"Luzes do Amanhecer"

ANO I - Nº 03– Campo Grande – MS – Abril de 2006
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


               Quando com inteligência utilizamos a água da cisterna, mais limpa se torna a cada dia, assim também a caridade, quando exercida com amor, mais ilumina o coração de quem a pratica.


               “Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei”. Allan Kardec.

TERCEIRA REVELAÇÃO

                “O simples fato de poder o homem comunicar-se com os seres do Mundo Espiritual traz conseqüências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção. O conhecimento de tal fato não pode deixar de acarretar, generalizando-se, profunda modificação nos costumes, caráter, hábitos, assim como nas crenças, que tão grande influência exercem sobre as relações sociais. É uma revolução completa a operar-se nas idéias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo nem a uma casta, visto que atinge, simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações”.

Extraído do livro“A Gênese” Item 20, de Allan Kardec.

                “A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser uma realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém, o resultado da observação. Ergue-se o véu; o Mundo Espiritual apareceu-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriam, pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todas as peripécias da vida de Além-Túmulo. Eis por que os espíritos encaram a morte calmamente".

Extraído do livro “O Céu e o Inferno”, capítulo II, item 10, de Allan Kardec.

                “ É preciso que nós, os espíritas, compreendamos que não podemos nos distanciar do povo, porque o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. É com as massas, que amemos todos os companheiros, mas sobretudo, aos mais humildes social e intelectualmente falando e deles nos aproximemos com real espírito de compreensão e fraternidade. É preciso fugir da elitização que ameaça o movimento espírita”
Indagado sobre os responsáveis por isso, afirmou:
“Não, o problema não é de direção ou administração em si, pois precisamos administrar a nós mesmos, mas a maneira como a conduzem, isto é, a falta de aproximação com os irmãos socialmente menos favorecidos, que equivale à ausência de amor, presente no excesso de rigorismo, de suposta pureza doutrinária, de formalismo por parte daqueles que são responsáveis pelas nossas instituições; é a preocupação excessiva com a parte material das instituições...”

                Mensagem do livro “Chico, de Francisco” de Adelino da Silveira Ed. CEU.

CHICO XAVIER, MUITO OBRIGADO!

                Homem simples. Muito pobre. Nasceu na pequena cidade mineira de Pedro Leopoldo. Desde cedo a vida cobrara-lhe pesado tributo. Órfão de mãe aos quatro anos de idade. Como o seu pai não tinha como cuidar dele e seus irmãos, foram distribuídos entre os parentes até que a situação melhorasse e Chico ficará sob cuidado de sua madrinha, por sinal muito má, porém segundo ele “ela o favorecia com três surras por dia”, mas sem a genitora aqueles momentos foram os mais difíceis de sua caminhada.
                Certo dia que estava muito triste dirigiu-se ao fundo do quintal onde morava. De repente apareceu-lhe sua querida mãe, numa visão espiritual e aconselhou o que tivesse paciência e que fosse obediente e que viria um anjo que o levaria novamente ao convívio de seu pai e seus irmãos. E até que um dia o tal anjo aparece na pessoa da segunda esposa de seu pai, Dona Cidália, que antes de aceitar o seu pai como esposo, estabeleceu como condição que recolheria todos os filhos de João Cândido e Chico fora o último a chegar e o novo lar se formou.
                Desde os oito anos de idade trabalho nas mais diversas ocupações e finalmente como escriturário do Ministério da Agricultura. Aos dezessete anos manteve o primeiro contato com a Doutrina Espírita através da Sra. Carmem Perácio, quando fora levar a sua irmã para tratar de um problema grave de obsessão. Nesse mesmo dia a médium viu cair sobre a cabeça de Chico muitos livros, e Chico escreveu a sua primeira mensagem, e que esta infelizmente se perdeu.
                E nesse trabalho permaneceu mais quatro anos, até que lhe apareceu Emmanuel que mudou completamente o rumo de sua vida, sábio e severo professor espiritual, que sempre exigia em tudo, disciplina, disciplina, disciplina. Assim que conduzido pela própria vida num mar revolto de incompreensão preconceito da época contra a Doutrina, pode amadurecer e moldar a sua personalidade para viver uma vida exemplar, de tudo transcendia um ar de dignidade e respeito ao próximo, acima de tudo. A palavra suave e penetrante de Emmanuel que se ouvia através dele, ia diretamente a alma de tantos quantos o procuravam, que jamais esqueceram seus conselhos. Manifestavam através dele diversos espíritos que foram personalidades ilustres do Brasil e do exterior. Sua vida de abnegação soava com um exemplo a ser seguido. Sua maior alegria consistia em fazer os outros felizes.
                Anunciando sempre que a caridade é a virtude fundamental, mas sentia que era preciso uma divulgação mais ampla que chegasse a todos aqueles de boa vontade. Viveu simples e pobre de valores materiais, mas que nada impediu de ser um espírita cristão esforçado em domar as suas más tendências, que segundo palavras dele, lutava para ser aquele cristão que precisava ser. . E o trabalho a meta para sempre, que não deixava nem menosprezava uma migalha sequer de promover o bem, e se alegrava com a possibilidade de que todos levassem para os seus lares o Evangelho no Lar, sempre submetendo em tudo à vontade de Jesus, em primeiro lugar. Junto aquele sábio professor que o orientava em tudo, tanto que ele o chamava de Pai, deixou muito testemunho de sua vida profundamente missionária, sempre levando em conta o valor humano, o respeito à dignidade do próximo.
                Quanto à herança literária (psicografia) podemos dizer que é um monumento de valor inestimável, que se chega a pensar que ninguém escreveu algo tão sublime depois de Luiz Vaz de Camões e o padre Antônio Vieira, nunca realmente se escreveu de maneira tão magnífica e com tanta profusão, que se destaca pela beleza de linguagem e a precisão de conceitos, versando sobre os mais variados assuntos, que somente para lembrar Agripino Griego, o crítico literário, quando da polêmica do seu primeiro livro, “Parnaso do Além Túmulo”, disse ele “se realmente se confirmarem o que esse rapaz faz, ele mereceria todas as cadeiras da Academia Brasileira de Letras”, isto quer dizer, que ele recebeu mensagem segundo as características de todas as escolas literárias, muito embora jamais atribuiu a si a autoria de qualquer página, mas aos espíritos, além de que cursara somente o primário. Saíram de suas mãos abençoadas mais de quatrocentos livros, além de milhares de cartas particulares espalhadas por esse Brasil afora.
                Já vendeu mais de trinta milhões de exemplares de suas obras. E já foram traduzidas para muitas línguas. É de esperar que o Brasil tenha mais largueza de compreensão com um dos maiores gênios que aqui viveu. Como no dizer de um sábio da Grécia antiga, que Heródoto fizera a civilização daquele país, com duas obras monumentais, “Ilíada e Odisséia”, certamente que no futuro muitos brasileiros hão de compulsar alguma dessa obras magníficas gravada pelo nosso saudoso Chico Xavier, que haverão de abeberar-se nessa fonte preciosa de sabedoria, amor, dignidade, respeito ao próximo, poesia, história, ciência, literatura, especialmente parte religiosa da Doutrina é notável, que versa sobre os mais variados assuntos, mesmo porque sua obra transcende as mais caras expectativas, própria mesmo dos grandes gênios, pela justeza de conceito, beleza e exatidão de linguagem, que inclusive deveriam ser adotadas nas escolas, que poderiam muitos se valer dessa educação superior do coração humano. Um monumento à sabedoria, mas, sendo realista, ainda não será para nossos dias, porque os preconceitos são muitos, mas tudo que é grande e perdurável há de permanecer por maior que seja a má vontade dos homens, “a pedra rejeitada veio a ser a pedra angular”, pois que este País precisa ser a “Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”.
                Como era do seu desejo, aliás, já anunciado que se retiraria do mundo físico num dia que este amado País tivesse uma grande alegria, pois que tal se deu justamente quando o Brasil ganhou a Taça de Campeão do Mundo de Futebol, a trinta de junho de dois mil e dois, às 19:00 horas, aproximadamente, retirou-se serenamente do mundo sem estardalhaço, quando o Brasil inteiro comemorava mais esta conquista esportiva. Hoje ele faz tanta falta. Porém o grande consolo é essa obra monumental, testemunha viva que esteve entre nós, e quem tiver a felicidade de compulsar as páginas maravilhosas de infinita sabedoria, certamente que ainda poderá ouvir a sua suave e pausada voz a fazer coro com aqueles benfeitores que a ditaram, porque sabemos que ele estará sempre conosco. Muito obrigado, Chico Xavier, feliz aniversário, porque hoje é dois de abril. Fique sempre com Deus.

Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS

MISSÃO DO ESPIRITISMO

                A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes.
                Cristo acolheu a revelação de Moisés.
                A Doutrina dos Espíritos apóia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos.
                Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento. O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus.
                O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos.
                Há milênios, a mente humana gravita em derredor de patrimônios efêmeros, quais sejam os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie. Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças. Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência em limitações aflitivas e dolorosas.
                Com a morte do corpo, não atinge a liberação. Além-túmulo prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou ao caminho, escravizada a interesses inconfessáveis. Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas a lhe dobrarem os ombros.
                A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne, constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes que constrangem a alma ao passo vacilante, de atenção voltada para as experiências inferiores.
                A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução. Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem de fraternidade e alegria, comunhão entendimento, abrangendo as leis mais simples da vida.
                Aparece-nos, então, Jesus, em maior extensão de sua glória. Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e lágrimas e sim na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa vontade e o júbilo de viver.
                Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se na manjedoura, irmanando-se com todas na praça pública e amparando os malfeitores, na cruz, à extrema hora, de passagem para a divina ressurreição.
                O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida.
                O Espaço Infinito, pátria universal das constelações e dos mundos, é, sem dúvida, o clima natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos, devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso trabalho mais imediato e mais digno.
                Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio Céu. Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno e, servindo incessantemente com a nossa fé à vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier

VINTE E DOIS ANOS!

                Nós somos os primeiros que nos acostumamos como aos demais a viver em meio da luz, e não apreciamos como deveríamos o imenso bem que nos tem proporcionado o conhecimento do Espiritismo, e que proporciona aos demais, necessitamos ver de bem perto algum grande infortúnio para apreciar todo o horror que há na sombra, e toda a felicidade que há na luz.
                Ontem tivemos a ocasião de bendizer o Espiritismo, porque estivemos conversando com um ser profundamente infeliz; é um jovem de vinte e seis anos de idade e que sofre há vinte e dois anos de uma dolorosa enfermidade. É um espírito amante do progresso, racionalista por excelência, em seus olhos irradia o fogo da juventude, porém em sua face pensadora se vêm rugas prematuras.
                A expressão de seu semblante é doce e amarga ao mesmo tempo: no seu sorriso triste, se observa que é um homem que pensa, que sente, que sonha; por conseguinte seu estado de prostração deve fazê-lo sofrer muito, porque há espírito que a escassez de sua inteligência diminui o sofrimento, porque vive sem aspiração; em muitos seres a resignação é uma virtude, é um costume adquirido sem violência, há homens humildes que padecem, mas que inclinam a cabeça dizendo: Deus o quer, e ante esse místico de ilógico questionamento, cruzam os braços e se entregam à inanição sem luta, sem contrariedade: ao contrário há outros indivíduos como sucede ao jovem que nos ocupamos, que não se conforma em sofrer lentamente, querem saber a causa da sua sorte e assim é que sua vida tem um fundo muito sombrio.
                Um homem pensador dominado por uma enfermidade é profundamente infeliz; e nosso amigo o era. Nasceu forte e robusto, e aos quatro anos de idade neste mundo, começou a sofrer com um tumor num dos seus quadris, a qual teve tão numerosa descendência que já se passou vinte e dois anos e suas raízes sempre retornam abrindo até onze bocas em torno do tumor primitivo, e como é natural, nosso amigo tem ficado coxo e todo seu ser está meio torcido por uma dolorosa contração, ademais está bastante surdo, e sua enfermidade é crônica.
                Tem períodos tão horríveis, que em certas ocasiões aumenta a dor de suas chagas, até a ponto de ficar prostrado em seu leito e tem que permanecer longas temporadas, somente recostado de um lado sem poder mudar de posição; temporadas que duram às vezes dois anos, ano e meio, dois meses, um mês, quinze dias, e em estado normal, quando pode andar e dedicar-se ao seu trabalho que é alfaiate, o infeliz tem que fazer curativos até duas vezes por dia, e quando suas chagas fecham, ele mesmo tem que as abrir para que cessem suas agudíssimas dores.
                Pobre jovem! Tão inteligente! Tão afetuoso! Tem que viver encerrado dentro de si mesmo, para ele está negado a ternura de uma esposa, as carícias de pequerruchos que subiriam por suas pernas e lhe digam. Papai!...Para ele não há nada mais que isolamento; o monge do infortúnio teve que aceitar a solidão íntima sem esperança de sorrir, para ele não há mais que o túmulo, só nela crê logicamente, onde deixará de sofrer.
                O único consolo que se há concedido a esse infeliz é ter uma mãe amorosa que lhe cuida com a mais terna solicitude, e prodigaliza esses benfazejos cuidados que tanto consolam o enfermo. A pobre mulher é muito boa cristã e cumpre fielmente todas as práticas da religião romana, e há pregado a seu filho quando tem podido, e recomendado sempre a este e a outro santo para obter proteção Divina, mas amigo dizia a sua mãe:
                Não entendo como é esse seu Deus, mamãe! Que pecado tenho cometido para receber um castigo tão horrível? Cai doente quando tinha quatro anos de idade. Que arma homicida havia levantado contra o meu próximo? Que calúnia havia proferido meus lábios? Que plano infernal havia urdido em minha mente? Que guerra de extermínio havia provocado? Todo efeito tem uma causa, minha enfermidade não tem. Eu tenho irmãos que estiveram no mesmo claustro materno que eu estive e eles estão bem e sadios, no entanto meu corpo é um depósito de podridão. É um mal hereditário? Não; meu pai é um homem robusto e a senhora desfruta de saúde. Por que eu hei de ser o desgraçado Jó desta família?
                - Porque Deus quer provar sua paciência, dizia-lhe a mãe.
                - Isso é um absurdo, mamãe; se Deus tudo vê, se Deus tudo sabe, se Ele tem conhecimento do futuro; compreenderá desde o momento que criou seus filhos o que estes podem sofrer. Senhora seria capaz de martirizar-me para ver até onde chegava o meu sofrimento?
                - Nunca. Filho de minha alma, para pagar um minuto de pena eu carregaria muito feliz um século de dores.
                - Então, você é melhor que Deus.
                - Cale-se menino, não diga blasfêmias, só Deus é o conjunto de todas as perfeições.
                Pois por que não ameniza os meus tormentos, mamãe, como pode, a senhora, sendo uma pobre mulher sofrer feliz o mal que me atinge? Não pode ser assim, Senhora, Deus não existe, se existisse, eu não estaria sofrendo tão horrivelmente; não me venha a Senhora com santos e ladainhas: nascemos não sei por quê, vivemos por um mistério, morremos porque as forças se esgotam; Quando se gastarão as minhas?... E nestas dissertações passava nosso amigo em sua triste vida. Assim ainda viveu dezoito anos.
                Um velhinho lhe deu um pequeno livro intitulado. O que é o Espiritismo? Dizendo-lhe. Lê isto menino se quiser renascer. O pobre enfermo devorou aquelas páginas brilhantes, e em seus admiráveis diálogos, sua alma faminta de justiça pode saciar-se com o rico alimento do esclarecimento, amadurecida pelo sal da razão, e desde aquele dia não vê senão como um grande trabalho a ser devolvido em favor do próximo, freqüenta as sessões espíritas e escuta ansioso as comunicações dos espíritos, lê os periódicos espíritas escuta e faz mais ainda, propaga a boa nova com suas palavras, com suas boas ações, com sua resignação. Melhor já não diz que Deus não existe, hoje exclama com íntima satisfação: Deus é grande! Deus é misericordioso! Porque cria e não destrói! Eu espero! Eu creio! Eu amo a luz! Eu renasci! Eu devo a minha mãe a vida do corpo, mas devo a Deus a vida da alma! Bendito seja!...
               Não sou uma vítima do capricho da sorte, não sirvo de experimento para um deus terrível. Sou o que havia querido ser, pago o que devo, empreguei mal meu tempo, semeei ventos e recolho tempestades; mas deixarei meu horrível envoltório, meu espírito se verá livre destes membros corroídos pela putrefação: E serei jovem! Belo! Pleno de virtudes! Amarei uma mulher! Constituirei uma família! Serei grande! Serei um gênio! Viverei, porque até agora não vivi!
               Não sou um deserdado! Tenho minha herança, tendo minha parte no banquete da vida! E no olhar de nosso amigo irradia algo divino, algo que não se pode descrever nem copiar. Como disse um sábio, poder-se-á retratar uns olhos, mas jamais se traduzirá o brilho de fogo de um olhar.
               Quando nós escutamos seu relato, quando multiplicamos nossas perguntas, e o vemos tão resignado, tão racionalmente convencido de que ele muito paga, muito deve, então concluímos: que consolo tão grande veio difundir o Espiritismo! Disse o sábio, que Deus está sentado ao lado do mundo, tendo em sua mão uma catarata do rio da vida; o Espiritismo também tem em seus princípios fundamentais, a catarata do rio da esperança; a fonte do progresso eterno, o caudal inesgotável da razão, o grandioso oceano da verdade.
               Nosso amigo que vive sem viver, dominado por uma dor continua, que nem um momento de sua vida se vê livre de sua dolorosa mortificação, e que de tudo duvidava, que esperava a morte, o caos, o nada como a única felicidade possível, que destruir o seu ser e aniquilar o seu eu, era somente a ilusão que acariciava sua mente. E num momento renascer, viver, sonhar, pressentir, esperar, crer e amar aquela mesma dor que o tortura, compreendendo que em certos planetas, como disse alguém, “o sofrimento é o agente da mancha do mundo”, esta metamorfose é tão grande, sua importância é tão transcendental. Dormir numa tumba e despertar no infinito, esta transição da morte à vida somente pode ter o Espiritismo, as vozes daqueles que partiram para outra dimensão da existência, que dizem ao desventurado: Levanta e anda! Tua é a criação com seus mundos de luz, com sua eterna luta e seu eterno progresso.
               Confia! Espera! Ama! Perdoa! Trabalha! Vive! Porque seu destino é viver eternamente. Oh! Bendita seja a hora que o Espiritismo veio abolir a escravidão dos cegos, dos inválidos, dos órfãos, dos mártires do infortúnio que na fogueira da dor sucumbem.
               Nosso pobre amigo que levou vinte e dois anos de sofrimento. Quanto o deve ao estudo do Espiritismo.
               E os outros que riem, os que nos chamam de loucos, os que crêem que deliramos, se algumas vezes o sofrimento se fizer mais forte, se as amarguradas de suas expiações os fazem cair sob o peso da cruz: Acordem para o Espiritismo, estudem suas obras, busquem seus fenômenos, e encontrarão o que há encontrado o nosso amigo, a causa do seu sofrimento.
               Uma razão suprema! Uma verdade Divina! Um Deus imutável e eterno! Um futuro de glória! Um progresso indefinido! Uma irradiação da vida! Uma vida em toda sua grandeza desenvolvida ao infinito, os caudais de sua eterna luz! Salve, verdade augusta! Salve vida sem termo! Quão grande é Deus! Feliz o homem que na Terra vislumbra o reflexo da esplendida aurora do porvir.

Texto original de Amália Domingo Soler (La Luz de la Verdad)
Tradução livre: Otacir Amaral Nunes

EM DEFESA DA VIDA

               Suicídio

               Quais as primeiras impressões dos que desencarnaram por suicídio? (pergunta 154)

               -A primeira decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.
               Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. Anos a fio, sentem as impressões terríveis do tóxico que lhes aniquilou as energias, a perfuração do cérebro pelo corpo estranho partido da arma usada no gesto supremo, o peso das rodas pesadas sob a quais se atiraram na ânsia de desertar da vida, a passagem das águas silenciosas e tristes sobre os seus despojos, onde procuraram o olvido criminoso de suas tarefas no mundo e, comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido.
               De todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia.

Mensagem extraída do livro "O Consolador" de Emmanuel - de Francisco C. Xavier

 

MENSAGENS PARTICULRES

               Querido papai Luiz e querida mãezinha Iza, peço-lhes me abençoem.
               Quero dizer mãezinha Iza e não Luiza, lembrando-me de que estamos tão necessitados de ternura em casa.
               Queridos pais, ao que me parece, estou certo apenas de que era domingo.
               Ignorava que me achava nessa despedida estranha em que se dorme num lugar e se acorda em outro e que a pessoa deixa o corpo em que mora, assim como a lagarta se descarta do casulo para ser outro ser, embora continue com a mesma identidade.
               A principio, compreenderão que foi aquele desmaio de que ninguém se livra, quando se vê sob a sentença de despejo da forma em uso.
               Um sono terrível. Sono de muitos tranqüilizantes condensados. Lutei por não me apagar, mas tudo inútil.
               Não sei o que sucedeu depois. Essa história da morte parece mágica de bruxas invisíveis. Digo isso, porque uma névoa estranha nos envolve de tal maneira que é impossível reagir.
               Afinal despertei no recanto que me pareceu casa de saúde ou qualquer instituto congênere.
               Muitas pessoas em torno, faces desconhecidas, gente de hospital acostumada a ver o sofrimento e que não se volta, a fim de acudir aos nossos chamados ou assim me pareceu de começo.
               Demorei tempo enorme a aceitar tudo aquilo. Queria vê-los a qualquer preço. Por fim, foi a vovó Maria Luiza uma espécie de fada benfazeja que se colocou a meu encontro e, com paciência e carinho de mãe, me explicou que a minha situação alcançara novo sentido.
               Solicitou permissão para transportar-me até nosso ambiente e lá me fui.
               Doeu-me ver o papai cismarento e a mamãe em lágrimas. Nada me adiantou o esforço para fazer-me visto e ouvido. A vovó me explicou que nos achávamos em outra faixa de vida; procurei a Tânia e o José Luiz e nada consegui.
               Então, foi o choro do menino contrariado, lágrimas que me rolavam dos olhos, depois de nascidas no coração.
               A vovó e um amigo, que me recomendou chamá-lo vovô Rocha, me confortaram e, por vezes diversas, me a avalizaram as voltas ao carinho da querida família e posso ver agora que as dificuldades para a recomposição da harmonia geral ficaram maiores.
               Querida mamãe, venho pedir a sua bondade para que nos proteja sempre. O papai se mostra assim tão fatigado com os problemas do 1981 que estou sem coragem de me dirigir a ele, porque sei que, quanto me ocorre, o querido pai Luiz, também, está esmolando a sua paciência conosco.
               Mamãe Iza, não me creia ausente.
               Estou ao seu lado buscando fortalecê-la, conquanto disponha de toa escassas energias para comunicar-lhes.
               Perdoe-nos, por estarmos todos acabrunhados e abatidos. Aqui falo o plural, porque tomo a frente pelo papai e pelos irmãos queridos, a fim de reafirma ao seu carinho a amamos a cada vez mais.
               Pergunte a vovó Benedita se está certo ficarmos, por vezes, como se estivéssemos de mal uns com os outros.
               Mãe querida, papai e nós estamos sofrendo ao vê-la cansada e triste. Não se canse de nós, mamãe querida, precisamos de sua proteção e de sua paciência.
               Olhe que o papai e nós somos suas crianças. Abençoe-nos.
               Se posso, desejo pedir ao seu querido coração desterrar para longe qualquer idéia de tristeza. Veja mãezinha, que o papai vive para nós somente. A dor no coração dele é uma nuvem que ainda não conseguimos dissipar.
               Ele pensa e repensa sobre a vida e esbarra sempre em seu Serginho, procurando explicação para o adeus imaginário que houve entre nós. Entretanto, só as forças divinas, realmente poderiam esclarecer a morte ou a desencarnação de alguém.
               Aceitemos os acontecimentos como são e esperemos por Deus.
               A maior parte daquilo que vemos é indevassável ao nosso raciocínio e, por isso, se não é justo que reclame de meu pai atitudes do coração que, sobretudo, existem no sentimento maternal, rogo à sua bondade acolher-nos, como sempre, tais quais somos que ajude-nos, auxiliando papai.
               Querida mamãe Luíza, não posso escrever mais. A vovó e outros amigos, que me trouxeram, dizem que falei o bastante.
               Não sei. Queria pedir muito mais ainda...
               Queria pedir o seu perdão, se seu filho regressa para endereçar-lhe tantas rogativas. Desculpe-me se fui menos feliz com tantas palavras de amor e de ansiedade. Quis falar-lhe do nosso amor e sal isto aí. Perdoe-me.
               Muitas lembranças aos irmãos e recebam, os dois, o coração reconhecido e saudoso do filho que continua vivendo, sobretudo, vivendo para vê-los, cada vez mais felizes.

Serginho. Sérgio Luiz de Moura.
Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 12/06/1981- Uberaba – MG.

               Informações adicionais:
               1-Serginho faleceu num domingo, nas primeiras horas do dia 25.01.1981.
               2- Maria Luiza da Conceição, bisavó-materna, desencarnou aos 89 anos, a 26 de maio de 1951.
               3- Irmãos do Serginho, Tânia Maria e José Luiz de Moura Rocha.
               4- Vovô Rocha - tataravô de Serginho.
               5- Avó materna, Benedita Dias Moura.

EDUCAÇÃO

               Em agosto de 1976, Chico Xavier visitou a Penitenciária do Estado, na Capital de São Paulo, ocasião em que foram formuladas as seguintes perguntas:
               1. - Chico, em que idade deve ser iniciada a educação do ser humano?
               - A educação conforme instruções de nossos amigos espirituais deve começar nos primeiros dias de nossa reencarnação, ou mais propriamente de nossa existência no plano físico.
               2. - Será lícito deixar que os filhos cresçam e adquiram a idade em experiência para então entrarem para uma crença? Ou isso corresponde a uma falta por parte dos pais, na educação dos filhos?
               - Nosso amigo Emmanuel costuma dizer que nós planificamos as nossas cidades, e propiciamos educação até mesmo às nossas plantas. Os animais que nos servem foram seres profundamente selvagerizados, se podemos dizer assim; entretanto, pela domesticação, eles são elementos úteis em nossa existência. De modo que a criança não deveria ser abandonada aos próprios impulsos nos primeiros tempos de nossa vida, de nossos primeiros mestres. Devem, pela lógica da natureza e pela bondade da Providência, os nossos próprios pais ou tutores espirituais que tomam lugar deles, nós precisamos de nossos pais em nossa formação, para que nós possamos exercer o nosso papel de criaturas úteis dentro de nossos grupos sociais com o máximo rendimento, na seara do bem, dentro da vida.
               3. -Todos nós nascemos com uma noção de liberdade, que nos é dada por Deus, e que se desenvolve na medida que crescemos, ou esse sentimento depende da educação que recebemos?
               - Sem dúvida que trazemos as nossas tendências, pois somos espíritos imortais, reencarnados para função reeducativa. Na maioria de nós outros, cremos que poucos de nós sobre a Terra seremos educandos, mas, na maioria quase absoluta, somos espíritos reeducandos, somos criaturas de recapitulação, para que nós venhamos a criar o burilamento, de modo que a educação é fator inalienável em nosso processo de aperfeiçoamento espiritual para uma vida superior. Nós, naturalmente, somos senhores de nossos próprios destinos, arquitetos de nossas vidas, mas, se encontrarmos mãos amigas, vozes fraternas e situações favoráveis, nós todos contaremos com maiores recursos, para acertar nas soluções de nossos problemas.
               4. - Se a educação influi no desenvolvimento de nossa liberdade, parte dos erros deveria ser resgatada por quem nos educou mal, ou deixou de fazê-lo, por comodismo ou displicência?
               - Não vamos criar teoria em torno do assunto; porque isso demandaria muito tempo. Nós conhecemos amigos em nossa existência mediúnica, que já vai para algumas décadas, amigos que foram displicentes para com a educação dos filhos, que me dizem que vão voltar, para recolherem nos filhos reencarnados as sementes de plantas espirituais negativas, que eles criaram nos corações dos filhos. Por exemplo, quando nós induzimos os filhos ao ódio, ao orgulho, à agressividade exagerada, com nossos desrespeitos às leis da vida, nós mais tarde vamos compreender o nosso erro vamos resgatar, ajudando esses mesmos espíritos que ocuparam a situação de nossos filhos, a irradiarem do coração deles, essas raízes improdutivas e venenosas, que criam tantos problemas e tantas dificuldades para nossa vida. Praticamos a indiferença, mas iremos resgatar essa indiferença em existências posteriores.
               5. - Aquele que se omite, nas ocasiões em que solicitamos ajuda para importantes decisões, será o responsável pelos nossos erros?
               - O próprio Allan Kardec, que recebeu tanta veneração e que recebe de nós todos, tanto respeito e tanto reconhecimento, em seus estudos, nos diz que todos aqueles que omitem, diante do desequilíbrio, eles fazem também responsáveis pelo desequilíbrio. Agora, a manifestação nossa diante de tal desequilíbrio dever ser realizada, em bases de amor, porque não temos que ferir criatura alguma, e qualquer desequilíbrio de nossos irmãos na Terra é posição para qual também somos induzidos, de modo que precisamos desse amor, que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou, para que nos entendamos com os outros para ajudarmo-nos mutuamente com a segurança que surja.

Extraído do Jornal Espírita de janeiro/99, Reportagem de J. P. Andrade e Nércio Alves.

MISSÃO DO ESPERANTO

               No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com visita ao porvir da humanidade. Se por toda parte observemos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplado também as atividades do exército de operários das edificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersos nas estradas terrestres, procurando ajustar suas diretrizes.
               São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião de fé, acima de tudo, n' Aqueles que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao ESPERANTO, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa (I), obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes recebidas nas luzes do plano espiritual.
               Jesus afirmava não ter vindo ao planeta para destruir a Lei, como o Espiritismo na sua feição de Consolador, não surgiu para eliminar religiões existentes. O Mestre vinha cumprir os princípios da lei, como a doutrina consoladora vem para restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações, nesta hora torva do Mundo, que todos os valores morais do orbe periclitam nos seus fundamentos, assaltados pelas doutrinas da violência, que embriagam o cérebro _ civilização atual, qual veneno amargo a destruir as energias de um corpo envelhecido.
               Também o ESPERANTO, amigos, não vem destruir as línguas utilizadas no mundo para o intercâmbio dos pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à unidade Universalista. Seus princípios são os de concórdia e seus apóstolos são igualmente companheiros de quantos se sacrificaram pelo ideal divino da solidariedade humana, nessas ou naquelas circunstâncias. .
               A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo e de nacionalismo adulterado. Sim, nesta hora o ESPERANTO é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista. Sonho? Propaganda só de palavras? Novo movimento para criar um interesse econômico? Todas essas suposições poderão ser formuladas pelos espíritos desprevenidos: mas, somente pelos desprevenidos que aguardam a adesão geral, para comodamente expressarem suas preferências. Os que, porém, buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assuntos, saberão encontrar, no movimento esperantista, essa claridade reveladora que, em realizações sagradas, desde agora esclarecerá, mais tarde as idéias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princípios, orientados por aquela fraternidade que nasce do pensamento divino de Jesus, para todas as obras da evolução humana.
               Sim, o ESPERANTO é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: "Aprendamo-la", porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão Universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos na Terra, os melhores movimentos de unificação.
               Deus é venerado pelos homens através de numerosas línguas de que se servem as seitas e as religiões, todas tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da expressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimem os pensamentos. .
               Todo esse esforço é de Fraternidade legitima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças de nosso irmão presente(l), que ele santifique os esforços e os de seus companheiros nas tarefas que lhe foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a: todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a benção reconfortante do seu amor. Emmanuel- Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier, em 19-01-1940,Grupo Espírita "Luiz Gonzaga” - Pedro Leopoldo - MG

LERNU ESPERANTO (Aprenda Esperanto)

               Sur la Tero, Same kiel en Ia Transmondo, Ia plej granda programo estas nur unu: tiu de Ia Kunfratigo de Ia Kreitoj. Zamenhof aspiris ai tiu klimato de Harmônio ĉi fie sur Ia Tero. Li kreis Esperanton, kiu sin destinas esti Ia granda ponto unuiganta Ia nacionjn, Ia hemisferojn, Ia kulturojn kaj Ia homojn.Lau Ia raporto de multaj Espiritoj, tiu internacia lingvo estas uzata kiel komunikilo ankau en superaj sferoj, kie Ia reciproka komprenado estas Ia fundamento de Amo.
               Tie ĉi, same kiel en Ia Superaj Regionoj, Ia programo estas unu sola: Amo..
               Dio volu, ke Ia homoj profitu Ia idealan instumenton, kiu Zamenhof pos.tlasis al la Homaro. Lerni Esperanton estas fari paŝon sur Ia vojo de Ia morala kaj spirita evoluo. Gin disvastigi estas apostola misio. Francisco V. Lorenz - Livro "Esperanto Kiel Revelacio" Francisco C. Xavier

PASSE: HISTÓRICO – APLICAÇÃO – TERAPIA – continuação - II parte

               27.A vontade é atributo essencial do............................................................................................................
               28.A vontade de aliviar, de curar, comunica ao fluido magnético as ..........................................................
               29. Quem não confia no que faz não tem boa vontade ................................................................................
               30. A quem procura a terapêutica do passe o que é necessário analisar?.                R....................................................................................................................................................................
               O que é importante?......................................................................................................................................
               31.O que é necessário para quem aplica passe?
               R....................................................................................................................................................................
               32.Quais são as atitudes que deve adotar quem recebe o passe?.
               R....................................................................................................................................................................
               33.Quem pode impor as mãos para curar?
               R....................................................................................................................................................................
               34.Que tipos de trabalhadores procuram os orientadores da Espiritualidade?
               R....................................................................................................................................................................
               35. Quando se trata da condição física do passista: doenças crônicas ou quadros agudos? O que fazer?....
               R....................................................................................................................................................................
               36. E quando se trata da condição moral. O Poder magnético do passista depende do seu físico?..............
.......................................................................................................................................................................
               37.Quais as qualidades essenciais do passista?
               R....................................................................................................................................................................
               38.Quais os defeitos que mais prejudicam o passista?
               R....................................................................................................................................................................
               39.Como cultivar os bons sentimentos?
               R....................................................................................................................................................................
               40.Quantos são os tipos de passe segundo os fluidos do emissor?.................................. e quais são eles?.
               R....................................................................................................................................................................
               41. Quais os inconvenientes quanto à aplicação do passe em relação ao paciente?
               R....................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................
               42.Em que local aplicar o passe?..........................................................................Por que?..........................
.......................................................................................................................................................................
               43. Mas em caso de emergência?
               R....................................................................................................................................................................
               44. Quais os lugares não recomendados para o passe?
               R....................................................................................................................................................................
               45. Quais as regras básicas para aplicação do passe?
               R....................................................................................................................................................................
               46. Qual a mais antiga e universal técnica de aplicação de passe?.
               R....................................................................................................................................................................
               47. Como deve ser aplicado o passe longitudinal?
               R....................................................................................................................................................................
               48. O que ocorre quando o passe é aplicado lentamente (30”)?
               49.Quando o passe é aplicado lentamente à distância de 15 cm a mais o que ocorre?
               R....................................................................................................................................................................
               R....................................................................................................................................................................
               R....................................................................................................................................................................
               50. E que efeito tem os passes transversais?.................................................................................................
               Por que é conveniente aplicar na Casa Espírita?.........................................................................................
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               51. Como são aplicados os passes circulares?
               R....................................................................................................................................................................
               52.Quanto ao passe de sopro? Onde se encontra no Antigo Testamento essa referência?...........................
               Que diz o texto?............................................................................................................................................
.               53.Quanto ao passe de sopro quem pode aplicar?
               R....................................................................................................................................................................

PASSE: HISTÓRICO – APLICAÇAO – TERAPIA – II PARTE – Matéria para consulta.

               A Vontade
               - A vontade é atributo essencial do espírito. Allan Kardec (O Livro dos Médiuns)
               “A vontade de aliviar, de curar, comunica ao fluído magnético propriedades curativas”.Léon Denis ( No Invisível)
               “Quem não confia no que faz não tem boa vontade sobre o que quer”.Michaelus (Magnet .Espiritual)
.              Quem recebe o passe
               - Quem é a pessoa?- Quais seus problemas?- Problemas orgânicos?- Problemas psíquicos?- Problemas obsessivos?- Mediunidade?- Desvios morais?
.                Resultados
               - Seguir as orientações da Doutrina - Interesse de conquistar a melhora - merecimento
               Quem doa o passe
               “A retidão de intenção, seu ardor e um estado de saúde moral bastam”.
               “Como Cristo e os apóstolos, como os santos, os profetas e os magos, todos nós podemos impor as mãos e curar, se temos amor aos nossos semelhantes e o desejo ardente de os aliviar”.Léon Denis (No Invisível)
               “Os orientadores da espiritualidade procuram companheiros, não escravos. O médium digno da missão do auxílio deve trabalhar e estudar por amor”.Áulus
               Do livro “Nos Domínios da Mediunidade” de Francisco C. Xavier
.              Condição Física- Doenças Crônicas- Quadros Agudos
.              Como Conseguir? - Disciplina alimentar - Combate aos vícios - Exercícios físicos - Educação mental
.              Condição Moral- O Poder magnético do passista depende do seu físico?
               - Sim; mas muito do seu caráter. Numa palavra: depende de si mesmo.
               - Quais as qualidades mais essenciais para o passista?
               - O coração; as boas intenções sempre firmes, o desinteresse.
               - Quais os defeitos que mais o prejudicam?
               - As más inclinações, ou melhor, o desejo prejudicar. Sra. Reynaud (Revista Espírita 1859)
.                Como Cultivar
               - Exercício contínuo na disciplina tanto na palavra quanto nos pensamentos..- Estudo constante (Leituras Educativas)- Oração, disciplina - Trabalho aplicado.
               Tipo de Passes
               1.º - Pelo próprio fluído do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita a força e, sobretudo à qualidade do fluido.
               2.º - Pelo fluído dos espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para curar ou acalmar um sofrimento, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer.
               3.º - Pelos fluidos que os espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou se preferirem humano-espiritual. Combinando com o fluído humano, o fluído espiritual lhe imprime qualidades que ele carece”.Allan Kardec ( A Gênese)
               Quando aplicar o passe
               - Devemos atender nosso irmão necessitado em qualquer caso de emergência?- E em relação ao passe?
               Inconveniente - Em Relação ao Paciente
               - Quando o passe não é aceito - não quer.- Quando a procura é por curiosidade.
               Em relação ao Médium
               - Quando não se sentir confiante .- Quando estiver nutrido de sentimentos negativos e não consegue superá-los.- Quando estiver se alimentado de maneira “pesada”.- Quando tiver vícios como o uso regular de alcoólicos, fumo, tóxicos, etc.- Quando submetido a tratamento com medicamentos controlados.- Quando em idade avançada e com “visível esgotamento fluídico” ou portador de deficiência orgânica impeditiva.- Quando se é criança ou muito jovem.- Sem horário certo.
               Onde aplicar o passe
               “No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores”.André Luiz. Do Livro “Desobsessão” Francisco C. Xavier
               Equipes de atendimento de emergência.
               Lugares não recomendados. Ambientes poluídos mental e fluidicamente.. Lugares públicos. No lar
               Técnicas - Regras básicas
               1.º - Sempre deve ser executado de cima para baixo.
               2.º - O passista deve estar em “sintonia” em “afinidade” com o paciente.
               1.º Imposição das mãos
. Mais antiga e universal técnica de se aplicar passe.
               2.º Passes longitudinais
               Feitos ao longo do corpo do paciente, da cabeça aos pés e de cima para baixo com as mãos abertas e os braços estendidos normalmente, sem contração.
               Quando aplicado lentamente (30”) saturam o paciente de fluidos e por isso são excitantes-normalmente o passista sente um esgotamento fluídico. O mesmo passe aplicado a distância de 15 cm a mais, tem notável poder dispersivo e calmante; além de ragularizar a circulação sanguínea.
               3.º Passes transversais
               Possui grande poder dispersivo. É inconveniente de se aplicar na casa espírita. Falta de espaço.
               4.º Passes circulares dispersivos
               É dispersivo quando aplicado envolvendo todo o corpo. É específico quando utilizados em áreas inflamadas, como se fizesse uma fricção sem toque.
               5.º Sopro (Insuflações)
               “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”.Gênese (II, v. 7)
               “Referindo-nos aos irmãos encarnados, faz-se preciso reconhecer, André, que, mesmo partindo de homens imperfeitos, mas de boa vontade, todo sopro com intenção de aliviar ou curar tem relevante significação entre as criaturas, porque todos nós somos herdeiros diretos do Divino Poder.”Alfredo. “Os Mensageiros” de Francisco C. Xavier

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ANO I - Nº 03– Campo Grande – MS – Abril de 2006
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.