CONFIA SEMPRE
A palavra que consola os corações aflitos é muito difícil de ser pronunciada, somente será capaz de a dizer, quem já sofreu, quem já passou por experiência difíceis de suportar, porque somente assim falará com conhecimento de causa.
Mas pode-se exercitar, desde já, procurando ser um bom amigo que auxilia o outro, porque nesse trabalho de amor que irá aos poucos sedimentando essa chama no coração.
Está num plano que pode realizar muitas coisas e não deve desprezar essa oportunidade que a vida apresenta. Não se deixe envolver pelo desânimo e nem por falta de caridade daqueles irmãos maldizentes, que sempre semeiam a discórdia e o desamor.
Se porventura encontrar alguém que não corresponde as suas expectativas no campo dos sentimentos, procure você mesmo suprir essa lacuna. Lecione bom exemplo, porque o bom exemplo, convence, mais ainda, arrasta.
É claro que muitos vivem a vida religiosa mais de palavra, do que realmente de ação, mas não cabe censura de ninguém, porque um dia eles também compreenderão essa diferença e mudarão de opinião.
Por isso continue firme nesse propósito sempre renovado de melhorar-se intimamente. Não se deixe influenciar por idéias negativas, porque realmente sabe o caminho que deve trilhar. É imperioso que continue passo a passo a sua jornada. Não encontrará facilidades. É um permanente desafio que terá que empunhar a pena para demolir certos obstáculos, até mesmo empenhando os seus interesses materiais. Mas isso faz parte do contexto que fora chamado a viver, não havendo qualquer desfavor da lei.
Se fora chamado ao exercício do bem, deve comportar-se com dignidade frente à vida.
Não pode menosprezar um minuto sequer de sua caminhada, mas aproveite para promover o melhor, não fique inativo, promova o bem, pense no bem, planeje o bem que deseja realizar. Planejar quer dizer criar idéias positivas para realizar depois.
Articule-se com os bons, associe-se a eles, porque assim poderá fazer muito mais. Mantenha a paz e serenidade diante da luta. É urgente que construa dentro de si essa fortaleza de amor a nobre causa. Qualquer trabalho que deseja realizar projete primeiro na sua mente, depois, depois sentirá que recursos poderão ser movimentados para concluir a tarefa.
Sempre será assistido por abnegados trabalhadores que o auxiliarão nessa difícil tarefa de lutar pelo bem, mas a idéia é tão nobre que deve esforçar todos os dias por manter sempre essa condição de trabalhador.
É repetido “toda a riqueza futura depende do labor atual”, quer isso dizer que não despreze a oportunidade de praticar o bem. É algo tão sublime que certamente verá sua vida sempre transformada num oásis de esperança.. Qualquer decisão de sua parte passe longamente pelo crivo da razão, para que venha realmente sentir a possibilidade de sua realização.
Hoje e sempre estará em condição de conduzir certas tarefas que estão ainda por fazer. É isso justamente que o promoverá diante da vida.
Seja quem for incentive para que façam o bem.
Está diante da luta que precisa promover. Vá em frente que tudo se ajustará com facilidade.
Por isso procure ver também o amor que está no coração dos outros, pois que tudo caminha nessa sintonia – que é a prática da caridade.
Não existe nada que o possa comprometer perante a vida, por isso continue lutando e fazenda a sua parte.
Hoje e sempre deve manter a sua condição de ajudar aqueles que sofrem mais. O próximo será a sua meta maior. Procure sim, que sempre encontrará respaldo para reescrever a história de sua caminhada. Mas é necessário muita disciplina e amor à causa que abraçou. Esta não se fará sem luta e sem sacrifício.
É imperioso que esteja à disposição dos bons espíritos, que podem servir de suas possibilidades para fazer chegar ao próximo um pouco de conforto, mas em tudo que faça, coloca todo o empenho de sua alma, e do seu coração, porque pode com certeza estar servindo grande causa do Cristo. Não se desespere diante da luta, mas com serenidade e sabedoria, lute sim, Deus tem recursos para oferecer aos seus filhos, mas eles têm que buscar sim realizar a parte deles e que é tão importante e que constitui a contribuição de cada um ao bem.
Esteja ciente que tudo pode ser realizado sim, mas com fé e perseverança caminhará com mais celeridade, quase tudo pode ser resolvido com dedicação e amor à causa do bem.
Se realmente está disposto a arregaçar as mangas e se dedicar ao trabalho, apoio não faltará. Por isso conscientize-se que precisa andar e mais sintonizado com os amigos que o ajudarão nessa nova etapa da sua caminhada. Nada mais havendo a declarar neste dia, dizendo que persevere no bem, mesmo porque não tem outra saída.
Aliás, será a saída mais honrosa. Mas que se aliste no bem ainda hoje.
Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.
DOENÇAS INTENCIONAIS
Diante de nossas dificuldades, devemos pedir a orientação de Deus para que possamos entender os mecanismos da dor que surgem naturalmente, forçando a nossa indisposição para com o trabalho que devemos executar sob a orientação de criaturas queridas.
Muitas vezes, não compreendemos de imediato que carregamos nas mãos, ferramentas úteis e necessárias para a nossa conquista individual, propondo mudanças em nosso comportamento mental, alterando dessa forma, o curso dos acontecimentos.
Somos frágeis quando nos entregamos ao oportunismo, sobrecarregando a nossa própria condição espiritual, pois acumulamos dívidas enquanto deixamos de lutar para melhorar a nossa própria condição de filhos de Deus.
Há surtos de vírus que inferniza a vida de milhões de criaturas entretanto, muitas vezes nos acomodamos na tela mental de nossas intenções e plasmamos doenças intencionais que nos projetam dor e sofrimento...
Muitos de nós, esquecidos da divindade e da condição em que se encontram, atira-se às correntezas profundas de um rio, inesperadamente, construindo o próprio naufrágio diante das motivações gratuitas, enquanto buscam o conforto da inércia e da inaptidão dos próprios momentos de luta!
É preciso lutar com igualdade de forças, motivando a alegria diante do sofrimento...
O homem é capaz de segurar-se à margem do destino, mudando a sua própria estrutura espiritual diante da força e da coragem que acumula quando resolve aceitar as determinações da vida... Invocando a sua oportunidade de transformação, porquanto decide seguir em frente, mesmo diante das dificuldades que ainda estão preservadas no caminho, com Deus nossas forças se multiplicam e nossas oportunidades de compreensão vinculam as nossas tendências negativas, facilitando-nos o concurso da oração que melhora o nosso espírito e nos prepara o coração para aceitar a vida tal qual elas se nos apresente, vencendo, transformando-se em soldados valiosos que dão e se entregam ao exercício da defesa da pátria, garantindo, dessa forma a paz e a tranqüilidades dos seus irmãos que estão à mercê dos intocáveis senhores que geram as crises de violência, enlutando os corações daqueles que perdem valores considerados indispensáveis.
Somos os atores que representam a comédia ou simplesmente nos transformamos em personagens reais, que através da dor e do sofrimento, mostram a dificuldades de cada um em enfrentar o seu próprio sofrimento.
Para Deus, somos crianças que precisam crescer, melhorando cada dia, para que em cada manhã, o sol brilhe intensamente, recordando de que a grandeza do amor de Deus está presente em nossas vidas e mesmo diante das dificuldades, podemos transformar o nosso sofrimento em ações voluntárias de amor que atendam aquelas criaturas que buscam o conforto do Evangelho para garantir a sua força nos momentos em que padeçam o terror da perda associado à imprudência da incredulidade.
Somos a força viva do Evangelho e cada um de nós é peça fundamental da obra da vida, utilizando o próprio lápis para escrever nas folhas do tempo a sua verdadeira intenção de vencer as crises e superar as dificuldades do caminho, acreditando que é possível vencer.
E o sorriso de reconhecimento por cada lágrima que estacamos no coração de alguém que está em sofrimento, certamente é o único antibiótico eficaz para a nossa total recuperação, diante das doenças intencionais que nós mesmos criamos na tela mental de nossos pensamentos.
Nem sempre a dor nos deixa compreender que a vontade de Deus está sempre presente nos garantindo diante das causas que abraçamos com zelo e disciplina, principalmente quando acreditamos que há vida depois da morte.
Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 06/12/2007, na cidade de Campo Grande/MS.
CODIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO
Não poucos são os espíritas que desconhecem o sentido da palavra "Codificação" e porque o mestre Allan Kardec é chamado de "Codificador" do Espiritismo.
O que conhecem, por estar explícito na Introdução de "O Livro dos Espíritos", é a origem do verbete "Espiritismo”, um neologismo criado por Allan Kardec para intitular a nova Doutrina, evitando ambigüidade com as palavras Espiritual e Espiritualismo, que têm significado próprio. Todo aquele que crê em vida a após a morte é Espiritualista; contudo, nem todo Espiritualista é Espírita.
O Espiritismo é um corpo de doutrina que demonstra a relação existente entre os seres encarnados - a Humanidade - e os desencarnados - Espíritos - aqueles que já animaram um corpo carnal.
Doutrina é um conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político ou filosófico, científico, etc., segundo o dicionário "Aurélio", já o Dicionário Enciclopédico Brasileiro, de Álvaro Magalhães, define Doutrina. Como "o complexo dos ensinamentos de uma Escola Filosófica, científica ou religiosa”.
Allan Kardec a põe, no frontispício de "O Livro dos Espíritos", antecedendo o título da obra, a expressão "Filosófica e espiritualista", afirmando, ainda na Introdução, que a força do Espiritismo está na sua filosofia. Intuído, afuma ainda: "Como especialidade, O Livro dos Espíritos contém a doutrina espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, uma de cujas fases apresenta”.E completa: a) "Ninguém, pois, se iluda: o estudo do Espiritismo é imenso; interessa a todas as questões da Metafísica e da ordem social, é um mundo que se abre diante de nós". b) (... o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado.”(...) a Doutrina dos Espíritos não é concepção humana (...). É dos Espíritos, que demonstram, de modo cabal, que têm individualidade e independência absolutas!' D)” A verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por um estudo perseverante, feito no silêncio e no recolhimento.”(...) e)” uma só garantia séria existe que o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares."
No item VI da Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita de "O Livro dos Espíritos" acha-se o "Conjunto de Princípios" ou o "Complexo de Ensinamentos" - os preceitos e as regras, que estavam esparsos e que viriam a ser compilados, sistematizados, organizados, por Allan Kardec, através das obras fundamentais da Doutrina: "O Livro dos Espíritos", que estabelece a base filosófica; "O Livro dos Médiuns”, que atende aos aspecto científico; "O Evangelho segundo o Espiritismo", que fundamenta a base moral de conseqüências religiosas; "O Céu e o Inferno", que estabelece os verdadeiros parâmetros da vida futura; "A Gênese", que explica o caráter da revelação espírita.
Allan Kardec é, assim, o legítimo Codificador da Doutrina dos Espíritos ou do Espiritismo. A fim de não pairar qualquer dúvida sobre a afirmativa, vejamos o significado das palavras: Código, Codificação e Codificador.
Em tudo que fazemos na vida precisamos de disciplina e ordem, sem o que tudo seria confusão, anarquia e violência; inexistiriam o respeito e a compreensão, fundamentos básicos do progresso e da organização social. Destes fundamentos surgira o senso comum da Justiça, consubstanciado no Direito.
A Codificação do Direito consiste na sistematização de leis, de normas e preceitos, por ter o corpo de seus princípios condição de ser disciplinado, sob uma legislação única, ao invés de disperso em leis diversificadas.
A Codificação do Espiritismo sistematizou as leis e os princípios que estavam dispersos, sob entendimentos variados. Princípio, segundo a Filosofia, "é aquilo de onde algo provém, a que se dá o nome de causa". .
Código significa, em geral, um corpo de leis que contenha todas ou a maior parte das normas jurídicas que disciplinem determinada matéria, sistematicamente disposto num todo orgânico, de modo a simplificar -lhe a procura e facilitar-lhe a interpretação. Os Códigos, com freqüência sofrem modificações, sendo revisados, reexaminados, em razão do progresso e da alteração dos costumes e formas de vida.
A Doutrina Espírita, passados mais de cento e quarenta anos de sua Codificação, tempo em que a Humanidade progrediu mais que nos 1.000 anos precedentes, em ciência e tecnologia, em civilização, enfim, continua inalterada. É preciso lembrar que, em 1857, quando do lançamento da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", não existia, por exemplo, a energia elétrica, com todos os benefícios dela decorrentes; luz artificial, comunicação por rádio, televisão, telex e faz; a fantástica capacidade múltipla dos computadores; não existiam os telefones e os transportes rápidos, uma vez que ainda não haviam surgido os automóveis, os navios a vapor, os aviões. Quem sonharia, à época, que o homem viria a pôr os seus pés na lua, que enviaria uma sonda ao espaço infinito, capaz de ultrapassar a dimensão do Sistema Solar.
Com tudo isso, os princípios fundamentais da Doutrina Espírita continuam intocados, apesar se sua abordagem bem ampla: Deus; a Criação do Universo, da Terra e da Humanidade; o Mundo Espírita e o Mundo Corporal; o Corpo e a Alma; a Reencarnação; a Pluralidade dos Mundos Habitados; as relações dos Espíritos com os homens; Jesus, como o Guia e Modelo, para que um Espírito possa evoluir, nas suas diversas categorias.
Gustave Le Bon, no livro "A Evolução da Matéria", afirma: "Toda doutrina nova passa por três fases: a) atacam-na, declarando-a absurda; b) admitem ser verdadeira, mas insignificante; c) reconhecem, finalmente, sua verdadeira importância e seus adversários reclamam a honra de tê-la descoberto”. "É perfeitamente compreensível, assim, que o Espiritismo, como uma grande revelação, seja mal compreendido e atacado pela intolerância do sectarismo e do fanatismo, assim como pela Ciência, que tem receio de suas afirmativas; que, apesar do crescimento e do avanço do Espiritismo no País, ocorram agressões e afirmam-se inverdades contra ele, buscando confundi-lo com crenças sincretistas e até com o Ocultismo e a Cabala”.
A solidez monolítica da Doutrina resulta da sistematização lógica e racional desses e de outros assuntos, além da origem, uma vez que todos eles foram tratados pela Espiritualidade Superior. Este é o motivo do cognome Codificador, atribuído a Allan Kardec.
As chamadas obras básicas contêm, de forma ordenada, sob orientação da própria Espiritualidade Maior, o conteúdo da Doutrina Espírita: "O Livro dos Espíritos" aborda a Natureza e o Ser, e contém a parte filosófica; "O Livro dos Médiuns" está centrado no aspecto científico e no estudo da fenomenologia; "O Evangelho segundo o Espiritismo" contém o aspecto moral dos ensinos de Jesus, orientador do comportamento do homem que vise o seu aprimoramento como Espírito encarnado; "O Céu e o Inferno" cuida da Justiça Divina e do Código Penal da Vida Futura; "A Gênese" estuda a criação do Planeta, a evolução dos seres humanos, e analisa os milagres e as predições de Jesus, em consonância com as Leis Naturais.
As Obras Básicas, mais as Subsidiárias, do mestre Allan Kardec - "O Que é o Espiritismo"; "O Espiritismo em sua Mais Simples Expressão"; Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas “; Viagem Espírita em 1862"; "Obras Póstumas e” Revista Espírita “, esta última, repositório de comentários esclarecedores sobre a Doutrina constituem-se, indubitavelmente, num Código Superior, que já ultrapassa a 140 anos de existência sem qualquer alteração introduzida em sua estrutura e em seus princípios.
(...) Praticamente todos os nossos códigos sofreram modificações e alterações, mais ou menos substanciais. Afinal - são leis humanas. Tal não ocorre com o Código Espírita, que continua atualizado e vigente. Apesar disso, Allan Kardec afirma: "(...) se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto”.(“A Gênese", I: 55). Em verdade, entretanto, o que se vê, em nossa época de tecnologia surpreendente, é a Ciência caminhando em direção às afirmativas dos Espíritos Superiores.
A Codificação Espírita, através de suas obras básicas, subsidiárias e complementares, estas últimas compreendendo os trabalhos de Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flamarion, Ernesto Bozzano, Oliver Lodge, Gustave Geley c outros, bem como as de autoria de brasileiros da estatura de Carlos Imbassahy, um Leopoldo Machado, um J. Herculano Pires, um Cairbar Schutel, ou psicografadas por médiuns como Francisco Cândido Xavier, Yvonne do Amaral Pereira, Zilda Gama, Divaldo Pereira Franco e tantos outros, contém e comentam as leis e princípios doutrinários, as normas de ação e de comportamento, na busca do aprimoramento e da ascensão do Espírito; comprova a sobrevivência do Ser, estuda a Justiça Perfeita de Deus, a lógica da evolução do Espírito pelas vidas sucessivas; as causas das dores, das aflições, impelindo as criaturas a lutarem e a sofrerem, sem revolta, por saberem a razão de suas lutas e sofrimentos, das diferenças da sorte.
O Espiritismo, como Doutrina Codificada, é um facho de luz na escuridão de nossas vidas, luz redentora que conduz à compreensão, ao consolo, à fé raciocinada, que traz consigo a alegria do bem viver, na busca do aprimoramento incessante.
Allan Kardec, O Missionário, o Codificador, deixou-nos um Código granítico, incólume, elaborado com a grandeza de seu Espírito eivado de tolerância, resignação e disposição para o trabalho.
Vence empeços de toda ordem, suplantou obstáculos e incompreensões para legar-nos esse patrimônio inestimável que é o Espiritismo.
A Codificação Espírita é o alimento do intimo e da personalidade dos que tiveram ou que venham a ter a ventura de conhecê-lo; é o paradigma acatado pela razão e não imposto, que o Espírito assimila, após vidas sucessivas. Estimula aqueles que se aprofundam nos seus ensinos, princípios e valores, à prática do Bem e do Amor ao próximo, do Perdão ao inimigo, da Beneficência e da Caridade.
É Código de Luz, emanado da luminescência incomparável dos Espíritos Superiores, sob a superlativa supervisão do Espírito de Verdade. Nós oramos ao Pai, em agradecimento, por termos tido a ventura de conhecê-lo e, dessa forma, estarmos capacitados a bem aproveitar a presente reencarnação.
Gil Restani de Andrade.
Extraído da revista "Reformador" N. 2.051, fevereiro 2000.
A VOLTA DE ALLAN KARDEC
Início do século XX. Nas regiões mais elevadas da Espiritualidade, acontecia importante reunião. Encontro significativo. Decisões de relevância. Presença marcante de Allan Kardec.
Discutia-se à volta do apostolo espiritista às lides terrenas. Época difícil na doutrina Espírita. O cientificismo, atuante no meio doutrinário, negava o aspecto religioso.
Urgia, pois, o testemunho do Espiritismo comprometido com as lições da Boa Nova, semeando no coração dos homens o amor e a caridade.
***
Clima de emoção, Recolhimento e expectativa.
Venerável preposto de Jesus, envolto de luz alvinitente, dirigiu-se a Kardec e falou com bondade:
Chegou à hora, do meu filho...
O Codificador respondeu, firme e respeitoso:
Estou pronto e confiante.
Consta, nos registros do mundo espiritual, que ocorreu, a partir daí, sublime e emocionante diálogo, do qual transcrevemos, palidamente, alguns fragmentos:
Renascerás em condições adversas...
Obedecerei à vontade do Senhor.
Começarás muito novo, entre aflições e dificuldades, e trabalharás com sacrifício e renúncia por longo tempo...
Dedicarei cada minuto a seara do Bem.
Não possuíra títulos acadêmicos...
O único título que almejo é o de fiel servidor do Cristo.
Encontrarás desconfianças e agressões...
Buscarei na fé e na humildade a força para resistir.
Terás a dor por companhia constante...
Saberei aceitá-la com o amparo do Alto.
Companheiros não te entenderão e se voltarão contra ti...
Cumprirei meu dever e guardarei a consciência em paz.
Não farás nada por ti mesmo, serás apenas um instrumento...
Agradecerei a Deus a oportunidade de servir.
Não gozarás as alegrias e o aconchego do lar constituído...
A Humanidade será minha família.
Assumirás espinhosa missão no desdobramento da Codificação Espírita...
Serei leal aos princípios doutrinários, ciente de que o Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus.
A tarefa te exigirá devotamento e abnegação...
Não hesitarei viver em plenitude o Evangelho e a Doutrina Espírita.
O iluminado benfeitor interrompeu o colóquio e, após elucidativos comentários sobre a nova etapa de trabalho, rogou as bênçãos do Senhor ao missionário de partida.
Seguiram-se calorosas demonstrações de solidariedade e, no final da primeira década deste século, em doce atmosfera de esperança, Allan Kardec retornou ao plano físico, renascendo em pequena cidade do interior brasileiro.
Hilário Silva
(Página psicografada pelo médium Dr. Antônio Baduy Filho, na reunião da 34a Confraternização de Mocidades e Madurezas Espíritas do Triângulo Mineiro - COMMETRIM, na noite de 31/10/97, em Ituiutaba – Minas Gerais, publicada pelo jornal “O Espírita Mineiro” N.º 242 - Abril/Maio - 1998).
PALAVRA E ORAÇÃO
Lembra-te de que a palavra edificante será sempre a esmola de teu pensamento e de tua boca beneficiando a senda em que transites e, seja ensinando nas assembléias ou conversando na intimidade, omite toda imagem do mal para que o bem reine puro.
A frase construtiva e generosa é princípio de solução nos mais complicados processos do sofrimento.
Emmanuel
Do livro “Refúgio” de Francisco C. Xavier
NO RECINTO DOMÉSTICO
Bondade no campo doméstico é a caridade começando de casa.
Nunca fale aos gritos, abusando da intimidade com os entes queridos.
Utilize os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar a desequilíbrio e perturbação.
Aprenda a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as preocupações da família.
Colabore na solução do problema que surja, sem alterar-se na queixa.
É sempre possível achar a porta do entendimento mútuo, quando nos dispomos a ceder, de nós mesmos, em pequeninas demonstrações de renúncia a pontos de vista.
Não se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica ou censura, seja a quem seja.
André Luiz
Do livro “Sinal Verde” de Francisco C. Xavier
A PAZ É FRUTO DA PERSEVERANÇA NO BEM
A verdadeira paz alcançada pela consciência do dever cristão cumprido é a paz que oferecemos aos outros, através da alegria e da esperança, renovando-lhes o ânimo, para enfrentarem convictos os obstáculos de natureza diversificada, requisitando-lhes compreensão e esforços redobrados.
O tempo é um empréstimo que a Instituição da vida, oferece de forma acessível a todos, solicitando-lhes, porém, ao final do contrato, os resultados esperados.
Lembremo-nos da Parábola dos Talentos, ilustradas por Cristo, de maneira compreensível ao Espírito Humano.
É verdade, que ainda, na condição de aprendizes, ensaiando os primeiros passos, sentimos extrema dificuldade em compreendê-la, na intimidade do coração.
Poderia consultar a Literatura Divina, que registra linha por linha, feito por feito, as conquistas individuais.
No entanto, valho-me do próprio exemplo, recebendo a visita inoportuna da enfermidade, privando-me da liberdade abençoada da locomoção e expressão, de tal sorte, que a antiga dificuldade imposta,..., ontem... era a contabilidade do sofrimento, transformando após o balanço do período Reencarnatório, no saldo positivo de bênçãos que agradeço a Deus, ao permitir que mãos atrofiadas, se transformem neste depoimento, embora pessoal, livre da intenção de lembrança de corações amigos e por mim mais querido , em alento, em coragem para empreenderem o quanto antes, a renovação do nosso jardim, extraindo com vigor, as pragas perigosas do egoísmo e da vaidade, que se alastram de tal forma, que não encontramos tempo em combatê-las.
Usai a inseticida da caridade e a dedicação ao trabalho, pois, se dia após dia, obtivemos pequenino progresso, ao longo de determinado período, poderemos receber o Cristo, em nossa casa, apresentando-lhe as flores perfumadas que cultivarmos com o suor e o sacrifício das mãos, semeando em campo desfavorável, mas que pela persistência na Fé, acreditamos de tal forma, que o transformamos em reflexo dos jardins do Paraíso, onde o Jardineiro Divino, zela por cada flor, que aqui na Terra semearmos em seu nome, na Seara do Amor.
Antônio Carlos do Valle
Mensagem recebida pelo médium Luiz Fernando, em reunião pública, no Centro Espírita “Vale da Esperança” , no dia 30/09/1999.
PRÁTICA ESPÍRITA
* Toda a prática espírita é gratuita, dento do princípio do Evangelho: “Daí de graça o que de graça recebestes”.
* A prática Espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
* O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcoólicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.
* O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
* A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que qualquer pessoa pode ter, independentemente de diretriz doutrinária que adote.
* O Espiritismo respeita toda as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, e reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
Federação Espírita Brasileira
ANTE O ABORTO
Na problemática do aborto imagina-te ansiando pelo ingresso em determinada oficina, de cujo salário e experiência necessitas para efeito de aperfeiçoamento e promoção.
Alcançando-a pelo concurso de mãos amigas, alimentas a melhor esperança.
Em tudo, votos de paz e renovação aguardando o futuro.
Entretanto, ainda nesta hipótese, observas-te em profundo abatimento, incapaz de comandar a própria situação. Assemelhas-te ao enfermo exausto, sem recursos para te garantires e sem palavra que te exprima, suplicando em silêncio a compaixão e a bondade daqueles aos quais a Sabedoria da Vida te confiou a necessidade por algum tempo e a quem prometes reconhecimento e veneração.
Mentalizando semelhante painel, reflete no desapontamento e na dor que te tomariam de assalto se te visses inesperadamente debaixo de fria e descaridosa expulsão, a pancadas de instrumentos cortantes ou a jatos de venenosos agentes químicos.
Nessas circunstâncias, que sentimentos te caracterizariam a reação?
Nesta imagem simples colocamos, do Lado Espiritual da Vida, a posição da criatura rejeitada a golpes e injúrias na passagem para o renascimento do Plano Físico.
Por mais pretenda basear-se em leis humanas de impunidade, o aborto sem apoio no impositivo de salvação da vida materna será sempre um erro deplorável, a seguir-se de conseqüências inquietantes e imprevisíveis.
Onde estiveres, na execução dos encargos que o mundo te deu, organiza os temas
de sexo que te digam respeito, concientizando as próprias responsabilidades no relacionamento com o próximo, segundo os princípios de compromisso, equilíbrio, controle e educação, nos vários graus de burilamento em que se nos orienta a vida afetiva, até que possamos penetrar com segurança nos domínios da sublimação. E conservemos a certeza de que também no sexo funciona a lei da causa e efeito, pela qual sempre recolhemos de volta aquilo que dermos ou impusermos aos outros.
Ainda assim, se um ser humano se te incorpora à existência humana, não o condenes à morte. Compadece-te do companheiro que se encontra contigo ou que se te vincula ao coração, por enquanto sem voz para defender-se. Além disso, é lícito considerar que se a criatura hoje ao teu lado te pede a bênção para nascer, transformando-se em motivo de preocupação ou desgosto, é possível que essa mesma criatura se te converta amanhã em base de sustentação e de alegria no caminho do amor, para a obtenção de mais luz.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier, transcrita do livro “Chico Xavier Pede Licença”
DOENTES EM CASA
“Reine em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo.” Paulo. (Colossenses, 3:15.)
Se abordasses agora o Plano Espiritual, para lá da morte física, e aí encontrasses criaturas queridas em dificuldades, que farias?
Aqui, talvez surpreendesses um coração paterno em frustração, mais além abraçarias um companheiro ou um associado, um filho ou um irmão, carregando o resultado infeliz de certas ações vividas na Terra...
Que comportamento adotarias se as Leis Divinas te outorgassem livre passaporte para as Esferas Superiores, facultando-te, porém, a possibilidade de permanecer com os seres inesquecíveis, em tarefas de amor?
Decerto, estarias a decidir-te pela opção insopitável. Não desejarias compartilhar os Céus com a dor de haver abandonado corações inolvidáveis à sombra transitória a que se empenharam com os próprios erros.
Reconhecê-los-ias por doentes reclamando proteção. Demorar-te-ias junto deles, na prestação do auxílio necessário.
Referimo-nos à imagem para considerar que os parentes enfermos ou difíceis são criaturas, às quais, antes do berço em que te refizeste no Plano Físico, prometeste amparo e dedicação.
Nascem no grupo familiar, realmente convidados por ti mesmo ao teu convívio, para que possas assisti-los no devido refazimento.
Entendemos no assunto que existem casos para os quais a segregação hospitalar demorada e distante é a medida que não se pode evitar, mas se tens contigo alguém a quem ames, a erguer-se por teste permanente de compreensão e paciência, no instituto doméstico, não afastes esse alguém do clima afetivo em que te encontres, sob o pretexto de asserenar a família ou beneficiá-la.
Guarda em tua própria casa, tanto quanto puderes, os parentes portadores de provações e não decretes o exílio, ainda mesmo a preço de ouro. Apóia - os qual se mostrem, com as necessidades e lutas que lhes marcam a existência, na certeza de que todos eles são tesouros de Deus, em tarefas sob a tua responsabilidade, ante a assistência e a supervisão dos Mensageiros de Deus.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier
DIVÓRCIO E LAR
Indubitavelmente o divórcio é compreensível e humano, sempre que o casal se encontre à beira da loucura ou da delinqüência.
Quando alguém se aproxima, reconhecidamente, da segregação no cárcere ou no sanatório especializado em terapias da mente, através de irreflexões com que assinala a própria insegurança, é imperioso se lhe estenda recurso adequado ao reequilíbrio.
Feita a ressalva, e atentos que devemos estar aos princípios de causa e efeito que nos orientam nas engrenagens da vida, é razoável se peça aos cônjuges o máximo esforço para que não venham a interromper os compromissos a que se confiaram no tempo. Para que se atenda a isso é justo anotar que, muitas vezes, o matrimônio, à feição de organismo vivo e atuante, adoece por desídia de uma das partes.
Dois seres, em se unindo no casamento, não estão unicamente chamados ao rendimento possível da família humana e ao progresso das boas obras a que se dediquem, mas também e principalmente - e muito principalmente - ao amparo mútuo.
Considerando o problema na formulação exata, que dizer do homem que, a pretexto de negócio e administração, lutas e questões de natureza superficial, deixasse a mulher sem o apoio afetivo em que se comprometeu com ela ao buscá-la, a fim de que lhe compartilhasse a existência?
E que pensar da mulher que, sob a desculpa de obrigações religiosas e encargos sociais, votos de amparo a causas públicas e contrariedades da parentela, recusasse o apoio sentimental que deve ao companheiro, desde que se decidiu a partilhar-lhe o caminho?
Dois corações que se entregam um ao outro, desde que se fundem nas mesmas promessas e realizações recíprocas, passam a responder, de maneira profunda, aos impositivos de causa e efeito, dos quais não podem efetivamente escapar.
Todos sabemos que do equilíbrio emocional, entre os parceiros que se responsabilizam pela organização doméstica, depende invariavelmente a felicidade caseira.
Por isso mesmo, no diálogo a que somos habitualmente impelidos, no intercâmbio com os amigos encarnados na Terra, acerca do relacionamento de que carecemos na sustentação da tranqüilidade de uns para com os outros, divórcio e lar constituem temas que não nos será licito esquecer.
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Se te encontras nas ondas pesadas da desarmonia conjugal, evoluindo para divórcio ou qualquer outra espécie de separação, não menosprezes buscar alguma ilha de silêncio a fim de pensar.
Considera as próprias atitudes e, através de criterioso auto-exame, indaga por teu próprio comportamento na área afetiva em que te comprometeste, na garantia da paz e da segurança emotiva da companheira ou do companheiro que elegeste para a jornada humana. E talvez descubras que a causa das perturbações existentes reside em ti mesmo. Feito isso, se trazes a consciência vinculada ao dever, acabarás doando ao coração que espera por teu apoio, a fim de trabalhar e ser feliz, a quota de assistência que se lhe faz naturalmente devida em matéria de alegria e tranqüilidade amor e compreensão.
Emmanuel
Do livro "Na Era do Espírito" de Francisco C. Xavier
O SUBLIME TRIÂNGULO
A Ciência, a Filosofia e a Religião constituem o triângulo sublime sobre o qual a Doutrina do Espiritismo assenta as próprias bases, preparando a Humanidade do presente para a vitória suprema do Amor e da Sabedoria no grande futuro.
Recorramos, assim, a três vigorosas sínteses da Codificação Kardequiana, para comentar, com mais segurança, o tríplice aspecto de nossos princípios redentores.
Com a Ciência, asseverou o grande missionário: "A fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face”.
Com a Filosofia, afirmou, peremptório: "Nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a lei”.
Com a Religião, disse bem alto: "Fora da caridade não há salvação”.
Não será justo, assim, em nosso movimento libertador da vida espiritual, prescindir da Ciência que estuda, da Filosofia que esclarece e da Religião que sublima.
Buscando a verdade, colheremos o conhecimento superior; conquistando o conhecimento superior, penetraremos as faixas da evolução; e absorvendo-lhes a claridade divina, compreenderemos que somente pela caridade, que é o amor puro, é que viveremos em harmonia com a justiça imutável, erguendo-nos, enfim, gloriosa ascensão.
Abracemos, pois, em nossa fé santificante o trabalho paciente da pesquisa honesta e a construção do entendimento, para que a fraternidade cristã possa insculpir em nós mesmos a viva pregação do ideal que esposamos, no serviço aos outros, e que significa serviço a nós mesmos.
Em suma, instruamo-nos e amemo-nos, uns aos outros, descerrando o coração ao sol da boa vontade infatigável e incessante, e o Espírito da Verdade nos tomará na Terra por instrumentos preciosos na edificação do Reino de Deus.
Emmanuel
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier '
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