"Luzes do Amanhecer"

ANO IV - Nº45– Campo Grande/MS – Ourtubro de 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


               Quando mais se aproxima de Deus, mais o homem compreende a necessidade da caridade em sua vida, aliás, a única via que abrirá as portas para a felicidade. Áulus


 

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM

                “Compreende-se dificilmente a necessidade de sofrer para ser feliz”.
                Sem que aja uma causa anterior, fica realmente muito difícil. Agora quando se admite uma causa anterior que dera origem aquele sofrimento, certamente que ficará mais fácil, até certo ponto, lógico, porque aquele que paga a conta fica livre do compromisso. É bem-aventurado porque está pagando a conta, quando se paga à conta, é natural que se julgue feliz.
                Por essa razão às vezes é difícil entender a mensagem de Jesus sem admitir a reencarnação. Quando curava as pessoas sempre recomendava: “Vai e não peques mais para que um mal maior não te suceda”. Ora, muitas pessoas naquela existência não haviam cometido nenhum pecado, como o caso do lunático que muitas vezes caia no fogo outras vezes na                 água, pois que sofria daquela obsessão desde a adolescência.
                Agora quando se admite as vidas sucessivas, a mensagem de Jesus fica clara e precisa. Além de que mostra a bondade do Pai. Aquele filho que por ignorância não segue o bom caminho, o Pai permite que ele retorne para corrigir os seus desatinos. Parece mais lógico essa atitude de um Pai amoroso e justo, que segundo o Evangelista João “Deus é amor”.
                Como entender um Pai que manda os seus filhos amados para um lugar escuso por contas de alguns erros de uma vida transitória. Aliás, condena pela eternidade. Afinal que justiça é essa, se por erros de uma vida transitória a condenação é eterna, como dimensionar essa justiça? Mais racional a Doutrina Espírita, ensina que essa penalidade durará enquanto o mal subsistir, depois de ressarcir-se diante das leis da vida, será livre. Daí ser bem-aventurado. Mas mesmo assim não representa um castigo, mas uma correção de rumo.
                Conforme afirma o texto sagrado, Deus quer que se arrependa do mal que fez, e já comece a quitar-se diante da vida, fazendo o bem.
                Assim que hoje se tem uma explicação mais justa. Mais coerente com a realidade do pensamento moderno. Aliás, o próprio Jesus lembrava.
                “A letra mata o espírito vivifica”, isto é, é preciso buscar uma explicação racional para certos fatos e que tem gerado controvérsias.
                Caso contrário, certamente que cairia em erros lamentáveis. É fora de dúvida que muita coisa precisa ser analisada sob o ponto de vista do pensamento de hoje, porque infelizmente muitos se apegam ainda ao texto do Antigo Testamento, razão porque muitas idéias não se coadunam com a mensagem de Jesus.
                É fora de dúvida que muita coisa precisa ser olhada com a devida cautela.
                Nunca se pode esquecer que Jesus já compreendia essa questão de maneira muito clara, razão porque prometeu que enviaria o consolador, o espírito da Verdade que ensinaria todas as coisas e faria lembrar tudo que havia dito.
                Mostra que Ele já sabia no que seria transformada a sua mensagem. E nos dias de hoje há muito abuso como se vê claramente nos meios de comunicação.
                Agora há necessidade de mais empenho em muitos setores do movimento espírita, pois às vezes se exige mais dos Espíritos do que dos espíritas, e isso não está certo, porque quem mais necessita são os encarnados. Os habitantes do além se esforçam por repassar suas experiências, porque conhecem as nossas deficiências, procurando passar idéias mais condizentes com a realidade do mundo moderno, a fim de superar certos preconceitos que se agregaram ao Cristianismo.
                É preciso combater essas idéias que se agregaram gratuitamente ao Cristianismo, pois que somente a mensagem libertadora que procura abrir os olhos aos cegos que estão esperando milagres do Céu, mas trabalhar que é bom, pelo seu próprio progresso, não o fazem. Depois lamentam as dificuldades, porque passam, mas se comprazem na cegueira.
                Se porventura deseja caminhar, trabalhe e muito em favor do próximo. Ao apresentar o Espírito da verdade a legenda “Fora da caridade não há salvação”, mostrando que sem o trabalho desinteressado em favor dos outros, não se terá à felicidade. Essa é a grande realidade que a Doutrina apresenta. Basta conhecer aqueles que viveram sob a inspiração do Cristo no primeiro momento do Cristianismo, enfrentaram toda sorte de dificuldade e muitos entregaram a vida pela causa.
                Mas hoje que as facilidades são enormes, alegam que não tem tempo. Outros que não estão preparados ainda. Aliás, que não tem nenhum talento. Quando falta mesmo é boa vontade. Falta se importar com o próximo. Naturalmente que se compreende as dificuldades, mas são bem poucas as pessoas que saem do seu comodismo para estender a mão ao próximo.
                Porém se soubessem dos enormes benefícios que recebem e receberão, aliás, não só aquele que trabalha, mas também aqueles que vivem sob o mesmo teto, porque o bem é contagiante. Naturalmente que vai haver necessidade de uma luta constante para levar até o próximo o socorro que se propõe.
                Assim que o trabalho no bem é urgente, não o deixe para depois, porque pode ter amargas conseqüências.
                Porque se acostumou a esperar tudo de Jesus, mas sequer têm compaixão do próximo, como aquela passagem que fala o Evangelista. Nós comemos e bebemos em sua presença. Mas o senhor responderá: Não vos conheço, apartai vos de mim. Assim, enquanto não estender a mão àquele que tem fome e sede, o agasalho ao desnudo, e decida a visitar os doentes e os que estão detidos na prisão, pode ser que nada tenha em comum com Jesus, e finalmente, lembre-se aqueles que não se vincularem ao amor ao próximo, serão excluídos e “lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes”.

Áulus/Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

PALAVRA DA SALVAÇÃO

                Quando nós refletimos sobre a vida depois da morte, principalmente quando estamos próximos do túmulo de um ente querido, já não disfarçamos as lágrimas que correm de nossos olhos, como se estivessem fugindo de nós mesmos, para que se perdessem no chão, molhando a terra, e melhorado a sua eficiência para o plantio de nossas esperanças.
                Como aquele ente querido que visitamos, rogando a Deus, através uma prece, para que esteja bem e feliz na outra dimensão da vida, ficamos entrelaçados pelo coração, buscando essa existência divina, quando somos tocados pelas mãos de Deus, mas pedindo para que aceitemos a vida, tanto quanto a morte, porque juntas são fontes de luz, a nos assegurara a eternidade.
                Jesus Cristo veio ao mundo e juntou-se a nós, prometendo a vida eterna. Foi morto e crucificado, ressuscitou no vale da morte no terceiro dia e antes de ascender ao Pai, disse aos seus apóstolos: Ide e pregai o meu Evangelho para que toda criatura o conheça como a palavra da salvação.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 03/11/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

DA PERFEIÇAO MORAL

                Caracteres do Homem de Bem

                Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei da justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.
                Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.
                É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.
                Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como um depósito, de que lhe cumpre usar para o bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.
                Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da autoridade para lhes levantar tio moral e não para os esmagar com o seu orgulho.
                É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.
                Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois que não ignora que, como houver perdoado, assim perdoado lhe será.
                Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.

Allan Kardec
(Livro dos Espíritos Capítulo XII – Pergunta 918)

 

MENSAGENS PARTICULARES

                Em qualquer lugar, onde estiveres, reorganiza-te na coração e continua firme nos teus propósitos de fraternidade cristã.
                Cada tempo perdido demonstra dificuldade de assimilação nas tarefas abençoadas do amor redimido...
                Sê o farol em noite escura e fria, orientando as criaturas rumo ao aprendizado das rotas convencionais da oração e da disciplina no trato das causas espirituais!
                Cada um de nós representa a página escrita de um diário, onde narramos com sentido único, cada ato direcionado para o irmão que hoje está em dificuldade e que no amanhã poderá ser, com a graça do despertar, novo instrumento, nas obrigações divinizadas pelo acordo da esperança mediando a oportunidade da evolução que se estende para todos... principalmente quando descobrimos que o tempo é a chave bendita do nosso aprendizado.
                Somos a parte inferior das partes superiores do abrigo celestial e quando caminhamos sob a escolta de um anjo de Deus, quase sempre agarramos com mais segurança cada oportunidade que surge no caminho.
                Podemos ser a luz das estrelas, como também podemos ser a luz do sol; cada um de nós é responsável pela doutrina que alavanca o crescimento moral e ético quanto as descobertas no plano físico que se autodetermina pela facilidade de crer na vida, mesmo quando existe a possibilidade de enfrentamento do corredor úmido, escuro e frio de um túmulo, obrigando-nos a concorrer com a treva, enquanto melhoramos o nosso como mental, experimentado pela crença e também pela esperança de que em Jesus, nós sempre somos vencedores e também podemos ser a luz que certamente penetrará nas entranhas da noite fria e gelada que costumamos chamar de morte física.

Alessando Martins

Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública do dia 12/02/2009, no Grupo Espírita da Prece, em Campo Grande/MS

NÃO PERCA

                Não perca a esperança.
                Há milhões de pessoas aguardando recursos de que você já dispõe.
                Não perca o bom humor.
                Em qualquer acesso de irritação, há sempre um suicidiozinho no campo de suas forças.
                Não perca a tolerância.
                É muita gente a tolerar você naquilo que você ainda tem de indesejável.
                Não perca a serenidade.
                O problema pode não ser assim tão fácil quanto você pensa.
                Não perca a humildade.
                Além da planície, surge a montanha, e, depois da montanha, aparece o horizonte infinito.
                Não perca o estudo.
                A própria morte é lição.
                Não perca a oportunidade de servir aos semelhantes.
                Hoje e amanhã, você precisará de concurso alheio.
                Não perca tempo.
                Os dias voltam, mas os minutos são outros.
                Não perca a paciência.
                Recorde a paciência inesgotável de Deus.

André Luiz
Do livro “Caminho Espírita” de Francisco C. Xavier.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

                O que dizer dos Centros Espíritas onde predominam as atividades apenas no campo da Assistência Social?

Divaldo Pereira Franco responde nos seguintes termos:

                Que há uma inversão de valores. A primeira tarefa de uma Casa Espírita e o estudo e a divulgação da Doutrina, de todos os modos possíveis, porque se Espiritismo tem como bandeira a prática da caridade, conseqüentemente, a caridade aí, deve ter o seu devido lugar. Mas, não distorcer a ordem dos valores, isto é, a ação do serviço de Assistência Social e da caridade, em detrimento da divulgação da Doutrina Espírita, pois há outros organismos da sociedade, da filantropia e de humanitarismo que realizam uma obra social muito bem elaborado, sem compromisso específico com o Espiritismo.
                Não confundir o efeito pela causa, para que a exaustão e o desinteresse diante da profundidade da Causa Espírita, responsável pela renovação moral do individuo que o conhecimento da Doutrina propicia, venham a fazer com os objetivos doutrinários fracassem onde devem ter primazia.
                A ação da caridade é relevante. Mas, a caridade não deve ser enfocada somente do ponto de vista de assistência social, do paternalismo ou do Serviço Social, na promoção humana através de doações materiais.
                Mas também:
                É também caridade a iluminação das consciências entenebrecidas que fazem a Erraticidade inferior.
                É a caridade e libertação personalidade esquizofrênicas, vitimadas por psicopatologias de natureza mediúnica na faixa das obsessões.
                É caridade o esclarecimento dos indivíduos para que se libertem das amarras do erro a que se encontram vinculados.
                É caridade a ação discreta e desconhecida, para o mundo, do perdão interior que se concede ante as ofensas.
                É a caridade o gesto de amor e da prece dirigido àqueles com quem convivemos e, em particular a beneficio daqueles de quem não gostamos.
                É caridade a renúncia pessoal em favor da promoção de alguém.
                É caridade a luz da ternura acesa nas sombras da impiedade, e da imprevidência.
                É caridade também o copo de água fria a quem tem sede, a codea de pão a quem tem fome, o vidro de medicamento a quem está enfermo, o agasalho a quem tem frio, o vestuário a quem padece nudez, a escola de aperfeiçoamento moral a quem se encontra na enfermidade.
                A caridade tem um universo de colocações e somente pode esse universo ser bem realizado se praticamos interiormente as metas de auto-iluminação e de transformação moral, porque “se reconhece o verdadeiro espirita pelo esforço que empreende para ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje”, o que equivale a dizer, estar sempre lutando contra as suas imperfeiçoes conforme a conclusão do próprio Codificador.

 

NO JUSTO MOMENTO

                No justo momento em que:
                O fracasso lhe atropele o carro da esperança;
                O apoio habitual lhe falta à existência;
                A ventania da advertência lhe açoite o espírito;
                A aflição se lhe intrometa nos passos;
                A tristeza lhe empane os horizontes;
                A solidão lhe venha a fazer companhia;
                No momento justo, enfim, em que a crise e angústia, a sombra ou a tribulação se lhe façam mais difíceis de suportar, não chore e nem esmoreça.
                A água pura a fim de manter-se pura é servida em taça vazia.
                A treva da meia-noite é a ocasião em que o tempo dá sinal de partida para nova alvorada.
                Por maior a dificuldade, jamais desanime.
                O seu pior momento na vida é sempre o instante de melhorar.

Albino Teixeira
Do livro “Paz e Renovação” de Francisco C. Xavier.

NO ZELO FRATERNAL

                Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia. – Paulo. (I Coríntios, 10:12.)

                Observaste com pesar todos os irmão do caminho que se arrojaram em situações aflitivas, angariando para si mesmos complicados problemas na sombra:
                Os que perderam a confiança na Providência Divina e se desbordaram nos precipícios da rebeldia;
                Os que desanimaram à frente das tentações e caíram no logro da morte voluntária;
                Os que abandonaram as obrigações santificantes que lhes competiam, a pretexto de fadiga ou dificuldade;
                Os que esmoreceram no serviço de elevação espiritual e buscaram repouso nos refúgios da ilusão;
                Os que se aprisionaram nas armadilhas da delinqüência;
                Os que se enrodilharam nas teias da obsessão;
                Os que se cansaram de fazer o bem;
                Os que trocaram os percalços do trabalho pelos enganos do comodismo;
                Diante de todos eles, os nossos irmãos que entraram no cipoal dos obstáculos maiores, não pronuncies censura ou condenação. Ao invés disso, ora por eles.
                Recordemos a sábia advertência do apóstolo Paulo:
                - “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.”

Emmanuel
Do livro “Bênção de Paz” de Francisco C. Xavier.

 

AS CRIANÇAS MERECEM RESPEITO!

                Infelizmente, vemos na Mídia, diariamente, noticias nada edificantes a respeito de violência contra crianças.                 Violências físicas, mentais e sexuais. Conquanto tenhamos plena consciência de que essa criança que hoje renasce em nosso meio é um Espírito milenar, com vasta bagagem espiritual, é necessário oferecer-lhe, como pais, um lar apropriado, para que ela, nessa fase de preparação e aquisição de conhecimento, supere seus conflitos antigos, preparando-a para o esquecimento, pois é também nessa fase que o processo da reencarnação está mais presente e as muitas lembranças que ainda se encontram confusas no inconsciente vão, lentamente, se apagando, favorecendo o surgimento de novos e valiosos recursos para o auto descobrimento moral e intelectual do ser.
                Nesse período que se constrói a base fundamental para que essa criança, nas suas várias etapas de desenvolvimento psicológico, tenha formação sólida com base na afetividade e respeito. Assim, quando elas renascem em um lar favorável de paz e harmonia, se fortalecem, e terão, sem dúvida, melhores perspectivas de um futuro favorável. Ao contrário, quando o lar é formado por pais irresponsáveis, perversos e castradores, que usualmente descarregam nos filhos suas frustrações, insegurança e sentimentos destrutivos, insculpem no inconsciente dos filhos o ressentimento, o medo, ódio e humilhação, levando-os a se distanciarem e se desinteressarem dos levados sentidos da vida. Eis aí o campo fértil para os desvarios da sexualidade, as agressões físicas e verbais, porque aqueles que hoje punem, estupram e violentam, quase sempre estão transferindo suas próprias frustrações de infância ou de passado próximo. Sofreram violências e esse medo, rancor, frustração sexual e insegurança traduzem um verdadeiro círculo vicioso, usando, para tanto, os filhos, tornando-os vítimas, pois esses comportamentos dão-lhe a sensação de poder.
                É sempre bom lembrar, como afirma Joanna de Ângelis, que a agressão física à criança é também uma forma de estupro sexual, por ocultar um conflito de desejo e de ódio, de necessidade e de desprezo, e essa criança, vítima da ocorrência de estupro, será profundamente marcada pela humilhação e que acarretará perturbações irremediáveis na formação de sua sexualidade. A maioria das crianças, abrigadas em instituições de menores, traz consigo a marca profunda dos abusos sofridos, e na medida em que elas vão crescendo começa a se perceber a dificuldade que têm como relação ao comportamento sexual, pois tiveram seus sentimentos violentados no período mais importante do desenvolvimento de suas aptidões e funções psicológicas. Algumas terão anulada sua função sexual, pois as têm como causa de seu tormento e provavelmente viverão sem experimentar o salutar prazer e nem a emoção elevada da comunhão saudável entre casais.                 Noutras, o sentimento de vergonha estará sempre presente, marcando irremediavelmente o seu desenvolvimento, dificultando o seu equilibro emocional.
                Daí, vale repetir, a extrema importância da estrutura familiar, pois é na infância – período propício para se construir o edifício de valores ético-morais – que os pais, conscientes de sua iluminada missão, precisam edificar o lar como verdadeira oficina de crescimento moral e intelectual, ensinando aos filhos, desde cedo, os valores espirituais que mais tarde, aprimorados, formarão novos lares fortalecidos em bases do amor e da fraternidade, transformando a sociedade, e, sem dúvida, construindo o mundo melhor que todos almejamos, sem violência, sem crianças violentadas e abandonadas como vemos hoje.


Edson Tomazelli
Extraído do Jornal Ação Espírita

VIZINHOS

                Ampare o vizinho sem ser indiscreto.
                Discrição é caridade.
                Cultue a gentileza na vizinhança.
                Ajude a todos aqueles que lhe partilham a estrada, para que alguém ajude você nas horas difíceis.
                Respeite as ocorrências alegres ou infelizes que afetem os lares próximos.
                Incêndio na casa alheia é ameaça de fogo na própria casa.
                Desfaça qualquer incompreensão entre você e os irmãos do ambiente em que vive.
                Todo vizinho pode ser bom, se você cultivar a bondade para com ele.
                Compreenda os problemas e as dificuldades de quantos caminham ao seu lado.
                Os familiares são parentes do sangue, mas os vizinhos são parentes do coração.

André Luiz
Do livro “Estude e Viva”, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografais de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Ed. FEB

CULTURA ESPÍRITA

                Estejamos atentos a benção da caridade, por intermédio das migalhas da luz.
                Desenvolve-se a plantação seriamente a semente.
                Ergue-se a casa tijolo, a tijolo.
                Constitui-se a mais bela sinfonia, nota a nota.
                Agiganta-se o rio, gota-a-gota.
                Surge a história, palavra a palavra…
                Edifica-se a estrada mais longa, metro a metro.
                Desdobra-se o tecido, fio a fio…
                E o século não [e mais que larga faixa de tempo, a estruturar-se minuto a minuto.
                Assim também é a obra da inteligência.
                Doemos a expansão da luz as nossas melhores forças, conscientes de que o esclarecimento, quanto aos nossos princípios, se realizará, de coração a coração, através de página a página, e de que a cultura espírita, capaz de operar a renovação do mundo se fará livro a livro.

Emmanuel
Do livro “Caminho Espírita”, recebido pelo medium Francisco Cândido Xavier, ed. CEC

NEM TUDO É FÁCIL

                É difícil fazer alguém feliz,
                Assim como é fácil fazer alguém triste,
                É difícil dizer eu te amo...

                Assim como é fácil não dizer nada
                É difícil ser fiel

                Assim como é fácil se aventurar.
                É difícil valorizar um amor,
                Assim como é fácil perdê-lo para sempre.
                É difícil agradecer por hoje,
                Assim como é fácil viver mais um dia.
                É difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida te deu,
                Assim é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
                É difícil se convencer de que se é feliz,
                Assim como é fácil achar que sempre falta algo.
                É difícil fazer alguém sorrir,
                Assim como é fácil fazer alguém chorar.

                É difícil se por no lugar de alguém,
                Assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
                Se você errou, peça desculpas...
                É difícil pedir perdão?
                Mas quem disse que é fácil ser perdoado?!

                Se alguém errou com você, perdoa-o...
                É difícil perdoar?
                Mas quem disse que é fácil se arrepender?!

                Se você sente algo, diga...
                É difícil se abrir?
                Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?!

                Se alguém reclama de você, ouça...
                É difícil ouvir certas coisas?
                Mas quem disse que é fácil ouvir você?!

                Se alguém te ama, ame-o...
                Por que é tão difícil dizer que se ama alguém, mesmo amando muito?!
                Mas quem disse que é fácil ser feliz?!

                Nem tudo é fácil na vida...
                Mas, com certeza, nada é impossível...
                Precisamos acreditar, ter fé
                E lutar para que não apenas sonhemos,
                Mas também tornemos todos estes Sonhos, Realidade!

                Quem tiver a oportunidade de ser feliz ao lado de alguém que o seja, não perca tempo, pois a pior forma de se perder, é viver sem ter amado, é como perder o tempo sem ter vivido...

PORQUE É TAO DIFICIL PERDOAR

                Quando Jesus disse “Ide vós reconciliar com vosso irmão antes de apresentar vossa oferenda ao altar (Mateus 5: 23 e 24), queria mostrar ao homem que antes de pedir algo para si, deveria pedir por aquele que lhe fez mal ou prejudicou de alguma forma sua vida, pois aquele que fere já está ferido, ou melhor aquele que faz o mal já está com ele.
                Sendo assim recordemos que somos seres com uma somatória de experiencias culturais, sociais, intelectuais, morais e religiosas. Cada um vive de uma forma essas experiências e armazena em seu psiquismo, não só os conhecimentos, mas as vivências de situações boas e más. As situações boas não nos incomodam de forma que qualquer atitude ou comportamento de alguém que nos faça rememorar, mesmo que de forma fragmentada, a emoção e sentimentos gerados no momento do sofrimento vivido no passado (frustração, decepção, traição, etc.) geram um comportamento em nós de agressividade e até de violência. Isso porque essa energia em estado latente é desencadeada quanto algo facilita sua lembrança. Então, quando alguém nos faz sofrer, nos sentimos injustiçados perante aquela atitude. Precisamos nesse caso refletir: Será que não contribui para que essa pessoa agisse dessa forma comigo, nesta ou em outra vida?
                É importante termos consciência de nossas atitudes, de nossos comportamentos, para não deixarmos que passe despercebida a nossa interferência direta ou indireta no comportamento do outro. Precisamos ver com clareza as ações dos outros e não projetarmos nas ações dos outros o nosso juízo, ou crítica, porque achamos que esteja “errado” por não ser da forma que faríamos. Ver com clareza é ver o que é e nada mais. É buscar compreender que cada um está num estágio evolutivo e, por isso, reage-se de acordo com as experiencias aprendidas. Se uma pessoa age de forma negativa, é preciso lembrar que ela ainda não aprendeu a fazer, e, aliás, também sofre por isso. Ainda não tem consciência do que seja viver em harmonia consigo mesma e com os outros.
                Lembremo-nos do que Jesus disse quando estava na cruz, na companhia de dois ladroes, com um multidão lhe observando – Pai perdoai, porque eles não sabem o que fazem. Demonstrou Jesus com essa frase iluminada de sabedoria, que Ele sabia que n ao tínhamos condição de fazer de forma diferente, ou seja, não tínhamos consciência lúcida dos atos.                 Ensinou Jesus que o perdão é não aprisionar o outro, na consequência de seus atos, pois por si mesmo cada qual perceberá a transgressão da lei natural de causa e efeito, que ensina que para toda ação existe uma reação.

O que é perdoar

                É libertar o outro do seu erro, e se libertar do lixo mental, pensamentos, sentimentos e energias negativas, que se acumulam em nosso ver. As emoções da irritabilidade, do ódio, do rancor e da mágoa impregnam o organismo, o sistema nervoso, com vibrações negativas que bloqueiam áreas por onde transita a energia saudável, abrindo campo para a instalação das enfermidades. A doença é resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade emocional do Espírito que o aciona.

Por que é tão difícil perdoar?

                Porque não aceitamos que ninguém interfira em nosso prazer, em nosso desejo. Não queremos sofrer de forma alguma, por isso quando acontece, não queremos nem sequer ouvir falar na pessoa que nos feriu e nos fez sofrer. Todos nós queremos viver bem e sermos felizes, mas não podemos esquecer que os outros também desejam e merecem ser felizes. E é por isso que ainda existe o mal; pois se houvesse o respeito, a compreensão, a caridade e a compaixão entre as pessoas, cada vez menos seríamos vítimas de maldade.
                A indiferença é falta de caridade e mata todos os bons sentimentos daquele que é rejeitado por nós. Muitas vezes rejeitamos as pessoas sem perceber, sem maldade, e elas se sentem injustiçadas e podem se tornar nossos inimigos. Por isso, temos que ser vigilantes e cautelosos cm nossos atos, palavras e comportamentos, pois só assim teremos a consciência tranquila de não termos feito nada que pudesse estimular mágoa e raiva no coração do outro.
                Quando Jesus disse. Não julgueis para não serdes julgados; pois sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; e aplicar-se-á a vós, na mesma medida, aquilo que aplicasses contra eles (Mateus 7: 1 e 2), condenou o julgamento como forma de punição, de desacreditar que a pessoa possa mudar e se redimir dos erros. Condenou a crítica destrutiva, que desestimula o que errou, não lhe dando oportunidade de renovar sua caminhada, colocando-o numa posição inferior, de punição quase que eterna; destruindo a semente de amor que o Pai depositou no âmago de cada um.
                Quando julgamos ou decretamos que o outro é mau, contribuímos para que ele permaneça no mal. Se compreendêssemos sua atitude frente a sua história pregressa de vida – seus sofrimentos, desilusões e amarguras – e déssemos oportunidade de reconhecimento, a pessoa se transformaria, pelos simples incentivo de existir alguém que acredita nela, motivando-a automaticamente a crer que pode mudar e ser melhor.
                Jesus combateu o mal, mas não o ser humano, por isso reencarnamos, para nos libertar das influências do desejo, do prazer, do poder e da ganância.
                A vida bem sabemos nos ensina a lidar com os opostos, basta observar, dia e noite, vida e morte, bem e mal, masculino e feminino. A vida se faz através dos opostos. Precisamos com isso olhar as “duas faces da moeda”, que é uma grande sabedoria, permitindo que a utilizemos para o nosso processo de transformação, que e a grande razão da nossa passagem pela Terra. Contudo esse processo de integração gera dor e sofrimento, pois precisamos soltar o velho para construir o novo, o que nos amedronta muito, temos medo. A evolução caminha, não corre. E isso provavelmente já esteja acontecendo em nossas vidas, embora muitos não hajam percebido ainda.
                Para vivermos bem precisamos despertar, o que significa identificarmos nossos recursos, que já estão ao nosso alcance, mas ainda desperdiçados. É a vida. Devemos tomar cuidado para não passarmos pela vida de forma distraída, que nos desvie da meta essencial que é o nosso próprio despertar.
                O homem consciente descobre que colhe de acordo com o que semeia, e que tudo quanto lhe acontece procede, nunca tendo caráter punitivo. Jesus afirmou: Vós podeis fazer o que faça e muito mais. Ensinou que é necessária a fé em si mesmo, confiança nos valores pessoais que são desenvolvidos a partir do querer.

Kátia Curugi Flock


Bibliografia:
Libertação – André Luiz, psicografado por Chico Xavier.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec,

ESPÍRITO SE APERFEIÇOA NA INFÃNCIA

                Compulsando O Livro dos Espíritos encontramos a pergunta número 383, em que Allan Kardec pergunta aos espíritos: “Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pelo estado de infância?”. Resposta: “ O Espírito se encarnando para se aperfeiçoar é mais acessível, durante esse período, às impressões que recebe, que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados de su a educação”.
                Segundo os espíritos, a infância é o período da vida física mais importante para o aperfeiçoamento do espírito encarnado, uma vez que suas tendências anteriores estão adormecidas em função do processo reencarna tório, é dependente da família, em especial da mãe, necessitando de cuidados especiais e maior atenção. Sozinha, não terá as mínimas condições de sobrevivência.
                Conforme pesquisa, apontando que o grau de instrução da mulher é muito importante na diminuição do índice de mortalidade infantil, e complementamos, para seu aperfeiçoamento, vem corroborar as informações dos espíritos, quando nos esclarecem na pergunta número 385, do citado livro que “...os espíritos não entram na vida corporal senão para se aperfeiçoar, se melhorar; a fraqueza da pouca idade os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiencia e daqueles que devem fazê-los progredir. É quando se pode reformar seu caráter e reprimir-lhes as más inclinações...”.
                Por outro lado, quando a criança se torna jovem-adulto, os excessos de cuidados, de zelo, de mimos e de proteção acabam dificultando-lhes o aprender a viver com os problemas que a vida constantemente está oferecendo para o aprendizado do espírito, uma vez que é no período da adolescência, como nos esclarecem O Livro dos Espíritos, que o espírito encarnado e começa a retomar suas características de espírito eterno em processo de evolução.

A PRECE É ÚTIL NO DESPRENDIMENTO DA ALMA

                O desprendimento da alma, uma vez morto o corpo físico, começa pelas extremidades e vai-se completando na medida em que são desligados os laços fluídicos que a prendem ao veículo carnal.
                No livro “Obreiros da Vida Eterna”, cap. XIII, o instrutor Jerônimo informa que há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como se das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentidos e desejos, sediada no tórax, e o centro mental, situado no cérebro. Essa foi a ordem em que ele atuou para facilitar o desprendimento de Dimas, descrito no referido livro.
                A prece auxilia bastante o desprendimento do Espírito. Allan Kardec relata no livro “O Céu e o Inferno”, o caso Augusto Michel, ocorrido em 1863, o qual pediu a um médium fosse até o cemitério orar no seu túmulo. O Espírito de Augusto Michel suplicou tanto, que o médium atendeu e no próprio cemitério ouviu o agradecimento de Michel, que se disse aliviado na constrição que antes o fazia preso ao corpo. Ao comentar o caso, Allan Kardec indaga se o costume quase geral de orarmos ao pé dos defuntos não a proviria da intuição inconsciente que se tem desse efeito.

Thiago Bernardes.
Extraído do Jornal o Imortal dezembro/05

LEMBRETE: MUITO IMPORTANTE.

                A leitura das obras básicas da Doutrina Espírita é fundamental para todo aquele que compreendeu a importância desses ensinamentos para uma vida mais promissora.

O Livro dos Espíritos

Contém a Filosofia Espírita, na forma dialogada da Filosofia Clássica.
- Princípios básicos do Espiritismo.

O Que é o Espiritismo

- Expõe a natureza do Espiritismo e a definição de seus pontos principais.

O Evangelho Segundo O Espiritismo

- Interpretação dos Ensinos Morais de Jesus.

O Livro do Médiuns

- Parte prática ou experimental da Doutrina. Roteiro seguro para médiuns e dirigentes de reuniões. mediúnicas.

O Céu e o Inferno

- Trata da situação da alma durante e após o fenômeno chamado morte.

A Gênese

- Analisa a origem da Terra e os fatos extraordinários contidos no Evangelho.

Obras Póstumas

- Reúne importantes registros deixado por Allan Kardec.

O ABORTO

                O aborto, ou a consequência de atos conscientes ou não, simplesmente significa malograr o fato, impedindo o surgimento do resultado natural da conjunção sexual.
                O assunto, vez por outra, volta à tona, embasado em motivos os mais diversos, dos quais a mente humana é capaz de enunciar, justificando-se por mais aberrantes que sejam.
                A prática abortiva, em muitos países é coisa comum, corriqueira, trivial, como se pudesse ser igualada a ação comum de trocar de roupa, trocar de hábitos, seguindo a moda, que é o grande fator escravizante ao qual se entregam muitos diariamente.
                A moda, ou seja, o poder das idéias, no contexto humano, tem uma força bastante acentuada, aceitando os maiores absurdos, fazendo prever, pelo andamento da coisa, possível e grave desequilíbrio.
                A prática abortiva é uma das infelizes consequências do citado modismo, ao qual se entregam as pessoas, sem sopesar os resultados, não só de ordem material, como espiritual e futura.
                Trabalhos alusivos ao fato são estarrecedores, mencionando organizações médicas, em determinados países, que exibem padrões de cultura e progresso material, onde as senhoras são atendidas em fila à espera do ato abortivo, enquanto se distraem com conversas banais.
                É impressionante o que mostram esses trabalhos, do ambiente que se assemelha ao matadouro para o gado. As pacientes passam por aqueles instantes de tanta gravidade e significado moral-espiritual, complacentemente, sem maiores preparatórios, entregando ao operador o fruto de seu ventre, tenha o tempo que tiver de vida gestatória. É comum, em muitos casos, a retirada do feto já desenvolvido, até chorando.
                Esses fetos vão para os baldes, para serem cremados, ou vencido para a industrialização de cosméticos.                 Autentico assassinato na mais pura simples expressão.
                Infelizmente, o assunto não é novo. Sempre existiu, embora realizado de forma velada ou não.
                Acontece que após o advento da Doutrina Espírita, surgida em 1857, o assunto caracterizou-se com superlativa gravidade.
                O Espiritismo nos mostra que a união do Espírito reencarnante com o ventre que vai habitar, até a formação de seu corpo e tenha expressão de vida humana, é da mais alta complexidade, envolvendo pai, mãe e o próprio Espírito.
                O aborto é uma frustração de uma necessidade do aspirante à vida terrena, a escola da qual tanto necessita para a sua evolução.
                Já se fala, entre nós, de um plebiscito popular sobre o tema, possibilitando mudança constitucional. Enfim, no calor dos debates, irresponsavelmente, será fácil concordar, como acontece com tantos assuntos de extrema gravidade, solucionados em clima de verdadeira irresponsabilidade.
                Que prevaleça o bom senso é o que tanto devemos desejar.

Do Boletim mensal do Centro Espírita “Amor e Caridade”. Jul/2005

 

VOLTAR PARA PÁGINA PRINCIPAL

 

 

ANO IV - Nº43– Campo Grande – MS – Agosto 2009
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.