"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VII - N. 75 * Campo Grande/MS * Abril de 2012.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


          É um gesto de grandeza amar o próximo como a si mesmo, porque consegue se conjugar os dois extremos para que ambos se auxiliem mutuamente. Áulus.


         

POR QUE OS LIRIOS NASCEM NO CAMPO...?

          Talvez tenha se perguntado um dia: Por que Deus dá tanta atenção a essas flores tenras e frágeis que vicejam nos campos, veste-as de maneira magnífica...? É verdade que encantam o mundo e perfumam a vida, porém de duração tão efêmera. Ainda assim, cada ano permite o Criador que renasçam da mesma cepa, adaptando-se às condições mais diversas, para continuar a sua marcha progressiva.
          Assim, como pode subsistir a idéia que o homem, a criatura mais aquinhoada da criação, fixe o seu destino de uma única feita, sem sequer haver levantado os braços para os céus, decidindo o seu futuro num rápido estágio, em que muitas vezes não teve condições de desenvolver o seu potencial, não se permitindo uma nova oportunidade?
          Se porventura fizera uma escolha que não se realizara na forma programada, não tivera outra oportunidade para refazer seu roteiro, se ao contrário, trilhara pelo bom caminho, ficará a sua evolução limitada a uma experiência tão insignificante de uma única existência?
          Por que são tão desiguais os destinos dos filhos de um mesmo Pai? Quantos nascem já carregando pesados tributos a deficiências físicas e mentais, e vivem uma vida inteira naquela trajetória sem volta. O que fizeram para merecer um destino assim tão triste e sem perspectiva? Outros pelo contrário, desfrutam de saúde perfeita e de todas as vantagens que o mundo pode oferecer.
          Por que os bens e males são tão desigualmente repartidos? Por que homens bons sofrem tanto ao lado de maus que prosperam? Por que tantos desencarnam na infância? Qual o destino daquele que viveu e lutou para viver a mensagem do Cristo? E daquele que só esperou tudo de Jesus, sem jamais haver tido compaixão de ninguém, exceto dirigir-se aos templos para pedir? Como se o Divino amigo tivesse obrigação de carregá-lo às costas. Onde a justiça sem uma justificativa plausível para esses fatos.
          No entanto, socorre-nos o Divino Amigo, enfatizando que é necessário nascer de novo, caso contrário não verá o “Reino de Deus”, mostrando, assim, ser imperioso esse retorno ao campo de experimentação e aprendizado para adquirir as qualidades admiráveis dos espíritos iluminados, mediante reiteradas experiências nesta escola abençoada, cumprindo os sagrados mandamentos de amar a Deus e ao próximo.
          Ainda aos cegos voluntários Ele reforça que “quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o Reino de Deus”, o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito, e mais “porque o Espírito sopra onde quer, mas não sabe de onde vem e nem para onde vai”, mostrando que o corpo procede do corpo, mas o espírito é independente, preexiste e sobrevive à destruição do corpo.
          Por fim, concluir que as vidas sucessivas constituem um dos mais alentadores recursos para os filhos amados de Deus, em cujas experiências tem vigência uma suprema justiça, mostrando a conexão poderosa que existe entre o passado e o presente, aliás, a sequência que liga esses elos de uma corrente interminável chamada vida imortal, permitindo que cada um possa ser o artífice de seu destino e de sua felicidade, mediante a vivência dos postulados propostos pelo Mensageiro Maior de Deus, Jesus Cristo.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

OBSESSÃO – Aspectos doutrinários

          Na elucidativa obra A Gênese, Allan Kardec, o insigne codificador da Doutrina dos Espíritos assevera que: “Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Ela oblitera todas as faculdades mediúnicas.”
          Claro é que o codificador ao se referir ao Espírito mau, não estava falando de uma criação diferenciada pelo Criador e sim que tais Espíritos ainda se encontram num estágio evolutivo considerado dos mais inferiores, mas que um dia, com o correr do tempo, com a vontade e dedicação próprias, alcançarão o cume da perfeição, que é destino de todos os filhos de Deus.
          Pela própria natureza do nosso globo, que ainda permanece na categoria dos planetas de provas e expiações, e da inferioridade moral de seus habitantes, pululam ao seu redor Espíritos maus que exercem fortes influências malfazejas sobre os encarnados, sendo a obsessão um dos efeitos dessa influência, que ocorre sempre devido a uma imperfeição moral que facilita a ascendência de um Espírito mau.
          O grau de constrangimento e a natureza dos efeitos que se produz determinam os caracteres diversos da obsessão que importa distinguir, conforme o Livro dos Médiuns:
          * A obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados.
          Na maioria dos casos o médium sabe que está sob influência de um Espírito mentiroso, inconveniente e, se se mantém atento, raramente é enganado. Incluem-se nesses casos as obsessões físicas barulhentas por pancadas e ruídos. O médium por si só, melhorando-se a si mesmo e orando firmemente pode debelar esse tipo de obsessão.
          * a fascinação tem consequências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente.
          A ilusão pode mesmo chegar ao ponto de fazer o médium “achar sublime a linguagem mais ridícula”. Para tanto, importa que o “Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade”.
Allan Kardec lembra que é um erro pensar que a fascinação atinge apenas as “pessoas simples, ignorantes e baldas de senso”, pois não se acham isentos “os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes.”
          * a subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo. A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma como fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.
          Em alguns casos a subjugação chega a ponto de paralisar a vontade do obsidiado, não se lhe podendo esperar nenhum concurso sério. É principalmente então que a intervenção de um terceiro se torna necessária, seja pela prece, seja pela ação magnética.
          Leciona Allan Kardec que “quando um Espírito quer agir sobre uma pessoa, dela se aproxima e a envolve, por assim dizer, com o seu perispírito, como num manto; os fluidos se interpenetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem e, então, o Espírito pode servir-se daquele corpo como se fora o seu próprio, fazê-lo agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc.”.
          E a pequena Carita arremata: “O Espírito que subjuga penetra o perispírito do ser sobre o qual quer agir. O perispírito do obsedado recebe como uma espécie de envoltório o corpo fluídico do Espírito estranho e, por esse meio, é atingido em todo o seu ser; o corpo material experimenta a pressão sobre ele exercida de maneira indireta. Causa admiração que a alma possa agir fisicamente sobre a matéria animada. Entretanto, é ela a autora de todos esses fatos.”
          As causas das obsessões variam de acordo com o caráter dos Espíritos. As obsessões ocorrem quase sempre por vingança resultante de relações mantidas entre obsessores e obsedados nesta vida ou mesmo em existências precedentes.           Mas podem ocorrer também simplesmente pela vontade de se fazer o mal. O Espírito sofre e ao atormentar ou vexar outros, experimenta certo tipo de gozo ao fazer com que sofram também, satisfazendo-se com a irritação e o despeito dos perseguidos. Por ódio ou inveja atacam as pessoas honestas, como que para provarem que não apenas eles é que são infelizes.
          Também há Espíritos obsessores sem maldade, mas dominados pelo orgulho do falso saber nas ciências, nas artes, na economia, na filosofia, na moral e até na religião, que impõem seus sistemas e opiniões aos médiuns invigilantes e crédulos que são assim fascinados.
          Na obsessão simples, há sempre um Espírito malfeitor, porém na possessão pode haver um bom Espírito que deseja falar através do médium, sem qualquer incômodo ou perturbação. Quando é um mau Espírito que se manifesta pela possessão, o corpo do encarnado é tomado abruptamente com maldade, martírio, tentativas de extermínio, maus tratos, injúrias, blasfêmias, causando às vezes desordens patológicas não resolvidas pela medicina, provocando uma verdadeira loucura obsessiva acidental, diferenciada da loucura patológica.
          Quando já foi instalada uma obsessão grave, o obsedado fica envolvido, impregnado por um fluido pernicioso que neutraliza ação dos bons fluidos, repelindo-os, e nos casos de subjugação ocorre ainda a perda da vontade e do livre-arbítrio do obsediado.
          Os maus fluidos devem ser substituídos, nas enfermidades, por fluidos salutares pela ação mecânica do médium curador, porém às vezes isso não basta, devendo-se atuar sobre o ser inteligente que domina o obsidiado, falando-lhe com autoridade conseguida unicamente pela superioridade moral, alicerçada na prece, que é em qualquer caso, o meio mais poderoso de se eliminar os propósitos deletérios do obsessor.
          Para se atingir esse intento, nada de palavras sacramentais, nem fórmulas, nem talismãs, nem outros sinais materiais quaisquer, pois isto é motivo de chacota dos maus Espíritos que “morrem’ de rir e até se deleitam em indicar alguns métodos ou penduricalhos, dizendo-se infalíveis para ganhar a confiança daqueles a quem desejam abusar, porque estes, então, invigilantes e muito “confiantes na virtude do processo, se entregam sem temor.” Na maioria das vezes a obsessão simples e a subjugação são individuais, porém pode se dar de serem epidêmicas, com grande número de pessoas vitimadas.
Allan Kardec considerou que a palavra possessão, muito usada até a data da codificação como sinônimo de subjugação para designar o “império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até à aberração das faculdades da vítima” não seria uma palavra boa para exprimir esse tipo de obsessão, pois implicava na crença de seres criados para o mal e eternamente dedicados ao mal, ao passo que todos nós temos a mesma origem e o mesmo destino, que é a perfeição. Outro motivo para se abandonar a palavra possessão é a ideia implícita de posse, de um Espírito estranho apoderar-se do corpo alheio, quando na verdade o que há é um constrangimento e ensina: “Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados”.
          Assim, para a doutrina Espírita não há arrastamento irresistível, e o homem pode sempre usar bem seu livre-arbítrio, não dar ouvidos aos chamamentos ao mal, orar firme e sinceramente e combater suas imperfeições morais, principalmente o orgulho, que é a que maior acesso oferece aos Espíritos imperfeitos para desenvolverem suas obsessões e finalmente lembrar que “Deus deixa a todas as criaturas o poder de melhorar-se!”.


Crispim
Campo Grande/MS.

          Referências bibliográficas:
          O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
          A Gênese - Allan Kardec
          A Obsessão - Allan Kardec
          A Revista Espírita 1862/1863/1864/1866 - Allan Kardec.

FAMÍLIA MAIOR


          Havia uma família que vivia em conflito permanente, até que um dia alguns dos seus membros resolveram consultar o sábio mais eminente daquele lugar, pois que pensavam eles, o Criador tendo todo o poder devia resolver os seus conflitos, e como estava demorando muito, julgaram que Deus estivesse muito distante, assim que todos foram na esperança de encontrar uma solução rápida para resolver os graves problemas de relacionamento entre familiares.
          O sábio ouviu atentamente todo o relato daquelas pessoas que não conseguiam estabelecer uma base de convivência pacífica, sempre havia problemas e mais problemas que mantinham todos nervosos e infelizes e em permanente pé-de-guerra.
          Depois o sábio chamou toda a família e recomendou paciência e muita vigilância. Além que afirmou que nos próximos trinta dias Deus estaria naquela casa e poderia se manifestar por qualquer um deles? Não duvide dessa realidade, disse o sábio ao final da longa entrevista.
          Voltaram aos seus lares todos muito impressionados. Mas a mais impressionada fora a sogra, pensou muito naquela noite, mas quem estaria com Deus?
Pensou em todos, muito astuciosa querendo se garantir, logo pensou em agradar aquele que porventura estivesse com Deus, e por exclusão, fulano não pode ser, é muito impertinente; sicrano nem pensar; aquele outro idem, assim que ficou só o genro.
          Focou no genro, pela manhã, preparou um lauto café da manhã e fora convidar o genro e os familiares para o café. O genro, a princípio, ficou surpreso e ao mesmo tempo receoso, pois que tal gesto de bondade nunca fora visto naquela família. Até o dia anterior seria algo impensável, mas se manteve calmo, por momento, para refletir melhor. Quando se lembrou da conversa do sábio, mas quem sabe, pensou ele, Deus pode estar agindo por ela, e aceitou alegremente o convite e num ambiente descontraído degustaram o café da manhã de maneira muito cordial.
          A sogra saiu convencida que fizera uma boa escolha. Realmente, como fora cega, não havia notado o espírito cavalheiresco e respeitoso do genro, saiu gratificada por haver feito a escolha certa. O genro de sua parte disse ao filho mais velho. Olha! Que se conviveu tanto tempo e nunca soube das qualidades de minha sogra. Estou realmente feliz. Deus deve estar agindo por ela, porque sempre Ele age da maneira muito sutil. Devo olhar com outros olhos esta pessoa que é mãe de minha querida esposa.
          De outro lado, nessa família a nora realmente tivera alguns entreveros com a sogra. O que muito amargurava o marido, pois que as palavras mais educadas que usara contra sogra fora de bruxa. A situação já estivera tão complicada que num aniversário da sogra, ela mandara pelo correio uma vassoura, mais ainda, afirmava que não sabia o que fizera em encarnação anterior para merecer um tão grande castigo, e muitas coisas mais anda.
          A sogra que já vivera muitos sóis, ouvia muda e com resignação todas as atitudes inconsequentes daquela que casara com o seu amado filho. Por conta disso, tudo suportava.
          Porém, a norinha com a consciência pesada, pensou logo. Poderia ser castigada pelo que já falara e pelos desaforos que fizera à sogra. Minha mãe sempre dizia que a sogra é uma segunda mãe. É verdade que já ouviu muitas vezes que Deus escreve certo por linhas tortas, quem sabe para mal dos seus pecados, seja justamente através da minha sogra que Deus se manifestará... E ela ficaria excluída...? Nem pensar...
          Ficou muito preocupada com as palavras do sábio. Não podia deixar assim. Devia haver uma solução. Passou óleo de peroba na cara com muito capricho e inventou uma estória e foi visitá-la, dizendo que estava com muita saudade. A norinha que nunca fora afeita a arte culinária, comprou um lindo bolo e levou para querida sogra, dizendo que fora ela mesma que confeitara e fizera com muito carinho. A sogra ficou muito feliz, embora surpresa com a súbita habilidade da nora, porém achou também que fora por conta de Deus.
          O patriarca da família, linha dura, estudioso, intelectual, tinha certa implicância com a única filha. Pior que no dia seguinte descobriu-se que ela estava grávida, seria mãe solteira. O conservador de outra época, com ar misterioso não se abalou com o acontecimento como era de se esperar, mesmo porque imaginou que seria um novo messias o seu neto, o que seria algo muito interessante e resolveu deixar para traz certas regras para filha. No fundo tinha certeza que era um missionário nato que ali estava para se apresentar ao mundo. Estava feliz, certamente que Deus reconhecera os seus méritos indiscutíveis, fazendo com que nascesse um espírito iluminado em sua família. Naturalmente que era o personagem que o sábio falara. Estava só esperando uma deixa para dar a sua versão.
          Dois dias depois, o filho caçula, uma pedra no sapato da família com relação a estudos, apresentou o boletim com notas ótimas. A mãe perplexa e surpresa,. Exclama, isso só pode ser por Deus, não há outra explicação!
          Na semana seguinte o genro imaginando que a sogra tinha sido inspirada por Deus quis retribuir a gentileza, por sua vez,.Como no próximo domingo o sogro faria aniversário comprou logo um presente e convidou-os para cear, antes pesquisou e comprou o presente que mais atendia aos anseios, do agora, estimado sogro..
          O sogro que sempre se mantivera indiferente, logo pensou que o genro realmente podia ser também um enviado de Deus, como não queria contar a noticia daquele que iria nascer na sua casa, admitiu que o genro pudesse até ser outro enviado, mas de segunda categoria, mas também um enviado, pois que viu nele um homem generoso e sensível. Ele realmente interpretara os seus sentimentos.
          Apesar da pertinaz indiferença do sogro, este de repente pensou que sendo agraciado com espírito de escol em seu lar, também devia dar a sua contribuição para harmonia familiar e se dispôs a acompanhar a filha quando esta necessitou ir ao médico.
          Assim, que começou seriamente acreditar que Deus estava presente em cada um. Pela manhã e à noite todos oravam reunidos, assim que o ambiente renovou a confiança. A fraternidade começou a reinar naquela família, por conta da boa vontade de todos. Aliás, o que deve acontecer sempre.
          Reservaram a domingo para fazer um rápido encontro da família, onde reinava a maior alegria, todos naquela crença que Deus estava presente.
Num domingo o sábio resolveu visitar aqueles novos amigos, encontrando todos na maior fraternidade, o sábio também se emocionou, com a súbita mudança. Deus estava presente realmente no coração de cada um. Não restava nenhuma dúvida.

Anônimo.
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

          Chico costumava nos dizer:
          - Estamos numa Doutrina tão maravilhosa, que não nos pede nada, não nos exige nada, mas, exatamente porque nada nos pede nem exige, nós nos sentimos na obrigação de dar a ela alguma coisa.
          Ao término de uma reunião, um amigo lhe falava:
          -Chico, a instituição está pronta há dez anos... Terminamos a construção, mobiliamos, mas eu ainda não havia me animado a colocá-la em funcionamento. O prédio está lá, esperando. Hoje, porém, tomei uma decisão: trabalharei dobrado para recuperar o tempo perdido! Há dez anos está tudo pronto...
          Depois de ouvir o companheiro, Chico lhe respondeu:
          - Você quer saber de uma coisa? Tempo perdido é tempo perdido. Não se recupera mais! Você está falando em trabalhar dobrado? Trabalhasse dobrado desde o início!
          E enquanto o confrade coçava a cabeça sorriu com o seu jeito peculiar de levar a mão à boca e inclinar o corpo para frente, como se, para confortá-lo, lhe disse sem palavras: "Nós todos estamos nessa..."

Do livro “O Médium dos pés descalços" Carlos A. Baccelli

 

          Mesmo que eu não creia no amor de Deus, eu não vivo sem Ele!
          Mesmo que não tenha fé, eu não vivo sem ela!
          Mesmo que não acredite na vida depois da morte, eu não deixo de vivê-la...
          Em cada instante eu reencontro no amor, na fé a vida que recebo deste Deus, que eu sempre nego!...
          Quem sabe eu não o tenha negado porque não consigo viver sem Ele!

Marcos Paulo
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 08/05/2008, na cidade de Campo Grande/MS.

          Baccelli,-disse-me Chico, certa vez- o que os Espíritos mais prezam no médium é a sinceridade. Depois é que vem a mediunidade propriamente dita.

 

 

A PREGAÇÃO FUNDAMENTAL

          Um aprendiz de Nosso Senhor Jesus-Cristo entusiasmou-se com os ensinamentos do Evangelho e decidiu propagá-los, enquanto vivesse.
          Leu, atencioso, as lições do Mestre e começou a comentá-las por toda parte, gastando dias e noites nesse mister.
          Chegou, porém, o momento em que precisou pagar as próprias despesas e foi compelido a trabalhar.
          Empregou-se sob as ordens de um orientador que lhe não agradou. Esse diretor de serviço achava-se muito distante da fé e, por isto, contrariava-lhe as tendências religiosas. Controlava-lhe as horas com rigor e observava-o com apontamentos acrimoniosos e rudes.
          O pregador do Crucificado não mais se movimentava com a liberdade de outro tempo. Era obrigado a consagrar largos dias a trabalhos difíceis que lhe consumiam todas as forças. Prosseguia, ensinando a boa doutrina, quanto lhe era possível; porém, não mais podia agir e falar, como queria ou quando pretendia. Tinha os minutos contados, as oportunidades divididas, as semanas tabeladas e, porque se julgasse vítima das ordenações de sua chefia, procurou o diretor do serviço e despediu-se.
          O proprietário que o empregara indagou do motivo que o levava a semelhante resolução.
          Um tanto irônico, o rapaz explicou-se:
          — Quero ser livre para melhor servir a Jesus. Não posso, pois, aceitar o cativeiro de sua casa.
          Nesse dia de folga absoluta, sentiu-se tão independente e tão satisfeito que discorreu, animadamente, sobre a doutrina cristã, até depois de meia-noite, em várias casas religiosas.
          Repousando, feliz, alta madrugada sonhou que o Mestre vinha encontrá-lo. Reparou-lhe a beleza celeste e ajoelhou-se para beijar-lhe a túnica resplandecente.
          Jesus, porém, estampava na fisionomia dolorosa e indisfarçável tristeza.
          O discípulo inquietou-se e interrogou:
          — Senhor, porque te sentes amargurado?
          O Cristo, respondeu, melancolicamente:
          — Porque desprezaste, meu filho, a pregação que te confiei?
          — Como assim, Senhor? — replicou o jovem — ainda hoje abandonei um homem tirânico para melhor ensinar a tua palavra. Tenho discursado em vários templos e comentado a Boa-Nova por onde passo.
          — Sim — exclamou o Mestre —, esta é a pregação que me ofereces e que desejo continues fervorosamente; todavia, confiei ao teu espírito a pregação fundamental da verdade a um homem que administra os meus interesses na Terra e não soubeste executá-la. Classificaste-o de ignorante e cruel; entretanto, olvidas que ele ignora o que sabes. E pretendes, acaso, desconhecer que o orientador humano que te dei somente poderia abordar-me os ensinos, nesta hora, através de teu exemplo? Tua humildade construtiva, no espírito de serviço, modificar-lhe-ia o coração... Se lhe desses cinco anos consecutivos de demonstrações evangélicas, estaria preparado a caminhar, por si mesmo, na direção do Reino Divino!... E ele, que determina sobre o tempo de duzentos homens, se faria melhor, mais humano e mais nobre, sem prejuízo da energia e da eficiência... Poderás ensinar o caminho celestial a cem mil ouvidos, mas a pregação do exemplo, que converta um só coração ao Infinito Bem, estabelece com mais presteza a redenção do mundo!...
          O aprendiz desejou perguntar alguma coisa; entretanto, o Cristo afastou-se num turbilhão de luminosa neblina.
          Acordou, sobressaltado, e não mais dormiu naquela noite.
          De manhã, pôs-se a caminho do estabelecimento em que trabalhara, procurou o diretor de quem se despedira e pediu humildemente:
          — Senhor, rogo-lhe desculpas pelo meu gesto impensado e, caso seja possível, readmita-me nesta casa! Aceitarei qualquer gênero de tarefa.
          O chefe, admirado, indagou:
          — Quem te induziu a esta modificação?
          — Foi Jesus — respondeu o rapaz —; não podemos servi-lo por intermédio da indisciplina ou do orgulho pessoal.
          O diretor concordou sem vacilação, exclamando:
          — Entre! Estamos ao seu dispor.
          Anotou a boa vontade e o sincero desejo de servir de que o empregado dava agora vivo testemunho e passou a refletir na grandeza da doutrina que assim orientava os passos de um homem no aperfeiçoamento moral. E o aprendiz do Evangelho que retomou o trabalho comum, intensamente feliz, compreendeu, afinal, que poderia prosseguir na propaganda verbal que desejava e na pregação básica do exemplo que Jesus esperava dele.

Néio Lúcio
Do livro “Alvorada Cristã”, de Francisco C. Xavier.

 

ALÉM DA MORTE

          Cumprida mais uma jornada na Terra, seguem os espíritos para a Pátria Espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências.
          Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios. São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne.           São os mesmos homens que eram antes da morte.
          A desencarnação não lhes modifica hábitos nem costumes. Não lhes outorga títulos, nem conquistas. Não lhes retira méritos, nem realizações.
          Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu.
          Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atinge o grande porto. Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável travessia.
          A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade.           Muitos agem como turistas confusos em visita a grande cidade, buscando incessantemente endereços que não conseguem localizar
          Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades. Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações.
          Os escravos do prazer prosseguem inquietos. Os servos do ódio demoram-se em aflição. Os companheiros da ilusão permanecem enganados. Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas. Os amigos da ignorância continuam perturbados
          Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos Espíritos Superiores. Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são esquecidos ou abandonados pelo auxílio Divino.
          Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal Providência Divina. Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou expurgar sem remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente recomeçar a viver.
          A morte a todos aguarda. Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável. Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade.
          A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução. A matéria em que nos encontramos imersos, por hora, é abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal. Cada dia que dispomos na carne é nova chance de recomeço.
          Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores que resistem à própria morte. Na contabilidade Divina a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos.
          Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência, continuaremos vivendo em outro plano e em condições diversas. Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da morte.
          A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos preparado para ela. Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã.


Otília Gonçalves.
Mensagem psicografada por Divaldo Pereira Franco.

 

LEMBRETE IMPORTANTE:

          Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
          Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
          Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.

DESAFIO

          Mesmo que estivéssemos assumindo o desafio de vencer a luta de cada dia, criando campo de desenvolvimento psíquico adequado ao nosso desejo de conquista, estaríamos construindo estradas perigosas onde, certamente encontraríamos à nossa frente curvas perigosas, dando-nos a sensação de que poderíamos perder a margem de nossa própria direção, desafiando as leis da consciência, onde facilmente encontraríamos no desafio, a nossa própria derrota.
          Quem oferece o melhor de si para outro, consegue limitar-se à bem-aventurança acreditando que é possível vencer a luta!
          O homem que se distancia de si mesmo, acredita que pode dilatar-se à vontade própria e ignora que as pressões espirituais negativas tendem a dificultar o seu caminho, abrindo crateras na estrada que percorre, sem ostentar-se no vício da vaidade ou da auto-estima, quando direcionado contrariamente aos princípios do Evangelho de Jesus.
          Ser uma boa criatura atende aos bons princípios do bem, igualmente justifica a fé que norteia os seus anseios em conquistar um bem sempre maior quando enfrentamos dificuldades, que são passageiras, somos orientados para que a criança brinque em nossa consciência afastando o perigo da violação dos direitos individuais que conduz o homem indivíduo a se curvar diante de si mesmo, afastando permanentemente o mal que caminha a seu lado produzindo efeitos negativos em suas lutas temporais.
          Com Deus, a generosidade edifica um caráter pleno recomendando outros dons que se abrem como a flor, dando às criaturas, a sua beleza e o seu perfume, enquanto o caminho do progresso avança diante da própria natureza... E Deus onipotente conduz os seus filhos amados para o seu reino, edificando o firmamento.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública do dia 17/11/2011, no Grupo Espírita da Prece.

PREVENÇAO À TOXICOMANIA

          De longe, em primeiríssimo lugar, compete aos pais prevenir, proporcionado aos filhos:
          - exemplos dignificantes;
          - educação moral à luz do Evangelho, enaltecendo os valores do Espírito:
          - transparência total no lar; pais tratando o problema de frente, mostrando ao filho todas as injunções sociais, morais, físico e espiritual; do contrario, o jovem se apropriará de verdades distorcidas, nas ruas, juntamente com o sentimento de que os pais tentaram enganá-lo...
          - atendimento ao filho apenas nos desejos compatíveis com a condição social da família, sem descuidar da responsabilidade decorrente;
          - acompanhamento carinhoso,mas vigilante, da vida escolar e social do filho;
          - realização do momento de preces no lar, com leitura e comentários do Evangelho (reunião semanal, no mínimo, e, dia e hora predeterminados).

ALGUNS SINTOMAS DE PESSOAS VICIADAS

          -Mudança de humor;
          - inapetência (falta de apetite);
          - rir perdidamente de coisas sem graça;
          - desleixo pessoal;
          - falta de interesse sexual;
          - olhar vago;
          - reações lentas;
          - ler livros referentes a tóxicos;
          - dilatação de pupilas e olheiras;
          - vermelhidão no branco dos olhos (uso constante de óculos escuros);
          - sinais de picadas (escondê-las, usando camisa de manga comprida);
          - manchas e feridas eu não param de coçar;
          - irritação sem motivo;
          - depressão – angústia sem motivo;
          - queda do rendimento escolar (pior: desistência dos estudos);
          - isolamento – ouvir músicas em altíssimo volume;
          - presença de seringas,comprimidos e cigarros estranhos no quarto;
          - companhias suspeitas;
          - desaparecimento de valores do lar, etc.
          Deve considerar-se que a presença dos sintomas acima significa, necessariamente, que a pessoa é toxicômana.                     Algumas das condições de vida moderna podem fazer com que um ou alguns desses sintomas estejam presente nos não-viciados.
          Via de regra, o que caracteriza o toxiconamia é o surgimento de sintomas múltiplos, sem causa aparente que o justifique.

Eurípedes Kuhl
(Reformador, junho de 2001, p. 19-21.)

JESUS NO LAR

          O lar não é somente o santuário de alvenaria, onde reconfortas o corpo; é, também, o reino das almas, onde o teu coração reclama a bênção da paz e a alegria de viver. É o templo, em cujo altar vivo, o Senhor nos situa o espírito para o aprendizado na escola humana.
          Aprende a servir dentro dele, a fim de que possas representar dignamente o papel que te cabe no mundo.
          Semeia, aí dentro, no recinto abençoado que te viu crescer, a bondade e o entendimento.
          Quando não fores compreendido por aqueles que te cercam, nos laços da consangüinidade, cultiva o auxilio silencioso, a benefício dos que te rodeiam.
          Em casa, quase sempre, aliam-se a nos os amores mais santos, construindo-nos o paraíso mais doce e prendem-se ao nosso temporário destino na Terra as aversões mais profundas, em terríveis tempestades do sentimento.
          Sob o véu misericordioso da reencarnação, amigos e adversários aí se congregam, disputando o prêmio do aprimoramento espiritual.
          Em razão disso, é possível que sofras, no campo familiar os tormentos mais rudes; entretanto, não te desesperes, nem te desanimes.
          Ilhado pelas incompreensões, perdoa e ajuda sem descansar.Fustigado pela discórdia, não te confies à tristeza destruidora.
          Regozija-te com a possibilidade de recapitular pequeninas experiências, lutando pela própria regeneração.
          Se compulsoriamente afastado daqueles que amas, em razão da rebeldia deles mesmos, ampara com as vibrações do pensamento amigo àqueles que te expulsam.
          Um dia, a luz brilhará sobre a mente crepuscular dos nossos companheiros infelizes, assim como o dia volta a raiar no fim de cada noite.
          Jamais te esqueças que o lar é uma bênção de Deus na Terra.
          Não grites, nem te revoltes, dentro dele.
          Não te entregues à crueldade ou ao desalento, entre as suas fronteiras de amor.
          Lembra-te que tua casa é sagrado refúgio de teu pão, de teu sonho e do teu estimulo ao trabalho santificante.
          No lar, temos o nosso mais valioso curso de abnegação e fraternidade e, quando praticarmos o ensinamento do amor puro, com quem nos partilha a mesa e se entrelaça conosco, através do calor do mesmo sangue, então estaremos inteiramente habilitados para seguir com Jesus no apostolado do bem à Humanidade inteira.

Néio Lúcio
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

INTERPRETAR


          Em toda parte alguém interpreta:
          O médico o exame de laboratório e recomenda o tratamento mais adequado a cada paciente; o meteorologista os gráficos e as previsões do tempo. O humanista cada reação da criatura para que se harmonize com a vida em sociedade.
          A mãe interpreta o choro do bebê e oferece-lhe aquilo que sua vivência lhe faculta.
          O estudioso interpreta os conhecimentos que se acumulam ao longo do tempo.
          Todos cumprem o seu papel.
          A Doutrina Espírita interpreta o Evangelho e desvenda-lhes os conhecimentos que existem nas entrelinhas, descobrindo-se um admirável mundo, que o próprio Cristo já havia reservado para os dias atuais, a fim de que os habitantes de ontem, quando retornassem através da reencarnação já pudessem contar com noções exatas de justiça, de amor e de caridade.
          Poucos entendem o real mecanismo da vida, mas certamente entenderão na hora da colheita, que o agricultor invariavelmente plantou no caminho do próximo.
Não esqueça nunca, também o mar devolve a praia tudo o que nele foi lançado, é a lei estabelecendo a ordem e equilíbrio.

DISCIPLINA TAMBÉM É AMOR


          A criança deve mesmo ser intocável como apregoam alguns?
          - Fui criado com disciplina. Se tivesse tido filhos eu os criaria com, pelo menos, boa parte da disciplina com que fui criado.
          Quando voltar, quero uma mãe que me agrade se eu merecer, mas que me bata se eu precisar.


Adelino da Silveira
Do livro “Momentos com Chico Xavier”.

COMO ESTAVA LÁ


          A gente reencarna como estava lá. Por muito que nossos pais nos amem, eles só podem nos dar o enxoval. O corpo já vem pronto... Renascemos como estávamos lá. E vamos para lá como estamos aqui.


Adelino da Silveira
Do livro “Momentos com Chico Xavier”.

 

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ANO VII - Nº 75– Campo Grande/MS –Abril de 2012..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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