"Luzes do Amanhecer"

ANO V - Nº 52 – Campo Grande/MS – Maio de 2010.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


           O servidor do bem é aquele que serve sem olhar a quem e sem perguntar por que, simplesmente se dispõe a amparar primeiro e com grande empenho auxilia, mesmo porque sua maior alegria é servir. Áulus.   


 

MENSAGEM A MINHA MÃE.
(Dia das Mães)

               Neste dia volto para dizer-lhe uma palavra de gratidão, afinal, fora a primeira benfeitora que encontrei no mundo e que me recebeu de braços abertos e o coração em festa, colocando a minha existência no seu mundo maior, mas devido à minha inexperiência, muitas vezes, tendo agido de maneira incompatível com o carinho que recebera daquela que sempre fora um anjo de bondade e a tudo renunciou para me acolher, assumindo o compromisso grave de ser mãe, mesmo assim, aceitou o desafio de me receber em seus braços generosos.
               Realmente nunca poderia retribuir tão grande amor, mas gostaria de apresentar o meu reconhecimento, porque sei que sempre fora a minha grande benfeitora, o anjo de bondade que me colocou no mundo, permitindo-me assim retornar à vida, ter a ilusão da liberdade e a possibilidade de correr atrás da felicidade, por isso, a consciência não me permite, em momento algum, esquecer o seu gesto carinhoso.
               Minha mãe! Eu a amo muito; talvez em palavras não tenha condição de expressar esse sentimento, especialmente por haver-me amparado com tanto amor e carinho; e hoje, pensando bem, é o amor maior que encontrei ao longo da estrada.
               Porque é verdade que se converteu em luz em minha vida, dando-me todas as possibilidades de ser feliz. Fora alguém que sempre me enxugou as lágrimas quando o mundo mandou o seu duro recado, concitando-me a lutar mais e amar mais, para que também pudesse resgatar, de alguma forma, tão grande amor.
               As palavras mais verdadeiras sempre me fugiram na hora exata de declarar o que vai a minha alma; só sei dizer que a amo muito, que sempre será um farol de esperança a iluminar os meus dias.
               Quando um dia recordar sua presença e as lágrimas descerem lentamente em meu rosto, certamente que essas lágrimas caindo no solo, transformar-se-ão em flores perfumadas, pelo que fez e continua fazendo em meu benefício. Assim, só gostaria de retribuir tão grande amor.
               Minha mãe! Soa como a frase mais grata ao meu coração, porque ela sempre revela um semblante acolhedor que me chama a me tornar melhor, ser mais humano e mais solidário, aceitar os desafios e lutar como a senhora, que sempre fora o meu maior exemplo, no dizer do poeta: “é o anjo que desceu do Céu” para amenizar a dor, que, inclusive é capaz de adivinhar as nossas emoções mais íntimas e apresentar o remédio mais salutar, que na linguagem dos homens ou dos anjos se chama amor.
               Assim, venho dizer com o coração reconhecido.
               Se muitas vezes por palavras ou gestos descorteses, magoei o seu coração, hoje venho pedir-lhe perdão, porque reconheço que sou uma pessoa afortunada por a senhora existir, minha gratidão não tem limites pelo grande amor.
Sonhou tantas noites com o meu futuro, chegando a ponto de colocá-lo com a base única de sua felicidade, aqui neste mundo.
               Todavia, para compreender essas coisas, fora necessário ver aquelas crianças cujos pais se ausentaram do lar por uma razão ou outra, como pequenas aves abandonadas ao sabor das tempestades, sem o abrigo seguro de um grande amor, onde encontrassem todas as alegrias que o amor proporciona, assim, até mesmo quando minha inexperiência não a reconheceu, a verdade é que sempre fora a luz dos meus dias.
               Existe uma palavra muito forte dentro de mim, chamada gratidão, porque sou devedor do dom mais precioso - que é a vida, pois que se hoje existo neste mundo é por conta de um grande amor que sempre guiara os meus passos, desde quando num gesto de grandeza aceitou-me para fazer parte de sua família.
É com razão que a Humanidade definiu como o amor em sua maior expressão - o amor de mãe -; por isso, beijo-lhe as mãos carinhosamente e que Deus a abençoe sempre.


Áulus
Otacir Amaral Nunes

MATERNIDADE

Cap. XIV – Item I

               Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
               Na Criação, o clímax da grandeza.
               Na caridade, o vértice da virtude.
               Na paz, a culminância da luta.
               No êxito, a exaltação do ideal.
               Nos filhos, a essência do amor.
               No lar, a glória da união.
               De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
               Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
               Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
               Maternidade esperada.
               Maternidade imprevista.
               Maternidade aceita.
               Maternidade hostilizada.
               Maternidade socorrida.
               Maternidade desamparada.
               Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
               Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam as chaves do controle do mundo.
               Mães sábias...
               Mães de idiotas...
               Mais felizes...
               Mães desditosas...
               Mães jovens...
               Mães experientes...
               Mães sadias...
               Mães enfermas...
               Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.
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               Mães da Terra! Mães anônimas!
               Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
               Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente – esperança do Céu a repontar-vos do peito!...
               Não surge o berço de vosso coração por acaso.
               Mantendo-vos, assim vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.

André Luiz.
Do livro “Espírito de Verdade”, de Francisco C . Xavier e Waldo Vieira, edição FEB

 

CONVERSAS DE ALÉM TÚMULO.
Juliana-Maria, a mendiga.

               Na comuna de Villatte, perto de Nozai (Loire-lnferieure), havia uma pobre mulher chamada Juliana Maria, velha, enferma, e que vivia da caridade pública. Um dia, ela caiu numa lagoa de onde foi retirada por um habitante do lugar, Sr. Aubert, que lhe dava habitualmente os recursos. Transportada ao seu domicílio, ela morreu pouco tempo depois em conseqüência do acidente. A opinião geral foi de que ela teria querido se suicidar. No mesmo dia de seu decesso, o Sr. Aubert, que é Espírita e médium, sentiu sobre toda a sua pessoa como o roçamento de alguém que estaria junto dele, sem, no entanto explicar lhe a causa; quando lembrou a morte de Jeanne-Marie, lhe veio o pensamento que talvez fosse seu Espírito que tinha vindo visitá-lo.
               Segundo o conselho de um de seus amigos, Sr. Cheminant, membro da Sociedade Espírita de Paris, e que lhe dera conhecimento do que tinha se passado, ele fez evocação dessa mulher, com o objetivo de lhe ser útil; mas, preliminarmente, pediu conselho aos seus guias protetores, dos quais recebeu a resposta seguinte:
               'Tu o podes, e isso lhe dará prazer, embora o serviço que te propões a lhe prestar seja inútil; ela está feliz e toda devotada àqueles que lhe foram compassivos. Tu és um de seus bons amigos; ela não te deixa mais e conversa contigo, freqüentemente, com o teu desconhecimento. Cedo ou tarde os serviços prestados são recompensados, se não o for pelo obsequiado, será por aqueles que se interessam por ele, antes de sua morte, como depois; quando o Espírito não teve o tempo de se reconhecer, são outros Espíritos simpáticos que testemunham, em seu nome, todo o seu reconhecimento. Eis o que explica o que sentiste no dia de seu decesso. Agora é ela que te ajuda no bem que desejas fazer.
               "Lembra-te o que Jesus disse: "Aquele que foi rebaixado será elevado"; terás a medida dos serviços que ela pode te prestar, se, no entanto não lhe pedes assistência senão para ser útil ao teu próximo."
Evocação. Boa Juliana-Maria, sois feliz, é tudo o que eu queria saber; isto não me impedirá de pensar freqüentemente em vós, e de jamais vos esquecer em minhas preces.
               - Resp. Tem confiança em Deus; inspira aos teus doentes uma fé sincera, e terás sucesso quase sempre. Jamais te ocupes com a recompensa que disso advirá, ela será além de tua espera. Deus sabe sempre recompensar, como o merece, aquele que se devota ao alívio de seus semelhantes, e traz em suas ações um desinteresse completo; sem isto tudo não é senão ilusão e quimera; antes de tudo é preciso a fé, de outro modo, nada.
               Lembra-te desta máxima e ficarás espantado com os resultados que obterás. Os dois doentes que curaste, disto são a prova; nas circunstâncias em que se encontravam, com os simples remédios terias fracassado.
               Quando pedires a Deus permitir aos bons Espíritos derramarem sobre ti o seu fluido benfazejo, se esse pedido não te fizer sentir um estremecimento involuntário, é que a prece não foi bastante fervorosa para ser escutada; ela não é senão nas condições que te menciono. É o que sentes quando disseste do fundo do coração: "Deus todo-poderoso, Deus misericordioso, Deus de bondade sem limite, atendei a minha prece, e permiti aos bons Espíritos me assistirem na cura de..."; tende piedade dele, meu Deus, e devolvei-lhe a saúde; sem vós, nada posso. “Que a vossa vontade seja feita."
               Fizeste muito bem em não desdenhar os humildes; a voz daquele que sofreu e suportou com resignação as misérias desse mundo é sempre escutada; e, como o vês, todo serviço prestado recebe sempre a sua recompensa.
               Agora, uma palavra sobre mim, e isto te confirmará o que foi dito acima.
               O Espiritismo te explica a minha linguagem como Espírito; não tenho necessidade de entrar em detalhes sobre este assunto. Creio também inútil te participar de minha existência precedente. A posição que me conheceste sobre a Terra deve te fazer compreender e apreciar as minhas outras existências, que nem sempre foram sem censuras. Votada a uma vida de miséria, enferma e não podendo trabalhar, mendiguei toda a minha vida.
               Não entesourei; sobre meus velhos dias, minhas economias se limitavam a uma centena de francos, que reservava para quando minhas pernas não mais pudessem me levar.
               Deus julgou minha prova e minha expiação suficientes, e lhe pôs um termo livrando-me sem sofrimento da vida terrestre; porque não morri por suicídio, como se acreditou de início.Caí fulminada sobre a margem da lagoa, no momento em que dirigia minha última prece a Deus; a inclinação do terreno foi à causa da presença de meu corpo na água.
               Não sofri; estou feliz de ter podido cumprir a minha missão sem entraves e com resignação.
               Fiz-me útil, na medida de minhas forças e de meus meios, evitei fazer mal ao meu próximo. Disso hoje recebo a recompensa, e disso dou graças a Deus, nosso divino Senhor, que, no castigo que inflige, abranda-lhe a amargura fazendo-nos esquecer, durante a vida, nossas antigas existências, e coloca sobre o nosso caminho almas caridosas, para nos ajudarem a suportar o fardo de nossas faltas passadas.
               Persevera também, tu, e como eu, disso serás recompensado.
Agradeço-te as boas preces e o serviço que me prestaste. Não o esquecerei jamais.
Um dia nos reveremos, e muitas coisas te serão explicadas; para o momento, isto seria supérfluo. Saiba somente que te sou toda devotada, freqüentemente junto de ti, 'e sempre quando tiveres necessidade de mim para aliviar aquele que sofre.

A pobre mulher Juliana-Maria.

               O Espírito de Juliana-Maria, tendo sido evocado na Sociedade de Paris em 10 de junho de 1864 (médium, senhora Patet), ditou a comunicação adiante:
               Obrigada por terem consentido me admitirem em vosso meio, caro presidente; sentistes bem que minhas existências anteriores foram mais elevadas como posição social, e, se retornei para sofrer esta prova da pobreza, foi para me punir de um vão orgulho que me fazia repelir o que era pobre e miserável. Então sofri essa lei justa do talião, que me deu a mais terrível pobreza desta região; e, como para me provar a bondade de Deus, não era repelida por todos; era todo o meu medo; suportei também minha prova sem reclamar, pressentindo uma vida melhor de onde não deveria mais retornar sobre esta Terra de exílio e de calamidade. Que felicidade o dia em que nossa alma, jovem ainda, pode reentrar na vida espiritual para rever os seres amados! Porque, eu também, amei e sou feliz de ter reencontrado aqueles que me precederam.                Obrigada a esse bom Aubert, ele me abriu a porta do reconhecimento; sem sua mediunidade, não teria podido agradecer lhe, provar-lhe que a minha alma não esquece as felizes influências de seu bom coração, e recomendar-lhe propagar a sua divina crença. Ele está chamado a conduzir almas desviadas; que se persuada bem de meu apoio. Sim, posso lhe renderão cêntuplo o que me fez, instruindo-o no caminho que seguis. Agradecei ao Senhor de ter permitido que os bons Espíritos possam vos dar instruções para encorajar o pobre em suas penas e deter o rico em seu orgulho. Sabei compreender a vergonha que há em repelir um infeliz; que eu vos sirva de exemplo, a fim de evitar vir, como eu, expiar vossas faltas por essas dolorosas posições sociais, que vos colocam tão baixo e fazem de vós o refugo da sociedade.

               Nota. Este fato está cheio de ensinamento para quem meditar as palavras desse Espírito nessas duas comunicações; todos os grandes princípios do Espiritismo aí se acham reunidos. Desde a primeira, o Espírito mostra a sua superioridade por sua linguagem; como uma fada benfazeja, vem proteger aquele que não desanimou sob os andrajos da miséria. E uma aplicação destas máximas do Evangelho: "Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados; muito felizes os humildes; muito felizes os aflitos, porque serão consolados; não desprezeis os pequenos, porque aquele que é pequeno neste mundo pode ser maior do que o credes." Que aqueles que negam a reencarnação como contrária à justiça de Deus, expliquem a posição dessa mulher votada à infelicidade desde o seu nascimento por suas enfermidades, de que outro modo senão por uma vida anterior!
               Tendo essa comunicação sido transmitida ao Sr. Aubert, de sua parte obteve a que se segue, e que lhe é a confirmação.
               P. Boa Juliana-Maria, uma vez que consentis em me ajudar com vossos bons conselhos, a fim de me fazer progredir no caminho de nossa divina doutrina, dignai-vos comunicar comigo; farei todos os meus esforços para aproveitar os vossos ensinamentos. -
               R. Lembra-te da recomendação que vou fazer-te, e dela não te afastes jamais. Sê sempre caridoso na medida de teus meios; compreendes bastante a caridade tal qual se deve praticá-la em todas as posições da vida terrestre. Não tenho, pois, necessidade de vir te dar um ensinamento a este respeito; tu mesmo serás teu melhor juiz, seguindo, no entanto, a voz de tua consciência, que não te enganará jamais quando escutá-la sinceramente.
               Não abuses sobre as missões que tens a cumprir sobre a Terra; pequenos e grandes têm a sua; a minha foi bem penosa, mas eu merecia semelhante punição, por minhas existências precedentes, como disso vim me confessar ao bom presidente da Sociedade mãe de Paris, a qual vos ligareis todos um dia. Esse dia não está tão longe quanto o pensas; o Espiritismo caminha a passos de gigante, apesar de tudo o que se faz para entravá-lo. Caminhai, pois, todos sem medo, fervorosos adeptos da Doutrina, e os vossos esforços serão coroados de sucesso. Pouco vos importa o que se dirá de vós; colocai-vos acima da crítica irrisória que recairá sobre os adversários do Espiritismo.
               Os orgulhosos! Eles se crêem fortes e pensam vos abater facilmente; vós, meus bons amigos, ficai tranqüilos, e não temais vos medir com eles; são mais fáceis de se vencer do que não o credes; muitos dentre eles têm medo, e temem que a verdade não venha, enfim, lhes ofuscar os olhos; esperai, eles virão a seu turno no coroamento do edifício.

Juliana-Maria.
Da “Revista Espírita”, mês de agosto de 1864, de Allan Kardec.

 

CARIDADE SEMPRE

               Em qualquer situação sê o exemplo da caridade, amparando a criatura que está em necessidades.
               Mesmo que não disponhas de recursos financeiros, lembra-te de que Deus te confiou o coração para que pudesses avaliar o quanto é importante carregar nas mãos o poder de semear o bem, por onde passes, lembrando que a terra necessita de trabalhadores para obra que possa produzir o alimento que alivia a fome e garante a força ao corpo que sofre a privação imposta pela insuficiência do organismo.
               Ainda que não tenhas percebido o quanto é importante na lida doméstica em que companheiros padecessem no sofrimento da amargura, lembra-te de que Deus te deu a oportunidade de constituir uma família, para dessa forma, pudesse crescer e evoluir...
               Em qualquer situação, lembra-te de que dispões da força e da coragem que Deus te reservou, para que pudesses lutar e vencer, conquistando outros valores no caminho!
               Toda manhã renasce depois de uma noite, onde as estrelas testemunham que o trabalho existe, suficientemente, para que todos as criaturas possam participar dessa aventura, construindo a cada tempo, a sua determinada bênção na organização familiar, que se sustenta pelas oportunidades que surgem para melhorar a nossa luta, enquanto prosseguimos.
               Em qualquer situação o melhor que podes fazer é seguir em frente, mesmo quando o vento é forte e que as nuvens carregadas, na sua alma, indiquem tempestade sem fim, é hora de crer na possibilidade de que em Deus todas as forças negativas desaparecem e que sendo afortunadas pelo seu amor, redescobrimos que é preciso lutar, apesar de tudo, acreditando que a vitória é certa e que em Deus a nossa dificuldade desaparece, criando outras frentes de trabalho, na organização de nossas metas, a serviço desse trabalho que se estabelece na caridade e no amor.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 20/10/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

DOCE BILHETE

               Meus queridos pais:

               Por mais me esforce, não consigo arrancar do lápis a nota de minha alegria em lhes comunicando o conhecimento e o júbilo que me vão dentro da alma.
               Creio, hoje, que as mais belas expressões da natureza, do mundo, são silenciosas e mudas, porque a palavra talvez lhes desfigurem a beleza.
               O sol, a fonte, a árvore e a flor não falam. Irradiam a luz, a harmonia, a beleza e o perfume por mensagens intraduzíveis da sua gratidão ao Senhor.
               É assim nossa alma, quando a morte nos despoja do corpo denso, revelando-nos as realidades sublimes que nos cercam.
               Por esse motivo, não posso falar-lhes do regozijo com que desejaria expressar-me.
               A emoção eleva-se, majestosa, do meu coração até o cérebro;mas, usando tento arremessa-la através da escrita humana, desaponta-me a pobreza dos recursos de manifestação íntima ao nosso dispor na Terra.
               Mamãe, não ignoramos a sua renunciação por nos todos no mundo. Seu devotamento tem sido a manancial cristalino de água pura a banhar-nos a plantação de fé e entendimento. Todos nós nos sentimos imantados a sua ternura que representa, para nós, suave alimento. Nos dias escuros, o seu carinho foi nossa claridade invariável e, nas horas claras da esperança, o seu amor foi sempre o nosso estímulo. Continue sem descanso em sua sementeira de caridade.
               Hoje sabemos, com mais segurança e precisão, quanto vale a sua confiança em Deus a beneficio de nosso grupo familiar. E pedimos a sua dedicação jamais confiar-se à incerteza ou à dor, ao desalento ou à indecisão.
               Além dos nossos, a sua e a nossa família espiritual crescem constantemente, em busca de nosso concurso fraterno e, desse modo, desejamos sabe-la forte e bem disposta para todas as tarefas que o Senhor nos confiou.
               Não pense estejamos distantes. Vivemos unidos em espírito, na mesma faixa de serviço e compreensão.
A sua bondade tem sido o instrumento de muitos para muitos e, mais que nunca, precisamos de sua coragem e de sua devoção ao bem para o trabalho que nos cabe desenvolver.
               Daqui, do mundo novo, a que fui conduzido pelos nossos Maiores, trago-lhes as rosas sem espinhos do nosso afeto, que não morreu.
               A morte nos mergulha no sono por algumas horas, para arrebatar-nos, depois, à bênção do dia.
               Tudo é vida a estender-se sem fim.
               Tudo é grandeza divina, a dilatar-se perante os nossos olhos, do grão de areia aos mundos distantes nos confins do Universo.
               Não permitamos que a tristeza se avizinhe de nós. Deus é Sol de Amor, que nunca se apaga. E a vida é o coro de alegrias eternas que lhe flui do coração.
               Reunindo todos os nossos no mesmo abraço de carinho e amor, saudade e confiança de todos os dias, sou o filho que lhes pede a bênção e que lhes beija as mãos com muita ternura e reconhecimento.

Itamar
Do livro “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier.

 

A ESCOLA DAS ALMAS

               Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
               Quando a Palavra Divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou, inquieta:
               - Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
               Contemplou a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos conhecimentos, e a matrona acrescentou:
               - Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos. No começo, é a promessa de paz e compreensão; entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...
               Reparando que a senhora galiléia se sensibilizara até às lagrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
               - O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
               E, sorrindo, perguntou:
               - Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de servi-las à refeição?
               - A interpelada respondeu, titubeante:
               - Naturalmente, Senhor, cabe-me leva-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.
               - Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
               - De modo algum – tornou a velha humilde -, antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida...
               O Divino Amigo então considerou:
               - Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à gloria do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno reparador. O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências eu não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições. Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume à noite, desaparece... O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu circulo, são lições.


Neio Lúcio
Do livro “Jesus no Lar”, de Francisco C. Xavier.



EVOLUÇÃO E ENCARNAÇÃO

               GENTILE: Chico Xavier, por que se diz que o Espírito, para evoluir, precisa se encarnar? No Mundo Espiritual, ele não evolui? Qual a diferença principal entre as duas faixas de evolução quanto ao aprendizado?

               CHICO: não acreditamos estar de posse dos conhecimentos para respondermos a questões assim profundas, evolvendo decisões do Plano Superior. O que podemos concluir dos ensinamentos múltiplos dos Amigos Espirituais, é que durante a existência na Terra, enquanto somos favorecidos com a permanência no corpo, dispomos de maiores oportunidades para aprendizagem, educação ou reeducação, na aquisição das experiências de que necessitamos para a ascensão definitiva à Vida Maior.
               O corpo, neste caso, funciona como sendo uniforme, num educandário.
               Sabemos que o corpo, em si, obedece a leis estabelecidas em regime de igualdade para a criação dos demais corpos; cabe-nos, portanto, admitir que, uniformizados pelo padrão de vestuário físico, na escola da Terra, somos favorecidos com disciplinas que de momento não estimamos receber.
               Aqui recordamos aqueles alunos dos colégios humanos que, na maioria, muitas vezes não se agradam das disciplinas com que não acolhidos nos estabelecimentos que os recebem, embora, mais tarde, venham a saber que o beneficio destas disciplinas, é e será sempre, incalculável para eles todos.
               Internados no corpo terrestre é que somos instruídos a respeito da necessidade de mais ampla harmonização de nossa parte, uns com os outros, certamente porque, vivendo nas esferas espirituais próximas a Terra, com aqueles que são as criaturas absolutamente afinadas conosco, não percebemos de pronto as necessidades de aperfeiçoamento e progresso.                Numa comunidade ideal, com vinte, quarenta ou dez pessoas raciocinando por uma faixa só, estamos tão felizes que corremos o risco de permanecer estaques em matéria de evolução por muito tempo.
               Beneficiados com a reencarnação, o estacionamento é quebrado de modo natural, para que sintamos a sede de novos conhecimentos, fome de amor e ensejo de compreensão, de vez que não ignoramos que sede e fome são fatores que nos obrigam a trabalhar muito. Então, espiritualmente, semelhantes fatores na vida do Espírito estão vigorando para nos todos, com a função de nos estimularem ao burilamento e ao progresso.

O PASSE

               Saia Jesus da cidade de Jericó, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão, quando um cego, de nome Bartimeu, começou a clamar em altas vozes.
               - Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!
               Algumas pessoas ordenaram-lhe que se calasse, mas o cego empolgado pelo desejo de ser beneficiado pelo generoso Rabi, insistia:
               - Que queres que eu faça? – perguntou-lhe.
               - Senhor, que eu veja.
               Compadecendo-se, Jesus estendeu-lhe as mãos, tocando em seus olhos, dizendo:
               - Vai em paz. A tua fé te salvou.
               No mesmo instante o cego voltou e enxergar e, jubiloso, integrou-se no grupo que acompanhava o Messias.TR
               Por isso, se nos limitamos a recebê-los, sem analisar mais profundamente as origens de nossos males, eles logo recrudescerão.
               Saúde e equilíbrio não se sustentam em concessões gratuitas da divindade. São conquistas que todos devemos realizar com o esforço de renovação, tendo por motivo o Evangelho. Nele há tônicos infalíveis que operam prodígios de bem-estar quando deles fazemos uso. Todos os conhecemos sobejamente: a compreensão, a tolerância, a paciência, o perdão, a caridade, o amor, a misericórdia, a bondade...
               Oportuno lembrar que frequentemente Jesus dispensava os beneficiários de suas curas, recomendando: “Vai e não peques mais para que não te suceda algo pior.”

Transfusão de Energias

               Jesus curou o cego de Jericó aplicando-lhe o passe magnético, terapia que desenvolveu largamente durante seu apostolado, no que foi imitado pelos discípulos que, em seu nome, aliviaram males do corpo e da alma.
               O Espiritismo revive o mesmo tratamento, em toda sua simplicidade, sem magia, sem mistério, sem ritualismo.
               O companheiro que se coloca diante do paciente, impondo-lhe as mãos sobre a sua cabeça, é apenas alguém de boa vontade que concentra seus melhores sentimentos no propósito de favorecê-lo com uma transfusão de energias magnéticas, de dois tipos:
               - O magnetismo humano, do próprio passista.
               - O magnetismo espiritual, de benfeitores desencarnados que controlam todo o processo.
               A aplicação do passe no Centro Espírita é mera especialização do ser humano. Todos nós poderemos doar magnetismo curador. Muitos o fazem, inconscientemente. Há múltiplos exemplos: a mãe que acalenta o filho inquieto ao seio; o médico à cabeceira do doente preocupado com sua recuperação; o religioso que ora por alguém; a benzedeira que atende à criança...

As Duas Condições Básicas

               A eficiência dopasse está associada a dois fatores.
               O primeiro é a capacidade do passista. Como Jesus foi o modelo perfeito, fácil concluir que o melhor será aquele que mais se aproxime de sua orientação, desenvolvendo valores de serenidade, equilíbrio, dedicação e, sobretudo, amor pelo semelhante.
               Embora os companheiros vinculados à tarefa estejam longe desse padrão, a Espiritualidade suprirá suas limitações, desde que não se acomodem às próprias fraquezas, cultivando empenho de renovação e desejo de servir.
               O segundo fator, tão importante quanto à capacidade do passista, é a receptividade do paciente. Imaginemos uma transfusão sanguínea: o doar faz sua parte, mas no momento de injetar o sangue nas veias do doente, este retira a agulha nele introduzida, inviabilizando a transferência. O mesmo podemos dizer da transfusão de energia magnética, que para completar-se, exige empenho do beneficiado, no sentido de sincronizar com aquele que beneficia.

Aqui entra a fé.

               - A tua fé te salvou – proclama Jesus, dirigindo-se a Bartimeu. Não se tratava de um prêmio à crença irrestrita, mas uma dramática demonstração de que é preciso confiar plenamente nos recursos mobilizados em nosso favor a fim de que possamos assimilá-los integralmente.

Complemento Indispensável

               Outro ponto importante a considerar:
               O passe é sempre uma terapia de superfície.
               Pode amenizar os efeitos – doenças e perturbações – mas não atinge as causas profundas que se exprimem em nossa maneira de pensar, nas falhas de comportamento, nos vícios alimentados.
               Por isso, se nos limitamos a recebê-los, sem analisar mais profundamente as origens de nossos males, eles logo recrudescerão.
               Saúde e equilíbrio não se sustentam em concessões gratuitas da divindade. São conquistas que todos devemos realizar com o esforço da renovação, tendo por roteiro o Evangelho. Nele há tônicos infalíveis que operam prodígios de bem-estar quando deles fazemos uso. Todos os conhecemos sobejamente: a compreensão, a tolerância, a paciência, o perdão, a caridade, o amor, a misericórdia, a bondade.
               Oportuno lembrar que frequentemente Jesus dispensava os beneficiários de suas curas, recomendando: “Vai e não peques mais para que não te suceda o pior.”

Importante Considerar

               Há a questão do merecimento. Compromissos cármicos, decorrente de nossos desatinos do passado, geralmente não podem ser removidos. Nenhum passista, por mais eficiente; nenhuma fé por mais ardorosa, fará brotar uma perna em alguém que nasceu sem ela. Há determinados problemas físicos e psíquicos tão irremediáveis como a falta de um membro.
               Mesmo assim, se cumprimos as disciplinas do passe – fé e empenho de renovação, Ele nos beneficiará muito, revitalizando nossa força e minimizando nossos males, para que enfrentemos o resgate do pretérito sem tormentos e sem atropelos, com o coração em paz.
               Será algo semelhante a colocar abençoada almofada sobre os ombros, a fim de que se faça mais leve a cruz de nossa redenção.

Sugestões para o Dia do Passe

               01 – Evite atritos, desentendimentos, irritações, agressividade. Coração conturbado é “veia difícil” na transfusão magnética.
               02- alimente-se frugalmente, evitando o sono que advém quando sobrecarregamos o estômago. É imperioso acompanhar atentamente as palestras doutrinárias que precedem a transfusão magnética, nas quais colhemos preciosas orientações.
               03- Observe a pontualidade, porquanto o passe é o complemento da ajuda que começamos a receber tão logo o dirigente da reunião pronuncia a prece de abertura. Paciente atrasado, terapia prejudicada.
               04- enquanto espera sua vez, fuja de conversas vazias que não condizem com os objetivos da reunião. O folheto com mensagens espíritas, tradicionalmente distribuídos à entrada, é um convite para que nos disponhamos a meditar em torno de tema edificante, guardando valioso silencio.
               05- Diante do companheiro que vai lhe aplicar o passe, eleve o pensamento em oração, consciente de que a ajuda maior virá do céu. Quando as preces contritas, refluem as bênçãos de Deus.

Richard Simonetti

 

SALÁRIOS

“Contentai-vos com o vosso soldo.” João Batista (Lucas, 3:14.).

               A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e bom senso.
               Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum.
               Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vitimas da inquietação e insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.
               Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.
               Inúmeras pessoas seguem, da mocidade a velhice e do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos                Imperscrutáveis Desígnios.
               Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos.
               Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais tranqüilo.
               Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão,ante a justiça do Todo-Poderoso.
Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-se a valorizar as concessões do Céu.

Emmanuel
Do livro “Pão Nosso”, de Francisco C. Xavier, edição FEB.

 

 

TRANQUILIDADE

               Comece o dia na luz da oração.
               O amor de Deus nunca falha.
               Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
               Hoje é o tempo de fazer o melhor.
               Trabalhe com alegria.

Emmanuel
Do livro “Centelhas”, Francisco C. Xavier, edição IDE.

 

SE AINDA MANTÉM A DISCIPLINA

               É sempre prudente realizar periodicamente um auto análise, a fim de verificar certas normas de procedimento diante do próximo, porque muitas vezes até mesmo porque sufocados pelos problemas quotidianos, em muitos casos, esquecem-se os objetivos propostos pela reta consciência, que sempre está envolvida com o nobre dever de amar, amar a si mesmo e ao próximo, como sendo a norma maior para a vida de qualquer um.
               Justamente, nesses momentos, deve ocupar-se em corrigir certos equívocos, porque, por uma razão ou outra, muitas vezes deixam-se ao esquecimento certas atitudes básicas e alguns fundamentos que a Doutrina Espírita sugere como norma de conduta, especialmente para aqueles em que a esta penetrou porta adentro do coração, é bom considerar o seguinte:
               - Se continua a servir o próximo com desinteresse e espírito de compaixão.
               - Se ainda se dedica ao estudo.
               - Se a noção de responsabilidade ainda tem predominância em suas ações.
               - Se esquece com facilidades as obrigações.
               - Se mantém o respeito ao próximo, mesmo que até em alguns momentos reconheça os seus defeitos.
               - Se ainda conserva o espírito de vigilância para manter-se num padrão de dignidade.
               - Se consegue manter o equilíbrio diante das dificuldades do caminho.
               - Se é capaz de manter uma conversão amistosa e produtiva, com o próximo, sem exigências.
               - Se mantém paciência diante dos compromissos do quotidiano, sem reclamar.
               Isto, porque, precisa manter o foco no essencial. É claro que muita coisa precisa fazer para manter o padrão mínimo de dignidade diante da vida, no entanto, se já consegue estimular essas conclusões, pode-se dizer que está no caminho certo.
               Muitas pessoas por descuido esquecem destes ensinamentos, muitas vezes pode estar à beira do desequilíbrio emotivo e não tem a noção exata do perigo que o espera, por isso, a necessidade imperiosa de dar uma pausa para refletir melhor sobre vida que leva. Sempre é importante, porque, com certeza trará uma revitalização daqueles objetivos que sempre marcaram a sua existência que não será lícito esquecer, em momento algum, porque deles dependem estar melhor no futuro.
               Por isso é salutar a avaliação da conduta em seus momentos de reflexão, a fim de manter sempre focado no interesse maior daquele que se propõe a realizar o melhor ao longo do percurso, por este mundo de provas e expiações.


Áulus
Otacir Amaral Nunes

PERENTE JESUS

               Em todos os instantes, reconhecer-se na presença invisível de Jesus, que nos ampara nas obras do Bem Eterno.
               Aceitou-nos o Cristo de Deus desde os primórdios da Terra.
               Nos menores cometimentos, identificar a Vontade Superior, promovendo em toda parte a segurança e a felicidade das criaturas.
               Cada coração humano é uma peça de luz potencial e Jesus é o Sublime Artífice.
               Lembrar-se que o Senhor trabalha por nós sem descanso.
               Repouso indébito, deserção do dever.
               Sem exclusão de hora ou local, precaver-se contra o reproche e a irreverência para com a Divina Orientação.
               O acatamento é prece silenciosa.
               Negar-se a interpretar o Eterno Amigo por vulgar revolucionário terreno.
               Reconheçamo-lo como Luz do Mundo.
               Renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.
               Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito.
               Identificar a posição que lhe cabe em relação a Jesus, o Emissário de Deus, evitando confrontos inaceitáveis.
               O homem que exige seja o Cristo igual a ele, pretende, vaidosamente, nivelar-se com o Cristo.
               Em todas as circunstâncias, eleger, no Senhor Jesus, o Mestre invariável de cada dia.
               Somos o rebanho, Jesus é o Divino Pastor.

               “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.” – Paulo. (Colossenses, 3:23.)

André Luiz
Do livro “Conduta Espírita” de Waldo Vieira

PRECE POR ENTENDIMENTO

               Senhor Jesus!

               Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
               Induze-nos à pratica do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.
               E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviços aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permanece em nós, agora e sempre.
               Assim seja.

Emmanuel
Do Livro “Paciência”, de Francisco Cândido Xavier, edição CEU.

 

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ANO V - Nº 52 – Campo Grande/MS - Maio de 2010
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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