ALERTA PARA A "NOVA GERAÇÃO"
PERIGOSO! "Há 10 anos que luto na linha de frente contra o suicídio de adolescentes e tenho constatado que o abuso dos ecrãs (telas) faz com que os jovens percam competências para enfrentar a vida, além de aprofundar o sentimento de desconforto e deteriorar a saúde mental", diz o Dr. Francisco Villar.
Para ele, os telemóveis deviam ser proibidos até os 16 anos. Muito radical? Infelizmente, as consequências negativas da utilização cada vez mais precoce e intensa dos eletrônicos são uma realidade crescente.
PREOCUPANTE! Sou pai de três crianças, todas nascidas após 2009. Elas pertencem a geração que desconhece o prazer de brincar na rua. Lembro-me de passar horas jogando bola, andando de bicicleta, brincando com os amigos do bairro...
Hoje, meus filhos passam o tempo livre com a cara enfiada no celular. Não sou saudosista; sou um pai preocupado. Como professor, também me preocupo com a geração "dancinha do TikTok"... (José Razzo)
DESAFIADOR! Um livro atual sobre o tema, do escritor Jonathan Haidt, “A Geração Ansiosa", oferece uma análise detalhada sobre os efeitos de uma infância digitalizada. A obra explora como o uso excessivo de dispositivos eletrônicos transformou uma geração inteira. Não há precedentes na história humana.
Nossos filhos estão deprimidos, ansiosos e, além disso, são incapazes de enfrentar desafios. O livro traz lições para a gente tentar consertar isso.
PROBLEMÁTICO! Jonathan Haidt é psicólogo e professor de Nova York, conhecido por contribuições ao estudo do comportamento humano. Ele chama a atenção para o fato de que estamos “superprotegendo nossos filhos do mundo real e não os estamos protegendo o bastante da internet”.
É algo realmente peculiar: de uma lado, a superproteção das interações reais, com pessoas e todo um universo presencial; de outro lado, a falta de qualquer critério para o mundo virtual, onde um celular é liberado para uso irrestrito de uma criança ou adolescente.
DEPRIMENTE! Em gerações anteriores, as crianças passavam grande parte do tempo explorando o mundo, interagindo com outras crianças e desenvolvendo, desta forma, habilidades sociais e emocionais fundamentais.
Haidt alerta que essa dependência tecnológica está substituindo experiências essenciais de vida. É preciso considerar que metade das doenças mentais estão começando muito cedo, antes dos 14 anos.
É VICIANTE! Os estudos afirmam que o tempo gasto por adolescentes nas redes e celulares está associado a piores níveis de desempenho escolar e acadêmico, problemas de comportamento, sedentarismo, distúrbios emocionais e insônia.
“Não conseguimos manter nossos filhos fora da internet”, diz Haidt, “mas devemos mantê-los longe do acesso contínuo, de 24 horas por dia e sete dias por semana, à internet livre em seus bolsos”.
“Deixe seus filhos saírem, dê um celular para eles, mas que seja dos antigos, o celular tijolo”. Ele recomenda essa política até os 14 anos.
CONSCIENTIZAÇÃO! Se for introduzido o smartphone, a partir da adolescência (14 ou 16 anos), ele recomenda que haja períodos de restrição, “sem telas na hora das refeições, todas as telas fora dos quartos depois de certa hora”. Haidt afirma que os próprios jovens já reconhecem que as telinhas são viciantes e há movimentos criados por eles pedindo que os ajudem a largar o vício.
“Eles sabem que esta coisa os está destruindo e que precisam de uma saída. Não foi assim com os quadrinhos, com a televisão ou com qualquer outra coisa. É bem diferente”. Fica aqui, portanto, o alerta aos PAIS e aos JOVENS!
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2024
UMA MULHER DE FIBRA
Tornara-se mãe ainda muito jovem, Maria Helena, primeiro amor, casou-se em poucos meses, depois o primeiro filho, a inexperiência, o aprendizado apressado de ser mãe, depois em sequência veio mais quatro filhos. Sequer teve tempo para raciocinar direito, porém as dificuldades eram enormes, embora muito jovem tornou-se uma mãe exemplar, mesmo porque devia dar conta de três meninas e dois meninos, quando não estava às voltas com os filhos, trabalhava duramente para ajudar no sustento do lar.
O marido vivia fora da realidade do mundo, não parava em emprego, sempre exigia da jovem esposa mais do que podia, sem muito tempo para pensar, continuava a luta diária, começa as aulas de seu filho mais velho aos sete anos de idade. Os demais ainda ficam ainda presos a saia da mãe, mas a luta continua intensa.
O marido cada dia mais irresponsável, mas a esposa não tinha tempo para respirar sequer, dorme muito tarde e levanta de madrugada para dar conta dos serviços de casa, a outra parte do dia em casa dos vizinhos ajudando numa atividade ou noutra para garantir o pão de cada dia.
Os problemas surgem de toda a parte, um dia uma criança com febre, outra cai e se machuca, outras vezes tem que ajudar na tarefa da escola, brigam, apazigua, mas quando resolve um problema surge outro. Faz o que pode nessa luta pela sobrevivência, mais um acontecimento que a magoou muito.
Soube que seu marido além de não trabalhar, ainda arranjou uma namorada, a primeira briga ocorre, mas ele nega tudo. Outros boatos surgem, mas ele torna a negar, mas um dia, numa discussão acalorada, confessa que tem outra sim, e qual era o problema? Ele não iria ficar em casa cuidando de filhos. Isso nunca...
Mas ela não quer tomar uma decisão precipitada, mas sabe que não pode contar com ele para nada. Aliás, não tem muito tempo para ficar triste, porque as necessidades de seus filhos pequeninos não lhe dão tempo algum. Somente altas horas da noite é que pensa em sua vida, quando passa os olhos nos leitos toscos de seus filhos, observa um a um, sabe que o grande compromisso é com eles, não pode recuar.
Os filhos maiores nessa altura até ajudam um pouco em casa, mas a luta sempre continua intensa pela sobrevivência, não pode responder pelas atitudes do marido. Mas continua ele agora acintosamente com a outra, inclusive quando trabalha conta que passa para a outra o dinheiro que ganha.
Inclusive menciona os presentes que dá a ela, até que um dia ela pediu que ele fosse embora e não o queria mais vê-lo. O esposo sentiu-se muito ofendido em ser convidado a sair da própria casa. Mas que ele iria embora daquela casa e nunca mais a queria vê-la...
Naquela noite chorou muito pela maneira que ele reagiu, considerando-se ainda cheio de razão, apesar de sempre estar ausente, mas já de madrugada estava de pé.
Afinal à vida continuava com seu cortejo de dores e trabalhos incessantes, fazia mil planos como ajudar os filhos pequeninos ainda, vendo-se como única responsável por eles, não tinha o direito de pedir aos seus pais que também quase nada tinham para sobreviver.
Era moça ainda e surgiram alguns pretendentes, mas ela se recusou, afinal tinha três filhas e não iria colocar um homem em sua casa e prosseguia na luta por educá-los. Embora Eleutério fizesse bater o seu coração, conhecia-o desde a juventude, mas não podia agir dessa maneira, porque o compromisso maior era com os filhos.
Dias difíceis passaram e duas de suas filhas mais velhas casaram-se adolescentes ainda e o filho primogênito, porque seria um compromisso a menos para ela. Ficou com os dois mais jovens.
Em seguida vieram os netos, que novamente encheram a sua casa, nesses momentos teve os seus momentos de alegria também, por breves espaços, porque sempre se via com um problema ou outro. Especialmente o ex-esposo que não cansava de espezinhá-la. Mas ela se resguardava no trabalho, não lhe dando importância. Até que se aborrecia e a deixava em paz.
Mas um dia algo inesperado aconteceu. O ex-esposo teve convulsão cerebral e ficou muito enfraquecido, mal conseguia manter-se em pé. A esposa com quem convivia naquele momento resolveu abandoná-lo, segundo palavras dela “não iria cuidar de um inválido, era muito jovem ainda”.
Maria Helena soube e se compadeceu e o trouxe para casa para cuidar dele. Afinal ele era o pai de seus filhos e não tinha mais ninguém no mundo. Seis meses de luta quando os filhos a ajudavam nas despesas e no tratamento do pai, mas apesar dos esforços a enfermidade não cedia. As crises eram frequentes de falta de ar e uma fraqueza extrema, até que um dia numa crise mais grave, acabou morrendo em seus braços, depois dos ofícios fúnebres muito simples, Maria Helena voltou para casa exausta.
Queria dormir, esquecer todos aqueles anos de lutas, tristezas, ressentimentos... Parecia-lhe que fora uma armadilha do destino, um encantamento repentino com aquele homem que sequer conhecia direito, mas parecia que se sentia atraída, aliás, arrastada para ele, como se nada mais importasse.
Depois de rápidos momentos, como se entrasse num redemoinho sem volta, parecia que não era a pessoa que conhecera, mas não havia como voltar atrás. Os fatos foram acontecendo numa sucessão sem qualquer previsão. Depois dias de grandes dificuldades em que muitas vezes não tinha o que comer com os filhos, ou dividir migalhas entre eles, para continuar a luta, depois aquele episódio triste de haver arranjado outra pessoa a feriu profundamente, mas agora nada mais importava.
Naquela noite queria mesmo esquecer tudo, mas ela ficou longas horas pensando em sua vida, apesar de sentir um cansaço enorme, porém somente pela madrugada conseguiu adormecer.
Um sonho tumultuado, quando se viu noutra situação e noutro cenário, mas ela que dava as cartas, muito bela e prendada reconheceu o esposo com outra roupagem, mas com posses e devido a sua influência e beleza, explorou-o até os últimos centavos. Depois o despediu, sem a menor compaixão, parece que ainda o reviveu descendo por aquela ladeira numa final de tarde, desapareceu e nunca mais o viu.
Muito mais tarde descobriu que ele morreu na miséria, acusando-a que fora a causa de sua ruína. Compreendeu que não existe sofrimento sem causa. Acordou já tarde, mas estava plenamente refeita, como se houvesse cumprido até o fim um sagrado dever, parece que começara a viver de novo. Sentia uma alegria intima sem uma causa conhecida. A impressão que tinha é que retirara um enorme peso de suas costas, agora se sentia livre.
Meses depois... Um dia passa Eleutério por sua casa, aquele antigo sentimento reacende e como ele nunca havia casado resolveram construir um novo lar. Finalmente Maria Helena sorriu, depois de muito tempo...
Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
CONFIAR EM DEUS
Quando afirma que confia em Deus, deve acrescentar também que trabalha em favor do próximo para que essa confiança seja um fato. Porque se não ama o próximo como Ele pode também confiar em você, porque senão trabalha para transformar a vida em algo melhor, não passará de uma afirmação verbal sem consequência. O dever de cada um é de transformar essa a existência num passo decidido em favor da própria evolução espiritual.
Se porventura afirma que confia em Deus... Mas não tem compaixão daquele que está caído à beira do caminho ou daquele que vive ao seu derredor, passando por situação difícil quanto à sobrevivência. É certo que talvez pense em Deus somente para si, sem cogita que Ele ama a todos igualmente e muitas vezes convidam aqueles que nele confiam para auxiliar esses outros filhos de seu coração.
Se estiver sempre disposto a declarar que confia em Deus, mas nada faz para o seu aperfeiçoamento moral e para se tornar mais humano, mais solidário com o próximo, mais respeitoso dos direitos alheios, pode de repente não haver compreendido a mensagem de Jesus.
Eu confio em Deus! Se essa frase que pronuncia com tanta convicção, talvez não tenha avaliado direito o compromisso que assume ao fazer essa afirmação, porque importa numa responsabilidade muito grande. Pode estar junto àqueles que nele confiam, mas é necessário basear-se no seu pelo bom exemplo, também que Deus confie em você, por isso mesmo é necessário que pelo esforço próprio tenha mérito para estar com Ele.
Se diante das dificuldades mantenha essa confiança com base no seu proceder que também venha à força de Deus para secundá-lo nos seus esforços para se promover no caminho do bem, amando o próximo, sem esperar recompensa.
Certamente que deve ter pensado e meditado nessa sua maneira corajosa de encarar a vida. Sem dúvida que é importante manter essa confiança, porque lhe dará força para enfrentar as grandes tribulações.
No entanto é importante que Deus também possa contar com os seus esforços para reerguer os caídos, levar o reconforto aqueles que sofrem e esperanças aos que perderam a alegria de viver. Coragem aqueles que necessitam enfrentar a duras provações da vida e paz para aqueles corações atormentados pelos seus dramas que lhes ensombra os dias.
Porque estar com Ele é a grande questão, por isso ocorre que é necessário amá-lo, mas antes deve também amar o próximo e sem essa decisão pode de repente estar muito distante da realidade que sonha como também não estar com Ele que seria pior. Porque para se aproximar dele, deve em primeiro lugar amar ao próximo, como a si mesmo.
Por isso muita atenção no caminho para que não se perca nunca a noção de responsabilidade, nem da direção de suas palavras.
Por fim, onde esteja quando pronunciar essa frase “eu confio em Deus”, talvez sem saber possa de repente estar assumindo um compromisso muito grande. E talvez venha se perguntar se eu confio em Deus, talvez vendo os seus tutelados que sofrem, venha convidá-los para que o ajudem a levar consolo e paz a todos os outros seus filhos amados que sofrem e padecem, e nesse momento deve estar plenamente preparado para seguir com Ele. Áulus
Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes
AÇÃO DA PRECE
Quando a pessoa ora emite vibrações mentais que se espalham no fluido cósmico por intermédio das correntes do pensamento, cujos mecanismos são assim explicados pelo Codificador:
Quando, pois, o pensamento é dirigido a um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou de desencarnado para encarnado, estabelece-se uma corrente fluídica entre um e outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem [...].88
A MANEIRA CORRETA DE ORAR
A oração apresenta, em geral, três características fundamentais, anunciadas no Pai-nosso, modelo de prece ensinada por Jesus (Mateus, 6:9 a 13): louvor, pedido e agradecimento. Allan Kardec analisa a importância desta oração:
[...] É o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a forma mais singela, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Dizê-la na intenção de uma pessoa é pedir para ela o que se pediria para si mesmo.89
À medida que o ser humano evolui reconhece a misericórdia e bondade divinas que o cumulam de bênçãos. Com esta compreensão, as suas orações perdem o caráter de petitórios, sendo caracterizadas por louvores e agradecimentos dirigidos ao Criador. Nestas condições, o Espiritismo nos ensina qual é a maneira correta de orar, que pode ser resumida nos itens que se seguem.
• Orar em secreto
Na seguinte passagem do Evangelho Jesus ensina que durante a oração a pessoa deve estabelecer um momento de sintonia ou de intimidade com o Criador, no qual não cabe qualquer tipo de exibicionismo. E, quando orardes, não sereis como os hipócritas, que gostam de orar pondo-se de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas largas, para se mostrarem aos homens [...]. Tu, porém, quando orardes, entra para o teu quarto interno e, tendo fechado a porta, ora ao teu Pai em segredo e teu Pai, que vê no segredo, te recompensará [...].90
É importante compreender que a expressão “orar em segredo”, não indica posicionamento físico ou postura especial, física ou mística. Representa, apenas, o estado de comunhão com Deus, mesmo que aquele que ora esteja a sós ou rodeado de uma multidão de pessoas:
A prece outra coisa não é senão uma conversa que entretemos com Deus, nosso Pai; com Jesus, nosso Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais. É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o Pai, poderoso e bom, perfeição das perfeições.91
• A oração deve ser simples, sem excessivo palavreado
Jesus orienta: “Orando, porém, não useis de vãs repetições como os gentios, pois pensam que com palavreado excessivo serão atendidos. Assim, não vos assemelheis a eles, pois vosso Pai sabe do que tendes necessidade, antes de pedirdes a ele.”92 O significado desta lição do Mestre está clara, conforme explica Kardec: “[...] não é pela multiplicidade de palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas”.93
O poder da prece está no pensamento. Não depende de palavras, nem de lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar e do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e têm o mesmo objetivo: é como se muitos clamassem juntos e em uníssono (grifo no original).94
• A oração deve falar ao coração
Martins Peralva, citando Emmanuel, assinala a importância dos sentimentos quando em oração: “A verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve ser cômodo processo de movimentação de lábios, emoldurado, muita vez, por belas palavras, mas uma expressão de sentimento vivo, real, a fim de que realizemos legítima comunhão com a Espiritualidade maior.”95
Referência:
88 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 10, p. 317.
89 Id. Ibid. Cap. XXVIII, it. 2, p. 329.
90 O NOVO Testamento. Mateus, 6: 5 a 6, p. 55, 2013.
91 PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. Cap. 25, p. 180, 2011.
92 O NOVO Testamento. Mateus, 6: 7 a 8, p. 55, 2013.
93 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 4, p. 314, 2013.
94 Id. Ibid., it. 15, p. 319.
Livro Mediunidade Estudo e Prática
FEB
PSICOGRAFIA
DÁDIVAS PRECIOSAS
Tudo parece mistério, mas na realidade é que a verdade nos é concedida de maneira especial, respeitosa, fraterna conforme a misericórdia de Deus.
Caso ela nos fosse revelada de inopino ficaríamos deslumbrados e Deus não quer isto, Ele com amor dosa a verdade de acordo com a nossa capacidade de assimilá-la.
Como estudante vai recebendo as informações de acordo com a idade, com a maturidade e desenvolvimento dos órgãos.
Estudar, trabalhar muito contribui para o conhecimento preencher os escaninhos do ser. A verdade é como a luz que dissipa as sombras, as trevas e a ignorância vai sendo varrida do nosso espírito.
O esforço deve ser constante e dessa forma o véu vai sendo levantado e mais luz vai se fazendo em profundidade.
Agradeço a Deus por tantos seres que Ele incumbiu na minha educação e formação. Devagar estou varrendo do meu coração, da minha mente crenças que mais atrapalham do que favorecem, crenças negativas que se tornam montanhas de difícil remoção caso não sejamos auxiliados para desmistificá-las.
Conviver nos auxilia bastante porque a troca de informações sedimenta o saber, por isso devemos respeitar todas as pessoas, cada qual está em um nível de aprendizado e não devemos atropelá-los, devemos fazer o exercício da tolerância e do perdão conforme nos ensinou Jesus.
Todos os dias têm esta oportunidade para que os dons que dormitam em nós possam sair da letargia e robustecer com a educação e o amor daqueles que nos cercam em todos os ambientes.
Tolerar e respeitar, perdoar e ensinar, evangelizar deve ser a atitude de todos nós na convivência com as pessoas.
Se a Terra é habitada por um número muito grande de espíritos inferiores também é verdade que Deus aqui colocou Espíritos Bons para nos motivar, ensinar a sair desse estágio primitivo e fazer luzir a nossa estrela.
Com compaixão e profunda piedade devemos conviver assim o número dos bons multiplicar-se-ão para a felicidade geral. Somos todos aprendizes e também professores, com humildade então devemos nos comportar. Deus nos abençoe e que a verdade venha fazer morada em nossos cérebros acanhados.
Cesfa
Campo Grande/MS.
Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: O trabalho
A HERANÇA
Havia uma vez um lavrador generoso e muito trabalhador que tinha vários filhos, todos preguiçosos e cheios de cobiça.
Em seu leito de morte, o velho lavrador disse aos filhos que ele lhes deixaria de herança um tesouro e que para encontrá-lo eles deveriam cavar a terra da propriedade deles.
Quando o lavrador morreu, seus filhos se organizaram e com muita disposição passaram a cavar a terra em busca do tesouro.
Cavaram uma área bem grande, mas não encontraram o que buscavam. Decidiram, então, aproveitar que a terra já estava revolvida, e plantar ali algum cereal. Assim, plantaram trigo, que cresceu e deu abundante safra.
Eles venderam o produto da colheita e ganharam bastante dinheiro.
Concluída a colheita, os filhos do lavrador pensaram novamente na remota possibilidade de que o tesouro talvez lhes tivesse passado despercebido. E foram cavar de novo em suas terras. Sem encontrarem o tesouro, mais uma vez usaram o solo para a plantação.
Por várias vezes, eles cavaram a terra, na esperança de encontrarem uma fortuna. Transcorridos alguns anos, porém, eles já estavam acostumados a semear e colher. E haviam aprendido muito, tinham prosperado, estavam unidos e satisfeitos.
Certo dia, conversando sobre como as colheitas estavam sendo fartas e como o pai deles ficaria feliz se pudesse vê-los agora, os irmãos compreenderam a intenção do pai. A herança deles foi a recomendação de que cavassem a terra.
Trabalhando, eles se converteram em lavradores honestos e felizes e conquistaram uma grande riqueza, bem maior até do que teriam, se encontrassem um tesouro escondido.
(Adaptação do texto “A parábola dos filhos cobiçosos”, do site arteref.com/literatura.)
Material de apoio para evangelizadores:
Clique para baixar: Atividades
marcelapradacontato@gmail.com
O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2024
A MALA PESADA
por Ricardo Orestes Forni
“As expiações são impostas, irrecusáveis, por constituírem a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou.” – Joanna de Ângelis
A família ia realizar uma viagem para fora do país. Todos preparavam as suas malas com muita alegria. Aquela seria a primeira vez e a expectativa das novidades a serem vividas trazia uma euforia muito grande. Entrando no quarto dos filhos para supervisionar a arrumação das malas a fim de que nada fosse esquecido, o pai verificou que uma filha adolescente montava uma bagagem muito pesada. Muitos aeroportos de outros países eram grandes. Acontecia de ter que se arrastar as malas durante distâncias consideráveis. O cansaço da viagem juntamente com o peso da bagagem imporia grandes esforços mesmo às pessoas jovens. Com a finalidade de poupar a filha desse incômodo, o pai alertou:
– Minha filha. Diminua as coisas que está levando porque as malas terão que ser transportadas por distâncias grandes dentro de determinados aeroportos. Você irá se cansar após longas horas de viagem. Agora tudo é festa, mas quando tiver que puxar a bagagem de um lado para outro verá que não é tão fácil assim.
– Ora, papai! – retrucou a adolescente eufórica pela viagem – o senhor não entende que as mulheres precisam combinar uma série de coisas? Sapatos, roupas variadas, bolsas etc. Como levar pouca coisa se a moda impõe a nós, mulheres, determinadas normas que não existem para os homens?
– Apenas estou lhe avisando que puxar de um lado para outro a bagagem pesada irá cansá-la. Leve vestimentas mais simples e em menor quantidade. Você vai entender o que estou falando quando passar suas mãos na alça e puxar a sua mala.
– Desculpe, papai. Não vou me vestir fora da moda. Prefiro fazer força.
– Você é quem sabe. Avisada você foi.
E como o pai previu, ocorreu. As muitas horas de viagem aérea para chegar até o destino. A má acomodação do corpo na poltrona da aeronave. O sono mal dormido impunha cansaço ao corpo, mesmo dos mais jovens. O aeroporto muito grande exigia o deslocamento de uma região distante de outra para novo embarque e a jovem começou a reclamar.
– Papai, estou cansada! Não dá para o senhor levar um pouco a minha mala?
– Não lhe avisei, minha filha? Vou juda-la um pouco porque também tenho minhas bagagens e sou mais velho do que você. Infelizmente terá que levar tudo o que trouxe, apesar de alertada, por sua própria conta pela maior parte do caminho. Da próxima vez, escute as palavras do seu pai.
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Caro leitor, amiga leitora, você é capaz de identificar nas figuras acima a nossa pessoa?
Quem seria o pai que procurou alertar a filha quanto ao peso da bagagem, senão os Espíritos amigos quando nos avisam sobre as consequências dos nossos erros?
Quem seria a mala pesada que temos que carregar pelos caminhos da jornada física, senão a nossas expiações que vamos ajuntando e colocando dentro da mala de nossa consciência culpada?
Quem seria a jovem teimosa, senão cada um de nós quando troca o correto pelo erro mesmo quando alertado pela voz da consciência?
Quando “aterrissamos” no aeroporto da Terra através da reencarnação, quanto mais pesada a mala dos erros, tanto mais esforço teremos que desenvolver para podermos chegar ao local certo que a Providência Divina determinou para cada um de nós.
Vamos aliviar o peso da mala para a próxima reencarnação? Vamos colocar nessa mala as boas escolhas que transformam nossa mala espiritual em objeto leve de ser transportado?
Muita gente engana-se ao acreditar que os Espíritos carregarão nossa mala de imperfeições. Eles não farão isso. Muitas pessoas se decepcionam injustamente com a Doutrina Espírita porque vão ao Centro Espírita e os problemas continuam. Lógico que continuem. Os problemas são construções nossas e não dos Espíritos. A eles compete dar sugestões para que carreguemos nossas malas até esvaziá-las dos erros que aí colocamos livremente. Auxiliam-nos através das sugestões para que nossa escolha caia sobre o certo e afastemo-nos do erro. O erro é o peso desnecessário que ajuntamos e que teremos que transportar em nossa caminhada terrestre. Jesus foi claro quando afirmou que aqueles que desejassem segui-Lo que tomasse a sua própria cruz e o fizesse. Jesus não se propôs a carregar a nossa cruz, aquela cruz que confeccionamos através dos erros livremente cometidos.
Que tal começarmos hoje mesmo a nos “vestir” conforme recomenda a nossa consciência e não como recomenda a “moda” dos interesses do mundo? Dessa forma estaremos preparando uma bagagem mais leve para as futuras reencarnações.
Consolador
2024
MANSÃO DO CAMINHO: 72 ANOS!
Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Um velho brocardo popular assevera que o destino das criaturas humanas está escrito nas estrelas.
Imprevisível, sempre surpreende, porque as suas manifestações fazem-se inesperadamente, e mesmo quando alguém se prepara para atender tal ou qual manifestação, é conduzido para resultado não poucas vezes esperado.
Os meus primeiros sinais na infância e na juventude a respeito do futuro foram muito especiais.
Católico fervoroso, a minha atração para a Igreja era muito forte.
Certo dia, numa pequena viagem de trem entre Plataforma e a estação terminal, acompanhado pelo amigo Nilson de Souza Pereira, fui acometido por um fenômeno totalmente desconhecido por mim.
Tive a sensação de um sonho, no qual me via num lugar muito belo e cuidado entre árvores frondosas e jardins, cercado por um número expressivo de crianças alegres, brincando felizes. Tratava-se de um senhor de idade que compartia do encantamento geral. Acerquei-me do grupinho em que ele estava igualmente jubiloso e percebi que se tratava de mim mesmo já envelhecido.
Tomado pela surpresa, ouvi uma clara voz que afirmava: “– Sim, és tu no futuro, quando educarás crianças necessitadas às quais entregarás a tua existência atual. Prepara-te para o trabalho com Jesus”.
O choque foi muito forte, que despertei do letargo banhado de suor.
À surpresa do acontecimento, seguiu-se uma grande emoção.
Narrei ao companheiro de viagem que parecia surpreso ante os movimentos inconscientes do meu aparente sono, e afirmou estar surpreendido…
Nessa ocasião, frequentávamos um grupo espírita que fundáramos antes e, naquela noite, após as atividades doutrinárias, narrei o acontecimento matinal.
Todos ficamos perplexos ante o fenômeno, que mais tarde conheci como desdobramento da personalidade…
Na sucessão dos dias, resolvemos debater a informação e, por fim, começamos a pensar na possibilidade de criarmos uma Escola num bairro muito pobre da cidade, nos Alagados do Uruguai.
A ideia progrediu e no dia 15 de agosto de 1952 inauguramos, na Rua Barão de Cotegipe, 124, o Educandário Mansão do Caminho para crianças órfãs e/ou abandonadas.
Hoje completamos 72 anos de trabalho na Instituição, que já atendeu a milhares de crianças em seus vários setores e departamentos: Creche, Jardim de Infância, três Escolas de Primeiro Grau, profissionais, serviço médico-odontológico, atendimento à velhice (500 famílias), até setembro passado uma Casa de Parto, no Bairro do Pau da Lima…
Estamos planificando atividades socorristas outras para atender a dor sob qualquer aspecto que se apresente.
Transcorridas sete décadas de atividades, estamos ampliando os serviços de atendimento, tendo em vista as dificuldades destes dias de angústia.
Venha ajudar-nos.
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 15 de agosto de 2024.
Editorial
FEB
A SENHORA DO SOLAR
Psicografia: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Pelo Espirito: Antônio Carlos
Editora: Lúmen
Noeli teve uma existência de privações, em que enfrentou muitas dificuldades. Morava numa casa que se deteriorava, mas que antigamente fora uma bela residência, um solar. Por que nascera naquele lugar? Ela tinha visões do passado, recordava-se da época em que ali vivera como senhora, a senhora do solar. Mas, hoje, era pobre e vivia dos produtos de sua horta. Até que começou a fazer remédios e pomadas com ervas, curando muitas pessoas. Mesmo depois de sua morte, os pedidos de bênçãos e curas não pararam, como se ela fosse uma santa. E como são feitos esses atendimentos na espiritualidade? O leitor saberá, ao ler este livro, do dedicado trabalho de tarefeiros que atendem em nome de Deus, Jesus, Maria ou santos, em diversos lugares distintos. Vamos compreender que, para atender um simples pedido nosso, o trabalho dos socorristas espirituais é imenso e, às vezes, mobiliza toda uma equipe em benefício do encarnado..
O Consolador 2018
UNIÃO FRATERNAL
“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.”Paulo (Efésios, 4:3)
À frente de teus olhos, mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.
São milhões de sendas que marginam a tua.
Não olvides a estrada que te é própria e avança, destemeroso.
Estimarias, talvez, que todas as rotas se subordinassem à tua e reportaste à união, como se os demais viajores da vida devessem gravitar ao redor de teus passos.
Une-te aos outros, sem exigir que os outros se unam a ti.
Procura o que seja útil e belo, santo e sublime e segue adiante...
A nascente busca o regato, o regato procura o rio e o rio ligase ao mar.
Não nos esqueçamos de que a unidade espiritual é serviço básico da paz.
Observas o irmão que se devota às crianças?
Reparas o companheiro que se dispôs a ajudar aos doentes?
Identificas o cuidado daquele que se fez o amigo dos velhos e dos jovens?
Assinalas o esforço de quem se consagrou ao aprimoramento do solo ou à educação dos animais?
Aprecias o serviço daquele que se converteu em doutrinador na extensão do bem?
Honra a cada um deles, com o teu gesto de compreensão e serenidade, convencido de que só pelas raízes do entendimento pode sustentar-se a árvore da união fraterna, que todos ambicionamos robusta e farta.
Não admitas que os outros estejam enxergando a vida através de teus olhos.
A evolução é escada infinita. Cada qual abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se coloca.
Aproxima-te de cada servidor do bem, oferecendo-lhe o melhor que puderes, e ele te responderá com a sua melhor parte.
A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
A contenda estéril é resultado da imposição.
A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos chamados a servir.
Somente alcançaremos semelhante realização "procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz".
Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
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