"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VII - N. 79 * Campo Grande/MS * Agosto de 2012.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


         Mesmo quando se diga injustiçado, na verdade não o é, mas simplesmente está pagando uma conta que não lembra mais, como tantas coisas da vida, que realmente se esqueceu. Áulus.


        

A ROSA E A CARIDADE

         “A rosa sempre deixa um pouco de perfume nas mãos de quem a doa”.
         Todavia, há duas espécies de pessoas: os pessimistas que alegarão que o ramalhete de rosas têm espinhos e hão de questionar porque existe essa espécie flores e são infelizes a vida inteira; outros, mais afortunados, dirão que os espinhos têm rosas perfumadas por isso hão de bendizer esse arbusto tão precioso, com paz e alegria viverão a vida em plenitude.
         Embora haja essa divergência de opiniões, na realidade, uma rosa, sempre será uma rosa, exalando perfume e vestindo-se de mil cores para enfeitar a vida.
         A caridade é assim também, muitos hão de questionar, mas porque hei de servir aos outros? Se já tenho problemas demais, ainda alegam que muitos servem com total abnegação, mas a sua frente se apresentam os ingratos e os maus.
         Imagine se Jesus pensasse sobre nós o mesmo, sequer viria a Terra. Conhecendo em profundidade a nossa vida, nem assim nos deixou órfãos de carinho e de proteção, assim mesmo lançou nova esperança a esta Terra árida?
         A caridade é assim também, sempre será a caridade, a virtude mais excelente, segundo o Apóstolo dos Gentios.          Aqueles espíritos corajosos, no entanto, nela encontrão a clara indicação da presença de Deus, pois eles chegaram a uma conclusão - que a caridade deixa sempre mais perfumada aquela mão estendida que socorre aquele que sofre mais -, inclusive, nem o tempo não será capaz de apagar esse suave perfume que espalha ao seu derredor pelo bem que faz. Além do mais, é conquista mais importante do Espírito.
         Concluirá mais tarde, que feliz será aquele que promove o bem, porque jamais terá motivos para se arrepender ao longo do percurso aqui ou além das fronteiras deste mundo. É o ato mais sublime e quem pratica essa virtude enobrecedora, especialmente se pratica a caridade pela caridade, sem nada exigir, é porque compreendeu a essência da mensagem do Divino Mensageiro - que é Jesus.
         Por isso, faça da caridade uma meta permanente para sua vida, pois que será sempre o tempo mais bem empregado em qualquer parte, pois que dignifica aquele que a pratica, porque nela estão centrados os sentimentos mais enobrecidos do coração humano.
         Não se deixe entorpecer pelos valores do mundo, pois que estes instantes aqui vividos são tão fugazes e passam tão depressa como uma nuvem passageira e de repente ver-se-á diante de realidade da vida imortal, onde será aferida cada ação praticada, por isso, a caridade é a opção mais valiosa. Não esqueça nunca de valorizar os seus dias aqui neste plano.
         Tantos espíritos maravilhosos têm se apresentado no mundo para alertar sobre os fundamentos desse Espírito santificado que é Jesus.
         Tantos amigos estão ao seu derredor para ajudá-lo a caminhar, no entanto, dependerá de sua decisão, porque por mais bondosos que sejam os amigos espirituais, sempre irão respeitar o seu livre-arbítrio.
         Mas caridade sempre será um anteparo contra as tempestades do caminho, a opção corajosa de quem deseja seguir a proposta sublime do mensageiro maior de Deus.
         Diante dos dados contabilidade da vida comece a se questionar o que faz de seus dias? Não será difícil chegar a uma conclusão. Sem amor ao próximo, não se caminha com vista a um futuro melhor e esse começa e termina com a caridade.


Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

DIA DOS PAIS – HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS

         Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos.
         Detém0te de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizeram pais ou tutores.
         As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam.
         Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refugio domésticos, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões, alque3brados por dentro, sob a carga das lembranças difíceis que conserva, em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse e, ainda outros renunciaram a felicidade própria, a fim de se converterem nos guardiães da alegria e da segurança dos filhos alheios...
         Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.
         Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou que enlouqueceram, sob a delinquência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.
         A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas e homenagens às profissões e pessoas. Lembrando isso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais pé o Dia de Deus.

Emmanuel
Do livro “Amizade”, de Francisco Cândido Xavier. Ed. IDEAL

 

 

O HOMEM DE BEM

         O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
         Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
         Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
         Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
         Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
         Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
         O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
         Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
         Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
         Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
         É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
         Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
         Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
         Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
         Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
         Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
         Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
         O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.
         Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
         Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O DEVER DE CADA UM

         O Evangelho segundo o Espiritismo nos esclarece, entre tantas outras instruções, sobre o dever, considerando ser a obrigação moral da criatura para consigo mesma e para com os outros, constituindo a lei da vida, iniciando quando ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do nosso próximo e terminando no limite que não gostaríamos fosse ultrapassado em relação a nós.
         Deixa claro a dificuldade que temos em exercê-lo, por ser contrário aos interesses do coração, não tendo testemunhas as suas vitórias, nem repressão as suas derrotas, ficando entregue apenas ao nosso livre-arbítrio. Filho da razão, deve ser amado para dar à alma o vigor que ela precisa para o seu desenvolvimento, estabelecendo que o homem que cumpre seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e as criaturas mais do que a si mesmo.
         A Doutrina Espírita que tem por objetivo a nossa melhora íntima e é coerente e coesa em todos seus postulados, apresenta-nos vasta literatura elucidativa para que se cumpra tal objetivo com mais rapidez, trazendo instruções dadas por benfeitores espirituais que muito nos ajudam em nossa caminhada rumo à perfeição, nosso destino final.
         A benfeitora Joanna de Angelis lembra que os conceitos esflorados por Allan Kardec refletem o impositivo da nossa transformação moral, tendo por base o culto dos deveres de agora que deve ser feito diariamente para atingirmos o topo da evolução inadiável de todos nós. Lembra também que o dever dos pais para com os filhos, como as leis de Deus, estão gravados na consciência e que no tocante à liberdade, nunca há de ficar esquecido o dever da responsabilidade.
         O mentor André Luiz pede-nos que respeitemos o direito do próximo sem exigir de ninguém virtudes que não possuímos ou benefícios que não fazemos, incitando-nos a fazer aos outros a caridade de cumprir nosso dever, alertando que “servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.”.
         Dr. Ignácio Ferreira ilustre Psiquiatra com extensa ficha de trabalho na área psíquica quando encarnado e desempenhando suas funções também no mundo espiritual, na obra psicografada por Divaldo Pereira Franco, Transtornos          Psiquiátricos e Obsessivos, afirma que “o dever torna-se virtude, quando objetiva o cumprimento de uma responsabilidade que beneficia outrem ou um grupo social” e que “...Somente através da conscientização intima é que podemos compreender os deveres para com nós mesmos, para com a sociedade e para com a vida.”.

Crispim.

         Referências:
         O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap.XV. Allan Kardec.
         Sol nas Almas. Chico Xavier e Waldo Vieira. André Luiz.
         Lampadário Espírita. Divaldo Pereira Franco. Joanna de Ângelis.
         Sinal Verde. Chico Xavier. André Luiz.
         Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos. Divaldo Pereira Franco. Manoel Philomeno de Miranda.

 

JESUS - FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS

         Os fundamentos pedagógicos do ensino de Jesus estão na sua concepção do mundo, abrangendo o homem e a vida.          Essa cosmovisão se opõe à concepção pagã e à concepção judaica. Jesus, assim, não é apenas um reformador religioso, mas um filósofo na plena acepção da palavra. Ele modifica a visão antiga do mundo e essa modificação atinge a todas as filosofias do tempo, não obstante os pontos de concordância existentes com várias delas. Bastaria isso para nos mostrar, à luz da Ciência da Educação, a legitimidade da tese que inclui Jesus entre os grandes educadores e pedagogos, colocando-o mesmo à frente de todos. Não se trata de uma posição religiosa, mas de uma constatação científica.
         A comparação entre a ideia de Deus do Velho Testamento e a ideia de Deus do Novo Testamento mostra-nos a diferença entre o mundo judeu e o mundo cristão. O Deus de Jesus é o pai de todas as criaturas, sem distinção de raças ou posições sociais. Essa paternidade universal determina a fraternidade universal. O Deus-Pai do Evangelho não é vingativo nem irado, não comanda exércitos para destruir povos e nações, mas ama a todos os seus filhos, quer a salvação de todos e a todos concede o seu perdão generoso. Como diria Paulo mais tarde, o tempo da lei e da força fora substituído pelo tempo da graça e do amor.
         Os deuses olímpicos, cheios de paixões humanas, e os deuses brutais dos fenícios e dos babilônios, os deuses monstruosos dos egípcios, dos indianos e dos chineses são substituídos pelo Deus-amor e paternal do Evangelho. O próprio Jeová irascível dos judeus, ciumento e vingativo, perde o seu poder sobre o mundo. Os pobres, os doentes, os sofredores, os escravos deixam de ser os condenados dos deuses e passam à categoria de bem-aventurados. A virtude não está mais na bravura e no heroísmo sangrento de gregos e romanos, mas na paciência e no perdão. Dar é melhor do que conquistar, humilhar-se é melhor do que vangloriar-se, responder ao mal com o bem é a regra da verdadeira pureza espiritual . Os mortos não estão mortos, nem mergulhados nas entranhas da terra à espera do juízo final, mas estão mais vivos que os vivos.
         Da velha lei judaica não é modificado um só ponto referente ao bom procedimento do homem da Terra, mas tudo o mais é substituído pelo contrário. O culto a Deus é virado pelo avesso: nada mais de sacrifícios materiais, de rituais simbólicos, de privilégios sacerdotais. O único sacrifício é o das más paixões, do orgulho, da arrogância, da cupidez. A vaidade e a ambição devem dar lugar à humildade e à renúncia. A ignomínia da cruz transforma-se em santificação. As pitonisas e os oráculos são substituídos pelas manifestações mediúnicas das reuniões evangélicas, como vemos em Paulo, I Coríntios.
         O objetivo da vida humana não é mais a conquista do céu pelo violência, mas a implantação do Reino de Deus na Terra. As riquezas e o poder não são coisas desejáveis e invejáveis, mas fascinações perigosas que podem levar a criatura humana à perdição. As crianças não são desprezíveis, mas as preferidas de Deus, e para nos tornarmos dignos d'Ele temos de nos fazer crianças. Matar os pequeninos, os inocentes, os indefesos não é prova de valentia e de coragem, mas crime aos olhos de Deus.
         Não se consegue a salvação pela obediência à lei e pelos rituais do culto (as obras da lei), mas pelo aperfeiçoamento do espírito, pela purificação do coração, pela educação integral da criatura. Por isso é preciso nascer de novo –– não em forma simbólica, mas naquele sentido que Nicodemos não podia compreender: nascer da água e do espírito (a água era o símbolo da matéria, do poder fecundante e gerador), nascer para se redimir, não da desobediência de Adão e Eva, mas dos seus próprios erros, como aconteceu ao cego de Jericó, como sucedera a Elias reencarnado em João Batista.

J. Herculano Pires
Do livro “Pedagogia Espírita”. Edição Edicel.

 

 

 

A CARROÇA VAZIA

         Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou: - Além do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça. - Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia.... Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? - Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz. - Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: - Quanto Mais Vazia a Carroça, Maior É o Barulho!

Wallace Leal V. Rodrigues
Do livro: “E, para o resto da vida”... 5.ed. Matão/SP.

UMA HISTÓRIA COMOVENTE

         Uma história como tantas outras...
         Um casamento perdurou por determinado tempo, de repente o casal separa-se. A esposa talvez tenha cansado daquela vida e mesmo porque se encantou com outro homem, segundo palavras dela, e o marido não conseguiu retê-la junto a si. João que amava muito a esposa, ficou inconsolável, porque tudo fizera para que estivesse sempre ao seu lado, mas cada dia mais exigências, incompreensão, até que não houve mais clima e resolveram separar-se, cada um seguiu o seu destino.
         A jovem senhora foi logo ao encontro do novo amor. Depois de dois meses percebeu o erro que cometera, mas não tinha condições de voltar atrás, porque fora ela que forçara essa situação. E resolveu seguir adiante com as dificuldades redobradas.
         O orgulho era muito grande. Intimamente deplorava a atitude que tomara, mesmo porque o cidadão que com tanta insistência a cortejara, não tinha nada das qualidades que aparentava, sem princípios, mal-educado, desrespeitoso, não tinha como recuar. Agora era seguir em frente, sorver o remédio amargo que escolhera.
         De outro lado, João adoecera em consequências dessa traumática separação. Fora acometido de uma enfermidade de difícil diagnóstico, motivada, em princípio, por seus desequilíbrios emotivos e isto foi refletir-se no corpo físico, minando-lhe paulatinamente as forças.
         Desde que se separara da esposa, a saúde e a motivação para viver entraram num acentuado declínio; resolveu mudar para outro estado, na esperança de que poderia mudar esse quadro que se mostrava grave, apesar dos tratamentos, porém sem nenhum resultado animador, até que veio a desencarnar, ainda não havia cumprido toda a sua etapa naquela existência, faltara completar os últimos dozes anos.
         A esposa seguindo um caminho sem volta, pois que não tinha coragem de pedir perdão ao marido de seus primeiros sonhos, aliás, quando não suportou mais, até voltou para procurá-lo, mas ele já se havia mudado para outro estado do país; somente mais tarde ela veio a saber que ele havia desencarnado.
         Passaram-se os anos, a ex-esposa acaba por separar-se desse segundo marido, vindo a desencarnar sozinha, triste e arrependida pelo mal que fizera a si mesma e ao João, somente mais tarde compreendera o quanto o amava...
         No entanto, o sentimento de culpa continuara para ambos, além das fronteiras físicas, pois que retornaram em situação deplorável.
         O tempo corre célere... Chega à época de voltar... A Providência Divina permite o ensejo de reencarnar para refazerem seus destinos, talvez não na proposta que sonharam, mas na situação possível ...Nova existência...
         Um companheiro, espírita convicto, disciplinado, muito experiente, porque já viu tantas dores, tantos desencontros, estava há quase um mês com a sua querida mãe internada na Santa Casa. Vivia ele aqueles dias difíceis, de ansiosas expectativas e dolorosas visitas. Acabara por ouvir o epílogo dessa história triste, como tantas outras, sem um final feliz, mas aquele final possível diante de leis irrevogáveis, segundo a lei, da semente que planta, dela ceifará.
         Um dia passando por uma das alas de Unidade de Tratamento Intensivo daquela Casa de Saúde, viu uma jovem senhora numa daquelas janelas, como se estivesse perdida do mundo, com os olhos focados em alguém que também estava no interior daquele quarto em tratamento. Estática se demorava naquela posição como que alienada do mundo. Um espírito sugere-lhe ao ouvido.
         Fale com aquela senhora!
         Surpreendido, quis recuar, afinal não a conhecia, não sabia como abordá-la para entabular uma conversação.
         Alguns minutos naquela indecisão, quando o espírito com veemência, repete: Fale com moça! Meio sem jeito se aproximou como podia, conseguiu também visualizar que era um menino de dez a doze anos, estava entubado naquela UTI.
         Tomando coragem dirige-se a mulher e perguntou:
         - É seu parente?
         Responde ela:
         - Muito mais, é meu filho, meu único filho. Pois que a enfermeira telefonou-me de madrugada, informando que meu filho teve morte cerebral. Desde então estou aqui e daqui ninguém me tira. Mas, continuou ela.Um fato muito estranho aconteceu comigo, nesta noite, após a notícia que recebera, notificando-me desse acontecimento tão triste.
         No auge do desespero e da dor, decidira tirar a minha vida. Apanhei uma faca, na cozinha e adentrei ao quarto de meu filho, decidida a suicidar-me, pois que meu filho era a razão toda de minha vida. Não queria mais viver...
         Percorrendo com olhar suas dolorosas lembranças que se encontravam espalhadas naquele quarto que tinha ainda a sua tépida presença: a mochila do colégio e nela estampada a imagem de Dom Bosco, esse emérito educador, na mesa de estudos, o caderno aberto na última tarefa ainda incompleta, a bola de futebol que ganhara no último aniversário, intacta, que a retivera entre as mãos, mas não pudera utilizá-la devido a sua fraqueza orgânica; um quadro de Jesus, pendurado na parede. Aquela imagem da qual partem luzes do seu coração. Fitara a imagem de Jesus com um olhar de desafio, inconformada por haver Ele deixado que seu filho partisse prematuramente.
         Julgara que Ele fora muito cruel, insensível; não compreendera a dor de uma mãe, retirando a sua única razão para viver. Quando vê escapar-se pelos vãos dos dedos seu maior tesouro. Lembrava-se que quantas vezes fora ele, seu pequeno menino, que tomava a iniciativa de pegar a sua mão, com mãozinha já tão frágil e dizer: Mamãe! Vamos rezar para Jesus me curar. E ajoelhava-se diante daquele coração e rezava o Pai Nosso e ao final dizia: Que o senhor me cure, mas faça-se a sua vontade. Pois que desde criança eu lhe ensinara que sempre deve ser feita a vontade de Deus, porque sempre era a melhor.
         Parecia ouvir suas palavras já enfraquecidas pela doença como se fora um punhal a varar o meu coração. Assim que vagava no meu pensamento essa ideia fixa de aniquilar-me em definitivo. Pensava, não há mais razão para permanecer neste mundo, minha mais cara esperança em breve não seria mais contada entre os vivos, como pudesse dessa forma aliviar meu atormentado coração, pois para mim, era o fim.
         Sentei-me sobre o tapete do quarto para executar esse propósito sinistro, quando um torpor foi tomando conta de meu corpo como se fosse morrer, dali a momentos, que não sei avaliar quantos minutos, comecei a ver meu corpo estendido sobre o tapete como se dormisse, a faca escapando-se de minha mão. Surpreendida com o inusitado daquela situação de ver a mim mesma, como se fosse outra pessoa, mas virando-me para observar melhor o ambiente, percebi ao longe que vinham duas pessoas em minha direção, ou mais precisamente, dois vultos que se aproximavam lentamente, reconheci naquele mais alto, que se tratava do meu avô Severiano. Minha primeira pergunta:
         Mas vovô, o senhor não morreu? Mas ao mesmo tempo me arrependi do que falara. No entanto, sentindo o meu desconforto, disse-me: não se preocupe, minha filha, ninguém morre. Depois de um abraço forte, disse-me ele: - vim visitá-la, minha filha, mas especialmente para pedir que liberte o meu bisneto. Seu apego o impede de partir rumo ao seu grande destino, João Carlos, precisa seguir adiante.
         Por momento fiquei confusa, quando olhei para o outro personagem. Era o meu filho, meu querido filho. Não podia acreditar! Não me contive e o abracei demoradamente.
         - É mamãe, encostando-me ao meu ouvido, falou como antigamente, como para que ninguém nos ouvisse, como explicou o vovô, eu preciso partir, porque meu tempo já venceu. Sempre falava a senhora que eu tinha que partir, porque já fora avisado antes que este episódio fazia parte de minha vida ao seu lado, um complemento que precisava cumprir e que ficara pendente em outra época. A senhora me perdoe, porque tenho que partir, essa é a melhor opção para mim e para a senhora, mesmo porque atende aos nossos interesses, ainda que me doa imensamente essa separação neste momento, mas estaremos sempre unidos pelo laço do coração.
         Como meu avô fizesse um gesto que terminara aquele encontro, disse-me, ainda, não esqueça, liberte-o. Volte e faça o que lhe disse. Abracei-os enternecidamente como se fosse uma despedida. Ainda repetiu, já de saída, liberte o seu filho e meu bisneto, com aquele sorriso que iluminava o seu rosto.
         Ao despertar esqueci-me daquele propósito que me levara até o quarto do meu filho, rapidamente vesti-me e corri para o hospital e aqui me encontro até agora.
         Paulo ouvira em silêncio aquela história triste e comovedora. Naquele gesto decidido, de quem já presenciara muitos dramas dolorosos, disse: Vamos orar, então, e pedir a libertação dele, também que dê à senhora a coragem para superar essa dor imensa. Assim, aquela oração partia de um coração despedaçado e de outro que se dispõe auxiliar simplesmente, mas uma oração que levava otimismo, pela certeza agora da continuação da vida. Lágrimas ainda deslizavam por sobre a face daquela mãe amargurada.
         Terminada a oração as emoções desencontradas daquela pobre mãe transformaram-se em serenidade diante da dor.          Antes que se retirasse, a cortina se fechou e em seguida a enfermeira que tudo observava, pois que já a conhecia, trouxe-lhe a noticia, de fato João Carlos partira em demanda à vida verdadeira.
         Um breve aceno de mão como se agradecesse pelo auxilio e ele a viu desaparecer naquele corredor. Lembrou-se da lição que lera pela manhã em “O Livro dos Espíritos”. : “Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade”.
         Passara-se o tempo. Parece que esse episódio havia se perdido nas brumas do passado, mas um dia, quando ele encontrava-se na calçada da Rua Dom Aquino, uma senhora o vê o chama pelo nome, estaciona o carro em seguida, e aproxima-se.
         - Não se lembra de mim, meu amigo? Disse ela, com um enorme sorriso no rosto. Realmente não a reconheceu de pronto.
         Eu sou aquela mãe do CTI da Santa Casa, finalmente, lembrou-se.
         - Disse ela, eu trouxe um presente para você.! Pesquisou em sua enorme bolsa, era uma mensagem psicografada que recebera na cidade do Rio de Janeiro, entre outras coisas que a carta mencionava, em letras com destaque, estava escrito o seguinte: “não se esqueça de agradecer ao Paulo quando o encontrar as orações daquele dia tão importante de minha vida”.
         Uns momentos mais, despediram-se, cada um seguiu o seu destino.


Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

NECESSIDADE DA MEDITAÇÃO

         A meditação é recurso valioso para uma existência sadia e tranquila.
         Através dela o homem adquire o conhecimento de si mesmo, penetrando na sua realidade íntima e descobrindo inexauríveis recursos que nele jazem inexplorados.
         Meditar significa reunir os fragmentos da emoção num todo harmonioso, que elimina as fobias e as ansiedades, liberando os sentimentos que encarceram o indivíduo, impossibilitando-lhe o avanço para o progresso.
*
         As compressões e excitações do mundo agitado e competitivo, bem como as insatisfações e rebeldias íntimas geram um campo de conflito na personalidade que termina por enfermar o indivíduo, que se sente desagregado.
         A meditação enseja-lhe a terapia de refazimento, conduzindo-o aos valores realmente legítimos pelos quais deve lutar.
         Não se faz necessária uma alienação da sociedade; tampouco a busca de fórmulas ou de práticas místicas; ou a imposição de novos hábitos em substituições dos anteriores, para adquirir-se um estado de paz, decorrente da meditação.
         Algumas instruções singelas são úteis para quem deseje renovar as energias, reoxigenar as células da alma e revigorar as disposições otimistas para a ação do progresso espiritual.
         A respiração calma, profunda, e em ritmo tranquilo é fator preponderante para o exercício da meditação.
         Logo após, o relaxamento dos músculos, eliminando os pontos de tensão nos espaços físicos e mentais, mediante a expulsão da ansiedade e da falta de confiança.
         Em seguida, manter-se sereno, imóvel quanto possível, fixando a mente em algo belo, superior e dinâmico, qual o ideal de felicidade, além dos limites e das impressões objetivas.
         Esse esforço torna-se uma valiosa tentativa de compreender a vida, descobrir o significado da existência, da natureza humana e da própria mente.
         Por esse processo, há uma identificação entre a criatura e o Criador, compreendendo, então, quem se é, porque e para que se vive.
*
         Não é momento de interrogação do intelecto, o da meditação; é de silencio.
         Não se trata de fugir da realidade objetiva; mas de superá-la.
         Não se persegue um alvo à frente; antes se harmoniza no todo.
         Não se aplicam métodos complexos ou conceitos racionais; porém, anula-se a ação do pensamento para sentir, viver e tornar-se luz.
         O indivíduo, na sua totalidade, medita, realiza-se, libera-se da matéria, penetrando na faixa do mundo extrafísico.
         Os pensamentos e sentimentos, inicialmente, serão parte da meditação, até o momento em que já não lhe é necessário pensar ou aspirar, mas apenas ser.
*
         HABITUA-TE à meditação, após as fadigas.
         Poucos minutos ao dia, reserva-os à meditação, à paz que renova para outros embates.
         Terminado o teu refazimento, ora e agradece a Deus a benção da vida, permanecendo disposto para a conquista dos degraus de ascensão que deves galgar com otimismo e vigor.

Joanna de Ângelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA.

LEMBRETE IMPORTANTE:

 

         Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
         Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
         Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.

O MELINDRE

         Entre outras definições que encontramos no dicionário da língua portuguesa como sinônimo da palavra melindre, citaremos apenas estas, que nos dão bem o sentido de como ela é entendida normalmente no meio espírita, quando se quer qualificar alguém que por pequeninas contrariedades, é bastante susceptível de se aborrecer, encolerizar, chatear, ofender-se, etc..., e que a citada obra, entre outras, nos coloca as seguintes definições: facilidade ou propensão para amuar ou ofender-se; susceptibilidade; amabilidade; delicadeza no trato; escrúpulo; pudor; recato; coisa frágil.
         Sabemos, que muitas são as criaturas que conhecemos, que por qualquer negativa nossa em relação ao que a pessoa pensa, ou que queira que seja feito, ou ainda se formos contrários aos seus ideais ou projetos momentâneos, imediatamente se sentem ofendidos, contrariados, melindrados, alardeando que estão sendo rejeitados, em muitos casos afastando-se das tarefas ou até mesmo da casa espírita, espalhando a todos a sua versão infundada de que foram incompreendidos, mal interpretados, perseguidos, etc...
         Temos conhecimento, através do que nos ensinam os imortais da vida maior, na abençoada doutrina que professamos, que o melindre como tantos outros, é um mal radicado no espírito milenar da criatura humana, desenvolvido e sustentado pelo orgulho exacerbado que o ser abriga em seu psiquismo e, se contrariado, sente-se imediatamente ferido em seu amor próprio, no seu personalismo ainda inferior, não levando em consideração que nem todos pensam ou agem como ele, o que o leva por isso mesmo inevitavelmente a uma reação de irracionalidade que ainda não consegue controlar.
         É necessário, que a pessoa tome consciência, de que cada indivíduo é um mundo com anseios, ideais, e objetivos nem sempre condizentes com os que normalmente nos identificamos, sem que por isso seja nosso inimigo, e que muitas das vezes depois de analisarmos suas sugestões, com calma e atenção descobrimos que estávamos errados em muitos dos nossos pontos de vista, e se formos humildes ou até mesmo inteligentes, abraçaremos com fervor essas sugestões, facilitando em muito nossa tarefa e tornando-a muito mais prazerosa, satisfatória e útil.
         O espírito André Luiz, através da Arte de Psicografar do extraordinário médium Chico Xavier, na obra “Sinal Verde”, no Capítulo 23, vem nos esclarecer que todos nós devemos observar nossas atitudes para não nos tornarmos tão frágeis diante da discordância de um companheiro em relação ao nosso modo de ver as coisas, procurando desenvolver em nós os necessários antídotos, que nos servirão de vacina contra essa maneira tão desequilibrada de encararmos a opinião contrária daqueles que conosco compartilham as lidas do dia a dia, em qualquer atividade da qual fizermos parte.
         Diz-nos André Luiz:
         MELINDRES
         Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
         Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
         Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
         É negócio, se você se dispuser a estudá-la.
         Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
         Quem reclama, agrava as dificuldades.
         Não cultive ressentimentos.
         Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
         Não se aborreça, coopere.
         Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.
         Os melindres embora façam parte dos sentimentos da criatura humana no nosso nível de desenvolvimento moral, precisam ser trabalhados para não se tornarem causa de autodestruição da própria pessoa ou até de uma comunidade inteira, é na verdade um vírus resistente a qualquer medicamento que não tenha por efeito combater em nós mesmos o egoísmo que trazemos enraizado no imo de nosso ser, desde tempos pretéritos e, que não se logra êxito em seu combate sem vontade, disciplina e perseverança. Seu único e eficiente antídoto é o AMOR , que a tudo acolhe, tudo entende, tudo perdoa, e promove a criatura em direção ao seu criador.
         É, portanto, meus amigos de suma importância começarmos uma imediata mudança em nosso modo de ver a vida, não nos deixando mais ser levados pelo leme do orgulho, no barco do egoísmo, em direção ao abismo das trevas e sim, buscarmos descer imediatamente no primeiro porto à nossa vista e embarcarmos em outro transporte que nos leve de retorno ao seio do amor universal, pelas tranquilas águas do amor, ao porto seguro do progresso moral espiritual, que espera desde muito, pela chegada de cada um de nós.

Francisco Rebouças

 

OS PODERES DA ORAÇÃO

         No Evangelho de Jesus encontramos seus exemplos de dedicação à prece, bem como suas lições que dignificam esse ato.
         Pelo Espiritismo sabemos que podemos orar a Deus, a Jesus ou aos Espíritos para glorificar, para pedir algo, para transmitir uma mensagem pessoal ou para agradecer dádivas recebidas. Podemos orar em benefício de nós mesmos ou de nossos semelhantes, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados. Pela prece podemos ainda revelar nossas imperfeições e rogar amparo para as nossas necessidades e para o nosso progresso material e espiritual.
         O Fluido universal, ao formar uma corrente fluídica, serve de meio de transmissão do pensamento e da vontade decorrentes de uma prece. As orações dirigidas a Deus também as escutam os Espíritos incumbidos da execução da Vontade Divina. Assim, eles podem nos ajudar, influenciar e responder aos nossos pedidos. O poder da prece está no pensamento e nos sentimentos (de fé, confiança, fervor e sinceridade) do ser que ora, e não em atos exteriores.
         As consequências naturais de nossos sentimentos, pensamentos e atos nefastos não são evitadas com uma simples prece de arrependimento. Os sofrimentos, a expiação e as provações são necessárias para adquirirmos experiências e progresso. O reequilíbrio final só conseguimos com novas atitudes nas sendas do amor, do bem e das virtudes. Mas, orando, quando em erro, obtemos, de imediato, de Deus e dos bons Espíritos, que escutam nossas preces, coragem, paciência, resignação, força moral, recursos salutares e a inspiração de ideias e ações nobres que nos levem a vencer as dificuldades, e nos dão o direito e os méritos ao retorno à saúde, à felicidade e ao bem-estar.

Geziel Andrade

         Lembre-se que enquanto dormes milhares de seres trabalham por ti, a fim de que vivas bem e com conforto. Áulus.

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ANO VII - Nº 79– Campo Grande/MS –Agosto de 2012..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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