"Luzes do Amanhecer"

ANO IV - Nº41– Campo Grande/MS – Junho de 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


              "Querer é poder" não quer dizer estas palavras positivistas, que consiga de pronto tudo o que deseja, mas é necessário às vezes um longo percurso de quedas e dificuldades para se chegar ao objetivo. Áulus.

               


SERVIR É UM ATO DE AMOR

                É sempre razoável que perceba quando não está produzindo nada, ou não está sendo útil, procure de repente mudar de atitude.
                É isso que precisamente pouca gente faz. A maioria quer mesmo ver a vida passar, com o mínimo de esforço. Mas a vida também cobra o seu preço. Ninguém pode ignorar que o tempo que se perde hoje pode faltar amanhã. Isso é uma questão de lógica.
                Quanta coisa pode ser mudada quando se dispõe de boa vontade ao trabalho libertador, ficando ciente que este nunca foi castigo, mas promoção interior. Esse pensamento precisa ser cultivado por muita gente. Não é demais lembrar que a vida exige uma constante atenção, porque qualquer desvio da rota perde-se tempo e oportunidade.
                Ninguém pode ser contemplado com vantagem quando fica distraído à beira do caminho. É preciso agir no bem sempre. Qualquer que seja a condição do trabalhador exige uma decisão firme, porque isto só dará segurança. É preciso sedimentar no coração essa necessidade.
                Quanto mais lute por dias melhores, mais respaldo encontrará diante da vida superior. Os trabalhadores ainda são tão poucos. Por isso ainda hoje seja mais um a matricular-se nesta escola bendita do aperfeiçoamento moral e que somente uma decisão firme e clara será capaz de sedimentar no coração de quem sofre - o amor. Seja o portador dessa mensagem maior.
                Muitas alegam cansaço ou falta de tempo para se dedicar à tarefa do bem, não percebem, aliás, que será a melhor maneira de valorizar os seus dias neste plano.
                É incrível como as pessoas procuram ficar distante do trabalho. Não sabe o quanto significa para elas essa terapia tão importante.
                Mas é preciso esse esforço extra para superar essas deficiências. Quando se acomoda em determinada situação e não se vê a urgência do trabalho que está a sua frente, certamente que não compreendeu a importância de ser útil.
                O tempo sempre será o senhor da razão, para chamar a atenção àqueles filhos retardatários que se empenham em manter-se longe da responsabilidade, complicando assim a sua própria caminhada.
                Seus dias serão breves e de repente ver-se-á diante da morte, quando se perguntará, mas afinal o que fiz da vida?                 E terrível será quando perceber que nada tem a contabilizar em seu favor, naquele momento crucial da existência, e de outro lado, perceberá também que não trabalhando na seara bendita de amor e caridade, nada terá que receber, além de que será cobrado naquilo que houver negligenciado. Lembre-se que a própria consciência se encarregará de cobrar a dívida, disso não tenha dúvida.
                Qualquer situação que se apresente, não descure da sua responsabilidade.
                Quando dúvida houver, lembre-se que tudo precisa ser equacionado, além do que não se pode brincar de viver, porque é algo muito sério, porém que muitas pessoas não percebem.
                Imaginam que o seu fardo é pesado demais para carregar, no entanto é bom compreender que está dimensionado para atender as suas necessidades mais urgentes, porém se não trabalhar, talvez o pior esteja por vir. Assim poderão sentir o peso do compromisso que assumiram.
                Mas qualquer que seja a situação é imperioso que lute.
                Se porventura as dificuldades forem enormes, lute por torná-las mais fáceis, e se pelo contrário está vencendo com facilidades e ainda goza de uma relativa tranqüilidade, trabalhe para que repente para possa ter forças para superar as tempestades que virão.
                Desejar o bem sempre traz um bem enorme ao coração, porque precisa sentir a necessidade de mudar certos fundamentos da vida para melhor. Ninguém em sã consciência pode prescindir do trabalho de amar ao próximo. Onde houver essa decisão bem equilibrada, logo pode estabelecer um clima de paz e segurança.
                A vida contempla com generosidade aquele que trabalha pelo bem do próximo, porque este a ajuda ser ajudado, aliás, abre a porta para receber os próprios benefícios que aos outros proporcionam. Ao contrário aquele que se fecha dentro de si, não dá acesso à felicidade que espera.
                Assim se deseja realmente ser feliz, abra a porta do seu coração à vida e deixe que o vento da renovação penetre fundo nele, alimente-o a cada dia com mais amor. Mas não seja avaro do bem, mas prodigalize a mão cheia, porque desse bem que espalhar receberá a própria energia que necessita para viver, perceberá, por fim que dessa mesma fonte que alimenta é dela que se nutre.
                Ainda hoje mude a maneira de pensar com base nessa nova e velha filosofia de vida, “se deseja ser amado, comece por amar primeiro”. Saiba que a vida abre suas portas ao bem que deseja realizar, não perca essa oportunidade bendita do seu caminho.
                Qualquer que seja a sua condição, não se lamente e siga em frente, cheio de esperança e fé que a vida já direcionou acessos aos seus tesouros, não os percam mais de vista. O bem precisa ser promovido, sempre.

Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

OS CAMINHOS DE DEUS

                O esforço de cada criatura que trabalha no campo da caridade é compensado pela oportunidade do trabalho.
                Muitos são os chamados poucos são os escolhidos.
                É preciso ter disciplina, disciplina, disciplina,
                Trabalho, trabalho, trabalho;
                Amor, amor, amor.
                Em cada momento de luta, é preciso entender os caminhos que percorremos para justificar os meios, na ordem do progresso, recebendo de cada companheiro que se apresenta no caminho, uma lição proveitosa, onde naturalmente, aprendemos que dando que se recebe, e é trabalhando nas causas do bem, é que nos tornamos fortes e brilhantes tal como as estrelas que brilham no céu, para exemplificar que é preciso vencer as trevas da noite, modificando a nossa própria consciência, para que no amanhã possamos compreender que é preciso lutar sempre, construindo novos caminhos que vençam os obstáculos que tentam nos desestimular na realização desse bem maior.
                Somos os faróis no oceano das próprias lágrimas, tentando modificar, com a presença de Deus, os campos de provas que testam a nossa paciência, na hora fatídica, onde encontramos em nós mesmos, transformando o nosso coração numa precisa ferramenta para produzir o amor.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 25/08/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

 

                Minha querida mãezinha Devanir.

                Jesus abençoe nosso lar permitindo que estejamos sempre dispostos a crer que há sempre um recomeço em nossas vidas.
                A nossa querida Eulália segura na minha mão para que eu possa segurar o lápis e dessa forma deixar o meu coração bem próximo ao seu para pedir mil perdões, mil vezes perdão, recordando que o impossível sempre acontece quando estamos desprotegidos e na ansiedade mental nos destruímos por completo, idealizando quase sempre uma fuga para deixar claro o caminho escuro que percorremos.
                Não sei por quanto tempo estive estirado num leito de hospital, mas garanto que hoje estou melhor e minha ansiedade já não permite mais o suicídio, lembrando que o tempo é um remédio eficaz para o desdobramento dos nervos aniquilados por um ato impensado, quase sempre multiplicado pela inoperância de nossos sentidos que teimam em lutar no sentido contrário das coisas de Deus.
                Peço perdão mãezinha querida e posso até dizer que aprendi muito com nosso querido João, que hoje é um companheiro inseparável de minhas horas de arrependimento que, lentamente vai transformando o meu coração em uma porta aberta para o reconhecimento das coisas erradas que eu cometi na minha adolescência, que hoje me faz lembrar o quanto magoei o teu coração, que sofreu as penas do sofrimento maior, principalmente nas indagações de nossos familiares.
                Beijo você mãezinha e penso que sempre estarei bem dentro do seu coração, par reparar o mal que eu fiz, e que hoje me ensina ser outra criatura. Abraço a todos os nossos e prometo voltar para dizer mais um alô, cm a permissão de Deus.
                Beijos com amor do filho

Maquel Primo Lescano
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública do dia 26/03/2009, no Grupo Espírita da Prece, Campo Grande/MS.

 

2ª. Mensagem

Minha querida mãezinha Devanir.

                Estou aqui novamente para pedir as bênçãos de Deus em nosso apoio.
                A vovó garante a mina fala através da escrita e aproveito par abraçar carinhosamente o querido Maicom, com esperança de tê-lo presente nas lições de casa, juntamente com o querido Márcio, alterando o rumo dos acontecimentos para ver a mãezinha feliz.
                Como gostaria de estar novamente em casa e segurar as mãos dos irmãos tão queridos, confortando cada um nas horas difíceis, e ilustrando o amor de Deus nas conseqüências dos atos que assumimos enquanto lutamos pela sobrevivência.                 Meus irmãos, somos responsáveis por cada parcela de nossos problemas pessoais e eu com a minha sabedoria negativa atirei-me ao desespero e deu no que deu, com grande sofrimento para todos os nossos.
                O nosso querido João Primo está comigo e pede a Deus que agüente a barra de cada um de vocês, com esperança de estudo e garra para a luta, encabeçada pelo ideal de ser conquistar a vitória mesmo que esta se apresente difícil e inconseqüente nas nossas áreas de atuação.
                Eu fui para o caminho da morte e me emancipei no arrependimento, que hoje trago no coração para pedir perdão a vocês todos, lembrando que há tempo para a transformação, se no momento da íntima valorização acreditamos na vida futura que Jesus nos ofereceu e que para mim transformou-se em realidade.
                Maicom, acorde...
                Há sol em abundância e brilha para todos e as oportunidades de renovação parecem que vem e vão levando o que mos de melhor para garantir dias felizes.
                Estou melhorando e peço a vocês me acolherem nos braços, lembrando que o velho guri Maquel continua presente em casa e pedindo para todos as bênçãos do amor de Deus.

                Mamãe eu te amo tanto!!!


Maquel Primo Lescano
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública do dia 26/04/2009, no Grupo Espírita da Prece, Campo Grande/MS.

                Informações adicionais:
                Causa mortis: Suicídio.
                João Primo – Avô; Eulália – Avó; Maicom – Irmão e Márcio – Irmão.

DÚVIDAS

                * Se o passista não está bem joga coisa ruim sobre quem recebe o passe?
                * Explicando que nossos males e dificuldades representam o pagamento de dívidas, o princípio da reencarnação não faz a gente desistir de lutar para melhorar de vida?
                * Se a Doutrina Espírita é do século passado, como podem os espíritas dizer que os discípulos de Jesus aceitavam a reencarnação?
                * Encontrarei meus familiares quando morrer?
                * Japonês pode reencarnar como negro africano?
                *Há um horário certo para nos comunicamos com nosso anjo de guarda?
                * Que oração devo usar para fazer as pazes com o meu namorado?
                * Por que os espíritas evocam os Espíritos, contrariando a proibição de Moisés?
                * Como podemos encontrar nossa alma gêmea?
                * O demônio se manifesta no Centro Espírita?
                * As pessoas más reencarnam como animais?
                Selecionei estas perguntas dentre centenas, formuladas pelo público, no Centro Espírita, em reuniões onde se oferece essa possibilidade.
                Diga-se de passagem, que esse pinga-fogo é muito oportuno. Desde que tenhamos alguém em condições de responder, os resultados são excelentes. Há maior interesse e as pessoas podem desfazer suas dúvidas. É mais produtivo que as palestras, onde nem sempre o expositor aborda o que realmente interessa aos ouvintes.
                Mas o que ressalta na amostragem apresentada é pouca familiaridade com a Doutrina Espírita por parte daqueles que comparecem às reuniões públicas.
                Trata-se de algo perfeitamente compreensível.
                A grande maioria é composta de adeptos de outras religiões que procuram cura para seus males e solução para seus problemas, encaminhados por amigo ou familiar.
                Comportam-se exatamente como quem vai a um hospital. Estão ali para tratamento, sem intenção de estabelecer vínculos.
                Alguns acabam por interessar-se, tornam-se assíduos, estudam a Doutrina e se integram no Centro.
                Muitos seguem seu caminho atendendo a dois fatores:
                Sararam.
                Afastam-se porque não precisam mais de tratamentos.
                Não sararam.
                Afastam-se porque desejam encontrar um Centro “mais forte” ou algo semelhante.
                Seguem também porque não foram suficientemente motivados. Não lhes passaram uma mensagem atraente, esclarecedora, com conteúdo capaz de despertar e sustentar o desejo de aprender.
                Há carência de expositores espíritas eficientes, mesmo porque não temos especialistas que vivam desse trabalho.
                O expositor espírita é aquele cidadão de boa vontade que faz malabarismos para participar do Centro e ao mesmo tempo atender seus compromissos familiares e profissionais.
                E há um problema adicional, que envolve companheiros mais bem dotados intelectualmente, com uma atividade profissional que lhes exigiu o desenvolvimento de valores culturais. Não raro encasquetam de estudar nas reuniões públicas livros da Codificação ou complementares que devem ser reservados a grupos de estudo metodizado.
                Há expositores que abordam as novidades no setor literário sobre esoterismo, psicologia, terapias alternativas, auto-ajuda, anjo, etc. É tudo muito interessante, mas não tem nada a ver com uma reunião pública de Espiritismo, onde as pessoas devem receber noções elementares da Doutrina.
                Nelas, freqüentadas por neófitos, gente que está chegando, que não sabe nada de Espiritismo, o ideal seria comentar “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
                Ninguém aprende a ler sem conhecer o elementar – as letras do alfabeto.
                “O Livro dos Espíritos” é o bê-á-bá do Espiritismo. Eu não diria a primeira leitura, porque poucas pessoas têm familiaridade com os livros. Quem não está habituado a compulsá-lo terá dificuldades. Mas, da mesma forma que a professora não entrega o manual de alfabetização à criança iletrada a ler, mas trata de usá-lo para ensinar seus pupilos, o expositor tem nessa síntese filosófica da Doutrina todo um precioso roteiro para seus comentários.
                Isso não implica, obviamente, não recomendar a leitura de “O Livro dos Espíritos” ou outra obra básica aos iniciantes. Mas é preciso cuidado. Segundo pesquisas, apenas 10% da população brasileira lê um livro anualmente. Quem pouco lê terá dificuldade com os livros de Kardec. Não são compêndios impenetráveis aos não iniciados, mas foram escritos no século passado, em linguagem que dificilmente motivará quem não está habituado a excursionar pelo mundo encantado dos livros.
                Preferível oferecer, num primeiro momento, obras mais simples, que envolvam histórias, romances, mensagens, que facilitam a atenção. A literatura fabulosa de Chico Xavier é pródiga em livros dessa natureza.
                Quando a “O Evangelho segundo o Espiritismo”, é aquela indispensável base moral, o remédio de que mais carecem as pessoas, já que seus males são decorrentes do comportamento irregular, distanciado das normas do bem viver explicitadas em suas páginas.
                Muitos vêem nessa obra básica uma espécie de amuleto que deve estar sempre à mão nos momentos difíceis, para leituras mágicas capazes de atrair a proteção divina e resolver os problemas. As pessoas não entenderam ainda que sua magia está no roteiro que nos oferece, consagrando a moral de Jesus como o mais legítimo recurso de renovação e de solução de nossos problemas.
                O comentário das lições de Jesus, à luz de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em reuniões públicas, produz palestras consoladoras e atraentes, que motivam o ouvinte e o ajudam a superar suas dúvidas.
                Um recado final para os companheiros que fazem uso da palavra nas reuniões públicas.
As pessoas que comparecem em busca de cura para seus males não têm “cabeça” para fixar a atenção por muito tempo, em face de seus problemas e perturbações.
                As palestras, por isso, enfocando “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho segundo o Espiritismo”, devem ser breves, no máximo 25 minutos, num somatório de 50 para toda reunião, enxertando-se histórias e fatos do dia-a-dia, que prendem a atenção e permitem ao ouvinte entender os conceitos doutrinários e aplicá-los à própria vida.
                Se desenvolvermos nosso trabalho com a eficiência de quem se prepara convenientemente, então nossos ouvintes, que num primeiro momento procuraram um hospital no Centro Espírita, descobrirão, encantados, que ele é uma abençoada escola de espiritualidade.

Richard Simonetti
Da Revista “Reformador” de setembro/1997.

DIANTE DE TI

                Promova a higienização dos pensamentos que formulas no ambiente íntimo.
                Empreenda ação de despejo à mágoa, ao rancor, à vingança, dos arredores do coração.
                Exemplifique no anonimato da ação, o auxílio que ofereces ao irmão.
                Eduque os comentários, canalizando os na construção do bem-estar.
                Reprima a ostentação da posição privilegiada que desfrutas, não alimentando a vaidade, que espreita os teus menores passos.
                Disciplina a emotividade quando a solução requerer a luz da razão.
                Inflija perdas ao culto do personalismo, participando-lhe a sua substituição próxima para a vivência coletiva.
                Distribua os recursos incontáveis e imperecíveis do tesouro do conhecimento, em benefício do progresso e elevação.
                Encontremos na vida, na medida justa, as condições para que aprendamos a sermos felizes, se compreendermos de que para se conquistar a chave da porta estreita, necessitamos de servir, experimentar, vivenciar e se dar sem limites, nos caminhos solicitados, caindo aqui, levantando ali, amando adiante o próximo em qualquer situação, construindo, tijolo a tijolo, o altar que reverencia a paz de consciência.
                Adentremos no campo íntimo do próprio aperfeiçoamento, renovando nas bênçãos do trabalho que enobrece, retifica, engrandece e eleva, a esperança a que Deus nos confiou.
                Aceitemos as limitações do próximo na estrada do perdão, aprendamos a sinalizar, com a disposição e confiança em Jesus, a superarmos as nossas próprias dificuldades, arrimando-nos na luz do Evangelho vivenciado, amparando a dor e a infelicidade, que por ora imaginamos ser alheio ao nosso coração.

André Luiz
Página psicografada pelo médium Luiz Fernando, em reunião no Centro Espírita "Vale da Esperança" em 01/09/1994.

 

OS FRUTOS DA EDUCAÇÃO

                Na carta enviada aos gálatas, Paulo assevera: “Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos.” (Gálatas, 6:9.)
                A lição aplica-se perfeitamente à educação dos filhos. Educação na visão espírita, que proporciona o aperfeiçoamento espiritual e moral do Espírito. Mesmo que os pais empreguem todo o esforço para dar uma boa educação aos filhos, nem sempre vêem os frutos do seu trabalho. Em alguns filhos, os resultados são imediatos; noutros, tardam muito aparecer. Há ainda os que parecem nada assimilar, deixando os pais com a sensação de fracasso total no trabalho de educá-los.
                Não detectando resultados satisfatórios, muitos pais desistem de continuar insistindo na educação dos filhos, convictos de que iriam fazer esforço em vão e perder o seu precioso tempo.
                Educar é fazer o bem. E as palavras de Paulo aplicam-se aos pais e educadores. Não devem deixar-se envolver pelo desânimo. Não podem cansar-se. O que Deus espera deles é o trabalho de educar, de semear a boa semente. A colheita pode ficar para mais tarde.
                A colheita vem a seu tempo. Pode ser na juventude, na idade madura, ou na vida espiritual. Depende da receptividade do educando. Nos Espíritos mais maduros, os resultados aparecem cedo; nos imaturos, vêm mais tarde. Mas os frutos sempre surgem. O bem nunca é infrutífero.
                É importante ressaltar que o papel dos pais é o de educar. Deus não exige deles a colheita. Devem sentir-se realizados por desempenhar bem a sua missão, porquanto têm a consciência tranqüila.
                Os pais que só se sentem realizados quando colhem os frutos da educação dos filhos correm o risco de ficarem frustrados.
                Há um outro aspecto muito importante a ser considerado. É o benefício para os próprios pais. Eles ganham quando se preparam para educar, assim como quando promovem a educação dos filhos, porque se educam e aprimoram a sua própria educação.
                O ideal, pois, é não se cansar de fazer o bem, de educar. É perseverar com dedicação e bom ânimo.

Umberto Ferreira
Revista “O Reformador” do mês de setembro/98

 

 

NECESSITADOS DE CORAGEM

                Ainda que a vida te pareça
                Um caminho perdido na rota,
                Não te entregues à derrota,
                Nem te digas sem amor;
                Na luta de cada dia,
                Toda sombra de sofrimento
                É lição de entendimento,
                Que o céu pede transpor!

                Necessitados de coragem,
                Irmãos abandonam a estrada,
                Quase sempre atribulada
                Pela falta de amor;
                Onde estiveres, entre as criaturas,
                Ampara com fraternidade,
                Pois tida enfermidade
                É auxílio libertador!

                Não te digas impossibilitado,
                Cumpre o dever que te cabe,
                Mesmo que a tua paz acabe,
                Não te afastes do bem;
                Por mais difícil te pareças,
                Mantenha a fé contigo,
                Recordando o apoio amigo,
                Dos companheiros do além!

                Em qualquer situação,
                Vence a fúria do vento,
                Elevando-te em firmamento,
                Até que possas compreender;
                Não há crise que não passe,
                Onde existe a firmeza,
                Até o céu tem mais beleza,
                Para a luz se acender!

Maria Dolores
Mensagem psicografada pelo médium João de Deus, Sociedade Espírita “ A Caminho da Luz”

FIRMEZA E CONSTÂNCIA

                “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é em vão.” – Paulo (I Coríntios, 15.58.)

                Muita gente acredita que abraçar a fé será confiar-se ao êxtase improdutivo. A pretexto de garantir a iluminação da alma, muitos corações fogem à luta, trancando-se entre as quatro paredes do santuário doméstico, entre vigílias de adoração e pensamentos profundos acerca dos mistérios divinos, esquecendo-se de que todo o conjunto da vida é Criação Universal de Deus.
                Fé representa visão.
                Visão é conhecimento e capacidade auxiliar.
                Quem penetrou a “terra espiritual da verdade”, encontrou o trabalho por graça maior.
                O Senhor e os discípulos não viveram apenas na contemplação.
                Oravam, sim, porque ninguém pode sustentar-se sem o banho interior de silêncio, restaurando as próprias forças nas correntes superiores de energia sublime que fluem dos Mananciais Celestes.
                A prece e a reflexão constituem o lubrificante sutil em nossa máquina de experiências cotidianas.
                Importa reconhecer, porém, que o Mestre e os aprendizes lutaram, serviram e sofreram na lavoura ativa do bem e que o Evangelho estabelece incessante trabalhos para quantos lhe esposam os princípios salvadores.
                Aceitar o Cristianismo é renovar-se para as Alturas e só o clima do serviço consegue reestruturar o espírito e santificar-lhe o destino.
                Paulo de Tarso, invariavelmente peremptório nas advertências e avisos, escrevendo aos Coríntios, encareceu a necessidade de nossa firmeza e constância nas tarefas de elevação, para que sejamos abundantes em ações nobres com o Senhor.
                Agir ajudando, criar alegria, concórdia e esperanças, abrir novos horizontes ao conhecimento superior e melhorar a vida, onde estivermos, é o apostolado de quantos se devotaram à Boa Nova.
                Procuremos as águas vivas da prece para lenir o coração, mas não nos esqueçamos de acionar os nossos sentimentos, raciocínios e braços, no progresso e aperfeiçoamento de nós mesmos, de todos e de tudo, compreendendo que Jesus reclama obreiros diligentes para a edificação de seu Reino em toda a Terra.

Emmanuel
Do livro “Amanhece” de Francisco C. Xavier

PACIÊNCIA E CAMINHO

                Evitemos choques destrutivos e doemos o melhor de nós aos programas de ação que nos propomos a realizar, exercitando entendimento e tolerância conscientes de que para coibir quaisquer calamidades, no terreno do espírito, a paciência é a preservativo ideal. Não te detenhas, a lamentar problemas e crises. Se te engajaste na causa do bem, guarda-te em serviço constante e, usando paciência e amor e, certamente vencerás.

Emmanuel
Do livro “Amanhece” de Francisco C. Xavier

NA PROPAGANDA

                Escudar-se na humildade constante, ao desenvolver qualquer atividade de propaganda doutrinária, evitando alarde, sensacionalismo, demonstrações publicitárias pretensiosas ou métodos de ação suscetíveis de perturbar a tranqüilidade pública.
                Sem orientação segura, não há propaganda produtiva.
                Com critério e temperança, estender a propaganda libertadora dos postulados espíritas até ao recesso das penitenciárias e das colônias de isolamento sanitário, sem depreciar crenças ou sentimentos.
                Os mais doentes requerem maior ajuda.
Incentivar o intercâmbio fraterno entre as pessoas e as organizações doutrinárias, através de cartas e publicações, livros e mensagens, visitas e certames especializados, buscando a unificação das tarefas e o esclarecimento comum.
                A permuta de experiências equilibra o progresso geral.
                Pelo rádio ou pela imprensa leiga, não se estender demasiadamente, a fim de não afastar o aprendiz incipiente.
                A Doutrina deve ser ministrada em pequenas porções.
                Para não se desviar das finalidades espíritas, selecionar, com ponderação e bom senso, os meios usados na propaganda, mormente aqueles que se relacionem com atividades comerciais ou mundanas.
                Tornou-se inútil a elevação dos objetivos, sempre que haja rebaixamento moral dos meios.
                Usar com prudência ou substituir toda expressão verbal que indique costumes, práticas, idéias políticas, sociais ou religiosas, contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, preferindo-se, em qualquer circunstância, o uso da terminologia doutrinária pura.
                Uma palavra inadequada pode macular a bandeira mais nobre.
                Arredar de si qualquer ansiedade, no tocante à modificação rápida do ponto de vista dos companheiros.
                A fé significa um prêmio da experiência.
                Conquanto precisemos batalhar incansavelmente no esclarecimento geral, usando processos justos e honestos, não esquecer que a propaganda principal é sempre aquela desenvolvida pelos próprios atos da criatura, através da exemplificação eloqüente de nossa reforma íntima, nos padrões do Evangelho.
                A Doutrina Espírita prescinde do proselitismo de ocasião.
                “É necessário que Ele cresça e que eu diminua. João Batista ( João, 3:30.)

André Luiz
Do livro “Conduta Espírita” de Waldo Vieira

 

NA VIA PÚBLICA

                A rua é um departamento importante da escola do mundo, onde cada criatura pode ensinar e aprender.
                Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa da saudação, usando cordialidade e carinho sem excesso.
                Caminhe em seu passo natural ou dentro da movimentação que se faça precisa, como deve igualmente viver: sem atropelar os outros.
                Se você está num coletivo, acomode-se de maneira a não incomodar os vizinhos.
                Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa, atenda às leis do trânsito e aos princípios do respeito ao próximo, imunizando-se contra males terríveis que lhe amargurarem por longo tempo.
                Recebendo as saudações de alguém, responda com espontaneidade e cortesia.
                Não detenha companheiros na via pública, absorvendo-lhes tempo e atenção com assuntos adiáveis para momento oportuno.
                Em meio às maiores exigências de serviço, é possível falar com serenidade e compreensão, ainda mesmo por um simples minuto.
                Rogando um favor, faça isso de modo digno, evitando assovios, brincadeiras de mau gosto ou frases desrespeitosas, na certeza de que os outros estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos para nós.
                Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente, mas se alguém desenvolve o assunto indesejável é possível escutar com tolerância e bondade, sem ferir o interlocutor.
                Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de compartilhar perturbações ou conflitos de rua.
                Perante alguém que surja enfermo ou acidentado, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar difícil desse alguém e providenciemos o socorro possível.


André Luiz
Do livro “Sinal Verde” de Francisco C. Xavier.

DESIDERATA III

                Tranquilo pensando na paz que você pode encontrar no silêncio, procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão da própria dignidade.
                Fale a sua verdade, fale mansamente. Escute a verdade do outro, pois ele também tem a sua própria história.
                Evite as pessoas agitadas e agressivas, elas afligem o nosso espírito. Não se compare as demais olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você, isso a tornaria superficial e amarga.
                Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar, conserve o interesse pelo trabalho por mais humildade que seja, ele é o verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
                Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas, mas não fique cego para o bem que sempre existe. Há muita gente lutando por nobres causas, em toda parte a vida está cheia de heroísmo. Seja você também, sobretudo não simule a afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois nomeio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
                Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude, cultive a força do espírito, você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
                Não se desespere com perigos imaginários, muitos temores tem sua origem no cansaço e na solidão, ao lado de uma sadia disciplina conserve para consigo mesmo uma imensa vontade.
                Você é filho do Universo, irmãos das estrelas e das árvores, você merece estar aqui, e mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
                Procure, pois estar em paz com Deus seja qual for no nome que você lhe der no meio dos seus trabalho e aspirações na fatigante jornada da vida, conserve no mais profundo do ser a harmonia e a paz.
                Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito, caminhe com cuidado e partilhe com os outros a sua felicidade.

 

ABRA AS ASAS...

                Nada lhe posso dar que não exista em você mesmo.
                Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar, a não se a oportunidade, o impulso, a chave.
                Eu ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.


Herman Hesse.

                Quando os gansos selvagens voam em formação de “V” eles o fazem a uma velocidade 70% maior do que se estivessem voando sozinhos.
                Eles partilham a liderança, quando o ganso que estiver no ápice do V se cansar, ele passa para trás da formação e outros se adiantam para assumir a liderança.
                Os gansos acompanham os fracos. Quando um deles, por doença ou por fraqueza, sai da formação, outro no mínimo, se junta a ele, para ajudá-lo e protegê-lo.
                Sendo parte de uma equipe, nós também podemos produzir muito mais e mais rapidamente. Palavras de encorajamento e apoio (quando os gansos grasnam lá de trás) inspiram e energizam aqueles que estão na linha de frente, ajudando-os a se manter no comando, mesmo com as pressões e cansaço do dia-a-dia.
                E, finalmente, mostrar compaixão e carinho afetivo por nossos semelhantes – membros da equipe mais importante: A Humanidade.
                Da próxima vez, ao ver uma formação de gansos voando, lembre-se que é uma recompensa, um desafio, e u m privilégio fazer parte de uma equipe.

COMO É UMA EQUIPE?

                O acontece com as pessoas que trabalham juntas, para serem uma verdadeira equipe?

                • Elas se comunicam bem.

                • Elas lideram e são lideradas na hora certa.
                - Sem medo,
                - Sem constrangimento,
                - Sem preocupações.

                • Elas são motivadas, acreditam no que fazem;
                • Elas tomam decisões, as decisões próprias de cada uma, na hora certa;
                • Elas são criativas, procuram e encontram soluções novas para os problemas, quando precisam;
                • Elas são atualizadas, estão bem informadas, e usam essas informações quando precisam
                • Transmitem informações u mas às outras, na equipe.

NUMA EQUIPE

                • Cada pessoa tem papel bem definido e sabe o que tem que fazer.
                • As pessoas têm objetivos comuns e bem claros.
                • Os procedimentos são tratados – não são ignorados, nem escondidos, mas não deixam também, que acabem com a equipe.

                ESPIRITISMO E VOCÊ

                Cap. XVII – Item 4.

                Recentemente você teve os primeiros contatos com a Doutrina Espírita e agora e se deslumbra com as novas perspectivas espirituais da existência.
                Ideais redentores.
                Relações pessoais esquecidas.
                Convenções edificantes.
                Leitura nobre.
                Promissores ensejos de servir à fraternidade.
                Recorde, no entanto, os imperativos da disciplina, em todos os empreendimentos, para que a afoiteza não lhe crie frustrações.
                Tornar-se espírita não é santificar-se automaticamente, não significa privilégio e nem expressa cárcere interior.
                É oportunidade de libertação da alma com responsabilidades maiores ante as Leis da Criação.
                É reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana.
                Convicção espírita é galardão abençoado no aprendizado multimilenar da evolução.
                Desse modo, nem prevenção nem invigilância constituem caminhos para semelhante conquista.
                Urge sustentar perseverança e paciência na execução justa de todos os deveres.
                Evite arrancar abruptamente as raízes defeituosas, mas profundas, de suas atividades; empreenda qualquer renovação pouco a pouco.
                Contenha os ímpetos de defesa intempestiva das suas idéias novas; sedimente primeiro os próprios conhecimentos.
                Espiritismo é Claridade Eterna.
                Gradue a intensidade da luz que você vislumbrar, para que seus olhos não sejam acometidos pela cegueira do fanatismo.
                Muitos irmãos nossos ainda se debatem nas lutas de sub nível, porque não se dispuseram a aceitar a realidade que você está aceitando, mas, também, outros muitos palmilharam a lance da experiência que hoje você palmilha e nem por isso alcançaram êxitos maiores, na batalha íntima e intransferível que travamos conosco, em vista da negligência a que ainda se afazem.
                Crença não nos exime da consciência.
                Acertar ou cair são problemas pessoais.
                Tudo depende de você.
                Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.
                Quanto mais se edifica a inteligência, mais se lhe acentua o prazer de servir.
                Obedeça, pois, ao chamamento do Senhor, emprestando boa vontade ao engrandecimento da redenção humana, através do trabalho ativo e incessante nos diversos setores em que se lhe possa desenvolver a colaboração.
                Conserve-se encorajado e confiante.
                Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
                Eleve anseios e esperanças, tentando sublimar emoções e cometimentos.
                Acima de tudo, consolide no coração a certeza de que a revelação maior é aquela que nos preceitua o dever de procurar com Jesus a nossa libertação do mal e, em nosso próprio benefício, compreendamos a real posição do Mestre como Excelso Condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.

André Luiz
Mensagem do livro “O Espírito de Verdade”, de Francisco C. Xavier.

PALAVRA DO CODIFICADOR

                A região espiritual inundava-se de intensa alegria, em virtude da presença próxima, ainda que virtual, do missionário da Codificação.
                Noite calma. Brisa suave. Clima de paz. Canteiros floridos margeavam as alamedas que conduziam ao recinto de estudos e perfumavam a atmosfera circundante, amenizando o valor das discussões em pauta. O tema proposto era o aspecto religioso da atividade doutrinária.
                Evangelizadores e intelectuais espiritas, temporariamente desligados do corpo físico, lotavam o auditório, à espera da palavra do Codificador, cuja aparência atual, a surgir na tela disposta no salão, era motivo de ansiosa expectativa. Seria ela o perfil céltico do professor lionês que estabeleceu as bases da Doutrina ou teria os traços de sua existência seguinte, na fisionomia cândida do médium que desdobrou e complementou a obra da Codificação.

                Os comentários, porém, cessaram, quando a tela se iluminou. Suave melodia envolveu o ambiente, pacificando os corações e emocionando até às lágrimas. Era o preparo necessário para o momento mais importante daquela reunião.
                Logo a seguir, já sem a música e com a tela apenas iluminada, o Codificador iniciou a preleção com voz firme e clara. Discorreu longamente sobre a faceta religiosa da Terceira Revelação. Relembrou a condição do Espiritismo com o Consolador prometido por Jesus, impossível reproduzir todo o conteúdo e beleza de suas palavras. Ao final da palestra, no entanto, o Codificador se expressou com ênfase:
                - Espíritas! O Evangelho é a alma do Espiritismo. O espírita leal e consciente da responsabilidade que traz sobre os ombros e não foge ao compromisso do bem. Tem a missão de evangelizar o irmão que retorna ao convívio material e desponta par ao calvário das provações. O meio doutrinário, no entanto, não tem correspondido ao objetivo sublime.
                O Evangelho ensina a paz, e espíritas não se entendem. Ensina a misericórdia, e espíritas se atacam. Ensina o perdão, e espíritas não se toleram. Ensina humildade, e espíritas cultivam o orgulho. Ensina brandura, e espíritas se agridem. Ensina justiça, e espíritas são injustos.
                O Evangelho ensina e sim, sim e o não, não, e espíritas vacilam quanto a legitimidade doutrinária. Ensina o amor e a fraternidade, e nas instituições espíritas fermentam a competição e a luta pelo poder.
                O Evangelho é o móvel da transformação moral, e o espírita tem o dever de dar o exemplo nas atitudes e palavras. Evangelizar a si mesmo, para evangelizar o próximo.
                Rogo ao Senhor nos abençoe a todos e nos fortaleça no bem, com Jesus e por Jesus, a fim de que nossa tarefa não se perca nos labirintos da polêmica estéril.
                Encerrada a preleção, a doce melodia envolveu novamente o recinto. Pontos brilhantes surgiram na tela iluminada e desenharam, pouco a pouco, o rosto sereno e meigo de Chico Xavier.

Hilário Silva
Página psicografa por Antônio Baduy Filho, na reunião de abertura da 45. Confraternização da Mocidade e Madureza Espíritas do Triangulo Mineiro. COMMTRIM, NA NOITE DE 31-10-2008- EM Ituiutaba/MG.

VOLTAR PARA PÁGINA PRINCIPAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANO IV - Nº36– Campo Grande – MS – Junho de 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.