"Luzes do Amanhecer"

ANO III - Nº36– Campo Grande/MS – Janeiro de 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


                É a vida que desperta nessa radiosa estação das flores. Anime-se e caminha com mais fé. Lembre-se que hoje que começa a sua ascensão a uma vida melhor. Aproveite o impulso externo da Natureza para inspirar os seus dias. Enriqueça-se de amor, cultive a esperança e viva numa permanente primavera. Áulus.

               



 

 

A CASA DE PASSAGEM

                Quando se dispuser ao trabalho lembra-se do filtro que retém as impurezas. Ou aqueles ensinamentos de Jesus que refere a preocupação dos judeus sobre lavar as mãos antes das refeições, naturalmente que é uma questão de higiene, mas Jesus queria deixar claro que não se podia esquecer o essencial, e não ficar preso à superfície.
                Em verdade que os judeus haviam negligenciado a lei de Deus, prendendo-se às práticas exteriores e o fundo dos mandamentos trazidos por Moisés ficava esquecido, especialmente no que se refere a amar ao próximo como a si mesmo, estavam mais preocupados com as rígidas práticas exteriores às quais estavam adaptados. Mas Jesus querendo mostrar a eles o essencial, devia como realmente o fez, levantar o véu sobre muitos assuntos que permaneciam ainda obscuros naquelas mentes voluntariosas.
                Como aquele que pai que somente lentamente vai ensinando ao filho, certas realidades da vida de acordo com a sua maturidade física e moral. Assim Jesus procurava esclarecer aquelas mentes ainda enredadas em muitos preconceitos, criados pela tradição que já se havia perpetuando de geração em geração.
                A cada passo buscava apresentar o fundamento da lei, mostrando-a em espírito e verdade, para que a Humanidade tivesse outro ponto de amparo em sua luta evolutiva, pois que esta estava já madura para esta nova revelação, mesmo porque as crenças tradicionais já estavam gastas pelos excessos de toda sorte, e essa base para a renovação fora traumática no primeiro momento, para mais tarde ocorrer os benefícios, em muitos casos, seus efeitos somente hoje se fazem visíveis.
                Naturalmente que naquela época Jesus não podia dizer tudo, mas além de combater certos abusos que eram praticados em larga escala, devia trazer a mensagem de Deus, revigorada para aqueles dias, além de lançar as bases para o futuro. Cumprindo assim uma etapa da evolução do pensamento religioso no mundo, inclusive, declarou formalmente que não viera destruir a lei, mas dar lhe o cumprimento, pois que a lei positiva trazida por Moisés se transformara na realidade, num amontoado de regras, formalidades, e preconceitos, que descaracterizavam realmente a mensagem de Deus as suas criaturas.
                E Jesus veio para essa nobre e grandiosa tarefa, tão verdade que os espíritos estavam tão armados contra qualquer mudança, que procuraram por todos os meios tirar a vida do Divino Amigo que se propusera amparar esses filhos de Deus, que por momento se encontravam iludidos com valores outros, que em nada condiziam com as leis supremas do Pai, que era necessária reformular o essencial da Lei, e qualquer mudança não se dará sem profundas modificações e lutas em qualquer sociedade.
                E isto que realmente ocorreu, basta que se lance um olhar à História daquela época, verifica-se como surgiram tantos mártires somente porque pensava ou orava a Deus de maneira diferente. Os poderosos sentiram-se incomodados pelas pregações ao ver nelas práticas revolucionárias, que supunham colocar em risco a estabilidade de sua sociedade, porque lembrava a todos os compromissos reais que se tem de uns para com os outros. Como um judeu ortodoxo poderia achar que devia o samaritano ser um seu igual, isto ao ver deles, seria como uma ofensa muito grande, ou uma blasfêmia.
                E Jesus colocou esta situação de igualdade como base de sua Doutrina, quando interrogado por aquele doutor da lei sobre o maior mandamento, que Jesus explica de maneira muito clara, além de o esclarecer bem ainda conta à parábola do Bom Samaritano. Mostrando que o essencial era o amor e a caridade, quando aquele personagem simbólico colocado à beira da estrada para se socorrer da bondade daqueles que passavam.
                Coloca em teste em primeiro lugar um sacerdote, seja de qualquer culto que for, deve saber qual a primeira regra da lei do Pai, mas este vendo aquele homem semimorto, fala o Evangelho que ele passou de largo, como se não quisesse se comprometer, da mesma sorte outro que devia por regra conhecer as leis de Deus, pois que era levita, e a tribo de Levi era a escolhida entre as doze, a qual fora incumbida de guardar e velar pela prática da lei de Deus, naturalmente que devia saber as bases essenciais do amor estampada nos Dez Mandamentos, mas apresentando-se a ocasião de servir também este passou de largo, e finalmente se apresenta um samaritano, cuja nacionalidade era execrada pelos judeus, e somente este se compadeceu daquele pobre homem, prestou-lhe os primeiros socorros e levou a uma hospedaria para que lhe desse abrigo, pagando antecipadamente as despesas e ainda comprometendo-se com o estalajeiro que quando voltasse pagaria as despesas adicionais.
                Observa-se que quando Jesus inquiriu ao doutor da lei qual devia ser o próximo, este sequer mencionou que fora o samaritano, mas aquele que usou da misericórdia, tal era o preconceito que sequer a nacionalidade quisera declinar. Simplesmente mencionou aquele que usou de misericórdia.
                É muito importante que de tudo se extraia o essencial, primeiro para se situar melhor diante da vida, pois que para viver a mensagem de Jesus, é necessário conhecê-la em todo o seu desdobramento, isto naturalmente demanda tempo e paciência, mas uma regra é essencial, sempre aplicar as lições de Jesus a si mesmo, e não aos outros, como é muito comum se observar em muitos companheiros.
                Mas se deseja realmente compreender a mensagem de Jesus. É necessário estudá-la e investir nesse fundamento tão importante para adquirir uma base sólida, compreender os seus delicados nuances, porém o mais importante ainda que deve ser vivido e praticado e não somente estudado, pois que não alcançaria o seu objetivo, e especialmente aplicar a si mesmo.
                Por isso, estude muito e trabalhe mais ainda, para que possa apanhar a mensagem essencial do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, algo que realmente não é fácil para ninguém, principalmente neste estágio da Humanidade, em que os valores materiais assumem uma proporção alarmante, em que se valorizam mais as pessoas pelo que têm em termos de valores materiais em detrimento de sua postura moral… E daí ser fácil compreender os desequilíbrios que pode advir com essa prática.
                Em frente com esse nobre propósito que elegeu para viver, lute por transformar essa sua decisão em trabalho dirigido ao próximo que sempre precisa do apoio daquele que podem ajudar mais. Esforce-se por dar o seu testemunho, nem que lhe custe muitas noites de sono e até muitas lágrimas, é necessário lutar para transformar esse mundo em algo melhor.


Áulus /Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

MEIA-VERDADE

                Se nós fôssemos os defensores da paz, não estaríamos em guerra!
                E tendo sido universalizado o amor de Deus em cada criatura, bastaria apenas o toque da esperança para que estivéssemos organizados na esperança de que este amor promoveria a nossa paz, em qualquer situação.
                Se não bastasse a idéia de que a noite sempre dá passagem para o dia seguinte, estaríamos seguros de nossas ações construindo um mundo melhor.
                O amor é o caminho de luz e que se expande nos horizontes da fé.
                Com ele conquistamos os corações mais prudentes e distribuímos o nosso próprio ser, garantindo o pão sobre a mesa, enquanto nos preparamos para a bênção da caridade.
                Cada criatura busca compreender a origem da vida, buscando na sua tela mental, o retrato da sua própria indisciplina, acreditando que se pode vencer a fúria do ódio, sem ao menos oferecer resistência.
Inunda-se de lágrimas quando está carregado de aflição, mas não se organiza para melhorar os seus hábitos enquanto vão procurando as informações que vem do alto, aliviando a sua carga de sofrimento.
                Medita e busca a orientação das palavras enquanto deveria deixar o seu coração agir, e dessa forma conquistar a grandeza da aceitação divina, mergulhando no abismo que muitas vezes, vem disfarçado de lições nobres, que ditam os pensamentos que estão desprotegidos da visão cósmica, que certamente revelaria o que a prudência quase sempre revela.
                Há questões na esfera do conhecimento que precisam continuar insistindo na mudança dos pensamentos que estão agoniados na presença da luz.
                Jesus Cristo é a revelação desse amor... E continua insistindo na sua verdade plena, mesmo acreditando que um dia estaremos satisfeitos na nossa aceitação, verificando que a meia-verdade que escolhemos para assegurar o nosso comportamento na disciplina da generosidade possa vir lentamente, confirmando a sua modificação, aceitando essa transformação, avaliando as causas e os efeitos de nossas inspirações, e então abrindo o coração para aceitar a verdade que transforma em discípulos de Jesus, na aceitação de seu amor é na interiorização de seus costumes, estendendo as mãos para a bem-aventurança da repartição do bem, promovendo, continuadamente o exercício pleno da humildade para que haja paz em nossa intimidade.
Cada um de nós representa o começo de um bem que se realiza na crença de que a vida continua, mesmo depois da morte.

Hugo Pereira do Vale
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 17/04/2008, na cidade de Campo Grande/MS.

PARA SEMPRE NA MEMÓRIA

                Vários foram os líderes que surgiram e se projetaram no cenário do Movimento Espírita por influência de Chico Xavier.
                Um deles, convertido pela dor da perda de um entre muito querido, exerceu importante papel na região de Campos (RJ), fundando e dirigindo uma instituição-modelo no setor de formação e encaminhamento da infância.
                Sem nome: Clóvis Tavares, autor, entre outros, de Trinta Anos com Chico Xavier.
                Ela vai nos falar a seguir de experiências com o incomparável médium mineiro.
                “Foram sem contas às lições, as benesses, as profundas experiências espirituais a mim concedida, misericordiosa e ininterruptamente. Na querida escola evangélica de Pedro Leopoldo. Considerando os limites destas singelas memórias, vou respingando, aqui e ali, de meus queridos arquivos ou de meus rascunhos de viagens, o trigo bom e farto das bênçãos do Alto”.
                São lembretes, são mensagens, são observações, são advertências, são carinhos - tudo testificando a inefável bondade e Deus. Em julho de 1948, como sempre o fazia na férias, pus-me a caminho de Pedro Leopoldo. Sai de Campos, na manhã de 14, no velho e moroso trem da Leopoldina. Durante a viagem, recordo-me bem, meu pensamento se fixou intensamente na personalidade de Santos Dumont: sua vida, suas dedicações, sua morte dolorosa. Relembrava as páginas de Gondin da Fonseca, depoimentos sobre seus trabalhos aeronáuticos, observações seus “Dans l' Air”.
                Mentalmente recapitulava episódios da vida do Pai da Aviação: a infância extraordinária, o balãozinho Brasil, o l...
Cabangu, Saint-Claude, Guarujá... E meditava, outrossim, na confortadora notícia que o Chico me dera, dois anos antes, de Santos Dumont, desde 1936, era um dos mais devotados Amigos Espirituais de nossa Escola Jesus Cristo. Seis dias depois, na noite de 20 de julho, numa reunião íntima com nosso Chico, em recordando a data natalícia do genial brasileiro, pedi aos companheiros do nosso pequeno grupo permissão para formular uma prece em memória do Benfeitor Espiritual.
                O querido médium havendo percebido a presença de Alberto Santos Dumont em nosso círculo íntimo, transmite-me suas palavras de carinho e também uma notícia que me provocou profundo impacto emocional, pois eu guardara, natural e modestamente, completo silêncio sobre cogitações durante a viagem Campos-Rio. Revela-me, então, o Chico que Santos Dumont lhe estava dizendo que muito se sensibilizara com minhas lembranças de sua pessoa, durante a referida viagem e, comovido, me agradecia ass afetuosas, desejando escrever uma página destinada ao nosso pequeno grupo. E assim o fez. A mensagem do Pai da Aviação farta de profundos conceitos, foi apenas publicada no jornal campista "A Cidade". É a seguinte:

                Amigos, Deus vos recompensem.
                A lembrança da prece me comove as fibras mais íntimas.
                O Espírito liberto esquece o homem prisioneiro.
                A alvorada entende a sombra.
                Tenho hoje dificuldades para compreender a luta que passou e, não fosse a responsabilidade que me enlaça ainda ao campo humano, em vistas das aflições que me povoaram as últimas vigílias na carne, preferiria que as vossas recordações, ainda mesmo carinhosas e doces, muito me envolvessem o nome de lutador insignificante. Descobrir caminho foi à obsessão do meu pensamento. Reconheço hoje, porém, que outra deve ser a vocação da altura.
                Dominar continentes e subjugar povos, através dos ares, será, talvez, extensão de domínio de inteligência perversa que se distancia de Deus. Facilitar comunicações às criaturas que ainda não se entendem, possivelmente será acentuar os processos de ataque e morte, de surpresa, nas aventuras da guerra. Dolorosa é a situação do missionário da ciência que se vê confundido nos ideais superiores. Atormentada vive a cultura que não alcançou o cerne sublime da vida.
                Terei errado, buscando rotas diferentes?
                Certo, não.
                O mundo e os homens aprenderão sempre.
                A evolução é fatal.
                Todavia, recolhido presentemente à humildade de mim mesmo, procuro caminhos mais altos e estradas desconhecidas, no aprendizado do roteiro para o Cristo, Senhor de nossas vidas.
                Não há vôo mais divino que o da alma.
                Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberamos converter-nos ao bem supremo.
                Sejamos descobridores de nós mesmos.
                Alcemos corações e pensamentos ao Cristo. Aprimoremo-nos para refletir a vontade soberana e divina do Alto por onde passarmos. Crescimento sem Deus é curso preparatório da queda espetacular.
                Humilharmo-nos para servir em nome Dele é o caminho da verdadeira glória.
                De qualquer modo, agradeço-vos.
                O trabalhador que repara as possibilidades para ser mais útil jamais se esquecerá de endereçar reconhecimento às flores que lhe desabrocham na senda.
                Crede! Não passo de servidor pequenino.
                Que o Senhor nos enriqueça com Sua divina bênção ““.

Alberto Santos Dumont Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier. Extraído da Revista Informação.

PÁGINA ILUSTRADA

                A verdadeira paz alcançada pela consciência do dever cristão cumprido é a mesma paz que oferecemos aos outros, através da alegria e esperança, renovando-lhes o ânimo, para enfrentarem convictos os obstáculos de natureza diversificada, requisitando-lhes compreensão e esforços redobrados.
                O tempo é um empréstimo que a Instituição da vida, oferece de forma acessível a todos, solicitando-lhes, porém, ao final do contrato, os resultados esperados.
                Lembremo-nos da Parábola dos Talentos, magnificamente ilustrada por Cristo, de forma acessível ao Espírito Humano.
                É verdade, que ainda, na condição de aprendizes, ensaiando os primeiros passos, sentimos extrema dificuldade em compreendê-la, na intimidade do coração.
                Poderia consultar a Literatura Divina, que registra linha por linha, feito por feito, as conquistas individuais.
                No entanto, valho-me do próprio exemplo, recebendo a visita inoportuna da enfermidade, privando-me da liberdade abençoada da locomoção e expressão, de tal sorte, que a antiga dificuldade imposta,..., ontem... era a contabilidade do sofrimento, transformando após o balanço do Período Reencamatório, no saldo positivo de bênçãos que agradeço a Deus, ao permitir que mãos atrofiadas se transformem neste depoimento, embora pessoal, livre da intenção de lembrança de corações amigos e por mim mais querido, em alento, em coragem para compreenderem o quanto antes, a renovação do nosso jardim, extraindo com vigor, as pragas perigosas do egoísmo e da vaidade, que se alastram de tal forma, que não encontramos tempo em combatê-la.
                Usai a inseticida da caridade e dedicação ao trabalho, pois, se dia após dia, obtivermos pequenino progresso, ao longo de determinado período, poderemos receber o Cristo, em nossa casa, apresentando-lhes as flores perfumadas que cultivarmos com o suor e o sacrifício das mãos, semeando em campo desfavorável, mas que pela persistência na Fé, acreditamos de tal forma, que o transformaremos em reflexo dos jardins do Paraíso, onde o Jardineiro Divino, zela por cada flor, que aqui na Terra, semearmos em seu nome, na Seara do Amor.

Antonio Carlos do Valle
Mensagem recebida pelo médium Luiz Fernando

ORAÇÃO NO LAR

                A transformação do lar em célula viva do Cristianismo operante constitui labor impostergável. Por mais valiosas se façam as conquistas externas na atividade quotidiana, com vistas ao progresso e à felicidade, se tais aquisições não encontrarem fundações de segurança no reduto doméstico far-se-ão edificação em constante perigo.
                Isto, porque, o lar é a matriz geradora da comunidade ditosa, sobre o qual repousam os sustentáculos das nacionalidades progressivas.
                Os distúrbios internos em qualquer máquina de serviço provocam prejuízos na rentabilidade, quando não se dá a paralisação do trabalho com danos imprevisíveis"

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Joanna de Ângelis
Do livro "Leis Morais da Vida" de Divaldo Pereira Franco

DEPOIMENTO DE MÃES SOBRE A EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL

                “Meus Deus! Mil laudas seriam, talvez, pouco, para falar sobre o trabalho de evangelização espírita de crianças e jovens”.
                Crianças e jovens não aceitam meias-verdades. Os mistérios a eles impostos são polêmicos e os confundem, levando-os à descrença ou à indiferença. Hoje, meus filhotes revelam uma compreensão do viver, comovente.
                O que está faltando na maioria dos jovens é a religiosidade. A compreensão do por que nascemos e de aonde viemos traz para eles um conforto imenso; o certo e o errado parecem mais nítidos na compreensão deles.
                Este trabalho deveria ser “disciplina” primordial nas escolas, porque antes da educação institucional está a educação moral, e é através da moralização do ser humano que alcançaremos a felicidade. Em depoimento dado, em festividade, ao microfone, por minha filha de doze anos, pude compreender, ainda mais, quão profundamente está ela integrada nesta verdade. Assim declarou: - “Se eu tivesse que escolher entre os tipos de educação, eu escolheria a moral, pois vejo que é a mais importante. Saberia com ela educar melhor os meus filhos, levando-os ao caminho do bem, como convém a todo ser humano”.
                A criança fica mais sensibilizada com os problemas de seus semelhantes. Sua visão, no trato com os amigos, se torna mais profunda. Sua sensibilidade, mas aguçada no próprio entendimento do seu viver.
Se todos os pais tivessem hoje a compreensão do quanto à criança é necessitada deste entendimento, teríamos, sem dúvida, verdadeiros homens, amanhã.
                Que Jesus abençoe esses maravilhosos evangelizadores.
                A evangelização espírita é essencial à formação do caráter e personalidade de todos.
                Quanto mais cedo for iniciada, seus efeitos serão igualmente mais profundos, permanentes e eficazes.
                Cabem a nós, pais espíritas, cônscios da responsabilidade que nos foi delegada por Deus no encaminhamento de nossos filhos na senda do aperfeiçoamento espiritual, providenciarmos para que não lhes falte à preciosa orientação através da evangelização.
                Esta, contudo, não deve ser imposta. Com carinho, devemos alertar os nossos filhos do significado, do grande valor das aulas de evangelização, explicando-lhes que, através dos princípios do Espiritismo nelas aprendidos, está sendo construído o baluarte no qual eles apoiarão em seus momentos de dor, incerteza e amarguras.
                Tenho tido grandes alegrias: meu filho, aluno da escolinha do Grupo Espírita “Leôncio de Albuquerque”, desde pequeno, vem crescendo denotando um grande carinho pelos animais, plantas, seres necessitados; é amoroso, responsável, sempre pronto a colaborar nas atividades programadas (estas, por sua vez, são essenciais para a aplicação prática dos ensinamentos transmitidos em aula). Sábado passado, sensibilizado com a triste situação dos velhinhos abrigados que visitou com sua turminha, disse-me ao chegar:
                - “Mamãe. Você e papai nunca irão para um asilo!”.
                Obrigada, meu Deus, pela orientação que tive a felicidade de receber de minha infância, de acordo com o Espiritismo. Isto me deu condições de igualmente, poder conduzir meu filho em tão maravilhosos caminhos.
                Que Deus abençoe o trabalho e a vida de tão abnegados evangelizadores, aos quais, entrego o meu filho. .


Evangelização Espírita Infanto-Juvenil -Separata do Reformador

AO AMANHECER

                Dia novo, oportunidade renovada. Cada amanhecer representa divina concessão que não podes nem deves desconsiderar. Mantém, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão; coragem no confronto das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa.
                Cada amanhecer é convite sereno a conquista de valores que parecem inalcançáveis. À medida que o dia avança, aproveita os minutos, sem pressa e nem postergação do dever.
                Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente. Dirige cada ação à sua finalidade específica. Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve a lição com disposição, avançando, passo a passo, até o momento de conclusão dos deveres planejados.
                Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos.
Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecendo pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas.


Joanna de Ângelis
Do livro “Episódios Diários” de Divaldo Pereira Franco.

TAREFA PARA JOVENS DE TODAS AS IDADES

                Jovem não é somente aquele que dispõe de um corpo novo... Juventude é um estado interior que resulta do otimismo e da elevação de quem sabe que o Espírito é eterno... Corpo jovem não indica posição ideal na vida; é compromisso para com a própria elevação.
                Recordo estes ensinamentos de Joanna de Ângelis, e vários outros de diferentes livros psicografados por Divaldo Pereira Franco, o confrade Geraldo Guimarães falava da oportunidade que a juventude representa nos desafiantes dias de hoje.
                Era um das palestras públicas que profere às quintas-feiras. Recordou Geraldo Guimarães, com seu conhecido estilo fluente, que Jesus, certo dia, passava na região de Nazaré. E numa das vilas foi cercado por um grupo de meninos.                 Fato que ocorria com freqüência. Jesus acariciou um por um e os garotos se foram. Um deles, no entanto, permaneceu junto do Mestre.
                Não tens casa, Inácio?
                Admirado com o fato de Jesus saber seu nome, o jovem balbuciou:
                Fui trazido de Antioquia.
                Seguiu-se um breve silêncio. Inácio admirava Jesus e esperava a sua palavra.
                Ficarás com minha mãe... Vamos!
                E assim foi. Mas Inácio sempre que podia procurava Jesus. Ouvia-o com crescente interesse, sem abandonar o lar de Maria Santíssima.
                Há informações que o menino esteve no Gólgota, chorando muito. Depois, juntou-se aos primeiros grupos de cristãos. Alcançara consciência de que, embora jovem ainda, podia colaborar também com a divulgação da Boa Nova.
                Acrescentam os relatos – observou o expositor – que aquele jovem, Inácio de Antioquia, juntando-se a grupo de cristãos que avançava na divulgação do Evangelho, acabou em Roma.
                Falando sempre em Jesus, contando, repetidas vezes, seus encontros com o Mestre e a convivência com Maria Santíssima, passou a viver nas catacumbas. Parecia um adulto, tanta a fé e a coragem que demonstrava.
                Um dia foi preso e levado para o circo. A caminho da arena, onde enfrentaria as feras, Inácio animava os companheiros, orando e cantando, para que todos confiassem em Jesus.
                Quando as feras foram soltas, Inácio também se ajoelhou como todos os outros cristãos. O povo urrava, quase abafando as vozes dos mártires, que oravam e entoavam louvores a Jesus Cristo.
                De olhos fechados, ele esperava pelo ataque de uma fera... Corajoso, confiante... Mas nada sentia. De repente a multidão silenciou. Ele abriu os olhos e viu um quadro tenebroso. Só ele não fora atacado. Na arena, espalhavam-se os corpos dos cristãos, seus irmãos, num banho de sangue... De acordo com a tradição, Inácio foi libertado.
                Por que, Jesus? – Indagava ele.
Quero que prossigas na divulgação e exemplificação da Boa Nova – respondeu-lhe o Mestre.
                E Inácio de Antioquia cresceu e viveu pregando o Evangelho sem parar! Uma tarefa, sem dúvida, para jovens de todas as idades... – Concluiu Geraldo Guimarães.
                “Se o Senhor te chamou, não te esqueças de que já te considera digno de testemunhar”.


Emmanuel.
Mensagem extraída do livro “Caminho, Verdade e Vida" recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

CONVITE À DISCIPLINA

“Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer.”
L(Lucas: 17-10.)

                Os néscios não conseguem entendê-la.
                Os preguiçosos supõem marginalizá-la.
                Os ingratos desconsideram-na.
                Os frívolos transferem-na no tempo e na oportunidade.
                Os atormentados teimam por evitá-la.
                Os vândalos corrompem-na.
                Os pervertidos pensam mudar-lhe a estrutura, confundindo o teor em que se apresenta.
                Mas, incorruptível, a disciplina traça linhas diretivas e vigorosas, trabalhando o diamante bruto do espírito, a fim de expungí-lo de toda jaça e torná-lo de real valor.
                Enxameiam em tudo lugar os homens que a conspurcam, enlouquecidos pela tirania do “eu” ou amesquinhados sob o peso da irresponsabilidade.
                Nos dias modernos, muitas pessoas acreditam que manter disciplina em relação a si mesmas, como ao próximo e à comunidade, - bases são da Humanidade -, é esforço vão, tendo em vista a vitória dos usurpadores, das facções poderosas que se utilizam da força e da astúcia dos donos dos monopólios, como da impiedade..
                No entanto o mentiroso a si mesmo se engana; o tirano a si próprio se prejudica; o avaro constrói o presídio dourado da loucura pessoal; o criminoso jugula-se à hediondez; o explorador condiciona-se à insaciabilidade.
                Ninguém engana, realmente, ninguém.
                É a Lei Divina que somente sofre o que o homem deve. Desde que se apresente em condição de vítima expunge, enquanto o algoz adquire débito para ulterior aflição.
                Face a isso, disciplina-te no exercício dos pequenos labores para fruíres as alegrias que te conduzirão aos eloqüentes deveres que libertam e acalmam.
                Disciplina é impositivo de alevantamento moral fomentador do progresso, base da paz, de que ninguém pode prescindir.
                Se as tuas disciplinas morais por enquanto se apresentam como pesada canga, persevera e insiste nelas até que te chegue o instante liberativo em que se transformarão em prazer de plenitude e gozo de harmonia pessoal decorrente do júbilo de todos pelo que hajas produzido e conseguido.


Joanna de Ângelis
Do livro ‘Convites da Vida” de Divaldo Pereira Franco.

SUICÍDIO

                O suicídio é um ato antinatural. Os interesses sadios, os laços afetivos e o próprio instinto de conservação constituem fatores de valorização da vida, proporcionando ao homem energia para a superação das situações difíceis.
                Decepções amargas, sensações aguda de abandono, fracasso ou inutilidade, doenças atrozes ou mesmo a falta de sentido para existência podem abalar a vontade e o discernimento, levando os que as experimentam a visualizar o fim do que lhes parece um sofrimento suportável na fuga através da morte provocada, com qual esperam a anulação da consciência, o mergulho definitivo no “não ser”.
                As religiões sustentam que a nossa verdadeira natureza é espiritual pelo que a vida não se encerra no túmulo.                 Todas elas condenam o suicídio como gesto infeliz de rebeldia ante a vontade de Deus e informam que o suicida se transfere para uma situação pior do que aquela da qual ele tentou fugir.
                As correntes religiosas não reencarnacionistas classificam o autocídio como falta sem remissão, ficando os que o cometem condenados, eternamente, a padecimentos cruéis, sendo-lhes, em várias delas, interditadas as preces normalmente feitas pelos mortos, supostamente inúteis no seu caso. O razão repele tais afirmativas, incomparável com a idéia de um Criador justo e misericordioso, definido por Jesus como nosso Pai.
                A Doutrina Espírita considera também o suicídio um erro grave, cujas conseqüências, sempre dolorosas, jamais, contudo, são eternas nem idênticas para todos, variando conforme as características pessoais do infrator e as circunstâncias – inclusive as pressões espirituais negativas – que o envolveram, levando-o àquela atitude.
                Foi exatamente essa a situação constatada pelo Codificador à colher os depoimentos de diversos suicidas, fato, aliás, que se repete em nossos dias nas reuniões mediúnicas dedicadas ao socorro de Espíritos sofredores. Vejam-se, por exemplo, as expressões de uma suicida que foi bondosamente acolhida e esclarecida na Sociedade Espírita de Paris: “Que luz de esperança acabais de fazer despontar em minha alma! É como um relâmpago na noite que me cerca. Obrigada, vou orar... adeus". Que diferença de uma condenação inapelável...
                A Doutrina Espírita nos recomenda orar pelos suicidas, auxiliando-os também com nossas vibrações de simpatia e paz, pois que são irmãos nossos que se enganaram dolorosamente, mas que, como nós, permanecem amparados pela bondade divina que os encaminha para a felicidade a que todos estamos destinados.


D. Villela
“O Céu e o Inferno” 2.a Parte, Capítulo 5).
Serviço Espírita de Informações Boletim Semanal, 17/03/2001.

CONVERSAÇÃO

                Terminado o comentário, Veloso explicou que seria interessante uma palestra rápida, a fim de que as idéias do “culto evangélico” fossem colocados em movimento.
                Depois da troca de expressivo olhar com a mãezinha, foi Lina quem tomou a iniciativa, perguntando:
                -Papai, por motivo não temos um retrato de Jesus, diante de nós, em nossas preces?
                E o entendimento estabeleceu-se, afável.
                VELOSO – Filhinha, decerto não somos contra o trabalho artístico que mentaliza o Divino Mestre nas telas e esculturas que encontramos a cada passo, e um lar espírita pode guardar perfeitamente semelhantes recordações, sempre que não atentem contra a dignidade do Senhor e contra o respeito que devemos à obra cristã; contudo, nas atividades de nossa Doutrina, dispensamos apetrechos materiais, a fim de que não olvidemos a presença do Eterno Amigo dentro de nós mesmos.
                CLÁUDIO – E a água, papai?... Por que a água na mesa?
                VELOSO – Meu filho, a água é, reconhecidamente, um dos corpos mais sensíveis à magnetização. Nessa condição, armazena os recursos balsamizantes e curativos que nos são trazidos pelos Emissários Divinos ou por nossos Amigos Espirituais, em visita ao nosso recinto de orações.
                LINA – Se tia Júlia mora conosco, não compreendo as razões por que se afasta de nossas preces.
                D. ZILDA – Júlia tem idéias religiosas diferentes das nossas.
                LINA – E Sílvia?
                VELOSO – Sílvia é hoje uma jovem com vinte anos. Cresceu sem que lhe dedicássemos qualquer cuidado ao problema da fé. Quando pequenina, Zilda e eu, muito inexperientes em matéria de responsabilidade, confiamo-la à guarda moral de Júlia. Não podemos agora lhe reclamar uma atitude para a qual, em verdade, não a preparamos. (E sorrindo) – Segundo é fácil de notar, estamos começando o nosso culto do Evangelho em caso com um atraso de vinte anos...
                CLÁUDIO – Com que fim precisamos estudar o Evangelho?
                D. ZILDA – Para melhorar o coração, meu filho; para aprendermos que todos somos filhos de Deus e que devemos viver no mundo como irmãos uns dos outros.
                MARTA – Para cumprirmos nossos deveres com alegria.
                CLÁUDIO – Quer dizer (e fez um rosto brejeiro) que Lina não deve rusgar tanto com a empregada.
                VELOSO – Meu filho, retifique a expressão. Marta não é nossa empregada, como se fora nossa escrava, e você se referiu a ela em tom de desprezo. É um erro ferir, mesmo sem intenção, aqueles que trabalham conosco, tratando-os como se estivessem em posição inferior. Marta é valiosa cooperadora de nossa casa, quando sua mãezinha é abnegada auxiliar no estabelecimento de ensino a que presta serviço e quanto seu pai é colaborador no escritório de que recebe o pão. Sem que as mãos dela nos preparem a mesa, ser-nos-á difícil o desempenho das nossas obrigações.
                D. ZILDA – Nosso culto do Evangelho é, assim, um meio para nos sentirmos mais compreensivos. Nem Lina precisa agastar-se com Marta nem nós mesmos uns com os outros. A alegria nascerá em nosso lar, do trabalho em conjunto. A cada qual de nós cabe o máximo de esforço para que a bondade e a ordem, o serviço e a gentileza permaneçam aqui com todos, para que a felicidade, brilhando conosco, se irradie de nós para os que nos cercam.


Meimei
Do livro “Evangelho em Casa” de Francisco C. Xavier.

 

DO CÉU PARA A TERRA

                O professor, em curso de mestrado, propôs aos alunos:
                - Se fossem morar numa ilha deserta e pudessem levar apenas um livro, qual escolheriam?
                Respostas variadas, segundo interesses, concepções e predileções individuais:
                - Os Miseráveis, de Victor Hugo.
                - O Emílio, de Rosseau.
                - O Capital, de Marx.
                - A Interpretação dos Sonhos, de Freud
                - A Origem das Espécies, de Darwin.
                - As Flores do Mal, de Baudelaire.
                - Os Diálogos, de Platão.
                - O Príncipe, de Maquiavel.
                - A Teoria da Relatividade, de Einstein.
                O professor sorriu:
                - Não seria mais proveitoso um manual de sobrevivência?
                O mestre foi, acertadamente, pragmático.
                Numa situação dessa natureza importa, sobretudo, a utilidade prática de uma obra literária.
                Os livros escolhidos poderiam atender às suas aspirações literárias, mas eram totalmente inúteis em relação ao essencial:
                Como sobreviver numa ilha deserta?
                Lembrando a singela enquete, pergunto-lhe, prezado leitor.
                Se você estivesse na Vida Espiritual, prestes a reencarnar neste vale de lágrimas, e lhe fosse concedido trazer um livro, no que pensaria?
                Certamente, com a visão objetiva dos Espíritos desencarnados que superaram regiões umbralinas, o purgatório espírita, haveria de optar, igualmente, por um manual que o ajudasse a sobreviver.
                Não me refiro a integridade física. Dela haveriam de cuidar o instinto de defesa da prole, em princípio, nos seus pais, e o instinto de conservação em você, depois.
                Refiro-me a uma sobrevivência, digamos espiritual, a integridade dos projetos que certamente fez, porquanto não há de ter sido por mero diletantismo que mergulhou na carne.
                Até posso adivinhar o que planejou:
                Disciplina das emoções.
                Reforma íntima.
                Exercício da caridade.
                Harmonização com os desafetos.
                Consolidação de laços afetivos.
                Resgate dos débitos cármicos.
                Esse é o material de construção de gloriosa e desejada edificação – O Reino de Deus em nós.
                Com ele realizaremos o projeto maior, elaborado pelo Pai Celeste em favor de seus filhos: nossa plena harmonização com os ritmos do Universo, promovidos a prepostos do Senhor.
                Futuro promissor, suprema ventura.
                Colaborar com o Criador na obra da Criação!
                Assim, não tenho dúvidas de que você escolheria um livro que o ajudasse a superar a amnésia imposta pelo processo reencarnatório.
                Com ele seria possível retornar o conhecimento dos porquês da vida – de onde viemos, por que estamos na Terra, para onde vamos...
                Caminharia com mais segurança, evitando perder-se nos meandros da ilusão, que conduz tanta gente ao fracasso.
Abençoado manual de sobrevivência, roteiro seguro para cumprimento dos sagrados objetivos que o trouxeram à vida física, garantindo-lhe existência feliz e produtiva.
                Saiba, caro leitor, que esse livro maravilhoso está a sua disposição.
                Graças à iniciativa de prepostos de Jesus, nosso governador celeste, e à lucidez de valoroso missionário, o “milagre” aconteceu.
                O livro foi transposto do Céu para a Terra.
                O missionário:
                Allan Kardec.
                O manual:
                O Livro dos Espíritos.
                Não o perca de vista!
                Tenha-o sempre perto!
                Leia, consulte, estude, anote suas lições!
                Gaste suas páginas!
                Abebere-se de seus princípios!
                Cumpra suas orientações!...
                E haverá de sair-se muito bem!
                Terá:
                Na Terra – a seara que planejou no Além!
                No Além – as bênçãos semeadas na Terra!


Richard Simonetti
Revista Literária Candeia
Obs.: Artigo especial em comemoração aos 144 anos de O Livro dos Espíritos (18 de abril de 1857)

QUE É MEDIUNIDADE?

                CAB - Que é mediunidade, no significado real de sua essência?
Mediunidade, na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade de intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e pensamento.
                MN - A mediunidade está situada como uma das funções mais primitivas, no homem. Qual a razão do seu recrudescimento mais amplo nos tempos atuais?
                De modo geral, até agora, as criaturas humanas se fixaram nos processo de vivência com egoísmo por base, arredando-se das cogitações comuns às questões da sensibilidade quanto afetada pelos sofrimentos e necessidades dos outros. Isto estabeleceu, a nosso ver, um antagonismo natural entre a mente humana vulgar e as possibilidades do contato com a vida fora da matéria mais densa. Com a evolução das ciências psicológicas e com a liberação de certos preconceitos religiosos, a criatura reencarnada desfruta, hoje, de mais facilidade para registrar as suas próprias impressões no campo medianímico e as pesquisas e consultas, foram do ambiente espírita propriamente considerado, se avolumam atualmente, em toda parte.
                Daí, talvez, o interesse generalizado da própria Ciência, na atualidade, criando centros de estudos dedicados à parapsicologia, que, na essência, é o estudo dos próprios valores mediúnicos da pessoa humana, desvinculado das responsabilidades de natureza religiosa.
                FW – Dons mediúnicos pronunciados, como por exemplo, o da vidência espiritual, que tantas pessoas anseiam e se esforçam por possuir, sob certas circunstâncias de ordem material, não significariam uma desvantagem ou, pelo menos, um transcendente compromisso para essas pessoas?
                Dons mediúnicos não representam desvantagens, mas envolvem os compromissos e as responsabilidades que lhes são conseqüentes. Os candidatos ao trabalho mediúnico, junto das criaturas humanas, precisam refletir com segurança e discernimento, antes de abraçá-lo, conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais da vida.

Marlene R.S. Nobre.
Do livro “Lições de Sabedoria”. Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita. Respostas de Chico Xavier.

VOCÊ ESTÁ ACAMADO?

                Todos reconhecem o desconforto da prisão ao leito, no entanto, a irritação piora qualquer doença.
                - A dor sufoca-lhes a esperança?
                Consolo da prece é medicamento para todos os males.
                A confiança na cura foge-lhe o coração?
                Nem médicos ou familiares podem garantir -lhe a melhora que nasce, espontânea, do intimo de você mesmo.
                A revolta envenena-lhe a alma?
                A terra só é vale de lágrimas para os olhos do pessimismo.
                A morte ronda-lhes o pensamento?
                Passagem para a Espiritualidade, caminho para todos. '
                O destino dos filhos ensombra -lhe as horas?
                A herança mais valiosa é o exemplo do amor à Providência Divina, através das obrigações cumpridas. ,
                Saudades aflitivas laceram-lhe a memória?
                A mente é a nossa primeira farmácia.
                Sente remorsos, à vista de antigos passos?
                Homem nenhum na terra pode gabar-se de santo.
                Seus lábios já não mais sabem sorrir?
                Recorde que os enfermos otimistas e alegres amparam caridosamente quem o visita, estimulando-lhes a coragem.
                Guarde a certeza de que se a luz do Evangelho é força no coração e brilho na consciência, a saúde está perto e todos os prognósticos são favoráveis ante o Grande futuro.


André Luiz
Mensagem recebida pelo médium Francisco C. Xavier.

CULTO DO EVANGELHO NO LAR

                "Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa”.
                (.) Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu.
                (.) Jesus no Lar é vida para o Lar. ““.
                (Messe de Amor, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco).

                A excelência da prática do Culto do Evangelho no Lar é sentida desde os primeiros momentos em que é inaugurada.
                A reflexão da família em tomo dos ensinos do Mestre, as ponderações e comentários, sob o ponto de vista de cada dia, são elementos altamente terapêuticos favorecendo a psicosfera do lar.
                A oração em conjunto amplia os horizontes mentais e eleva as almas na direção do Bem. O crime criado nos instantes do Culto do Evangelho favorece o entendimento e a fraternidade, pois cada um se coloca mais perto de outro em posição mental receptiva ao amparo dos Benfeitores invisíveis.
                Nestes instantes de serena beleza, em que o círculo doméstico se volta para Jesus, os Mensageiros do Bem se acercam do lar e os familiares já desencarnados, e que se preocupam em velar pelos que ficaram na crosta terrestre, se aproximam e espargem sobre todos os eflúvios de paz, de harmonia, e as energias que fluem do Mais Alto retemperam as forças dando o bom ânimo imprescindível ao prosseguimento das lutas cotidianas.
                O Culto do Evangelho contribui para ajudar-nos a vivenciar os ensinamentos com que o Espiritismo nos felicita a alma. Muitos atritos, muitas rixas familiares poderão ser evitadas com esta prática tão benéfica.
                Os familiares do obsidiado (que aceitem a terapêutica espírita) devem ser orientados, tanto quanto ele mesmo - se tiver condições - para adoção desta medida.
                Existem muitos Centros e Grupos espíritas que se dedicam à implantação do Culto do Evangelho no Lar. Este é um trabalho bastante proveitoso e que muito contribui para a pacificação das famílias.

Suely Caldas Schubert Do livro "Obsessão e Desobsessão - Profilaxia e Terapêutica Espíritas”.

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ANO III - Nº36– Campo Grande – MS – Janeiro de 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.