"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VIII - N. 86 * Campo Grande/MS * Março de 2013.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


       Cair e próprio dos que caminham, mas o lado bom disso tudo, é quando de suas cicatrizes retiram lições proveitosas para não repetir os mesmos erros no futuro. Áulus/Otacir Amaral Nunes



PALAVRAS A MULHER

       Neste dia que é dedicado à mulher, gostaríamos de dirigir-lhes uma palavra de respeito e gratidão, na figura da mãe devotada, da esposa carinhosa, da doce namorada, da jovem sonhadora.
       Deus dotou a mulher de uma condição especialíssima – a abençoada missão de ser mãe e matriz da vida - , porque carrega consigo o mais precioso privilégio, de armazenar em seu ventre a sagrada semente que dá origem a uma nova existência.
       Poder-se-ia dizer que a mulher é como a flor do jardim, bela, perfumada, e vem trazer uma mensagem de esperança, de alento, de compreensão a este campo de provas e expiações, sobretudo. plasmar a versão mais profunda do amor, que todo pode, tudo espera, tudo vence, pois que “o amor é o requinte dos sentimentos”.
       A sua presença no mundo é de uma importância inestimável, pois que tem a missão importantíssima de educar os sentimentos daqueles que retornam à vida através da reencarnação, para refazerem os seus destinos, bastando lembrar que somente com ela a vida recomeça, trazendo o amor que educa, a sensibilidade apurada que faz melhor as criaturas, e acena com esperança de uma vida mais venturosa.
       Assim a nossa admiração a todas as mulheres.
       As jovens, elegantes, bem vestidas, com aquele charme que apaixonam, extasiam, de bem com a vida.
       Outras mais simples, a beleza discreta, recatadas, que encantam, clareiam o caminho, desfilando pela avenida.
       As belas balzaquianas, com palavras bem postadas exatas e claras, pontuais, alegres, que arrebatam, magnetizam... amadurecidas.
       As mães devotadas que viveram suas grandes emoções, experimentadas pelo amor, desamor e pelas tempestades da vida.
       Outras, no entanto, carregadas de mágoas profundas, tristes, esquecidas, abandonadas, que foram espoliadas de seus mais caros afetos, que carregam um único pecado, haverem amado demais...Pergunta-se: como pode isso ser pecado, meu Deus?
       Mas depois desses dias sem luz, serão mães, a vida renascerá outra vez, permitindo que se perpetue a vida ... nascer, renascer, experimentar, reviver outra vez, grandes sonhos, grandes emoções e grandes esperanças, poder-se-á concluir, que apesar de tudo, a vida pode ser bela, vale a pena viver.
       Mais tarde voltam a sonhar e voltam a sonhar outra vez, tudo recomeça... Aquela que não conseguira o grande seu grande sonho, quem sabe desta feita, terá oportunidade de viver um grande amor,que talvez por um motivo qualquer tenha se escapado por entre os seus dedos, talvez por não haver cuidados de seus sentimentos?
       Ainda que já no entardecer da existência, não deplore o tempo passado, e dizer para si mesmo, “mas eu devia ter amado mais”, no entanto, a vida ainda nesse caso, acena com novas esperanças, porque depois desta aventura pelos campos da terra, certamente que o bom Pai permitirá retornar numa nova existência para que desta outra feita sim, viver o maior amor que seu coração possa comportar.
       Depois ...
       A vida continuará noutro patamar. Agora já matriarca da família, que os filhos juntam ao seu redor para ouvir a histórias maravilhosas de suas experiências de uma vida profundamente vivida e que lhe dá autoridade e pode passar as mais jovens experiências valiosas para que consigam atravessar as dificuldades do caminho com menos sofrimentos.


Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

ENTREVISTA COM JERONIMO MENDONÇA


       Naturalmente que muitos já ouviram falar de Jerônimo Mendonça, mas não é demais repetir.
       Semelhantemente a Helen Keller, Jerônimo não se deixou abater por insidiosa moléstia que o imobilizou, ainda jovem, por mais de trinta anos, em uma cama. Mais tarde perdeu a visão, ficando completamente cego. Mesmo assim, continuou pregando pelo exemplo, pela palavra e pelo humor contagiante, o Evangelho de Jesus explicando, em espírito e verdade, pela Doutrina Espírita.
       No desempenho dessa missão, percorreu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, para fundar, em Ituiutaba, sua cidade natal, um Centro Espírita, uma creche e uma gráfica.
       Com voz de timbre agradável, gravou vários discos e fitas cassete. Escreveu inúmeros livros, dentre os quais salientamos Crepúsculo de um Coração, nas Pegadas de um Anjo e Cadeira de Rodas.
       Jerônimo voltou para a Pátria espiritual como o trabalhador no fim do dia, cansado, mas feliz por estar com a consciência tranquila do dever bem cumprido.
       Desejamos ao seu espírito umas “boas férias”, junto aos entes queridos que por certo o receberam na espiritualidade e rogamos a Jesus o cubra de bênçãos pela vitoria alcançada durante sua existência de sofrimentos e conquistas espirituais.
       Transcrevemos, a seguir, a sua última entrevista e um fato que ilustra o seu constante bom humor:
       WAC – Jerônimo, nota-se na sociedade brasileira, de um modo geral, um grande descrédito para com a administração publica, desesperança no quando social e indiferença no trato com os valores nobres da vida. Por que isso vem ocorrendo?
       JM – indubitavelmente que isso é fruto de uma transição, que o próprio planeta em si atravessa. E o Brasil não poderia ser diferente, dentro das conjunturas, das provações que todos nós ainda temos que passar. Mas temos que acreditar no amanhã melhor, confiar nos verdadeiros homens de bem, que sabem que tudo isso passa deixando conosco o resultado benéfico de uma experiência. Afinal, a vida é uma escola permanente de exemplos constantes e nós, os espíritas, temos que ver essa transição com os olhos do otimismo colocados no futuro.
       Hoje é a dificuldade, os contratempos, a inversão de valores, a violência, o desamor, mas amanhã será o reinado da paz e de esperanças. Queiram ou não, o Brasil será o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho.
       WAC – Nunca se falou tanto em pena de morte no Brasil como na atualidade. Movimentos de pressão se levantam pedindo a pena capital para os causadores de delitos mais graves. Como o senhor vê isso?
       JM – Nós sabemos perfeitamente que a violência não se extingue com violência. E como se nós tentássemos apagar um incêndio atirando-lhe mais combustível. A pena de morte para nos seria um retrocesso, principalmente nós, os brasileiros, que somos um povo pacífico por índole. E um dos mandamentos da Lei de Deus é muito claro e vem de forma imperativa: “Não matarás”. Então a violência não resolverá o problema da violência. Vamos orar para que esse processo de ideias obsessivas não alcance o emocional e a razão dos homens de bem, por que apesar de todos os pesares o amor é o grande caminho da felicidade humana.
       WAC- como deve posicionar-se o cristão que verdadeiramente deseja contribuir para implantação de uma nova ordem social na terra?
       JM – Cumprindo cada qual de nós, com dignidade, os nossos deveres. Sendo fieis aos nossos postulados, com mais espírito de desprendimento e abnegação pela causa humana e social. Sabendo que o discípulo de hoje deve espelhar-se no retrato vivo do Mestre de sempre, que soube que o caminho mais perfeito dessa integração com Deus e com a felicidade perfeita é o dever bem cumprido. Cada qual de nós saibamos cumprir com os nossos deveres dentro de nossos postos de trabalho, eis ai o resultado da vitória.
       WAC - Jerônimo, se já temos noticias dos imprescindíveis ensinamentos de Jesus, por que encontramos tantas dificuldades em vivenciá-los?
       JM – É porque nós temos o evangelho mais na inteligência do que no sentimento.ele vive mais na esfera mental, no raciocínio, do que dentro do coração como renovação. Mas momento chegará em que todos nós olhando o panorama do pretérito, para aquelas verdadeiras almas que tudo fizeram na implantação do Cristianismo nascente, suportando fogueira, feras e tantas calamidades que a Historia registra, possamos mirar nesse espelho do passado para termos a dignidade espiritual do presente e saber testemunha Jesus em quaisquer lances da vida.
       WAC- A dor e o sofrimento são criações de Deus?
       JM – Jamais. Deus, na sua infinita perfeição e bondade, jamais criaria o sofrimento para os seus filhos. O sofrimento e a dor não desvios do livre arbítrio do homem através dos milênios. Toda atitude nossa contra as leis de amor do nosso Pai significa sofrimento em nós. Deus jamais puniria a humanidade com fome, miséria, dor física e dor moral, nós é que criamos essa conjuntura cármica. Todo plantio errado dá colheita torta.
       WAC – Jerônimo, o que você poderia dizer aos pais que, desesperados, notam os filhos a trilhar pelos caminhos sombrios da vida, perdendo-se nas veredas das fantasias e das viciações.
       JM- Mais amor a esses filhos, mais espírito de entendimento das dificuldades psicológicas e dos processos obsessivos que às vezes comandam as cabeças jovens. O espírito volta à reencarnação trazendo consigo as tendências do pretérito e às vezes não encontra um lar bem estruturado evangelicamente e, ao invés dessas tendências serem combatidas, elas são alimentadas pelos exemplos ainda falhos dos seus próprios tutores espirituais. Então, paciência, fé, muita abnegação, muita capacidade de perdoar e entregá-los a Deus, sem deixa o barco à matroca.
       WAC- Jesus afirmou que quem tivesse fé do tamanho de um grão de mostarda poderia transportar montanhas. O que é ter fé?
       JM – Fé, segundo Emmanuel, é visão da vida, a lógica da vida em si. O lavrador sabe que na semente está embrionariamente a arvore do amanhã, mas se ele não tiver fé na sua própria certeza de plantando-se aquela semente ela se transformará em árvore, aquela semente vai permanecer apenas como embrião. Então, a fé não nos vem por osmose, é conquista de cada um no tempo e no espaço, e dentro da Doutrina Espírita essa fé perde aquele caráter apenas místico para ser uma fé eminentemente racional. É conhecer, é saber de onde viemos, o que estamos fazendo, o que é a morte, para onde vamos. É ter noção da rota, do caminho, esta é a fé.
       WAC – Jerônimo, como podemos encontrar a felicidade que tanto almejamos?
       JM – a felicidade é uma troca, o amor é fusão. Ninguém pode ser feliz no egoísmo, no exclusivismo. Felicidade é patrimônio, é a improvisação da felicidade dos outros, porque é dando que se recebe.

Entrevista concedida a WAC – Fonte: “Alavanca” setembro/89.

 

PRECE DIFERENTE

       Senhor!
       Eu desejo fazer uma rogativa diferente: Todos pedem pelos injustiçados, por aqueles que têm sede e fome de justiça.        Eu Te peço pelos que cometem injustiças.
       Todos rogam pelas vitimas das drogas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que distribuem as drogas e com isso enriquecem.
       São criaturas infelizes que ajuntam à custa de vidas alheias, de lares destroçados. Logo mais, eles terão que responder perante a Lei Divina por toda a infelicidade que estão cultivando.
       Muitos pedem pelos órfãos e pelas viúvas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que deixaram as crianças sem pai e as mulheres sem marido, porque todos os que espalham o mal, brevemente enfrentarão o julgamento da própria consciência.
       Todos suplicam pelas mães que tiveram as vidas dos seus filhos ceifadas em plena juventude, pelo braço da violência assassina. Pelas mães que choram a ausência dos filhos que eram toda a sua alegria.
       Mas, eu, Senhor, Te peço pelos corações das mães que tem seus filhos encerrados nas prisões. Por aquelas que os receberam nos braços, os amamentaram e teceram mil sonhos de ventura e os viram todos destroçados.
       Te peço, Senhor, pelas mães que sofrem por ouvirem muitos chamarem seus filhos de bandidos, de criminosos, de homens sem alma.
       Muitos suplicam pelos que padecem fome. Eu Te suplico por aqueles que a provocam. Por aqueles que tendo abarrotados os celeiros, mantém as portas fechadas, esperando que o preço suba, que o mercado fique melhor para poderem ganhar maiores soma de dinheiro.
       Todos pedem em favor dos que não tem acesso aos medicamentos, aos hospitais, a exames e a um tratamento digno.
       Eu te rogo por todos aqueles que fazem das suas possibilidades de servir ao semelhante uma oportunidade de conseguir ainda mais moedas para acrescentar nas suas contas bancárias.
       Muitos estendem suplicam aos céus pelos idosos abandonados que vivem nos asilos, nas ruas, nas clinicas.
       Eu Te suplico por aqueles que os abandonaram porque um dia colherão a exata medida que estão semeando na atualidade.
       Enfim, Senhor, enquanto todos rogam pelos infelizes e desgraçados, eu Te rogo por aqueles que sorriem, mas apresentam o coração em chaga viva, por aqueles que parecem ser vencedores do mundo, mas que trazem na intimidade a mensagem da frustração, do desamor e da solidão.
       Eu Te peço, Senhor, por todos os que se encontram no momento da semeadura infeliz, porque, na época da colheita, sofrerão imensamente por todos os espinhos que terão de colher.
***
       O primeiro ato que deveria assinala o dia do cristão é a prece.
       Não existe uma fórmula especial de orar. Um bom pensamento vale mais do que grande úmero de palavras com as quais nada tenha o coração.
       A qualidade principal da prece é ser clara, simples, sem frases inúteis.
       Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, por em vibração uma fibra da alma.
       Orar por si mesmo é necessidade da criatura. Orar pelos que persistem no erro, é exercício de amor ao semelhante.



Redação do Movimento Espírita, com pensamento do Evangelho, Cap. XXVII, item 1.

 

ZAQUEU

       No caminho redentor

       Livro: Ave, Cristo! (Emmanuel/ Psicografia de Francisco Cândido Xavier).
       Local: Lião (nas Gálias) séc. III do Cristianismo, ano 235.
       Personagens: Rufo (escravo cristão); Opilio Vetúrio (romano ilustre); Dioclécia, Rufilia e Diônia (esposa de Rufo e suas filhas); Epípodo (capataz da fazenda de Opílio Vetúrio, onde Rufo era escravo); Berzélio (mercador de escravos); Quirino Eustásio, questor romano.

       “O ano de 235 entra sob escuros vaticínios." (...)
       Nuvens terríveis acumulavam-se sobre os trabalhadores do Evangelho, que, em preces, aguardavam o desabar de novos temporais.
       Em meio de prognósticos sombrios, Caio Júlio Vero Maximino subira ao trono romano. (...).
       O novo César assemelhava-se a um monstro que se apoderara da púrpura, sedento de sangue e de poder.
       Fortaleceu, à pressa, os tiranos da administração e do exército e vasta perseguição aos prosélitos do Cristo foi reiniciada, com impulso avassalador. (...).
       Quirino Eustásio, o questor, movimentou os mais escuros fios da intriga e da calúnia, para que se efetuasse uma grande matança. (...)
       Diante dos obstáculos que lhe estorvaram os desejos, Quirino aventou a ideia de os grandes senhores realizarem, nas próprias casas, o que denominava como sendo o “justo escarmento”. Os escravos reconhecidamente cristãos seriam condenados à morte, e seus descendentes vendidos para outras regiões, a fim de que a cidade sofresse um expurgo tão completo quanto possível. (...).
       Chegada a vez do palácio rural de Opílio, o questor visitou-o para articular as providências necessárias.
       -Ao que me consta – informou Vetúrio, depois de interpelado -, temos aqui tão somente um recalcitrante.
       -Já sei – falou Eustásio, malicioso -, trata-se de Rufo, nosso teimoso e velho conhecido. (...)
       O entendimento prosseguiu demorado e minucioso.
       Marcaram o dia da derradeira tentativa para a recuperação de Rufo.
       Solenizariam o acontecimento.
       Os escravos não seriam dispensados da cena final.
       Eustásio traria consigo um comprador da Aquitânia e, se o renitente não cedesse, vender-lhe-iam a esposa e as duas filhinhas, no instante em que se lhe processasse a eliminação. (...).
       O dia do expurgo na fazenda de Opílio surgiu sob pesada expectação.(...)
       Rufo, ladeado por musculosos guardas, foi trazido ao centro da praça, em cujos limites se amontoavam homens, mulheres e crianças.
       Foi então que Vetúrio determinou que uma senhora e duas meninas se aproximassem.
       Eram Dioclécia, a esposa do prisioneiro, e as duas filhinhas Rucilia e Diônia, que o abraçaram com sofreguidão e alegria.
       -Papai! Papaizinho...
       As vozes carinhosas ecoaram, comoventes, arrancando lágrimas, enquanto o escravo mostrava o pranto que lhe manava dos olhos, como gotas de orvalho diamantino, deslizando sobre expressiva máscara de bronze.
       Epípodo, atendendo a um sinal do senhor, separou o belo grupo familiar e a voz de Opílio bradou, emprestando às palavras o máximo de energia:
       -Rufo! Chegou o momento decisivo! Jurarás fidelidade aos deuses serás salvo, ou seguirás o impostor Galileu, sentenciando-te à morte e provocando o banimento definitivo dos teus. Escolhe! Não há tempo a perder!...
       -Ah! Senhor – chorou o servo, caindo de joelhos -, não me condeneis! Compadecei-vos de mim!... Sou escravo desta casa, desde que nasci!...
       O infeliz calou-se, dominado pela angustia, e a cabeça noutro tempo ereta e altiva baixou o rosto até à poeira que Vetúrio pisava.
       - Não invoques o passado! Atende ao presente! Porque a ilusão nazarena, quando as nossas divindades te propiciam o pão farto e a vida feliz?
       Rufo, porém, reergueu a fronte recuperando a serenidade.
       Contemplou a esposa que o fitava, amargurada, e, em seguida, estendeu de novo, para ele, exclamando, confiante:
       - O senhor vem conosco, papai?
       O interpelado fixou a menina, com inexprimível ternura, mas respondeu.
       Ninguém poderia conhecer o drama que se desenrolava pro trás daquele semblante sulcado pelo sofrimento.
       Os olhos estáticos param de chorar,
       Súbita e inabalável firmeza estamparam-se-lhe no rosto.
       Elevou a atenção para o céu, evidenciando íntima atitude de oração, mas Opílio tornou a falar, contundente e gritante:
       - Não delongues, não delongues! Renegas a superstição nazarena e abominas agora o impostor da cruz?
       - O Evangelho é revelação divina – informou Rufo, possuído de calma impressionante - , e Jesus não é um mistificador e sim o Mestre da Vida Imperecível...
       Como ousas? – atalhou Vetúrio, de frente, com valorosa serenidade, e afirmou sem afetação:
       -Vós, porém romanos dominados, tremei, enquanto rides! Jesus reina, acima de César!...
       Vencendo a lassidão que o dominava, Opílio Vetúrio agiu os braços e clamou:
       -Cala-te! Nem mais uma palavra! Epípodo, o chicote!...
       O capataz estalou o rebenque no rosto do escravo enobrecido, enquanto Vetúrio, em poucas palavras, concluía o negócio com o mercador.
       Dioclésia e as filhinhas cedidas a preço ínfimo.
       Enquanto o potro bravio era aparelhado, a esposa do mártir tentou lançar-se nos braços dele, mas algumas companheiras afastaram-na, com as meninas, para recanto próximo.
       Rufo ia ser atado à cauda do animal que relinchava, escouceante, quando Berzélio, o comprador de cativos, abeirou-se dele e ciciou-lhe aos ouvidos:
       -Tua família encontrará um lar em nossa casa da Aquitânia. Morre em paz, em também sou cristão.
       Pela primeira vez, naquele dia de terríveis recordações, belo sorriso estampou-se no semblante do mártir.
       Mais tarde, algumas mulheres piedosas da igreja lhe recolhiam os despojos em matagal próximo.
       “Emancipara-se Rufo para servir com mais segurança aos desígnios do senhor”.

(Emmanuel, Ave, Cristo!, 14. Ed., p. 137 – 146)

       Obs.: Zaqueu, o personagem do Evangelho, retorna como o escravo Rufo, mas mantém a sua postura de cristão apesar de todas as pressões.

CENSURA

       O Critico de vinha habitualmente ao salão do escultor para examinar-lhe os trabalhos. Meses a fio ei-lo a inspecionar a obra de ceramista com rigorosa severidade.
       Censor austero.
       Observava linha por linha.
       Profundo conhecedor de escolas e estilos.
       Apontava deficiências.
       Salientava inconveniências.
       Protestava.
       Reclamava.
       Exigia.
       Publicava suas opiniões, respeitadas e rígidas.
       Certo dia, assestou a lupa para grande prato de pêssegos e passou a enumerar os defeitos das frutas, alegando que a Natureza jamais as produziria assim, com tantos senões. Só depois de longos apontamentos técnicos ao escultor espantado, é que verificou que os pêssegos eram autênticos, ali deixados por alguém para lanche do artista.

       Cautela com as censuras que lhe saem da boca. Muitas vezes, as longas advertências que dirigimos aos outros não passam de enganos criados por nossa própria imaginação.

(Do livro “Bem-Aventurados os Simples", ditado pelo espírito de Valerium ao médium Valdo Vieira).

 

MENSAGENS PARTICULARES – Corina Marques Batista

       Querida família:
       Nestas linhas, tentarei mostrar que a vida é boa. Eu comecei a vida com o Hamilton há muitos anos.
       Tivemos todos vocês. Vieram as noras, os genros, os netos e bisnetos, tantas pessoas foram a se juntando a nós. Só alegrias.
       Com certeza tivemos muitas dificuldades do lado material, mas Jesus foi muito bom para nós.
       Todos nasceram e cresceram, sempre com saúde. Fomos vivendo sem maiores dores. Festejando sempre que pudemos, nas datas mais importantes. Pensando assim, tivemos só alegrias. Não podemos reclamar também do começo até agora quantos anos fazem.
       Agora eu quero dizer desta dor tão profunda, parecendo que estamos tendo arrancado o nosso coração.
       Eu sei como é esta dor porque amei e amo todos vocês e não tive que me separar de nenhum fora de hora, mas esta hora chegou.
       Leonardo e Breno cumpriram suas missões. Estão agora recebendo as vossas orações, como bálsamo em seus corações, coo fluidos benditos para o espírito de cada um e também ensinamentos para que também eles entendam esta situação.
       Não é fácil para eles também.
       Quantas famílias pequenas às vezes sofrem com perdas sucessivas e continuam.
       Estou fazendo um esforço para conseguir dizer estas palavras, através da bondade de Jesus.
       Sejam unidos. Fiquem juntos para assim estenderem a mão para todos que são necessitados. Façam a caridade.
       Através da caridade encontrarão forças.
       Me desculpem os erros.
       Amo muito todos vocês.
       Leonardo e Breno amam vocês.

Corina
Mensagem recebida pelo médium Maria Izete Martins Batista.

 

A DURA REALIDADE.

       João da Silva, aquele torcedor inveterado de um time de futebol do Rio de Janeiro ia levando a sua vida, sem muitas preocupações, afinal, aposentara muito novo ainda e queria gozar a vida, afinal: eu mereço, dizia ele. O emprego que desfrutara fora conseguido por amigos numa repartição que muito pouco lhe cobrara e cobrira-o de direitos.
       Sua consciência sempre o cobrava de forma ou de outra, mas ele displicente continuava a sua vida despreocupada de tudo, parecia ouvir muitas vezes, através de amigos sérias advertências e outros conhecidos eventuais sobre o seu futuro, mas tudo em vão.
       Na rotina do dia-a-dia, reserve dez minutos para pensar e avaliar o seu desempenho diante da vida. Dizia alguém.
       Afinal o que está fazendo de seus dias? O que de real tem feito com vista a um futuro melhor depois desta vida? Porque é certo que terá que fazer essa viagem de retorno as suas origens, mais cedo ou mais tarde.
       Como espera chegar nessa outra margem da existência?
       O que julga importante e que poderá favorecê-lo nesse outro já seu conhecido de outras encarnações?
       Afinal do que precisa para chegar lá com um pouco de segurança e não enfrentar alguns problemas de difícil solução?
       Será que nesta escola de experiência que se está vivendo presentemente tem condições de juntar recursos para que sua vida seja mais feliz?
       O que propôs Jesus para que voltasse com êxito a Pátria Amada. Já sabe e estão praticando esses sábios ensinamentos, ou ainda não pensou nessa hipótese. Vai pensar mais tarde?
       Consultando a Doutrina Espírita o que ela propõe?
       Está disposto a realizar essa tarefa que lhe dará desde essa vida, alguns ensinamentos que a condição humana já pode lhe proporcionar.
       É certo que mil ideias lhe ocorrem, e muitas vezes sabe como deve agir, mas não age, e não fazendo nada, o que pode esperar?
       Claro que existem muitas teorias, mas essa que lhe dá segurança e equilíbrio, pode desde agora praticar, só depende da boa vontade, aliás, para que tenha esse respaldo moral, por isso é que lhe ponha-se em alerta contra o comodismo que tem sido um entrave na vida de qualquer um, deixando para depois o que pode fazer hoje.
       Ele nada ouvia, nem queria ouvir, o importante é um copo de bebidas, mulheres e um bom jogo de futebol.
       Assim que pode desperdiçar momentos preciosos da existência em fantasias, e a vida vai rolando, até que um dia surge um problema. Sente um abalo e a saúde que sempre fora perfeita, dá sinal que algo não está errado, rapidamente pensa no que poderia ter feito e não fez, também sobre o que fez de maneira equivocada. Sente um calafrio, afinal sequer pensou na passagem para esse percurso obrigatório, sequer pensou como será, como conseguir recurso para efetuar essa viagem, de repente pensa fazer alguma coisa para sentir-se mais seguro?
       Agora já tem uma alegação justa, não pode porque está doente, tem até um desculpa pronta, pois que bem que gostaria de trabalhar em favor do próximo, para ser mais claro, até teorizava, em seu beneficio.Porem sempre muito folgado. Agora estou com grande dificuldade com minha saúde, não posso, vou me recuperar, depois farei tudo que puder pela causa, aliás, por fim, está consciente.
       No entanto, por esses fatos que aparentemente não tem explicação, ou será mais uma chance. Depois três meses estava completamente curado e voltou à boa vida de sempre, mas sem pressa nenhuma,vendo o jogo de futebol, aliás, sabe tudo sobre a felicidade e sabe tudo sobre futebol, imagine, fez até viagem para ver o seu time jogar em outra cidade, voltou de lá entusiasmado.
       Assim caminha tranquilo e sempre tem uma desculpa, como de outras vezes sorrateiramente enfermidade se manifesta em seu organismo, mas um dia à noite sente um tremendo impacto e caia na sala de jantar, meio inconsciente, sente que é grave.
       Os familiares correm para atendê-lo, levam ao hospital próximo. Os médicos dizem que a situação é muito grave, a vida toma outro rumo, sente-se a apreensão entre os seus familiares, mas ele está quase inconsciente durante um mês em tratamento intensivo, sem melhoras, não tem jeito, João desencarna com todas as teorias na cabeça e sem nenhuma ação no seu currículo.
       Depois de muito tempo começa a perceber sente a indiferença de todos, acostumado de ser festejado em toda a parte, como o fulano de tal, e sente a maior frieza em todos que encontra, como conhecesse o seu passado. Aliás, João ouve zombaria a seu respeito, conversam dois indivíduos a sua frente numa sala de espera interminável.
       Um disse ao outro: Esse ai gostou muito de futebol, certamente vai ser convocado para jogar na última divisão do umbral, onde enfrentará os carrascos que vão lhes quebrar todas as esperanças e também as pernas. E irônicos, olhavam para ele, e gargalhava a mais não poder. João naquele momento desmontou, sentiu-se a mais infeliz das criaturas. Mas era a dura realidade.


Áulus.
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

LEMBRETE IMPORTANTE:

       Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com, onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.
       Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, mesmo porque as experiências dos outros sempre enriquece.
       Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com.

 

JULGAR

       Não julgueis seus companheiros de trabalho: muitas vezes a aparência engana, e aqueles que julgamos errados é que estão certos.
       Por que hás de pensar mal de teu colega, só porque age de forma diferente? Será que conheces seus pensamentos íntimos?
       Não julgues, para que não sejas julgado amanhã: entrega todo o julgamento ao Pai, a Deus que vive dentro de ti.
       Se Deus está em ti, vendo e permitindo tudo o que está acontecendo, quem és tu, para te colocares acima de Deus, querendo modificar os fatos que se referem aos outros?
       Não julgues!
       Se achas que alguma coisa está errada, entrega o caso a Deus que também está dentro de quem erra. Faze preces por aquele que pensas permanecer no erro.
       E se o zelo te consome, fala diretamente com ele; jamais fale por trás, nem mandes outros falarem: Fala tu mesmo com sinceridade e bondade.
       Procura ser amigo leal, para conquistar a amizade verdadeira de todos.

Fonte: Revista " Sabedoria "

 

 

PELA ESTRADA


       Cada passo dado em direção a uma criatura que está em sofrimento, melhora a nossa capacidade de reconhecer o quanto é importante acreditar nas causas e nos efeitos que surgem frente a uma ação de caridade.
       Deus criou a nossa felicidade depositando em suas mãos, pedaços de ações e reações, induzindo a nossa alma a uma conquista, elaborando um projeto único de felicidade para que aprendêssemos a ser bons e generosos.
       Recalcitrantes nos induziram ao sofrimento para que pudéssemos compreender o espírito de luta que precisamos encarnar, melhorando cada oportunidade na construção de um bem maior.
       Depois nos condicionou a criatura simples para que ocultássemos a nossa vaidade, transformando os nossos passos em estradas que nos levassem ao extremo de uma grande conquista.
       Por fim nos convidam para que participássemos de uma cruzada contra a dor para que aprendêssemos a valorizar cada instante de nossas vidas, preciosos demais para que não transformemos a nossa lida em lições proveitosas para revestir cada manhã num único processo de recomeço.
       Onde exista dor e sofrimento, experimentemos a oportunidade de servir para que sempre compreendamos que é dando que se recebe e que amando, somos amados, igualmente e únicos na oportunidade de servir ao nosso próximo.

Rita de Cássia
    Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 21/09/2006, na cidade de Campo Grande/MS.

 

 

 

SOBRE A BONDADE

       O próprio Cristo, nosso Senhor, ao receber o título de Bom Mestre vindo de um mancebo¹ que desejava saber como alcançaria a vida eterna, rechaçou o epíteto dizendo que bom, só Deus o é. Evidentemente que a Sua imensa humildade embasou tal início de resposta, haja vista que Ele, modelo e guia da humanidade, o Espírito mais perfeito que Deus nos mandou, já havia atingido as virtudes da humildade e da bondade, bem como todas as outras, porém aquela falou mais alto.
       Consultando o dicionário, uma obra famosa do grande filólogo da língua portuguesa, Antonio Houaiss, anotamos que bom, entre outras coisas é: moralmente correto em suas atitudes, de acordo com quem julga. Que é misericordioso ou indulgente; magnânimo, caridoso e que Bondade é a qualidade de quem tem alma nobre e generosa e naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade. Como vemos, nada disso falta a Jesus; e como Ele nos incitou a procurarmos a perfeição, poderíamos começar a procura para sermos bons, em princípio com os de casa, os que mais nos conhecem o íntimo.
       A Doutrina Espírita ensina-nos que a caridade é a virtude por excelência e Léon Denis² acrescenta que ela é divina e que se o orgulho é germe de uma multidão de vícios, a caridade produz muitas virtudes como a misericórdia, que é companheira da bondade.
       Joanna de Ângelis na maravilhosa obra “Psicologia da Gratidão” psicografada por Divaldo P. Franco, posiciona as virtudes como emoções superiores e dentre elas enfileira a bondade, a ternura a abnegação e relata uma história contada em Boston nos Estados Unidos em que um rebanho de carneiros era levado pelas ruas centrais da cidade quando um animalzinho repentinamente caiu sem forças, e uma criança muito pobre e mal cuidada vendo aquilo, imaginou ter sido a sede a causadora da queda do carneirinho e providenciou numa bica próxima, água que serviu em seu gorro ao bichinho que pouco depois estava correndo a encontrar o rebanho.
       Um observador irônico gritara ao menino: - obrigado titio... Porém, ali perto estava um conhecido editor que disse ao irônico: - o carneirinho me pediu para que agradecesse por ele...e como vivo procurando crianças de sentimentos nobres para cuidar, acabo de encontrar mais uma, que a partir desse momento estará sob minha responsabilidade.
       Tempos depois toda sociedade acompanhava a trajetória do Dr. Carlos Mors, conhecido pela inalterável bondade com que tratava todas as criaturas.
       Na obra recentemente psicografada por Carlos Bacelli e ditada pelo Espírito Inácio Ferreira, incansável trabalhador do Cristo, sob o título “O Pensamento Vivo do Dr. Inácio” o autor espiritual narra diálogo presenciado por ele no plano maior entre o venerável Irmão José, (bem conhecido no meio espírita por sua imensa bondade e gentileza) e uma alma ainda encarnada que durante o sono, lá do outro lado esteve para se instruir com o mentor.
       Queria o espírito encarnado, diz Dr. Inácio, orientação sobre o que fazer para vencer a grande ansiedade de seu espírito, ao que lhe foi dito pelo venerável Irmão José, que se resignasse, obtendo assim a paz anterior. O diálogo prossegue com o generoso Espírito orientando-o para ocupar-se com as coisas pequenas para que sua evolução seja mais rápida, começando dentro do lar, sendo bom para os seus. Coisa que o encarnado achou muito pouco para tanto.
       Disse então o benevolente seareiro do Cristo que realmente isso de tornar-se bom para os seus não era tudo, mas um excelente começo e que depois disso, fosse afável para com todas as pessoas que o rodeassem... e depois, fosse afável novamente... e o espírito encarnado continuou achando que ser afável seria pouca coisa, ao que o bondoso orientador replicou: - o que te parece pouco, meu filho, é tudo!
       Dr. Inácio termina a narração com a impressão de que o encarnado saiu desapontado, talvez esperando do mavioso benfeitor revelação mais expressiva...
       E nós também não poderemos ficar achando que procurar ser bom é pouca coisa, pois, se até Jesus, o Cristo de Deus, apesar de sê-lo, ainda não se considera Bom, é sinal que essa espetacular virtude deve estar sempre em nossos objetivos de melhora íntima e ser paulatinamente buscada como um imenso tesouro, que a todos está disponível, porém, guardado a sete chaves pelas divinas Leis; chaves essas que têm no cumprimento dessas Leis, o segredo para o atingimento de tamanha virtude.

Crispim.

Referências Bibliográficas
1-Evangelho de Mateus 19:16-17.O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
2- Depois da Morte. Depois da Morte – Léon Denis.
3- Psicologia da Gratidão. Joanna de Ângelis - Divaldo P. Franco.

 

BEM... BOM!...

       Bom é fazer o Bem; melhor é - cada um - se fazer Bom!
       Não adianta fazer o Bem para ser bom; é preciso ser Bom, para fazer o Bem!
       Não é o Bem que eu faço que me torna Bom; é o Bom que eu sou que torna o que eu faço, o Bem...
       Fazer o bem é muito bom; ser bom é muito melhor, porque é "o melhor", o ótimo!
       Se faço o Bem pensando em “ser bom” é sinal de eu” ainda não ser Bom”!...
       No meio de bEm está o E de Esperança... no meio do bOm está o O de Ótimo!
       Alguém pode fazer “o bem” sem ser bom... mas, ninguém pode ser Bom sem fazer o Bem!
       Aquele que é bom não se preocupa com o Bem que faz nem com o mal que alguém lhe possa fazer: está apenas ocupado em ser Bom!

Paulo Nunes Batista

ENQUANTO PODE

       Enquanto pode articule uma palavra de carinho e de gratidão àquele que foi o seu maior incentivador e amparo em sua juventude. Agora quem sabe chegou a sua hora de retribuir, porém se ao mesmo não for possível, atenda aquele que bate a sua porta por conta dele, com carinho e respeito, se for o caso, favoreça-o em alguma coisa em memória do seu primeiro benfeitor. Áulus/Otacir Amaral Nunes

 

 

 

 

PERANTE A JUSTIÇA DIVINA

       Você tem recursos. E o que faz pelos outros?
       Tem cultura. E ensina os ignorantes?
       Tem fortuna. E auxilia os miseráveis?
       Tem roupa. E veste os maltrapilhos?
       Tem mesa farta. E favorece os deserdados?
       Tem saúde. E socorre os enfermos?
       Tem privilégios. E ajuda os deserdados?
       Tem poder. E pensa nos desvalidos?
       Tem família. E protege os órgãos?
       Tem amigos. E visita os solitários?
       Tem alegria. E ampara os tristes?
       Tem equilíbrio. E orienta os descrentes?
       Tem esperança. E conforta os aflitos?
       Diante do mundo, conquistando glorias e vantagens, você é aplaudido como vencedor. Entretanto, insulado no egoísmo e distante da caridade para com o próximo, perante a lei Divina é apenas um vencido.

Mensagem extraída do livro “Vivendo o Evangelho”, Vol. II, do médium Antonio Baduy Filho. IDE Editora.

 

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ANO VIII - Nº 86– Campo Grande/MS –Março de 2013.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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