PEQUENAS TAREFAS
Se realmente deseja algo demonstrar, pense naquele projeto, estude as suas possibilidades, e estabeleça um cronograma de trabalho quanto ao objetivo a ser alcançado. Na vida do espírito também é assim. Tudo é fruto de estudo e trabalho laboriosos.
Ninguém se torna gênio por acaso, mas é o resultado do árduo trabalho de séculos, ou mesmo de milênios, às vezes em tentativas frustradas de muitas encarnações, até que pudesse se manifestar de maneira mais abrangente, sempre firme naquele objetivo, sempre firme naquele propósito.
O gênio de hoje foi o trabalhador esforçado de ontem.
Ninguém espere progresso sem estudo e sem trabalho.
O homem é um espírito em continua evolução, se ainda carrega muitos defeitos, já foi muito pior no passado, já venceu muitas etapas, já cometeu também erros clamorosos; já magoou, já feriu, enfim também já sofreu muito para estabelecer uma base segura ao seu coração. Mas sempre nesse sonho de ascensão, onde os valores são considerados em sua verdadeira essência. Nunca descurou do principal, sempre aquela tarefa repetida que o torna melhor operário. A direção que deve caminhar e de tudo extrair o melhor. Não se perturbou com os detalhes. Estes são considerados se concorrem para o retoque final.
Quando está convencido que essa tarefa lhe é importante e também para os outros, ou às vezes mais para os outros, mais se esforce por conseguir aquele objetivo, nem que as pessoas que o cercam não o entendam esse objetivo com clareza, mas age sempre perseguindo esse sonho no seu modo de ver, mas que muitas vezes traz profunda repercussão no futuro.
Às vezes não sabe de onde tira forças para tocar a sua vida, porque está mesmo interessado em determinado objetivo. e por ele luta e tudo faz. A sua mente se prende aquele setor do conhecimento humano, e por ele encaminha toda a sua idéia e aspiração naquele sentido. Ou seja, de mudar certos princípios estabelecidos, ainda que de maneira temporária.
Sem dúvida que se pode cometer erro, porém até mesmo o erro pode concorrer para se estabelecer certas verdades.
Muitas vezes o mal serve para sedimentar o bem, e dar a forma que ainda não tem.
A tempestade traz sempre perigo a vida das pessoas, mas também saneia os ambientes insalubres, porque renova a atmosfera, carregando, inclusive miasmas e até certas enfermidades. Tudo pode ser importante sim, depende do ponto de vista que se olhe. Os fenômenos da natureza muitas vezes trazem verdadeiros flagelos, porém pode trazer muitos benefícios.
Assim o homem sábio de tudo que ocorre tira lições proveitosas para se conduzir, mas às vezes para se chegar a um patamar ideal tem que se lutar muito.
Por isso se mantenha sempre firme no propósito que abraçou. Muito se pedirá a quem muito recebeu. É preciso valorizar a vida em todo o seu desdobramento. É preciso ter a consciência que algo pode fazer ainda hoje. Não se exaspere, mas também não se acomode. Enquanto tiver forças lute para transformar num mundo melhor o lugar que se vive, nem que seja uma tarefa insignificante que faça, mas apresenta a sua parcela para o bem comum.
Precisa oferecer a sua contribuição ao bem dos outros que tem condições de fazer. Não se omita em situações importantes. Pode até pensar. Mas como pode fazer alguém como eu? Sem nenhuma qualificação. Isso não importa, porque pode ser apoio e incentivo a outros que vivem ao seu redor, mesmo que dissesse até ele serve. Logo imaginará que também pode ajudar a fazer algo. É nesse ponto que as migalhas podem fazer a diferença, por isso não menospreze qualquer possibilidade de fazer o bem, porque é importante que se considerem todas essas situações.
Ontem e hoje representam uma mesma história, ontem construiu o presente que vive agora, como hoje construirá o amanhã.
Tudo numa seqüência lógica rumo ao aperfeiçoamento.
É preciso amar sempre em qualquer circunstância da vida. Se muitas vezes estiver com o coração despedaçado por qualquer motivo, considera que mesmo assim pode emitir um pensamento de bondade àquele irmão mais infeliz do que você ainda. Porque em verdade pode não estar no fundo do poço como supõe.
Isso é importante para dar uma dimensão mais clara a sua existência.
O futuro pode ser construído ainda hoje por você. Não esqueça disso.
A pequena fagulha de hoje pode ser a luz que o guiará amanhã. O seu gesto de solidariedade hoje pode se transformar em caridade mais tarde, especialmente porque é preciso confiar sempre, mesmo porque não está aqui por acaso, mas obedecendo a uma ordem superior. Por isso considere sim, hoje como essencial a sua felicidade futura. A pequena semente que planta hoje pode ser a árvore frondosa do dia de amanhã, o amor que dispensa aquela criatura que sofre pode ser o detentor do lar que o acolherá no futuro. Tudo dependerá da sementeira que espalha hoje no solo dadivoso, que sequer pode fazer uma idéia muito exata dos enormes benefícios que colherá, mas que trabalhe pelo bem, sem jamais se imaginar que perdeu tempo, aliás, ganhará e muito mais.
Por isso que lute mais por um futuro melhor, não importa a tempestade, as crises, os supostos inimigos, as doenças, as dificuldades, destaque-se e lute que somente assim poderá gozar o fruto do seu trabalho.
Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS
MENSAGENS PARTICULARES
Minha querida mamãe Helena... Meu doce amor!
Sou a tua prece que agradece a Deus pela presença do filho que partiu pela visitação da morte e que retorna para casa anunciando paz e prosperidade juntos com os familiares que habitam no mesmo coração.
Como eu gostaria que minhas palavras fizessem eco na sua memória e que nunca mais eu precisasse afirmar que estou vivo! Mãezinha basta você olhar para dentro de casa, e decerto, sem dúvida, vai me encontrar no meio dos outros, abraçando você, o papai, o Marcos, a Fernanda, a Juliana, a Jussara e todos aqueles que são nossos familiares e amigos, convivendo na mesma esperança, de que em Deus os nossos sonhos se transformam em realidade.
Sei que o tempo ainda não requereu a nossa permissão para que apagássemos as coisas tristes do coração... A saudade é um prato cheio quando temos fome e o nosso coração é uma criatura exigente que sempre determina que as lágrimas precisam ser derramadas para que dessa forma, Deus se referencie ao nosso sofrimento, e nos permite o conforto de uma presença imaculada nos planos em que vivemos.
Mãezinha, sei que é precisa estar chorona às vezes, mas acontece que as suas lágrimas transformam-se num oceano quando percebo que não posso, fisicamente, segurar as suas mãos, que são minhas, quando trabalhamos na distribuição do pão... Sinta isso bem dentro do seu coração. Eu estou aqui e minhas mãos seguram as tuas mãos, para que juntos possamos tornar a vida mais alegre, principalmente quando descobrimos que é preciso ser grandes e fortes, segurando a onda da saudade, enquanto vamos nos guiando pelas luzes que surgem no caminho, melhorando a nossa visão. Não sei o quanto é preciso repetir que estou aqui bem pertinho de você. O Nelson se reuniu a mim, e precisa de muito trabalho. Acho que nós todos precisamos trabalhar. O tempo é implacável e não admite retrocesso nas coisas de Deus.
Mamãe querida, estarei aqui nesta casa de oração, pedindo por todos, e sei que estarás comigo... Mesmo que a noite esteja fria e úmida, lembre-se de que podemos nos aquecer com a chama da esperança, porquanto Deus sempre tem nos permitido que façamos todo o possível para continuar juntos neste trabalho que abraçamos. Veja que não é preciso se distância dos outros. Aqui nós podemos multiplicar as chances de estender as mãos, para desenvolver o espírito da caridade fraterna, entendendo que num determinado momento, Deus nos permitirá transformar as noites frias em dias plenos de luz e de esperança, esclarecendo que o lugar foi feito para que praticássemos o bem.
omo estou feliz por estar aqui e espero que a nossa festa de final de não comece no dia 24 e termine somente no dia 29, mas lembrando que agora nós temos muitos convidados aqui no Grupo Espírita da Prece, que levantará para o alto a bandeira do amor, fazendo com que nossas mãos segurem as mãos de Deus, em todos os nossos momentos de lutas.
Amanheceu um dia novo para nós!
Estou bem pertinho de você.
Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo!
Eduardo
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 10/11/2007, na cidade de Campo Grande/MS.
PERDÃO
É preciso exercitar o perdão!
Em qualquer situação de crise, mesmo nas horas mais difíceis, procuremos nos orientar pela fé, perdoando sempre o nosso agressor, depositando nele a nossa consideração.
Melhor saber perdoar do que alimentar a nossa proposta de revidar todo direcionamento violento que nos trás, a gosto, a fisionomia do ódio, maltratando ainda mais, o nosso descontrole sobre as coisas que simplesmente podíamos perdoar.
Quase sempre o nosso agressor é tão carente quanto nós e suporta nos ombros, muitas vezes o peso da própria indignação, quanto a nossa resposta imediata, desorganizando ainda mais a sua projeção de infâmia!
Em cada situação, o perdão é a porta aberta para a conciliação, estabelecendo laços firmes entre o agressor e o agredido, que um dependendo do outro, procura expor a sua própria camisa de força, na própria doutrinação de suas próprias deficiências.
Com o perdão damos créditos a nós mesmos e durante o estágio renovador Jesus nos convoca ao exercício do perdão, multiplicando sempre por 7 vezes 70 vezes.
Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 19/05/2005, na cidade de Campo Grande/MS.
RUMO CERTO
Pedir e buscar são duas atitudes que traduzem oração e trabalho. Delas depende alcançar a meta, conquistar as idéias, atingir, por assim dizer, a própria felicidade…
São a conjugação do esforço humano e do favor divino. As potências da Terra, em harmonia com as potências do Céu. O homem de realizações fecundas, a agitar-se nos caminhos da vida, e Deus, a conduzi-lo em rumo certo, numa síntese da filosofia da história.
Significam ainda que o homem e Deus, mutuamente, cooperam: quando as forças do homem, no seu afã de produzir mais e mais se esgotam, Deus lhes renova.
São, portanto, os mais poderosos recursos de que o homem pode dispor, em relação as onímodas variações da vida, em sinergia de atividades físicas e espirituais.
O trabalho é fadiga, a oração o repouso; o trabalho é esperança, a coração é certeza; o trabalho é iniciativa; a oração é a confiança; o trabalho é objetivação de forças; a oração é acúmulo de energias; o trabalho é aspiração; a oração é a sua concretização; o trabalho soa todos os ideais humanos, a oração é a fusão de todos eles, no propósito divino.
Não podem ser olvidados, nem obliterados por interesses outros, que lhe sobreponham ou o subestimem.
Anônimo
ESQUECE O MAL
A paz depende muito mais do esquecimento do mal que do propósito de corrigi-lo.
Toda vez que buscamos a retificação de nós mesmos, olvidando as faltas dos outros, situaremos o ensinamento silencioso da bondade, na própria exemplificação, sem alarde e sem menosprezo ao valor do próximo.
Esquece o mal e o bem aparecerá.
A própria natureza é uma lição viva nesse particular.
O solo despreocupa-se dos detritos que o temporal lhe arremessa à face e produz o milagre do pão.
O tronco robusto olvida o serrote áspero que lhe fere as entranhas e converte-se em utilidades valiosas para a vida.
O mármore ignora os golpes contundentes do martelo e converte-se em obra prima.
A pedra esquece a máquina que a tritura e abre o próprio seio em pepitas de ouro que constituem a garantia do trabalho e do reconforto no campo da civilização.
A ostra ferida desapega-se da própria dor e fabrica a pérola sublime.
A semente desconhece a solidão da cova escura a que é projetada e transubstancia-se em folhagem, perfume, flor e fruto.
Se desejas a vanguarda de luz, liberta-se das algemas da sombra.
Se te propões a ajudar, não te detenhas em demandas inúteis.
Enquanto te demoras, na contemplação do mal, perde tempo, adiando a cultura do bem.
Da arte de esquecer as experiências inferiores, nasce a vitória da verdadeira ascensão espiritual.
Avancemos ao sol do amor e, se temos conosco a vocação de consertar pela violência ou de corrigir pela irritação, estejamos convencidos, com a sabedoria do povo, de que, em qualquer lugar ou em qualquer tempo, “muito ajuda quem não atrapalha”.
Emmanuel
Do livro “Urgência” de Francisco C. Xavier
AMIGOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Que me tragam dúvidas e angustias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade uma fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, pra que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Digs Wilde
ESQUECER E PERDOAR
Sofreste, de inesperado.
O estranho golpe da ofensa
Que te envolve em dor imensa,
No espinheiro do pesar,
Mas o remédio mais puro
Que restaura a alma ferida
Vem da farmácia da vida:
Esquecer e perdoar...
Honrando o cérebro eleito,
A Ciência alteia a voz,
Expõe o carro veloz,
A nave aérea, o radar...
A paz em casa, entretanto,
Além da luz da Ciência,
Pede a dupla providência:
Esquecer e Perdoar...
No livro da Natureza,
Solo que aceita o trator,
Garante com mais amor
A semente, o pão e o lar...
Da fornalha desumana,
Vem a fina porcelana...
A ostra desconhecida
Cede ao mundo, sem protesto,
A pérola em plena vida,
Ensinando-nos, vencida:
Esquecer e perdoar...
Assim também, alma irmã,
Nos dias de dor e luta,
Acalma-te, espera, escuta.
Sem tristeza a reclamar,
E ouvirás a voz dos céus,
Em meio da própria ação,
A dizer-te ao coração:
squecer e perdoar!...
Maria Dolores
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier
ESTUDO SISTEMATIZADO
O estudo sistematizado da Doutrina Espírita apoiado em suas obras básicas, focalizando o seu fundamento tríplice, ou seja, Filosofia, conforme monumental demonstração em "O Livro dos Espíritos"; Ciência de acordo com farta indicação experimental em "O Livro dos Médiuns" e Religião de conformidade com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, acrescido de abalizados esclarecimentos em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Este estudo visa esclarecer as consciências quanto à realidade da vida espiritual, que se desdobra além da margem desta vida, demonstrando, assim, que a Doutrina Espírita é tão lógica, tão racional, tão pertinente, tão acessível, tão respeitosa das liberdades individuais e ainda vem revelar ao homem de maneira clara e objetiva as leis que regem o mundo espiritual.
Esta é a razão porque trazemos à apreciação dos companheiros, páginas Antológicas da Doutrina Espírita que pelo seu alto alcance moral, devem ser estudadas, pesquisadas, dissecadas em todos os seus desdobramentos, atendo a sábia providência do Espírito de Verdade, que assim se expressa: "Espíritas amai-vos, espíritas instrui-vos".
O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo: -
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor em recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
Albino Teixeira.
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier
EDUCAÇÃO
Educa a terra e terás o pão farto.
Educa a árvore e recolherás a bênção do fruto.
Educa o minério e obterás a utilidade de alto preço.
Educa a argila e plasmarás o vaso nobre.
Educa a inteligência e atingirás a sabedoria.
Educa as mãos e acentuarás a competência.
Educa a palavra e colherás simpatia e cooperação.
Educa o pensamento e conquistarás a ti mesmo.
Sem o alfabeto anoitece o espírito.
Sem o livro falece a cultura.
Sem o mérito da lição a vida seria animalidade.
Sem a experiência e a abnegação dos que ensinam o homem não romperia as faixas da infância.
Em toda à parte vemos a ação da Providência Divina no aprimoramento da Alma Humana.
Aqui, é o amor que edifica,
lém, é o trabalho que aperfeiçoa,
Mais adiante é a dor que regenera.
Meus amigos, a Terra é a nossa escola milenária e sublime.
Jesus é o nosso Divino Mestre.
Espiritismo, sobretudo, é obra de educação.
Façamos, pois, da educação com o Cristo o culto de nossa vida, para que a nossa vida possa educar-se e educar com o Senhor, hoje e sempre.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier
PROVAÇÃO E FÉ
Os momentos das grandes provações são igualmente os instantes mais significativos da fé.
Terás talvez alcançado o apogeu de semelhantes tribulações.
Encontrastes esse topo do sofrimento na enfermidade que provavelmente se demora contigo, flagelando-te a vida orgânica.
Criaturas queridas se desvincularam de ti, violentamente, arrojando-te à inquietação e ao desânimo.
Sofreste a perda de entes amado nas brumas da morte e trazes o coração encharcado de lágrimas.
Golpearam-te os interesses despojaram-te dos recursos indispensáveis à própria manutenção, compelindo-te a vaguear em tristeza e penúria.
Empenhaste as melhores forças na causa do bem de todos e situaram-te num cipoal de incompreensões e desafetos gratuitos que te prendem à dor.
É possível hajas atingido esses dias de conflitos e aflições, tumultuando-te o ser.
Mágoas novas somadas a desgostos antigos te atormentam o campo íntimo.
Seja qual seja a espécie de provação que te visita, não te rebeles, nem desanimes.
Não te deixes mergulhar nas correntes das palavras inúteis.
Ama e serve sempre.
Por mais dolorosa a crise em que te vejas, permanece firme na coragem da fé, porquanto no momento em que a criatura se imagina esquecida pelo Céu, o ápice do sofrimento significa que o socorro de Deus se encontra a caminho.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier.
SINAIS DE ALARME
Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:
Quando entramos na faixa da impaciência;
quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
quando reclamamos apreço e reconhecimento;
quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;
quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente;
quando julgamos que o dever é sempre dos outros.
Toda vez que desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou da luz do discernimento.
Scheilla
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier.
ORAÇÃO NOSSA DE CHICO XAVIER
Senhor ensina-nos a orar, sem esquecer o trabalho.
A dar, sem olhar a quem.
A servir, sem perguntar até quando...
A sofrer, sem magoar, seja quem for.
A progredir, sem perder a simplicidade.
A semear o bem, sem pensar nos resultados.
A desculpar, sem condições.
A marchar para frente, sem contar os obstáculos.
A ver sem malicia...
A escutar, sem corromper os assuntos.
A falar, sem ferir.
A compreender o próximo, sem exigir entendimento...
A respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração.
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento.
Senhor, fortalece em nós, a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros, para com as nossas próprias dificuldades...
Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós...
Auxilia-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir seus desígnios onde e como queiras, hoje, agora e sempre.
ENCARNAÇÕES DOS ESPÍRITOS
17. O Espiritismo nos ensina de que maneira se opera a união do Espírito e do corpo na encarnação?
O Espírito, por sua essência espiritual, é um ser indefinido, abstrato, que pode ter uma ação direta sobre a matéria; era-lhe necessário um intermediário; este intermediário é o envoltório fluídico que de certa forma faz parte integrante do espírito; envoltório semimaterial, isto é, participante da matéria, por sua origem, e da espiritualidade, por sua natureza astral; somo toda matéria, ele é originado no fluído cósmico universal, o qual nesta circunstância sobre uma modificação especial. Este envoltório, designado sob o nome de perispírito, de um ser abstrato faz do Espírito um ser concreto, definido, apreensível pelo pensamento; ele o torna apto a agir sobre a matéria tangível, na mesma forma que todos os fluídos imponderáveis, que são, conforme se sabe, os mais possantes motores.
O Fluído Perispiritual é, pois, o traço de união entre o espírito e a matéria. Durante sua união com o corpo, é o veículo de seu pensamento para transmitir o movimento às diversas partes o organismo, as quais se agitam sob o impulso de sua vontade, e para repercutir no Espírito as sensações produzidas pelos agentes exteriores, tem por fios condutores os nervos, como no telégrafo o fluído elétrico tem por condutor o fio metálico.
Quando o Espírito deve se encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que nada mais é senão uma expansão de seu perispírito, o liga ao gérmen, em cuja direção ele se sente atraído por uma força irresistível desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se desenvolve, firma-se o laço; sob influência do princípio vital material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo que o forma; daí se pode dizer que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, de alguma forma toma raiz no gérmen como uma planta na terra. Quando o gérmen está inteiramente desenvolvido, a união é completa, e então ele nasce para a vida exterior.
Por efeito contrário, esta união do perispírito e da matéria carnal, que se Havia realizado sob a influência do princípio vital do gérmen, quando esse princípio cessa de agir em resultado da desorganização do corpo, a união, que apenas era mantida por uma força atuante, cessa quando de agir; então o Espírito se solta, molécula por molécula, como um dia se uniu, e o Espírito recupera sua liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo, mas a morte do corpo que causa a partida do Espírito.
Extraído do livro “A Gênese”, de Allan Kardec.
RESPOSTA DE COMPANHEIRO
Meu amigo pede você um roteiro de nosso plano, que lhe sirva às incursões no campo mediúnico.
“A região é quase inexplorada, as surpresas imensas” - diz você desalentado.
Como velhos portugueses do litoral do Brasil, que perdiam longo tempo, antes de enfrentar a selva fascinante, seus olhos contemplam a magnitude do continente espiritual, sentindo-se você incapaz do serviço de penetração, na terra maravilhosa dos novos conhecimentos. Observa as possibilidades infinitas de realização, a grandeza do serviço a fazer; entretanto, a incerteza impede-lhe a marcha inicial.
Sabe você que os sacrifícios não serão reduzidos. Os bandeirantes antigos, para semearem a civilização no oceano verde, sofreram, muita vez, privações e dificuldades, solidão e angústias indizíveis. Os pioneiros da espiritualidade, nos tempos modernos, para distribuírem a nova luz, na floresta dos sentimentos humanos, não devem nem podem aguardar excursões pacíficas e felizes na esfera imediatista. Experimentarão igualmente os choques do meio, sentir-se-ão quase sós, padecerão a sede do espírito e a fome do coração.
Tochas acesas contra as sombras da ignorância e do convencionalismo inferior sofrem o desgaste natural de suas possibilidades e energias.
Quem se abalance, pois, no ideal de servir, no campo da mediunidade, espere por lutas árduas de purificação.
A técnica da cooperação com a espiritualidade superior não é diferente daquela que norteia as atividades dos realizadores do progresso humano. É razoável que o individualismo aí prepondere, como coloração inalienável da ação pessoal no trabalho a desenvolver: todavia, esse individualismo deve ajustar-se aos imperativos do supremo bem, apagando-se, voluntariamente, com alegria, para que as claridades da vida mais altas se destaquem no quadro penumbroso das atividades terrestre.
Não é o fenômeno desconcertante e indiscutível a base fundamental da obra. É o espírito de boa-vontade, de sacrifício e renunciação. Ser o medianeiro de fatos transcendentes, que constituam alicerce de grandes e abençoadas convicções, é admirável tarefa, sem dúvida. No entanto, se as demonstrações obedecem a impulsos mecânicos, sem o condimento da compreensão elevada, no setor da responsabilidade, do serviço e do amor fraterno, toda a fenomenologia se reduz a fogo-fátuo. Impressiona e comove, durante a festa, para cair no absoluto esquecimento, nas horas seguintes.
Não basta iniciar a edificação para que o trabalho se realize. É indispensável saber prosseguir e saber terminar. Imprescindível compreender também nesse capítulo que todos os homens do mundo são médiuns, por serem intermediários do bem ou do mal.
As fontes do pensamento procedem de origens excessivamente complexas. E, nesse sentido, cada criatura humana, nos serviços comuns, reflete o núcleo de vida invisível a que se encontra ligada de mente e coração. Não nos cansaremos de repetir que as esferas dos encarnados e desencarnados se interpenetrem em toda parte.
Não posso desviar-me, contudo, da linha essencial de sua consulta fraterna.
Você, em suma, deseja informar-se quanto ao processo mais eficiente de atender aos imperativos do bem, no intercâmbio com o plano invisível, e, em face de seu desejo, nada tenho a aconselhar-lhe senão que intensifique sua capacidade receptiva, dilatando conhecimentos, elevando aspirações, purificando propósitos e quebrando a concha do personalismo inferior para poder refletir o infinito.
Mediunidade é sintonia. Cada mente recebe segundo a natureza e extensão da onda de sentimento que lhe é própria.
Subamos, desse modo, a montanha do conhecimento e da bondade. Ajustemo-nos à esfera superior da vida, para merecermos a convivência dos Espíritos Superiores. A virtude primordial em semelhante tarefa não consiste, substancialmente, em ser médium, mas em ser trabalhador fiel do bem, instrumento do Divino Amor, onde quer que você se encontre.
Na execução desse programa, encontrará contínuo engrandecimento do poder espiritual.
Guarde a harmonia de seu vaso físico, faça mais luz em sua mente, intensifique o amor em seu coração e o trabalho será sempre mais lúcido, mais sublime.
Quanto as arremetidas dos descrentes e ironistas do mundo, não se prenda ao julgamento que lhes é peculiar. São mais infelizes que perversos. Em todos os tempos, tantos riem como choram, inconscientemente. Não emito semelhante conceito, para envolver-se em fumaças de superioridade; é que também me demorei longo tempo entre eles, e conheço, de experiência própria, os sorrisos e lágrimas do picadeiro da ignorância.
Siga, portanto, seu caminho, estudando com o Mestre Divino e ouvindo a própria consciência.
Não serei eu, pobre amigo do plano espiritual, quem lhe vá traçar diretrizes.
No fundo, o que você deseja é o encontro divino com o Senhor, o ideal que me impulsiona agora o espírito pecador.
Em vista disso, ouçamos juntos a advertência do Evangelho:
- “Negue cada qual a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Tem você suficiente disposição para satisfazer o sagrado apelo? Quanto a mim, esteja certo de que, não obstante a condição de alma do outro mundo, é o que estou procurando fazer com toda a sinceridade do coração.
Irmão X
Do livro “Pontos e Contos” de Francisco C. Xavier
PRIVAÇÕES DO CORPO E PROVAÇÕES DA ALMA
O homem, não raro, nas horas difíceis, lança mão de recursos extremos e, por vezes, ilógicos, para diminuir o sofrimento próprio ou alheio, qual acontece nas provas desesperadoras, no sentido de suprimir agonias morais ou curar doenças insidiosas. Daí nasce o contra-senso dos ofícios religiosos remunerados de que se alastram antigos e piedosos enganos, como sejam:
a recitação mecânica de fórmulas cabalísticas; os sacrifícios inúteis visando prioridade e concessões.
as promessas esdrúxu1as;
os votos inoportunos;
as penitências estranhas;
os autocastigos em que a vaidade leva
o rótulo de fé; os jejuns e as mortificações e expressarem suicídios parciais;
o uso de amuletos;
o apego a talismãs;
o culto improdutivo do remorso sem qualquer esforço de corrigenda na restauração dó caminho errado...
Contudo, ao espírita-cristão compete despojar -se de semelhantes conceitos acerca do Criador e da Criação, cristalizados na mente humana através de numerosas reencarnações;
Para nós, não mais existe a crença cega.
Em razão disso, não mais nos acomodamos à idéia do milagre como sendo prerrogativa em favor de alguém sem merecimento qualquer.
De igual modo, urge compreender os mecanismos das Leis Divinas, dispensando-se, ante os lances atormentados da existência terrestre, toda a atitude ilusória ou espetacular.
Omissão não resolve.
E em matéria 'de comportamento moral na renovação da vida. abstenção do serviço no bem de todos, é deserção vestida de alegações simplesmente acomodatícias, dentro da qual o crente não apenas foge das responsabilidades que lhe cabem, como também ainda exige presunçosamente que Deus se transforme em escravo de extravagâncias.
Situa-nos a Doutrina Espírita diante de nós mesmos.
Estamos espiritualmente hoje onde nos colocamos ontem.
Respiraremos amanhã no lugar para onde nos dirigimos.
Usemos a oração para compreender as nossas necessidades, solucionando-as à luz do trabalho sem o propósito de ilaquear os poderes divinos.
A Lei é equânime, justa, insubornável. A criatura, - gota igual às demais no oceano da Humanidade Universal, - não é cliente de privilégios.
Eis porque, ao invés de procurar, espontaneamente, penitências improdutivas para nós, é imperioso buscar voluntariamente o auxílio eficiente aos semelhantes.
Espiritismo é sublime manancial de energia espiritual Haurindo forças, acatemos sem revolta aquilo que a Vida nos oferece, trazendo paz na consciência e entendimento no coração.
O mundo atual prescinde de quantos se transformam em ascetas e eremitas de qualquer condição.
Até a penalogia moderna procura imprimir utilidade às horas dos presidiários, valorizando-lhes a reeducação em colônias agrícolas e em outras organizações coletivas, à busca de regeneração moral e social.
Para o espírita, portanto, a Vida e o Universo surgem ajustados à lógica e esclarecidos na verdade.
Apelemos para os recursos da prece, a fim de que sejamos sustentados em nossos próprios deveres, reconhecendo, porém. que Deus não é vendedor de graças ou doador de obséquios, em regime de exceção, e sim o Criador Incriado, perfeito em todos os seus atributos de justiça e de amor.
André Luiz
Do livro "Opinião Espírita" de Waldo Vieira e Francisco C. Xavier.
ANOTAÇÕES DO AMIGO
Aceita-te como és e aceita a vida em que deve estar, na condição que te vês, a fim de que faças em ti o burilamento possível.
Seja qual for o montante das provas, na conta de obrigações que assumiste, levanta-te do chão de qualquer tristeza e faze o bem que puderes, trabalhando e servindo sem reclamar, porque te achas no uso da razão é que Deus conta contigo para que auxilies a ti mesmo, doando à vida o máximo de tudo aquilo que já possuas de melhor.
Emmanuel
Do livro "Companheiro” de Francisco C. Xavier.
COMENTANDO O QUE OS ESPÍRITOS DISSERAM
Reencarnação indesejável
A idéia da reencarnação, tão difundida e aceita no mundo inteiro, principalmente nos meios mais estudiosos, ainda encontra, entre nós, um tipo de reação muito interessante: dizem que não acreditam nela porque não gostariam de nascer de novo e começar tudo outra vez. De fato, concordamos, dá um pouco de aborrecimento, quando pensamos em passar, novamente, pela infância, recebendo a incompreensão e maus tratos dos adultos (medite nessa indireta e verifique se há alguma coisa para retificar lá em casa, hoje...), pelejando com as dificuldades escolares, suportando a expectativa dolorosa natural dos infantes, repetindo a passagem pelas moléstias e pelos imensos receios etc. A pergunta, aqui, entretanto, não é se nós gostaríamos, mas, sim, se nós precisamos repetir e, não somente a infância, mas toda a existência, por mais miserável e dolorosa que tenha sido. Uma coisa, porém nos consola: quando estamos revivendo não nos lembramos de que já passamos por aquilo tantas vezes, se bem que, por vezes, tenhamos alguma impressão de ter já visto ou sentido isso ou aquilo. No conjunto, na estrutura, esquecemos, o que é uma grande bênção. Dá até para tolerar as pessoas com quem convivemos e com as quais tivemos grandes divergências. Consertamos as coisas com a tolerância e recolocamos todo no lugar, usando a boa vontade e o auxílio incessante. Só precisamos ter alguma capacidade de "aguentamento"... A esperança é a que saiamos da existência já recuperados de nossos desatinos, com o dever cumprido, com os compromissos ajustados e com os resgates executados... Eu tenho uma prima que me disse não aceitar a reencarnação por achar que não é necessária, não faz falta nenhuma.
Perguntei-lhe, então, como explicava a presença de um jovem mendigo que passava, aleijado e torto de nascença, sem cuidados, sem providências e sem parentes. Ela não tinha explicação nenhuma para o caso. Ora, reclameilhe, se você não tem explicação alguma, por que não fica com esta da reencarnação, ao menos como uma hipótese? É melhor ter uma explicação qualquer, ainda que pequenina, do que não Ter explicação nenhuma. Falei com a
minha parenta sobre a justiça da reencarnação e coloquei-a refletindo nesta trovinha que Chiquito de Momes escreveu pela mediunidade do Chico Xavier: "Ontem, tirano na praça, //Falava insincero em tudo... // Hoje, mendigo que passa... // Gaguejando tartamudo". Minha prima ficou, também, gaguejando, numa tentativa, sem fim, de encontrar uma resposta.
"Se fosses o pedinte agoniado que estende a mão à bondade pública, certo perceberias, com mais segurança, a função da fraternidade para o sustento da vida". (Albino Teixeira, em Caminho Espírita).
Muitos companheiros nos perguntam por que os espíritos são insistentes assim para a caridade. Às vezes ficamos sem resposta mais direta e objetiva, não é? Entretanto, bastaria entregar a pequenina colocação do Albino e não precisaria mais nada.
"O coração amoroso, atormentado. abdicará do ingresso numa estrela, para persistir ao lado de um ente querido, em duelo com as serpentes do charco". (André Luiz, em Libertação).
As religiões dogmáticas, que divulgam a existência do inferno eterno, deveriam refletir um pouco sobre este assunto. Será que Deus, o Pai Misericordioso, poria alguém num charco desses, permanentemente, por causa de algum pecado, por mais horroroso que tenha sido? (Neste caso, duas perguntas: 1-) Onde colocaria os parentes do condenado, que merecem a glória? (2-) O que faria com a sua consciência, divina e perfeita, quando estivesse sendo atingido o tempo de proporcionalidade entre o crime e o castigo? Na Doutrina Espírita a nossa aceitação é muito outra: entendemos que não há eternidade para as penas dos sofredores, exatamente por causa da lógica e da razão.
"A noção do dever bem cumprido, ainda que todos os humanos permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado travesseiro para a noite". (André Luiz, em Os Mensageiros). Esta sentença deveria ser decorada para que ficasse gravada em nossa consciência. Depois disso deveríamos providenciar gravá-la em bronze e colocá-la em todas as salas de aula e em todos os ambientes públicos em todos os ambientes público do mundo todo. Você não acha isso?
CONSCIESP Julho/ Agosto/1999
PARA KARDEC, SEM CARIDADE NÃO SE É ESPÍRITA.
Nem sempre damos conta o quanto Allan Kardec enfatizou a importância da caridade como característica do verdadeiro espírita, nem mesmo qual era o seu conceito sobre tão nobre e difícil virtude. Para ele, a caridade nunca teve conotação de esmola ou uma obscura virtude teologal.
Nada disso.
Em sua ótica, a caridade sempre lhe fora a sua “medida de apreciação”, a nota clara, infalível e sem equívocos ", o guia sublime que conduz seguramente o homem a Deus”.
Dizia ele: “Aqui na Terra, onde ninguém é infalível, a indulgência recíproca é uma conseqüência do princípio da caridade que nos leva a agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem para conosco. Pois que, sem indulgência não há caridade, sem caridade não há verdadeiro espírita”.
Para o codificador, a moderação é um dos sinais característicos desse sentimento, como acrimônia e o rancor são sinais de negação. “Se, pois, eu tivesse de opinar em sua divergência, eu me preocuparia menos com as causas e mais com as conseqüências”, o enfatizava, aclarando o discernimento dos espíritas.
Revelando a grandeza de sua alma, ensinava: “Cada vez que estivermos incertos quanto ao partido a tomar, no interesse alheio, basta que interroguemos a caridade e ela responderá, se maneira justa”. Mas lamentava “infelizmente”, escuta-se mais freqüentemente a voz do egoísmo. Em seu zelo pelo maior galardão do Espiritismo, suas advertências continuam a ecoar aos adeptos de todos os tempos: “Sondai, pois, os refolhos de vossa alma, ara dela arrancardes os últimos vestígios das nocivas paixões. E se experimentais algum ressentimento contra alguém, cuidai de abafá-lo e dizer: Esqueçamos o passado. Os maus espíritos nos haviam separado, que os bons nos reúnam!”. “Comportai-vos de modo a que, em vos vendo, não possam dizer que as máximas que ensinais são palavras vãs em vossos lábios. A exemplo dos apóstolos, fazei milagres, pois, para isso, Deus concede-vos o Dom! Não milagres que chocam os sentidos, porém, milagres de caridade e amor!".
Adolfo Guimarães - CONSCIESP
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