Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 |
Praticar a caridade é o mais sublime compromisso com a própria consciência, mas acrescente um gesto amistoso para que não fira a quem recebe. Áulus/Otacir Amaral Nunes |
O APÓSTOLO DILETO Num momento crucial da história do Cristianismo, é convocado o apóstolo dileto do Mestre - João Evangelista - , e desta feita se apresentará como Francisco de Assis ao Mundo. Viveu numa época conturbada no contexto histórico em que desenrolou a sua vida gloriosa, mas renasceu com o objetivo determinado de que voltasse a pureza primitiva ao Cristianismo, de amor, de caridade, de simplicidade, enquanto a igreja romana mergulhava no luxo e na riqueza, esquecendo a mensagem proposta por Jesus. Depois de uma caminhada tumultuada em sua juventude, sentiu-se fortemente chamado para cumprir a sua nobre missão, naturalmente um espírito de grande envergadura moral e provado na existência anterior, quando conviveu com o próprio Mestre. Ele costumava orar numa velha e abandonada capela, São Damião, frente a um crucifixo e repetia fervorosamente: “Concedei-me Senhor, que Vos conheça, para poder agir sempre segundo a vossa luz e de acordo à vossa Santíssima vontade”. Um dia, pareceu-lhe ouvir claramente: “Vá Francisco, e restaure a Minha Casa”.Pensando tratar-se do velho templo onde se achava, agiu de pronto, contando para a reforma com o dinheiro de seu pai, que tinha em suas mãos.Mas acusado pelo seu pai de furto, devolve-lhe até a roupa que usava. Assim, apresentou-se na face do mundo para chamar atenção para o essencial, no entanto, era um trabalho gigantesco, restaurar os fundamentos do Cristianismo, embora, até constrangidos os detentores do poder da Igreja Romana,foram obrigados a recebê-lo e nessa ocasião teve a oportunidade de apresentar o pedido de reconhecimento de sua ordem – Ordem dos Franciscanos -, fazendo voto de pobreza. Porém era um trabalho de Espiritualidade Superior, com isso prevaleceu, acabou deixando uma marca indelével de grandeza na marcha do Cristianismo, cuja mensagem tinha o frescor ainda da mensagem de Jesus, que havia se perdido por conta do viés da riqueza e do ritualismo sem sentido, herdado do paganismo, todavia, essa proposta tinha a força das grandes ideias, por isso mesmo era impossível detê-la. Não sabia favorecer a vida dos pecadores e os repreendia pacientemente. Seus maiores milagres sempre foram através da Oração. Este homem santo era como um rio caudaloso de graça celeste que alimentava os corações com sua palavra e exemplo, propunha uma nova forma de vida, o caminho da salvação, o amor a Deus. Estava sempre preocupado com a construção espiritual de seus filhos, o caminho das virtudes, a pobreza, obediência, a castidade e sobretudo com a renúncia. São Francisco tinha o rosto alegre, de olhar simples, afeto sincero e com o abraço fraterno acolhia os desamparados. Amava tanto a Deus que lutava constantemente pela salvação das almas, seu amor ao próximo era tão intenso que quando não podia mais andar e quase cego, “percorria as terras montado em um jumento para levar a benção do Senhor”. É interessante que há uma semelhança enorme entre os personagens vividos em épocas tão diversas, quando vivera como João Evangelista, já no final da vida, quando não podia mais pregar, só repetia : “filhinhos, amai-vos uns aos outros”. E para fechar com uma chave de outro sua presença no mundo, deixou um grande exemplo,o derradeiro pedido foi para que o sepultasse completamente nu, talvez para dizer a todos aqueles que vivem como que magnetizado pelos valores materiais do mundo “que daqui nada se leva.” Áulus
CONQUISTA E LIBERDADE Quase todas as criaturas guardam ciosamente as disposições da avareza. Seja entre as possibilidades do dinheiro ou da inteligência, do favor público ou da autoridade, a tendência de amontoar caracteriza a maioria dos homens. O tirano congrega fâmulos e turiferários, como os magnatas monopolizam os grandes negócios materiais. Os pregadores, quase sempre, estimam os ouvintes, não pela qualidade, mas pelo número. Os escritores, em geral, sentem-se desvanecidos com as gentilezas da multidão. Não importa se o simpatizante de suas obras é algum êmulo de José do Telhado. Sabem apenas que a lista de seus leitores relaciona mais um. Madame de Staël reunia admiradores para a sua inteligência. Ninon de Lenclos arrebanhava adoradores para a sua beleza. Minúsculos sóis revestidos de lama, quase todos os Espíritos encarnados exigem satélites para a sua órbita. Quanto maior a corte de pessoas, situações, problemas e coisas, maior importância atribuem a si mesmos. No entanto, em vista da exatidão da Contabilidade Divina, os conquistadores humanos convertem-se, aos poucos, em escravos das próprias conquistas. Exigem as grandes naus para singrarem o mar da vida, mas Deus, à medida que lhes satisfaz os caprichos, decuplica-lhes as obrigações e tormentos. Alexandre Magno, rei da Macedônia, submeteu a Grécia, venceu a Pérsia, conquistou o Egito, tomou Babilônia e morreu, atacado de febre maligna, aos trinta e três anos, dividindo-se-lhe o vasto império entre os generais de suas aventuras sangrentas. Napoleão Bonaparte, após distribuir coroas na Europa, improvisando príncipes e administradores, sob as volutas de incenso do poder, morre, melancolicamente, em Santa Helena, como fera acuada num cárcere defendido pela extensão do mar. Nem todos passam no mundo, agraciados pelo favor das armas, como Alexandre e Napoleão, todavia, copiando-lhes o impulso, quase todos os homens e mulheres da Terra são teimosos conquistadores a se mergulharem, cada dia, nas pesadas e angustiosas preocupações por novos troféus. Reclamam incessantemente mais tesouros, garantias, facilidades, distrações e prazeres. As aquisições a que se agarram, porém, efetuam-se no campo da morte. Intensificam a satisfação egoística do corpo jovem, obtendo a velhice prematura. Amontoam dinheiro para serem escravos de sua defesa. Raríssimos Espíritos encarnados se recordam da conquista de si mesmos, na posse gradual da virtude santificante e da sabedoria libertadora. E é por isso que, terminada a lição carnal, penetram no pórtico do túmulo, como grandes desesperados, lastimando a perda do instrumento físico. É necessário libertarmo-nos, para que compreendamos a liberdade. E, sem luz no coração, é impossível fugir ao jogo de sombra das conquistas exteriores. Não preconizamos a impassibilidade que alguns budistas aconselham, a distância dos ensinamentos reais do Gautama. Proclamamos a necessidade do trabalho das mãos com a iluminação do entendimento. A morte esperará todas as criaturas em seu campo de verdade. E ao influxo de sua luz, devemos restituir ao mundo todos os patrimônios exteriores que ajuntamos, em nossa mania de conquistar ao inverso, revelando o que amontoamos, dentro de nós, para a verdadeira vida. Terá bastante força a palavra dos mortos para despertar a consciência dos vivos? Não acredito. Mas se Jesus, que é o Divino Senhor da Humanidade, continua semeando a verdade e o bem, porque deixaríamos, nós outros, de semear? O mundo de carne é vasta esfera, cheia de berços luminosos, onde a vida é provável, e repleta de sepulturas sombrias, onde a morte é fatal. Bias, o sublime cidadão de Priene, viveu para a bondade e para a sabedoria, no serviço aos semelhantes. Filósofo eminente e sábio generoso, era o amigo de todas as classes, e nunca se escravizara às posses efêmeras, nem conspurcara a consciência ouvindo as sugestões do mal. Quando os soldados de Ciro ameaçavam a cidade com invasão e ruínas, seus compatriotas amealhavam, apressadamente, seus pequenos tesouros domésticos para a retirada. Homens e mulheres, velhos e crianças, atropelavam-se uns aos outros, tentando salvar, com êxito, as joias e haveres, os perfumes e tapetes custosos. Observando, porém, que o sábio se mantinha calmo e indiferente às inquietações da hora, interpelaram-no quanto à carga que deveria conduzir, mas, com espanto, ouviram-no informar :“Eu trago tudo comigo!” Guardava o nobre cidadão seus patrimônios inalienáveis de bondade, retidão e inteligência. No supremo instante da morte, quando nos sitiam as armas invisíveis da realidade, ai daqueles que não puderem repetir a inesquecível informação do filósofo aos companheiros em desesperação! A ignorância estabelece o cativeiro, mas a sabedoria oferece a liberdade. Se as conquistas do homem restringem-se ao plano das aquisições externas, com o desconhecimento do caráter transitório da existência humana, chegado o momento decisivo em vão tentara carregar alfaias e adornos, vestuários e depósitos terrestres, porque, em verdade, não ficará pedra sobre pedra. Irmão X
DESAPEGO Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem. E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas. É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos. Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas. Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos. Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos. Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines. Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários. E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas? No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral. Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes. Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos. E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente. Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais. Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar... Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta. Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado. Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos. Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas. É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas. Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações. Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório. Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória. Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados. Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo? Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos. Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam. Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem... E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida. Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta. Ou seja, amar sem exigir nada em troca. Momento Espírita - Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita.
CAPITULO 7 Não te afaste do bem, ainda mesmo que a estrada se te mostre crivada de obstáculos. Não te detenhas. Entrega ao seu tempo quantos se fixaram transitoriamente nas margens do caminho, receando calamidades e abismos, e prossegue adiante. Espalha bondade e coragem, suportando com paciência as forças contrárias que, porventura se levantem, buscando barrar-te os passos. Caminha, amando e auxiliando e Deus te mostrará que ninguém se eleva, sem suor e sem lágrimas... Meimei
OS ASSISTENTES Dificilmente um grupo mediúnico deixará de ser procurado por pessoas que desejam assistir aos seus trabalhos. Uns por mera curiosidade, outros na esperança de se deixarem convencer, ou de se manterem na sua vaidosa e tola descrença, outros na expectativa de uma cura, seja de males orgânicos, seja de desarmonizações espirituais, como a obsessão, estados de angústia ou de desespero, ante a partida de pessoas queridas. Os motivos são muitos, certamente relevantes, e a nós, espí¬ritas, custa recusar pedidos de ajuda a pessoas que, muitas vezes, nos são muito caras. O certo, porém, é que não estaremos recusando ajuda simplesmente por não concordarmos com o eventual comparecimento de alguém aos trabalhos do grupo. Sabemos que esta reserva é quebrada, com frequência, em muitos grupos, enquanto outros adotam a prática de abrir suas portas, em caráter permanente, seja a um público reduzido e selecionado, seja a qualquer pessoa que se apresente. Na minha opinião, somente em casos excepcionais se justifica a presença de pessoas estranhas ao grupo, nos trabalhos de desobsessão. Sob condições normais, ela não é necessária à tarefa que nos incumbe junto aos obsidiados que buscam o socorro de um grupo mediúnico. Mais do que desnecessária, a presença de pessoas perturbadas, no ambiente onde se desenrola o trabalho mediúnico, pode provocar incidentes e dificuldades insuperáveis. Sei que alguns dirigentes de grupo objetarão a esse radicalismo; julgo, porém, que, como regra geral, deve ser preservada a intimidade do trabalho mediúnico. É preferível pecar por excesso de rigor, do que arriscar-se a pôr em xeque a harmonia e a segurança das tarefas. Em casos excepcionais, grupos que contem com excelente cobertura espiritual poderão admitir essa prática, mas, é bom repetir, não como norma de procedimento O grupo pode perfeitamente assistir os companheiros encarnados sob as provações da obsessão, sem introduzi-los no seu ambiente de trabalho. Não é a presença física deles, junto ao grupo, que vai facultar ou facilitar a tarefa, ao contrário, essa presença pode causar consideráveis transtornos. Os benfeitores espirituais dispõem de recursos mais seguros e eficazes para isso, não havendo necessidade de correr riscos inde¬vidos. Assim, a não ser que os responsáveis espirituais pelo trabalho recomendem taxativamente a presença da pessoa, no ambiente em que se realisam as sessões, isso deve ser normalmente evitado. Ainda que aqueles que solicitam nossa ajuda interpretem a recusa como falta de caridade, ou ausência de espírito de colaboração. Sabemos que assim não é. Também não se torna necessário descer a pormenores explicativos e justificativos dessa atitude. Basta dizer ao interessado que não é necessária a sua presença física, para que o trabalho seja feito. E não é mesmo, na imensa maioria dos casos. Pelo menos é essa a experiência que tenho tido, em vários anos de prática. O que acontece é que pessoas sob o domínio de obsessores implacáveis e vingativos, rancorosos e violentos, apresentam invariavelmente um componente mediúnico, ou seja, são também médiuns, embora desgovernados, desajustados e ignorantes de suas faculdades e Possibilidades. No livro “Nos Domínios da Mediunidade”, narra André Luiz o tratamento de um caso de possessão. Hilário pergunta ao Instrutor se deve considerar o doente, por nome Pedro, como médium: — “Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta, contudo, precisamos considerar que, antes de ser um médium na acepção comum do termo, é um Espírito endividado a redimir-se.” E mais adiante, na página seguinte (76, da 6ª edição da FEB): “... Por esse motivo (compromissos do passado), Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação.” (Destaques meus.) Assim, na condição de médium desgovernado, e não integrado na equipe que constitui o grupo que se incumbe de socorrê-lo, o obsidiado, ou possesso, facilmente introduzirá nele um fator de perturbação e desequilíbrio, que poderá trazer sérias complicações, se o grupo não estiver muito bem preparado para essa responsabilidade. Em suma: a meu ver, como regra geral, o grupo mediúnico não deve permitir a presença de pessoas estranhas às suas tarefas. Somente em condições muito especiais, excepcionais mesmo, deverá fazê-lo, se dispuser de cobertura e consentimento expresso dos ben¬feitores espirituais. Esses casos serão previamente selecionados pelos mentores do grupo, e nem sempre conhecemos as razões pelas quais assim decidem. Pode ser que o tratamento exija certos tipos conjugados de mediunidade, ou de recursos outros, de que o grupo não disponha no momento, como, por exemplo, número maior de médiuns, ou um doutrinador especial. Pode ser, também, que seja necessária a presença de determinada pessoa encarnada, com a qual desejam pôr o Espírito manifestante em contacto direto. Pode ser, ainda, que não desejem, com um caso especial, interferir no fluxo normal do trabalho. Ou então, estaria havendo dificuldade em atrair o Espírito a ser tratado, até ó local onde habitualmente se realiza a sessão. Enfim, há sempre razões respeitáveis, quando um dirigente espiritual de nossa confiança propõe que o trabalho seja feito à parte. Evidentemente, nessa hipótese, a sessão exige tais cuidados que, obviamente, não poderia ser realizada sob as condições normais. Nestes casos, os Espíritos orientadores solicitarão uma sessão especial, em dia e hora previamente combinados, designando, ainda, quem dela deve participar. Isso, no que diz respeito a pessoas perturbadas, sob o domínio de rancorosos obsessores ou possessores; mas, e aqueles que apenas desejam “assistir” aos trabalhos? Devem ser admitidos? Na minha opinião, não. Não que o grupo mediúnico seja uma sociedade se¬creta, hermética, esotérica e misteriosa, mas, porque é da sua essência uma atitude de recato, de sigilo, de discrição. O trabalho mediúnico, especialmente o de desobsessão, não é para ser divul¬gado, nem exibido, como espetáculo público. Hermínio C. Miranda
NUNCA É DEMAIS REPETIR
Bill Gates foi convidado por uma escola secundária para uma palestra. Chegou de helicóptero, tirou o papel do bolso onde havia escrito onze itens. Leu tudo em menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero. O que estava escrito é muito interessante, leiam: 1. A vida não é fácil — acostume-se com isso. 2. O mundo não está preocupado com a sua autoestima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo. 3. Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone. 4. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você. 5. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade. 6. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles. 7. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto. 8. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA!!! Faça certo da primeira vez! 9. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período. 10. Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar. 11. Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). "Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles."
DECEPÇÃO? Caros irmãos e amigos hoje querem fazer uma reflexão em torno da decepção. Com um olhar bondoso e um coração generoso avaliemos considerando que o outro está temporariamente conosco para que o amor venha à tona, aflore em profundidade. Aquela pessoa querida na figura do chefe que você tanto admira te feriu o coração? Aquele parente que você ajudou ou ajuda constantemente te humilhou? A esposa que você tanto considera te ignorou ou desrespeitou? O esposo que você tem prazer em servir te tratou ou trata às vezes com rispidez? O vizinho que você tanto serve virou as costas naquele momento difícil que tanto você necessitou? O filho amado, a filha querida, o amigo de tantas jornadas te traiu, agrediu? Relembremos. Ontem nós os ferimos, os maldizemos, os enganamos, eles tem lampejos de lucidez e o choque repentinamente te fere e maltrata. Compreenda, perdoe e se esforce orando por eles cobrando de ti mais dedicação e fidelidade para que este ódio do passado definitivamente se transforme em amor. Decepção? Que nada, apenas ensejo de aperfeiçoamento, resignação, amor e tolerância. Hoje Deus nos possibilitou o contato para reparação, reparemos com elegância e caridade para que no amanhã este choque não mais ocorra apenas concórdia e paz. Coragem e sejamos mais aplicados e benevolentes. CESFA
TENDÊNCIAS E MÁS INCLINAÇÕES Muitas pessoas questionam, ou melhor, negam a reencarnação alegando que de nada adiantaria uma nova vida se a criatura não se lembra de nada da outra vida e que assim teria que recomeçar sem aproveitar as experiências que viveu em vidas passadas. É uma argumentação que tem certa lógica, mas que por falta de algumas informações da realidade espiritual, que iriam alimentar com dados confiáveis essa lógica, são levadas a essa falsa conclusão. O eminente codificador da glamorosa Doutrina dos Espíritos Allan Kardec, com sua aguçada percepção social, identificou essa dúvida e levou a questão aos luminares imortais que ditaram a esplendorosa doutrina e na pergunta número 393 de “O Livro dos Espíritos” inquire como poderia o homem responsabilizar-se e resgatar faltas de que não tem lembranças e como poderia aproveitar da experiência de vidas que esqueceu? Se se recordasse a experiência lhe serviria de lição, mas como isso não ocorre essa nova existência seria como se fosse a primeira... e a justiça de Deus como ficaria nisso? E a resposta veio num encadeamento lógico dizendo que a inteligência do homem aumenta a cada nova existência e melhora seu discernimento entre o bem e o mal e se ele se lembrasse de todo seu passado, que mérito teria? Já, quando o seu Espírito volta ao mundo espiritual vê toda sua vida passada e as faltas que cometera e o fizeram sofrer e vê também o modo que poderia tê-las evitado. Reconhece então a justeza de sua situação e então escolhe provas semelhantes às que não soube aproveitar ou as lutas que considera úteis ao seu adiantamento. Solicita ainda a proteção dos Espíritos que lhe são superiores e tem ciência de que o Espírito designado para ser seu guia irá ajuda-lo na reparação de suas faltas dando-lhe uma espécie de intuição daquelas faltas que praticara anteriormente. Informam ainda que em nova existência, se sofre com coragem e resiste, eleva-se e ascende na hierarquia espiritual ao voltar ao mundo dos Espíritos. O ilustre mestre Kardec ainda quis saber se pelo estudo dos pendores instintivos, por serem reminiscência de seu passado, seria possível o conhecimento das faltas cometidas pelo homem e se pelo fato de as vicissitudes da vida corporal serem expiação das faltas passadas e provas para o futuro, o conhecimento da natureza dessas vicissitudes levaria ao conhecimento do gênero da vida anterior. Isso seria frequentemente possível, sem se transformar em regra inflexível, disseram os benfeitores, e alertaram que as tendências instintivas são indícios mais seguros, pois, as provas para os Espíritos estão relacionadas tanto ao passado quanto ao futuro. Estando na vida material o Espírito sofre um esquecimento temporário de vidas anteriores, mas mantém uma vaga consciência que pode lhe ser revelada pelo seu guia, ou por outros Espíritos superiores, como a voz da consciência, por um fim útil e não apenas por mera curiosidade. Garantem que pelo estudo das suas tendências e não pelo que é, e pela natureza de suas vicissitudes é que o homem poderá julgar o que foi no passado, como julgamos os delitos de um condenado pelo tamanho de sua pena. De forma que o orgulhoso será punido com uma existência subalterna humilhante; o mau rico ou o avarento, pela vida miserável; o cruel, pelas crueldades que sofrerá; o preguiçoso, pelo trabalho forçado. Assim a justiça divina age sempre a favor do Espírito calceta facultando-lhe a reparação de suas faltas e as provações, que se bem vividas, sem murmúrios e com resignação depurarão e elevarão o Espírito na sua escalada rumo à perfeição, que é o destino de todos. Essas tendências perturbadoras que nos levam a fazer o que não queremos no lugar de realizarmos o que é correto, vêm de muito tempo, compondo o processo de nossa evolução, desde a animalidade, com esses hábitos ancestrais comprometendo a integridade de nossos propósitos, afirma a idônea benfeitora Joanna de Ângelis na obra “Diretrizes para o Êxito”. Assim, a natureza animal durante muito tempo prevalece nas reencarnações sucessivas, com a necessidade de desenvolvimento das faculdades espirituais, sendo necessário grande investimento em esforços para se livrar dos atavismos repetidos automaticamente gerando aflições e mal-estar. O grande Apóstolo dos Gentios, Paulo, também sentia essa imposição dos costumes antigos renascendo no seu dia a dia, conforme registrou na epístola aos Romanos, capítulo 7, versículo 15 ao dizer: “Pois o que faço não o entendo, porque o que quero, isso não pratico, mas o que aborreço, isso eu faço.”. O mal, sendo oriundo do uso irregular do livre-arbítrio, vai sendo eliminado pelo Espírito que aos poucos vai se libertando dos instintos e desenvolvendo mais a inteligência, sendo capaz de perceber os valores que o engrandecem, elegendo-os e com isso, transformando o mal em um grande bem. As más inclinações , então, são próprias dos seres em evolução que passam da animalidade para a humanidade e desta para o crescimento, ascese, espiritual que a todos espera. Por isso, a esclarecida benfeitora recomenda não lamentemos a presença das más inclinações que lentamente nos impulsionam para os bons sentimentos e lembra-nos que a escada ascensional não possui o último degrau, sempre havendo patamares mais elevados à espera de serem atingidos e conclui dizendo que Jesus desceu até nós, para que Sua grandeza nos servisse de estímulo para crescermos até Ele. Crispim.
BÊNÇÃOS DA ORAÇÃO Todo esforço que envidarmos para comungar com Jesus é meritória realização que nos situa em paz. Situação, essa, receptiva para desdobrar valores que jazem inatos dentro de nós. O botão de rosa, osculado pela luz solar, abre-se a desatar perfumes. O charco em apodrecimento na própria miséria, sob as carícias da luz, renova-se, libertando-se, a pouco e pouco, das condições deploráveis. O coração humano, visitado pela sublime luz do Céu, amplia as suas fronteiras de amor e agasalha toda uma multidão de aflitos. Orando, o Cristo falava ao Pai. No intervalo da oração, escutava Deus. Orando, foi preso numa cruz. Em silenciosa prece, despediu-se dos homens a fim de retornar logo mais. Oremos, infatigavelmente, e não seremos surpreendidos pela frialdade das lutas anestesiantes. Oremos, e a ardência das paixões não nos conseguirá aniquilar. Orando, ofereceremos oportunidade aos nossos irmãos em trevas, para que se penetrem de luz. Orando, dar-lhe-emos o pão da esperança e o orvalho refrescante da paz, executando o nosso dever puro e simples, no ministério do auxílio fraternal. Mediante a prece, o cristão decidido se encontra em permanente atitude de doação-recepção, podendo colher as bênçãos que se multiplicam durante o intercâmbio com as usinas poderosas da Vida Maior, enquanto ora.
João Cleofas
PRINCIPAIS FINALIDADES DE “O EVANGELHO NO LAR"
1 - Estudar o Evangelho à Luz da Doutrina Espírita, a qual possibilita compreendê-lo em "espírito e verdade", facilitando, assim, pautar nossas vidas seguindo a vontade do Mestre. 2 - Criar em todos os lares, o hábito salutar de reuniões evangélicas, para que os mesmos despertem e acentuem o sentimento de fraternidade que deve existir em cada criatura. 3 - Pelo momento de Paz e de compreensão que ele oferece, unir mais as criaturas, proporcionado-lhes uma vivência mais tranquila. 4 - Tornar o Evangelho mais bem compreendido, sentido e exemplificado. 5 – Higienizar o lar pelos nossos pensamentos e sentimentos elevados, permitindo assim, mais fácil influência dos Mensageiros do Bem. 6 - Ampliar o conhecimento literal e espiritual do Evangelho, para oferecê-lo, com maior segurança a outras criaturas. 7 - Facilitar no lar e fora dele, o amparo necessário para enfrentar as dificuldades materiais e espirituais, mantendo, operantes, os princípios da oração e da vigilância. 8 - Elevar o padrão vibratório dos componentes do lar.
O EVANGELHO NO LAR VIA INTERNET
Agora se pode acompanhar o Evangelho no Lar aos sábados 7:hs.40 mim, transmitido da Rua Dom Aquino, 431, Bairro Amambaí, Campo Grande/MS - Brasil, horário de Mato Grosso do Sul, transmitido ao vivo. Endereço: recanto-da-prece-MS.blogspot.com.br e youtube recanto da prece
RÁDIO ESPIRITA VIA INTERNET
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Funcionando 24h com músicas, palestras, entrevistas, agenda dos acontecimentos, leitura de psicografias, preces, mensagens.
PROGRAMAÇÃO BÁSICA Segunda: Amanhecer - Agenda Espírita – Harmonizar - Carta dos Espíritos - Palestra Musica Concerto - Pod Cast Sintonia – Entardecer - Madrugada Feliz MAIS: Terça: - Criança Feliz; Quarta: - Carta dos Espíritos; Quinta: - Obreiros do Bem Sexta:- Carta dos Espíritos; Sábado: - Rádio Novela; Domingo: -Rádio Novela.
SIGA EM FRENTE
Em qualquer situação sê o exemplo da caridade, amparando a criatura que está em necessidades. Mesmo que não disponhas de recursos financeiros, lembra-te de que Deus te confiou o coração para que pudesses avaliar o quanto é importante carregar nas mãos o poder de semear o bem, por onde passes, lembrando que a terra necessita de trabalhadores para obra que possa produzir o alimento que alivia a fome e garante a força ao corpo que sofre a privação imposta pela insuficiência do organismo. Ainda que não tenhas percebido o quanto é importante na lida doméstica em que companheiros padecessem no sofrimento da amargura, lembra-te de que Deus te deu a oportunidade de constituir uma família, para dessa forma, pudesse crescer e evoluir... Em qualquer situação, lembra-te de que dispões da força e da coragem que Deus te reservou, para que pudesses lutar e vencer, conquistando outros valores no caminho! Toda manhã renasce depois de uma noite, onde as estrelas testemunham que o trabalho existe, suficientemente, para que todas as criaturas possam participar dessa aventura, construindo a cada tempo, a sua determinada bênção na organização familiar, que se sustenta pelas oportunidades que surgem para melhorar a nossa luta, enquanto prosseguimos. Em qualquer situação o melhor que podes fazer é seguir em frente, mesmo quando o vento é forte e que as nuvens carregadas, na sua alma, indiquem tempestade sem fim, é hora de crer na possibilidade de que em Deus todas as forças negativas desaparecem e que sendo afortunadas pelo seu amor, redescobrimos que é preciso lutar, apesar de tudo, acreditando que a vitória é certa e que em Deus a nossa dificuldade desaparece, criando outras frentes de trabalho, na organização de nossas metas, a serviço desse trabalho que se estabelece na caridade e no amor.
Ezequiel
A SEMENTE DA PAZ E DA ESPERANÇA Nesse instante em que pedíamos com fervor, vi que um foco de luz atravessava a pesada atmosfera, banhando aquelas frontes imersas no martírio. Nenhuma delas percebeu aquele clarão; somente em alguns notei a eflorescência de uma estranha ansiedade, que representava ligeiro alívio ao mesmo tempo... Escutei, em seguida, o meu guia dizer: - “Vamos, filha! A nossa prece foi ouvida. Se os sofredores não conseguiram receber seus benefícios imediatamente, pelo estado de dor e de endurecimento em que se encontram, basta, para a nossa alegria, que algumas dessas almas vagamente tenham sentido o sagrado influxo dos nossos apelos; porque hoje, nesses corações que experimentaram o anseio da felicidade e da perfeição, plantamos com as nossas rogativas sinceras os lírios perfumados da paz e da esperança”. Maria João de Deus
ENRIQUECE-TE SEMPRE A vida não foi criada para a mendicância. Em toda a parte, a Natureza é uma lição viva de magnificência divina. O rio é o tesouro das fontes acumuladas. A colheita é o feixe de bênçãos da fartura. O Sol é a riqueza da luz. Mas a fonte cresce para servir sem distinção, a espiga incorpora os grãos valiosos para sustento da mesa e a claridade solar é foco de vida e esplendor para nutrir todas as formas de existência. Foge da usura, mas não temas a prosperidade. Sabemos que é preciso amealhar recursos que se coloquem a serviço de nosso aperfeiçoamento. Enriquece-te de sabedoria, estudando e aprendendo; enriquece-te de amor, praticando a boa vontade para com os que te cercam; enriquece-te de paciência, tolerando, com calma, as pedras e os espinhos da estrada, e enriquece-te de qualidades preciosas, aceitando o trabalho de cada dia, que o mundo te impõe. Dinheiro que domina é sombra congelante das nossas melhores oportunidades de aprimoramento, mas dinheiro dirigido pelo serviço e pela caridade é veículo de progresso a ascensão. Imita, pois, a árvore que se enriquece de flores e frutos, para distribuir abastança e alegria, e, cumprindo os nossos deveres de cada hora, não nos esqueçamos de que Jesus exemplificou a fraternidade e a cooperação, dando sempre de si mesmo, sem mendigar. Emmanuel
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ANO VIII - Nº 93– Campo Grande/MS –Outubro de 2013.. |