"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VII - N. 83 * Campo Grande/MS * Dezembro de 2012.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


       Assim que o amor será sempre o requinte dos sentimentos, o mais importante sentimento, como proposta do próprio Jesus. Áulus.


  

ONDE BUSCAR JESUS?

       O Santo Natal se aproximava e talvez fosse possível encontrar o aniversariante mais ilustre do mundo, pensava aquele espírito simples, logo começou uma peregrinação com objetivo de realizar aquele sonho maior. Acalentava no mais profundo do seu coração a esperança de felicitá-lo por haver de nós se compadecido
       Foi até a Terra Santa dos Profetas, Jerusalém, na esperança de encontrá-lo, depois Belém de Judá, exatamente onde nascera, mas estes lugares estão tão divididos quanto no passado, por ódios terríveis, são tão poucos que falam do seu nome por lá que seu coração ficou pleno de tristeza, ademais ainda continuam uma guerra interminável, embora só pregasse o amor e a misericórdia nesses lugares santos.
       Depois acompanhou o curso que seus discípulos verazes seguiram, visitou a ruínas do passado, que ainda guardam vibrações de sua presença, mas o tempo implacável vai apagando tudo lentamente, conheceu monumentos esplendorosos que construíram em seu nome, mas lá também sua ausência era evidente, depois visitou templos suntuosos com esculturas primorosas por toda a parte para celebrar a sua presença no mundo, pasmem, alguns desses templos recamados de ouro e prata, mas também lá não estavam os seus discípulos amados, certamente porque não estava lá, muito o entristecia essa situação
       Ouviu os planos dos homens que detinham o poder no mundo, mas estavam tão preocupados em dominar as massas e outros povos, que não teriam tempo para se dedicar e olhar para seus exemplos admiráveis, ou mesmo levantar os olhos os céus, pois Ele, que por amor, se fez pequenino para que pudéssemos seguir-lhe os passos, no entanto, o magnetismo dos valores transitórios dominavam suas mentes atribuladas.
       Lembrou-se que Ele certa feita fizera uma amarga reflexão: “os pássaros tem os seus ninhos, o lobo o seu covil, mas o filho do homem não tem uma pedra para recostar a cabeça”.
       Depois refletiu que talvez nesses lugares não tivesse lugar para que permanecesse, porque as eminências do mundo até falam de seu nome, mas seus corações estão fixados em outros valores que lhes tragam vantagens pessoais e os seus postulados de amor, legado com o peso do seu sacrifício e renúncia, nada representavam para aqueles corações endurecidos.
       Mas um dia, muito amargurado, já sem esperança, examinando o seu maior legado, o Evangelho, pode perceber que ali estava configurado o roteiro seguro para encontrá-lo, pois que afirmara que viera para “servir e não para ser servido”, logo devia estar certamente juntos aos que sofrem e padecem.
       E continuou agora mais animado, talvez onde a dor e a miséria existam lá estivesse amparando aqueles que estão passando por provações difíceis de suportar, onde imperava o vício, a doença, a descrença, a miséria extrema e continuou na esperança de encontrá-lo, quando percebia os outros filhos de Deus caídos ao longo do caminho, perguntava-se secretamente, mas o que Jesus faria, nesse caso? Com os recursos possíveis fazia o que a consciência mandava e continuava a sua rotina sem desanimar.
       Um dia quando a tempestade derribou uma faixa extensa de casas pobres, passando por poça de água, jura ele que viu a imagem de Jesus refletida naquela água barrenta,fixando-a com mais interesse foi lentamente ela se dissipando, compreendeu, então, que ali acabara a sua jornada, porque ali devia estar Ele e ficou até o fim dos seus dias. Amando, sem esperar ser amado, socorrer, sem esperar recompensa, porque em cada rosto angustiado e aflito encontrava a presença de Jesus. Sua busca chegara ao fim, ali era o seu lugar, só queria a glória suprema de servir sem esperar nada em troca... ...Servir por amor. Nada mais.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

APÓS A MORTE, SEGUNDO LEON DENIS

       1-Qual a importância do conhecimento prévio da vida espiritual?
       O conhecimento da vida espiritual e o estudo das leis que governam a desencarnação, são imprescindíveis para suavizar os momentos derradeiros do Espírito no mundo material, notadamente no que diz respeito à maior facilidade de desprendimento da matéria e ao apressamento da constatação do novo estado e do novo mundo (imaterial).
       2-Quais as sensações que o espírito experimenta no momento de transição de uma vida para outra?
       Os Espíritos dizem que as sensações pré e pós-morte variam em função do caráter, dos méritos e da elevação moral do desencarnante.
       3-O que ocorre durante a desencarnação?
       A desencarnação é sempre seguida de um período de tempo de perturbação, de duração variável.
       4-Qual a sensação do Espírito quando se desliga com corpo carnal?
       O desligamento do corpo carnal é fácil para o Espírito que se desprendeu previamente das coisas materiais, que aspirou aos bens espirituais e que cumpriu com os seus deveres perante a vida.
       A partida da alma do justo é pacifica, resignada, alegre e confiante no futuro. Representa a libertação, o fim das provas.        Para este, a perturbação relativa à morte do corpo não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono.               Depois, percebe-se na nova vida, reencontra entes queridos e amigos de outrora, que vem recebê-lo e guiá-lo na nova etapa que se inicia. Então, a perturbação e as incertezas têm fim. Novas faculdades desabrocham e seu destino de felicidade começa.
       5-O que acontece ao Espírito daquele homem que não cometeu faltas graves, nem ações meritórias?
       Para aqueles que pautaram suas vidas sem faltas graves ou grandes méritos – incluindo-se aqui, portanto, a maioria dos encarnados na Terra – a entrada na vida espiritual caracteriza-se por um estado de torpor e acabrunhamento profundo. Superada essa fase, o Espírito, ao recobrar a consciência, permanece hesitante, tímido, sentindo-se ainda preso aos hábitos e temores que caracterizavam sua vida. Sofre e chora com os familiares que deixou na Terra. Com o passar do tempo, Espíritos amigos conseguem, com seus conselhos, auxiliá-lo a vencer a perturbação e a libertar-se do ambiente terrestre e do apego às coisas materiais.
       6-E aquele Espírito que francamente praticou o mal?
       Para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros, a perturbação que se segue à morte do corpo físico é prolongada, podendo durar anos inteiros. Muitas dessas almas acreditam que ainda permanecem na vida corpórea, por muito tempo após a morte. O corpo espiritual, para elas, assemelha-se ao corpo carnal, razão pela qual submete aos mesmos hábitos e experimenta as mesmas sensações físicas vivenciadas quando na Terra.
       7-O que ocorre com Espírito daquele homem descrente ou ateu?
       Para os Espíritos que não acreditam na existência da alma, o momento de desencarnação é cruel. Ao tentarem desesperadamente reter a vida material – que acreditam ser a única existente – permanecem ligados ao corpo físico, sentindo, muitas vezes, a sua decomposição.
       8-Como encarar a desencarnação em diversas situações?
       O desprendimento da alma do corpo físico é mais fácil após uma moléstia prolongada, em virtude de fatores de ordem psicológica que contribuem para a aceitação da evidencia de que o fim da atividade orgânica está próximo. Já as mortes súbitas e violentas afetam a alma dolorosamente, prolongando o estado de perturbação que sempre sucede à desencarnação e fazendo com que fique ligada por tempo indeterminado a fatores de ordem material.
       9-O que aguarda aqueles espíritos inferiores, criminosos e suicidas?
       Espíritos de classe inferior, ao recobrarem consciência, podem se aperceber mergulhados em plena treva, atormentados pela incerteza e o terror. Os criminosos são perturbados pela visão incessante de suas vítimas. Os suicidas experimentam sensações horríveis, por longo tempo, por continuarem sofrendo as angustias do ultimo momento e também por reconhecerem, espantados, que trocaram suas desventuras terrestres por outras inda mais vivazes.
       10-O que regula a lei da afinidade?
       Quando mais sutis e rarefeitas as moléculas do corpo espiritual, mais rápida a desencarnação e melhor o nível do grupo espiritual a que o Espírito irá se juntar, dada a lei de afinidade ou similaridade espiritual que o classifica, imediatamente após a morte. O principio de afinidade regula todas as coisas e fixa cada qual em seu lugar (os iguais se atraem).
       11-Qual a influência do livre-arbítrio?
       Face à libertação de que goza o Espírito, a qualquer tempo poderá modificar suas tendências, renovando-se pelo trabalho ou pela experiência adquirida na provação, conseguindo por fim elevar-se à vontade na escala dos seres.
       12- Cada existência uma etapa vencida, como se realiza essa recapitulação.?
       Caído o vestuário da carne, a luz espiritual penetra o Espírito desnudo, deixando-o ver o quadro vivo dos seus atos, de suas vontades, de seus desejos. Sua vida inteira desenrola-se, da infância à morte. Tudo, pensamentos, palavras, ações, tudo sai da sombra, reaparece à luz, anima-se e revive. O ser contempla-se a si mesmo, revê, uma a uma através dos tempos, suas existências passadas. Compara o bem e o mal realizados. Reconhece a causa dos processos executados, das expiações sofridas, o motivo de sua posição atual. O passado explica o presente e este deixa antever o futuro. Por mais lacerante que seja, esse exame é necessário, porque pode ser o ponto de partida de resoluções salutares e da reabilitação do Espírito ainda imperfeito.
       13- Como se vislumbra o passado?
       Todo pensamento tem uma forma, e essa forma, reflexo da vontade, fotografa-se no corpo espiritual, que registra todos os fatos de nossa existência. Por ocasião da morte, esse registro abre-se repentinamente, revelando-se aos nossos olhos.        Assim, cada Espírito desencarnado traz em si, visível para todos, seu céu ou seu inferno. Sua elevação ou sua inferioridade está inscrita em seu corpo fluídico. O quadro fiel e vivo do pretérito ocasiona a felicidade do Espírito elevado, que dedico sua vida a ajudar e consolar seus irmãos, ao passo que serve para despertar os Espíritos ainda inferiores o desejo de reencarnar, para combater, sofrer e resgatar seu passado acusador.
       14- Como se agrupam os Espíritos?
       As almas situam-se e agrupam-se no mundo dos Espíritos, de acordo com o grau de pureza do corpo espiritual, que é uma resultante do seu passado e de seus trabalhos. Também, a comunhão de sentimentos, a harmonia de pensamentos, a identidade de gostos, de pontos de vista, de aspirações, aproximam e unem as almas.
       15- Quais as faculdades dos Espíritos mais evoluídos?
       O Espírito adiantado goza da faculdade de transportar-se com a rapidez do pensamento, vencendo quaisquer distâncias. Seu perispírito ou corpo espiritual possui tal sutileza, que pode não ser visto por Espíritos inferiores. Pode ainda ver, ouvir, sentir e perceber por todas as partes do seu ser, de modo mais preciso e abrangentes. Pode ler pensamentos e conhecer os secretos desígnios do homem. Está liberto de todas as necessidades materiais.
       16- O que ocorre com aqueles hábitos cristalizados dos Espíritos?
       Já os Espíritos inferiores trazem ainda consigo os hábitos, necessidades e preocupações materiais. Buscam compartilhar da vida, lutas, trabalhos e prazeres dos encarnados. Sofrem com a impossibilidade de satisfazerem paixões e desejos terrenos.
       17- A telepatia no mundo espiritual é uma realidade?
       Os Espíritos não precisam fazer uso da palavra para se compreenderem. O pensamento, refletido no corpo espiritual como imagem em espelho, permite-lhes a troca rápida de ideias.
       18- Quais são as diferenças mais marcantes entre os Espíritos?
       Enquanto as almas desprendidas das influências terrenas se juntam em grupos simpáticos, cujos membros se compreendem, vivem em perfeita igualdade e em completa felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar suas paixões levam uma vida errante, desordenada, que embora não lhes traga sofrimentos, deixa-os mergulhados na incerteza e na inquietação. Esta é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem bons nem maus, porém ainda fracos e inclinados às coisas materiais.
       19 - Há trabalho na vida espiritual?
       Os Espíritos nos ensinam que, no mundo espiritual, não há lugar para contemplação estéril e à beatitude ociosa. Por toda a parte, o movimento e o trabalho imperam.
       20 – O que espera o Espírito em sua escalada ascensional?
       Chega um dia em que o Espírito, depois de haver percorrido o ciclo de suas existências terrenas e uma vez depurado por seus renascimentos e migrações, contempla a vida espiritual (a verdadeira vida) que se lhe descortina, e o faz de forma definitiva. Então, a calma, a serenidade e a segurança profunda já terão substituído os desgostos,, as tristezas e as inquietações de outrora. Nesse estágio, chegou ao término de suas provações: não terá mais sofrimentos e rememorará os fatos da sua vida, a longa jornada que lhe possibilitou a escalada ascensional,a conquista de seus méritos e de sua elevação.

Estudos realizados pelos companheiros Ariovaldo Caversan e Geziel Andrade.

PREGUIÇA

       Você já ouviu alguma definição dos Benfeitores Espirituais sobre a preguiça?
       - Certa vez o Espírito de Emmanuel disse que nenhuma religião, filosofia ou ciência conseguiu, até hoje, dizer onde termina o cansaço e começa a preguiça.
       Mas para responder sua pergunta, o Espírito de Jair Presente escreveu certa vez por nosso intermédio que “a preguiça é uma doença de quem descansa demais”.

Adelino da Silveira
Do Livro “Momentos com Chico Xavier”

 

NINGUEM FICA SEM RESPOSTA


       Naqueles dias angustiosos após a crucificação do Divino Mensageiro, uma família que o conhecera de perto, ansiava por alguma noticia. Souberam que ele havia se manifestada a alguns dos seus discípulos, mas isso permanecia em segredo para a maioria, pois que todos temiam que os judeus quisessem aplicar aos seus seguidores os mesmos castigos. Os sacerdotes estavam em grande evidência, pois que eles consideravam uma vitória o castigo que lhes haviam infligido, assim que todo o cuidado naquele momento, era de extrema prudência, assim que se transcorriam aqueles momentos de apreensão. Esta família se reunira na noite anterior, rogando um sinal do Mestre muito amado. Por intuição a jovem Joana ouviu de alguém que Ele de alguma forma se manifestaria para estimular aqueles seus seguidores mais fiéis.
       Passaram-se dois dias. Muito cedo alguém bate a porta.
       A jovem estranhou! Mas quem estará batendo a esta hora? Depois pensou ...deve ser um desses andarilhos que vivem pedindo de casa em casa alguma coisa para comer. Em instante depois, estava abrindo porta para ver quem bateu.
       Não reconhece de pronto, mas parece lembrar-lhe alguém conhecido, busca em sua memória. Não se lembra de ninguém, pois que conhece tanta gente, quem sabe tenha alguns traços de alguém conhecido.
       Pelo ângulo que saiu de casa pode observar bem o visitante. Um homem que beirava aos cinquenta anos de idade, com o físico já maltratado pelo mundo. Os cabelos grisalhos e mal cuidados, roupa muito surrada pelo tempo, mas com certo aprumo, dando a impressão que fora um cavalheiro em outras épocas. Olhava em outra direção, parecia que procurava alguém no vazio da rua estreita, o que permitiu observar mais alguns segundo, sem que ele se virasse para dirigir-lhe a palavra.
       Virou-se calmamente e perguntou: Sra. Joana!
       - Como sabe meu nome?
       Um homem que encontrei numa rua do centro da cidade, acompanhou-me e disse-me para bater nessa casa. Uma história simples como outras, estava num banco da praça, sem saber o que fazer da vida, pois que esta já me batera pela vida afora durante tantos anos, pois que há três dias que não me alimento.
       Mas o centro da cidade é tão longe!
       Não posso lhe dizer. Só sei dizer que vimos numa conversa animada. Não sei precisar exatamente quanto tempo demorei para chegar aqui.
       Lembro-me de coisas formidáveis que me encantou, mas no momento sequer lembro o nome dele
       A verdade que estava na esquina até há pouco conversando com ele e pedi-lhe um conselho sobre o que faria da vida?
       Depois saberá disse-me. Primeiro que batesse nessa casa depois veria o que poderia fazer em meu beneficio.
       Ainda repetiu e disse-me: procure naquela casa simples perto da esquina que alguém o atenderá. Indicou a casa da senhora, dizendo que me daria um prato de comida. Parecia que é conhecido aqui. Falou de muitas coisas maravilhosas, de um reino grandioso que teria mais tarde lugar entre os homens, onde o mais afortunado seria aquela que mais amor tivesse no coração, e muitas coisas maravilhosas que no momento não estou lembrando, mas parece que guardei no coração.
       Quando virei para bater a sua porta, desapareceu, inclusive esse homem me acompanhou até aqui, mas de maneira muito estranha desapareceu, estava até agora querendo saber onde ele fora, mas não consegui entender direito, parece que sumiu em algum lugar nessa rua, pensei que ele morasse aqui.
       Falou para procurar por Aliakim, Joana, ou Natanael.
       - De fato vivem aqui nesta casa, meu pai, eu e meu irmão. Mas somos também muito pobres, mas alguma coisa haveremos de arranjar para o senhor, mas enquanto isso, chegue até a sombra da árvore ao lado casa que será servida água fresca. Depois haverá de encontrar o que comer. Meu irmão Natanael o atenderá.
       - Ficaria muito agradecida minha filha. Responde o recém-chegado.
       Joana entrou na casa, mas veio o irmão Natanael conversar com o transeunte que acabava de chegar. Conversaram animadamente sobre o sucesso e a notícia que estava em todas as conversações naquele momento, pois que ainda não se apagara a lembrança do crucificado, um homem bom e reto aos olhos de Deus, mas os interesses dos sacerdotes do templo aliados a alguns políticos o fizeram crucificar por conta dessa heresia.
       Dali a instante chegou também Eliakim.
       Continuou o recém-chegado. Minha vida não vale quase nada. Há muitos anos procuro alguém que seria o profeta prometido para libertação de todos os povos. Tenho as anotações nesses pergaminhos das passagens em que destaca que é certo que virá, pois que venho da cidade de Tiro em busca dessas revelações.
       Ouvi na praça publica alguém dizendo que esse profeta já veio, o Messias prometido por nossos maiores, talvez tenha alguma noticia. Tenho procurado a vida inteira por conta de uma revelação que tivera quando criança da boca de minha mãe, que afirmara que eu veria essa realidade. Poucos dias depois veio a morrer de uma epidemia e a palavra de minha mãe é sagrada. E por isso ando por campos e cidades para saber se alguém tem noticia desse emissário de Deus, se porventura ele já chegou.
       Mas fui acompanhado a até essa casa por um estranho personagem, que de repente despareceu. Enquanto me dirigia até aqui até desde a praça do mercado falou coisas maravilhosas, mas não conseguiu reter muita coisa, mas meu coração pulsava de alegria, em ouvir as suas explanações, mas sequer soube direito como vim chegar até aqui, pois que em verdade ele que me guiara, pois que não conheço esta cidade. Não sei exatamente porque estou aqui.
       Tentei lembrar-lhe o nome porque me disse antes de chegar a sua casa, mas não consigo lembrar direito, talvez mais tarde quando descansar um pouco.
       Depois que Eliakim veio juntar-se ao desconhecido e ao filho, a conversa continuou mais animada. Quando Natanael começou a explicar aquele desconhecido o que acontecera recentemente em Jerusalém, pois que era animador como se comportava o visitando.
       Chegou Joana avisando que conseguira improvisar um pouco de alimento, que desculpasse pela simplicidade.
       Não há porque se preocupar, nesse caso a boa vontade é que conta. Muito obrigado que o Senhor abençoe esta família e este lar.
       A conversação continuou ainda por algum tempo. As histórias do desconhecido eram por demais interessantes, de suas buscas, de suas decepções, mas apesar de tudo continuava no encalço da promessa de sua mãe, com alegria para todos, embora ninguém se identificasse, a conversação continuava produtiva e animada.
       A tarde já ia em meio o visitante disse que continuaria a sua caminhada porque tinha o endereço de alguém que procuraria antes de anoitecer, apanhando mais indicações com aquela família.
       Assim que se dispôs a sair, agradeceu a acolhida, e que foi convidado quando passasse por aquela cidade que os visitassem, pois que em verdade fora uma conversa de grande proveito para todos.
       Mas uma vez agradeceu, já quando transportava a soleira do portão de saída, voltou-se rapidamente e disse-lhes:               Finalmente,lembrei-me do nome dele.
       Ele disse: chamar-se Jesus de Nazaré! E voltou-se novamente e continuou a sua caminhada. No entanto, foi para aquela família um contentamento indizível. Alegraram-se na certeza de que Ele continuava presente, embora aquela família mantivesse a discrição devido ao grande tumulto que se formou com a crucificação do Divino Messias. O contentamento naquela noite foi enorme. Era o sinal que Ele estava presente. Aliás, ninguém fica sem resposta se verdadeiramente o procuram.


Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

UM GESTO SIMPLES

Um simples sorriso,
Um gesto de cooperação,
Uma palavra amiga,
São tesouros que custam tão pouco.

Uma atitude construtiva,
Um momento de paciência,
Uma acolhida fraterna,
Retratam no diário da vida
Tuas verdadeiras conquistas.

Distribua otimismo,
Semeie alegrias,
Compartilhe conhecimento
E valorize o tempo,
Para que tua obra no além,
Espelhe as intenções do bem
Que reside em seu coração.
Isadora
Mensagem recebida pelo médium Luiz Fernando, no Centro Espírita “Vale da Esperança”, Campo Grande/MS.

 

LEMBRETE IMPORTANTE:

       Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem à Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
       Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
       Se porventura a casa de oração que frequenta mudou de endereço, por favor informe para possamos manter sempre atualizado
       Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.

NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A ORAÇÃO

       Alguns Espíritos, através de diferentes médiuns, têm-nos revelado importantes informações complementares sobre a oração. A seguir, elas estão relacionadas, com transcrição de pequenos trechos de livros, para maior clareza e melhor compreensão delas:
       Sempre há Respostas às Preces: “Não há prece sem resposta". E a oração, filha do amor, não é apenas súplica. É comunhão entre o Criador e a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético que conhecemos. (André Luiz, e Xavier, F. C., “Os Mensageiros”, FEB, 24ª ed., Pág. 136.)
       A Prece Transmite as Imagens do Desejo e do Pensamento: “a prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons.” (Emmanuel e Xavier, F. C. “Pensamento e Vida”, FEB, 9ª ed. Pág. 121)
       A Prece Mobiliza Exércitos de Trabalhadores do Pai: “A oração, elevando o nível mental da criatura confiante e crente no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita nossa tarefa de auxílio fraternal. Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda parte, em nome do nosso Pai.” (André Luiz, e Xavier, F. C., “Missionários da Luz”, FEB, 22ª ed., Pág. 333.)
       As Orações são Tratadas por Espíritos Nomeados para esse Fim: “Deveis saber que há aqui, nomeados para a prece, guardas cujo dever é analisar e escolher as oferecidas pelos habitantes da Terra, separá-las por classes e grupos, e passá-las adiante para serem examinadas por outros e atendidas de acordo com o seu merecimento e força. (...) há também preces que se nos apresentam sob tão profundo aspecto, que ficam fora do alcance dos nossos estudos e conhecimentos. Estas, nós as passamos para os de gradação mais elevada, para que as tratem, em vista do seu maior saber.” OWEN, Ver. G. Vale, “A Vida Além do Véu”, FEB, 5ª ed., Pág. 179)
       “Petições semelhantes a esta se elevam a planos superiores e aí são acolhidas pelos emissários da Virgem de Nazareth, a fim de serem examinadas e atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria.” (André Luiz, e Xavier, F. C., “Ação e Reação”, FEB, 14ª ed., Pág. 158.)
       Os Tipos de Preces são Considerados para de Definir os Socorros Necessários: “Nossa especialidade é examinar as preces dos seres terrenos, acudindo às casas de oração ou a qualquer lugar onde há um Espírito que pede e que sofre. As rogativas de cada um, então, são anotadas e examinadas por nós, procurando estabelecer a natureza da prece, os seus méritos e deméritos, sua elevação ou inferioridade para podermos determinar os socorros necessários. Até as orações das crianças são tomadas em consideração: qualquer pedido, qualquer súplica, tem a sua anotação particular. Há orações sublimes que se elevam da Terra até o nosso distrito, tão puras elas são, todavia, que atravessam as nossas regiões como jatos de luz, buscando esferas mais altas e mais elevadas que a nossa. Existem, igualmente, as imprecações mais negras e mais dolorosas. Todas, contudo, merecem o nosso particular carinho e acurada atenção.” Deus, Maria João de e Xavier, F. C., “Cartas de uma Morta” LAKE, 10ª ed., Pág. 109)
       A Prece Ajuda na Cura, Renovação e Iluminação: “Os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência.” (“Missionários da Luz”, Pág. 67.)
       A Prece é um Fator de Imunização Espiritual: “a esposa de Nemésio mantinha o hábito da oração. Imunizava-se espiritualmente por si. Repelia, sem esforço, quaisquer formas-pensamentos de sentido aviltado que lhe fossem arremessadas.” (André Luiz; Xavier, F. C. e Vieira,W., “Sexo e Destino”, FEB, 15ª ed., Pág. 55.)
       É Indispensável à Prática Metódica da Oração no Lar: “Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?” (André Luiz, e Xavier, F. C., “Os Mensageiros”, FEB, 24ª ed., Pág. 197.)
       CONCLUSÕES
       Pelos ensinamentos do Espiritismo acerca da oração, podemos ter certeza de que as nossas preces são sempre ouvidas e atendidas de acordo com os méritos e benefícios. Que quando pedimos pela nossa melhoria íntima e crescimento espiritual uma torrente de graças, de consolações e de orientações se derrama sobre nós, pela aproximação com os benfeitores que dirigem nossos passos. Que nos casos de erros por orgulho, por egoísmo, por vaidade e por falta de amor, caridade e perdão, devemos pedir ao Pai forças para não falir de novo e coragem para a reparação das faltas, que vão garantir-nos consciência tranquila e o fim do remorso e das ideias de culpa. Que a vontade, o pensamento e o sentimento são tudo na oração. Que os Espíritos, a nós vinculados por laços de afinidades, apreciam as nossas preces a eles dirigidas por se sentirem ainda lembrados e queridos. Que na hora da irritação, incerteza, descontrole emocional, dor, desespero, provações, depressão, angústia ou enfermidade devemos nos recolher em silencia e nos entregar à oração, rogando auxílio a Deus e a Jesus: a ajuda virá, a paciência despontará, a crise logo passará e a normalidade retornará dando segurança às decisões que nos vão garantir bem-estar e reequilíbrio duradouro. Que muitos sofrimentos e problemas morais, físicos e de saúde, decorrem de faltas cometidas em vidas passadas que temos de resgatar através de provas necessárias ao nosso progresso pessoal. Como essas situações difíceis são úteis e indispensáveis à nossa felicidade futura, não podem ser afastadas ante o nosso pedido, através da prece. Mas nunca nos faltará ajuda espiritual para facilitar-nos a superação delas.

A HORA

       Outro dia estava me sentindo muito mal e comecei a pensar.
       - Meu Deus! Estou sem poder andar, quase sem poder escrever aos amigos, quase sem poder psicografar, quase sem poder ouvir, minha voz está um sopro...
       Perguntei ao Espírito de Emmanuel:
       - Quando é que eu vou?
       -E ele me respondeu:
       -Nem fale nisso. Enquanto você estiver podendo fazer uma prece por alguém, está sendo útil.


Adelino da Silveira
Do livro “Momentos com Chico Xavier”

 

INVIGILÂNCIA: A PORTA PARA OBSESSÃO

       “Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porque não sabeis quando será o tempo.”

       A existência dos fatos predisponentes – causas cármicas – facilitam a aproximação dos obsessores, que, entretanto, necessitam descobrir o momento propício para efetivação da sintonia completa que almejam. Este momento tem o nome de invigilância. É a porta que se abre para o mundo íntimo, facilitando a incursão de pensamentos estranhos, cuja finalidade é sempre o conúbio (união, aliança) degradante entre mentes desequilibradas, o inevitável encontro entre credor e devedor, os quais não conseguiram resolver suas divergências pelos caminhos do perdão e do amor. É o instante em que o cobrador, finalmente, bate as portas da alma de quem lhe deve. E, sempre o faz, nessas circunstâncias, pela agressão, que poderá vir vestida de sutilezas, obedecendo a um plano habilmente traçado ou de maneira frontal para atordoar e desequilibrar de vez a vitima de hoje. Momentos de invigilância existem muitos. Todos os temos em incontáveis ocasiões.
       Citaremos alguns dos estados emocionais que representam invigilância em nossa vida: revolta,ódio, ideias negativas de qualquer espécie, depressão, tristeza, desânimo, pessimismo, medo, ciúme, avareza, egoísmo, ociosidade, irritação, impaciência, maledicência, calúnia, desregramentos sexuais, vícios – fumo, álcool, tóxicos, etc. adverte-nos Scheilla: “toda vez que um destes sinais venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da prece ou na luz do discernimento.” (1)
       Um momento de invigilância pode ocasionar sérios problemas, se este for o instante em que o obsessor tenta conseguir a sintonia de que necessita para levar avante os seus planos de vingança. Convém ressaltar que um minuto ou um instante de medo, revolta, impaciência, etc., não significa necessariamente que a pessoa esteja obsidiada. Mas, sim, que um ocasião destas poderá ser utilizada pelo obsessor como ensejo que ele aguarda para insuflar na vítima as suas ideias conturbadas.        Desde que estes estados de invigilância passem a ser constantes, repetindo-se e tornando-se uma atitude habitual, aí obviamente estará configurada a predisposição para o processo obsessivo. Recordemo-nos de que qualquer ideia fixa negativa que venha nos perturbar emocionalmente, é sempre sinal de alarme, ante o qual deveremos fazer valer em nossa vida o sábio ensinamento do Mestre: “Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porque não sabeis quando será o tempo.” (1) Ideal Espírita, Autores Diversos, Francisco C. Xavier.

Suely Caldas Schubert
Do livro “Obsessão e Desobessão".

       Quando se ouve o cantar dos pássaros sente-se uma leveza enorme no coração, como encanto cessam as preocupações com o dinheiro ao ver um pequeno ser feliz, tendo somente à noite e o dia, de outro lado tanta gente devido à ignorância e ao apego aos valores transitórios colocam enormes pesos sobre os seus ombros, sem um resultado prático, dizem alguns que é para serem felizes. Áulus.

 

A MISSÃO DE JESUS


       A missão do Cristo não iniciou na manjedoura e não terminou no Calvário; Jesus esteve trabalhando pela humanidade terrena desde a formação do nosso planeta. Ele foi, é e sempre será o Grande Administrador, o Governador Espiritual da Terra.
       Ele encarnou para mostrar aos seres humanos que todos são irmãos, filhos do mesmo Pai e tendo a mesma destinação. Que a lei de Deus é o Amor. Veio apresentar Deus, aos apóstolos e ao povo, como Pai de todos os homens. Um Pai que ama todos seus filhos com igualdade, fraternidade, justiça e misericórdia. Um Pai que nunca pune os filhos: corrige-os, perdoando sempre. Um Pai que não deve ser temido, mas amado.
       Jesus, embora não tenha deixado nada escrito, não tenha criado nenhuma religião, não tenha ostentado nenhum título terreno, a não ser o de Mestre, não tenha fundado escolas e nem templos, tem sua mensagem viva entre nós, porque ele fez dos locais por onde passou seus templos.
       Fez do seu modo de viver a forma de transmitir suas lições. Sua vivência foi tão expressiva que a história da humanidade está dividida entre antes e depois dele. Jesus ensinou ao mundo que o Reino de Deus está dentro de nós. E que cada um pode realizá-lo pelo perdão e pelo amor ao próximo; mostrou que para conseguir a elevação e a felicidade é preciso a vivência e a prática de virtudes como a humildade, a bondade, a caridade, o amor.
       E no Amor resumiu toda sua religião e toda sua filosofia. Como ele sabia que o ser humano ainda não estava preparado para entender todas suas lições e que muitos dos seus ensinos seriam mal interpretados, comprometeu-se a enviar outro Consolador que permaneceria entre nós.
       Quando as manifestações espíritas ecoaram em todas as partes do planeta, trazendo notícias de que a vida continua, que a morte não existe, Jesus, cumprindo sua promessa, estava na direção da equipe de espíritos superiores encarregados de divulgar uma nova Doutrina filosófica, científica e religiosa, capaz de servir de instrumento para a transformação moral da humanidade. A Doutrina Espírita, fundamentada nos ensinamentos morais do Cristo, assume esse papel de consolar e orientar-nos quanto a nossa vida e destinação.
       Não obstante tudo isso, ele continua a enviar mensageiros do bem que encarnam neste planeta para fazer revigorar sua mensagem de fraternidade, caridade e amor. Que cada um faça despertar a semente de amor que jaz latente dentro de si, para que o reino de amor, enfim, se instale na Terra, fazendo com que cada habitante desse planeta viva, na plenitude, o exemplo de Jesus.

Cleto Brutes
Publicado no Seara Espírita, ano VI, nº 61, dezembro 2003.

 

E A VIDA CONTINUA...

       Antes que o compositor e poeta Paulinho da Viola concebesse a linda canção, ofertando-nos o sucesso dos anos setenta, cantando: “E a vida continua, esse é um dito que todo mundo proclama, o consolo dos aflitos e a desilusão de quem ama...”, André Luiz nos brindou com a espetacular obra mediúnica psicografada pelas mãos abençoadas de Chico Xavier com o mesmo título: E a Vida Continua...
       Narra André Luiz as surpresas que esperam aqueles que não fazem ideia, ou que têm ideias incompatíveis com a realidade espiritual, logo que retornam ao mundo maior, como aconteceu com Evelina Serpa, com ideias indefinidas sobre esse mundo e Ernesto Fantini que detinha parcos conhecimentos da vida futura.
       As tramas, intrigas, traições, crimes, geram em todos os personagens situações conflitantes, dores infindas que só podem ser solucionadas pela rigorosa justiça distributiva de Deus que proporciona a todos nós as condições de reparação através da reencarnação orientada pela Lei de Causa e Efeito, também conhecida por Lei de Ação e Reação, ou ainda, Lei do Carma, palavra indiana de origem sânscrita.
       O grande Filósofo Espírita José Herculano Pires esclarece, na obra “Curso Dinâmico de Espiritismo”, que segundo o Espiritismo, ação e reação dependem da consciência e que a responsabilidade humana decorre das exigências da consciência e está sempre na proporção direta do grau de desenvolvimento consciencial das criaturas, não podendo mais a trama das ações e reações ser considerada ocorrência de fatores aleatórios e ocasionais que pudessem escapar das leis naturais que regem a totalidade cósmica e supervisionam o Universo.
       Lembra ainda Herculano que esse princípio se estende a todo desenvolvimento, podendo ser conferido no ensino de Jesus, dado aos fariseus, quando disse: “Até agora disseste não saber e não tínheis pecado, mas agora dizeis saber e subsiste o vosso pecado.”.
       E, na ação direta dessa Lei, a obra se encerra com os renascimentos cuidadosamente preparados e acompanhados pelos benfeitores, ressurgindo os personagens em condições consanguíneas para a reparação, o aprendizado do amor e do perdão, sendo programados inclusive os ressarcimentos de débitos materiais, gerados por usurpações de outrora, pois, nada escapa à abrangência dos braços da Lei.
       Finalizando citamos Emmanuel em seu comentário sobre a elucidativa obra: “... aprendendo que a vida continua plena de esperança e trabalho, progresso e realização, em todos os distritos da Vida cósmica, ajustada às leis de Deus.”.

Crispim.
Referências bibliográficas:
E a Vida Continua... - André Luiz/Chico Xavier
Curso dinâmico de Espiritismo. J. Herculano Pires.

 

 

 

VOLTAR PARA PÁGINA PRINCIPAL

 

 

ANO VII - Nº 83– Campo Grande/MS –Novembro de 2012..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.