"Luzes do Amanhecer"

ANO III - Nº35– Campo Grande/MS – Dezembro de 2008
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


Por mais que queira avançar, às vezes a atitude mais prudente é esperar, mesmo que seja até que a tempestade passe, porque qualquer projeto é importante se concluído. Se já tem alguém que o assiste, nem por isso deve se expor às labaredas sem necessidade. Áulus.

               


 

O ENTREGADOR DE MENSAGEM

              Como será este? Quais as qualidades e aptidões que deverá ter? Quais os requisitos que se fazem necessários? É difícil avaliar de pronto, mas será aquele que se atém ao dever de servir com total dedicação ao bem. Não verá os defeitos dos outros, porque sabe que também os têm em grande quantidade. Observará a norma de conduta que não fira e nem menospreze a quem quer que seja. Terá urbanidade permanente para que ninguém desanime nem mesmos aqueles que a fé seja escassa e nem condenará os mais inconseqüentes. Porque saberá que para estes o dia chegará de renovar-se pelo trabalho. Levará em conta a obrigação de ser pontual em suas atividades.               Não desdenhará do auxílio dos outros, mas pelo contrário o estimulará a fim de que a seara do amor cresça entre todos, além do respeito à ordem e o amor ao bem.
              O jovem nos arroubos de sua juventude, tinha a sua frente o sábio que pacientemente o ouvia. O mestre já vira muitos sóis se por no horizonte e agora no entardecer da existência, lembrava que muito sofrera em suas peregrinações e por muitos anos carregava amargas desilusões, porém, agora, havia uma luz no seu coração. Disse, carinhosamente. Meu filho! É uma tarefa difícil. Será como aquele muar que fora encarregado de entregar correspondência, como já falou alguém, que para chegar a ponto de servir passou por diversas fases em sua caminhada tumultuada.
              Num primeiro momento, ficou maravilhado quando recebeu a incumbência de entregar mensagens, julgou-se num patamar mais alto que poderia logicamente figurar, colocou-se na condição de resolver todos os problemas que lhes fossem apresentados, dar solução para todos os casos, mas logo percebeu que essa atuação não era do carteiro e tinha que atender a determinações do chefe dos carteiros de um lado e respeitar os destinatários das correspondências de outro. Sentiu-se diminuído e em momentos de ira revoltou-se, escoiceou, jogou as correspondências no chão, protestou, entregou correspondência no lugar errado e para o destinatário errado, ao mesmo tempo em que entregava a mensagem, dava a sua versão pessoal, muito embora até em contrário a carta que fora enviada pelo remetente, assumiu assim uma postura incompatível com a sua função.
              Mostrou-se em outras épocas, preguiçoso, alegava que não era valorizado pelo chefe, que ganhava pouco e trabalhava muito, que não podia ter as alegrias dos outros seus iguais e porque vivia a duro regime de servidão. Mostrou-se insatisfeito com os acontecimentos e com o rumo que tomava as obrigações e se opôs a certas práticas como obsoletas, sem consultar a razão e a lógica, mas depois de muito protestar descobriu que os outros que estavam errados, e que ele sim fizera tudo de maneira correta, mas não era compreendido.
              Isolou-se dentro de si mesmo, num protesto silencioso contra o chefe, pensou seriamente em pedir demissão do cargo, mas aconselhado por amigos, desistiu do intento. De sua consciência partiu esta mensagem... Afinal... Que fará da vida? Ela mesma, a consciência, a juíza sóbria e ponderada respondeu: Trabalhe mais e reclame menos. O que retrucou pleno de razão, mas tenho trabalhado e muito. Mas de maneira desordenada e quando queria, lembrou sua consciência. É preciso trabalhar, mas com muita disciplina, além de que apagar a mágoa do coração e conter na condição de trabalhador limitado que é, para que a sua obrigação não seja prejudicada.               Ainda que alegue que trabalha muito e ninguém reconhece o seu esforço, que só recebe pedradas pelo bem que intenta levar aos outros, que na verdade só encontrava ingrato, quando na realidade é a sua grande oportunidade de quitar antigos débitos.
              E no auge do desespero, da revolta, finalmente percebeu que há dias as correspondências não havia sido entregue aos destinatários, que se encontravam espalhada por toda à parte e em completo abandono. Num primeiro momento imaginou deixar como estava, afinal o patrão não havia correspondido aos seus esforços nesse campo, pois que muitas vezes não recebeu o que julgou de direito, pois que era o carteiro oficial. Ainda acusou os usuários que iam até a agencia receber correspondência que tiravam o seu sossego e que chegavam nas horas mais impróprias para serem atendidos, e que estava cansado com aquele desrespeito a sua pessoa, que só encontrava ingratos e aproveitadores, quando precisavam, iam atrás do carteiro, mas assim que eram atendidos dele se esqueciam. Depois pessimista. Às vezes ficava doente e estava só, considerou que nada valia mesmo, que era afinal um simples servidor, diria até muito imperfeito, sofreu muito, mas depois de tempo recuperou-se daquela enfermidade do coração e observou que diante daquela crise prolongada, muita coisa deixou de ser feita e a correspondência se acumulou de tal maneira, até injustificada, pensou, seria por sua negligência?
              E quando percebeu que tudo poderia ter sido diferente, que tudo teve sua origem na indisciplina, má vontade e rebeldia. Nesse dia ficou realmente muito preocupado, aliás, apavorado mesmo. Pensou, pensou, e começou uma terrível dúvida em seu coração. Será que não fora ele o causador de todo o problema que procurava atribuir aos outros. Era difícil admitir isto, mas nesses últimos tempos, deixando de lado a sua revolta havia pedido tanto ao Criador uma orientação nesse sentido, seria a resposta que tanto esperava?               Quando um grande amigo que o acompanhava desde há muito fora chamado a opinar, e perguntou lhe. Seria porventura ele o causador de toda essa crise? Naturalmente, querendo que o amigo o eximisse da culpa. Mas em sentido contrário, o velho amigo respondeu, que não havia outra resposta, e completou: foi falta de disciplina e aceitação da tarefa, que por misericórdia lhe fora oferecida.
              Fora esse argumento um detonador que houvera implodido todas as suas pretensões, má vontade e indisciplina de tanto tempo. Até atrasara o serviço que fora de sua responsabilidade, inclusive podendo sobrecarregar os outros. Naquela noite o muar dormiu pensando no que fizera de sua vida até agora. Era urgente tomar uma decisão. O serviço estava atravancado até as bordas da repartição que era empregado. Imaginou que o chefe do correio que era um homem muito ocupado quando soubesse daquela atitude até irresponsável. Preocupou-se deveras e lamentou o tempo perdido.
              Vendo agora que poderia até ser demitido do trabalho, afligiu-se muito e começou a trabalhar ardorosamente, se antes parecia que o tempo transcorria com muito vagar, agora não havia tempo para tanta obrigação.               Além de que a constante apreensão que uma hora para outra o patrão pudesse chegar e encontraria a correspondência naquele estado de desorganização. Será que demitiria aquele servo preguiçoso que não cumpria com a sua obrigação, e ainda será que poderia ter direito ao salário, quando se encontrasse com o chefe do correio, racionava temeroso.
              E mais e mais trabalhava para dar conta de suas obrigações, porque temia mais do que nunca que o chefe chegasse de improviso. Depois de muito trabalho e de muitos anos, finalmente conseguiu por a correspondência daquela localidade em dia, quando pode finalmente respirar aliviado por um momento, afinal se chagasse o chefe não passaria mais vergonha.
              Quando, no dia seguinte, chega finalmente o chefe que fora o motivo de suas preocupações de que encontrasse o serviço atrasado, esquecera as suas deficiências do passado, ao chegar, disse-lhe bom e fiel servo, foi fiel no pouco, um dia dar-te-ei a intendência das grandes. Não sei se alegre ou apreensivo sorriu, um sorriso de muar, discretamente. Ao lembrar que a disciplina é fundamental em qualquer ocasião, caso contrário nenhum empreendimento irá para frente, dizendo isto foi lentamente se retirando, aquele chefe que parecia iluminado por uma luz superior, enquanto o servo considerava que valera a pena aquela luta, quando aprovado o relatório, último momento de aflição passara e tudo ficou realmente para trás.
              Fique em paz servo bom e fiel. Ouvia aquela voz cheia de magnetismo, ainda na acústica mais profunda de sua alma. Uma grande alegria invadiu o seu coração, pois que afinal, sem perceber vencera aqueles momentos de revoltas, má vontade, tédio, insatisfação intima, agora verdadeiramente amava o trabalho, a disciplina, além de que não poderia viver sem o aguilhão de muitas horas de trabalho, agora pareciam como plumas que passavam docemente sobre suas feridas, abertas pelos longos anos de trabalho, mas isto não mais lhe traziam quaisquer lembranças tristes, mas eram como troféus que atestara que vencera a si mesmo, afinal, seu coração estava em paz, e porque estava finalmente livre para sonhar e ser feliz.
              Já nada mais o assustava, ultrapassava o acanhado mundo das convenções sociais, das vantagens, das atitudes menores que as pessoas tanto se preocupam e em tudo só procuram recompensa. Servia agora por amor a causa, por maiores que fossem as dificuldades, não sofria mais, até bendizia as quedas que o levara a tornar a realidade, estava finalmente feliz por haver despertado para o trabalho, portanto, em tempo de agradecer a Deus a oportunidade que tivera de se levantar enquanto fora tempo.

Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

 

AO HOMEM

              Ao homem Deus deu a oportunidade de ser feliz, criando uma expressão mental na sua consciência, promovendo a sua capacidade de raciocínio.
              Com ele, mediu a dimensão do certo e do errado, modificando a sua estrutura, o conduzindo aos mais altos projetos da evolução da espécie.
              Também garantia a sua permanência nos caminhos rudes da natureza, materializando pelas suas mãos, a grande transformação que estabelece a sua grandeza nos caminhos da “evolução”.
              Ainda garantiu-lhe a sabedoria para que pudesse desvendar os caminhos da ciência, ilustrando o seu vocabulário com as fórmulas que transformam o seu cérebro em máquinas perfeitas que produzem e edificam, a bem dos outros menos esclarecidos, a única oportunidade de servi-los na causa que desvenda os cálculos que multiplicam a sua capacidade de pensar.
              Muitos são expectadores dessas maravilhas, mas se beneficiam dos resultados que somam na conquista de cada um, melhorando a sua performance na tradução que melhora a sua condição de filho do “Homem”.
              Mas a muitos Ele coloca o peso de sua bondade, ilustrando que é melhor lutar por um dia mais venturoso do que se espreitar na sombra do dia, desperdiçando a sua condição de trabalhador.
              Somos as criaturas que se determinam no caminho, buscando o lado bom da caridade, cumprindo a sua parte na construção do Plano que eleva a estima e a consideração de todos aqueles que caminham na direção do alto.
              Pois são bem-aventurados todos aqueles que sofrem perseguição, porque que serão libertados de toda opressão;
              E bem-aventurados todos aqueles que sofrem porque serão consolados.
              E bem-aventurados todos aqueles que tem sede de justiça, pois que serão saciados;
              Como bem-aventurados todos aqueles que tem puro o coração, porque herdarão o reino dos céus...
              Somos o mesmo rosto abatido que se transfigurou no Calvário para rogar ao Pai o amparo... Multiplicando a chance de cada um em prosperar nas causas que visam trazer a beneficio de muitos, a visão de luz que se transforma em porto-seguro para todos os barcos que estão à deriva, iguais as criaturas humanas que se perdem no anonimato da dor, sem buscar as conseqüências que vem mostrar a necessidade de se transformar em uma grande oportunidade de perdão, agradecendo a bênção da reencarnação.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 22/09/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOUTRINA ESPÍRITA

Fé Raciocinada

Para podermos crer na verdade, antes de mais nada, precisamos compreender aquilo em que devemos crer. A crença sem raciocínio não passa de uma crença cega, de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos algo como verdade, devemos analisá-la bem. O mal de muita gente é acreditar facilmente em tudo que lhe dizem, sem cuidadosos exame.
“Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade”. Allan Kardec.

Lei da Evolução

Cada um de nós é um espírito encarnado a caminho de Deus. A vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as conseqüências boas ou más são resultado de nossas próprias decisões. É a lei da “ação e reação”, das causas e conseqüências. Se, agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqüência. “A cada um segundo as suas obras” – disse Jesus. Isso explica a razão de tanto sofrimento no mundo.
Por isso, um caminha mais depressa que o outro, como os diferentes alunos de uma mesma classe escolar. Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertaremos dos sofrimentos, encurtando o caminho da evolução.
Não há céu nem inferno, conforme pintam as religiões tradicionais. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição – os bons se tornando melhores e os maus se regenerando. Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca, e a Vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei.
Se a sorte da criatura humana fosse inapelavelmente selada após a morte, todos estaríamos perdidos, visto havermos sido no passado, mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, mereceria ir para o céu de bem-aventuranças, onde só caberiam os puros.
Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja, não é suficiente para nos esclarecer a respeito dos planos de Deus. Muitos não têm sequer como garantir a própria sobrevivência e muito menos ainda oportunidade de uma boa educação. Muitos nunca foram orientados o para o bem. Outros morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir.
Para medirmos o quanto de absurdo existem na idéia do céu e inferno, como penas eternas, basta que formulemos as seguintes perguntas:
- “Como é que Deus, sendo o Supremo saber, sabendo inclusive o nosso futuro, criaria um filho, sabendo que ele iria para o inferno para toda a eternidade? Que Deus seria esse? Onde a sua bondade e a sua misericórdia?”.
- “E, como ficaria no céu uma mãe amorosa, sabendo que seu filho querido está ardendo no fogo do inferno?”.

A Lei Moral

Portanto, ninguém está perdido. Cada qual tem a oportunidade que merece. Se um pai humano, que é imperfeito e mau, não é capaz de condenar eternamente um filho, por pior que seja, quanto mais Deus, que é o Pai Misericordioso e Perfeito, que faz chover sobre os bons e os maus, que faz com que a luz do Sol ilumine os justos e injustos, indistintamente.
Disse o Cristo: - “Ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo”. Referia-se ao nascimento do corpo e ao renascimento moral das criaturas, isto é, ao nascimento pela “água e pelo espírito”. Daí sabermos que a vida é sempre uma nova oportunidade de reconciliação com os ideais superiores do bem e da verdade.
Seguir o exemplo vivo de Jesus deve ser o ideal de todo cristão sincero.
Não adianta você dizer que pertence a esta ou àquela religião. Não adianta permanecer orando o tempo todo. O importante é a prática, é a vida de todos os dias, porque, como disse Tiago: “A fé sem obras é morta”. E por falar em fé, veja como está sua vida!
- Como você vem tratando seus familiares; seu pai, sua mãe, seus irmãos, seu esposo ou sua esposa, seus filhos?
- Como você trata as pessoas estranhas?
- Como você se conduz no trabalho, na escola, no clube, na vida pública em relação às outras pessoas com quem convive?
- Como você reage a uma ofensa? A um gesto de agressão? A uma calúnia? A uma ingratidão? A uma decepção na vida?
- Como você reage a um problema familiar? À perda de um ente querido? A uma doença incurável?
- E o que você vem fazendo em favor dos outros?
- “Amai-vos uns aos outros” - recomendou Jesus.
E não há outra maneira de amar, se não formos caridosos. Caridade é ser benevolente, paciente, tolerante, humilde. É fazer para os outros o que desejamos que nos façam. Como não queremos que nos façam o mal, mas todo o bem possível, assim também devemos agir para com eles: familiares, parentes, amigos, estranhos e até inimigos.
A obrigação do cristão é ser um trabalhador do bem, dando sua parte, por pequena que seja, na luta por um mundo melhor.
Podemos fazer tudo isso, cuidando melhor de nossas atitudes, vigiando nosso comportamento diário, sendo mais atenciosos e gentis, vendo, nos outros, mais suas qualidades, e finalmente, sendo mais exigentes para conosco mesmos.
Ajudar o pobre, socorrer o desesperado, assistir ao doente, orientar o desajustado, levar palavras de conforto e esperança ao aflito, divulgar e viver os ensinamentos de Jesus, tudo isso constitui as bases do verdadeiro amor por Ele ensinado e exemplificado, há quase 2000 anos.
Segundo as pegadas de Jesus, pelo amor vivo que manifestou ao mundo, Allan Kardec proclama. “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”.

Do libreto “Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita”, elaborado pelo Centro Espírita “Caminho de Damasco” da cidade de Garça/SP.

O TÓXICO ME MATOU

              Sinto muito, meu pai, acho que esse diálogo é o último que tenho com o senhor.
              Sinto muito mesmo.
              Sabe: está em tempo do senhor saber a verdade que nunca suspeitou.
              Vou ser breve e claro.
              O tóxico me matou, meu pai: travei conhecimento com meu assassino aos 15 ou 16 anos de idade. É horrível, não pai?
              Sabe como nós conhecemos isso?
              Através de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo e bem falante, que nos apresentou ao nosso futuro assassino: O Tóxico.
              Eu tentei, mas tentei mesmo recusar, mas o cidadão mexeu com meu brio, dizendo que eu não era homem.
              Não preciso dizer mais nada, não é? Ingressei no mundo do tóxico.               No começo foram as tonturas, depois o devaneio e a seguir a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente.
              Depois veio a falta de ar, medo, alucinação, depois euforia novamente.
              Sabe, pai, a gente quando começa, acha tudo ridículo e muito engraçado. Até a Deus em achava ridículo. Hoje neste hospital, eu reconheço que Deus é o ser mais importante do mundo. Eu sei que sem ajuda d’Ele eu não estaria escrevendo o que estou.
              Pai, o Senhor não pode acreditar, mas a vida de um toxicômano é terrível, a gente se sente dilacerado por dentro. É horrível e todo jovem deve saber disso para não entrar nessa.
Já não posso dar nem três passos sem me cansar. Os médicos dizem que vou ficar curado, mas quando saem do quarto, balançam a cabeça.
              Pai, eu só tenho 19 anos e sei que não tenho a menor chance de viver; é muito tarde para mim. Para o senhor, tenho um último pedido a fazer.
              Diga a todos os jovens que o senhor conhece e mostre a eles esta carta. Diga a eles que em cada porta de escola, em cada cursinho, em cada faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido, bem falante, que irá mostrar-lhes o seu futuro assassino, o destruidor de suas vidas e levará à loucura e à morte como eu.
              Por favor, faça isso, meu pai, antes que seja tarde demais também para eles.
              Perdoe-me meu pai.
              Já sofri demais.
              Perdoe-me por fazê-lo sofrer também pelas minhas loucuras.
              Adeus meu pai.

Cedro/ Amor Exigente
Obs.: Depois desta carta ele morreu. Caso verídico. Hospital Vinte e Três de Maio, São Paulo.

A PARÁBOLA DO RICO

              Na pequena assembléia espiritual, estudávamos a Parábola do Rico.
              Alguns intelectuais, brilhantes no mundo, inclinavam-se comovidos ante a necessidade de penetrarem a luz dos capítulos simples do Evangelho.
              Na cátedra das lições costumeiras, a figura de Pedro Richard nos acompanhava com atenção generosa e sincera.
              O quadro não era muito diferente das circunstâncias em que se poderia realizar sobre a Terra.
              A esfera espiritual próxima do planeta é uma figura de transição, em que o gosto terrestre tem quase absoluta predominância.
              O amplo recinto oferecia o aspecto de um parlamento singelo e acolhedor e, como ponto central, aquele velhinho, amigo de Ismael e de Jesus, com os cabelos nevados, parecendo feitos com a luz prateada das mais dolorosas experiências, ensinava o sentido oculto das preciosas lições do Cristo.
              - Afinal – exclama um dos seus amigos – existem realmente os grandes usurários e os ricos infelizes do mundo. São os dilapidadores dos bens coletivos, porque a movimentação do dinheiro poderia incentivar o trabalho, atenuando as dificuldades dos mais infortunados.
              -Entretanto – atalha um dos presentes – temos as fortunas dos grandes beneméritos da Humanidade. Um Rockefeller, um Carnegie, que estimularam as grandes iniciativas, em favor do bem público, não serão ricos amados de Deus? E os Henry Ford, que transformaram os pântanos em parques industriais, onde milhares de criaturas ganham honestamente o pão da vida, não merecem o respeito amoroso das multidões?
              A apreciação sobre os ricos da Terra prosseguia animada, quando alguém se lembrou de submeter a Richard o assunto, em sua feição substancial.
              O generoso velhinho, no entanto, replicou judiciosamente.
              - Antes de tudo, só Deus pode julgar em definitivo as suas criaturas; mas, como considero o planeta terrestre uma abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que caminha para a felicidade com Jesus, devo assinalar que, na carne, não conheço senão Espíritos cheios de débitos pesados, com as mais vastas obrigações, perante a obra de Deus, que é o país infinito das almas. Quem será o Senhor das riquezas, senão o próprio Pai que criou o Universo? Onde estão os bancos infalíveis, ou os milionários que possam dispor eternamente dos bens financeiros que lhes são confiados? As expressões cambiais do mundo são convenções que outras convenções modificam. Basta, às vezes, um sopro de leve das marés sociais para que todos os quadros de riqueza humana se transformem. Tenho de mim para comigo que, no mundo, o dinheiro a gastar, como a dívida financeira a resgatar são também oportunidades que o Senhor de Todas as Coisas nos oferece, para que sejamos dignos dele. O crédito exige a virtude da ponderação com a bondade esclarecida e o débito reclama a virtude da paciência com o amor ao trabalho.
              A essas palavras justas, que nos conduziam a um campo de novas especulações sentimentais, um dos nossos irmãos de esforço, antigo socialista extremado na Terra, entusiasmando-se, talvez em excesso, com as elucidações do generoso mentor, exclamou efusivamente.
              - Muito bem! Sempre encontrei no capital um fantasma para a felicidade humana.
              Pedro Richard endereçou-lhe o olhar, cheio de mansuetude, explicou com bondade:
              - Quem te afirmou que o capital no mundo é um erro?
              E depois de uma pausa, dando a conhecer que desejava acentuar suas palavras, acrescentou:
              - Podemos assinalar a dedo os raríssimos homens na Terra que conseguem trabalhar sem o aguilhão. O capital será esse aguilhão, até que as criaturas entendam o divino prazer de servir. Para os mais abastados, ele tem constituído a preocupação bendita da responsabilidade, e para a generalidade dos homens, o estímulo ao trabalho. O capital é um recurso de sofrimento purificador, não somente para os que o possuem, mas para quantos se esforçam pelo obter. É o meio através do qual o amor de Deus opera sobre toda a estruturação da vida material no globo; sem sua influência, as expressões evolutivas do mundo deixariam de desejar, mesmo porque os               Espíritos encarnados estariam longe de compreender os valores legítimos da vida, sem a verdadeira concepção da dignidade do trabalho.
              O nosso amigo quedou-se em meditação.
              Aqueles esclarecimentos generosos e simples profundamente nos surpreendiam.
              O mentor benévolo e sábio continuou as suas elucidações evangélicas. Explicações desconhecidas e inesperadas surgiam de seus lábios, derramando-se em nossos espíritos como jato de luz. Eram novas claridades sobre a figura incompreendidas e luminosas Cristo, revelações de sentimentos que nos conduziriam ao máximo de admiração.
              Grande número de literatos desencarnados no Brasil, filiados às mais diversas escolas, escutavam-lhe os conceitos simples e profundos.
              Foi então que, ao fim dos estudos, e nas derradeiras observações, um velho conhecedor das letras evangélicas adiantou-se para o velhinho bom, interrogando:
              - Richard, as tuas explicações judiciosas e derramam novas claridades em nosso íntimo. Mas, sempre ponderei uma questão de essencial interesse, nessa parábola do Evangelho. Por que motivo o santificador Espírito de Abraão, personificado a Providência Divina junto de Lázaro redimido, não atendeu às súplicas do Rico desventurado? Observando os teus esclarecimentos de agora, sinto esta interrogação cada vez mais forte em minha alma, porque, afinal, o homem rico do mundo pode ser, muitas vezes, uma criatura indigente na aspereza das provas. Como esclarecer esse problema que nos induz a supor certa insensibilidade nas almas gloriosas que já redimiram das vicissitudes da existência material?
              O esclarecimento comentador da palavra de Jesus replicou com veemência e brandura:
              - Insensibilidade nos mensageiros do bem? Esse conceito nasce da nossa deficiência da verdadeira compreensão. Abraão e Lázaro viram nos sofrimentos do Rico a misericórdia inesgotável do Pai Celestial que, dos nossos erros mais profundos, sabe extrair a água amargosa que nos há de curar o coração. Ambos compreenderam que seria contrariar os desígnios divinos levar ao irmão torturado uma água mentirosa que lhe não mataria a sede espiritual. Quanto ao mais, que pedia o Rico ao Espírito generoso de Abraão? Rogava-lhe que Lázaro voltasse ao mundo para dar a seus pais, a sua mulher, a seus filhos e irmãos as verdades de Deus, a fim de que se salvassem.               Como não se lembrou de pedir a difusão dessas mesmas verdades, entre todas as criaturas? Por que razão somente pensou nos seus amados pelo sangue, quando todos os homens, nossos irmãos, têm necessidade de paz de Deus, que é a água viva da redenção? A solicitação do Rico é muito semelhante à maioria das súplicas que partem dos caminhos escuros da Terra, filhas do egoísmo ambicioso ou do malfadado espírito de preferência das criaturas, orações que nunca chegam a Deus, por se apagarem no mesmo círculo de sombra e ignorância em que foram geradas pela insensatez dos homens indiferentes!...
              O nosso amigo religioso recebera também a sua lição.
              As elucidações evangélicas do dia estavam terminadas.
              No recanto silencioso, a que me recolho com as heranças tristes da Terra, intensifiquei as minhas reflexões sobre a grandeza desconhecida do Cristo e, contemplando as perspectivas angustiosas dos quadros sociais da existência terrestre, comecei a meditar, com mais interesse, na profunda Parábola do Rico.


Irmão X
Do livro “Pontos e Contos” de Francisco C. Xavier.

OS CAÍDOS

              Tão fácil relegar ao infortúnio os nossos irmãos caídos!... Muitos passam por aqueles que foram acidentados em terríveis enganos e nada encontram a fim de oferecer-lhes, senão frases como estas: “eu bem disse”, “avisei muito...".
              No entanto, por trás da queda de nosso amigo menos feliz estão as lutas da resistência, que só a Justiça Divina pode medir.
              Este foi impelido à delinqüência e faz-se conhecido agora por uma ficha no cadastro policial; mas, até que se lhe consumasse a ruína, quanto abandono e quanta penúria terá arrastado na existência, talvez desde os mais recuados dias da infância!... Aquele se arrojou aos precipícios da revolta e do desânimo, abraçando o delírio da embriaguez; contudo, até que tombasse no descrédito de si mesmo, quantos dias e quantas noites de aflição terá atravessado, a estorcegar-se sob o guante da tentação para não cair!... Aquela entrou pelas vias da insensatez e acomodou-se no poço da infelicidade que cavou para si própria; todavia, em quantos espinheiros de necessidade e perturbação Ter-se-á ferido, até que a loucura se lhe instalasse no cérebro atormentado!... Aquele outro desertou de tarefas e compromissos em cuja execução empenhara a vitória da própria alma e resvalou para experiências menos dignas, comprometendo os fundamentos da própria vida; no entanto, quantas tribulações terá agüentado e quantas lágrimas vertido, até a razão se lhe entenebrecesse, abrindo caminho à irresponsabilidade e à demência!....
              Diante dos companheiros apontados à censura, jamais condenes!               Pensa nas trilhas de provação e tristeza que perlustraram até que os pés se lhes esmorecessem, vacilantes, na jornada difícil! Reflete nas correntes de fogo invisível que lhes terão requeimado a mente, até que cedessem às compulsões terríveis das trevas!...
              Então, e só então, sentirás a necessidade de pensar no bem, falar no bem, procurar o bem e realizar unicamente o bem, compreendendo, por fim, a amorosa afirmação de Jesus: “Eu não vim à Terra para curas os sãos”.


Emmanuel
Do livro “Instrumentos do Tempo” de Francisco C. Xavier.


NO PLANO DOS INIMIGOS

              Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos... Jesus. (Mateus, 3:44.)

              O ofensor apareceu diante de ti à maneira de um teste de aprimoramento moral.
              Injuriou-te o nome.
              Zombou-se dos brios.
              Gritou-se ameaças.
              Golpeou-te os sentimentos.
              Desafiou-te a capacidade de tolerância.
              Apedrejou-te os ideais.
              Escarnecei-te dos propósitos.
              Torturou-se o pensamento,.
              Disse Jesus: “Ama os teus inimigos: , mas não recomendou que os tomássemos por modelos de serviço e conduta, quando os nossos opositores se afeiçoam ao mal.
              Mentaliza um homem estirado no charco. É razoável lhe estendas a mão, no fito se socorrê-lo; entretanto, nada justifica te afundes, por isso, conscientemente no barro.
              É preciso salvar as vítimas do incêndio, mas a vida não te pede o mergulho desamparado nas chamas.
              O adversário é sempre alguém digno do auxílio ao nosso alcance, mas nem sempre, com desculpa de amor, devemos fazer aquilo que ele estima fazer.


Emmanuel
Do livro “Bênção de Paz” recebido pelo médium Francisco C. Xavier.

ACIMA

              “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o Reino de Deus”. Jesus ( Lucas, 9:62).

              A fim de que nos promovamos à condição de obreiros mais eficientes, na Seara do Cristo, é forçoso observar a vida acima de nossas impressões superficiais.

              Para isso, ser-nos-á necessário:
              Mais do que ver – refletir;
              Mais do que escutar – compreender;
              Mais do que estudar – aprender;
              Mais do que trabalhar – servir;
              Mais do que obedecer – cooperar espontaneamente em apoio aos semelhantes;
              Mais do que administrar – harmonizar;
              Mais do que crer – raciocinar;
              Mais do que esclarecer – discernir;
              Mais do que escrever – elevar;
              Mais do que falar – construir;
              Mais do que comentar – melhorar;
              Mais do que saber – transmitir para o bem.
              Mais do que informar – educar;
              Mais do que desculpar – esquecer o mal.
              Mais do que desincumbir-se – auxiliar para a felicidade geral.

              Todos temos idéias e possibilidades, escolhas e relações, crenças e luzes. E se é muito importante guardar equilíbrio para desfrutar semelhante bênçãos, em nosso progresso de espíritos imortais, antes as Leis de Causa e Efeito, é muito mais importante ainda saber o que estamos fazendo por elas e com elas.

Emmanuel
Do livro “Aulas da Vida” de Francisco C. Xavier.

HINO À IMORTALIDADE

              A imortalidade é um hino de louvor a Deus. Sem ela, tudo estaria destinado ao caos, à desintegração sem sentido.
              Por mais se observem as formas do Cosmo, mais se constata que tudo se encontra em ininterrupta transformação, na qual a energia é o elemento basilar de todas as construções moleculares.
              A vida se aglutina em partículas em torno de um elemento modelador para realizar o seu mister, volvendo à origem através da desestruturação da forma em que se expressa.
              O ser humano, por conseqüência, é um Espírito envolto por um campo vibratório que se encarrega de reunir os elementos básicos, construindo a indumentária de que se utiliza para o desenvolvimento das potências que lhe procedem de Deus.
              Fosse a morte a desintegração e desaparecimento do ser e nada justificaria o seu surgimento e existência breve para a destruição total, não havendo finalidade ética nem finalismo lógico.
              Em tudo, porém, vibra o Pensamento Divino Construtor, que se expande na variedade infinita de formas pelas quais se expressa.
              A vida física, portanto, procede de uma outra, que é a espiritual.
              Nasce-se, vive-se, morre-se e renasce-se em ciclos contínuos da evolução sem limite, viajando-se no rumo da Realidade Total.
              Ao homem atormentado e cruel, ao injusto e vil muito agradaria que a vida se acabasse no túmulo, porquanto fugiria dos efeitos da sua conduta, havendo realizado um excelente negócio existencial, que teria sido a torpeza, na qual se comprazia. Entretanto, a vida o espera após o portal da lama em que se transformou o corpo, sem que houvesse a desintegração de sua consciência.
              Àquele que ama ao belo e investe na sua preservação, multiplicando os fatores que geram a harmonia e que facultam a felicidade, a morte igualmente não interrompe o processo da vida, porque o conduz de volta ao encantador reduto de procedência.
              A muitos, que não se decidem pela eleição de como conduzir-se, e para qual finalidade encontram-se no envoltório material, a surpresa por ocasião do despertar após o letargo da desencarnação, irisa de esperanças e de alegrias as horas, concitando-os a futuros empreendimentos propiciadores de felicidade.
              Uma análise materialista sobre a existência da inteligência, o seu aparecimento casual e a sua morte final, não resiste aos mínimos requisitos da lógica nem do bom senso, quando se respira vida em todas as transformações e objetivos delineados nas mais diversas construções existentes.
              O acaso, que nada define, perde o seu significado oportunista e cede espaço à causa original de onde tudo procede, impulsionando a inteligência à conquista de mais amplo patrimônio de lucidez para o seu enriquecimento ante o infinito.
              Tudo quanto faças, realiza-o, tendo por meta a tua imortalidade.
              Sejam as tuas construções aquelas que resistam aos fatores tempo e espaço relativos, favorecendo-te com eternidade.
              A cada hora pensa com mais clareza sobre o que te representam as condições de vida e de ação, revivendo as horas idas e o que te ofereceram em caráter de significado, de sabedoria e de paz.
              O teu crescimento interior dilata os horizontes para as tuas ações, que irão lentamente plenificando-te, ao tempo que te aumentarão a alegria e o bem-estar pela concessão da vida que fruis.
              Se considerares o sofrimento como um acidente de percurso, que poderia ser evitado, mas que ora te ensina a como agir corretamente, o bendirás, aceitando-o como estímulo para novas conquistas sem a sua necessidade. No entanto, se o tiveres em conta de punição e impiedade das Soberanas Leis, experimentarás um sentimento de amargura ou de revolta, que o conhecimento da Verdade evitaria.
              Cuida, portanto, de aprimorar a tua capacidade de entender as ocorrências do processo de evolução.
              Face à sensibilidade orgânica, emocional e à estrutura evolutiva do ser, as dores se apresentam com a finalidade de promover o correto, porque são resultado das condutas infelizes ou dos pensamentos em desalinho e perturbadores. Essas construções mentais negativas e pessimistas sempre provocam respostas semelhantes diante da lei de afinidade ou de identificação existente no Universo.
              Promove-te interiormente mediante a luz do discernimento e do conhecimento, podendo superar os lamentáveis processos de angústia, que se fazem necessários para os rebeldes e insensatos, ignorantes e desinteressados dos objetivos existenciais.
              Renasceste para crescer e entender a Vida.
              Recolhes os atos que atiraste no rumo do futuro, em forma de resultados. Agora se te fazem necessárias novas ações, que elegerás de melhor qualidade, a fim de que o porvir seja coroado de harmonia.
              Em tudo coloca o sal do amor, nas mínimas coisas que sejam, e sentirás o sabor de felicidade em tudo quanto realizes e promovas, mesmo que aparentemente não signifiquem muito.
Jamais esqueças que o universo é constituído de micropartículas que se atraem mediante a grandiosa força de coesão.
Assim também, procura gravitar em torno do centro universal, que é o amor, vitalizando-te com essa energia indestrutível que promana do Supremo Amor.
              Cada dia da tua existência é uma parte da sinfonia da vida imortal, compondo toda gloriosa musicalidade.
              Faze a tua parte como instrumentista que compõe uma orquestra e cuja contribuição é valiosa para a beleza do conjunto.
              Sem jactância, sem pessimismo, consciente do teu valor como ser vivo e inteligente, avança no rumo dos objetivos essenciais da tua existência.
              Consciente da imortalidade e conhecedor das causas da vida, Jesus transitou entre as criaturas mantendo a meta para a qual viera, que foi proclamar a imortalidade.
              Ante a jactância farisaica, ignorante e soberba, manteve a tranqüila certeza de que eles se enfrentariam a si mesmos após a disjunção molecular e compreenderiam o erro em que se movimentaram.
              Perante a ingenuidade das massas, tomado de infinita compaixão, ensinou e despertou os sentimentos para o amor, porquanto, mediante esse hálito superior poderiam despertas felizes além do túmulo.
              Diante de todos que defrontou, sempre se manteve sereno e afável, demonstrando que a vida física é um hino de louvor à imortalidade.

Joanna de Ângelis
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em Paris, França, no dia 7 de junho de 2001.


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ANO III - Nº35– Campo Grande – MS – Dezembro de 2008
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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