"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO IX - N. 97 * Campo Grande/MS * fevereiro de 2014.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.


    O futuro que se desdobra a sua frente só depende de você, por isso o construa com amor e caridade que sua vida será um rio de bênçãos. Áulus/Otacir Amaral Nunes.


EVANGELHO

    O Evangelho é o Código Divino por ele se oriente sempre na vida, especialmente na sua versão mais profunda tendo a frente a segurança do Espírito de Verdade.

    Em qualquer problema que surja, compulsa as páginas luminosas desse livro sagrado que lhe dará inspiração e sabedoria.

    Nele estão descritas regras simples e fáceis de serem seguidas, porque os seus ensinamentos foram compostos com os fatos ordinários da vida, mostrando que essa Doutrina guarda a simplicidade das grandes ideias.

    O Evangelho é uma norma clara, correta, belíssima, sobretudo, extremamente simples, que pode ser seguida por todos, onde não há exclusão nem acepção de pessoas, porque seus princípios nivelam todos os homens como filhos de um mesmo Pai, submetidos às mesmas leis, sem nenhum privilégio a ninguém.

    Desconhecer o Evangelho, ou ignorar seus princípios é profundamente comprometedor porque é um ponto de referência em qualquer lugar, seja no mundo físico ou espiritual, pois que ali estão delineados os fundamentos mais preciosos da vida, bem como indica os meios de encontrar a felicidade

    Da vivência perfeita dos seus princípios é que resulta a paz de consciência, a força deles é que garantem a permanência como norma moral que poderá desafiar os séculos e poderão lhes dar as maiores compensações desde a vida presente, e com certeza a plenitude na vida espiritual a quem for fiel até o fim aos seus postulados.

    Nunca na História alguém trouxe uma Doutrina tão sublime, magistralmente fundamentada e seus princípios lógicos e transparentes. "Não faças aos outros que não queres que os outros te façam", encerra um desses princípios mais nobres e sábios que a compõem. A criatura é ao mesmo tempo juiz e ré em sua própria causa, em que não se permite errar, porque esse juiz íntegro e justo - chamado consciência -, condena-o ou absolve, porque têm em si mesma os argumentos e provas da ação praticada.

    Diante de qualquer atitude que deve ser tomada, logo deve pensar. Se alguém fizer o mesmo para mim ficaria feliz? A reta consciência aprovaria isso? São mil indagações que o homem esclarecido pelo Evangelho de Jesus faria antes de agir, mesmo porque essas leis morais sábias e justas são as bases desse admirável mundo novo proposto por Jesus.

    Por isso, esse Código Divino deve ser compulsado, estudado, examinado, meditado, para que se possam aferir procedimentos considerados importantes na caminhada evolutiva.

    Infelizmente, até hoje são poucos os que seguem realmente essa base da educação moral, porque contraria os interesses de pessoas egoístas e orgulhosas, que colocam os valores materiais acima dos valores espirituais.

    Não obstante essa rejeição sistemática a mensagem de Jesus, ela seguirá o seu curso, porque é a lei imutável do amor que manda amar uns aos outros como a nós mesmos, será sempre uma lei soberana, que cedo ou tarde fará parte da vida de toda a Humanidade.

    Por isto que as instruções dos espíritos declaram "O amor resume toda a Doutrina de Jesus".

    Ele veio trazer o amor, a misericórdia, o perdão ao mundo que não os conhecia.

    É uma lição viva para ser praticada diariamente. A cada momento se deparará com alguma circunstância em que o Evangelho oferecerá a maneira correta de agir, permitindo ao homem proceder em absoluto largueza de consciência.

    É a lei clara e justa a orientar o homem para ele atinja os seus grandes objetivos, porque com ela será possível formar um mundo mais fraterno, mais humano, e mais respeitoso dos direitos do próximo, mas isso dependerá naturalmente da conscientização e interiorização desses sentimentos em que colocará o próximo como fiador da nossa felicidade, sem isso ainda estará distante a verdadeira vivência espírita cristã.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

 

 

DEFINIÇÃO

 

    Disse alguém que a permanência na Terra é semelhante a um baile de máscaras, em que alguns entram, enquanto outros saem.

    Para mim, no entanto, que me consagrei ao teatro na última romagem por aí, suponho mais razoável a comparação do mundo a velho e sempre novo cenário, onde representamos nossos papéis, ensaiando para exercer funções gloriosas de almas conscientes na eternidade.

    Cada existência é uma parte no drama evolutivo. Cada corpo é um traje provisório, e cada profissão uma experiência rápida.

    A vida é a peça importante.

    O período de tempo, que medeia entre uma entrada pelo berço e uma saída pelo túmulo, é precisamente um ato para cada um de nós no conjunto.

    Muito importante é a arte de viver cada qual o seu próprio papel.

    Há lamentáveis distúrbios, no elenco e na plateia, sempre que um dos artistas invada as atribuições do colega no argumento a ser vivido no palco, sobrevindo verdadeiras calamidades, com desagradável perda de tempo, em todas as ocasiões em que se despreze aquela norma.

    A representação reclama inteligência, fidelidade, firmeza, emoção e eficiência, com aproveitamento integral dos lances psicológicos, e alta capacidade de autocrítica.

    Nunca chorar no instante de rir e jamais sorrir no momento das lágrimas.

    Providenciar tudo a tempo.

    Tonalizar a voz e medir os gestos, para não converter a tragédia em truanice; respeitar as convenções estabelecidas, a fim de que o artista não desça da galeria do astro ao terreiro do bufão.

    Segundo o parecer dos sensatos homens da antiguidade, o sapateiro não se deve exceder no salão do pintor, e o pintor, a seu turno, precisa comedir-se na tenda do sapateiro.

    Encarnando um juiz, um político, um sacerdote, um beletrista, um negociante ou um operário, não será aconselhável apresentarmos obra muito diferente do trabalho daqueles que nos precederam, investidos em obrigações idênticas: correríamos o risco da excentricidade e do apedrejamento.

    Compete ao nosso bom senso talhar o figurino, tendendo para o melhor, sem escandalizar, contudo, os moldes anteriores.

    O comerciante não deve absorver o papel do filósofo, embora o admite e lhe siga as regras. O homem de ideias, por sua vez, não deve furtar o papel do mercador, apesar de convidá-lo à meditação.

    Atulhando o edifício em que funciona o teatro, há sempre grande massa de bonecos, no almoxarifado da instituição. É a turba compacta de pessoas que nada fazem pela própria cabeça, constituída por ociosos de todos os feitios, a formarem o “grand-guignol” da vida comum, habitualmente manejados por hábeis ventríloquos da inteligência.

    E, enchendo o subterrâneo ou cercando as gambiarras e os tangões, temos o exército dos que arrastam escadas e pedras, móveis e cortinas, na qualidade de tecelões do verdadeiro urdimento para as mutações necessárias. São eles os espíritos acovardados ou preguiçosos, que renunciam ao ato de escolher o próprio caminho e que abominam o conhecimento, a elevação e a aventura, entronizando o comodismo em ídolo de suas paixões enfermiças. Demoram-se longo tempo na imbecilidade e na teimosia, suportando pesos atrozes pela compreensão deficiente.

    No proscênio, focalizados por luzes de grande efeito, movimentam-se os atores e as atrizes da ação principal. São pessoas que se impõem no palco vivo. Discutem. Apaixonam-se. Gritam. Criam emoções para os outros e para si mesmos. Agitam-se, imponentes, na grandeza ou na miséria, na glória ou na decadência. Respiram, conscientes da missão que lhes cabe.

    São geralmente calmos na direção e persistentes na ação. Transitam, através dos bastidores, obstinados e serenos, com segurança matemática. Pronunciam frases bem meditadas, usam guarda-roupa adequado e não traem a mímica que lhes compete.

    Homens e mulheres, acordados para a vida e para o mundo, caminham para os objetivos que traçaram a si mesmos. Entre eles vemos príncipes e sábios, rainhas e fadas, ricaços e pobretões, poetas e músicos, comendadores e caravaneiros, noivas e bruxas, artífices e palhaços. Com diferenças na máscara e no coração, cada um deles funciona dentro da posição que a peça lhes designa. Cada qual responde pela tarefa que lhe é peculiar.

    O espírito, que, durante alguns dias, desempenhou com maldade e aspereza a função da governança, volta à mesma paisagem na situação do dirigido. O juiz que interferiu, indebitamente, no destino de muitas pessoas, regressa ao palco nalgum caso complicado, para conhecer, com mais precisão, o tribunal onde colaborou vestindo a toga, depressa restituída a outros julgadores. O operário inconformado, que se entrega à indisciplina e à rebelião, volta, às vezes, ao grande teatro da vida, exibindo o título de administrador, a fim de conhecer quantas aflições custa o ato de responsabilizar-se e dirigir. O médico distraído na ambição do lucro efêmero volve em algum catre de paralítico, de modo a refletir na importância da Medicina. Sacerdotes indiferentes ao progresso das almas retornam curtindo a desventura dos órfãos da fé.

    Homens endemoninhados, que atravessam a cena quais faunos bulhentos, perturbando as ninfas da virtude e impossibilitando-lhes o ministério maternal, não raro se vestem com trajes femininos e comparecem, de novo, ao palco, sabendo, agora, quanto doem na mulher o abandono e o menosprezo, a ironia e a humilhação

    O papel mais pesado é sempre aquele que se reserva aos heróis e aos santos, porque esses atores infelizes vivem cercados pelas exigências do teatro inteiro, embora, no fundo, sejam também personalidades frágeis e humanas.

    O que conforta de maneira invariável é que há lugar e missão para todos. Cada criatura dá espetáculo para as demais. Entretanto, para a tranquilidade de todos, ninguém se lembra disso. E a peça vai sendo admiravelmente representada, sob recursos de supervisão que estamos muito longe de aprender.

    Eis-me, pois, amigo, nestas páginas, que estimularão entre as pessoas sensatas a certeza da sobrevivência da alma.

    Não tenho qualquer mensagem valiosa a enviar-lhe. Digo-lhe apenas, usando a experiência pessoal que o tempo hoje me confere, que esse mundo é, realmente, um grande teatro. Represente o seu papel com serenidade e firmeza e, decerto, você receberá tarefa mais importante no ato seguinte.

 

Leopoldo Fróis.
Do livro “Falando à Terra”, pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

 

QUANDO O ERRO APAREÇA

 

Surge, comumente, para todos nós o instante de reconsideração dos próprios erros, em que bastas vezes experimentamos dolorosa impressão de autofalência.

Intentávamos completar construção determinada e a ventania das circunstancias adversas nos derrubou as vigas iniciais; começávamos a resolver um problema difícil e ei-lo que se complica como que a destacar-nos a insipiência...

Revoltados contra nós mesmos, ensaiamos escapatórias diversas e asseveramos, desencantados:

- Trabalhei quanto pude...

- Tentei lutar...

- Sou um fracasso...

- reconhecei que não presto...

- A realização era alta demais...

Para que prosseguir?!

- Deixo isso a quem possa...

- Fiz força...

Semelhantes afirmativas parecem testemunhar expressiva modéstia, atraindo simpatia e admiração em favor, mas, na essência, não valem.

Quando o erro apareça em nossa área de ação, recordemos o motorista diligente que se atira a conserto e não a queixume, ante o carro enguiçado, e estabeleçamos primeiramente a pausa de revisão.

Aceitemo-nos tais quais somos, fracos, imperfeitos, rebeldes ou reincidentes no mal. Fitemo-nos no espelho da razão pura. Raciocinemos. Observemos os pontos vulneráveis, em torno dos quais as nossas faltas reaparecem. Verifiquemos claramente em nós aquilo que desaprovamos nos outros. Nenhuma tentativa de evasão pela tangente do desculpismo.

Anotemos as nossas necessidades morais, sem esperar que alguém no-las aponte, e lancemo-nos à obra restaurativa. Corrigir-nos sinceramente e recomeçar trabalho de auto=reeducação tantas vezes quantas se fizerem precisas.

Ocasiões sobrevêm nas quais o abatimento é tão grande, perante os nossos erros, que muitos de nós se aventuram a pronunciar a palavra “impossível” para qualquer convite à renovação.

Quando isso aconteça, fujamos de perder tempo, articulando frases de autopiedade. Sentar-se à beira da estrada, para lamentar o mal sem remédio, é tão perigoso quanto cair e refocilar-se indefinidamente no chão.

Por maior seja o erro em que estejamos incursos, reiniciemos pacientemente a tarefa em que nos malogramos, recorrendo à oração.

Em verdade, ninguém pode substituir-nos no esforço que é nosso, mas todo esforço somado à oração quer dizer: NÓS COM DEUS.

Emmanuel
Do livro:"Encontro Marcado", do médium Francisco Cândido Xavier

 

LIXO MORAL

 

Não deixe entrar na tua casa os resíduos morais que as pessoas vulgares costumam produzir e espalhar pelas ruas, como quem espalha lixo pela cidade, em atos de vandalismo.

No convívio com os teus, combate, em ti mesmo, o verbo leviano que costuma descambar para a imoralidade.

Submete todos os assuntos do diálogo doméstico a necessária triagem, a fim de que a conversa menos edificante não atraia companhias espirituais indesejáveis para o teu lar.

Silencia comentários desairosos em torno da infelicidade de alguém, ao contrário, procurando envolvê-lo em vibrações de paz.

Não concedas abertura para aquele que te visita ser mensageiro das trevas, comprometendo o ambiente de equilíbrio que te esforças por resguardar no reduto da família.

Ninguém deve ignorar ou fugir à realidade da vida cotidiana em que vive na Terra, mas, por saber o que se passa em torno, não há necessidade de que se faça a menor adesão ao mal.

 

Irmão José
Do livro: “Ajuda-te e o Céu te Ajudará”, de Carlos A. Baccelli.

 

O AMOR TUDO VENCE

 

Às vezes é difícil avaliar esses infortúnios ocultos de almas que lutam e lutam para manter seus compromissos, apesar de todas as dificuldades, de todos os contratempos, parece que se retiram do mundo exterior e concentram todas suas energias nesse objetivo único, esse espírito de abnegação impressiona qualquer um.

Esta é uma história singular e se reveste de muita grandeza.

Um dia como tantos outros no calendário infinito do tempo, a companheira de tantos anos, de repente, não pode mais articular palavras. Apesar dos cuidados generosos dos familiares, que estavam sempre presente, não houve maneira de recuperar-se.

A companheira dos seus primeiros sonhos, ali estava, sem todavia, corresponder-lhe o trato amistoso. Parece que se recolhera para seu mundo interior, algumas vezes até parece que entendia o que falava o interlocutor, para depois se retirar para aquele mundo indevassável, que parece que só ela conhecia. O que teria acontecido? Deve ter se perguntado um dia o fiel companheiro de tantos anos.

Parece que se retraíra para seu mundo interior, ficara alienada do mundo real.

Mas o amor tem essa força poderosa de continuar apesar de tudo, de todas as condições adversas, das vicissitudes, dos percalços, por isso fala o apostolo Paulo que “o amor tudo vence”.

O seu amado continuou a falar-lhe da mesma maneira, muito embora ela parecia não ouvir, mas em palavras articuladas ou não, continuou apesar da paralisação das forças daquela companheira de sua juventude feliz, dos seus dias venturosos de ontem.

Mas com paciência continuou dia, após dia, falou-lhe de tantas coisas, e foram os dias lentamente passando, ela era alimentada por essas esperanças sempre renovadas, por isso mesmo sobrevivia.

Muitas vezes o cansaço bateu de rijo no semblante do companheiro, o desânimo e a desesperança tocaram no fundo o seu coração, no entanto, levantava-se no dia seguinte cheio de energia para continuar a sua rotina, mais de uma vez deve ter se perguntado: Meu Deus, mas por quê? É tão comum que as pessoas se perguntem nessas horas de crises de sofrimento, quando sentem sem perspectivas de encontrar uma explicação lógica para o acontecido.

Quem descobrirá o motivo maior dessa situação. Que fizera afinal?

Ele continuou a falar. Às vezes ela parecia entender, outras tantas, parece que outra vez se retirava para seu mundo íntimo e só ouvia as doces e melodiosas palavras, de incentivo, de crença na vida, talvez na acústica mais profunda da alma. Sempre repetindo aquele processo, mostrando que devia acreditar na vida, muito embora tudo em derredor pudesse afirmar o contrário, e assim passavam os dias na esperança de que ela pudesse um dia se recuperar.

Nos últimos tempos até que deixou de ir à igreja, talvez para ficar mais tempo perto de sua companheira, ou prevendo que os dias finais do percurso estavam próximos..

Os dias breves ou intermináveis, começaram a conta à gota a pingar no calendário infinito do tempo. As primaveras se sucediam com regularidade, trazendo vida e esperança. Os pássaros continuaram a cantar nas galhadas das árvores, as flores desabrocharam nos campos e nos jardins, no entanto, porém para ambos tudo continuava sempre igual. O mundo exterior ficara esquecido: um ano, dois, três , quatro, cinco anos .... Quatorze anos...

Assim a semelhança do jardineiro que regava a tenra planta que necessitava de tudo para sobreviver.

Muito embora houvesse outros jardineiros, o jardineiro responsável estava ali para cumprir o seu dever, o mais generoso de todos os deveres, o dever sagrado de amar, revestido desse sentimento continuava ele a enfrentar as dificuldades do caminho, as tempestades, as noites escuras, a frio do inverno rigoroso, ou o rigor do sol escaldante.

E continuou a falar da vida, dos sonhos, das esperanças, dos dias de primaveras que já ficavam para trás, dos dias bons que se guardam saudades e que relembram outros momentos felizes, também dos outros sonhos que virão, que poderiam reflorir os campos outra vez, tantas e tantas coisas que os dias foram ficando densos de harmonia e vitalidade, por conta disso, fora possível sorver o néctar da vida, até a última gota.

Mas contrariando as expectativas mais sensatas, um dia o bom jardineiro que cuidará da flor mais bela do jardim de sua vida, com tanto carinho e empenho, por determinação superior fora chamado a outra dimensão da existência, há se crer que com certa tristeza apresentou para o retorno para o lar maior, antes, porém, de partir parece que voltou os olhos para conferir se cumprira todos os seus deveres até o fim, nos mínimos detalhes, deu-se por satisfeito e partiu.

A planta alimentada regularmente vivia, com o esforço redobrado sempre presente do jardineiro dedicado, talvez ele se antecipou para preparar um novo lar para concretizar os sonhos que foram supostamente adiados,e ela a semelhança daquela flor do jardim que não fora regada com tanta intensidade, começou a murchar-se, lentamente, até que um dia, até que um dia... Três meses depois... ela também arranjou asas para voar e fora em busca do jardineiro que a cativara com tanto carinho, sim ele veio recebê-la pessoalmente no limiar da outra vida para continuar a viagem rumo ao verdadeiro lar além das estrelas do céu infinitamente azul..

Se no futuro alguém duvidar dessa história densa de vida, posso garantir que esta pertence ao mundo real, ainda que seja até difícil acreditar, mas juro que é verdade. Olhando os protagonistas dessa história tão singular, certamente que servirá de inspiração a tantos outros também tenham um gesto de coragem para viver este romance tão repleto de abnegação e renúncia. É uma clara indicação que bons exemplos não faltaram, especialmente nesses dias que correm tão áridos de sentimentos entre pessoas que um dia se prometeram amar, mas por qualquer motivo, ou mesmo sem motivo, resolvem seguir outros caminhos, talvez seja difícil de acreditar. Mas foi verdade.

Conte essa história para todos, mas especialmente para aqueles que virão, uma história de abnegação, de trabalho, de amor, de bom exemplo, do amor que tudo vence, talvez outros encontrem inspiração para viver, como fala o poeta Fernando Pessoa: “a vida sempre vale a pena se a alma não é pequena”.

Algumas almas somente tem esse heroísmo.

Áulus
Otacir Amaral Nunes
Campo Grande/MS.

 

PÁGINA DE FÉ

Na reunião da noite de 19 de agosto de 1954, em rematando as nossas tarefas, tivemos a visita do Espírito Célia Xavier, que ocupou as faculdades psicofônicas do médium, oferecendo-nos expressiva página de fé. Célia Xavier é abnegada servidora espiritual do Evangelho num dos templos espíritas de Belo Horizonte.

 

Á frente do ataúde ou perante o sepulcro aberto, clama o homem desesperado:

- Maldita seja a morte que nos impõe a separação para sempre...

Não suspeita de que os seus entes amados, na vanguarda do além, prosseguem evoluindo entre a alegria e a dor, compartilhando-lhe esperanças e ansiedades

E não se apercebe de que ele mesmo atravessará, um dia, aflito e espantado, o portal de pó e cinza para colher o que semeou.

No entanto, somos hoje, os espíritas e os Espíritos, batedores da Era Nova e servos da Nova Luz.

Unidos, estamos construindo o túnel da grande revelação, pela qual se expressará, enfim, a vida plena e Vitoriosa.

Conhecemos de perto vosso combate, vossa tarefa, vossa fadiga...

A Verdade, que pediu outrora o martírio aos pioneiros da fé cristã, atualmente vos reclama o sacrifício por norma de triunfo.

Antigamente, era a perseguição exterior, através dos circos de sangue ou das fogueiras cruéis.

Agora, é a batalha íntima com os monstros da sombra a se aninharem, sutis, em nosso próprio coração, declarando oculta guerra ao nosso idealismo superior.

Ontem, poderia ser mais fácil morrer, de um átimo, sob o cutelo da flagelação física.

Hoje, porém, é muito difícil sofrer, pouco a pouco, o assalto das trevas, sustentando suprema fidelidade à glória do espírito.

Entretanto, não podemos trair a excelsitude do mandato que nos foi confiado

Somos lidadores da renovação e arautos da luz, a quem incumbe a obrigação de acendê-la na própria alma, para que o nosso mundo suba no céu para o esplendor de céus mais altos.

É preciso não temer as serpes do caminho, nem recear os fantasmas da noite.

Nosso programa essencial na luta é o aprimoramento próprio, a fim de que o mundo, em torno de nós, também se aperfeiçoe.

Aprendendo e ensinando, lembremo-nos, pois, de que o nosso amanhã será a projeção do nosso hoje e, elegendo no bem o sistema invariável de nosso reto pensamento e de nossa reta conduta, continuemos unidos na cruzada contra a morte, esforçando-nos para que o homem compreenda que o amor e a justiça regem a vida no Universo e que o trabalho e a fraternidade são as forças que geram na eternidade a alegria e a beleza imperecíveis.

Célia Xavier
Do Livro “Instruções Psicofônicas”, médium Francisco Cândido Xavier.

 

A vida deve ser vivida com otimismo. Existem problemas, mas também existem soluções.

Deve convir que não renasceu neste planeta bendito sem compromissos e sem responsabilidade.

Pese bem o que faz. Se por acaso vive, é porque deve ter uma razão muito imperiosa e importante. Portanto, procure se conscientizar de que você é especial e também seus compromissos correspondem a sua maturidade espiritual. Ademais pense o que é inútil, não tem razão de existir.

Áulus.

 

NO CAMPO ESPÍRITA

Amigos, Jesus nos ampare.

Em verdade, partilhamos no Espiritismo os júbilos de uma festa.

Assemelhamo-nos a convivas privilegiados num banquete de luz.

Tudo claro.

Tudo sublime.

No entanto, ninguém se iluda.

Não somos trazidos à exaltação da gula.

Fomos chamados a trabalhar.

A Terra de agora é a Terra de há milênios.

E somos, por nossa vez, os mesmos protagonistas do drama evolutivo.

Remanescentes da animalidade e da sombra...

Ossuários na retaguarda, campos de luta no presente...

Meta luminosa por atingir no futuro distante.

Somos almas transitando em roupagens diversas.

Cada criatura renasce no Planeta vinculada às teias do pretérito.

Problemas da vida espiritual são filtrados no berço.

E, por isso, na carne, somos cercados por escuros enigmas do destino.

Obsessões renascentes.

Moléstias congeniais.

Dificuldades e inibições.

Ignorância e miséria.

Em todos os escaninhos da estrada, o serviço a desafiar-nos.

Cristo em nós, reclamando-nos o esforço. A renovação mental rogando a renovação da existência.

O Evangelho insistindo por expressar-se. Mas, quase sempre, esposamos a fantasia.

Cegos, ante a Revelação Divina, suspiramos por facilidades. E exigimos consolações e vantagens, doações e favores.

Suplicamos intercessões indébitas. Requisitamos bênçãos imerecidas. Nossa Doutrina, porém, é um templo para o coração, uma escola para o cérebro e uma oficina para os braços.

Ninguém se engane.

Não basta predicar.

Não vale fugir aos problemas da elevação.

Muitos possuem demasiada ciência, mas ciência sem bondade.

Outros guardam a bondade consigo, mas bondade sem instrução.

No trabalho, porém, que é de todos, todos devemos permutar os valores do concurso fraterno para que o Espiritismo alcance os seus fins.

Precisamos da coragem de subir para aprender.

Necessitamos da coragem de descer dignamente para ensinar.

Caridade de uns para com os outros. Compreensão incansável e auxílio mútuo.

Em nossos lares de fé, lamentamos as aflitivas questões que surgem...

As rogativas extravagantes, exibindo mazelas morais.

As frustrações domésticas.

Os desequilíbrios da treva.

Os insucessos da luta material.

As calamidades do sentimento.

As escabrosas petições

E proclamamos com azedia que semelhantes assuntos não constituem temas espíritas.

Realmente, temas espíritas não são.

Mas são casos para a caridade do Espiritismo e de nós outros que lhe recolhemos a luz.

Problemas que nos solicitam a medicina espiritual preventiva contra a epidemia da obsessão.

Mais vale atender ao doente, antes da crise mortal, que socorrê-lo, em nome do bem, quando o ensejo da cura já passou.

Em razão disso, o trabalho para nós é desafio constante.

Trabalho que não devemos transferir a companheiros da Vida Espiritual, algumas vezes mais necessitados de luz que nós mesmos.

O serviço de amparo moral ao próximo é das nossas mais preciosas oportunidades de comunhão com Jesus, Nosso Mestre e Senhor, porque, comumente, uma boa conversação extingue o incêndio da angústia.

Um simples entendimento pode ajudar muitas vidas.

No reino da compreensão e da amizade, uma prece, uma frase, um pensamento, conseguem fazer muito.

Quem ora, auxilia além do corpo físico.

Ao poder da oração, entra o homem na faixa de amor dos anjos.

Mas, se em nome do Espiritismo relegamos ao mundo espiritual qualquer petição que aparece, somos servidores inconscientes, barateando o patrimônio sagrado, transformando-nos em instrumentos da sombra, quando somente à luz nos cabe reverenciar e servir.

Também fui médium, embriagado nas surpresas do intercâmbio.

Deslumbrado, nem sempre estive desperto para o justo entendimento.

Por esse motivo, ainda sofro o assédio dos problemas que deixei insolúveis nas mãos dos companheiros que me buscavam, solícitos.

Ajudemos a consciência que nos procura, na procura do Cristo.

Só Jesus é bastante amoroso e bastante sábio para solucionar os nossos enigmas.

Formemos, assim, pequenas equipes de boa-vontade em nossos templos de serviço, amparando-nos uns aos outros e esclarecendo-nos mutuamente.

Assim como nos preocupamos no auxílio às crianças e aos velhos, aos famintos e aos nus, não nos esqueçamos do irmão desorientado que a guerra da treva expia.

Doemos, em nome do Espiritismo, a esmola de coração e do cérebro, no socorro à mente enfermiça, porque se é grande a caridade que satisfaz aos requisitos do corpo, em trânsito ligeiro, divina é a caridade que socorre o Espírito, infatigável romeiro da Vida Eterna.

 

Do livro “Instruções Psicofônicas”, pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

O EVANGELHO NO LAR VIA INTERNET

 

Agora se pode acompanhar o Evangelho no Lar aos sábados 7:hs.40 mim, transmitido da Rua Dom Aquino, 431, Bairro Amambaí, Campo Grande/MS - Brasil, horário de Mato Grosso do Sul, transmitido ao vivo.

Endereço: recanto-da-prece-MS.blogspot.com.br e youtube recanto da prece

 

RÁDIO ESPIRITA VIA INTERNET

 

www.radiocoracaodomundo.com.br

 

Funcionando 24h com músicas, palestras, entrevistas, agenda dos acontecimentos, leitura de psicografias, preces, mensagens.

 

PROGRAMAÇÃO BÁSICA

 

Segunda:

Amanhecer - Agenda Espírita – Harmonizar - Carta dos Espíritos - Palestra Musica Concerto - Pod Cast Sintonia – Entardecer - Madrugada Feliz

MAIS:

Terça: - Criança Feliz; Quarta: - Carta dos Espíritos; Quinta: - Obreiros do Bem Sexta:- Carta dos Espíritos; Sábado: - Rádio Novela; Domingo: -Rádio Novela.

 

LEMBRETE IMPORTANTE:

 

Para aqueles que viajam para cidades do interior do Estado, ou aqueles que se dirigem a Capital, que são espíritas ou simpatizantes, não esqueçam de consultar antes de viajar o site: www.luzesdoamanhecer.com , onde terá endereço dos principais centros espíritas do Estado.

Na Capital, pode escolher o dia e horário de palestras, evangelização infantil e tratamento de cura. Em qualquer caso visite as casas espíritas, sempre enriquece.

Caso saiba de alguma Casa Espírita que abriu recentemente e queira que conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é: otaciramaraln@hotmail.com

 

RÓTULOS

 

Nem sempre somos o que os outros esperam de nós.

Eles criam uma ilusão e nos iludem.

Eles fantasiam e também nos permitimos fantasiar.

Eles nos arremessam às vezes para o mais alto pedestal ou nos atiram para o abismo.

Coroam-nos como reis e outras vezes nos crucificam.

Rotulam-nos de anjos e muitas vezes de demônios.

Eles nos abraçam e nos chamam de amigos e sem delongas nos flecham atirando a pecha de inimigos.

Como são estranhas essas criaturas... Como rotulam tão rapidamente!

Santos para eles somos e quase instantaneamente perdemos o título; basta para isso uma distração, um não corresponder com suas expectativas.

São tantos rótulos que muitas vezes não merecemos, nos alegrando e também entristecendo.

Mas para que dispensemos qualquer rótulo é necessário conhecermo-nos para não nos iludirmos. O certo é se enxergar pelo avesso e vir o que realmente somos, nem santos, muito menos demônios, apenas criaturas que engatinham rumo à luz.

Nem alegria exagerada com elogios que ainda não merecemos. Muito menos tristeza que nada resolve. Decepções e desenganos nós não sentiríamos, caso fossemos firmes em nosso ideal. Nada cobraríamos, muito menos esperaríamos algo que ainda não somos capazes de realizar.

Ilusão não deve coabitar em nossos corações. Com os pés firmes na realidade do que somos aprenderíamos a doar o que de melhor já conquistamos e nos esforçaríamos para melhorar muito mais.

O que queremos receber daqueles que nos cercam, sejamos os primeiros a doar. Atenção e carinho? Doemos mais para merecermos receber.

Gentileza e reconhecimento? Sejamos nós, aquele que se comporta com elegância e realeza.

Treine a mente, e então a emoção e a atitude será cristã.

É necessário aprender a doar-se e quando bater aquela necessidade egoística de receber mude o foco e seja aquele que se doa por inteiro.

Nossa infelicidade consiste em querer ter o que não merecemos ainda.

Tudo terá caso tudo saia de ti com primor, com amor.

Seja o doador e a felicidade será aquela companhia que nunca te abandonará.

 

CESFA
Campo Grande/MS.

 

PONTO FINAL.

É o último sinal gráfico de uma linguagem escrita e demonstra que e concluiu uma mensagem ou uma frase. Muitos ficam imaginando quando será dado o ponto final em sua caminhada, porém não se aprestam a construir um suporte que possa lhes garantir um pouco de paz nesses momentos difíceis.

Será que realmente viveu a grande mensagem e pode dar o ponto final e pronto. Ou se há mais pontos de interrogação sobre a sua conduta, ou mesmo reticências, como se a mensagem não fosse concluída, como esta: Se... tivesse feito isto ou aquilo, ou pode dar o ponto final, se realmente o quer, como uma vida vivida sob o sinal do amor e a caridade?

Áulus
Otacir Amaral Nunes.

 

MATERIALISMO

 

É notório que não há, no mundo todo, povos que não creem na sobrevivência da alma depois do decesso, do desencarne, ou da morte, como é mais conhecida. Até nas tribos mais primitivas, mais atrasadas, nas entranhas da África ou da floresta Amazônica, nota-se algum tipo de adoração a um ser que lhes seja superior.

Por que será então que algumas pessoas mais evoluídas, mais adiantadas intelectualmente, algumas mentes brilhantes, filosóficas, com domínio das ciências e das artes, negam de forma determinante a existência de Deus, a existência justamente Daquele que tudo criou por sua divina vontade?

Allan Kardec, o ilustre codificador da glamorosa Doutrina dos Espíritos, levou essa questão aos imortais que a trouxeram, recebendo deles a informação que o orgulho tolda a visão dos que se julgam tudo saber, não admitindo que algo possa lhes ultrapassar o entendimento, acreditando que a natureza não lhes pode nada esconder.

Disseram-lhe ainda que não é o estudo que os leva ao materialismo, e sim as falsas consequências tiradas deles, acostumados que estão a abusar das coisas. Afirmam, os abnegados instrutores da humanidade, que na maioria das vezes eles, os incrédulos, são fanfarrões que apenas sustentam essa posição materialista por não terem nada que lhes possa preencher o vazio que os apavora, e se lhes mostrar uma âncora de salvação, agarrar-se-ão a ela de imediato.

A doutrina materialista, a Filosofia Positiva defendida por Augusto Comte e seus seguidores como Littré, não admite a existência da alma “porque não se conhece nenhuma propriedade sem matéria... calor sem corpo quente... eletricidade sem corpo elétrico... pensamento sem ser vivo...”. Compara assim, alhos com bugalhos, ao confundir o pensamento, a razão pensante, o sentimento de liberdade, de justiça de bondade com uma simples função da substância orgânica, com o cérebro segregando o pensamento da mesma forma como o fígado produz a bílis.

Essa estranha doutrina foi muito bem combatida por pensadores exímios como Camille Flammarion, renomado Astrônomo e filósofo contemporâneo de Littré. Diz, Flammarion, que é impossível analisar o mecanismo do olho, da visão, da audição sem concluir que tais órgãos são construídos com inteligência e arremata, depois de muito brilhantemente argumentar, que o materialismo é uma doutrina errônea, incompleta, insuficiente e que nada explica.

Léon Denis, grande filósofo Espírita, lembra que há materialistas e ateus honestos e virtuosos, mas que não é tal doutrina que lhes dá essas qualidades; pois, se são assim, é apesar de suas opiniões e não por causa delas.

Julga-se uma doutrina pelas suas consequências morais sobre a sociedade. Essas teorias materialistas, apoiadas no fatalismo, não ajudam o crescimento moral e perigosamente facilitam o falso raciocínio que se nada mais existe além da vida física, nem mesmo a justiça superior à dos homens, não há motivos para se lutar e sofrer, nem para se ter coragem, piedade, retidão, caridade, compaixão, perdão...

Felizmente o materialismo foi derrotado pela boa Filosofia, auxiliada pelas religiões, mormente pelo Espiritismo que não só matou a morte, como apresentou-nos a hierarquia dos Espíritos, onde todos, efetivamente todos, ascenderemos aos elevados degraus da perfeição que o Cristo de Deus pediu que alcançássemos e aí seremos senhores absolutos da matéria, não sofrendo influência alguma dela e sim dominando-a completamente.

Crispim

Referências Bibliográficas:
* O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Questões 147 e 148.
* A Morte e seu Mistério. Camille Flammarion. Volume 1 .

 

 

 

PETIÇÃO

... Senhor! Percebo-te na cultura dos que ensinam e na inteligência dos que aprendem...

Senhor!

Admiro-Te a presença em cada criatura que me cruza o caminho.

Escuto-Te as manifestações, quando alguém usa o verbo na ponderação da madureza ou na simplicidade da criança.

Percebo-Te na cultura dos que ensinam e na inteligência dos que aprendem.

Sinto-Te o maravilhoso amor pulsando em cada coração.

Enterneço-me em Te observando o devotamento de todos aqueles que se fazem pais e mães no mundo.

Entretanto, além de tudo isso, reconheço-Te a voz quando me chamas naqueles que sofrem.

Fito-Te nos enfermos e nos tristes que me estendem os braços, rogando-me auxílio em teu nome.

Conheço-Te as lágrimas com que me falas de proteção no semblante das mães relegadas ao abandono.

Entendo-Te no olhar ansioso dos irmãos em desajuste.

Compreendo-Te nas requisições de carinho das crianças atiradas à via pública.

E sei quanto procuras por mim naqueles que se desequilibram nas sombras da ignorância ou nas labaredas da delinquência.

Agradeço-Te a felicidade de identificar-Te nos companheiros de experiência, no entanto, venho rogar-te a coragem de ser útil para que eu saiba responder-te ao chamado, junto dos que choram:"Senhor, eu estou aqui."

Meimei
Do livro “Amizade”, pelo médium Francisco Cândido Xavier

 

 

 

 

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ANO VIII - Nº 93– Campo Grande/MS –Outubro de 2013..
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
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