ATENDE...
Atende ao telefone divino
Sou eu, a sua mãezinha querida,
Querendo falar contigo,
Pois estou morrendo de saudades!
Ah! Meu filho,
Minha filha, meus netos tão queridos,
Minha família abençoada pelo amor
De Deus que está presente, iluminando...
A nossa estrada que parece não ter fim.
Sou eu... Atenda ao telefone!
Hoje eu estou feliz,
Agradecida, imortal,
Sei que você não vai chorar
Quando ouvir minha voz, te chamando.
Talvez um dia passemos a compreender o quanto é importante crer na vida depois da morte...
Muitas criaturas procuram em suas tristezas o momento certo para a libertação do jugo, acreditando que em outras oportunidades passarão a aceitar as regras do firmamento, entendendo que a vida é uma segunda chance para se determinar o seu grau de competência, quando vem para resgatar as oportunidades que são devolvidas para melhorar o instrumento da transformação.
Como voluntário em cada movimento de sua generosidade passe a compreender que o amor é a porta mágica para a construção de uma visão qualificada para se auto afirmar nas experiências cármicas que desonera a criaturas de suas dívidas, percorrendo o caminho, no qual se planta a semente da aceitação.
Em nenhum momento estamos desamparados do amor de Deus e para nossa salvação, garantimos outras oportunidades que melhoram a nossa capacidade de produzir um bem, endereçando ao nosso próximo, as nossas principais tendências de modificar cada momento oportuno, transformando-o num serviço do bem, indicado para cada um de nós, em nome de Deus.
Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 10/05/2007, na cidade de Campo Grande/MS.
VIVA O SEU DIA COMO FOSSE O ÚLTIMO.
Aproxima-se o momento que deve dar testemunha da nobre causa que abraçou, por opção, pois que na verdade é necessária a sua decisão em formular uma base de divulgação mais segura. Qualquer maneira que divulgue a Doutrina será um meio que deve prestar a máxima atenção, a fim de que dê mais constância e seriedade a matéria que repassar aos demais. Muito embora sua atuação seja bem limitada, nem por isso pode ser desprezada, é como a história do burro manco, no caso de não haver outro disponível, naquele momento, serviu ele mesmo para levar a mensagem até um lugar distante. Mas a conclusão é a mesma, que leve a mensagem até o destino. Assim que Deus se vale de tudo para ajudar a todos.
Não pense que podem ser desprezadas as minúsculas parcelas de ajuda, muito pelo contrário, às vezes são as migalhas que faltam para completar a grande tarefa. Por isso pense que pode até ser o portador dessa migalha que falta para incentivar outros a caminhar. A Doutrina Espírita é uma escola de aperfeiçoamento, quem não aproveita seus valores, não compreendeu a sua importância. Por isso continue lutando que dias melhores virão, por fim compreenderá que esse gesto solidário representa muito na escala de valores. Em frente, com muita fé. A vida se encarregará de proporcionar os meios, a fim de que atinja o objetivo a que se propõe. Muitos dias ainda passarão até que venha a compreender certos imperativos da vida, que por enquanto não é capaz. Qualquer que seja a condição do trabalhador deve continuar firme no propósito de bem servir. A colheita futuro dependerá do labor atual.
Neste momento é importante que procure sedimentar no seu coração o amor e a caridade, como bases fundamentais que deverão constar de sua agenda de obrigações.
Considere ainda cada instante que passa como o mais importante. Viva como se fosse o último, ame como se fosse o dever mais sagrado, tenha tanta fé quanto seja possível, extravase o seu amor ao mundo sem reserva, pense no bem que pode fazer, mas não se esconda dentro de si mesmo, pode ser uma desculpa para estar distante do trabalho. O Cristo espera que seus seguidores saiam a campo, demonstrem a sua fé pelo trabalho que desenvolva em favor dos outros.
Está a caminho com os seus adversários para o grande teste, porque em verdade tudo pode ser colocado em questão, especialmente quando põe em destaque o amor que deve devotar aos outros. Muitos erram por uma timidez culposa, sem considera os sagrados deveres que devem abraçar para conquistar um lugar ao sol e trabalhar ainda mais pelo progresso que é necessário salientar. Qualquer que seja esta condição está presente no dia a dia, a necessidade urgente de promover o bem.
Quantos ainda não compreenderam que a encarnação é a grande oportunidade para dar um passo significativo na vida. É considerável o número destes, com certeza, conquanto pensando como espírito na erraticidade, sabiam perfeitamente o que deviam fazer, quando voltassem a este campo de provas. Mas na posse do corpo físico parece que esqueceram os seus verdadeiros objetivos.
Quando seja possível escolha um horário para meditar seriamente o que fará da vida. É importante essa conscientização a fim de que possa viver de maneira mais equilibrada, aproveitando os dias que lhes foram autorizados a viver neste plano. Compreenda que as dificuldades são aqueles testes que o habilitarão a maiores conquistas. As dificuldades não as tenham por empecilho, mas por ajuda ao seu desenvolvimento moral e intelectual. Aquele que não é instigado pelas dificuldades ainda mais devagar caminhará, porque não tem o estimulo do desafio. Acontece que muitas vezes decidam capitular antes do tempo, ou seja, a inércia, a ociosidade nunca produz nada. Por isso fique atento e tenha um programa de vida, pois que este o ajudará a caminhar com mais objetividade. Planeje o seu dia. Valorize os sues momentos de descontração para se aproximar mais das pessoas.
Viva o seu dia como fosse o último, fazendo aos outros aquilo que gostaria que lhe fizesse.
Não se deixe influenciar por idéias negativas. Mas construa com mais amor o mundo que deseja viver, evitando que o caminho seja interrompido por obstáculo que os seus próprios pensamentos criaram. Desistir nunca. Um compromisso sempre será um compromisso que não pode ser desprezado sob pena de complicar o futuro.
Quando a porta se fechar é sinal que deve começar outro trabalho. É necessária uma experiência a mais.
Qualquer que seja a condição do trabalhador lembre-se que tudo pode ser considerado na esteira da própria vida. Em qualquer condição do caminho procure os meios de superar os obstáculos e muitas vezes deverá contorná-los para que atinja a meta.
O teste é hoje, previne-se, porém sempre contará com o apoio do alto.
Áulus / Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.
Minha querida Maria Aparecida.
Meu grande amor.
Estou com a mamãe Laudelina para pedir a bênção de Deus em nosso apoio.
Como gostaria de que nunca houvesse separação no mês de fevereiro e que cada criatura pudesse estar em paz consigo, lembrando que há tempo para tudo. O nosso prezado Adalberto está bem. Estou feliz por estar segurando este lápis para afirmar para você que estou bem. Já estou novinha em folha.
O amor e o seu carinho me levam para casa e me aproximo da nossa Solange para abraçá-la. Lembrando ao Reginaldo que o nosso mundo não desabou. Apenas cumprimos etapas que melhoram a nossa vida...
Digo com o coração sempre reconhecido que amo vocês!
Sou a companheira amada de todos vocês e me enlaço no pescoço da nossa Sibele para afirmar ao Lucas e também para o Guilherme que estou sempre presente, para rogar a Deus por todos os problemas que são passageiros e são também transitórios em nossas vidas, lembrando que o Nilton tem a esperança dos apóstolos de Jesus e o seu coração bondoso sempre triunfará nas horas difíceis e no amor há espaço para recomeço e o nosso coração é observado por Deus, principalmente quando deixamos as nossas digitais, mostrando sempre um acontecimento, que muda a rotina e a vida das criaturas que sempre estão próximas de nós.
Minha filha querida o Sol nunca queima o nosso rosto quando estamos protegidos e no amor de Deus as nossas lágrimas são apenas gotículas que deslizam pela face, indo cair no chão, para molhar a terra em que plantamos os nossos sonhos. Quem não tem a vida difícil???
Hoje que posso utilizar este lápis, reafirmo que estou vida! Viva e feliz... E também agradecida pela lembrança carinhosa que todos me endereçam nos pensamentos e nas orações, lembrando a nosso querido João Batista que a nossa missão aí na Terra combina com as nossas inspirações que permanecem no coração de muitos, principalmente de nossa Encarnação, que marca a fidelidade das coisas de Deus, para com os seus filhos que tanto ama. Felizmente somos jovens, apesar da díade que trazemos marcados no campo de nossas provações, afirmo que é preciso vencer cada dificuldade e então melhorarmos nós mesmos. Abraço também o José Alcides, lembrando que o tempo é o tempo e que muitas coisas ainda podem fazer a nossa vida melhorar. Lucas elevem-se de luz, juntamente com o Guilherme e segurem as pontas da corda!
Mesmo querendo ficar por mais um instante, devo deixar o lápis porque o meu tempo está curto, mas te prometo, minha querida filha, voltar e quanto antes para continuar falando para ao teu coração.
Estou bem!
Estou viva!
E viva a felicidade que temos quando descobrimos que mingúem morre...
Abraço vocês, lembrando para o Nilton que estive com Fábio, o mesmo que está mandando grandes alegrias para a família, lembrando que está bem.
Abraços carinhosos.
Maria Teixeira Góes.
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 28/02/2008. Campo Grande/MS.
Causa Mortis: Pneumonia.
1- Laudelina – Mãe; 2-Adalberto - Amigo; 3- Solange – Filha; 4-Reginaldo – Filho; 5- Sibele – Neta; 6-Lucas – Neto; 7-Guilherme – Neto; 8-Nilton – Genro; 9- João Batista – Amigo; 10-Encarnação – Amiga; 11- José Alcides – Esposo; 12- Fábio – Amigo.
COMO NÓS VEMOS JESUS
A importância de Jesus para nós, espíritas, pode ser aquilatada pelos depoimentos que se seguem.
J.Herculano Pires, por exemplo, ao dizer que das três revelações cristãs o Evangelho é a que brilha no centro dessa tríade, afirma que Jesus é o sol que ilumina todas elas, uma como que “intervenção direta do Alto para a reorientação do pensamento terreno”. (Veja “Introdução ao Livro dos Espíritos”, LAKE, 3.ª ed., abril de 1966, pp. 11 e 12.).
Leon Denis assevera que Jesus “ascendeu à eminência final da evolução” e, bem antes de Emmanuel descrever-lhe o papel como co-criador e orientador da Terra, conceituou-o como “governador espiritual deste planeta” em sua obra “Cristianismo e Espiritismo”, pág. 79.
De Emmanuel nos vieram informações preciosos sobre o Cristo, como este trecho do livro “A Caminho da Luz”, cap. 1, obra psicografada por Chico Xavier: “Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, de nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos fim dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso de milênios conhecidos. A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição,
Allan Kardec, ao comentar a resposta dada à pergunta 625 de O Livro dos Espíritos, afirmou: Jesus é para o homem tipo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu sobre a Terra.
Em “O Evangelho segundo o Espiritismo” (cap. 1, item 4), Kardec lembra o papel de Jesus “não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra”. “Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciando a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina”.
Igual ensinamento se lê em “Obras Póstumas”, págs 136 e seguintes: “Jesus era o messias divino pelo duplo motivo de que de Deus é que tinha a sua missão de que suas perfeições o punam em relação direta com Deus”. “Para que Jesus fosse igual a Deus, fora preciso que ele existisse, como Deus, de toda a eternidade, isto é, que fosse incriado”. “Digamos que Jesus é filho de Deus, como todas as criaturas, que ele chama a Deus Pai, como nós aprendemos a trata-lo de nosso Pai. É o filho bem-amado de Deus, porque, tendo alcançado a perfeição que aproxima de Deus a criatura, possui toda a confiança e toda a afeição de Deus”.
Em vista do exposto, conquanto não consideremos Jesus uma divindade, um ser incriado, atributos que se aplicam exclusivamente a Deus, inteligência suprema do Universo e causa primária de todas as coisas, fica clara a posição de relevo que Ele, o Mestre nazareno, ocupa no mundo em que vivemos, cuja direção o Criador lhe confiou.
Astolfo Olegário de Oliveira Filho.
Transcrito do Imortal dezembro/2005.
DOENTES
Doentes, sim, os há da mais vária espécie, que portam enfermidades pelo prazer de as carregar:
Senão, vejamos:
O invejoso é doente contumaz do coração;
O maledicente é doente pertinaz da língua;
O caluniador é doente do espírito;
O despeitado é doente do sentimento;
O malicioso é doente da virtude;
O negligente é doente do dever;
O avaro é doente da bondade;
O déspota é doente da afeição;
O mentiroso é doente do equilíbrio.
Existem, igualmente, os doentes cujos achaques estão sempre ao alcance a qualquer hora.
Há o achaque do estômago, ante a mesa farta;
Há o achaque do coração ante recursos de médicos vários;
Há o achaque dos rins, ante trabalhos a executar;
Há o achaque das vias respiratórias, ante conforto e casa de campo;
Há o achaque da insônia, sobre colchões de suave espuma;
Há o achaque das carnes flácidas ante cosméticos e massagens;
Há o achaque do fígado ante ociosidade e repouso;
Há achaque da cabeça ante despreocupação e comodidade;
Há o achaque das alegrias ante exames e testes, tratamentos e orientações médicas;
Há o achaque de cansaço ante serviçais e comandados...
Muitos carregam doenças por prazer de serem infelizes e outros são infelizes porque se não querem libertar das doenças.
Alguns possuem achaques e dores, porque dispõem de horas vazias e possibilidades mal aplicadas, e todos, reunidos, constituem a grande legião que bate à porta do Evangelho a pedir, mas não abrem a porta do coração para o Evangelho entrar.
Aquele em que Jesus encontrou a porta, penetra-a; quem O encontrou, guarde-O e siga-O, e “nenhum mal lhe acontecerá”.
Scheilla
Do livro “Sementes de Vida Eterna” de Divaldo Pereira Franco.
ORAÇÃO POR ENTENDIMENTO
Senhor Jesus!
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.
E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
Assim seja.
Emmanuel
Do livro “Paciência” de Francisco C. Xavier.
PERANTE A ENFERMIDADE
Sustentar inalteráveis a fé e a confiança, sem temor, queixa ou revolta, sempre que enfermidades conhecidas ou inesperadas lhe visitem o corpo ou lhe assediem o lar.
Cada prova tem uma razão de ser.
Com o necessário discernimento, abster-se do uso exagerado de medicamentos capazes de intoxicar a vida orgânica.
Para o serviço da cura, todo medicamento exige dosagem.
Desfazer idéias de temor ante as moléstias contagiosas ou mutilantes, usando a disciplina mental e os recursos da prece.
A força poderosa do pensamento tanto elabora quanto extingue muitos distúrbios orgânicos e psíquicos.
Sabendo que todo sofrimento orgânico é uma prova espiritual, dentro das leis cármicas, jamais recear a dor, mas aceitá-la e compreendê-la com desassombro e conformação.
A intensidade do sofrimento varia segundo a confiança na Lei Divina.
Aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade exclusivas dos médicos desencarnados.
A Eterna Sabedoria tudo dispõe em nosso proveito.
Afirmar-se mentalmente em segurança, acima das enfermidades insidiosas que lhe possam assaltar o organismo, repelindo os pensamentos e as palavras de desespero ou cansaço, na fortaleza de sua fé.
A doença pertinaz leva à purificação mais profunda.
Aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação dos valores alusivos à convicção religiosa.
A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé.
André Luiz
Do livro “Conduta Espírita” de Waldo Vieira.
CONTINUAR E RECOMEÇAR
Continuemos firmes em nossa tarefa abençoando aqueles que nos firam e orando pelos que nos perseguem e caluniam.
Edificar e edificar.
Jesus era sozinho e nós somos uma família de corações pulsando à luz do Evangelho.
Sofrer, sim. Recuar, nunca.
O Senhor segue a frente. Ainda que lágrimas se nos constituam salário permanente, é indispensável seguir-lhe os passos, trabalhando e amando sempre.
Em nosso favor, os créditos do equilíbrio, da paz e da felicidade íntima, no dever retamente cumprido, com o serviço em nossas mãos.
Recomeçar, sim, porque Deus também, cada dia, recomeça no mundo os processos de criação e renovação. Cada manhã se envolve a Terra nova luz e cada dia experiências humanas são transfiguradas para melhor em todas as direções. A própria semente obscura e anônima é chamada a reconstituir-se e ressurgir na sobra do solo. Não nos faltarão trabalho, cooperação, solidariedade, esperança.
Batuíra
Do livro “Mais Luz” de Francisco C. Xavier.
UM SÉCULO DE CONSOLAÇÕES
As páginas que compõem a história da Humanidade estão eivadas de estrelas de primeira grandeza; almas que, esquecidas de si mesmas, dedicaram-se intensamente ao trabalho do bem. Na renúncia constante, viveram integralmente os ensinamentos do Mestre. Dentre tantos desses talentos espirituais, um deles será destacado pelo trabalho, não só que realizou, mas que continua realizando junto à crosta terrestre, em benefício dos aflitos.
Doutor Adolfo Bezerra de Menezes – O Médico dos Pobres.
Esse Espírito abnegado, há cem anos no plano espiritual, prossegue, incansável, distribuindo consolo e ajuda às almas aflitas, nos dois planos da Vida. Quando encarnado, fez do amor, da caridade, da abnegação e da renúncia exemplos para todas as gerações.
No dia 29 de agosto de 1831 o pequeno rincão cearense, Riacho do Sangue, acolhia uma lama de escol. Desde a infância já se preocupava com os estudos e dedicava-se à meditação.
Aos vinte anos, com auxílio de familiares e de amigos, viaja para o Rio de Janeiro onde se matricula na Faculdade de Medicina.
Vontade inquebrantável, honesto e digno, dedicou-se aos estudos, lecionando humanidades para manter-se. Jamais assumiu qualquer compromisso ou freqüentou lugares que contrariassem a moral. O auxílio espiritual, de que sempre se fez merecedor, nunca lhe faltou, manifestando-se nas horas mais cruciantes. O jovem Bezerra venceu cinco anos de árduas dificuldades.
Com vinte e cinco anos Bezerra se doutora. Dois anos depois completa o sonho de sua vida. Contrai matrimônio com Maria Cândida de Lacerda. A felicidade o acompanhou por cinco anos. Pela esposa, luta, trabalha, ganha posição, sem nunca deixar de atender aos necessitados. A vida lhe sorri, dois filhinhos enriquecem os seus dias. Mas quão breves foram esses dias! A dor atinge esse Espírito resignado quando a esposa querida retorna ao plano espiritual.
Era preciso prosseguir. O trabalho era intenso, a miséria alheia batia constantemente à sua porta, ninguém se despedia sem auxílio, sem uma palavra amiga, sem o socorro imediato; carinhosamente foi cognominado o Médico dos Pobres. Constantemente era visto percorrendo morro, os casebres levando aos seus habitantes o bálsamo da dor, apaziguando o sofrimento e a fome de muitas famílias.
Mais tarde, casa-se com a irmã de sua falecida esposa, Cândida Augusta de Lacerda, com quem tem sete filhinhos. Nove ao todo. Sua vida era dedicada à família, à Medicina e aos desfavorecidos da sorte. Muitas vezes se esquecia de si mesmo para viver Jesus. A maioria das consultas que fazia não era cobrada e, às vezes, tirava do próprio sustento para pagar os medicamentos de seus clientes.
Houve um período de tranqüilidade econômica em sua vida quando exerceu o cargo de cirurgião-tenente no Corpo de Saúde do Exército.
Mas ao abraçar a política surgiu um impasse: ou o cargo no Exército ou a política; e para não decepcionar o seu povo escolheu a política.
Por vários anos ocupou a presidência da Câmara Municipal da Corte, e, como tal, orientou a administração da cidade, como um Prefeito dos tempos atuais.
Foi também deputado por dez anos, dedicando à vida política cerca de 24 anos.
Parlamentar atuante e digno fez da política, não o trampolim de seus interesses, mas a estrada luminosa de auxílio ao povo, aos mais necessitados e à sua pátria, sempre exercendo a Medicina. Dizia ele: “O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto”.
A dor não escolhe sua vítima e como tal foi caluniado, insultado, injustiçado, mas tudo suportou com paciência, coragem e resignação.
Certa feita um amigo presenteou-o com um livro diferente: “O Livro dos Espíritos”. Leu-o com avidez; ficou intrigado, era a primeira edição traduzida para o português, não conhecia o assunto, todavia, à medida que ia lendo percebia que todo o conteúdo do livro já era do seu conhecimento. Sim, afirmava: “Parece que eu já era espírita de nascença”.
No entanto, a sua entrada para a Doutrina Espírita deu-se como acontece com muitos dos espíritas, pelas portas da dor.
Um dos seus filhos, “moço de grande inteligência e coração bem formado”, foi acometido de loucura, segundo os melhores médicos do Rio de Janeiro. Assim sendo, fora aconselhado a interná-lo em um manicômio devido aos riscos que representava em meio à família.
Dr. Bezerra narra em seu livro “A Loucura Sob Novo Prisma”:
“Foi ante a contingência de uma separação mais dolorosa do que a própria morte de resolvemos atender a um amigo que há muito nos instava para recorrermos ao Espiritismo”.
E assim, através de um médium, um Espírito consultado revelou-lhe: obsessão.
A partir de então, buscando a cura do filho querido, o “médico dos pobres”, que tanto se preocupara com a saúde física de seus doentes, passou a dedicar-se também à cura da alma de seus semelhantes.
“Apóstolo verdadeiro do Cristo deu-se por inteiro à causa do Espiritismo colocando a sua vida a serviço do amor”.
Século XIX chega ao termo; novas páginas aguardam registro dos acontecimentos do século nascente.
Uma multidão de assistidos aguarda em prece a desencarnação daquele que lhe deu tanto amor. 11 de abril de 1900, o Médico dos Pobres, após dias de agonia, despede-se das vestes carnais.
Ao ser acordado no Plano Espiritual por Celina, a mensageira de Maria Santíssima, é visitado por amigos e trabalhadores das lides espíritas. Ouve então murmúrios vindos de fora. Amparado por Celina, é levado até a sacada:
- Vê uma multidão de Espíritos que lhe acenam com lágrimas nos olhos:
- Quem são Celina? (...) não conheço a ninguém. Quem são?
- São aqueles a quem você consolou sem nunca lhe perguntar o nome. São aqueles espíritos atormentados que chegaram a sessão mediúnica e suas palavras caíram sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo. São eles que vem saudar no Pórtico da Eternidade.
A. Merci Spada Borges
Da revista “Reformador” de mês fevereiro de 1999.
PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO MEDIÚNICO.
Os participantes de uma sessão mediúnica devem fazer algum tipo de preparo íntimo, durante o dia, antes mesmo do início da reunião?
Divaldo P. Franco - O espírita deve fazer um preparo normal, porque é um dever que lhe compete, uma vez que nunca sabe a hora em que será convocado ao retorno à consciência livre.
O espírita que freqüenta o labor mediúnico equivale dizer que, além de espírita, é peça importante no mecanismo de ação dos Espíritos na direção da Terra, deve fazer uma preparação, não somente nos dias da reunião, mas sempre, porque tal preparação seria insuficiente e ineficaz, porque ninguém muda de hábitos, apenas por alterar sua atitude momentânea.
Nos trabalhos mediúnicos, são exigíveis hábitos mentais de comportamento moral enobrecido, e estes não podem ser improvisados. Então, os mentores de uma sessão mediúnica são pessoas que devem estar vigilantes normalmente, todos os dias e, em especial, nos reservados ao labor, para que se poupem às incursões dos Espíritos levianos e adversários do Bem, que, nesse dia, tentarão prejudicar a colaboração e perturbar-lhe o estado interior, levando distúrbios ao trabalho geral, que é aquele que eles objetivam destruir. Então nesse dia, a vigilância deve ser maior: orar, ler uma página salutar, meditar nela, reflexionar, evitar atitudes da chamada reação e cultivar as da ação, pensar antes de agir, espairecer e, se por acaso for colhido pela tempestade da ira, pela tentação do revide, que às vezes nos chega, manter a atitude recomendada pelo Evangelho de Jesus.
Do Livro Diretrizes de Segurança, 3.ª Edição, pergunta 33, editora Frater.
DAI-ME ALGUÉM PARA AMAR
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida;
Quando tiver sede, dai-me alguém que precisa de água;
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo;
Quando minha cruz parecer pesada, dai-me compartilhar a cruz do outro;
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos;
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém;
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade de compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha;
Quando sentir necessidade que cuidem de mim; dai-me alguém que eu tenha que atender;
Quando pensar em mim mesma, voltai minha tenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje. Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e alegria.
Madre Teresa de Calcutá
NA EQUIPE CRISTÃ
... Um grupo espírita é uma equipe de Jesus em ação.
Equipe em que somente propósito do Mestre Divino prevalece, na produção de amor e luz a que todas as expressões do Evangelho são chamadas.
...Procuremos no trabalho, que o Senhor nos reserva, a posição de serviço que nos é própria, nela buscando a felicidade de obedecer ao Celeste Orientador.
Nem queixas, nem exigências.
Nem deserção, nem exclusivismo.
Nem lamentação que é indisciplina, nem exame precipitado do concurso alheio que redunda em desordem.
...Busquemos a tarefa que nos cabe realizar e a edificação coletiva com Jesus erguer-se-á sublime, lançando seguros alicerces no presente para que o futuro pertença ao reino de Deus.
......Não nos esqueçamos de que somos os braços do Senhor em serviço d'Ele e, aceitando a nossa condição nesse clima de fraternidade e interdependência, ante a Supervisão Divina, estejamos convencidos de que como equipe do . Benfeitor Eterno. Estaremos concretizando o Seu excelso programa de luz e amor.
Bezerra de Menezes
Do livro "Bezerra, Chico e Você" de Francisco C. Xavier.
AMPARO A CRIANÇA
Se nos propomos a edificar o futuro com o Cristo de Deus, é necessário auxiliar a criança.
Se desejamos solucionar os problemas do mundo, de maneira definitiva, é indispensável ajudar a criança.
Se buscamos sustentar a dignidade humana, abolindo a perturbação e imunizando o povo contra as calamidades da delinqüência, é preciso proteger a criança.
Se anelamos a construção da Era Nova, na qual as criaturas entrelacem as mãos na verdadeira fraternidade, em base de serviço e sublimação espiritual, é imprescindível socorrer a criança.
Entretanto, convenhamos que os grandes malfeitores da Terra, os fazedores de guerras e os verdugos das nações, via de regra, foram crianças primorosamente resguardadas contra quaisquer provações na infância.
E ainda hoje jovens transviados habitualmente procedem de climas domésticos em que a abastança material não lhes proporcionou ensejo a qualquer disciplina, pelo conforto excessivo.
Urge, pois, não só amparar a criança, mas educar a criança e induzi-Ia ao esforço de construção do Mundo Melhor.
Batuíra
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier.
O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO
Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? – Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro do teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? – Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. Mateus, cap VII, vv, 3 e 5)
Uma das insensatezes da humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante preguiçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.
Allan Kardec
Do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. (Capítulo X , itens 9 e 10).
OS VÍCIOS
Os vícios, de múltiplas expressões e várias gradações, são bem um dos sinais de inferioridade moral da Humanidade de que fazemos parte.
Causa estranheza ver como o homem não vacila em criar para si mesmo uma Segunda “natureza”, completamente contrária à Natureza instituída por Deus. E como deixa amolentar de tal maneira o caráter que não encontra forças e decisão suficientes para erradicar um vício, mesmo quando esteja acarretando as mais visíveis e danosas conseqüências para si próprio e para o meio em que lhe foi concedido viver.
Tabagismo, alcoolismo, longas horas perdidas no jogo, aberrações do sexo, perigosas incursões ao inferno dos alucinógenos, maus hábitos ligados à alimentação, palavreado ou riso desabrido, pequenas surripiações que culminam na cleptomania etc. são todos infelizes vezos arraigados do comportamento, que têm na deseducação do pensamento e no relaxamento da vontade as causas primeiras.
Meditando nisso, parafraseamos o Decálogo e promulgamos.
OS DEZ MANDAMENTOS DA PREVENÇÃO CONTRA O VÍCIO
1.º - Eu sou o VÍCIO, que vos ameaça a saúde e a estabilidade. Não tereis, face de mim, a invigilância descuidada, uma vez que, depois de instalado, exerço meu jogo inexorável, como um deus de implacável poder. Não me incensareis, quer na forma difundida nas camadas mais humildes da população, quer nos artificiosos disfarces sociais. Não me adorareis nem me prestareis culto.
2.º - Não pronunciareis em vão palavras que tentam justificar ou negar a existência dos vícios, quando já estão minando visivelmente vossas resistências morais. Vigiai vossos pensamentos, que se refletem em vossas palavras e desembocam em vossas ações. Os vícios começam devagarinho, sutilmente, na indução dos “amigos” ou na fantasia de palavras e sugestões aparentemente atraentes, mas de funestas conseqüências futuras.
3.º - Lembrai-vos de santificar a vossa vida, cultivando a religiosidade sadia, Fugi das más companhias. A fé e a prática do bem vos preservam de muitos deslizes. Ocupai vosso tempo dignamente, para que a ociosidade não dê ensejo à perversão do gosto e dos objetivos.
4.º - Honrai os vossos pais, honorificando a vossa família, vossa origem, a fim de viverdes uma longa vida, de saúde, paz e consideração geral.
5.º - Não mateis vosso corpo antes do tempo, consumindo-vos em substâncias tóxicas, nem entregando-vos a práticas quaisquer, nocivas à vida e à saúde.
6.º - Não cometeis o adultério de inverterdes a vossa natureza, criando uma Segunda “natureza”, de dependência e degradação.
7.º - Não roubeis à família e à pátria a contribuição devida em trabalho e realizações que podeis concretizar e que ficam tristemente frustrados ou prejudicados com vossos vícios.
8.º - Não presteis falsos testemunhos a vossos amigos quanto às “delícias” dos vícios, que, conquanto proporcionando momentânea sensação de euforia, acarretam após si irreparáveis danos.
9.º - Não desejeis “realizar” vossos anseios entorpecendo-vos com o álcool ou com outras drogas. Guardai vossa vida emotiva, para não serdes vítimas de paixões e desregramentos. Superai vossas frustrações através do esforço e soerguimento e nunca vos entregando aos vícios.
10.º - Não cobiceis nada que esteja fora de vosso alcance legítimo e necessidade reais. Não leseis o vosso próximo por culpa do hábito infeliz de qualquer natureza, que causa grandes estragos à saúde, às finanças, à família e ao conceito.
Transcrito do Reformador de março/ 1985
NOTAS DE COMEÇO
Orientação para o serviço da fé?
Cada dia faze um horário, mesmo curto, para estudo e meditação.
Perdoa, - mas perdoa com total esquecimento, - qualquer ofensa recebida.
Não grites; fala auxiliando para o bem.
Serve sem queixas.
Não conserves ressentimentos e malquerenças.
Aprende a tolerar as pessoas que te pareçam difíceis, para que os outros te tolerem nos instantes em que os teus sentimentos talvez se façam amargos.
Reparte com o próximo, pelo menos o mínimo do máximo de que estejas dispondo.
Age para o bem tanto quanto puderes.
Em qualquer circunstância, dá o teu recado sem aspereza.
Lembra-te: o relógio não pára e a fim de realizares o que tens a fazer, é sempre um pouco mais tarde do que pensas.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier
TEU FILHO
Repara a flor tenra que desabrocha no jardim de teu lar...
Espírito extasiado exclamas ante o hóspede frágil que te pede refugio ao coração:
Meu filho! Meu filho!
E sentes o suave mistério do amor que te renova às forças para o trabalho, enriquecendo-te a alma, com estímulos santos.
Dessa criaturinha leve e doce que ainda não fala, recolhes poemas inarticulados de esperança e ternura...
Desse anjo nascituro que ainda não caminha, recebes sugestões silenciosas de coragem para marchar com destemor, dentro da luta em que te refazes para a Vida Maior...
Bênçãos intangíveis do Céu te coroam a fronte e aprendes a suportar com heroísmo, o cálice de fel que o mundo te apresenta e a cultivar a humildade que te faz mais humana e melhor à frente dos semelhantes...
Contudo, não te esqueças, ao som dessa música renovadora, que teu filho será amanhã o teu retrato e que nele estamparás teus próprios ideais e teus próprios impulsos plasmando-lhe o novo modo de ser.
Sem dúvida, não é um estrangeiro em tua casa, nem um desconhecido ao teu afeto...
É alguém que chega de longe, como acontece a ti mesma.
Alguém que te comungou as experiências do passado e que se liga ao teu caminho pelos laços luminosos do amor ou pelas duras algemas da aversão.
Recebe-o, assim, com doçura e reconhecimento, mas não olvides o dever de armá-lo com elevação espiritual necessária ao combate que, amanhã, lhe cabe ferir...
Ajuda-o, equilibra-o e ampara-o com o trabalho digno e com o estudo edificante.
Ama-o e educa-o, oferecendo-lhe o melhor de tua alma, porque, cumpridas as tuas obrigações no lar, ainda mesmo que teu filho não te possa compreender a nobreza do sacrifício e a excelsitude da abnegação receberás do Eterno Senhor, Nosso Pai Celestial, a bênção da alegria e da paz, de vez que, diante d'Ele, todos somos filhos e tutelados também.
Emmanuel
Do livro "Mãe"(Antologia Mediúnica) de Francisco C. Xavier.
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