"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO VIII - N. 87 * Campo Grande/MS * Abril de 2013.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


       Se porventura espera realizar algo grandioso, comece a juntar logo os primeiros tijolos, porque pode acontecer que falte tempo para realizá-lo, se esperar muito. Áulus/Otacir Amaral Nunes


  

ORAÇAO CELTA

       Que a estrada se abra a sua frente,
       Que o vento sopre levemente suas costas,
       Que o Sol brilhe morno e suave em sua face,
       Que a chuva caia de mansinho em seus campos...
       E, até que nos encontremos de novo,
       Que Deus lhe guarde na palma de Suas mãos...

       Alma querida que sempre viverá no meu coração, porém se a estrada a conduzir a outra paragem distante do seu lar e sinta a necessidade imperiosa de partir em demanda ao seu grande destino, muito embora a tristeza antecipada venha invadir o seu coração generoso, pela ausência, não se detenha “que a estrada se abra a sua frente”.
       Se porventura deve enfrentar o calor escaldante do deserto, a escuridão da noite e o espinheiro do caminho, mesmo assim não murmure contra o destino. É o caminho certo para aquele que tem coragem de seguir em frente, apesar de todas as provações dolorosas, porque é certo que alguém lhe dará o apoio precioso, rogando na hora mais crucial da caminhada ao Pai “Que o vento sopre levemente suas costas”,
       Se a incompreensão dos homens, muitas vezes constituir-se objeto de amargos dissabores, e com toda a intensidade sentir a ingratidão daqueles corações amados, de onde a reprovação menos esperava e o desânimo tomarem conta de suas forças, e a incerteza por momento visitar o seu coração, reaja e confie que depois daqueles dias sem luz, por certo sentirá que Deus dar-lhe mais resistência ainda, “que o Sol brilhe morno e suave em sua face”.
       Se a fortuna adversa muitas vezes minguar os seus recursos e sentir a escassez do pão â mesa, apesar de todos os esforços do trato incansável da terra e num instante de desesperança e de repente perguntar-se,meu Deus? Mas por que tanto sofrimento em minha vida? Mais uma vez coragem. Não se desespere, nem se deixe abater. Confie até “que a chuva caia de mansinho em seus campos...” florescendo as suas esperanças com a farta colheita que recolherá no seu celeiro.
       Se desta feita os caminhos se alongarem demais, de repente ver em outros campos que não se permite acesso, por conta das barreiras impostas pelos corações endurecidos, e por enquanto não for possível o reencontro dessas almas afins, guarde a esperança que depois desses dias tormentosos e mesmo diante de suas mãos calejadas pelos esforços continuados, não descreia da misericórdia infinita de Deus, suporte com coragem, porque é justa essa provação porque passa, é o preço justo “até que nos encontremos de novo”, certamente que num claro amanhecer.
       Até um dia. Alma de minha alma. Atravesse o deserto árido da existência, muitas vezes com os olhos cansados de procurar aquele grande amor que se perdera na bruma espessa tempo e muitas vezes também haver a dor visitando o seu coração generoso, e com os olhos encharcados de lágrimas outras tantas vezes se sentir sem caminho, ou ainda mesmo que os seus sonhos não se realizaram na forma que esperava, e o perigo rondar os seus passos a todo o instante, não se deixe entristecer, por fim, guarde a certeza que nos encontraremos de novo num novo alvorecer, o nosso derradeiro pedido para que leve até o fim os seus compromissos, “que Deus lhe guarde na palma de Suas mãos...” hoje e sempre.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS

DEPRESSÃO: REAJA

       Às vezes por qualquer motivo pode entrar nesse estado de pessimismo extremo diante da vida, porque supõe que a existência como está não tem graça nenhuma - perdeu o encanto- , parece que o seu mundo íntimo entrou em colapso, ou seja, num estado de inanição e miséria.
       As coisas belas que a vida oferece não tem sentido. Até aquela bela música que ouvia com emoção e enternecimento, de repente perdeu aquela vibração de energia motivadora. O coração se tornou num deserto permanente sem esperança de chuva e a energia emitida pelo cérebro é tão fraca que sente falta de ar. Sente uma dor no peito que parece que vai arrebentá-lo, ou sufocá-lo, aliás, dói o corpo todo. Muitas vezes por conta própria não quer despertar desse pesadelo que o destrói psiquicamente, parece que nele se compraz como se fosse um protesto contra a vida.
       O sentido de destruição interior é intenso, tudo em seu derredor é só tristeza e desolação, a descrença em tudo, mesmo naquelas atitudes mais nobres e carinhosas das pessoas que o cercam são incapazes de demover daquele estado de prostração intima. O mundo se torna enfadonho.
       Alguns até imaginam fugir da vida pelo lado pior e mais comprometedor - que é o suicídio –, que seria a pior atitude a tomar, na suposição de que se mudasse de casa, os seus problemas seriam resolvidos. Engano maior será impossível. Pelo contrário os agravaria muito mais, mesmo porque a vida sempre continuará em outra dimensão com os problemas agravados.
       Outros esquecem que esses desajustes não serão equacionados com essa descrença na vida, ou porque decorreram de situações mal resolvidas do passado e de repente emerge com essa força destrutiva. Num primeiro golpe deixa abatida a sua vítima e sem ânimo para reagir e interna-se nesse inverno constante.
       Aquele frio da inconformação e da desesperança diante da vida, como se não tivesse mais um caminho, por mais que olhando pela janela se possa ver a vida de tantas criaturas lutando em situações mais aflitivas que a sua, demonstrando coragem e sabedoria.
       No entanto, não percebe que elas já passaram por esses problemas até piores que os seus, mas assumiram uma atitude positiva, tiveram a iniciativa de procurar uma saída e a encontraram .Na certeza que se estão neste campo de provas difíceis de suportar, mas também existem recursos para todos os males, mas exige esse espírito de iniciativa, de coragem para superar esses breves momentos de perplexidade, mesmo porque estes problemas não são incuráveis, mas resquícios de outras feridas que não foram devidamente cicatrizadas.
       E num instante de fragilidade surgiu esse pesadelo em seu campo íntimo, motivados pelas mais diversas situações e tenta desestabilizar o seu campo emotivo, e nesse momento que deve ter decisão e coragem de levantar a cabeça e buscar uma solução –que com certeza há de encontrar. Às vezes com atitude mais fácil que supõe.
       Por isso mesmo valorize o a sua existência. Enxugue as lágrimas, levante a cabeça, se vista de maneira elegante na condição daquele que está recomeçando a vida em uma nova fase longe daqueles probleminhas de menor importância, que de repente se instalou dentro de si, sem um motivo justo.
       Nesta nova fase, procure amar mais, compreender mais, perdoar-se e perdoar os outros. Afinal, somos todos tão frágeis, quem pode garantir que não cometeu erros absurdos? Nem por isso foi esquecido por nosso Pai e Criador, talvez só falte um pequeno impulso de sua parte, pense que milhões de pessoas já passaram por esses mesmos problemas, e venceram.
       Veja o lado bom da vida, mas não a desperdice com tristeza destruidora, valorize as suas mais belas e nobres qualidades. Seja otimista e guarde a certeza que depois desses breves dias escuros o Sol há de brilhar outra vez. Por isso com fé e confiança e continue a sua marcha progressiva. Aquela crise triste e amargurada de sua vida está passando, devem surgir outros dias mais alegres e felizes, mais coragem, contribuía com a sua boa vontade. O otimismo sempre é muito importante.
       Se a causa foi um grande amor que partiu, seja otimista, valorize-se e arranje um ainda maior, mas não fique lamentando, mesmo porque não irá resolver nada. Lembre-se que seu coração tem uma enorme capacidade de amar e pode ser muito feliz, especialmente se amar muito. Por que chorar? Se pode vencer. Por que lamentar alguns dias sem sol? Se em toda a parte há vida em abundância.
       Confie em Deus, confie em si, mesmo porque é uma criatura única no Universo e deve se valorizar, mesmo porque só depende de sua decisão, talvez aquele probleminha que a faz infeliz, no fundo só exista em sua imaginação esse fluxo negativo. Porque o dia lá fora continua belo e formoso e pode com energia construir um mundo luminoso para seus pés, afinal dê o seu grito de independência. A vida é o tesouro mais valioso que tem e nesse momento de crise não está percebendo isso, levante a cabeça e seja muito mais feliz que antes. Você tem condição. Você é capaz, descarte aqueles arquivos que a fizeram infeliz, não valem a pena, mas abra um novo em seu coração que contará a história da vida maravilhosa de alguém corajoso que enfrentou os seus desafios e os venceu, pois que pode ser feliz em qualquer parte.               Portanto, seja feliz tanto quanto comporte a sua condição humana. Fique com Deus sempre.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

SAUDADE É O AMOR QUE FICA!

       Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
       Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional...        Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

       Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
       Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
       — Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
       — E o que morte representa para você, minha querida?
       — Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
       — É isso mesmo.
       — Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
       Fiquei "sem palavra", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
       — E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
       Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
       — E o que saudade significa para você, minha querida?
       — Saudade é o amor que fica!
       Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
       Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

Paz e luz a todos _/\_

Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

 

INDAGAÇÕES A NOS MESMOS

       Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que comungam conosco o mesmo ideal e a mesma esperança?
       Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
       Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
       Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
       Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
       Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
       Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
       Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que condena e destrói?
       Um auxiliar devotado ou um expectador inoperante?
       Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis do serviço ou um censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
       Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
       Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual, entrevado no catre dos preconceitos humanos, que deva ser transportado em alheios ombros, à feição de problema insolúvel?
       Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na comunidade a que nos ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa alma possa refletir-lhe a Divina Luz.

André Luiz
Do livro “Correio Fraterno”, de Francisco Cândido Xavier.

SILÊNCIO MENTAL

       A título de ilustração, suponhamos um grupo de vinte pessoas reunidas em silêncio, com o objetivo de orar. No plano físico elas poderão estar perfeitamente quietas, em aparente concentração. Mas se não tiverem educação mental para a manutenção de silêncio interior, e emitirem consciente ou inconscientemente quaisquer sussurros mentais ou tipos de pensamentos, estarão gerando bulha no mundo do espírito.
       Diante disso, como atingir esse estado de quietação mental, se a mente, via de regra, é sempre tão ativa e reconhecidamente rebelde e voluntariosa?
       A resposta a esta pergunta é tão importante que aqueles que a conhecem e vivenciam encontraram a chave da perfeita serenidade interior. Pode-se dizer mais: encontraram a divindade em si mesmos, o chamado Reino dos Céus. Chegaram ao Lar.
       A Bíblia Sagrada confirma essa verdade sob o véu diáfano da letra: Aquietai-vos, e sabei que Eu sou o Senhor, (...) (Salmos, 46:10). A mente serena é como a face de lago tranquilo, nas horas calmas da madrugada. A polidez de seu espelho líquido pode refletir com perfeição a imagem da Lua ou a beleza cintilante das estrelas. Da mesma forma, apenas a mente ou a alma asserenada pode sentir e refletir a presença do Eterno.
       Logo\põe-te de parte e esquece tudo. Abandona-te à minha voz, inerte, vazio, no nada, no mais completo silêncio do espaço e do tempo. Neste vazio “ouve minha voz que te diz - ergue-te e fala: Sou eu.”
       Este abandonar-se à potência sideral, inerte, vazio, no nada, ou seja, na mais perfeita serenidade interior e absoluta ausência de pensamentos ou saberes humanos e recordações, é uma filigrana de ouro que não passa despercebida ao leitor atento. É aquela pérola do campo referida por Jesus a Seus discípulos: a Vigilância. Quando o homem a encontra, vai, vende tudo o que tem para comprá-la.
       Adverte ainda Sua Voz, em A Grande Síntese:
       "O máximo da vossa vida psíquica tarda a chegar e comparece muitas vezes por último, muito depois da juventude, do vigor físico, qual última delicada flor da alma. Depois é o redobramento da consciência sobre si mesma, a reflexão, a absorção do fruto da experiência e a assimilação, a madureza do espírito num corpo decadente. Poucos, os adiantados, aí chegam cedo; muitos chegam tarde; alguns, os novatos da vida psíquica, não conseguem chegar."
       É porém necessária uma longa e penosa caminhada até atingir esse ponto de mutação, em que a alma contempla em si, extasiada, o desabrochar do lótus fulgurante, a mais alta flor da evolução espiritual. É a chegada ao Reino dos Céus, um êxtase, mas o seu preço foi altíssimo. Segundo os vencedores, o peregrino desta longa e sinuosa senda deverá ter sempre presente à lição do Apóstolo Paulo, de que "(...) através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus." (Atos, 14:22.)
       Pelas laboriosas mãos de Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis contemplou os corações anelantes de luz com uma página memorável, intitulada "Necessidade da Meditação". Ali a sublime Educadora revela que, inicialmente, os pensamentos e sentimentos serão parte da meditação, até o momento em que já não seja mais necessário ao meditante pensar ou aspirar, mas apenas ser. Nesse estágio, ele anula a ação do pensamento para simplesmente sentir, viver, tornar-se luz. (Momentos com Jesus.)
       Em essência, nisto consiste a Vigilância ou Meditação: é ficar silenciosamente em stand by, mentalmente vazio mas fantasticamente alerta. Não vale cochilar ou adormecer. As aglutininas mentais insinuam-se como brando anestésico nessas horas e os próprios Apóstolos sucumbiram a seus amavios. O certo é que a sonolência não faltará. E aí muitos verão que aquele fantasticamente empregado há pouco para destacar o alerta não é recurso literário.
       Mas a lição completa revelada por Jesus àqueles que o Pai Lhe deu é Orar e Vigiar, ou seja, transmitir e receber. O mundo tem sabido, mal-e-mal, transmitir. Talvez a conquista social da recepção divina esteja reservada ao novo milênio.
       Portanto, amigo leitor, na próxima vez que Orar, procure em seguida Vigiar - se já não o estiver fazendo -, ficando sereno, extático, na mais absoluta quietude e paz interior, a fim de aguardar e receber a resposta suprema, caso esteja esperando por uma.
       É o que o Cristo espera daqueles que aspiram ao discipulado real, através desse diálogo de alma para alma que todos terão um dia com a Divindade, conforme o caminho revelado por Ele na Sua Oração ao Pai, preparando neste mundo a tão almejada unificação da Humanidade:
       - "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim: por intermédio da sua palavra, a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim,e eu em ti, também sejam eles em nós: (...) a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade." (João, 17:20-23.)

* Médium e pensador espiritualista. (N. da R.)
Fonte: revista Reformador, de abril de 2002

 

 

A TENTAÇÃO DO ÁLCOOL

       Tive uma conversa muito interessante com a mãe de uma garota de 15 anos. Ela me contou que a filha é extrovertida, faz sucesso em rede social, sempre é procurada por vários colegas e chamada ao celular o dia todo. A menina também tem alguns amigos mais chegados que estão sempre por perto.
       Mesmo assim, a filha não sai. É convidada para ir a festas, ao cinema, para dormir na casa de colegas, viajar. Mas ela só sai mesmo para ir à escola. Recusa todos os convites que recebe.
       Acredite, caro leitor, isso preocupou essa mãe. Curioso o fato, já que as mães das garotas dessa idade costumam se preocupar pelo motivo oposto: as filhas que querem sair sempre.
       Assim que o sinal amarelo acendeu para essa mãe, ela tomou uma atitude. Chamou a filha para um lanche, disposta a conversar com ela para saber o motivo de sua reclusão. Parece que é comum as duas conversarem sem muitos rodeios.
       Dessa maneira, a mãe logo ficou sabendo que a filha tinha lá suas razões para preferir fica em casa: “se eu sair, mãe, vou ter de ficar, beijar, talvez transar; vou precisar beber, vou ter de comprar coisas que eu não quero então, prefiro ficar em casa por enquanto”.
       É, não tem sido fácil para muitos jovens atravessar essa fase da vida. As tentações têm sido excessivas para eles. E hoje vou ficar apenas em uma delas: a ingestão de bebidas alcoólicas.Não sei por que os pais têm facilitando tanto a oferta de bebida para esses jovens que mal saíram da infância.
       Já ouvi alguns pais declararem que, apesar de serem contra o consumo de bebida alcoólica nessa idade, ofereceriam essa opção na festa de aniversário dos filhos para garantir a presença dos convidados. Isso significa que festa, para eles, não existem sem a presença do álcool?
       Quem é adulto e tem controle sobre a quantidade de bebida que ingere sabe os efeitos do álcool produz no organismo.        As sensações de euforia e de segurança para correr riscos costumam ser os principais motivos que levam a garotada a beber.
       É uma tentação poder viver, por alguns momentos, sem muita censura e sem grandes dúvidas a respeito do que fazer, não é? Nessa idade, tal tentação é sedutora.
       O problema e que eles bebem demais – demais mesmo – muito cedo e se esquecem de aprender a viver em grupo sem os efeitos que a bebida provoca. Falta coragem, dá medo, provoca angústia. Talvez por isso alguns adolescentes bebam até cair.
       Tem sido bem impressionante a quantidade de adolescentes que passam mal, muito mal, depois de beber. É que eles costumam ser exagerados em tudo o que oferece satisfação imediata. É por isso, entre outros fatores, que perdem a medida.
       Diversas mães se assustaram com o que viram nessas férias de inverno. Li o relato de uma delas que levou a filha, de 14 anos, com duas amigas para uns dias em Campos de Jordão.
       Ficou assustada com o que viu: crianças de 12, 13 anos vomitando em praças, caindo pelas ruas de tão bêbadas que estavam. “onde estão os pais dessas crianças?” perguntou ela.
       Provavelmente por perto, mas sem saber o que fazer.
       Quem tem filhos adolescentes não deve ficar impotente, congelado, com receio de ser considerado careta. Aliás, sem muitos aspectos é papel dos pais ser careta.
       E é bom saber que isso não impedirá o filho de experimentar muitas coisas. Apenas o ajudará a conhecer melhor seu nível de saciedade com a bebida alcoólica, por exemplo. Para que ela funcione como um mediador social, apenas isso.
       Os pais dos adolescentes não conseguirão livrar os filhos de todas as tentações que a vida oferece.
       Mas, pelo menos, devem tentar poupá-los de algumas delas. Para o bem deles. Como? Vetar a ingestão de bebida alcoólica nessa idade já é um bom começo.

Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação. Do Suplemento Equilíbrio, da Folha de São Paulo.

DESENCARNAÇOES COLETIVAS

       Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de grandes incêndios?
       (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 28 de fevereiro de 1972, em Uberaba, Minas Gerais.)
       Resposta:
       Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
       Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprios, operamos o levantamento de nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.

       Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos a Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
       Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
       Promotores de guerras manejadas para o assalto e a crueldade pela megalomania do ouro ou do poder, em nos fortalecendo para regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
       Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Alem com os problemas de culpa, solicitamos o retorno a Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.

       Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito a nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiências e mais luz no cérebro e no coração, par defender-se e valorizar a vida.
       Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vitimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles e a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
       Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor. Emmanuel

AS LEIS DA CONSCIÊNCIA

       A resposta de Emmanuel vem do plano espiritual e acentua o aspecto terreno da autopunição dos encarnados, em virtude de um fator psicológico: o das leis da consciência. Obedecendo a essas leis, as vitimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haverem crescido em amor e trazerem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor no sacrifício reparador.
       As leis da Justiça Divina estão es4it5as na consciência humana. Caim matou Abel por inveja e a sua consciência o acusou do crime. Ele não teve a coragem heroica de pedir a reparação equivalente, mas Deus a marcou e puniu. Faltava-lhe crescer em amor para punir-se a si mesmo. O símbolo bíblico nos revela a mecânica da autopunição cumprindo-se compulsoriamente. Mas, nas almas evoluídas, a compulsão é substituída pela compaixão.
       Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma visão mais clara do processo evolutivo do homem. Como selvagem ele ainda se sujeita mais aos instintos do que a consciência. Por isso não é inteiramente responsável pelos atos.        Como civilizado ele se investe do livre-arbítrio que o torna responsável. Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade. As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia) são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e a Deus. Nas civilizações modernas, tocadas pela luz do Cristianismo, os processos de autopunição se intensificam.
       O suicídio de Judas é o exemplo da autopunição determinada por sua consciência evoluída. O que ocorreu com Judas em vida, ocorre com as almas desencarnadas que enfrentam os erros do passado na vida espiritual. Para encontrar o alivio da consciência elas sentem a necessidade (determinada pela compaixão) de passar pelo sacrifício que impuseram aos outros. Ma soque é esse sacrifício passageiro, diante da eternidade do espírito? A misericórdia divina se manifesta na reabilitação da alma após o sacrifício para que possa atingir a felicidade suprema na qualidade de herdeira de Deus e co-herdeira de Cristo, segundo a expressão do apóstolo Paulo.
       Encarando ávida sem a compreensão das leis de consciência e do processo da reencarnação não poderemos explicar a Justiça de Deus – principalmente nos casos brutais de mortes coletivas. Os que assim perecem estão sofrendo a autopunição de que suas próprias consciência sentiram necessidade na vida espiritual. A diferença entre esses casos e o de Judas é que essas vítimas não são suicidas, mas criaturas submetidas à lei de ação e reação.
       Judas apressou o efeito da lei ao invés de enfrentar o remorso na vida terrena. Tornou-se um suicida e aumentou assim a sua própria culpa, rebelando-se contra a Justiça Divina e tentando escapar a ela.
Irmão Saulo (J. Herculano Pires)

       Do livro “Chico Xavier Pede Licença – um Aparte do além nos Diálogos da Terra”, recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, J. Herculano Pires.

PITÁGORAS E A REENCARNAÇÃO

       "As almas não morrem jamais, mas sempre deixam uma morada para passar a outra. Eu mesmo me lembro de que na época da Guerra de Troia, fui Eufórbio, filho de Pantos e cai pela lança de Menelau. Todas as coisas mudam mas nada perece. Do mesmo modo que se gravam certas figuras na cera, esta se derrete e pode gravar outras tantas, assim é a alma, sempre a mesma, apresentando contudo formas diferentes. Portanto, se o amor ao próximo não estiver extinto em vossos corações, deveis abster-se de violar a vida daqueles que podem ser vossos próprios parentes.” Pitágoras

SUPERAÇÃO ...

       Somos todos responsáveis pelos eventos que nos requisitam, buscando melhorar a nossa condição de filho de Deus.
       A um, foi dado à oportunidade do trabalho digno, melhorando cada etapa do caminho enquanto se relacionava com o progresso, erguendo as frentes de trabalho que produzem o sustento de muitos.
       Muito mais se deu em cristalinas aspirações melhorando cada visão enquanto nascia nas mãos do trabalhador o filho mágico da realização pessoal.
       Embora se construísse novos centros, alimentava-se a proporção da grandeza de cada participante.
       Mas a outros, o genitor, preocupou-se em poupar o esforço do sacrifício, alimentando cada tendência na própria realidade que buscava o auxilio da luz para abençoar os caminhos que seriam percorridos por muitos que ainda estavam na escuridão...
       Nasceu então o movimento daqueles que permaneciam na bênção da oportunidade que buscavam aprender o relacionamento com o mundo invisível, facilitando o intercâmbio com as aspirações daqueles que buscavam se aproximar dos mortos, para descobrir na sua palidez, uma gota de luz a levantar-lhe para sempre o corpo que buscava a sua libertação.
       Então, descobrimos que é preciso lutar com serenidade até que possamos compreender as coisas que nos parecem verdadeiras quando nos relacionamos com Deus.
       Muito além de nossas vontades, milhares de voluntários nos estendem as mãos, acreditando de que é preciso vencer esta luta, que busca direcionar nossos pensamentos para o alto, fazendo valer o Evangelho Cristão, batizado pelo amor, onde descobrimos que somos todos órfãos, quando nos afastamos do bem e que somente nos relacionamos como amor, quando estendemos nossas mãos para o nosso irmão desconhecido que espera por nós até que consigamos superar o ódio e o flagelo da incerteza, buscando nos aproximar de nós mesmos nesta luta, onde cada dia se transforma em outro dia, ofertado pela nossa necessidade de crescimento espiritual.

Ezequiel
Mensagem recebida pelo médium João de Deus, em reunião pública no Grupo Espírita da Prece, na noite de 09/06/2005, na cidade de Campo Grande/MS.

 

INTERPRETAÇÃO

       Em toda parte alguém interpreta:
       O médico o exame de laboratório e recomenda o tratamento mais adequado a determinada enfermidade.
       O meteorologista os gráficos que lhe permitem realizar as previsões do tempo.
       A mãe interpreta o choro do bebê e oferece-lhe aquilo que sua vivência lhe faculta.
       O estudioso interpreta os conhecimentos que se acumulam ao longo do tempo. Todos cumprem o seu papel.
       A Doutrina Espírita interpreta o Evangelho de Jesus desvenda-lhes os conhecimentos que existem nas entrelinhas, descobrindo-se um admirável mundo, que o próprio Cristo já havia reservado para os dias atuais, a fim de que os habitantes de ontem, quando retornassem através da reencarnação já pudessem contar com o concurso da Ciência, Filosofia e Religião, formando uma base compacta, permitindo, assim, uma fé inabalável, com noções exatas deste mundo e da vida espiritual, podendo assumir uma postura mais fraterna, de justiça, de amor e de caridade...


Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

TENHA A SANTA PACIÊNCIA...

       Veja se esta situação já ocorreu alguma vez por perto de você, ou mesmo com você:... - Essa foi demais! Tenho muita calma, sou tranquilo, mas foi muito abuso, aí eu perdi a paciência... também... pudera...
       Pois é... a paciência talvez seja a única “coisa” que não se pode perder, pois quando atingimos essa virtude, que no dizer do dicionário Houaiss é a virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades; resignação... calma para esperar o que tarda..., ela estará sempre disponível para quem a possui.
       Como se pode ver, quando a temos, e circunstâncias surgem para que dela façamos uso, ela será sempre utilizada, porém, se não a temos, costumamos dizer, como na situação acima: -perdi a paciência... num evidente atentado contra a virtude imperdível.
       Nos Evangelhos do Cristo, mais precisamente em Lucas¹ já há a advertência clara: “É na vossa paciência que ganhareis as vossas almas.” E a glamorosa Doutrina dos Espíritos, integralmente baseada nos ensinamentos do nosso Senhor, não deixou que essa virtude passasse impercebida e em inúmeras questões propostas pelo eminente Allan Kardec os benfeitores espirituais deram suas instruções convergentes, alertando-nos sempre que a paciência, a inteligência e a resignação são exercitadas através das provas por que passamos.²
       Kardec ao indagar os imortais como somos vistos pelos Espíritos³ teve como resposta que os Espíritos sérios se condoem dos nossos reveses, mas que os levianos zombam de nossas impaciências. Depois questiona como livrar as pessoas bem intencionadas que sofrem obsessão4 e a resposta veio claramente: “Cansar-lhes a paciência, nenhum valor lhes dar às sugestões, mostrar-lhes que perdem o tempo. Em vendo que nada conseguem, afastam-se.”
       Para a Doutrina Espírita até mesmo os flagelos5 estão ligados à paciência, sendo considerados provas que dão ao Homem a oportunidade de exercitar a sua inteligência e de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e assegura que os desgostos da vida não vêm para aquele lhe suporta as vicissitudes com essas virtudes.
       O mentor Emmanuel consultado a respeito na obra O Consolador6 sobre o que seria a paciência e como adquiri-la respondeu com sapiência que a verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação e que a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito que a incorpora em seus valores conquistados pelo próprio esforço.
       Ainda Emmanuel em outra obra7 orienta-nos sobre a necessidade do estudo da paciência em nossa conduta no relacionamento humano e no reduto do lar e que ela deve ser aprendida, sentida, sofrida, exercitada e consolidada perante os que vivem conosco, se quisermos tê-la com aquisição de nossa alma.
       O mesmo benfeitor, no livro Encontro Marcado8, relata que a impaciência é comparável à força negativa que muitas vezes inclina o enfermo para a morte, justamente no dia em que o organismo entra em recuperação para a cura. Assevera ainda que a impaciência pode arruinar-nos a confiança e que ela é precipitação que redunda em violência. Aconselha que devemos agir como o lavrador fiel ao serviço, que espera a colheita, zelando a plantação.

       Em outro livro de sua lavra intitulado Palavras de Vida Eterna9 faz uma excelente distinção do que é e do que não pode ser a paciência, assim se exprimindo:
       Paciência:
       • Serenidade, calma - porém, não é aprovação ao desequilíbrio;
       • compreensão, entendimento – não é passaporte ao abuso;
       • harmonização, ajuste – não é apoio à delinquência;
       • tolerância, brandura – não é coonestação do erro deliberado;
       A insigne benfeitora Joanna de Ângelis considera a paciência10 uma virtude que escasseia e que sua falta gera a irritação, fruto do cansaço, do marasmo e da rotina, que passa a comandar os feixes nervosos causando desequilíbrios imprevisíveis na máquina orgânica.
       Orienta a sábia benfeitora que exercícios regulares de reflexão e a contenção dos impulsos da personalidade inferior vão imprimindo calma, equilíbrio e harmonia que geram a sublime virtude, que deve ser conquistada passo a passo, molécula a molécula, como na construção de uma máquina, peça a peça.
       Diz-nos ainda11 que a caridade da paciência é das mais expressivas virtudes que o verdadeiro cristão deve cultivar; caridade para os que não nos compreendem a paciência ante a prova e lembra-nos da dificuldade em desculparmos o ofensor considerando-o como enfermo que necessita de nossa amizade e apreço.
       E, quando conquistarmos essa divina virtude, saberemos, conforme palavras de Joanna,12 que ela resiste às más circunstâncias e às tediosas ocorrências, por ser confiável, gentil otimista, séria e recatada, sem ser irresponsável, pois é irmã da fé, logo todo aquele que crê, espera e confia tranquilamente.
       Deixaremos então de agredir tamanha virtude com pensamentos quais os exarados no início desta conversa: “... perdi a paciência... também... pudera...”

Crispim.

       Referências:

       1) Lucas 21:19
       2) Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec, cap.V, item 26
       3) O Livro dos Espíritos. Allan Kardec, Q- 458, Q- 478, Q-740
       4) O Consolador. Emmanuel, Q-253/254
       5) Rumo Certo. Emmanuel, cap. 41-Paciência e Vida.
       6) Encontro Marcado. Emmanuel, cap.29-Não te impacientes
       7) Palavras de Vida Eterna. Emmanuel, cap.171-Paciência em Estudo
       8) Celeiro de Bênçãos. Joanna de Ângelis, cap. 49-Paciência
       9) Alerta. Joanna de Ângelis, cap.11-Paciência e Caridade

 

 

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ANO VIII - Nº 87– Campo Grande/MS –Abril de 2013..
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