"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VI - N. 69 * Campo Grande/MS * Outubro de 2011.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


              O amor é uma força poderosa que move os mundos, transforma a vida das pessoas e indica o caminho certo. Áulus.


            

SERVIR É O MELHOR REMÉDIO

             Se muitas vezes sente-se desanimado e sem perspectiva para o futuro, lembre-se que servir é o melhor remédio.
             Muitas vezes não compreende a aspereza da luta íntima e por conta disso permanece por longo tempo inativo, sequer ousa imaginar que pode estar tão perto do bem que é imperioso realizar em seu benefício.
             É verdade que muita coisa precisa ser decidida ainda pelo trabalhador do bem, às vezes somente o ardor da luta é que lhe abrirá os novos horizontes e lhe dar-lhe-á a visão melhor do percurso da caminhada.
             No momento que se dispõe a servir em nome de Deus, toma-se uma decisão muito séria com vista ao futuro que se pretende.
             Compreende-se que não será fácil levar adiante esse projeto de amor aos outros, quando não se tem ainda a fé raciocinada por diretriz.
             Mas como disse alguém: é preciso começar algum dia, caso contrário nunca se chegará à meta assinalada. Assim que a largada pode ser dada ainda hoje, através de pequenos gestos de solidariedade.
             Quando Jesus observava as doações ao templo, percebeu uma pobre viúva lança no cofre de ofertas duas pequenas moedas e Jesus afirmava que ela lançara ali mais do que todos os outros, porque ela dava tudo o que tinha.
             Talvez ainda não esteja em condição desse gesto de grandeza, no entanto pode começar desde agora doando algo de si, ou das sobras de sua mesa.
             A experiência de muitos nos socorrem, naturalmente que muitas pessoas, mais tarde gostariam de remediar essa falta de sensibilidade daquele momento decisivo de sua jornada, mas não foram capazes de compreender a importância de fazer o bem.
             Assim que a cada manhã é colocado um crédito que representa o tempo disponível para realizar o melhor naquelas vinte e quatro horas. E muitas vezes, fica-se tão impressionado pelos valores do mundo transitório que esquece o tempo como concessão divina, não percebe que este passa depressa demais.
             Esquecem que de repente qualquer um pode ser chamado à realidade da vida espiritual, se não aproveita a oportunidade que lhe é oferecida, o que pode esperar do futuro? É essa é uma pergunta oportuna a se fazer;
             Todavia, nesse momento é necessária uma atitude corajosa. Faça a sua parte, construa o seu destino. Seja forte e confiante. Talvez tenha se deixado seduzir por falsas promessas que poderá angariar recursos morais, ou alguma vantagem real, sem amor ao próximo?
             Com todos os seus problemas e contradições que julga ter, ainda assim, siga em frente, cheio de entusiasmo, porque depois desses breves dias sem luz, o Sol outra vez surgirá trazendo novas esperanças e fazendo com que o trigo cresça no campo, os lírios renasçam no vale, as aves façam os seus ninhos, como também você, renove suas esperanças e vitalize os seus sonhos de ontem energizados pelas experiências de hoje.
             Não seja pessimista, isto faz um enorme mal ao seu coração, aliás, ao seu nobre coração, nunca se deixe abater, depois de haver renascido nesta casa abençoada do Pai, não há motivo para se contar triste ou sem caminho.
             Pois em verdade o Cristo descortinou novos horizontes, que é imprescindível assimilar, visto que toda a felicidade que sonha é fruto do trabalho de hoje. Assim o próximo se apresenta como aquela alternativa sublimada do amor misericordioso de Deus, mostrando a necessidade imperiosa de amar o próximo, como condição única da felicidade futura.
             Por isso mesmo, ninguém pode fugir ao sagrado dever de servir.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

LITERATURA INFANTIL

             O MAIOR SÁBIO

             Depois de muito meditar daqueles dias de amargas recordações, pensou visitar o mais sábio dos sábios daquela região. A verdade que não se sabe se por educação ou pelo desejo de conhecer de perto Garganta de Prata, Sapo Cururu, o mais sábio dos sábios, num evento em que ambos participavam o havia convidado para que um dia fosse visitar-lhe em sua modesta casa. O líder achou oportuna a visita naquela ocasião para fazer algumas perguntas e questionamentos que o deixava perplexo. Numa manhã muito cedo chegou até a vivenda do grande sábio.
             A história desse sábio é muito singular. Ficara órfão quando criança e fora criada por uma tia. Conheceu grandes sofrimentos em sua vida atribulada... Mas muito esforçado, não cursou mais do que o primário, mas lia muito, conseguindo uma vasta cultura. Além de que era uma pessoa boníssima.
             Sempre se vira as voltas com dificuldades de todos os matizes, mas nunca deixou de amar o próximo, ainda que estes se mostrassem ingratos, porque tinha certeza que o mal não procede de Deus, mas da ignorância das criaturas. Nunca ficava triste porque sempre estava preocupado com o próximo e a repassar instruções àqueles que passavam por dificuldades ainda maiores que as dele. Sua grande alegria sempre fora servir. Além de manter-se atento ao emprego em que ganhava o pão de cada dia, à noite e nos dias de folga dedicava-se em passar instruções sob os mais variados assuntos à comunidade. Colocara como meta de sua vida amar o próximo em qualquer condição que este se encontrasse. Vivera a sua juventude sempre cercado de problemas e pessoas que procurava uma orientação para resolver problemas aflitivos. Depois de tantos anos de lutas difíceis, fora aos poucos adquirindo a serenidade daquele que sabe que pode contar com Deus sempre e que ele somente devia fazer a sua parte com muito empenho. Assim que adquira o padrão de homem de bem.              Tudo que recebia imediatamente repassava aos outros. Sempre dizia: Nunca me faltou nada, mas do que recebi nunca retive um centavo sequer.
             Em seus conceitos admiráveis sempre lembrava: O mais afortunado é aquele que mais doa de si. Assim que sempre se via cercado de criaturas de todas as procedências, cada um com o seu problema, mas de sua presença magnânima ninguém saia sem um raio de esperança no coração.
             Sempre encontrava nele a orientação segura ou a resposta certa, até o seu silencio constituía lição. Parece que lia o coração de cada um, por isso sempre o remédio certo na hora certa. Quantos chegaram até ele com o coração encharcado de lágrimas e saíram daqui com novas esperanças e alguns com um sorriso no rosto, compreendendo que acima de tudo Deus sempre está presente. Quantos saíram daqui inspirados em seus bons e exemplos e criaram trabalho magnífico em favor do próximo.
             Maior líder da região tinha tantas perguntas e tantos questionamentos, mas diante daquela presença ficara mudo, parece que até perdera o dom de falar, porque se julgou tão pequenino como jamais pensara que fosse. As suas perguntas contundentes que elaborara com muito vagar, de repente fugiram de seu cérebro ou perderam a importância. Assim que quando via os que estavam a sua frente sendo atendidos, julgara que na verdade não havia nenhum problema em sua vida, mas ele que os criara, agora parece que estava em paz com o mundo, porque vira naquele homem o padrão da humildade, que com tão pouco não precisava de nada.
             O grande sábio o recebeu com grande fidalguia, declarando que já o conhecia de há muito tempo e admirável o seu extraordinário trabalho diante da comunidade, mas este elogio não produzira o efeito de outras vezes, em que seu ego era exaltado, mas sentiu uma grande responsabilidade por estar diante de uma comunidade e devia dar o bom exemplo, o exemplo da simplicidade. Parece que aquele homem sem palavras articuladas falara com ninguém falara ao seu coração até aquele dia. Parece que o mundo começou a girar de outra maneira, via as coisas e as criaturas com naturalidade.
             No entanto cometera um erro grave nesse caso particular, ele por sua vez elogiou o sábio dos sábios, a seu ver um avaliação justa, dizendo o seguinte: - O que mais admiro é que o Senhor sendo o maior sábio, no entanto continuava a manter a postura de simplicidade e representava muito para aquela comunidade. Aquele bom exemplo era imprescindível a todos os habitantes de Lagoa Florida, especialmente por sua vida laboriosa e dedicada ao próximo, sem esperar qualquer recompensa. Porém, não sabia que a única coisa que aquele homem não admitia era o elogio, quando se referia à pessoa dele, pois se considerava uma criatura sem valia, porque em sua opinião cumpria um dever, nada mais que o dever, assim que respondeu nos seguintes termos.
             “Eu sou um verdadeiro sapo, que traz às costas uma vela acesa. Beneficia-se com a claridade, mas para possuí-la, constantemente, tem que sofrer com a cera derretida que lhe cai sobre a pele, queimando-a, como a lhe recordar de que é preciso andar com cuidado e sem vaidade se quiser chegar ao fim da jornada.”
             Garganta de prata mais se encantou, pois que era justamente a simplicidade que mais procurava na vida, e a receita caia esplendidamente para ele inclusive, até fizera uns exercícios nesse sentido, quando resolveu calçar a sandália da humildade, mas como desta vez cometera um grave erro, pois que somente ele queria ser humilde, dando assim uma prova de orgulho e egoísmo, ficando, porém gravada a lição, que deve perdurar por toda a sua vida.

Horácio
Otacir Amaral Nunes.
Campo Grande/MS.

TUDO ME FOI EMPRESTADO

             O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.
             Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.
             Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nos não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão.
             Há muito que dar e o que receber, há muito que aprender, com experiências boas ou negativas.
             Tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.
             Não se lamente pelo ocorrido, alem de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos, dificultando assim, continuar seu caminho.
             Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início.
             Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu, e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas.
             E sabemos lá quais eram as nossas expectativas? Decepcionamo-nos e decepcionamos outras pessoas também.
             Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela! Vai te fazer bem. Assim, talvez, ela poderá entender quanto você, sinceramente, disser que “foi sem querer”.
             Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.
             Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.
             Seja uma bênção a todos que o cercam! Deus não vem em pessoa para abençoar.
             Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.
             Todos nós podemos ser Anjos.
             A eternidade está em nossas mãos.
             Viva de maneira honrada, para que quando envelhecer, você possa falar só coisas boas do passado e sentir,assim, prazer uma segunda vez... E ter a certeza de quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.


Pensamentos
de Francisco Cândido Xavier

 

UM COPO DE ÁGUA

             Todos estão à procura da Vida. A semente jogada ao chão e enterrada germina, rompe a terra e sai para respirar vida. Mesmo aquela que não foi enterrada encontra uma maneira de fazer com que suas raízes busquem umidade no chão para germinar e ir ao encontro da luz do Sol e da vida.
             Os animais, sejam grandes ou pequenos, sejam de qualquer tamanho, também buscam a vida. Mesmo que seja por algumas horas, alguns dias, ou alguns anos. O tempo não importa. O que importa é viver. E fazer algo para perpetuar sua espécie.
             Os seres humanos procuram a vida e vida o quanto mais plena possível. Mesmo que tenha de enfrentar fome, frio, doenças, perigos os mais diversos, não desistem. Querem viver.querem perpetuar sua vida e sua espécie. E não há distinção. Todos querem viver.
             Mesmo que social e culturalmente façam distinção entre vida saudável e vida sofrida, todos querem viver. Mesmo que economicamente a sociedade crie classes distintas entre ricos e pobres, mesmo assim todo o ser humano luta pela própria vida, pela própria dignidade e pela própria felicidade. Vivendo em mansões ou em favelas a dignidade é a mesma, pois a filiação pé uma só: todos são filhos e filhas do mesmo Deus que é pai e mãe de toda a humanidade.
             E a grandeza dessa vida não se mede pelos bens adquiridos, pelos títulos conquistados, pela posição social ocupada,mas pelo serviço prestado, pela disponibilidade em partilhar o que possui e o que sabe, pela alegria em amar e incentivar a quem necessite de algum estimulo para reencontrar o prazer de viver, de sorrir e de acreditar em seus sonhos e em suas esperanças.
             Levar a pessoa acreditar em si, amar o pouco que sabe para se colocar a serviço do bem e da vida. Despertar na pessoa o sentimento de acolhida, o milagre da convivência e a riqueza do perdão. E então descobrirá o caminho de Deus a que está sempre disponível em acolher, amar e recompensar. Ele quer premiar cada filho e cada filha por aquilo que for capaz de produzir para o bem dos demais.
             Deus não olha o quanto alguém faz ou realiza no bem. Para ele não existe quantidade,mas qualidade. Não e o tanto que faz, mas como o faz. Na certeza de que os mínimos gestos, as mais simples atitudes, os mais humildes préstimos sempre serão acolhidos e abençoados.
             O querer fazer muito nem sempre será o melhor. O querer elaborar grandes projetos nem sempre garantirá o sucesso. Mas o realizar as tarefas diárias com carinho, o cumprir suas obrigações familiares com simplicidade, o exercer sua função na comunidade com amor. Isso certamente deixará o coração feliz e a consciência serena.
             O Mestre dos mestres vivia no meio de um povo um tanto contraditório. Um povo que buscava algo para garantir uma vida melhor, mas esquecia que as grandes obras são feitas de pequenos gestos, e a comunidade se constitui de pequenas atitudes assumidas cm amor.
             E ele é muito claro quando diz: “quem der, ainda que seja apenas um copo de água fria a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, eu garanto a vocês: não perderá a sua recompensa”. (Mt.10,42). São os pequenos gestos que tornam um coração grande. É a atenção simples dada a quem sofre que garante a paz de espírito e a alegria da alma.

Frei Venildo Trevisan

NOSSO LAR


André Luiz
(Décima Terceira Parte)


             Continuamos a seqüência resumida da obra “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco C. Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira.
             A. Quem é Tobias e que pessoas moravam com ele?
             R.: Tobias fora, na última passagem pelo planeta, casado duas vezes. Hilda, a primeira esposa, faleceu quando nasceu o segundo filho do casal. Um ano depois, Tobias desposou Luciana. Em sua casa na Colônia moravam com ele as duas mulheres, unidos os três pelos laços da fraternidade real. Aliás, Luciana estava em pleno noivado espiritual e no próximo ano deveria reencarnar para reencontrar um nobre companheiro de muitas etapas terrenas, que a havia precedido no retorno às lutas terrestres. (Nosso
Lar, cap. 38, págs. (207 a 213.)
             B. A 2 a. Guerra Mundial criou dificuldades para “Nosso Lar”?
             R.: Sim. Com a eclosão da guerra na Europa, já nos primeiros dias de setembro de 1939, “Nosso Lar” sofreu o mesmo choque que abalou outras colônias espirituais ligadas à civilização americana. Muitos Espíritos não conseguiam disfarçar o imenso terror de que estavam possuídos. O movimento de súplicas aumentou muito no Ministério do Auxílio. E, na Regeneração, a vigilância contra as vibrações umbralinas teve de ser redobrada. (Nosso Lar, cap. 41, págs. 225 a 228.)
             C. Qual era o cenário invisível da guerra na Polônia?
             R.: Foi o Ministro Benevenuto, da Regeneração, que havia chegado dois dias antes da Polônia, quem descreveu o quadro doloroso que ele viu nos campos daquela nação, invadida pelos soldados alemães. Tudo obscuro, tudo difícil. As vítimas entregavam-se totalmente a pavorosas impressões e não ajudavam, apenas consumiam as forças dos diligentes assistentes espirituais que ali atuavam. O campo invisível da batalha era verdadeiro inferno de indescritíveis proporções. Aos fluidos venenosos das metralhas, casavam-se as emanações pestilentas do ódio, e isso tornava quase impossível qualquer auxílio. Quando algum militar agressor desencarnava, era logo dominado por forças tenebrosas e fugia dos Espíritos missionários. A falta de preparação religiosa constituía, no seu entendimento, a causa de semelhante calamidade. (Nosso Lar, cap. 43, págs. 238 a 241.)

             Texto para leitura
             77. Explicações de Laura – O caso Tobias causou viva impressão em André Luiz, que pediu explicações complementares a Laura. O caso Tobias – disse-lhe Laura – constituía um exemplo da vitória da fraternidade real, por parte das três almas interessadas na aquisição de justo entendimento. Quem não se adapta à lei de fraternidade e compreensão não atravessa essas fronteiras. As regiões umbralinas estão cheias de entidades que não resistiram a semelhantes provas. Enquanto odeiam, assemelham-se a agulhas magnéticas sob os mais antagônicos influxos. Enquanto não entendem a verdade, sofrem o império da mentira e, por isso, não podem penetrar as zonas de atividade superior. Incontáveis são as criaturas que padecem por longos anos, sem qualquer alívio espiritual, simplesmente porque se esquivam à fraternidade legítima. O que então lhes acontece? Depois dos padecimentos na esfera espiritual, elas vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram em ambiente estranho à carne. Esquecidas do passado, vão receber, nos laços da consanguinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. Daí a importância da reconciliação com os adversários, proposta expressamente por Jesus. (Cap. 39, pp. 215 a 217)
             78. O caso Elisa – André visitou com Narcisa o departamento feminino das Câmaras de Retificação. No Pavilhão 7, uma surpresa o aguardava. Uma mulher amargurada, envelhecida prematuramente, olhos embaciados e tristes, um misto de ironia e resignação nos lábios, chamou-lhe a atenção. Era Elisa, a mesma Elisa que ele conhecera nos tempos de rapaz. Humilde, ela entrara em sua casa para os serviços domésticos. A intimidade entre os dois logo descambou para o abuso e, sob enorme angústia moral, Elisa deixou aquele lar, sem coragem de lhe lançar em rosto qualquer acusação. O episódio ainda estava vivo na memória dele. Narcisa, entendendo a situação, o reanimou e estimulou a ajudar a pobre mulher, que relatou, em poucas palavras, o seu drama. Ela largara o trabalho pela ilusão e entregara-se a experiências dolorosas. No início, o prazer, o luxo, o conforto material; em seguida, o horror de si mesma, a sífilis, o hospital, o abandono de todos, a cegueira e a morte. Por algum tempo, odiara aquele rapaz que a desviou do caminho do trabalho e da seriedade. Depois, aprendeu que a culpa deveria ser repartida e que não devia recriminar ninguém. André ficou sensibilizado com a humildade de Elisa. Uma lágrima de arrependimento e remorso rolou de seus olhos e, sem que ela soubesse de quem se tratava, prometeu-lhe a sua amizade. Ambos choraram e Narcisa, tomando as mãos de André, lhe disse: “Que Jesus o abençoe”. (Cap. 40, pp. 219 a 224)
             79. A guerra européia – Nos primeiros dias de setembro de 1939, “Nosso Lar” sofreu o mesmo choque que abalou outras colônias espirituais ligadas à civilização americana. Era a guerra européia. Muitas entidades não conseguiam disfarçar o imenso terror de que estavam possuídas. O Governador determinou cuidado na esfera do pensamento. As nações agressoras não são consideradas inimigas pelos Espíritos superiores, mas como nações desordeiras cuja atividade criminosa é preciso reprimir. Evidentemente, todas elas pagarão por isso um preço terrível. Tais países convertem-se em núcleos poderosos de centralização das forças do mal. Seus povos embriagam-se ao contato dos elementos de perversão, que invocam das camadas sombrias, e legiões infernais precipitam-se sobre as grandes oficinas de trabalho, transformando-as em campos de perversidade e horror. (Cap. 41, pp. 225 e 226)
             80. O clarim dos Espíritos vigilantes – Instalada a guerra na Polônia, um inesquecível clarim se fez ouvir por mais de 15 minutos. Era a convocação superior aos serviços de socorro à Terra. Cessado o som, inúmeros pontos luminosos, parecendo pequenos focos resplandecentes e longínquos, apareceram no firmamento. O clarim é utilizado por Espíritos vigilantes de elevada expressão hierárquica, explicou Tobias, e só vem até nós em circunstâncias muito graves. O movimento de súplicas aumentara muito, nos últimos meses, no Ministério do Auxílio. E, na Regeneração, a vigilância contra as vibrações umbralinas fora redobrada. (Cap. 41, pp. 227 e 228)
             81. O receio de uma esposa insegura – O medo da guerra era generalizado, e uma jovem mulher estava preocupada com a possibilidade de seu marido Everardo desencarnar. Ela receava que ele a procurasse na qualidade de esposa, porque não mais poderia suportá-lo. Sendo muito ignorante, ele com certeza a submeteria a novas crueldades. (Cap. 41, pág. 229)
             82. A palavra do Governador – Grande multidão reuniu-se no domingo de manhã para ouvir a palavra do Governador. O Grande Coro do Templo da Governadoria, aliando-se aos meninos cantores das escolas do Esclarecimento, iniciou a festividade com o hino “Sempre Contigo, Senhor Jesus”, cantado por duas mil vozes ao mesmo tempo. Alto, magro, envergando uma túnica muito alva, cabelos de neve, olhos penetrantes e lúcidos, o Governador apoiava-se num bordão, embora caminhasse com aprumo juvenil. Ele abriu um livro luminoso, folheou-o atento e, depois, leu em voz pausada: “E ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim” (Mateus, 24:6). Suas palavras foram de encorajamento e de apelo para que trinta mil servidores se alistassem no trabalho de defesa da cidade, em face da guerra européia. (Cap. 42, pp. 232 a 235
             83. Dificuldades na Polônia – O Ministro Benevenuto, da Regeneração, que havia chegado dois dias antes da Polônia, descreveu o quadro doloroso que ele viu nos campos daquela nação, invadida pelos soldados alemães. Tudo obscuro, tudo difícil. As vítimas entregavam-se totalmente a pavorosas impressões e não ajudavam, apenas consumiam as forças dos diligentes assistentes espirituais que ali atuavam. Apesar disso, as tarefas de assistência imediata funcionavam perfeitamente, a despeito do ar asfixiante, saturado de vibrações destruidoras. O campo invisível da batalha era verdadeiro inferno de indescritíveis proporções, esclareceu o Ministro. Aos fluidos venenosos da metralha, casavam-se as emanações pestilentas do ódio, e isso tornava quase impossível qualquer auxílio. Quando algum militar agressor desencarnava, era logo dominado por forças tenebrosas e fugia dos Espíritos missionários. A falta de preparação religiosa constituía, no seu entendimento, a causa de semelhante calamidade. (Cap. 43, pp. 238 a 241)
             Frases e apontamentos importantes
             CXLIX. Será sempre possível atender aos loucos pacíficos, no lar; mas que remédio se reservará aos loucos furiosos, senão o hospício? (...) É razoável, portanto, que as missões de auxílio recolham apenas os predispostos a receber o socorro elevado. (Benevenuto, cap. 43, pág. 240)
             CL. Não basta ao homem a inteligência apurada, é-lhe necessário iluminar raciocínios para a vida eterna. As igrejas são sempre santas em seus fundamentos e o sacerdócio será sempre divino, quando cuide essencialmente da Verdade de Deus; mas o sacerdócio político jamais atenderá a sede espiritual da civilização. Sem o sopro divino, as personalidades religiosas poderão inspirar respeito e admiração, não, porém, a fé e a confiança. (Benevenuto, cap. 43, pág. 240)
             CLI. O Espiritismo é a nossa grande esperança e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada; mas a nossa marcha é ainda muito lenta. Trata-se de uma dádiva sublime, para a qual a maioria dos homens ainda não possui “olhos de ver”. Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao encontro dela. (...) Enfim, procuram-se, por lá, os Espíritos materializados para o fenomenismo passageiro, ao passo que nós outros vivemos à procura de homens espiritualizados para o trabalho sério. (Benevenuto, cap. 43, pág. 241).

O VÍCIO DO ÁLCOOL

             - Temos aqui o irmão Cláudio Nogueira, pai de Marina e tronco do lar.
             Fisguei-o, de relance. Figurou-se-me o hospedeiro involuntário um desses homens maduros que se demoram na quadra dos quarenta e cinco janeiros, esgrimindo bravura contra os desbarates do tempo. Rosto primorosamente tratado, em que as linhas firmes repeliam a notícia vaga das rugas, cabelos penteados com distinção, unhas polidas, pijama impecável. Os grandes olhos escuros e móveis pareciam imanizados às letras, pesquisando motivos para trazer um sorrio irônico aos lábios finos. Entre os dedos da mão que descansava à beira do sofá, o cigarro fumegante, quase rente ao tripé anão, sobre o qual um cinzeiro repleto era silenciosa advertência contra o abuso da nicotina.
             Detínhamo-nos, curiosos, na inspeção,quando sobreveio o inopinado.
             Diante de nós, ambos os desencarnados infelizes, que surpreendêramos à entrada, surgiram de repente, abordaram              Cláudio e agiram sem-cerimônia.
             Um deles tateou-lhe um dos ombros e gritou, indolente:
             - Beber, meu caro, quero beber!
             A voz escarnecedora agredia-nos a sensibilidade auditiva. Cláudio, porém, não lhe pescava o mínimo som.              Mantinha-se atento à leitura. Inalterável. Contudo, se não possuía tímpanos físicos para qualificar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante.
             O assessor inconveniente repetiu a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reasseverando uma ordem.
             O resultado não se fez demorar. Vimos o paciente desviar-se do artigo político em que se entranhava. Ele próprio não explicaria o súbito desinteresse de que se notava acometido pelo editorial que lhe apresara a atenção.
             - Beber! Beber!...
             Cláudio abrigou a sugestão, convicto de que se inclinava para um trago de uísque exclusivamente para si.
             O pensamento se lhe transmudou, rápido, com a usina cuja corrente se desloca de uma direção para outra, por efeito da nova tomada de força.
             Beber! Beber!... E a sede de aguardente se lhe articulou na idéia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vagueava no ar. O assistente malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomilos. O pai de Marina sentiu-se apoquentado. Indefinível secura constrangia-lhe a laringe. Ansiava tranqüilizar-se.
             O amigo sagaz percebeu-lhe a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a caricia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois de profundidade, a associação recíproca.
             Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxertia fluídica.
             Em várias ocasiões, estudara a passagem do Espírito exonerado do envoltório carnal pela matéria espessa. Eu mesmo, quando me afazia, de novo, ao clima da Espiritualidade, após a desencarnação última, analisava impressões ao transpor, maquinalmente, obstáculos e barreiras terrestres, recolhendo, nos exercícios feitos, a sensação de quem rompe nuvens de gases condensados.
             Ali, no entanto, produziu-se algo a semelhante ao encaixe perfeito.
Cláudio - homem absorvia o desencarnado, à guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois, como se morassem eventualmente num só corpo. Altura idêntica. Volume igual. Movimentos sincronizados. Identificação positiva.
             Levantaram-se a um tempo e giraram integralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o delgado frasco.
             Não conseguia especificar, de minha parte, a quem atribuir o impulso inicial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação ou se ao obsessor que o propunha.
             A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular. Ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
             Desmanchou-se a parelha e Cláudio, desembaraçado, se dispunha a sentar, quando o outro colega, que se mantinha a distância, investiu sobre ele e protestou: “eu também, eu também quero!...
             Reavivou-se-lhe no ânimo a sugestão que esmorecia.
             Absolutamente passivo diante da incitação que o assaltava, reconstituiu, mecanicamente, a impressão de insaciedade.
             Bastou isso e o vampiro, sorridente, apossou-se dele, repetindo-se fenômeno da conjugação completa.
Encarnado e desencarnado a se justaporem. Duas peças conscientes, reunidas em sistema irrepreensível de compensação mútua.

André Luiz
Do livro “Sexo e Destino” de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

 

LEMBRETE IMPORTANTE:

             Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
             Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
             Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.

 

             O aluno que compreende a importância do estudo, procura todos os meios de se instruir e aproveita a lições que o Mestre lhe ensina, porque o seu futuro está condicionado ao que houver apreendido.
             O Espírita que compreende os reais fundamentos dos ensinamentos de Jesus, procura os meios de colocá-los em prática, vivenciando-os no seu dia-a-dia.

Áulus.

INSTRUMENTO DE EVOLUÇÃO

             Sempre o tempo, um precioso instrumento da evolução humana, trazendo-nos o benefício da reencarnação para que o bem é o mal, direcionados, possam aliar-se na conquista da transformação íntima que libera a criatura das raízes profundas da ignorância, tornando-a forte, e corajosa para enfrentar os obstáculos que vem no caminho para dificultar o entendimento desse tempo que tudo transforma, a tristeza em alegria, o sofrimento em felicidade, a doença cicatrizada pela cura espiritual, abundantemente, modificando a estrutura do homem para torná-lo flexível nas suas lutas pelo bem maior que encontra na lição de Jesus, quando divide o pão multiplicado para a multidão faminta, lembrando que o amor torna possível cada realização enquanto continuamos evoluindo, mesmo que a fúria do vento afaste de nós, momentaneamente a esperança, não deixemos a fé sem explicação, dando-lhe a máxima importância enquanto padecemos do forte sofrimento do medo e da incerteza diante de nossos próprias dificuldades. Com Deus nossas forças se multiplicam e o sol brilha afirmando que é um dia novo em nossas vidas, mostrando que a fúria do vento nem sempre indica tempestade assustadora...
             O caminho é a bênção do aprendizado e todos nós, juntos, podemos nos afiançar nas maravilhas celestiais e brindar os acontecimentos inesperados, acreditando que é possível em breve ver mesmo diante da morte física do corpo, assumindo o compromisso da fé e da realidade que demonstra a nossa capacidade de servir sempre, quem está em crise de sofrimento, revestindo na própria carne a dor das feridas que não cicatrizam, mesmo que o médico sempre presente, ateste a derrota diante da enfermidade que persiste em aniquilar um corpo que carrega um espírito endividado. Com Deus aprendemos que é possível pedir perdão, e com Ele descobrimos que também o tempo é um antibiótico preciso para curar algumas doenças que vem para curar a nossa alma enquanto crescemos para o alto, revestidos pela luz do sofrimento.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública, no Grupo Espírita de Prece, na noite de 05/05/2011
na cidade de Campo Grande/MS.

 

             Para conquistar o mundo exterior são necessários grandes projetos e um aparato enorme para que tal projeto se realize, mas o grande projeto de fórum íntimo se resume simplesmente em "conhecer-se a si mesmo", sem colocar vendas sobre os olhos para não veja os seus defeitos terá condições de amar o próximo como a si mesmo, depois ainda o projeto mais ousado que é amar aquele que lhe ofende, neste ponto sim, será a sublimação dos sentimentos. Áulus.

 

 

A HONESTIDADE NÃO TEM PREÇO

             A história é comovente. Fala de uma honestidade a todo prova, e é contada por Vladimir Petrov, jovem prisioneiro de uma campo de concentração no nordeste da Sibéria.
             Vladimir tinha um companheiro de prisão chamado Andrey. Ambos sabiam que daquele lugar poucas saiam com vida, pois o alimento que se dava aos prisioneiros políticos não tinham por objetivo mantê-los vivos por muito tempo.
             A taxa de mortalidade era extremamente alta, graças ao regime de fome e aos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros, em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.
             Vladimir tinha, numa pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar – coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância.
             Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo. Certo dia, Vladimir foi despachado para um trabalho temporário em outro campo.
             E porque não sabia o que fazer com a caixa Andrey lhe disse: Deixe-a comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará a salvo comigo.
             No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os caminho, impossibilitando o transporte de provisões.
             Vladimir sabia que no campo de concentração em que ficara Andrey, as coisas deviam andar muito mal. Só dez dias depois os caminhos foram reabertos e Vladimir retornou ao campo. Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, mas não viu Andrey entre os demais.
             Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou: Onde está Andrey? Enterrado numa cova enorme junto com outras tantos prisioneiros, respondeu ele. Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você.
             Vladimir sentiu um forte aperto no coração. Nem minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou. Abriu a caixa e, dentro dela, ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo:
             Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer a mão. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço.
             Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas Andrey.

CULTIVE TEU JARDIM

             Cultive teu jardim nos corações que rodeiam o teu coração, a fim de que possas viver em eterno clima de primavera.
             Afasta com cuidado as urzes da incompreensão e do egoísmo, semeando as flores da bondade nas almas que se aproximarem de ti.
             Não te queixes do espinheiral que cresce em torno dos teus passos... antes, aprende a manejar a enxada do devotamento, ao suor do trabalho que te espera em toda parte!
             Não cultives, no entanto, na expectativa de imediato florescer do teu esforço... Observa que,e em a Natureza, tudo obedece a um espírito de sequencia que não te será lícito desconsiderar.
             Planta as tuas flores de alegria e de esperança, entregando o seu crescimento a Deus, na estação que lhe seja propícia...
             Zela para que as ervas daninhas não sufoquem o promissor canteiro de teus sonhos, mantendo-te vigilante ao longo de teus dias sobre a Terra.
             Não te retraias na tarefa, diante do sol causticante da ingratidão, e nem reclames da dureza do solo que és chamado a cultivar.
             Sob a chuva benfazeja da Misericórdia Divina, as flores do teu abençoado jardim haverão, um dia, de espalhar o seu perfume sobre a Terra inteira! ...

Meimei
Do livro “Irmãos do Caminho”, de Carlos A. Baccelli.

 

UM GESTO DE GRATIDÃO.

             O reconhecimento do bem que recebe já é um passo à frente. Porque muitos percebem avultados recursos de forma amoedada ou não, e ainda reclamam da Providência Divina, apresentando frágeis argumentos como justificativas.
Isso demonstra a falta de maturidade, desde que recebeu esse corpo físico em que qualquer situação que seja, já é uma graça muito grande.
             Agora há que se lutar para tornar-se um instrumento de trabalho, afinal cada individualidade tem os seus compromissos, como não poderia deixar de ser.
             Viver simplesmente representa sim uma grande oportunidade àquele que deseja caminhar.
             Porém aquele que põe a lamentar não compreendeu as regras do bem viver, de aproveitar os recursos para assumir uma postura digna.
             Quando se compreende o imperativo de colocar mais amor à vida, logo se reconhece que a dádiva de viver é maravilhosa, pois que se permite que possa endireitar as suas veredas, como também formular novas metas para o futuro, ou mesmo resolver aquele problema de relacionamento que perdura há tanto tempo.

Áulus.

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ANO VI - Nº 69– Campo Grande/MS –Outubro de 2011.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.