SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor,
Chore o quanto quiser,mas não brigue comigo,
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que pintam
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
-“Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”
Ai, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso em meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se trás o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
“Ser seu amigo, já é um pedaço dele...”
Pensamentos
de Francisco Cândido Xavier
POR TODOS OS MEIOS
Que eu continue com vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida.
Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas.
Que eu realmente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar essa ajuda.
Que eu mantenha o meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos.
Que eu realimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e alegria.
Que eu sempre atenda mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.
Que eu pratique mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses.
Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia.
E, acima de tudo...
Que eu lembre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós! Pensamentos
de Francisco Cândido Xavier
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!
Pensamentos
de Francisco Cândido Xavier
NOSSO LAR
André Luiz
(12.a Parte)
Continuamos a seqüência resumida da obra “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco C. Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira. Texto para leitura
70. A caravana socorrista – A caravana socorrista constituída pelos Samaritanos possuía seis grandes carros, formato diligência, que, precedidos de matilhas de cães alegres e bulhentos, eram conduzidos por animais semelhantes aos muares terrestres. Bandos de aves de corpo volumoso voavam a curta distância, acima dos carros. Eram chamadas íbis viajores, excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas emanadas das regiões umbralinas. Narcisa explicou que no Ministério do Esclarecimento se localizam parques de estudo e experimentação, onde poderiam ser colhidos maiores esclarecimentos sobre os animais existentes em “Nosso Lar”. (Cap. 33, págs. 183 e 184)
71 . Aeróbus no Umbral – André Luiz perguntou-lhe por que o aeróbus não era utilizado pela caravana socorrista e Narcisa explicou que o motivo é a densidade da matéria presente no Umbral. “O avião que fende a atmosfera do planeta não pode fazer o mesmo na massa equórea”, comparou a enfermeira. (Cap. 33, pág. 184)
72. O caso da senhora de escravos – Uma senhora já idosa tentava descer do carro com muita dificuldade. André a ajudou e ela começou a falar, imaginando que acabava de sair do purgatório graças às missas que mandou fazer antes da morte. Fora proprietária rural e relatou alguns fatos ocorridos por sua ordem, relativamente ao trato com seus escravos. Muitos negros morreram no tronco, para servir de exemplo aos demais. Mães cativas eram separadas de seus filhos. A consciência lhe pesava, mas a periódica absolvição concedida por padre Amâncio a acalmava. O padre lhe dizia que os africanos são os piores entes do mundo, nascidos para servir a Deus no cativeiro. Dito isto, ela informou ter desencarnado em maio de 1888, desconsolada ao saber através do padre que a Princesa Isabel havia abolido a escravatura. Sua passagem pelo Umbral durara, portanto, mais de cinquenta anos. (Cap. 34, pp. 185 a 188)
73. O caso Silveira – Um dos socorristas reconheceu André e o cumprimentou carinhosamente. Era Silveira, pessoa que André conhecera na Terra e a quem seu pai, como negociante inflexível, despojara um dia de todos os bens. Envergonhado com a situação, André lembrava-se perfeitamente do dia em que a mulher de Silveira foi à sua casa pedir moratória para a dívida do marido. Silveira estava acamado havia muito tempo e dois filhos encontravam-se doentes. Apesar da intercessão de sua mãe, o pai de André fora inflexível. Levados à penúria, os Silveiras procuraram recanto humilde do interior e nunca mais se ouviu falar deles. Silveira mostrava-se, porém, simpático e sem rancor e abraçou André, antes de voltar ao trabalho. André pediu-lhe perdão pelos erros que o pai e ele haviam cometido, mas Silveira explicou, com humildade, que a perda das possibilidades materiais fora útil no tocante ao progresso espiritual de sua família. Com os novos conhecimentos obtidos na colônia espiritual, ele não mais encarava os adversários como inimigos, mas sim como benfeitores. Por fim, ciente do estado em que se encontrava Laerte, disse a André que gostaria de visitá-lo brevemente, juntamente com ele. (Cap. 35, pp. 190 a 194)
74. O sonho – Naquela noite André Luiz já estava integrado no mecanismo dos passes e os aplicava aos necessitados de toda sorte. Todos estavam felizes com o seu progresso. Laura e Lísias foram então visitá-lo e Clarêncio lhe enviou seus cumprimentos. Tobias lhe pôs, então, à disposição um apartamento de repouso, ao lado das Câmaras de Retificação e sugeriu-lhe algum descanso. André estava muito feliz e pôde, assim, descansar satisfeito. Ao adormecer, teve a impressão de ser arrebatado em pequenino barco rumando para regiões desconhecidas. Começou então um sonho maravilhoso com sua mãe, no qual esta lhe passou informações e esclarecimentos valiosos. Tratava-se, no entanto, de um sonho diferente, em que André tinha perfeita consciência de que conversava com a mãe e de que deixara o veículo inferior – o corpo espiritual – no apartamento.
(N.R.: Como pode o Espírito emancipar-se do próprio perispírito, deixando-o no leito? A explicação se encontra no estudo acerca do corpo mental, o envoltório sutil da mente, que André Luiz desenvolve no livro “Evolução em dois Mundos”, primeira parte, cap. II, pp. 25 e 26.) (Cap. 36, pp. 195 a 199)
75. A preleção de Veneranda – Autorizado a assistir à preleção de Veneranda, que se realizou após a oração vespertina, André notou que vinte entidades se assentavam em local destacado entre a platéia e a instrutora. Mais de mil pessoas ali se reuniam para ouvir a palestrante. Narcisa explicou que aqueles irmãos situados em lugar de realce eram os mais adiantados na matéria do dia, autorizados, pois, a interpelar a Ministra. Esse direito fora adquirido por sua aplicação ao assunto, condição que todos podem alcançar, graças a seus esforços. A medida fora implantada pelo Governador nas aulas e palestras de todos os Ministros, para que os trabalhos não se convertessem em desregramento de opiniões pessoais, sem base justa, com grave perda de tempo para o conjunto. Veneranda espalhou, com sua simples presença, enorme alegria em todos. Seu semblante era de nobre senhora em idade madura, cheia de simplicidade, sem afetação. O tema da preleção foi o pensamento. Lembrou que “Nosso Lar” é cidade espiritual de transição, uma bênção que Deus lhes concedeu por “acréscimo de misericórdia”, para que alguns poucos se preparem à ascensão e para que a maioria volte à Terra em serviços redentores. Quando terminou, uma suave música encheu o recinto de cariciosas melodias. (Cap. 37, pp. 200 a 205)
76. O caso Tobias – Tobias convidou André para conhecer sua casa, onde moravam com ele Hilda e Luciana. A biblioteca da casa possuía volumes maravilhosos na encadernação e no conteúdo espiritual. No jardim, lindos caramanchões, hortênsias e violetas alegravam o ambiente. Tobias disse então a André que ele fora, na última passagem pelo planeta, casado duas vezes. Hilda, a primeira esposa, faleceu quando nascera o segundo filho. Um ano depois, desposou Luciana. Ao saber do fato, Hilda parecia uma loba ferida, inconformada com a situação, pois amava o marido e não queria perdê-lo. Foi quando uma avó materna se aproximou dela e lhe deu conselhos importantes, lembrando que Luciana não era adversária, mas uma amiga que servia de mãe para seus filhos, que cuidava de sua casa, de seu jardim e ainda suportava a bílis do marido. A partir daí, Hilda mudou inteiramente o comportamento e passou a trabalhar pelo bem-estar de todos. Anos depois, ali estavam os três, debaixo do mesmo teto, unidos pela fraternidade real. Aliás, Luciana estava em pleno noivado espiritual e no próximo ano deveria reencarnar para reencontrar um nobre companheiro de muitas etapas terrenas, que a havia precedido no retorno às lutas terrestres. (Cap. 38, pp. 207 a 213)
Frases e apontamentos importantes
CXXXVIII. Todos nós encontramos no caminho os frutos do bem ou do mal que semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade universal. Bem- aventurados os devedores em condições de pagar. (Narcisa, cap. 40, pág. 222)
CXXXIX. Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai, e pagará um preço terrível. (Salústio, cap. 41, pág. 226)
CXL. Se devemos lastimar a criatura em oposição à lei do bem, com mais propriedade devemos lamentar o povo que olvidou a justiça. (André Luiz, cap. 41, pág. 226)
CXLI. A doença é mestra da saúde, o desastre dá ponderação. (...) Helvécio, Helvécio, esqueçamos o “meu programa” para pensar em “nossos programas”. (Um Espírito, cap. 41, pp. 228 e 229)
CXLII. Irmãos de “Nosso Lar”, não vos entregueis a distúrbios do pensamento ou da palavra. A aflição não constrói, a ansiedade não edifica. Saibamos ser dignos do clarim do Senhor, atendendo-lhe a Vontade Divina no trabalho silencioso, em nossos postos. (Governador, cap. 41, pág. 230)
CXLIII. É elevada a porcentagem de existências humanas estranguladas simplesmente pelas vibrações destrutivas do terror, que é tão contagioso como qualquer moléstia de perigosa propagação. O medo é um dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas. (Narcisa, cap. 42, pág. 231)
CXLIV. A Governadoria coloca o treinamento contra o medo muito acima das próprias lições de enfermagem. A calma é garantia do êxito. (Narcisa, cap. 42, pág. 232)
CXLV. O Governador sempre estimou as atitudes patriarcais, considerando que se deve administrar com amor paterno. (Salústio, cap. 42, pág. 233)
CXLVI. Elevemos ao máximo nosso padrão de coragem e de espírito de serviço. Quando as forças da sombra agravam as dificuldades das esferas inferiores, é imprescindível acender novas luzes que dissipem, na Terra, as trevas densas. (Governador, cap. 42, pág. 234)
CXLVII. Nas organizações coletivas, é forçoso considerar a medicina preventiva como medida primordial na preservação da paz interna. (...) Não podemos hesitar no que se refere à defesa do bem. (Governador, cap. 42, pág. 235)
CXLVIII. Nossa tarefa essencial é de confraternização e paz, de amor e alívio aos que sofrem. (...) Interpretaremos todo mal como desperdício de energia e todo crime como enfermidade d’alma. “Nosso Lar” é um patrimônio divino, que precisamos defender com todas as energias do coração. Quem não sabe preservar, não é digno de usufruir. (Governador, cap. 42, pág. 235)
LEMBRETE IMPORTANTE:
Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.
Pergunta extraída do livro “Mediunidade e Animismo” do médium Carlos A. Baccelli, pelo espírito de Odilon Fernandes, para a consideração dos companheiros.
g) Qual a qualidade que o médium deve se esmerar em conquistar?
R.: A transparência na lida com os espíritos, encarnados e desencarnados. O médium sincero sem seus propósitos de ser útil à Causa confunde a maledicência e, gradativamente, impõe silêncio aos críticos gratuitos da tarefa que desenvolve. As mãos que apedrejam, quando percebem que não logram o intento de atingir o alvo, cansam-se de apedrejar.
FELICIDADE
Jerônimo, como podemos encontrar a felicidade que tanto almejamos?
Jerônimo Mendonça – A felicidade é uma troca, o amor é fusão. Ninguém pode ser feliz no egoísmo, no exclusivismo, entregue à marginalidade de uma situação, qualquer que ela seja. Felicidade é participação, é a improvisação da felicidade dos outros, pois é dando que se recebe.
CHORANDO PARA SERVIR
Anelas a ascensão na Seara da Luz onde se movimentam os teus passos, entretanto, não desejas oferecer o tributo exigido àqueles que se afeiçoam à bênção do serviço.
Indagas como é possível a muitos companheiros manterem digna compostura na face, atendendo a compromissos diversos, no clima da assistência aos sofredores.
Contigo, em todas as tentativas de bem servir, insucessos assinalam os teus movimentos, empurrando-te para a retaguarda.
São incompreensões que surgem, inesperadas, e se transformam em espinheiros de aflição.
São dificuldades que nascem, miraculosamente, impedido o avanço, e se instalam como escolhos de remoção difícil.
São lutas que recrudescem, violentas, grassando como labaredas voluptuosas, devorando a alegria.
São dissabores que se repetem, continuamente, amargando o pão da esperança.
São perseguições gratuitas que estabelecem pânico e agonia na casa mental, atemorizando e zurzindo o aflito.
São amigos que desertam, frequentemente, deixando compromissos pesados, que se fazem fardos esmagadores.
E apresentas as mãos calejadas, os pés feridos, o rosto gotejando suor, o coração magoado.
No entanto, eles, os que sorriem, também experimentam fortes vendavais no posto da luta.
Enquanto impõem ao rosto a expressão de alegria, não raro carregam o coração transformando em brasa viva a requeimar insistentemente.
Durante o tempo em que ajudam, conduzem a mente abrasada, confundindo a inquietude que portam com a aflição do próximo.
Transformam a dor em expressão de combate e lutam, sem queixumes, certos de que a transferência do dever gera problema complicado para quem busca fugir.
Não te lamentes nem ambiciones uma paz inoperante a medrar na indolência.
Sustentando o monumento, a base desconhecida não reclama sua posição inferior. Todavia, sem ela, a obra de arte não teria apoio que lhe favorecesse a contemplação e o brilho.
A dor, anônima e silenciosa, é a base do êxito de qualquer empreendimento.
aprende, assim, a transformar as lágrimas, com que o dever te experimenta, em sorrisos de alento para os mais tíbios e, certo de que todos, na luta, estamos sofrendo para aprender e chorando para servir, liga o pensamento ao Senhor, que até hoje, sem reclamação, não encontrou em nossas almas um lugar seguro para a paz e o justo repouso. Joanna de Ângelis
Do livro “Messe de Amor”, de Divaldo Pereira Franco.
PIEDADE EM CASA
Não aguardes as ocorrências da dor para desabotoares a flor da piedade no coração. Sê afável com os teus, sê gentil em casa, sê generoso onde estiveres.
No lar, encontrarás múltiplas ocasiões, cada dia, para o cultivo da celeste virtude.
Tolera, com calma silenciosa, a cólera daqueles que vivem sob o teto que te agasalha. Não pronuncies frases de acusação contra o parente que se ausentou por algumas horas.
Não te irrites contra o irmão enganado pela vaidade ou pelo orgulho que se transviou nos vastos despenhadeiros da ilusão.
Na tarefa de esposo, desculpa a fraqueza ou a exasperação da companheira, nos dias cinzentos da incompreensão; e, no ministério da esposa, aprende a perdoar as faltas do companheiro e a esquecê-las, a fim de que ele se fortaleça no crescimento do bem.
Se és pai ou mãe, compadece-te de teus filhos, quando estejam dominados pela indisciplina ou pela cegueira; e se és filho ou filha, ajuda aos pais, quando sofram nos excessos de rigorismo ou na intemperança mental.
Compreende o irmão que errou e ajuda-o para que não se faça pior, e capacita-te de que toda revolta nasce da ignorância para que as tuas horas no lar e no mundo sejam forças de fraternidade e de auxilio.
Quando estiveres à beira da impaciência ou da ira, perdoa setenta sete vezes e adota o silêncio por gênio guardião de tua própria paz. Compadece-te sempre.
Se tudo é desespero e conturbação, onde te encontras, compadece-te ainda, ampara e espera, sem reclamar...
Habituem-nos a ignorar todo o mal, fazendo todo o bem ao nosso alcance.
A piedade do Senhor, nas grandes crises da vida, transformou-se em perdão com bondade, em ressurreição com serviço interessante pelo soerguimento do mundo inteiro.
Emmanuel
Do livro “Alvorada do Reino”, de Francisco Cândido Xavier, Ed. Ideal.
Querida mamãe Eliana.
Feliz Aniversário!
Mesmo que eu estivesse presente fisicamente para abraçar-te hoje, não estaria tão feliz como estou, acomodado nas lembranças, que deixaram marcas no coração e na alma de nossos familiares lembrando que a travessia das situações difíceis nos enfraquece, recordando o trauma dos acontecimentos...
Hoje é um dia muito especial para a senhora e eu sei que se não utilizasse este lápis, deixaria marcas profundas no seu coração que espera cada minuto uma notícia do filho amado!
Sei que gostaria que eu falasse da minha vida, esclarecendo como tenho passado nessa outra fase da minha vida. Acho oportuno relatar que os acontecimentos que antes me trouxeram tanta dor e tanta saudade, lembrando a ausência da esposa e do filho amado, hoje se preenchem com a luz que vou adquirindo quando abro a minha mente para visualizar o mistério desse mundo que cresce aos meus olhos e descubro que tudo é possível quando nos voltamos para o trabalho a que estamos vinculados na seara divina...
Fui um bom médico, fui um bom filho, fui um bom esposo e também fui um bom pai... Até que os acontecimentos inevitáveis, transferiram-me para longe de todos, deixando marcas que ficaram como feridas incuráveis no coração...
Mamãe querida, eu estou feliz, porque o nosso mundo é imenso e o infinito é azul, reconhecendo outros mundos, enquanto vamo-nos aperfeiçoando nas escolas que ensinam cada um de nós a reformular-se nos talentos que precisam ser conquistados para o auxílio das demais criaturas que caminham conosco nessa trajetória rumo à evolução da espécie, agradando a sua alma nas conquistas individuais.
Digo que estou feliz, mesmo quando as lágrimas brotam de seus olhos e se perdem no chão da incerteza, porque é preciso acreditar que tudo se transforma, no instante em que nascemos para os braços daquela que chora de alegria e que depois chora de tristeza quando vê o filho despojado da vida tão viril, perdendo valores conquistados pelo esforço único de querer a vitória em cada esforço, em cada luta, pelo acerto e pelo conceito que se adquire quando nos transformamos em criaturas públicas a serviço das outras criaturas que buscam a cura para as suas doenças da alma e do corpo...
Então eu digo para a senhora, que chora e que sorri nos instantes que está enfrentando a solidão ou nos momentos de reflexão em que encontra a vida fluindo rumo à eternidade.
Sou médico ainda e muitos colegas estão comigo trabalhando no tratamento daqueles que estão perdidos dentro de si mesmos e sequer reconhecem a nova situação depois que morrem, desperdiçando a própria crença de que é possível continuar vivendo.
Estou feliz porque reencontrei criaturas amadas como o vovô Claudionor e a vovó Edman, os nossos entes mais queridos, que dias após dias, vão edificando outras moradas que se materializam diante dos próprios olhos ao sentir a grandeza da conquista individual.
Eu poderia escrever um livro para contar cada detalhe dessa nova vida, com seus mistérios e com suas realidades que nascem da sua vida e que se erguem quando começamos a raciocinar na grandeza celestial.
Gostaria que a senhora visse a terra bilhões de anos atrás, como as imagens que temos nos arquivos do lugar em que estamos vivendo, no propósito de continuar criando esta obra que vem de nós mesmos para a construção da eternidade.
Mamãe olha para o céu quando o sol está indo embora e veja quanta beleza há no seu despertar... Imagine quando Deus fez os mundos e materializou cada espécie, em seu lugar adequado para que a vida pudesse erguer-se à frente da natureza e conquistasse seus mundos, também adequados ao seu desenvolvimento moral e intelectual, motivados pelo desejo de crescer e ser generoso, enquanto o criador continua edificando outros mundos para o espírito crescer e tornando-se anjos, possam retornar para cumprirem suas tarefas talentosas, enquanto continuam evoluindo...
Nada é impossível na crença de que a vida continua...
Deus materializou as flores e cada coisa que existe na terra de acordo com os nossos campos de vibração e por onde andamos, materializam-se campos, cidades, grandes províncias de aprendizado onde os talentos são despertados para a luta que cada um participa a exemplo de que aqui estamos em constante evolução e estudo, melhorando a nossa condição de criar caminhos que melhorem a vida daqueles que ainda estão perdidos na escuridão, mesmo sob a luz do sol que irradia o calor que beneficia o seu trabalho no progresso enquanto padece na aflição do recomeço.
Hospital escola, formando médicos que atuaram na terra, engenheiros, advogados e outros talentos que se transferem para a formação de cada um.
As flores que a senhora ganhou hoje refletem a imagem de tudo que é belo e a natureza daqui embeleza a natureza daí, misturando tudo, como se fosse uma massa de bolo que logo delicia os acontecimentos festivos de um aniversário de alguém que amamos muito e que com a graça de Deus, aprendeu a chorar sem lamentar a perda do filho amado, porque agora sabe que o filho está presente em cada lugar, trabalhando e estudando, para que o mundo, em favor de muitos se transforme numa escola de verdade, como as daqui, multiplicando as chances para cada criatura descobrir que é preciso recomeçar sempre...
Nada do que fomos se esquece, Jesus foi nosso mentor e nele nós encontramos a esperança de uma vida melhor e infinita aos nossos olhos, quando descobrimos que estamos vivos e é por isso que quando a senhora chora de saudade eu chego bem dentro de seu coração e digo “Mamãe, eu estou aqui, bem dentro de você” e não quero nascer de novo porque o seu coração é a minha casa e na minha casa existe a possibilidade de não vê-la mais chorando porque afinal, a vida continua!
Contente, mamãe, eu estou aqui festejando o seu aniversário, junto com os amigos do coração, que estão conosco nesta noite de núpcias onde casamos os nossos pensamentos porque o noivo e a noiva sempre estão prontos para a vida eterna e que as nossas crianças possam sorrir lembrando que o tempo é o tempo e que a vida é a vida, e tudo se direciona para o alto, criando para cada um de nós um mundo maravilhoso chamado de “céu”.
Mil beijos para a senhora e mil beijos para a mamãe que tanto amo.
Alessandro Martins
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública do dia 30/09/2010, dia do meu aniversário, no Grupo Espírita da Prece em Campo Grande/MS.
LITERATURA INFANTIL
O SONHO
Todos sabiam que o Sapo Mor vivia dias de extrema preocupação, além de que a baixa auto-estima, já não saia de casa mais, estava realmente amargurado por dentro, aquele episódio do fantasma deixara profundas cicatrizes, não conseguia mais se adaptar àquela rotina, porque podia a qualquer momento vir à tona aquelas atitudes, diríamos assim, ridículas, daquela noite sinistra, que se colocara tão pequeno, sem fé, sem caráter, sem respeito por si mesmo, medroso, sem princípios, parece que era o fim, pois que teve um medo enorme de morrer.
Depois que acontecera, até que tentará recuperar a sua auto-estima a Sandália da Humildade, aí foi o fim, pois que se descobrira o quanto era egoísta, maldoso, invejoso, orgulhoso. Não podia ser considerado um herói de verdade, era isso que talvez fosse o maior problema. Mas naquela noite depois de muito meditar, caiu em profundo sono, e sonhou que Lagoa Florida havia se transformado para o grande acontecimento da raça. Os preparativos eram enormes para a Festa do Milênio, onde se reuniram os mais sábios, os mestres, os pensadores, os filósofos mais eminentes, doutores, poetas, maestros, músicos famosos, avatares, de todas as disciplinas prepararam-se por cinco anos para a grande demonstração da raça, onde seriam homenageados os filhos mais ilustres de Lagoa Florida, tanto do passado como do presente.
Naturalmente que o encerramento daquela festa extraordinária caberia ao maior, o mais esplêndido tenor que já existiu. Garganta de Prata. Somente no próximo milênio se reuniram tantos sapos ilustres.
Aquele dia era festa máxima de encerramento, montara-se uma tenda de grande dimensão, onde se postava a orquestra mais completa que já se conhecera, dirigida pelo maestro mais importante daquele século, e ele naturalmente iria completar essa equipe possante, ou seja, o mais seleto encontro. A multidão era enorme, fora montada num outeiro onde se podia avistar de longa distância.
À frente a orquestra era formada por uma centena de violinos, outros instrumentos de cordas, depois, em seguida os metais, alguns instrumentos experimentais que emitiam sons raríssimos, depois os instrumentos de percussão. Os cantores a posto obedecendo a uma ordem para executar o número que haviam ensaiado, ele encerraria o grande festival.
Ali estava ele para encerrar o encontro coroando o seu grande talento, ouvia com complacência todos que se apresentaram, discretamente aplaudindo, como se fala dando aquela força aos outros, mas no fundo guardava o mais secreto desejo de mostrar o quanto era superior a todos os outros que se apresentavam.
Todos que se apresentavam foram sempre muito aplaudidos, mas quando ele entrou parece que a imensa estrutura quase veio abaixo, cumprimentou a todos com grande elegância, demonstrando o domínio que tinha com a platéia, mas quando a orquestra fez a introdução e ele começou a voz saiu baixinha, baixinha, o povo começou a acenar que não estava ouvindo direito, ele mais se esforçou, mas nada, depois de um cinco minutos, as pessoas começaram a sair, muito embora dissesse esperasse que daria um jeito, mas foram saindo, cabisbaixos como se não acreditassem no que viam,saindo, não houve como fazer com que o povo ficasse.
Desesperado, tentou todos os truques, mas não houve jeito, o povo na maior decepção foi saindo, depois vendo que não tinha jeito, até os músicos da orquestra o deixaram aborrecidos com o seu medíocre desempenho, aliás, um verdadeiro desastre. Ficou parado no meio do palco sem saber o que fazer, mas ao fundo, notou que ficou uma única pessoa, pensou pode ser sua primeira namorada que não o deixara, a Sapamia, e resolveu ir até onde se encontrava aquela pessoa, talvez para chorar a sua derrota, ou para cumprimentá-la pelo seu espírito de solidariedade, quando se aproximou era sua querida mãe, choraram juntos, depois saíram pela rua deserta, caminharam por alguns minutos no silencio daquela quase manhã. Avistaram o seu lar, quando subiam pela escada sua querida mãezinha escorregou e caiu lá embaixo. Ele gritou a pleno pulmões mamãe, mamãe! Acordou toda a vizinhança,
Todos queriam saber o que havia acontecido, ele mesmo ainda sem saber. Não entendia direito, pois que estava no clima ainda da grande decepção que sofrera. Quando despertou, gritou graças a Deus, foi só um pesadelo, um grande pesadelo, graças a Deus. Só foi um grande pesadelo.
Horácio
Otacir Amaral Nunes.
Campo Grande/MS.
MENSAGENS PARTICULARES – FELIX CAPILÉ
MEUS IRMÃOS QUERIDOS.
Todos nós, nos permitimos adotar as bênçãos do céu para produzir um bem, enquanto lutarmos para melhorar cada etapa de nossas vidas.
Somos todos criados a imagem e semelhança de nosso Pai que está no Céu abençoando a nossa vida.
Sempre há tempo para chorar e lembrando das coisas que passaram por nossas estradas colocando a nossa memória para falar das coisas que ficam para trás quando deixamos o corpo físico e nos transferimos imediatamente para outra dimensão desta vida, encontrando a nossa disposição a alegria de reencontrar companheiros queridos, que nos aguardam com extrema alegria, monitorando nossos passos para que não fiquemos presos às recordações que nos levam para o caminho do desespero, impedindo dessa forma a nossa presença juntos daqueles que ficaram chorando a dor da separação...
Mais do que necessário, encontramos forças para olhar para trás e garantir que estamos bem e que atravessamos essa barreira lembrando de todos aqueles companheiros que ficaram à nossa sombra, sempre chorando de dor, sem ao menos, lembrar que naquele momento estava já sendo conduzido para a verdadeira vida, que se eleva acima de nossos costumes e tradições que sempre não estão preparados para o outro lado da vida e que a morte determina levando-nos ao decúbito.
Falo com a expressão mais forte do coração para dizer que estou aqui para testemunhar que a vida daí, sem sempre se resguarda da segurança de que podemos vencer as nossas dificuldades, mudando a nossa reação diante dos acontecimentos que nos levam, muitas vezes, a grandes sofrimentos...
Hoje que posso utilizar este lápis, devo acrescentar que no amor de Deus, não pode haver imprudência nas coisas que pensamos realizar, porque cada caminho é traçado de acordo com a nossa convicção de que podemos transformar os dias difíceis em dias alegres e plenos de realização, endireitando o nosso corpo para criar a coragem que precisamos para encarar esses problemas que muitas vezes já vêem resolvidos com a fórmula do amor e da compreensão que pudesse estancar lágrimas e evitar sofrimentos desnecessários que poderiam simplesmente não ter acontecido.
Nós somos fortes quando queremos ser fracos, mas enfraquecendo quando nos distanciamos de Deus. Os espíritos iluminados estão sempre presentes em nossa vida e com eles podemos aceitar as determinações da vida, escolhendo melhor as nossas atividades que buscam aprimorar os nossos pensamentos quando nos levantamos e olhamos para o céu, agradecendo por mais um dia...
Eu exemplifico a luta de meus filhos, uns lutando na contramão da vida, outros discutindo os conselhos do coração, finalizando muitas coisas que ainda não estão conclusas nos planos de Deus. São eles os donos da verdade?
Certamente apenas não conseguem discernir o certo do errado, porquanto todos nós podemos simplificar a vida apostando na renúncia que podemos esticar para garantir a nossa paz.
Quem não consegue apenas o começo de uma lição deve se esforçar para conquistar a doutrina do Evangelho salvador e garantir a sua paz enquanto luta para melhorar.
O amor é um caminho certo e que leva para todos uma parcela de felicidade que substitui qualquer sofrimento, principalmente quando descobrimos que nesse amor estão misturados os corações daqueles que nós aprendemos a amar.
Sou uma criatura feliz porque estou aqui segurando este lápis, desejando que o tempo não acabe nunca e que juntos possamos segurar muitas mãos que buscam outras mãos, sedentos de paz e de felicidade.
Deus há de conceder para nos toda a alegria, criando muitas frentes de trabalho para melhorar cada palmo deste chão que está sob os nossos pés, integrando a beleza do serviço da fraternidade, que aprendemos a conquistar em cada momento em que nos descobrimos como sentinela de Deus.
Estou aqui querendo ficar, mas a minha vida já está endividada noutras vidas e o meu coração diz-me que tenho que trabalhar muito.
O meu adeus está reconhecido no amor que sinto por vocês todos.
A bênção de Deus.
Félix Capillé
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 17/07/2008, na cidade de Campo Grande/MS.
NÃO DEIXE PARA DEPOIS
Caminhe pelas veredas que Jesus andou, amando e perdoando sempre.
Lembre-se que o trabalho é à base do progresso.
O tempo perdido é prejuízo certo, podem voltar os dias, mas os minutos não voltam mais.
Considere que está num ponto privilegiado, por enquanto, porque pode falar, locomover-se, enfim ainda há muitos recursos a sua disposição.
Mas esses recursos nem sempre estarão ao seu dispor, porque conforme ensinou o Mestre, o talento que lhe fora concedido virá o Senhor pedir contas, isso pode se dar naquele momento que menos espera.
Não percebe que tem tantos recursos para enriquecer a sua vida, porque não decide tomar uma decisão, porque talvez, de pronto, não avalie a posse precária dos valores que tem neste momento, pode até pensar que tem poder em suas mãos. Mas isso também não é verdade, porque já sabe que quantos dormiram reis e acabaram vassalos.
Assim, prudência em tudo, a fim de que não perca a primeira oportunidade que está tendo, sem dúvida nenhuma.
Quantas vezes sem perceber cava a própria ruína. Aquele que prejudica o próximo, no momento supõe poderoso demais, não sabe que sua suposta superioridade vai lhe trazer amargos arrependimentos. A aplicação da fortuna do homem não pode prescindir do bom senso, porque é uma clara indicação que permite se direcione o caminho com maior nitidez.
É inegável que muitas vezes consegue cumprir determinados compromissos, mas examine com cuidado, se o que está fazendo é o bastante, naturalmente que pouco ainda é melhor do que nada, mas devido ao seu talento pode produzir muito mais ainda.
A decisão está em suas mãos não a perca, porque sem saber pode tê-la esperado por tanto tempo e quando ela surge não percebe e não dá valor, mais tarde certamente perceberá o que aconteceu, porém tarde demais.
Por este motivo não se creia desassistido, mas convém que medite mais do que faz da vida, porque ainda a oportunidade não passou.
Áulus
Otacir Amaral Nunes.
Campo Grande/MS.
ORAÇÃO E SERVIÇO
Oração é requerimento da criatura ao Criador.
Serviço é condição que a lei estabelece para todas as criaturas, a fim de que o Criador lhes responda.
Meditação estuda.
Trabalho realiza.
Observemos a propriedade do asserto em quadros simples.
Semente nobre é pedido silencioso da Natureza a que se faz verdura e pão, mas se o cultivador não desenvolve esforço conveniente, a suplica viva desparece.
Livro edificante é apelo sublime do espírito a que se ergam instrução e cultura, mas, se o homem não lhe perlustra as folhas no aprendizado, a sábia rogativa fenece, em vão.
Musica, ainda mesmo divina, se mora exclusivamente na pauta, é melodia que não nasceu.
Invenção sem experimento é raciocínio morto.
Oremos, meus irmãos, mas oremos servindo.
Construção correta não se concretiza sem planta adequada.
Mas a planta, por mais bela, sem construção que lhe corresponda, será sempre um sonho mumificado em tábuas de geometria.
Albino Teixeira
Do livro “Caminho Espírita”, de Francisco Cândido Xavier.
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