxo e o refluxo do sopro do Criador, através de seres incontáveis, escalonados em todos os tons do instinto, da inteligência, da razão, da humanidade e da angelitude, que modificam a energia divina, de acordo com a graduação do trabalho evolutivo, no meio em que se encontram. Cada degrau da vida está superlotado por milhões de criaturas. [...] A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde.87
Referência:
80 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Segunda parte, cap. XIV, it. 176-9, p. 182, 2013.
81 Id. Ibid. Cap. IX, it 132-8-a, p. 145.
82 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 9, p. 316, 2013.
83 Id. Ibid. It. 11, p. 317.
84 Id. Ibid., p. 317.
85 Id. Ibid., p. 317.
86 XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Cap. 1, p.10, 2013.
87 Id. Ibid., p. 10.
Livro Mediunidade Estudo e Prática
FEB
PSICOGRAFIA
Que dia feliz!
Meu instrutor me ensinou “abrindo os olhos bem cedo devemos afirmar como este dia vai ser feliz”!E será.
Diz ele que o otimismo é vacina contra o desanimo, a tristeza; afirmando e crendo na afirmação conseguimos!
De fato conseguimos porque acreditamos. Ser otimista é ser feliz e assim se constrói um caminho de paz.
Quando estava na Terra, na escola não fui assim, dei trabalho e sei que errado estava e a coitada da dona Amélia às vezes chorava de tristeza porque embora tenha nome de santo, de santo não tinha nada. Ela nervosa falava, dando bronca coitada: “estes meninos com nome de santo... Deus me perdoe, mas são os piores da classe.”! Concordo com ela, mas não tive culpa se meus pais quiseram, talvez por otimismo mesmo vir o filho como santo.
Amélia me dizia: “Pedro Paulo, veja, você tem dois nomesde santo, crie juízo menino e respeite o santo! Tendo atitude de gente.
Custaram bem caro a minha falta de respeito, minhas fugas da sala de aula; pouco aprendie confesso que muito sofri, pois adiei para outro tempo, o tempo de evoluir.
Mas aqui deste lado meu instrutor me convida: “vai Pedro Paulo para aquele canto, faça, escreva uma carta para Jesus, desta forma você vai crescer, evoluir, mas escreva só a verdade e Ele vai com certeza banir esta sombra travessa que teima habitar no teu coração.”
Fazia muito esforço confesso para redigir a carta, mas confiando no meu instrutor pedia: Jesus você é Luz, então tire esta sombra que me entristeci o coração.
Meu instrutor depois me chamava e pedia para ler a tal carta e sorrindo me dizia: “Ah menino, Jesus ama as crianças e atenderá o teu pedido.”! Jesus me atendeu. Mas quando ficava triste, inseguro, aflito, para o canto ia escrever e contar tudo para Jesus, Ele tem poder e quando há sinceridade no apelo Ele dá forças e a gente vence porque Ele é Amor.
Meu caro amigo faça o mesmo que fiz, confia e vai para um canto e escreva uma carta para Jesus, Ele vai ler e com misericórdia vai te atender e essa sombra do teu coração vai banir.
Tenha fé, seja sincero, ore muitoe seja verdadeiro; o Amigo Jesus é Luz etambém vai iluminar o teu coração e feliz você há de ser! Confia, estude e trabalhe só assim a vida nos fará evoluir. Afirme todos os dias: “Hoje, que dia feliz!”.
Cesfa
Campo Grande/MS.
Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Respeito à natureza; desperdício
ÁGUA, PRESENTE DIVINO
Era uma vez uma coelhinha chamada Síssi, que um dia, andando pelos campos, encontrou uma tartaruga já idosa. Ela andava lentamente e cumprimentou Síssi, sorrindo com simpatia. Síssi era jovem, costumava pular e correr, mas diminuiu seus passos para poder acompanhar dona tartaruga e conhecê-la melhor.
A tartaruga era muito carinhosa. Depois de conversarem, ela elogiou a educação de Síssi e lhe deu seu endereço, convidando a nova amiga para visitá-la quando quisesse.
Ao se despediram, dona tartaruga deu de presente para Síssi um floco de algodão. A coelhinha pegou aquela bolinha fofa com suas mãos e ela era tão macia e agradável que imediatamente Síssi sentiu-se muito bem.
No dia seguinte, passeando novamente pelos campos, Síssi encontrou uma raposa. A coelhinha aproximou-se contente, pensando em fazer amizade como no dia anterior. A raposa não era lenta como a dona tartaruga, pelo contrário. Ela corria muito rápido e não diminuiu sua velocidade para cumprimentar Síssi ou dar-lhe atenção.
Síssi precisou correr bastante para alcançá-la e conseguir conversar. Ela disse para a raposa que gostava de passear por ali e conhecer novos amigos. Contou-lhe que, na véspera, tinha conhecido uma amiga que lhe tinha dado um floco de algodão maravilhoso.
A raposa então parou, olhou para Síssi e quis ver o algodão.
A coelha mostrou e a raposa disse:
- Posso ficar com ele? Você também o ganhou de alguém! Hoje é a minha vez. Não é justo você ganhar um desses e eu não!
A bondosa coelhinha ficou confusa. A raposa era esperta e com seus argumentos acabou convencendo Síssi.
- Olhe, para você não ficar sem nada eu vou lhe dar uma coisa - disse a raposa.
Ela, então, tirou do meio de sua pelagem um pedaço de graveto com um espinho que espetou a mão de Síssi quando ela o segurou.
- Ai! Isso me machucou - disse ela.
- Não se preocupe, você se acostuma - respondeu a raposa antes de se virar e sair correndo novamente, levando o floco de algodão.
Síssi jogou fora o graveto para não se machucar mais. E pensou no floco de algodão. Ficou chateada por tê-lo entregado à raposa. Queria poder senti-lo novamente. A coelhinha, então, lembrou-se de dona tartaruga e resolveu ir até sua casa. Lá chegando, ela contou para sua amiga, quase chorando, o que tinha acontecido.
Dona tartaruga chegou perto de Síssi, sorriu, colocou em sua mão outro delicioso floco de algodão e disse:
- Não fique triste, minha querida. É assim mesmo! Cada um dá o que tem. A raposa só tinha o espinho.
- Seria tão gostoso se todo mundo tivesse flocos de algodões para sentir e para trocar com os outros. Mas acho que as pessoas não se importam com isso – falou Síssi.
- Agora a raposa tem um floco de algodão. Quem sabe, algum dia, ela possa, dar para alguém. Você também recebeu um novo, que pode dar para quem você quiser, sem medo de ficar sem, pois, sempre que você voltar aqui, lhe darei mais um – disse-lhe dona tartaruga.
Síssi sentiu-se novamente contente com as palavras da amiga.
- Obrigada! Quero, então, oferecer meus flocos de algodão para muitas pessoas. Mas quando os seus estiverem acabando, me avise, por favor. Quero guardar pelo menos um para mim – disse a coelhinha.
- Não se preocupe, Síssi. Eu ganho alguns de pessoas queridas, mas a maioria dos flocos de algodão que eu dou eu colho na natureza. A minha fonte principal é Deus e não as pessoas. Se você quiser posso mostrar-lhe onde encontrá-los.
Síssi aceitou e ficou muito feliz quando aprendeu, com dona tartaruga, como colher da natureza muitos flocos de algodão. Ela passou a oferecê-los para muitas pessoas. E a receber alguns também!
De vez em quando, ela ia à casa da dona tartaruga. Levava para ela um floco de algodão novo, que estivesse bem fofinho, e sempre recebia um de volta.
E assim, doando e trocando flocos de algodão e de carinho, a coelhinha Síssi fez vários amigos e viveu sua vida sempre feliz.
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O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2024
A NECESSIDADE DO PERDÃO
por Roni Ricardo Osorio Maia
Apresentamos, neste artigo, nossas considerações sobre o perdão com base em nosso livro Perdonare.[1]
Nas vidas terrenas acontece de muitos espíritos retornarem para se abrigar novamente na convivência com antigos desafetos passados, a fim de se redimirem perante os descalabros faltosos com a justiça divina. Não diríamos que tudo será resolvido de pronto para todos os agravos cometidos, contudo, o início do reajuste será semeado entre seres comprometidos entre si. Aos poucos, lentamente, no granjear de experiências pelas vidas sucessivas, com amadurecimento ético-moral, o ser pensante e imortal perdoará as agressões e ultrajes recebidos, enxergará como o seu semelhante foi equivocado, em atos impensados, nesta ou noutra(s) vida(s).
Somente uma doutrina de luz – como o Espiritismo – poderia nos clarear tão bem essas premissas anunciadas ao longo dos séculos por homens sábios, filósofos e mensageiros do bem. Jesus, ao esclarecer tão bem àqueles que o ouviam, com essa vertente de amor a si e ao próximo, não se esquivou de revelar a prática do perdão, que é assaz inconfundível e inolvidável nas relações humanas.
Perdão é assunto premente neste mundo de expiações e de provas, a ingressar futuramente na categoria de regeneração. Por conseguinte, tal prática ainda será constante em face de nossas imperfeições. Certamente conhecemos inúmeros casos e fatos inamistosos que carecerão desses alentos para se abrigar fraternalmente.
Dessa forma, quando Simão Pedro indagou do Mestre dos Mestres quantas vezes deveria perdoar o irmão que pecou contra si, ele quantificou sete vezes ao relembrar a tradição das antigas escrituras, bem como a crença do povo onde se situavam, porque eles adotavam o número sete como totalidade. O Iluminado Amigo lhe respondeu que não deveria ser em torno de sete vezes, mas setenta vezes sete [2], ou seja, uma grande conta a se fazer para criar o hábito do perdão.
Há que se considerar muitas atitudes imperfeitas de todos nós. Há caminhos similares, a todos os povos, mas ainda são percorridos por pessoas desconhecedoras de que no Universo foi estabelecida uma lei espiritual similar à lei da física - Lei de Ação e Reação, sem castigo, no entanto, com consequências, necessária para se aparar arestas quando se prejudica o próximo. São burilamentos pertinentes aos espíritos imantados no desconhecimento de tudo que vá causar prejuízo alheio – ao autor que realizou algo em detração ao seu semelhante, haverá um retorno como corrigenda.
Nos nichos domésticos aportam costumeiramente muitos devedores entre si, em situações às vezes surpreendentes, para possíveis reajustamentos, planejados pelos benfeitores espirituais, os quais programam esses resgates para uma só finalidade: a reparação de falhas mal resolvidas, em termos espirituais. Portanto, os retornos dos espíritos comprometidos entre si, ou com aqueles a quem tanto prejudicaram, quando estavam no desconhecimento da justiça divina.
Irmãos jornadeiros sediados em atitudes torpes, uma vez redirecionados a outras posturas educativas, reverão quanto se atrasaram e se posicionarão junto ao progresso destinado a todos os filhos de Deus. O perdão amplamente divulgado na literatura voltada ao bem comum, e com destaque no ensinamento cristão-espírita, torna-se requisito elementar à elevação do ser imortal. A expertise de quem pratica a virtude de perdoar se baseia na consciência nutrida por bons pensamentos, daquele compreendedor de que só alcançará melhores degraus, rumo à plenitude, quando se esforçar em ser alguém melhor, com conhecimento daquilo que lhe prejudicará a evoluir.
Diversos lares pelo mundo se ajustam conforme essa ótica espírita difundida no capítulo XIV de O Evangelho segundo o Espiritismo, Honra teu pai e tua mãe [3], quando espíritos reencarnados se coadunam em princípios morais, se reconciliam, ao exercitar virtudes essenciais à prática da fraternidade. Por isso, caros leitores, enfatizaremos novamente o apóstolo Pedro que nos escreveu: “Sobretudo, conservem entre vocês um grande amor, porque o amor cobre uma multidão de pecados”[4].
Muita paz!
[1] Versão e-book, distribuído pela Editora Lluminar, renda integral para o Lar Espírita Irmã Zilá, instituição filantrópica (creche) em Volta Redonda (RJ.
[2]Evangelho de Mateus, capítulo 18, versículos 21 e 22.
[3] Ed. EME – 32 reimp.
[4] I Pedro, capítulo 4, versículo 8.
Consolador
2024
VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO!
@geraldocampetti
Vós sois a luz do mundo; deixai brilhar a vossa luz! – Essa impactante declaração de Jesus, feita no Sermão da Montanha e registrada por Mateus, 5:14-16), nos convida a uma profunda reflexão sobre o nosso papel como seres humanos e nossa capacidade de iluminar o mundo que nos rodeia. A metáfora da luz, ao longo da história, evoluiu desde as humildes lamparinas da época de Jesus até os sofisticados recursos de iluminação dos dias atuais.
No contexto do Sermão da Montanha, Jesus estava ensinando a ética e o comportamento adequado aos seus seguidores. Ele os exortou a serem modelos de virtude e retidão, a serem como faróis brilhantes em um mundo frequentemente imerso na escuridão da ignorância e do egoísmo. Aqui, a luz simboliza a sabedoria, a verdade e a compaixão que devemos incorporar em nossas vidas e compartilhar com os outros.
As modestas lamparinas da época de Jesus eram fontes essenciais de luz, desempenhando um papel fundamental na iluminação de lares e caminhos. Assim, somos chamados a ser como essas lamparinas, trazendo nossa luz interior para iluminar as vidas daqueles ao nosso redor. Nossas ações, palavras e comportamentos podem servir como guias para aqueles que se encontram perdidos nas trevas.
A metáfora da “candeia” também é relevante, representando o recipiente que continha o azeite que alimentava a chama. Em nossas vidas, a candeia simboliza nossos corações e mentes, onde a luz da bondade e da espiritualidade deve ser mantida acesa. Devemos cuidar diligentemente da nossa candeia, nutrindo-a com amor, compreensão e humildade, para que nossa luz possa brilhar intensamente.
O “velador” desempenha o papel de zelador da candeia, assegurando que a luz não se apague. Da mesma forma, devemos apoiar e encorajar os outros a manter suas luzes acesas. Isso requer oferecer apoio emocional, orientação espiritual e solidariedade em tempos de adversidade.
O “azeite” é o combustível que sustenta a candeia e representa nossa conexão com o divino. Precisamos nutrir continuamente nossa espiritualidade e manter essa conexão sólida, pois é ela que mantém a chama da nossa luz interior. A oração, a meditação e a busca incessante pela verdade são meios de fortalecer nosso suprimento de azeite espiritual.
Dentro do contexto da visão espírita, conforme apresentada nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, como as de Emmanuel e André Luiz, somos lembrados de nossa responsabilidade como espíritas-cristãos. Além de iluminar nossas próprias vidas, somos chamados a compartilhar os ensinamentos do Cristo e do Espiritismo com o mundo, servindo como faróis de esperança e amor em um mundo frequentemente tumultuado.
Neste período de transição planetária, à medida que a Terra avança das trevas para a luz, nosso papel se torna ainda mais crucial. É responsabilidade de cada um de nós contribuir para a implementação do Reino de Deus em nossos corações, buscando a transformação interior e agindo de maneira a promover a fraternidade, a justiça e a compaixão em nossa sociedade.
Tanto a ação individual quanto a colaboração institucional são essenciais nesse processo. As instituições espíritas desempenham um papel vital na disseminação dos ensinamentos espirituais e na promoção da caridade e do serviço desinteressado. Juntos, como indivíduos e instituições, podemos acelerar a transição para uma era de maior luz espiritual na Terra.
No entanto, é fundamental manter uma visão otimista de nossa jornada evolutiva. Apesar dos desafios que possamos enfrentar, estamos em constante progresso em direção a Deus, nosso Pai de Amor e Bondade. À medida que deixamos nossa luz brilhar, iluminamos não apenas o mundo ao nosso redor, mas também nosso próprio caminho de volta à fonte de toda luz e amor. Portanto, lembremos sempre das palavras de Jesus: “Vós sois a luz do mundo; deixai brilhar a vossa luz!”
Editorial
FEB
O SERMÃO DO MONTE
De: Haroldo Dutra Dias
Editora: Intelítera
É possível aplicar os ensinamentos de Jesus em nosso dia a dia para termos uma vida melhor? Sim, é possível. É o que o incansável e inspirado Haroldo Dutra Dias, de forma leve e profunda, demonstra em cada página deste maravilhoso livro. Além do belíssimo estudo que ele traz sobre O Sermão do Monte ou Sermão da Montanha, apresenta as parábolas como técnica pedagógica para a alma e corporincação das bem-aventuranças. Ao aprofundar os ensinamentos de Jesus, ele nos apresenta um importante instrumento de compreensão interior a fim de trabalharmos a nossa reforma intima. E, ao final, nos presenteia com um estudo sobre José e Maria, como bem-aventurados porque viveram a mensagem libertadora e de felicidade proposta por Jesus. Venha emocionar-se com essa leitura indispensável para os nossos dias e aprenda a escalar o Monte das bem-aventuranças para seguir rumo ao crescimento espiritual.
O Consolador 2018
DIANTE DO SENHOR
“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” Jesus (João, 8:43)
A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.
Emprestar sem exigir retribuição.
Desculpar incessantemente.
Amar os próprios adversários.
Ajudar aos caluniadores e aos maus.
Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.
Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas.
A preocupação da posse lhes absorve a existência.
Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.
Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.
Percebem, mas não ouvem.
Informam-se, mas não entendem.
Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.
Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.
São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.
Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.
Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
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