"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XIX - N. 225 * Campo Grande/MS * Outubro de 2024.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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           Nada se perde do bem que espalhe no caminho alheio, porque dessa seiva que se sustentará no dia de sua maior provação.

 

                                   

CRIANÇAS

 

            Pelo pouco tempo que Jesus, nosso Senhor, esteve fisicamente, entre nós, a multidão que o seguia procurava a todo custo aproximar-se Dele para receber diretamente a benção curadora e esperançosa que apontaria o caminho do reino dos céus; e as mães zelosas pelos seus filhos, ainda crianças, forçavam a aproximação delas na esperança de que fossem ficar ao Seu lado no reino prometido.
            Porém os apóstolos faziam uma verdadeira muralha para defender e proteger o Mestre, bloqueando tal aproximação. Foi quando certo dia, Jesus vendo a barreira protetora, disse severamente aos discípulos que não impedissem as crianças e deixassem que se aproximassem, pois o reino de Deus era para aqueles que se assemelhassem às crianças.
            Jesus se referia à pureza de coração das crianças e dos adultos que almejavam o Reino do Senhor, apesar de que nem todas as crianças tivessem essa pureza, mas que não perdessem tal pureza por atos desta vida, e sim em vidas anteriores, denotando a imperfeição do Espírito encarnado na criança.
            Muito tempo depois desse episódio, Allan Kardec preocupado com o destino das crianças, propôs várias questões aos Espíritos benevolentes que ditaram a glamorosa doutrina dos Espíritos; e começou perguntando quando o Espírito se une ao corpo da criança, e eles responderam que na concepção o Espírito já é escolhido para aquele corpo que está em formação, mas só é no nascimento que ele se une ao novo corpo, preparado para ele.
            Então quis saber se o Espírito da criança pode ser mais evoluído do que os pais e disseram-lhe que isso é muito frequente, pois o Espírito da criança pode ter vivido muito mais e ter maior soma de experiência que seus pais. E as crianças que morrem em idade precoce? Por que seria? Pode ser que a vida curta da criança seja para completar uma vida anterior interrompida antes do tempo previsto. E por que algumas crianças morrem antes mesmo de nascer? Normalmente isso ocorre para provação ou expiação para seus pais e não pela criança em si, que renascerá depois dessa experiência.
            Disseram também os iluminados Espíritos que não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Veem-se crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação. De onde vem esses instintos? A precoce perversidade vem da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação não contribuiu em nada para isso.
            Voltando ao tempo de |Jesus entre nós, os discípulos Lhe perguntaram: “Quem é o maior no reino dos céus?” – Jesus, chamando a si um menino, o colocou no meio deles e respondeu: “Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus. – Aquele, portanto, que se humilhar e se tornar pequeno como esta criança será o maior no reino dos céus – e aquele que recebe em meu nome a uma criança, tal como acabo de dizer, é a mim mesmo que recebe.” (S. MATEUS, 18:1 a 5.

 

Referência bibliográfica: Evangelho de Mateus e O Livro dos Espíritos. Allan Kardec.

 

Crispim
2024

 

 

ESTEJA DE SOBREAVISO

 

            Sempre esteja a postos, porque de repente pode chegar uma notificação que deve preencher uma vaga abandonada pelo titular, logo esteja preparado para assumir esse posto.
            Por isso deve estar de sobreaviso para que nesse dia esteja com as dificuldades mais urgentes resolvidas e possa se dedicar em tempo integral e de corpo e alma à tarefa.
            Não negligencie o tempo, mas estude e trabalhe, porque somente assim conseguirá os recursos para fazer algo que realmente atenda aos seus interesses, mas é importante que esteja com os olhos voltados para esse objetivo, para que em caso de necessidade urgente.
            Naturalmente pode ser uma função obscura, mas ideal para o seu caso ainda inexperiente das grandes questões do coração humano, aliás, que é muita coisa, por isso mesmo não perca a oportunidade de servir, porque será através do trabalho que se conseguirá o equilíbrio para enfrentar as tempestades que virão,
            Assim ao contrário do que pensa os sofrimentos e as dificuldades serão os freios que não deixarão cair no despenhadeiro do mal. Essas supostas dificuldades serão o anteparo para alcançar  a meta planejada, e com isso conseguiu dar os primeiros passos desse projeto de vida.
 Ninguém foge ao dever de servir, porque é exatamente esse gesto espontâneo que o promoverá diante da vida.
            O homem insensato ignorando essas coisas supostamente ruins, com isso perde uma das mais importantes ferramentas para o seu aperfeiçoamento moral e será sempre a base da felicidade. Dessa forma  o passo mais importante para construir um futuro melhor, começa pela prática simples da caridade, quanto mais esforços, mais condição terá de valorizar a vida.
            Assim tudo que faça para socorrer ao próximo, com isso estará de alguma forma pavimentando o próprio caminho.             O que não pode é ficar inativo, porque claramente é a pior atitude a tomar e implica, inclusive, em prejuízo a sua causa.
            Está a caminho com os amigos e adversários de ontem e de hoje e não pode recua sob pena de perder esta existência. Já sabe que milhares de pessoas se retiram à vida espiritual na mais completa indigência moral, por certo essa é a grande questão a ser examinada, antes que seja tarde demais. Não perca tempo e siga em frente. Áulus.

 

Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

DEPOIMENTO...

 

            Eu renasci com todas as condições de realizar um programa que atendesse as grandes questões que tem sido o motivo de minhas maiores quedas.
            A verdade que pedi essa prova, pois que desta feita queria dar um passo significativo na senda evolutiva. Fora alertado dos perigos ao escolher essa posição, pois que a vida com muitos recursos financeiros sempre é um grande perigo, mas como a grande era justamente esta, queria dar um salto contundente diante da vida.
             Claro que também sabia que se defrontaria com um vendaval de tentações, devido a minhas atitudes inconsequentes do passado, logo devia enfrentar a dura realidade que constavam nos arquivos de minhas vidas pregressas. Depois de tanto tempo de preparo a meu ver  julgava que estava apto a enfrentar as provas. 
            No entanto, os amigos ficaram apreensivos com esse retorno um tanto prematuro e com tantas responsabilidades, de manter num padrão razoável de equilíbrio possível com bastantes recursos amoedados e depois quando numa idade mais avançada também teria autoridade.
            Mas algo, no entanto era muito forte dentro de mim, nãos sabia conviver com o sucesso dos outros, isso me incomodava de maneira muito real, embora conscientemente afirmasse a mim mesmo  não poderia querer somente a luz em meu caminho. Era natural que o próximo pudesse desfrutar também dela, sem que isso fosse um mal para mim, de vez que era pelo contrário era um direito dele, tanto quanto o meu direito.
            Havia um problema  somente eu queria ser aplaudido. Qualquer posição de destaque de alguém me incomodava, até alguém de menor importância que fosse lembrado por um feito muito modesto, inconscientemente sentia talvez uma secreta inveja, como s aquele pessoa até muito simples condição estava resignada algo que por direito lhe pertencia.
            Se já estava falando de alguém que estava se destacando não tinha duvida, movia recursos para mantê-lo no anonimato. Inventando algo que pudesse desabonar aquele pequeno avanço. Ah! Já vi coisa melhor, de todas as maneiras procurava desdenhar dos outros, para que somente fosse considerado importante naquela sociedade que vivia.
            Mas quando resolvi assumir um cargo publico é que a vida mudou completamente. Falava sempre mal dos adversários, especialmente nos bastidores, a fim de minar as suas forças com uma propaganda negativa. Sempre inventava ou aumentava alguma coisa com o objetivo de denegrir a imagem dos outros, do meu adversário sempre deseja com malicia apanhá-lo pelas costas.
             Mas dissimulado começava assim, a fulano de tal é uma boa pessoa, gosto dele, mas tem feito tantas coisas erradas, que nem acredito, mas deixa pra lá ele é um bom pai de família. Era o fariseu por demais dissimulado, mas estava atento em qualquer deslize, embora aparentemente pudesse contar uma minha complacência era uma máscara que usava bem ajustada no rosto, para ocultar as minhas maldades que estava no coração.
            Sempre usando de todos os meios lícitos e ilícitos para conseguir me eleger prefeito daquela pequena cidade, num primeiro momento devido a minha propaganda enganosa era o salvador da pátria, era essa ideia que conseguiu passar ao povo, depois de algum tempo, sempre querendo aparecer mais que tudo.
             Naturalmente que minha máscara foi ficando transparente, porque não fazia nada do que pregava. Estava de certo modo caindo na armadilha que preparava para os outros. Pois que as pessoas foram percebendo, especialmente as mais de perto  começavam a perceber a minha pouca valia. A verdade que o poder enchera minha cabeça de tal maneira que me julgava insubstituível. Apesar de alguns dos antigos corrigelionários alertarem-me quanto a essa maneira de agir, mas sinceramente julguei como os meus inimigos que não sabiam de nada.
            Venceria o meu mandato no final do ano e tentaria me reeleger, como sempre fora surdo às advertências de alguns companheiros, somente aqueles bajuladores me apoiavam. Os adversários começaram a jogar pedra no meu telhado, inclusive citando o que fizera na eleição anterior. Não sabia que meu telhado era de vidro e extremamente frágil, porque fora uma administração péssima, sem apoio de ninguém,  até os funcionários queriam ver-me pelas costas, tal a minha arrogância, não respeitava ninguém.
            Mas julgava na minha cegueira por aqueles que bajuladores que estava em meu redor que vivia das verbas públicas, mas foi uma derrota eleitoral maior daquela região. A derrota fora esmagadora que sempre fora discutidor, mas naquele caso sentia que não havia nenhuma chance.
            Mas sai reclamando e naquela cidade só havia ingratos.  Gostava de ser festejado sempre. No outro dia depois das eleições em que me sentia derrotado compreendi que realmente nada fizera. Fiquei em casa sem saber o que fazer. Tala a derrota moral que sofrera. Os adversários eram festejados em toda a cidade.
            Não havia mais clima naquela cidade, resolvi mudar para outra cidade, agora na esperança de ser esquecido. Depois de algum tempo voltei para retornar as minhas atividades, mas parece que havia se esgotada a paciência das pessoas com as minhas atitudes arrogantes de ontem. Em qualquer lugar destratavam-me sem a menor consideração, declarando a minha arrogância e a minha incompetência, e ninguém elevava uma voz para me defender.
            Depois de muito sofrer por conta do meu orgulho. Não aceitava mais o descaso com que me tratavam, pois era isso que sempre fizera os outros, senti que naquele lugar não havia mais ambiente para viver decidi morar em outra cidade para começar tudo de novo, mas a derrota moral fora tão grande que parece que perdia a minha capacidade de reagir, pois sempre viram em mim somente qualidades
            Somente depois de muito sofrer que compreendia que não construíra nada, pois que não tinha viva alma para me compreender naquele momento difícil. A mulher não aguentou mais e foi morar com os filhos.
             Estava só nem os serviçais me suportavam, a cada dia arranjava uma e mandava embora, ou ela não voltava mais. Agora já doente. Até que um dia eu acabei voltando outra vez à vida espiritual na maior miséria moral. A verdade que quis uma prova superior as minhas forças.
            Hoje aprendi que cautela sempre é bom, mas insisti tanto em voltar naquelas condições, embora tivesse todas as condições para vencer, mas o orgulho me cegou, era a maneira mais contundente de perder. Agora somente voltar em outra oportunidade, mas numa situação mais simples para não cair outra vez a numa situação tão complicada quanto esta. Augusto.

 

Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

AÇÃO DA PRECE

 

            • A oração coletiva deve ser inteligível

            A prece em conjunto possui força poderosa, conforme foi anteriormente anunciado, mas, para isto, é preciso ser realizada corretamente. O primeiro ponto a ser lembrado é que deve ser inteligível, como alerta o apóstolo Paulo, em sua Primeira epístola aos coríntios:

            [...] se vossa linguagem não se exprime em palavras inteligíveis, como se há de compreender o que dizeis? Estareis falando ao vento. Existem no mundo não sei quantas espécies de linguagem, e nada carece de linguagem. Ora, se não conheço a força da linguagem, serei como um bárbaro para aquele que fala e aquele que fala será como um bárbaro para mim. [...] Se oro em línguas, meu espírito está em oração, mas a minha inteligência nenhum fruto colhe. Que fazer, pois? Orarei com o meu Espírito, mas hei de orar também com a minha inteligência.96

            “A prece só tem valor” — acrescenta Kardec — “pelo pensamento que lhe está conjugado. Ora, é impossível conjugar um pensamento qualquer àquilo que não se compreende, pois o que não se compreende não pode tocar o coração. [...]”.97 E prossegue em suas argumentações:

            Para a imensa maioria das criaturas, as preces feitas numa língua que elas não entendem não passam de um amontoado de palavras que nada dizem ao espírito. Para que a prece toque, é preciso que cada palavra desperte uma ideia; ora, a palavra que não é entendida não pode despertar ideia nenhuma. Será repetida como simples fórmula [...]. Muitos oram por dever, alguns, até, por obediência aos usos, pelo que se julgam quites, desde que tenham dito uma oração determinado número de vezes e em tal ou tal ordem. Deus lê no fundo dos corações; vê o pensamento e a sinceridade. Julgá-lo, pois, mais sensível à forma do que ao fundo é rebaixá-lo.98

            Para o Espiritismo, portanto, a prece realizada nas reuniões deve ser simples, objetiva e proferida em uma linguagem que facilite o entendimento de todos.

 

            • A oração e as provações da vida

            As provas e as expiações acontecem em decorrência da lei de causa e efeito, visto que os nossos sofrimentos resultam das “[...] nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos regularmente, seríamos completamente felizes.”99 A prece, contudo, tem o poder de amenizá-las, tornando suportáveis as agruras da existência, ainda que Jesus tenha afirmado “[...] tudo quanto orardes e pedirdes, crede que o recebestes, e assim será para vós.”100

            Seria ilógico concluir desta máxima: “Seja o que for que peçais na prece, crede que vos será concedido”, que basta pedir para obter, como seria injusto acusar a Providência se não atender a toda súplica que lhe é feita, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para o nosso bem. É assim que procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. O homem, em geral, só vê o presente. Ora, se o sofrimento é útil à sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.101

            Ante os desafios da vida é importante que, ao orarmos, peçamos a Deus confiança, coragem, paciência e resignação, a fim de superarmos os obstáculos ou as dores das provações. Os bons Espíritos virão em nosso auxílio, não há dúvida, inspirando-nos boas ideias e sentimentos, sem contudo, impedir o cumprimento do planejamento reencarnatório.102
Aprendemos, dessa forma, mesmo perante as maiores dificuldades, a fazer a nossa parte, recebendo, em contrapartida, toda proteção e amparo de Deus.

            Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, conforme esta máxima: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”, e não os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das próprias faculdades. Entretanto, na maioria das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por um milagre, sem nada fazer de sua parte (aspas no original).103

 

            • Oração e o perdão das ofensas

            Ainda que sejamos catalogados como Espíritos imperfeitos, é importante que, pelo menos durante a oração, demonstremos o nosso esforço de melhoria espiritual. Lembrar que devemos aprender a perdoar, purificar a alma de qualquer sentimento infeliz e agir segundo os preceitos da caridade, como ensina Jesus: “E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes algo contra alguém, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas transgressões [...].”104

 

Referência:
96 BÍBLIA de Jerusalém. I Coríntios, 14:9 a 15, p. 2011, 2013.
97 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 17, p. 320, 2013.
98 Id. Ibid., p. 320.
99 Id. Ibid. It.12, p. 317.
100 O NOVO Testamento. Marcos, 11:24, p.216, 2013.
101 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 7, p. 315, 2013.
102 Id. Ibid., p. 315.
103 Id. Ibid. Cap XXVII, it. 7. p. 315, 2013.
104 O NOVO Testamento. Marcos, 11:25, p.216, 2013.

 

Livro Mediunidade Estudo e Prática
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

           

            MÃE SANTISSIMA

            Mãe de Jesus, nossa gratidão eterna!
            Que Espírito Magnânimo! Foste escolhida para trazer ao Mundo o Salvador.
            Mãe Santíssima, sabemos que tudo o que pedimos a Senhora intercede por nós.
            Então, hoje queremos mais uma vez recorrer a ti rogando que usemos nossos olhos para transmitir a energia que cura. Usar nossos lábios para proferir palavras que estimulam, gerando união, concórdia e paz. Que usemos nossas mãos para auxiliar o enfermo da alma e do corpo. Usar nossos corações para emitir amor a todos ao nosso derredor.
            Auxilia-nos Mãe, para sermos a ponte que liga favorecendo a fraternidade.
            Que oremos mais uns pelos outros porque somos todos irmãos e isto agrada a Deus.
            Queremos ainda pedir pelas mães doentes, aflitas, chorosas.
            Rogar pelos jovens perturbados, viciados, dementados, revoltados.
            Rogar pela humanidade desarvorada.
            Rogar Mãe, amor para este posto de luz e por todos que se esforçam para melhorar e servir em nome do teu filho muito amado.
            Auxilia-nos, que a luz se faça bem mais forte em nós e em torno de nós.
            Abençoe-nos Mãe amada, concedendo coragem para prosseguirmos distribuindo alegria e otimismo para vivermos apoiados por ti.
            Gratidão! Gratidão eterna Mãe Santíssima.

 

Cesfa
Campo Grande/MS

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Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Trabalho no Bem

 

O REMÉDIO IMPREVISTO


            O pequeno príncipe Julião andava doente e abatido. Não brincava, não estudava, não comia. Perdera o gosto de colher os pêssegos saborosos do pomar. Esquecera a peteca e o cavalo. Vivia tristonho e calado no quarto, esparramado numa espreguiçadeira.
            Enquanto a mãezinha, aflita, se desvelava junto dele, o rei experimentava muitos médicos.
            Os facultativos, porém, chegavam e saíam, sem resultados satisfatórios. O menino sentia grande mal-estar. Quando se lhe aliviava a dor de cabeça, vinha-lhe a dor nos braços. Quando os braços melhoravam, as pernas se punham a doer.
            O soberano, preocupado, fez convite público aos cientistas do país. Recompensaria nababescamente a quem lhe curasse o filho.
            Depois de muitos médicos famosos ensaiarem, embalde, apareceu um velhinho humilde que propôs ao monarca diferente medicação. Não exigia pagamento. Reclamava tão somente plena autoridade sobre o doentinho. Julião deveria fazer o que lhe fosse determinado.
            O pai aceitou as condições e, no dia imediato, o menino foi entregue ao ancião.
            O sábio anônimo conduziu-o a pequeno trato de terra e recomendou-lhe arrancasse a erva daninha que ameaçava um tomateiro.
            — Não posso! estou doente! — gritou o menino.
            O velhinho, contudo, convenceu-o, sem impaciência, de que o esforço era viável e, em minutos breves, ambos libertavam as plantas da erva invasora.
            Veio o Sol, passou o vento; as nuvens, no alto, rondavam a terra, como a reparar onde estava o campo mais necessitado de chuva...
            Um pouco antes do meio-dia, Julião disse ao velho que sentia fome, O sábio humilde sorriu, contente, enxugou-lhe o suor copioso e levou-o a almoçar.
            O jovem devorou a sopa e as frutas, gostosamente. Após ligeiro descanso, voltaram a trabalhar.
            No dia seguinte, o ancião levou o príncipe a servir na construção de pequena parede. Julião aprendeu a manejar os instrumentos menores de um pedreiro e alimentou-se ainda melhor.
            Finda a primeira semana, o orientador traçou-lhe novo programa. Levantava-se de manhã para o banho frio, obrigava-se a cavar a terra com uma enxada, almoçava e repousava. Logo após, antes do entardecer, tomava livros e cadernos para estudar e, à noitinha, terminada a última refeição, brincava e passeava, em companhia de outros jovens da mesma idade.
            Transcorridos dois meses, Julião era restituído à autoridade paternal, rosado, robusto e feliz. Ardia, agora, em desejos de ser útil, ansioso por fazer algo de bom. Descobrira, enfim, que o serviço para o bem é a mais rica fonte de saúde.
            O rei, muito satisfeito, tentou recompensar o velhinho. Todavia, o ancião esquivou-se, acrescentando:
            - Grande soberano, o maior salário de um homem reside na execução da Vontade de Deus, através do trabalho digno. Ensina a glória do serviço aos teus filhos e tutelados e o teu reino será abençoado, forte e feliz.
            Dito isto, desapareceu na multidão e ninguém mais o viu.

 

            Fonte: Cap. 38 do livro Alvorada Cristã, obra de Neio Lúcio, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

            Material de apoio para evangelizadores:
            Clique para baixar: Atividades - marcelapradacontato@gmail.com

 

O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2024

 

 

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS

 

por Rogério Miguez

 

            A conhecida “Oração dominical”sugerida por Jesus como modelo para nos dirigirmos a Deus, representou, à época, um avanço significativo ao entendimento que os povos faziam da divindade, sendo hoje utilizada por uma imensidade de religiosos.
            No passado, muitos criam haver diversos deuses, outros que estes deuses se satisfaziam com sacrifícios e oferendas e quanto mais elaboradas fossem mais benefícios proporcionariam aos ofertantes, ainda havia aqueles que os invocavam para uma possível proteção nos muitos conflitos criados entre as civilizações, acreditava-se também que as calamidades meteorológicas devastando as colheitas ocorriam como punição dos deuses aos muitos pecados dos crentes, ou seja, a humanidade ainda estava em busca de uma justa compreensão sobre Deus e, em função da ignorância, sentimento de orgulho de raças e do egoísmo ainda enraizado nos corações dos devotos, havia necessidade de uma proposta simples, direta, sem elementos outros que não os da adoração e do respeito Àquele que nos criou e mantém a vida.
            A concepção de Deus era tão obtusa que durante um conflito bélico, acontecendo a todo momento, cada nação em guerra orava para o seu deus ou deuses e pedia a vitória sobre seus inimigos, o que diante do novo entendimento de Pai, torna-se uma rogativa inaceitável e incompreensível, pois, em última instância, o que se pedi era para ser eficaz em matar o máximo de seus oponentes e, se possível, destruir a cidade sede do povo inimigo, um absurdo.
            A substituição, pela figura de um Pai, da imagem guerreira, ciumenta, parcial e para alguns vingativa que se fazia de Deus, foi surpreendente, retirou da divindade os atributos mesquinhos que ainda nos caracterizam e que havíamos imaginado que os deuses precisariam igualmente possuir, sob pena de não haver empatia entre os crentes e o Criador, afinal, com as nossas incontáveis máculas morais, uma divindade perfeita estaria muito distante das expectativas do homem comum, Deus precisava ser imperfeito como nós ainda somos.
            Assim, o novo Deus visto agora como Pai de todos, pode ser adorado e louvado por: judeus, gentios e fariseus, ricos e pobres, reis e vassalos, senhores e seus escravos, independe da raça ou etnia, do idioma, condição social...
            Esta verdadeira revolução no entendimento propiciou que todos se vissem como irmãos, afinal o agora Pai é comum, e não mais como inimigos e competidores pelos bens e dádivas da Terra, merecedores da atenção exclusiva de seu ou de seus particulares deuses.
            É de se notar que o Cristo ainda manteve a ideia dos muitos Céus, conceito amplamente difundido no ambiente hebreu, embora Ele soubesse que mais tarde, quando da vinda do outro Consolador, a noção de Céu se perderia, bem como a do Inferno, ainda bem, pois no espaço não há alto nem baixo, norte ou sul, o Cosmo não é estratificado estabelecendo camadas onde se localizam os diversificados Céus como acreditava o pensamento de então, ainda quase infantil. No lugar de estás nos céus, poderíamos substituir por estás no espaço, no Cosmosno Universo, ou expressão equivalente.
            Dentro de sua singeleza, aponta para a submissão do crente aos poderes infinitos de Deus, quando sugere que Deus está em todos os lugares, os muitos céus, embora, hoje saibamos que eles não existem e nunca existiram.
            Fato marcante nesta proposta é que podemos nos relacionar diretamente com a Divindade, prescindindo de intermediários como alguns segmentos religiosos apregoam, mantendo seus fiéis atrelados a ideia de que para falar com Deus, é preciso alguém especial, preparado para tanto.
            Enxergando a divindade como um Pai, os filhos devem se acalmar diante das incertezas da vida, pois Ele está acompanhando toda a sua criação e não seria razoável que nos julgássemos desprezados ou mesmo esquecidos, acreditando que ele não nos observa e, como Pai tudo de bom deseja aos seus filhos.
            É possível que, quando orarmos sozinhos, a substituição de Pai nosso por meu Pai seria plenamente aceitável. A primeira é mais usual para ambientes coletivos, uma oração proferida em um salão ou assembleia, por exemplo.
            Espera-se que com esta visão revolucionária a propósito do Criador apresentada por Jesus, esta humanidade encontre em breve tempo o equilíbrio tão necessário para lidar equilibradamente e sem preconceitos com os diversos credos, ainda tão necessários ao atendimento das diferentes formas ainda presentes de se adorar e entender o Pai de todos.

 

Consolador
2024

 

 

EDUCAÇÃO

 

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista

 

            A educação é a arte nobre de gerar harmonia e equilíbrio na sociedade.
            Quem educa prepara o aprendiz para uma existência feliz, em razão dos fatores propiciatórios para uma conduta saudável, oferecendo alegria e respeito a tudo e a todos.
            A pessoa educada é sempre recebida de maneira afável, em razão do seu comportamento pessoal e social, gerador de simpatia e amizade.
            Podemos afirmar que educar é preparar para a vida, que, em si mesma, é um processo de equilíbrio para exercer as suas funções.
            Quem pauta a existência obedecendo aos códigos do dever está preparado para os diversos fenômenos da jornada humana.
            Para que proporcione os resultados devidos, a educação é um compromisso de fundamental importância, que não pode nem deve ser negligenciado sob pretexto algum.
            A educação moral no lar tem como objetivo transformar os ímpetos dos instintos humanos em sentimentos disciplinados, mediante regras de bem viver, que proporcionam alegria e bem-estar.
            O Espírito humano desenvolve as divinas faculdades do amor e da ordem que nele existem em germe através das experiências educativas do renascimento no corpo, que lhe proporciona os recursos hábeis para o mister.
            Originando-se na Misericórdia de Deus, o Pai Incomparável, é muito complexo, porque tem todas as características da perfeição que nele jaz em síntese e que deve desenvolver através do carreiro das reencarnações.
            Por isso, o seu progresso, às vezes, é penoso, tendo necessidade de corrigir os comportamentos automáticos do seu princípio, quando ainda predominam as paixões da ignorância pela falta de experiência que o tempo proporciona, assim como das jornadas ricas de esforços para o despertamento dos valores relevantes.
            Em todos os tempos a humanidade manteve educadores hábeis e dedicados à tarefa de formar cidadãos, mediante a fé religiosa, o pensamento filosófico, o sentimento de proteção à pátria e ao bem.
            Alguns desses aprendizes, conforme a época em que viveram, também optaram por outros métodos da violência, do ultraje, do desrespeito às leis então estatuídas, educando-se no mal…
            Na atualidade, embora as gloriosas conquistas da inteligência portadora de uma tecnologia extraordinária, a educação tem experimentado muitos desafios para ser aplicada com a necessária energia e mesmo confundida com falsos conceitos de liberdade e respeito aos direitos humanos. E o resultado tem sido lamentável!
            Crianças mal-educadas, por doenças e descuido dos pais e da sociedade, adultos indiferentes aos compromissos sociais, descrenças e dúvidas atrozes, abandono aos deveres dignificantes, comportamentos agressivos e vulgares, individualidades arbitrárias, egoísmo perturbador…
            Podemos afirmar que a sociedade está enferma, muito enferma…

 

            Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 12 de setembro de 2024.

 

Editorial
FEB

 

 

ATALAIA CRISTÃ

 

            Autor: José Raul Teixeira
            Autor Espiritual: Francisco de Paula Vitor
            Editora: FRÁTER

 

            Quero louvar a Jesus Cristo pelo trabalho hercúleo conosco; pelo sacrifício ainda em curso; pelo estímulo às boas obras; pelo processo de renovação; pela bondade e pela honra de ser seu aluno na escola do mundo.
            Foi por isso que escolhi homenagear um discípulo teu, Jesus, para evocar os teus ensinos. Pedro nos lembra a nossa saga de aprendizados, a nossa luta de todos os dias, para não esquecermos de ti.
            Jesus, olha por nossa Terra, que precisa desse olhar. A Terra parece que só tem atenção pelos “deuses de ouro”, pelos pregões, pelos leiloeiros que barganham a alma do orbe.
            Jesus, Tu que podes descerrar as bênçãos dos Céus para o mundo, para o mundo que agoniza em meio dos tijucais, que não ora direito, que não acredita em tuas revelações.
            Sê Tu o nosso refúgio, Mestre!
           

FEBEDITORA 2024

 

 

AVANCEMOS

 

            “Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim.” Paulo (Filipenses, 3:13 e 14)

            Na estrada cristã, somos defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da improdutividade, declarando-se acidentados por desastres espirituais.
            É alguém que chora a perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.
            É o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.
            É o missionário que se imobilizou à face da calúnia.
            É alguém que lastima a deserção de um consócio da boa luta.
            É o operário do bem que clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a dedicação afetiva.
            É o idealista que espera uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.
            É o cooperador que permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às boas obras.
            É a mulher que se enrola no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.
            É o colaborador que se escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.
            É alguém que deplora um erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.
            O passado, porém, se guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para o futuro.
            É imprescindível exumar o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham a alma.
            A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.
            Paulo de Tarso, que conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece roteiro seguro ao aprimoramento.
            “Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam” — eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.
            Centralizemos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
            Ninguém progride sem renovar-se.

 

Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado nº 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

Reunião Pública: Quinta-Feira 19:30